prof. luiz henrique - cultivo de soja pragas
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PROF. LUIZ HENRIQUE - Cultivo de soja pragasTRANSCRIPT
Cultivo de Soja (pragas)
Pragas do Solo
Lagartas
Percevejos e Broca das Axilas
Broca das Vagens
Fases mais importantes de desenvolvimento da cultura e época de maior probabilidade de ataque de insetos
Lagartas desfolhadoras (Anticarsia gemmatalis e Pseudoplusia
includens)
• Controle: média de 40 lagartas grandes (>1,5 cm) por pano-de-batida (duas fileiras de plantas), ou com menor nº se desfolha atingir 30%, antes da floração, e 15% tão logo apareçam primeiras flores.
• Controle Baculovírus: máximos 40 lagartas pequenas (no fio) ou 30 lagartas pequenas e 10 lagartas grandes por pano-de-batida.
• Seca prolongada e com plantas menores de 50 cm de altura: reduzir esses níveis para metade.
Anticarsia gemmatalis
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Anticarsia gemmatalis
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Pseudoplusia includens (falsa-medideira)
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Pseudoplusia includens (falsa-medideira)
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Baculovírus
• 20 g ha-1 de lagartas mortas pelo próprio vírus (50 lagartas ha-1): maceradas em um pouco de água, ou 20 g ha-1 da formulação em pó molhável.
• População que já tenha ultrapassado limite para a aplicação de Baculovírus puro (mais que 10 lagartas grandes pano-1) e for inferior ao nível preconizado para controle químico (40 lagartas grandes pano-1): utilizar em mistura com inseticida Profenofós ou com endossulfam, na dose de 30 g i.a. ha-1 e 35 g i.a. há-1.
Baculovírus (preparo)
• Bater quantidade de lagartas mortas ou pó: água, em liquidificador (coar calda em tecido tipo gaze, no momento de transferir para tanque do avião ou do pulverizador).
• Aplicação pela manhã: material pode ser realizado durante a noite anterior.
• Aplicação por avião: mesma dose + água (veículo), 15 l ha-1 (ajustar ângulo da pá do “micronair” para 45º a 50º, estabelecer largura da faixa de deposição em 18 m e voar a uma altura de 3 a 5 m, a 105 milhas hora-1, com velocidade do vento não superior a 10 km h-1).
Percevejos
• Controle: 4 percevejos adultos ou ninfas com mais de 0,5 cm por pano-de-batida.
• Produção de sementes: 2 percevejos por pano-de-batida.
• Insetos das plantas de apenas 1 m de fileira: reduzir população crítica para metade (2 e 1 percevejos).
• Broca das axilas: 25% a 30% de plantas com ponteiros das plantas atacados.
Coleópteros desfolhadores: (a) Aracanthus mourei, (b) Maecolaspiscalcarifera, (c) Diabrotica speciosa e
(d) Cerotoma sp.
A B
C D
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Aracanthus mourei (Col.: Curculionidae) (Torrãozinho)
• Adulto (4,6 mm): aparência de partículas de solo aderidas aos élitros.
• Alta população: principalmente na fase inicial do desenvolvimento da cultura.
• Causa serrilhado: bordas das folhas.
• Ataque inicial: bordaduras da lavoura, podendo causar destruição da parte aérea da soja (começa pelas folhas).
• Casos extremos: pode atingir pecíolos.
Maecolaspis calcarifera (Col.: Chrysomelidae)
• Paraná, Goiás e Mato Grosso • Raramente atinge nível de dano. • Adultos: alimentam das folhas e medem
5 mm.• Coloração geral verde-metálica: com
sulcos e pontuações em toda extensão do corpo.
• Ovos: tamanho inferior a 1 mm (cor branca amarelada).
• Larva: 7 mm (cor branca acinzentada).
Diabrotica speciosa (Col.: Chrysomelidae) (Patriota)
• Alimenta-se: folhas.
• Adultos: 4,5 mm (verde com manchas amarelas ou alaranjadas sobre élitros).
• Postura: solo (30 ovos massa-1).
