prof.ª esp. karen wrobel straub...

46
Prof.ª Esp. Karen Wrobel Straub [email protected] ESTADO DE MATO GROSSO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Upload: dangnhan

Post on 02-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Prof.ª Esp. Karen Wrobel Straub

[email protected]

ESTADO DE MATO GROSSO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Tinta é o nome normalmente dado a uma família de produtos (líquidos, viscosos ) que, após aplicação sob a forma de uma fina camada, a um substrato se converte num filme sólido opaco.

As tintas são usadas para proteger e dar cor a objetos ou superfícies.

A tinta é muito comum e aplica-se a praticamente qualquer tipo de objetos. Usa-se para produzir arte; na indústria: estruturas metálicas, produção de automóveis, equipamentos, tubulações, produtos eletroeletrônicos; como proteção anticorrosiva; na construção civil: em paredes interiores, em superfícies exteriores, expostas às condições meteorológicas; um grande número de aplicações atuais e futuras, como frascos utilizados para perfumes e maquiagens.

Como arte, tem sido usada ao longo de séculos na criação de grandes obras.

História

As primeiras utilizações de tintas datam de há 40 000 anos atrás quando os primeiros Homo Sapiens pintaram nas paredes das cavernas figura recorrendo a pigmentos de Ocre, Hematite, Óxido de Manganês e Carvão Vegetal.

As paredes antigas de Dendera no Egito que estiveram expostas aos elementos durante milhares de anos, ainda possuem cores brilhantes e vivas tal quando foram pintadas há 2000 anos atrás. Os Egípcios misturavam os pigmentos com uma substância pastosa e aplicavam-nas separadas umas das outras sem qualquer mistura.

Eles usavam seis cores: Branco, Preto, Vermelho, Amarelo, Azul e Verde. Primeiramente cobriam a área com Branco, depois desenhavam o esboço a negro. Eles usavam Tetróxido de Chumbo para a cor vermelha, geralmente com um tom bastante escuro.

Nos tempos antigos, a Tinta era feita a partir da

gema do ovo que endurecia, ficando colada à

superfície. Os Pigmentos provinham de plantas,

areias e outros compostos presentes no solo.

Pigmentos

Os pigmentos são sólidos granulares que numa tinta contribuem para a cor, tenacidade, textura, ou simplesmente para reduzir o custo da tinta (Neste caso é denominado de “Carga”). Em alternativa, algumas tintas possuem apenas corantes ou uma combinação de Corante e pigmentos.

Os pigmentos podem ser classificados em naturais ou sintéticos. Os pigmentos naturais incluem vários tipos de argilas, carbonatos de cálcio, mica, sílicas e talcos. Os pigmentos sintéticos incluem as moléculas orgânicas fabricadas pelo homem, argilas calcinadas e sílicas sintéticas.

Os pigmentos opacos, para além da sua função decorativa, também conferem proteção ao substrato, ao impedirem os efeitos nocivos dos raios ultra-violeta. Este tipo de pigmentos incluem o Dióxido de titânio, Óxido de ferro, etc.

Resina

A resina, também conhecida por ligante ou veículo, é o

componente que vai formar o filme seco. É o único

componente que tem de estar presente.

A resina confere aderência, liga os pigmentos e influência

fortemente propriedades da tinta, como o brilho,

durabilidade exterior, flexibilidade e tenacidade.

As resinas podem ser Sintéticas como os Acrílicos,

Vinílicos, poliuretanos, poliésteres, epóxis, melaminas ou

naturais como os óleos.

As resinas são classificadas de acordo com o mecanismo

de cura (erradamente chamado de Secagem). Um dos

mecanismos de cura mais comum é a evaporação de

solvente.

Solvente

O principal objetivo do solvente é ajustar as propriedades de

cura e a viscosidade da tinta. É volátil e não se torna parte do

filme seco da tinta. A sua função principal é funcionar como

transportador dos componentes não voláteis.

De modo a dispersar os óleos pesados (Óleo de linhaça) é

necessário usar, nas tintas para o interior de casas um óleo

mais fino. Estas substâncias voláteis transmitem as suas

propriedades temporariamente. Assim que o solvente se

evapora os restantes componentes ficam fixados na superfície.

O solvente é um componente opcional numa tinta. Existem

tintas que não o possuem.

A água é o principal solvente das tintas de base aquosa.

solventes orgânicos :Aguarrás, Glicol, éteres, etc.

Aditivos:

Ingredientes que proporcionam

características especiais às tintas. São

utilizados para auxiliar nas diversas fases de

fabricação e conferir características

necessárias à aplicação.

Tintas a óleo;

Tintas plásticas

emulsionáveis;

Tintas para caiação;

Tintas especiais.

Tintas a óleo;

Este tipo se compõe (entre outros) de : Veículos: óleos secativos (formam película

quando expostos ao ar) – ésteres.

Óleos modificados: melhor adesividade da película, flexibilidade, secagem rápida.

Solventes: baixa a viscosidade do veículo facilitando a aplicação;

Pigmentos: partículas cristalinas insolúveis e dão cor e opacidade.

