prof. valmir f. juliano 2º/2010

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Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010 INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ELETROANALÍTICOS ELETROANALÍTICOS QUI624

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Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010. QUI624. INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS ELETROANALÍTICOS. Baseados em propriedades físicas ( químicas em alguns casos ). Eletroanalítico. Propriedades elétricas. Classificação dos métodos analíticos CLÁSSICOS E INSTRUMENTAIS. Chamados de métodos de via úmida. - PowerPoint PPT Presentation

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Prof. Valmir F. Juliano

2º/2010

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOSINTRODUÇÃO AOS MÉTODOSELETROANALÍTICOSELETROANALÍTICOS

QUI624

Page 2: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Classificação dos métodos analíticos

CLÁSSICOS E INSTRUMENTAISChamados de métodos

de via úmida

Gravimetria Volumetria

Espectrométrico

Cromatográfico

Baseados em propriedades físicas (químicas em alguns casos )

Eletroanalítico

Propriedades Propriedades elétricaselétricas

Propriedades Propriedades ópticasópticas

Propriedades Propriedades mistasmistas

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A Química Eletroanalítica corresponde ao conjunto de A Química Eletroanalítica corresponde ao conjunto de métodos analíticos qualitativos e quantitativos métodos analíticos qualitativos e quantitativos baseados nas propriedades elétricas de uma solução.baseados nas propriedades elétricas de uma solução.

Alguns métodos eletroanalíticos são capazes de Alguns métodos eletroanalíticos são capazes de fornecer limites de detecção excepcionalmente fornecer limites de detecção excepcionalmente baixos e uma abundância de informações que baixos e uma abundância de informações que

caracterizam e descrevem eletroquimicamente caracterizam e descrevem eletroquimicamente determinados sistemas.determinados sistemas.

EletroanalíticaEletroanalítica

Uma ampla variedade de métodos já foram propostos, Uma ampla variedade de métodos já foram propostos, uns diretos e outros indiretos. No entanto, eles são uns diretos e outros indiretos. No entanto, eles são divididos em duas classes: divididos em duas classes: métodos interfaciaismétodos interfaciais e e não-interfaciaisnão-interfaciais. Os primeiros são caracterizados por . Os primeiros são caracterizados por fenômenos que ocorrem na fina camada de interface fenômenos que ocorrem na fina camada de interface eletrodo/solução, enquanto os segundos ocorrem no eletrodo/solução, enquanto os segundos ocorrem no seio da solução, sendo indesejado qualquer fenômeno seio da solução, sendo indesejado qualquer fenômeno interfacial.interfacial.

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EletroanalíticaEletroanalítica

Page 5: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos Métodos interfaciaisinterfaciais

Em muitos livros de Em muitos livros de analítica você encontra analítica você encontra

esse assunto...esse assunto...

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Métodos InterfaciaisMétodos Interfaciais

e-

e-

Cu2+

Cu2+

SO42-

SO42-e-

e-

Oxidação

Interface Eletrodo/solução

CuSO4

-Ag+

Ag+

NO3

NO3

NO3

e-

e-

e-

e-

Interface Eletrodo/solução

Redução

AgNO3

Baseiam-se nos fenômenos que ocorrem na interface entre as superfícies dos eletrodos e a

fina camada de solução adjacente a essas superfícies.

Page 7: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Célula EletroquímicaCélula Eletroquímica

Componentes de uma Célula EletroquímicaComponentes de uma Célula Eletroquímica• 2 condutores imersos em uma solução contendo eletrólitos (eletrodos)• 1 condutor eletrônico externo para permitir o fluxo de elétrons• 1 condutor iônico para evitar o contato direto dos reagentes e permitir o fluxo de íons, equilibrando as cargas na solução (e manter o fluxo de e-).

Eletrodo de Cobre

e- e-

Eletrodo de PrataPonteSalina

(KCl sat.)

Cu(s) Cu2+ + 2e- Ag+ + e- Ag(s)

[Cu2+] = 1,00 mol/L [Ag+] = 1,00 mol/L

Ânodo (oxidação) Cátodo (redução)

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reagentes

produtos

a

a

nFRTEE

ln0

Equação de Nernst (1888) (aos 24 anos!!!)

Walther Hermann Nernst – Físico-químico: 1864 - 1941

Prêmio Nobel de Química 1920

Célula EletroquímicaCélula Eletroquímica

reagentes

produtos

aa

nEE log0592,00

a 25 ºC

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Atividade Atividade vsvs concentração concentraçãoAtividadeAtividade ?!? O que vem a ser atividade?

Representa a concentração efetiva, que considera o comportamento do soluto no seio da solução. Um íon em solução fica rodeado de outros íons de cargas opostas à sua. É impossível separar íons negativos de íons positivos.

a) em geral a atividade é menor que a sua correspondente concentração analítica; consequentemente o coeficiente de atividade é em geral menor que a unidade;b) quanto maior a concentração analítica menor é a atividade correspondente; consequentemente quanto maior a concentração analítica menor é o valor do coeficiente de atividade; c) em soluções extremamente diluídas a atividade se iguala a sua correspondente concentração analítica; consequentemente o coeficiente de atividade, nesses casos, é igual a unidade. Portanto, os valores de são ≤ 1.

