professor – alexandre josé gonçalves trineto. recurso extraordinÁrio

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Professor – Alexandre José Gonçalves Trineto

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Page 1: Professor – Alexandre José Gonçalves Trineto. RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Professor – Alexandre José Gonçalves Trineto

Page 2: Professor – Alexandre José Gonçalves Trineto. RECURSO EXTRAORDINÁRIO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Page 3: Professor – Alexandre José Gonçalves Trineto. RECURSO EXTRAORDINÁRIO

É o recurso excepcional, voltado para garantir a harmonia da aplicação da legislação infraconstitucional em face da Constituição Federal, evitando-se que as normas constitucionais sejam desautorizadas por decisões proferidas nos casos concretos pelos tribunais do País

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Art. 102 da Constituição Federal.Hipóteses:a) decisão que contraria dispositivo

constitucional;b) decisão que declara inconstitucionalidade

de tratado ou lei federal;c) decisão que julga válida lei ou ato de

governo local contestado em face da Constituição;

d) decisão que julga válida lei local contestada em face de lei federal

Page 5: Professor – Alexandre José Gonçalves Trineto. RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Neste sentido há que se observar que o cabimento do recurso extraordinário dependa que se demonstre que a decisão objurgada tenha contrariado de forma direta o dispositivo constitucional indicado.

Ex. devido processo legal, juiz natural, ampla defesa, e do contraditório.

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Importante observar que o controle de constitucionalidade não está reservado apenas ao STF., mas a todos os magistrados que realizam o controle difuso.

Ressalte-se que compete exclusivamente ao STF o processo e julgamento de ADIN, seja de lei ou ato normativo federal ou estadual, ou Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual.

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No entanto eventual decisão de juiz ou tribunal inferior que no caso concreto decida sobre a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal, poderá ser revista pelo STF, mediante recurso extraordinário (art. 102, III, “a” da CF

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Face a competência exclusiva da União de legislar em matéria penal ou processual penal, raramente pode se cogitar a invocação de tal dispositivo. (art. 22, I da CF).

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(incluída pela EC 45/2004) – antes era de competência do STJ

O objetivo do deslocamento da competência tem uma única justificativa no sentido de que o STF ao mesmo tempo faça a análise da Constitucionalidade da Lei federal)

Ressalte-se ainda que pode se ventilar a hipótese de competência legislativa sobre a matéria a ser dirimida pelo STF.

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Caberá ao Presidente ou vice Presidente da Corte de origem (estatual ou federal) em decisão fundamentada, avaliar a referida admissibilidade, com expressa manifestação de haver ou não repercussão geral da matéria constitucional.

Não admitido o recurso caberá agravo de instrumento dirigido ao Pretório Excelso.

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Repercussão geral -§3º do art. 102 da CF (acrescido pela EC 45/2004) – “no recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso.

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Art. 322, parágrafo único do RI do STF:

“Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência, ou não de questões que, relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, ultrapasse, os interesses subjetivos das partes

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Exemplo:Quando o plenário do STF decidiu pela

inconstitucionalidade da proibição da progressão de regime em crimes hediondos.

Tratava-se de um caso de um condenado que, no entanto, afetou toda ordem jurídico-penal nacional, levando inclusive, o Poder Legislativo a rever a Lei 8.072/90, permitindo a progressão.

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Exaurimento das instâncias ordinárias como um dos requisitos do recurso extraordinário. (pré-questionamento)

Súmula 281 do STF – É inadmissível recurso extraordinário quando couber na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada

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É o recurso excepcional, voltado a garantir a harmonia da aplicação da legislação infraconstitucional, tendo por foco comparativo o disposto em leis federais, evitando-se que estas sejam desautorizadas por decisões proferidas no caso concreto pelos tribunais do pais, além de buscar evitar que as interpretações divergentes, acerca da legislação federal coloquem em risco a unidade e a credibilidade do sistema federativo

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CABIMENTODAS CAUSAS DECIDIDAS PELOS TRIBUNAIS

REGIONAIS FEDERAIS OU PELOS TRIBUNAIS DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS, quando a decisão recorrida:

a)Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe vigência;

b) Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

c) der interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal

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Na primeira hipótese é cabível o recurso especial quando o aresto impugnado contém decisão cuja interpretação do direito aplicável ao caso não tenha levado em consideração norma expressa sobre a matéria.