Tintas plásticas emulsionáveis;

Aquelas que em uma resina não solúvel

em água é convertida em emulsão. Possui,

então, resistência à água e é apropriada

para aplicações externas.

Emulsão: sistema em que dois líquidos

imiscíveis, sendo um disperso no outro na

forma de pequenas gotas. Para sua

preparação é necessário um agente

emulsionante.

Tintas para caiação;

Seu componente principal é a cal extinta [Ca(OH)2]. O leite de cal pode ser usado diretamente como tinta para caiação, obtendo-se um acabamento muito branco e luminoso.

As tintas coloridas são obtidas com adição de pigmentos e corantes resistentes ou estáveis à cal.

Tintas especiais:

Tintas que atendem a necessidades

específicas: resistência ao calor,

retardadoras de combustão, indicadoras de

temperatura, anticondensação, inibidoras do

crescimento de microrganismos,

luminescentes, anticorrosivas.

Meios e Métodos de Aplicação

Aerossol

Como suspensão gasosa, a tinta passa a alta-pressão numa pistola que a projeta sobre a superfície a pintar. A causa para esta situação prende-se com as seguintes razões:

O Mecanismo de aplicação é o ar e por isso nenhum objeto sólido alguma vez se introduz entre o objeto e a pistola;

A distribuição da tinta é muito uniforme e por isso não existem texturas na superfície;

É possível aplicar pequenas quantidades de tinta;

Algumas reações químicas na tinta envolvem a orientação das moléculas da tinta.

Estado Líquido

Em meio líquido, a aplicação pode ser feita diretamente

através de mergulho das peças em tinta, cortina, Trinchas,

Rolos, Espátulas e outros instrumentos como Bonecas (Pedaços

de tecido), luvas e os próprios dedos da mão.

O Pincel é o método mais comum de aplicação de tinta em

Arte. Industrialmente, e por ser o método menos produtivo (7-

35 m2/ 8h) é sobretudo usada na aplicação de pequenas

áreas, bordas, cantos e zonas de difícil acesso. A trincha

(Pincel largo) é muito adequada para a aplicação de primários,

pois a trincha força a tinta a entrar nos poros e pequenas

irregularidades da superfície, sobretudo em Soldaduras de

estruturas metálicas onde confere uma boa penetração da

tinta primária.

Rolo

A pintura com rolo é adequada em áreas planas onde a

aparência final não é muito exigente.

No entanto a penetração e molhagem de superfícies difíceis

é melhor conseguida com trincha. Por este motivo a

aplicação de primários com rolo é fortemente

desaconselhada.

O rolo de pintura consiste num cilindro com um felpo colado.

Este pode ser feito de lã de ovelha ou fibras sintéticas.

A altura das fibras pode variar entre os 5 e os 30 mm, quanto

maior for o comprimento das fibras, maior a quantidade de

tinta aplicada, mas pior o aspecto final.

Os rolos possuem diferentes pegas, que permitem a montagem de varas de diferentes comprimentos, permitindo assim a pintura a diferentes alturas.

Em termos produtivos e dependendo da superfície a pintar, o rolo de pintura permite produções entre 175 a 400 m2 por 8 h de trabalho.

O rolo de pintura é muito usado em situações onde a pintura por pulverização (à pistola) é desaconselhada e/ou proibida (Meios urbanos, estruturas metálicas já montadas, etc.). A Pintura por rolo é o método mais utilizado em construção civil, pois para além dos fatores atrás apresentados, os rolos de pintura permitem a aplicação de padrões na superfície pintada

Pintura por Projeção

Pintura à Pistola

Na pintura por projeção, a tinta líquida é transformada em

aerossol e projetada sobre a superfície a pintar. A pintura

convencional é a forma mais usada para a aplicação

industrial de tinta, devido à sua qualidade de acabamento

e capacidade de produção.

Projeção Convencional

Pintura Convencional

Na projeção convencional, é usada uma pistola de pintura onde um jato de ar comprimido é introduzido no fluxo de tinta no bico da pistola provocando a atomização da tinta líquida em finas partículas, as quais são projetadas, pelo próprio fluxo de ar até à superfície a pintar.

A capacidade de produção de uma pistola convencional situa-se entre 400 a 750 m2 por 8 h de trabalho.

Pintura por mergulho

A pintura por mergulho consiste em

mergulhar uma peça num banho de tinta.

Foi bastante usado antigamente, mas

devido a problemas de qualidade

(Escorridos de tinta) encontra-se hoje em

dia confinado a técnicas de pintura.

As peças saem do banho e são lavadas e

curadas numa estufa.

Pintura por cortina

A pintura por cortina consiste da passagem de

peças através de uma cortina de tinta ou

verniz. É um método de elevada produção mas

encontra-se restringido a componentes de

reduzidas dimensões, e que só necessitam de

ser pintados de um dos lados. Exemplo:

Envernizamento de logótipos, marcas e

modelos de automóveis

O vidro é feito de uma mistura de matérias-primas naturais. Não pode ser considerado um sólido nem um líquido e sim um compromisso dos dois: um líquido super-resfriado. Quando sua estrutura atômica é analisada pelo raio X, não se encontra o ordenamento regular próprio dos sólidos. Sua estrutura é mais parecida com um arranjo aleatório de um líquido, o que ele realmente é, mas um líquido resfriado abaixo de seu ponto de congelamento.