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Atividade Atividade vsvs concentração concentração

][ia ii 1i ][iai

2

21

iizc

i

ii B

Az

1

log2

i: Coeficiente de atividade do íonzi: Carga do íon

: Força iônica da soluçãoA: Constante f(T,) (1,825·106(T)-3/2) (0,511 para H2O a 25 ºC)

i: Raio iônico efetivo (hidratado) do íon em angstrons (10-10 m)B: Constante f(T,) (50,3·108(T)1/2) (0,329 para H2O a 25 ºC)

Equação de Debye-Hückel

Page 11: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Atividade Atividade vsvs concentração concentração

H+

Li+

Na+

K+

Rb+

Be2+

Mg2+

Ca2+

Sr2+

CO32-

SO42- SH-

OH- F-

Cl-

Br-

I-

NH4+

Raio IônicoRaio Iônico

R. I. HidratadoR. I. Hidratado

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Atividade Atividade vsvs concentração concentraçãoA atividade é maior em uma solução 0,001 mol/L ou em uma 1 mol/L ?• Atividade de “quem”? Carece de especificação.• Em qual das soluções a força iônica é maior?

• Depende, a solução tem a mesma constituição?•Ex. NaCl x Na2SO4

• Eletrólitos 1:1 = C (NaCl)• Eletrólitos 1:2 = 3C (Na2SO4)• Eletrólitos 1:3 = 6C (Al(NO3)3)• Eletrólitos 2:2 = 4C (Mg2SO4) • Eletrólitos 2:3 = 5C (Fe2(SO4)3)

2

21

ii zc

Page 13: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Atividade Atividade vsvs concentração concentração

Uma espécie que não tem absolutamente nada a ver com os equilíbrios

mostrados

Page 14: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Atividade Atividade vsvs concentração concentração

Qual a implicação disto?Qual a implicação disto?• Necessidade de ajustar a força iônica do meio através de um tampão de força iônica.

• Podemos até nem conhecê-la, mas podemos mantê-la praticamente constante.

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Célula EletroquímicaCélula Eletroquímica

][

][loglog0592,00

reagentesprodutos

nEE

reagentes

produtos

reagentes

produtos

aa

nEE log0592,00

][ia ii 1i ][iai

constante

Page 16: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Célula Eletroquímica – Movimento de cargasCélula Eletroquímica – Movimento de cargas

e- e-

K+

K+Cl-

Cl-

e-e-

e-

e-

e-

Cu2+

Cu2+

Cu2+

SO42-

SO42-

-Ag+

Ag+

NO3

NO3

NO3

e-

e-

e-

e-

e-

e-

Oxidação

Interface Eletrodo/solução Interface Eletrodo/solução

Redução

AgNO3CuSO4

EEcélula célula = E= Ecátodocátodo - E - Eânodoânodo

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JUNÇÃO LÍQUIDAJUNÇÃO LÍQUIDA: Sempre que duas soluções eletrolíticas diferentes estão em contato, surge na interface entre elas um potencial denominado Potencial de Junção líquidaPotencial de Junção líquida. Este potencial impõe Este potencial impõe uma limitação fundamental à exatidão das medidas uma limitação fundamental à exatidão das medidas potenciométricas feitas diretamentepotenciométricas feitas diretamente.

O aparecimento deste potencial é explicado em termos das diferentes mobilidades iônicas.

Cátion Mobilidade m2/(s.V)

Ânion Mobilidade m2/(s.V)

H+ 36,3x10-8 OH- 20,5x10-8

K+ 7,62x10-8 I- 7,96x10-8

NH4+ 7,61x10-8 Cl- 7,91x10-8

Na+ 5,19x10-8 NO3- 7,40x10-8

Célula EletroquímicaCélula Eletroquímica

Page 18: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Eobservado = Epilha + EEjunçãojunção

Solução de NaCl

Na+

Cl-Água Soluçã

o de NaCl

Na+

Cl-Água

++++

----

Separação de dois eletrólitos por uma membrana ou uma

placa porosa. Aparecimento de uma Aparecimento de uma diferença de potencial.diferença de potencial.

Célula EletroquímicaCélula Eletroquímica

Page 19: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Como as soluções podem conter vários tipos de íons, o potencial de junção não é facilmente quantificado. A grandeza do potencial de junção pode ser

minimizado pela utilização de uma ponte salina entre as duas soluções.A estratégia está em usar altas concentrações

de eletrólitos de mobilidade similar como KCl, KNO3 ou NH4NO3.

Cátion Mobilidade m2/(s.V)

Ânion Mobilidade m2/(s.V)

H+ 36,3x10-8 OH- 20,5x10-8

K+ 7,62x10-8 I- 7,96x10-8

NH4+ 7,61x10-8 Cl- 7,91x10-8

Na+ 5,19x10-8 NO3- 7,40x10-8

Célula EletroquímicaCélula Eletroquímica

Page 20: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos Métodos interfaciais interfaciais estáticosestáticos

Afinal, de que assunto Afinal, de que assunto estávamos tratando estávamos tratando

até agora? ....até agora? ....

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EletroanalíticaEletroanalítica

Page 22: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosMétodos potenciométricos de análise baseiam-se na medida do potencial de uma célula eletroquímica na

ausência de corrente (método estático).•Potenciometria diretaPotenciometria direta: determinação de um

constituinte em uma amostra, através da medida do potencial de um eletrodo íon-seletivo.

•Eletrodo indicador de pH, F-, NH3, Ca2+, heparina, etc.

•Titulações potenciométricasTitulações potenciométricas: registro da curva de titulação, onde o valor absoluto do potencial (ou pH) não importa, mas sim sua variação.Utilizam equipamento simples e barato, constituído Utilizam equipamento simples e barato, constituído de um eletrodo de referência, um eletrodo indicador de um eletrodo de referência, um eletrodo indicador

e um dispositivo para leitura do potencial.e um dispositivo para leitura do potencial.

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Métodos PotenciométricosMétodos Potenciométricos

Potenciometria Potenciometria DiretaDireta

Chegou a hora de usar Chegou a hora de usar o que foi visto em o que foi visto em

QUI208....QUI208....