Na segunda a decisão atacada deixou de aplicar norma vigente, ou seja nega-lhe vigência

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Trata-se de hipótese de dissídio jurisprudencial.

Somente é permitido quando se trate de dois tribunais distintos

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Pré-questionamentoEsgotamento do tema nas instâncias

ordinárias;Súmula 207 do STJ que dispõe ser

inadmissível Recurso Especial quando cabíveis embargos infringentes contra o acórdão proferido no tribunal de origem.

Súmula 281 do STF – É inadmissível o recurso extraordinário quando couber, na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada

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Não ser possível o conhecimento do Recurso Especial fundamentado em divergência jurisprudencial quando a decisão recorrida estiver em consonância com o que já pacificado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça

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Prazo – 15 diasInterpostos perante o Presidente do

Tribunal estadual ou regional recorrido;Cada um deles deve estar em petição

separada, contendo a exposição do fato e do direito, a demonstração do cabimento, e as razões do pedido de reforma

15 dias para contra razões

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Exige-se que a matéria do recurso especial ou extraordinário tenha sido apreciada, de algum modo, na decisão recorrida (pré-questionamento) – Objetiva assegurar o caráter de excepcionalidade dos recursos, evitando a transferência direta do julgamento aos Tribunais superiores.

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Súmula 282 do STF“é inadmissível o recurso

extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”

Súmula 356 STF:“O ponto omisso da decisão, sobre o

qual não foram opostos embargos declaratório, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento”

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Subindo o recurso, não sendo caso de intempestividade, ou recurso manifestamente incabível, bem como nos casos em que contrariem, nas questões de direito, súmula do tribunal respectivo, quando o relator deve indeferir liminarmente, o relator poderá julgá-lo monocraticamente ou submeter a apreciação do plenário, com oitiva do MP. (Ver Regimento interno)

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Os recursos especial e extraordinário serão sempre recebidos no efeito meramente devolutivo, salvo as hipóteses em que trate de decisão condenatória, quando deverão ser recebidos nos efeitos devolutivo e suspensivo evitando-se a execução provisória da pena

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210 – O assistente do Ministério Público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ação penal nos casos do art. 584, § 1º, e 598 do CPP;

279 – Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário;

280 – Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário

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281 – é inadmissível o recurso extraordinário, quando couber, na Justiça de origem recurso ordinário da decisão impugnada;

282 – é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, da decisão recorrida, a questão federal suscitada;

283 – É inadmissível recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles

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284 – É inadmissível recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia;

285 – Não sendo razoável a aguição de inconstitucionalidade, não se conhece do recurso extraordinário fundado na letra c do art. 101, III da Constituição Federal (atual 102, III, c)

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286 – Não se conhece do recurso extraordinário fundado em divergência jurisprudencial, quando a orientação do plenário do STF já se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida;

287 – Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia

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288 – Nega-se provimento a agravo para subida de recurso extraordinário, quando faltar no traslado o despacho agravado, a decisão recorrida, a petição de recurso extraordinário, ou qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia;

400 – Decisão que deu razoável interpretação à lei, ainda que não seja a melhor, não autoriza recurso extraordinário pela letra a do art. 10, III da Constituição Federal (atual 102, III, a)

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456 – O Supremo Tribunal Federal, conhecendo do recurso extraordinário, julgará a causa, aplicando o direito a espécie;

528 – Se a decisão contiver partes autônomas, a admissão parcial. Pelo Presidente do Tribunal a quo, de recurso extraordinário, sobre qualquer delas se manifestar, não limitará a apreciação de todas pelo STF, independentemente de interposição de agravo de instrumento;

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634 – Não compete ao Supremo Tribunal Federal conceder medida cautelar para efeito suspensivo a recurso extraordinário que ainda não foi objeto de juízo de admissibilidade na origem;

635 – Cabe ao Presidente do Tribunal de origem decidir o pedido de medida cautelar em recurso extraordinário ainda pendente do seu juízo de admissibilidade.