Conforme narração do historiador romano Plínio, o vidro foi descoberto acidentalmente, devido a alguns

mercadores fenícios que o introduziram por volta do ano 5000 a.C.

Navegando pelo Rio Belo, na Síria, um navio de carga fenício transportava blocos de nitrato de sódio.

Em certo momento a tripulação resolveu aportar em uma praia, para descansar e se alimentar...

Desembarcados, então, acenderam um fogo e improvisaram o fogão utilizando alguns blocos do nitrato de sódio para apoiar as panelas...

O "natrão" (nitrato de sódio) fundindo-se por causa do calor do fogo e misturando-se com a areia da praia, originou um novo líquido transparente formado dessa mistura...

Os romanos contribuíram muito, por volta do ano 100

a.C., para o desenvolvimento das indústrias do vidro. Iniciaram a produção de vidro por sopro dentro de moldes, aumentando em muito a possibilidade de fabricação em série das manufaturas. Eles foram os primeiros a inventar e usar o vidro para janelas.

O vidro poderia ser feito apenas com sílica,

carbonato de sódio e calor, conforme a

equação química abaixo:

Na2CO3 + SiO2 Δ Na2SiO3 + CO2

Δ = calor

A adição de cálcio a esse produto torna o vidro

mais duro.

Mais recentemente, com a melhor compreensão de vários processos químicos foi possível produzir matérias-primas mais puras para a indústria vidreira, e a introdução de processos mecânicos nas indústrias, ao final do século XIX, aumentou ainda mais a produção de artefatos de vidro. Os seus preços reduziram acentuadamente e deixaram de ser exclusivamente artigos de luxo. Obviamente, sempre foram e continuarão sendo confeccionadas peças de vidro por artesãos que são verdadeiras obras de arte, cujos preços são acessíveis a um número limitado de pessoas aficcionadas.

A invenção de fornos contínuos, que só param para manutenção, e do vidro plano flotado deram novo impulso à industria vidreira. Os vidros planos atuais têm um elevado grau de planicidade como conseqüência do processo de produção. Este processo consiste em fazer a chapa de vidro laminado, ainda muito quente, mas com uma viscosidade maior, passar flutuando sobre a superfície de estanho fundido, num formo intermediário. Depois de resfriado, ao final da linha de produção, as chapas de vidro são cortadas e acondicionadas para transporte. Este processo, denominado de “flotagem”, foi patenteado pelos irmãos Pilkington, em 1959, na Inglaterra. O vidro obtido por este processo é denominado “vidro float”, ou “vidro flotado” O termo “float” vem do inglês, e significa flutuar, boiar.

Além do aspecto estético, podem reduzir o consumo energético de uma construção – reduz a energia radiante transmitida pelo sol, absorvendo-a no corpo do vidro. Essa energia absorvida é, então, reirradiada pelo vidro, com a maior parte normalmente fluindo para a parte externa da construção.

Nestes vidro há o acréscimo de óxidos metálicos na massa de vidro. A depender do óxido o vidro pode adquirir as cores verde, azul, cinza, e bronze.

Cobre Cu +² Azul claro Crômio Cr +³ Verde Cr +6 Amarelo Manganês Mn +³ Violeta Mn +4 Preto Ferro Fe +³ Marrom-amarelado Fe +² Verde-azulado Cobalto Co +² Azul intenso ou rosa Co +³ Verde

Reduz a energia radiante transmitida pelo sol, refletindo-a para o meio externo. São fabricados aplicando-se na superfície uma camada de metal ou óxido metálico, suficientemente para ser transparente.

Este tipo desenvolveu-se em função dos

grandes avanços da indústria automobilística

para conferir maior segurança aos usuários.

No Brasil, a NB-226 (NBR-7199) estabelece a

obrigatoriedade nos casos:

Balaustradas, parapeitos, sacadas, vidraças sobre

passagens, claraboias, telhados, vitrines.

São de 3 tipos:

Temperados;

Laminados;

Aramados.

Possuem resistência aumentada pela têmpera

(processo de aquecimento a uma

temperatura crítica e depois resfriá-lo

rapidamente). No vidro, a têmpera produz

um sistema de tensões que aumenta a

resistência, induzindo a tensões de

compressão na sua superfície.

Consiste em duas ou mais lâminas de vidro

fortemente interligadas, sob calor e pressão,

por uma ou mais camadas de polivinil butiral

– PVB, resina muito resistente e flexível.

Permite filtrar raios UV e controle

acústico.

Resistência ao fogo. O vidro sofre um processo de fusão juntamente com uma malha metálica, através de um par de rolos, de tal modo que a malha fique posicionada no centro do vidro.

Este material, reduz o risco de acidente pois, caso quebre, não estilhaça e os fragmentos mantêm-se presos à tela metálica. É resistente à corrosão.

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!