Page 24: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosCélula eletroquímicaCélula eletroquímica

ECÉLULA = ECÁTODO - EÂNODO

O que se deve fazer para evitar o fluxo

de elétrons, ou seja, a condução de

corrente elétrica?

e-

e-

X

X

O instrumento de medida precisa ter

uma resistência interna muito

grande!

ECÉLULA = (EINDICADOR - EREFERÊNCIA )

ELETRODO ELETRODO INDICADORINDICADOR ELETRODO REFERÊNCIAELETRODO REFERÊNCIA

+ EjEjconvençãconvençã

oo

Page 25: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosDefinindo os eletrodosDefinindo os eletrodos

Suponha que se deseja saber as quantidades de Fe2+ e Fe3+ em uma solução.

Ag

AgCl

Solução saturada de

KCl

Ponte salina

ELETRODO REFERÊNCIA ELETRODO INDICADOR

Pt

Solução de Fe2+ e Fe3+

ECÉLULA = (EINDICADOR - EREFERÊNCIA ) + EjEj

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosMediçãoMedição

solução contendo o analito

ionômetro

Eletrodo de

referência

Eletrodo indicador Instrumento

de medição

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos de referênciaEletrodos de referência

Características ideaisCaracterísticas ideais:• Ser reversível e obedecer à equação de Nernst;• Manter seu potencial constante no tempo;• Retornar ao seu potencial original após ter sido submetido a pequenas correntes;• Exibir baixa histerese sob ciclos de temperatura.

No entanto, nenhum eletrodo de referência No entanto, nenhum eletrodo de referência atende a todos esses requisitos idealmente, atende a todos esses requisitos idealmente, vários estão surpreendentemente próximos vários estão surpreendentemente próximos deles.deles.

Page 28: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos de referênciaEletrodos de referência

Equilíbrio químico:AgCl(s) + e- ⇌ Ag0 + Cl- Eº = ?

Ag+ + e- ⇌ Ag0 E°= 0,799VAgCl(s) ⇌ Ag+ + Cl- Kps= 1,8x10-10

AgCl(s) + e- ⇌ Ag0 + Cl- E°= xV Ag0 ⇌ Ag+ + e- E°= -0,799V AgClAgCl(s)(s) ⇌⇌ Ag Ag++ + Cl + Cl- - E°= x - 0,799VE = 0 = (x - 0,799) - 0,0592 logKpsx = 0,799 + 0,0592 logKps = 0,222V = Eº

E = (0,799 + 0,0592 logKps) - 0,0592 log aCl-

E = 0,222 V (atividade unitária Cl-)

E = 0,197 V (solução saturada)

Eletrodo de Prata/Cloreto de prata

Page 29: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos de referênciaEletrodos de referência

Eletrodo de Calomelano Equilíbrio químico:Hg2Cl2(s) + 2e- ⇌ 2Hg0 + 2Cl- E°

Hg22+ + 2e- ⇌ 2Hg0 E°= 0,796V

Hg2Cl2(s) ⇌ 2Hg2+ + 2Cl- Kps= 1,2x10-18

E = (0,796 + 0,0296 logKps) – 0,0592 log aCl-

E = 0,268 V (atividade unitária Cl-)

E = 0,241 V (solução saturada)

Page 30: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos de referênciaEletrodos de referência

Cada eletrodo de referência tem seu potencial característico. Como converter de uma escala para outra? Conversão de Potencial em várias escalas:

• Uma leitura forneceu o valor de -0,200V vs ECS. Qual o valor do potencial vs EPH e Ag/AgCl?

Potencial vs EPH (V)0 0,20,1

Ag/AgCl0,197V

ECS0,241

V0,041V

-0,2 0,0-0,1Potencial vs ECS (V)

-0,156V

0,241V

?

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

1° tipo ou 1ª classe1° tipo ou 1ª classe: Mn+ + n e- ⇌ M Estes eletrodos metálicos desenvolvem um potencial elétrico em resposta a uma reação redox na superfície do metal.Somente alguns metais como Ag, Cu, Zn, Bi, Tl, Pb, Cd e Hg podem ser usados como eletrodos indicadores para seus íons aquosos. A maioria dos metais não serve para esse propósito devido ao equilíbrio não ser prontamente atingido na superfície do metal. Somente Ag e Hg apresentam respostas reversíveis e nernstianas.

• Cu não pode ser usado na presença de íons Ag+, pois haveria redução dos íons Ag+ sobre o eletrodo.• Zn e Cd não podem ser usados em meio ácido, pois se dissolvem.• Bi, Tl e Pb oxidam facilmente e por isso só podem ser usados em solução desaerada.

Page 32: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

2° tipo ou 2ª classe2° tipo ou 2ª classe: MXn + n e- ⇌ M + nX- Estes eletrodos (M/MXn) respondem à atividade do ânion com o qual o cátion M forma precipitado ou complexo.

AgCl + e- ⇌ Ag + Cl-

Eind = E0Ag+/Ago + 0,0592logkpsAgCl – 0,0592logaCl-

E = 0,222 – 0,0592 log aCl- = 0,222 + 0,0592pClA resposta do eletrodo varia de acordo com a variação da atividade de Cl-. Lembre-se que este eletrodo pode Lembre-se que este eletrodo pode vir a ser referência se a atividade de Clvir a ser referência se a atividade de Cl-- se mantiver se mantiver constante.constante.

HgY2- + e- ⇌ Hg2+ + Y4- E = 0,210 – 0,0296 log (aY4-/aHgY2-)Mantendo-se a atividade de HgY2- constante, a resposta do eletrodo varia de acordo com a variação da atividade de Y4-.