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636 – Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada as normas infraconstitucionais pela decisão recorrida;

639 – Aplica-se a súmula 288 quando não contarem do traslado do agravo de instrumento as cópias das peças necessárias à verificação da tempestividade do recurso extraordinário não admitido pela decisão agravada

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640 – é cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de primeiro grau nas causa de alçada, ou por turma recursal de Juizado Especial Cível e Criminal;

727 – Não pode o Magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais

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735 – Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar

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7 – A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial;

13 – A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não enseja recurso especial;

83 – Não se conhece recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida;

123 – A decisão que admite ou não o recurso especial deve ser fundamentada, com exame

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de seus pressupostos gerais e constitucionais;

126 – é inadmissível recurso especial, quando o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles suficiente por si só, para mantê-lo, e a parte não manifesta recurso extraordinário

203 – Não cabe recurso especial contra decisão proferida por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais

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207 - É inadmissível recurso especial quando cabíveis embargos infringentes contra acórdão proferido no tribunal de origem

211 – Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo tribunal a quo

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Agravo contra decisão Agravo contra decisão denegatória de Recurso denegatória de Recurso especial ou de Recurso especial ou de Recurso ExtraordinárioExtraordinário

Alexandre José Gonçalves Trineto

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NoçãoNoçãoCuida de recurso que visa o

reexame de ato judicial de natureza decisória que tenha negado seguimento a recurso especial ou recurso extraordinário, por entender, o Presidente ou o Vice Presidente do Tribunal Prolator do acórdão recorrido que faltam ao recurso os seus requisitos de admissibilidade descritos na CF e na legislação processual de regência.

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NoçãoNoçãoRegramento:Lei 8038/90 – art. 28 – estabelece

prazo de 05 diasRI do STF – art. 313 – Possibilita

quando há demora superior a 30 dias do Presidente do Tribunal sobre a admissão do Recurso extraordinário para o STF

Art. 544 do C.P.C – com redação dada pela Lei 12.322/2010 – desnecessidade de formação do instrumento

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NoçãoNoçãoPossibilita que a matéria seja

reexaminada primeiramente, em juízo de retratação pelo Presidente ou Vice Presidente do Tribunal a quo (art. 541 do C.P.C) e posteriormente, pelo membro relator do Tribunal ad quem, para possibilitar o julgamento do mérito do extraordinário ou do especial, caso seja positivo a sua admissibilidade

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InterposiçãoInterposiçãoÉ interposto por petição no prazo

de 05 dias seja para o STJ ou STFA interposição será feita perante

a Presidência do Tribunal a quo (Presidente ou vice Presidente)

* Não será possível negar processamento do agravo

Na própria instância a quo a parte adversa deve ser intimada para contra razões no mesmo prazo de 05 dias

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InterposiçãoInterposição

Não há mais duplicidade do processo, com formação do instrumento (nos próprios autos)

Não haverá preparo recursal (pagamento do preparo do Recurso especial ou Extraordinário)

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CabimentoCabimentoÉ cabível agravo:1) da decisão denegatória de

recurso especial ou de recurso extraordinário;

II – quando ocorrer retardo injustificado, por lapso superior a trinta dias, para ser proferido despacho sobre admissibilidade de recurso de competência do STF - (Art. 313, III do seu RI)

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ProcessamentoProcessamentoInterposto agravo nos autos e

oferecida resposta, o Presidente ou Vice Presidente poderá exercer o Juízo de retratação, se redimindo a receber o especial ou extraordinário.

Necessariamente, caso não se retrate, os autos deve subir ao Tribunal ad quem

Súmula 727 do STF e no mesmo sentido em relação ao STJ

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JulgamentoJulgamentoO julgamento do agravo ocorrerá

de forma monocrática ou colegiada.

Monocraticamente, com a distribuição do autos o relator poderá:

a) Não conhecer do agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os fundamentos da decisão agravada;

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JulgamentoJulgamentob) Conhecer do agravo para:1) - Negar-lhe provimento, se correta

a decisão que não admitiu o recursoII – Negar seguimento ao recurso

manifestamente inadmissível, prejudicado, ou em confronto com súmula ou jurisprudência dominante do tribunal;

III – dar provimento ao recurso, se o acórdão recorrido estiver em confronto com súmula ou Jurisprudência dominante.