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

3° tipo ou 3ª classe3° tipo ou 3ª classe: Um eletrodo metálico pode, sob determinadas circunstâncias, ser modificado para responder à um cátion distinto. Consiste de um metal em contato com um sal pouco solúvel (ou um complexo fracamente ionizado) do próprio metal e um sal levemente mais solúvel (ou um complexo levemente mais ionizado) de um segundo metal. É muito pouco utilizadoÉ muito pouco utilizado.Ag/Ag2S,CuS

Ag+ + e- ⇌ AgAg2S ⇌ 2Ag+ + S2-

CuS ⇌ Cu2+ + S2-

2

2 1log0592,0log0592,0799,0CuCuS

SAgind anK

Kn

E

constanteconstante

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

InertesInertes: Pt, Au, Pd ou outros metais inertes servem como eletrodos indicadores para sistemas de oxidação/redução. Nestas condições estes eletrodos funcionam como fonte ou depósito de elétrons para o sistema redox.

• Têm aplicação limitada uma vez que o processo Têm aplicação limitada uma vez que o processo de transferência de elétrons na superfície dos de transferência de elétrons na superfície dos eletrodos é lento e, portanto, não é reversíveleletrodos é lento e, portanto, não é reversível.

Fe3+ + e- ⇌ Fe2+

3

2

Fe

Fe0ind a

a0,0592logEE

Page 35: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

Eletrodos de membrana = eletrodos íon-seletivos Eletrodos de membrana = eletrodos íon-seletivos (pIon)(pIon):Não envolvem um processo redoxNão envolvem um processo redox. Uma ampla variedade de eletrodos de membrana é encontrada comercialmente, tanto para cátions como para ânions. Baseiam-se nas propriedades das membranas semi-permeáveis.

Membrana cristalina• Cristal único: LaF3 para F-

• Policristalino ou cristais mistos: Ag2S para S2- e Ag+

Membrana não cristalina• Vidro: vidro de silicato para H+ e Na+

• Líquida: trocadores líquidos de íons para Ca2+ e transportadores neutros para K+

• Líquido imobilizado em polímero: Matriz de PVC para Ca2+ e NO3

-

Page 36: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

Eletrodos de membrana = eletrodos íon-seletivos Eletrodos de membrana = eletrodos íon-seletivos (pIon)(pIon):Propriedades da membranas:

• Solubilidade reduzida: Um dos requisitos é que a solubilidade da membrana no meio contendo o analito (geralmente aquoso) se aproxime de zero. Moléculas grandes ou agregados moleculares, tais como vidro ou resina poliméricas são ideais.• Condutividade elétrica: A membrana deve exibir uma condutividade elétrica, mesmo que pequena (migração de íons dentro da membrana).• Reatividade seletiva ao analito: Uma membrana (ou algumas espécies na matriz da membrana) deve ser capaz de ligarem-se seletivamente ao analito por troca iônica, cristalização ou complexação.

Page 37: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Eletrodos íon-seletivos baseados em Eletrodos íon-seletivos baseados em ionóforosionóforos

• Fotomicrografia de um microeletrodo de vanilomicina para monitoramento da atividade de potássio no interior de uma célula.

célulamicroeletrod

o

Ponta < 1m

Compostos neutros lipofílicos

que formam complexo com

íons.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

Page 38: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

Eletrodo de vidro para pHEletrodo de vidro para pH: • É um dos mais conhecidos e mais antigos eletrodos de membrana. Foi concebido por Cremer em 1906.• A membrana é uma fina camada de vidro.

Page 39: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadoresEletrodos indicadores

Eletrodo de vidro para pHEletrodo de vidro para pH: • A membrana é permeável, por troca de íons, quase que exclusivamente a cátions univalentes, mas sobretudo ao íon hidrogênio.• A troca catiônica depende, em parte, do tamanho do íon, da intensidade das forças eletrostáticas aniônicas no vidro e do poder de solvatação dos cátions que permeiam através da superfície do vidro.• A maioria dos ânions são maiores que os cátions alcalinos e alcalino-terrosos e, assim, penetra na rede vítrea com muito maior dificuldade.• A repulsão eletrostática por parte dos oxigênios envolvendo os interstícios da rede impede ainda mais a penetração dos ânions.

Page 40: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

Hidratação da

membrana

Condução elétrica através membrana

Page 41: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Membrana de vidroMembrana de vidro

10-5 cm 10-2 10-5 cmcm

SiSi

SiSiOO

AlAlOO

SiSiOO

SiSi

SiSiOO

SiSi

SiSiOO

SiSi

SiSiOO

SiSi

AlAlOO

SiSiOO

HH++

HH++HH++

HH++HH++

Interno ExternoGelGel GelGel

HH++HH++

HH++

HH++

HH++

HH++

--

--

hidratado seco hidratado

HH++HH++NaNa++

Page 42: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Eletrodo combinado de vidroEletrodo combinado de vidro

Ag/AgClAg/AgCl

Solução HCl Solução HCl 0,1 mol L0,1 mol L-1-1

saturada com AgClsaturada com AgClMembrana Membrana

de vidrode vidro

Ag/AgClAg/AgCl

aberturaabertura

Ponte SalinaPonte Salina

KClKCl(sat) (sat) saturada saturada com AgClcom AgCl

Page 43: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Ag | AgCl (sat) | Cl- (aq) || H+ (aq) |

| H+ (aq), Cl- (aq) | AgCl (sat) | AgMembranaMembranade vidrode vidro

E1 E2Eletrodo de referência 2

Eref 2

Eletrodo de referência 1

Einterface = E1 – E2

Eletrodo de vidro

Solução interna de referência do analito

Solução externa

do analito

Eref1, Ej

O potencial do eletrodo se deve ao potencial de interface que se estabelece entre a solução interna

do eletrodo e a solução externa da espécie a ser analisada.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

Page 44: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Potencial da membranaPotencial da membrana:E1 = k – 0,0592 log (a1´/ a1)E2 = k – 0,0592 log log (a2´/ a2)

Eint = E1 – E2 = 0,0592 log(a1/a2); Sendo a2 constante

Eint = L´ + 0,0592 log a1 = L´ - 0,0592 L´ - 0,0592 ppHH

a1

a1´ a2

a2´

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

A solução interna não se

altera

Page 45: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

Silêncio!!!!

Você pode acordar seu colega aí do seu lado....

Page 46: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

EEindind = k - 0,0592 pH = k - 0,0592 pH

Potencial de assimetriaPotencial de assimetria: Quando soluções idênticas são colocadas de cada lado da membrana EEintint deveria ser deveria ser zerozero. Contudo observa-se um pequeno potencial de assimetria que se altera lentamente.

Potencial do eletrodo de vidroPotencial do eletrodo de vidro:Eind = Eint + Eref 2 + EassEind = L´ + 0,0592 log a1 + Eref 2 + Eass

Eint = L + 0,0592 log a1 , sendo L = L´+ Eref 2 + Eass Eint = L - 0,0592 pH

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

Page 47: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Erro alcalinoErro alcalino: • O eletrodo de vidro responde tanto aos íons hidrogênio quanto aos íons de metais alcalinos univalentes em soluções alcalinas. A magnitude deste erro depende da constituição da membrana.• Em soluções com baixa concentração de H+ e alta concentração de íons de metais alcalinos univalentes, o eletrodo responde a estes pelo mesmo mecanismo de troca iônica e o pH medido é menor que o pH medido é menor que o verdadeiroverdadeiro.Erro ácidoErro ácido: A fonte deste erro não é muito bem conhecida, mas admite-se ser por causa da membrana de vidro ficar saturada de H+, quando a concentração de H+ é muito alta, e não poder ser protonada em mais nenhum sítio. Devido a isso, o pH medido é maior que o pH pH medido é maior que o pH verdadeiroverdadeiro..

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

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Erro ácido

Erro alcalino

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

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Tempo para atingir o equilíbrioTempo para atingir o equilíbrio: Uma solução bem tamponada com agitação adequada atinge o equilíbrio em 30s, mas ao redor do PE de uma titulação o equilíbrio pode demorar muitos minutos para ser atingido.

Hidratação da membranaHidratação da membrana: Um eletrodo de vidro secoseco não responde corretamente ao H+ e precisa ser hidratado adequadamente. A quantidade de água envolvida é da ordem de 50 mg por centímetro cúbico de vidro. Vidros não-higroscópicos não apresentam resposta em função do pH. Em função disto um eletrodo de vidro de pH JAMAIS PODERÁ SER JAMAIS PODERÁ SER GUARDADO SECOGUARDADO SECO. Pode ficar fora da solução aquosa somente o tempo necessário à sua manipulação.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

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Coeficiente de seletividadeCoeficiente de seletividade:Nenhum eletrodo consegue responder exclusivamente a um único tipo de íon, mas o eletrodo de vidro está entre os mais seletivos.O efeito de um íon de metal alcalino univalente sobre o O efeito de um íon de metal alcalino univalente sobre o potencial através da membrana pode ser calculado potencial através da membrana pode ser calculado pela inserção de um termo adicionalpela inserção de um termo adicional:

Quanto menor o coeficiente de seletividade Quanto menor o coeficiente de seletividade ((kkH,BH,B), menor será a interferência da espécie B), menor será a interferência da espécie B.

O íon sódiosódio é a principal espécie interferente, mas sua interferência é significativa quando a [H+] é da ordem de 10-12 mol/L ou menor e a [Na+] é da ordem de 10-2 mol/L ou maior.

)1, bk BH 1ind (a log 0,0592 L E

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

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Composição da membrana de vidroComposição da membrana de vidro:A alteração na composição do vidro alteram as propriedades da membrana. Com isso, o erro alcalino, o coeficiente de seletividade e outros podem ser melhorados (ou piorados).Os vidros para eletrodos são compostos por pelo menos 3 componentes: SiOSiO22; R; R22O e MO (ou MO e MO (ou M22OO33)), em que R é um metal alcalino e M um metal divalente ou trivalente.

Substituição de Si(IV) por Al(III) ou B(III) gera carga negativa e favorece a troca de cátions monovalentes.

Seletivos a H3O+ Menos de 1% de Al2O3. A substituição de Na2O por Li2O reduz erro alcalino.

Genérico p/ cátions monovalentes 27% Na2O; 5% Al2O3; 68% SiO2.

Seletivos a Na+ 11% Na2O; 18% Al2O3; 18% SiO2.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

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Métodos PotenciométricosMétodos Potenciométricos

Como realizar medidas potenciométricas?• Necessário ter eletrodos indicador e referência

Medidas diretas Medidas diretas ouou medidas indiretas? medidas indiretas? Curva analítica ou titulação?Curva analítica ou titulação?

Para responder a estas questões é necessário Para responder a estas questões é necessário sabersaber::

• Existência de eletrodos indicadores seletivos com sensibilidade requerida.• Existência de espécies interferentes.

• Possibilidade de mascarar os interferentes.