Page 49: Professor – Alexandre José Gonçalves Trineto. RECURSO EXTRAORDINÁRIO

JulgamentoJulgamentoSe em decorrência da natureza

das matéria, o tema recorrido demandar decisão colegiada, o relator determinará a inclusão na pauta para julgamento pelo órgão competente.

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JulgamentoJulgamentoAo dar provimento ao agravo o

relator pode constatar a necessidade de julgamento do mérito do Recurso especial ou extraordinário de forma não monocrática, devendo ordenar desde logo sua inclusão em pauta, assegurando-se inclusive a sustentação oral pelas partes

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JulgamentoJulgamentoDa decisão do relator que negar

seguimento ou provimento ao agravo caberá agravo (inominado/regimental) para ao órgão julgador no prazo de 05 dias

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EMBARGOS DE EMBARGOS DE DIVERGÊNCIADIVERGÊNCIA

Alexandre José Gonçalves Trineto

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NoçãoNoçãoSão recursos admissíveis no

âmbito do STF e STJ.Têm a finalidade de

uniformização de jurisprudência desses tribunais.

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InterposiçãoInterposiçãoSerão interpostos por petição, no

prazo de 15 dias.Podem ser interpostos quando se

verificar decisões destoantes entre órgãos do mesmo tribunal (pleno, órgão especial, seção ou turma).

A petição, já acompanhada das razões será dirigida ao relator da causa

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CabimentoCabimentoComposição do STJ08 Turmas, 04 Seções, Órgão

Especial e Tribunal Pleno33 Ministros

Composição do STF02 Turmas e Tribunal Pleno11 Ministros

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CabimentoCabimentoEm razão do contido no Regimento Interno do

Superior Tribunal de Justiça, concluímos que a competência para o julgamento dos embargos de divergência no âmbito da Corte está assim dividida:

a) se a divergência for entre Turmas da mesma Seção, a competência será da Seção composta pelos integrantes das Turmas em conflito;

b) se a divergência for entre Turma e Seção a que aquela pertença, a competência será da Seção respectiva;

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CabimentoCabimentoc) se a divergência for entre Turmas

que compõem Seções diferentes, a competência será da Corte Especial;

d) se a divergência for entre Turma e Corte Especial, o julgamento será da Corte Especial

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CabimentoCabimentoO Pleno do Superior Tribunal de Justiça

em nenhuma hipótese recebe competência para processar e julgar os embargos de divergência. Aliás, deve ser deixado bem claro que esse órgão não tem função jurisdicional, limitando-se a cumprir, apenas, atividades administrativas especificadas no Regimento Interno. O órgão máximo de entrega da prestação jurisdicional, no Superior Tribunal de Justiça, é a Corte Especial, composta por 21 Ministros

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CabimentoCabimento

No STF a divergência entre as Turmas sempre será dirimida pelo Tribunal pleno

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ProcessamentoProcessamentoEstabelecido nos Regimentos

internos do STJ ou do STF.Juntado aos autos, e distribuídos

ao relator do órgão com competência para processar e julgá-los, os embargos de divergência serão imediatamente indeferidos se intempestivos, ou quando contrariarem súmula do Tribunal, ou não se comprovar a divergência jurisprudencial.

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ProcessamentoProcessamentoNão sendo o caso de rejeição

liminar, o embargado será intimado para apresentar contrarrazões ao recurso (15 dias).

Sendo o caso de intervenção do Ministério Público será ele ouvido com vistas pelo prazo de 20 dias

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JulgamentoJulgamentoOs regimentos internos trazem

regramento para o julgamento dos embargos de divergência, observando sempre a importância prevalente para uniformizar a jurisprudência diante das decisões em confronto

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RECLAMAÇÃO RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONALCONSTITUCIONAL

Professor Alexandre José Gonçalves Trineto

Período 2.015.2

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NoçãoNoçãoEm compasso com o art. 3º da Lei

8.038/90 – “para preservar a competência do Tribunal ou garantir a autoridade de suas decisões, caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público.