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Definição operacional de pHDefinição operacional de pH:A utilidade do pH como uma medida de acidez ou A utilidade do pH como uma medida de acidez ou acalinidade de meios aquosos, a ampla disponibilidade acalinidade de meios aquosos, a ampla disponibilidade de eletrodos de vidro e produção de pHmetros de de eletrodos de vidro e produção de pHmetros de estado sólidos baratos fizeram da medida estado sólidos baratos fizeram da medida potenciométrica de pH uma das técnicas analíticas potenciométrica de pH uma das técnicas analíticas mais comuns em toda a ciência.mais comuns em toda a ciência.

pHS = - (ES – k)/0,0592 pHD = - (ED – k)/0,0592

pHpHDD = pH = pHSS - (E - (EDD – E – ESS)/0,0592 a 25°C)/0,0592 a 25°C

pHpHDD = pH = pHSS - (E - (EDD – E – ESS)/(1,984x10)/(1,984x10-4-4 T) T)

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

EEindind = k - 0,0592 pH = k - 0,0592 pHConsidere S = solução de referência e D = solução desconhecidaConsidere S = solução de referência e D = solução desconhecida

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Definição operacional de pHDefinição operacional de pH:ExemploExemplo:

Um eletrodo de vidro/ECS desenvolve o potencial de -0,0412V quando mergulhado em um tampão de pH 6,00 e -0,2004V quando mergulhado em uma solução desconhecida.

Qual o pH da solução desconhecida?

Admitindo que a temperatura seja 25°C,

pHpHDD = pH = pHSS - (E - (EDD – E – ESS)/0,0592)/0,0592

pH = 6,00 – (-0,2004 + 0,0412)/0,0592 = 6,00 + 2,69

pH = 8,69pH = 8,69

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores – Eletrodo de vidroEletrodos indicadores – Eletrodo de vidro

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosSoluções padrão de pH – calibração de pHmetrosSoluções padrão de pH – calibração de pHmetros

Valores de pH para soluções padrões NIST (Valores de pH para soluções padrões NIST (National Institute of National Institute of Standards and TechnologyStandards and Technology) entre 0 e 60°C) entre 0 e 60°C

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Calibração de eletrodos de pHCalibração de eletrodos de pH:Na realidade não se trata da calibração do eletrodo, mas sim do sistema de medição como um todo.

• É necessário “ensinarensinar” o sistema para que ele responda adequadamente aos valores de pH.

1° definir qual é o “zero” ou o intercepto e2° definir qual é a sensibilidade ou inclinação.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos indicadores de pHEletrodos indicadores de pH

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As medidas potenciométricas diretas serão iguais, tanto para ânions quanto para cátions, exceto pelo exceto pelo sinalsinal da equação de Nernst:

Ecélula = Eind – Eref + EjÂnionsÂnions:

CátionsCátions:

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria direta – GeneralidadesPotenciometria direta – Generalidades

LE-E K refj

pXn0,0592KEcélula

0,0592/nL)E(EE-logapXpXn

0,0592-La1logn

0,0592LE refjcelx

xind

0,0592/nL)E(EE-logapApAn

0,0592Llogan0,0592LE refjcel

aaind

pAn0,0592KEcélula

LE-E K refj

O potencial O potencial diminuidiminui com com o aumento da o aumento da concentraçãoconcentração

O potencial O potencial aumentaaumenta com o aumento da com o aumento da concentraçãoconcentração

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria direta – GeneralidadesPotenciometria direta – Generalidades

pAnaliton0,0592KEcélula

• Para eletrodos indicadores metálicos, K Para eletrodos indicadores metálicos, K representa Eºrepresenta Eº

• Para eletrodos de membrana, K é a soma de Para eletrodos de membrana, K é a soma de várias constantes, incluindo o potencial de várias constantes, incluindo o potencial de assimetria, que é dependente do tempo e de valor assimetria, que é dependente do tempo e de valor incerto.incerto.

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ImportanteImportante:• A constante KK, como visto, é constituída de várias outras constantes, uma delas pelo menos, o potencial o potencial de junçãode junção, não pode ser calculado teoricamente nem medido diretamente. KK deve ser obtida experimentalmente com uma ou mais soluções-padrão do analito.

• A calibração direta, que envolve o ajuste do equipamento para dar uma resposta com respeito a um padrão, é simples e rápida, no entanto, apresenta duas desvantagens duas desvantagens importantesimportantes: • A precisão da medida realizada por esse

procedimento é limitada pela incerteza causada pelo potencial de junção.

• Os resultados de uma análise são expressos em termos da atividade e não de concentração.

• A calibração por curvas de calibração, não sofrem tanto a influência do potencial de junção, desde que a força iônica desde que a força iônica seja controladaseja controlada, e correlacionam diretamente a resposta com a concentração.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria direta – GeneralidadesPotenciometria direta – Generalidades

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Métodos de calibraçãoMétodos de calibração:• As medidas potenciométricas diretas, onde se inclui as medidas de pH, se dão mediante a calibração adequada do sistema de medição. São medidas rápidas e simples, necessitando apenas de uma comparação do potencial desenvolvido pelo eletrodo indicador na solução-teste com o seu potencial quando imerso em uma ou mais soluções-padrão.• Devido às diferenças obtidas entre as respostas em função das atividades e das concentrações, um procedimento bastante recomendado é a adição de um excesso de eletrólito inerte tanto nos padrões quanto nas amostras.• Comercialmente é vendido um tampão de ajuste tanto do pH quanto da força iônica total – TISAB, constituída de NaCl, tampão citrato e tampão acetato.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria diretaPotenciometria direta

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Métodos de calibraçãoMétodos de calibração:• Curvas de calibração para medidas de Curvas de calibração para medidas de

concentraçãoconcentração:• Um modo óbvio de corrigir medidas

potenciométricas para obter resultados em termos de concentração. A única limitação é conseguir que a composição dos padrões seja idêntica ao da solução a ser analisada.