Como cediço a lei acima citada é alusiva às normas processuais perante o STJ e STF

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NoçãoNoçãoAssim, a reclamação objetiva que as

decisões desses tribunais sejam acatadas, leia-se que seus fundamentos sejam considerados pelos órgãos de grau de jurisdição inferior.

Não tem propriamente natureza recursal, por se tratar de uma ação de conhecimento, pois se busca tutela cognitiva. (uma sentença/acórdão) já que se trata de ação de competência originária de Tribunais.

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NoçãoNoçãoA Reclamação é no entanto tratada

como ação e recurso, porquanto o efeito de sua procedência pode se irradiar para o âmbito de outro processo, de forma equivalente a um recurso.

Tem fundamento de validade na Constituição Federal

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NoçãoNoçãoCompete ao Superior Tribunal de Justiça

processar e julgar originariamente, “a reclamação para preservação de sua competência e garantia de suas decisões (Art. 105, I “f”)

É de competência do Supremo Tribunal Federal processar e julgar também originariamente, “a reclamação para preservação de sua competência e garantia de autoridade de suas decisões (art. 102, I “I”).

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InterposiçãoInterposiçãoNão tem prazo específicoÉ de ser proposta por petição,

perante o STF ou STJ, consoante a alegação de desrespeito se refira a julgado deste ou daquele tribunal e deve ser dirigida ao Presidente do Tribunal, instruída com prova documental, “autuada e distribuída ao relator da causa principal, sempre que possível” (§ único do art. 13 da Lei 8038/90)

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CabimentoCabimentoDecorre da estrutura escalonada do

Poder Judiciário. Desta forma as decisões do STF e STJ contêm um comando que guarda objetividade que merece ser respeitada.

O critério básico de seu cabimento é a utilidade, ou maior efetividade da reclamação quando comparada a outros recursos ou as ações autônomas de impugnação

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CabimentoCabimentoReclamação e coisa julgada (enunciado nº 734 do STF – “Não cabe reclamação quando houver trânsito em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal” - Imutabilidade da coisa julgada e impossibilidade de ser sucedâneo da revisão criminal -

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CabimentoCabimentoNO STJ – pode se ver inúmeros

julgados, no sentido de que a Reclamação não é sucedâneo do recurso ou da ação própria, e várias especificam que não se conhece da reclamação, quando a decisão que se diz haver descumprido acórdão, se acha submetida a recurso regularmente interposto, muitas também há em que se afirma a recorribilidade da decisão não impede a reclamação uma vez preenchida os seus requisitos

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CabimentoCabimentoA reclamação constitucional também é

cabível contra decisões que contrariem a súmula vinculante do STF estabelecida no art. 103-A da CF.

Assim, a decisão que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao STF, que julgando a procedente poderá anular o ato administrativo, ou cassará a decisão judicial e determinará que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.

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ProcessamentoProcessamentoUma vez distribuída a Reclamação ao

relator, este “requisitará informações a autoridade que for imputada a prática do ato impugnado que as prestará no prazo de 10 dias.

Não há que se falar em efeito (devolutivo, suspensivo ou regressivo) porquanto a reclamação ter natureza jurídica de ação

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ProcessamentoProcessamentoNo entanto há a devolução da matéria

objeto da Reclamação ao Tribunal, sendo ainda possível:

1) que o relator determine a suspensão do processo ou do ato impugnado

2) que o Juiz da causa tomando conhecimento do seu teor, reexamine a sua decisão, se esta comportar retratação

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ProcessamentoProcessamentoVerificada a possibilidade da parte

contrária sofrer efeitos da cassação do ato reclamado, deverá ser oportunizado o contraditório.

Qualquer interessado poderá impugnar o pedido do reclamante.

Assegurado a intervenção do Ministério Público como custus legis (05 dias após decorrido o prazo para as informações) – art. 15 e 16 da Lei 8038/90

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JulgamentoJulgamentoConcluído a instrução da reclamação, o

relator pedirá inclusão em pauta de julgamento que no STF é de competência do pleno.

Se o Tribunal concluir pela procedência da reclamação “ cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada para preservação de sua competência (art. 17 da Lei 8.038/90), cabendo ao Presidente determinar o imediato cumprimento da decisão, e posteriormente lavrando-se o acórdão (art. 18 da Lei 8038/90)