• Método de adição de padrõesMétodo de adição de padrões:• Quando é praticamente impossível imitar a

matriz da amostra e esta introduz um erro na determinação, aplica-se o método de adição de padrões para minimizar o efeito da matriz. Considera-se, no entanto, que cada adição não cada adição não altera significativa-mente a força iônica, altera significativa-mente a força iônica, nem o coeficiente de atividade do analito e nem o coeficiente de atividade do analito e tampouco o potencial de junçãotampouco o potencial de junção.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria diretaPotenciometria direta

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Métodos de calibraçãoMétodos de calibração:• Curvas de calibração para medidas de Curvas de calibração para medidas de concentraçãoconcentração:ExemploExemplo: Um eletrodo seletivo para Ca2+ foi imerso em uma série de soluções-padrão cuja força iônica foi mantida constante.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria diretaPotenciometria direta

[Ca], mol/L

E, mV

3,38x10-5 -74,8

3,38x10-4 -46,4

3,38x10-3 -18,7

3,38x10-2 10,0

3,38x10-1 37,7

a) Construa a curva de calibração e determine a [Ca2+] para uma amostra que fornece uma leitura de -22,5 mV.

b) Determine a sensibilidade do método.

c) Determine o desvio padrão para a medida da concentração da amostra.

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Métodos de calibraçãoMétodos de calibração:•Curvas de calibração para medidas de concentração:

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria diretaPotenciometria direta

y = 28,14x + 51,096R2 = 1

-100-80-60-40-20

0204060

-5 -4,5 -4 -3,5 -3 -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0

log[Ca2+]

E (m

V)

Y = mx + ba) leitura de -22,5 mV,-22,5=28,14x + 51,096X = (-22,5-51,096) / 28,14 = -2,615[Ca2+] = 10-2,615 = 2,43x10-3mol/L

b) A sensibilidade do método é a inclinação da curva de calibração.

c) O desvio padrão relativo da regressão pode ser calculado a partir dos desvios padrões da inclinação e do intercepto, os quais foram calculados a partir do desvio padrão da regressão:

sc/c = 0,005608 sc =0,005608 x 2,43x10-3 = 0,014x10-3

22

ms

bs

cs mbc

Page 64: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria diretaPotenciometria direta

Vantagens:Vantagens:• Alta sensibilidade (ex.: análise de potássio - LQ 0,039 g/mL com eletrodo seletivo e 0,5 g/mL por fotometria de chama);• Funcionam bem em solventes orgânicos e em presença de moléculas solúveis em gordura;• Podem ser utilizados em soluções de redutores e oxidantes;• Grande faixa de resposta linear;• Não destrutivo;• Não contaminante;• Tempo de resposta curto;• Não é afetado por cor ou turbidez;• Facilidade de automação e construção de acordo com a necessidade (forma, tamanho, finalidade).

Page 65: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosPotenciometria diretaPotenciometria direta

Desvantagens/Limitações:Desvantagens/Limitações:• Forte dependência com força iônica do meio;• Interferências e envenenamento de eletrodos;• Erro de precisão freqüentemente > 1%;• Obstrução por proteínas e outros (resp. lenta);• Alguns eletrodos são frágeis e não podem ser guardados por muito tempo.

Page 66: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Eletrodos íon-seletivos em análises clínicas:Eletrodos íon-seletivos em análises clínicas:• Faça uma pesquisa para descobrir qual é o teste

conhecido como “Chem 7” nos Estados Unidos.• Encontre quais são os analitos incluídos no “Chem

7”.• De qual analito são feitas mais de 200 milhões de

análises clínicas através de eletrodos íon-seletivos?

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosEletrodos íon-seletivosEletrodos íon-seletivos

Page 67: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos Potenciométricos

Titulação Titulação PotenciométricaPotenciométrica

Tudo o que você Tudo o que você precisa saber e nem precisa saber e nem precisa perguntar....precisa perguntar....

Page 68: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

Page 69: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

1) O que é necessário para realizar uma titulação?

2) O que é necessário para realizar uma titulação potenciométrica?

Page 70: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

3) Que tipo de titulação pode ser realizada potenciometrica-mente?

4) Que tipo de informação podemos obter de uma titulação potenciométrica?

Page 71: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

AplicabilidadeAplicabilidade: • Titulações ácido-base (eletrodo de vidro de pH); • Titulações de precipitação (eletrodo indicador a uma das espécies envolvidas na reação); • Titulações complexométricas (eletrodo indicador a uma das espécies envolvidas na reação); • Titulações de oxirredução (eletrodo inerte).

ObsObs:Na titulação potenciométrica, a falta de seletividade do eletrodo indicador, Ej e EAss não são problemas, pois não é necessário o conhecimento exato do potencial a cada ponto, mas que a variação do mesmo dependa apenas da reação principal.

Page 72: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

E / m

V Titulação de H3PO4 com NaOH

Page 73: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

O potencial de um eletrodo indicador adequado é O potencial de um eletrodo indicador adequado é convenientemente empregado para encontrar o convenientemente empregado para encontrar o

ponto de equivalência de uma titulação ponto de equivalência de uma titulação (potenciométrica).(potenciométrica).

• A medida direta de soluções de um ácido fraco e de um ácido forte com a mesma concentração com um eletrodo sensível ao pH leva a valores muito diferentes de pH devido aos diferentes graus de ionização de cada ácido. Por outro lado a titulação potenciométrica de Por outro lado a titulação potenciométrica de volumes iguais de ambos os ácidos requerem a mesma volumes iguais de ambos os ácidos requerem a mesma quantidade de base-padrãoquantidade de base-padrão.

• O ponto final potenciométrico fornece dados mais exatos que o método correspondente com o uso de indicadores.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

Page 74: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

0 1 2 3 4 50

2

4

6

8

10

12

pH

V HCl (mL)

Page 75: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

0 1 2 3 4 50

2

4

6

8

10

12

pH

V HCl (mL)

Page 76: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

0 1 2 3 4 50

2

4

6

8

10

12

pH

V HCl (mL)

Page 77: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

0 1 2 3 4 50

2

4

6

8

10

12

pH

V HCl (mL)

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

pH/

V

VP.E.

1ª derivada

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

0 1 2 3 4 50

2

4

6

8

10

12

pH

V HCl (mL)

-150

-100

-50

0

50

100

150

2 pH/V

2

VP.E.

2ª derivada

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

0 1 2 3 4 50

2

4

6

8

10

12

pH

V HCl (mL)

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

pH/

V

0 1 2 3 4 50

2

4

6

8

10

12

pHV HCl (mL)

-150

-100

-50

0

50

100

150

2 pH/

V2

Normalmente não se tem a definição do

máximo que corresponde ao VPE.

É inquestionável a posição do zero da 2ª

derivada que corresponde ao VPE.

Page 80: Prof. Valmir F. Juliano 2º/2010

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

Todos os métodos de detecção do ponto final Todos os métodos de detecção do ponto final apresentados baseiam-se na consideração de que a apresentados baseiam-se na consideração de que a

curva de titulação seja simétrica nas proximidades do curva de titulação seja simétrica nas proximidades do ponto de equivalência e que a inflexão da curva ponto de equivalência e que a inflexão da curva

corresponda a esse ponto. Essa consideração é válida corresponda a esse ponto. Essa consideração é válida se o analito e o titulante reagirem em uma razão 1:1 e se o analito e o titulante reagirem em uma razão 1:1 e se a reação de eletrodo for reversível. Muitas reações se a reação de eletrodo for reversível. Muitas reações

redox tais como a reação do ferro(II) com permanganato redox tais como a reação do ferro(II) com permanganato não ocorrem de acordo com essa relação equimolar. não ocorrem de acordo com essa relação equimolar.

Mesmo assim, essas curvas de titulação normalmente Mesmo assim, essas curvas de titulação normalmente são tão inclinadas no ponto final que um erro muito são tão inclinadas no ponto final que um erro muito pequeno é introduzido quando se considera que as pequeno é introduzido quando se considera que as

curvas sejam simétricas.curvas sejam simétricas.Verificar isso

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

0 1 2 3 4 5 6

pH

V

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0

2

4

6

8

10

12

0 1 2 3 4 5 6

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

pHV

Vmédio

1ª derivada1ª derivada

Entra ou não no traçado?

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-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

40

0 1 2 3 4 5 6

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

Vmédio

2pHV2

2ª derivada2ª derivada

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação Potenciométrica - derivadasTitulação Potenciométrica - derivadas

VNaOH (L)

pH Vmédio 1 (L)

pH/V Vmédio 2 (L)

2pH/V2

85,0 4,245 85,5 0,155

86,0 4,400 86,0 0,0710 86,5 0,226

87,0 4,626 87,0 0,0810 87,5 0,307

88,0 4,933 88,0 0,0330 88,5 0,340

89,0 5,273 89,0 -0,0830 89,5 0,257

90,0 5,530 90,0 -0,0680 90,5 0,189

91,0 5,719 91,25 -0,0390 92,0 0,130

93,0 5,980

12

12

VVpHpH

VpH

12

122

2

VVVpH

VpH

V

pH

2

21 VVV

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

0 1 2 3 4 5 6

Método de Método de GranGran

VpH

Vmédio

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

Método de Método de GranGran

NaOHa

NaOHNaOH

NaOHa

NaOHeqNaOHa

a3

VVVCVV

)V(VCK

][A[HA]K]O[H

eqaNaOHaNaOH3 VKVK]VO[H

NaOH

NaOHeqa3 V

)V(VK]O[H

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Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

Método de Método de GranGran

NaOHa

NaOHNaOH

NaOHa

NaOHeq1NaOHa1

-42

43a13

VVVCVV

)V(VCK

]PO[H]PO[HK]O[H eq1a1NaOHa1NaOH3 VKVK]VO[H

NaOH

NaOHeq1a13 V

)V(VK]O[H

y = -0,0053x + 0,0529R2 = 0,999

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00

VNaOH (mL)

[H3O

+]V

NaO

H

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VantagensVantagens ((em comparação à titulação clássica))

• Pode ser utilizada para soluções turvas, opacas ou coloridas;• Permite identificar a presença de espécies inesperadas na solução (contaminantes);• Determinação de misturas de espécies;• Aplicável para soluções muito diluídas; • Titulação de ácido fraco com base fraca;• Ponto final muito próximo ao ponto de equivalência (maior exatidão na determinação do PE);• Aproveita certas reações para as quais a técnica convencional é impraticável por falta de indicadores;• Permite automação e até miniaturização.

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

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DesvantagensDesvantagens ((em comparação à titulação clássica))

• Requer um tempo maior na análise (questionável);• Requer equipamento especial (potenciômetro, eletrodos indicadores e de referência) e, consequentemente, energia elétrica;• Maior custo da análise (questionável).

Métodos PotenciométricosMétodos PotenciométricosTitulação PotenciométricaTitulação Potenciométrica

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Fim da Fim da potenciometria ..potenciometria ..

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