• Larvas: cor amarela pálida, alimentam-se de raízes de plantas cultivadas e plantas daninhas (tórax, cabeça e patas torácicas pretas).
• Pupa: casulo no solo.
Cerotoma sp. (Col.: Chrysomelidae)
• Oeste e Sudoeste do Paraná (lavouras precedidas de feijão).
• Capacidade de causar dano: pequena. • Adultos: geral bege, com quatro manchas
marrom escuras, 2 grandes e 2 pequenas, em cada élitro (5 mm. alimentam-se das folhas).
• Ovos (0,8mm, formato ovalado): incubação 10 dias.
• Larva (branca e cabeça preta): 10 mm (alimentam-se dos nódulos de rizóbio de 20 a 25 dias, diminuindo disponibilidade de N e podendo afetar produção de grãos).
Outros organismos que atacam as folhas
• Tripes (Thysanoptera): insetos pequenos, de 1 a 2 mm de comprimento, cor marrom ou preta (anos secos podem atingir altas populações.
• Raspam folhas: tornam-se prateadas após ataque (geralmente não causam reduções de produtividade da cultura).
• Situação agravada: queima-do-broto, transmitido principalmente por espécies de Frankliniella).
(a) virose queima do broto (tripes), (b) larva de Omiodes indicatus e (c) adulto de mosca branca Bemisia argentifolii
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
C
B
A
(d) ataque de ácaros e (e) gafanhotos.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Omiodes indicatus (Lep.: Pyralidae)
• Lagarta: enrola ou une folhas através de fibras muito finas de cor branca, secretadas pelo inseto.
• Alimenta-se: apenas do parênquima das folhas (evitando sua destruição).
• Mariposa: alaranjada e pontos pretos nas asas. • Lagarta (12 e 15mm): verde escura e aspecto
oleoso. • Pupa: marrom e permanece no abrigo até
emergência do adulto.
Mosca branca Bemisia argentifolii (Hom.: Aleyrodidae)
• Ninfas: liberam grande quantidade de substância açucarada, possibilitando crescimento de fumagina sobre as folhas que, tornando-se pretas, absorvem muita radiação solar, provocando ”queima” e queda das folhas.
Ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus) e rajado
(Tetranychus urticae)
• Suga: seiva das folhas e pecíolos de plantas novas.
• Evolução do dano: folhas ficam amarelas.
• Ataque muito intenso: folhas podem cair (diminui capacidade fotossintética das plantas).
Rhammatocerus schistocercoides (Ort.: Acrididae) (Gafanhoto)
• Inseto gregário: facilmente população atinge 500 insetos m-1 (podendo causar desfolhamento de até 100%, principalmente nas bordaduras da lavoura.
Percevejos sugadores de vagens e grãos
• Redução (rendimento e qualidade da semente): picadas e transmissão de moléstias (Nematospora coryli).
• Grãos atacados: menores, enrugados, chochos e mais escuros.
• Má formação vagens e grãos: retenção das folhas que não amadurecem na época da colheita.
• Espécies mais importantes: Nezara viridula, Piezodorus guildinii e Euschistus heros.
Nezara viridula (Hem.: Pentatomidae) (Sugadores de sementes)
• Menor adaptação: climas quentes (não se expandiu para Região Central com a mesma intensidade que Euschistus heros e Piezodorus guildinii).
• Adulto: verde 12 e 15 mm): sobrevive 70 dias.
• Ovos: amarelos e depositados na face inferior das folhas (massas regulares de 50 - 100 ovos).
• Ninfas: 1 e 2 ínstares 1,3 e 3,1 mm, preta e manchas brancas sobre dorso (permanecem agregadas e não causam danos).
• 3 ínstar: alimentam-se dos grãos com intensidade crescente até 5 e último ínstar - 9 mm - (período ninfal 20 e 25 dias).
Nezara viridula (Hem.: Pentatomidae) (Sugadores de sementes)
Nezara viridula: (a) adulto, (b) ovos, (c) ninfas recém-eclodidas e (d)ninfas de 5º ínstar.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
B
DC
A
Nezara viridula (Hem.: Pentatomidae) (Sugadores de sementes)
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Piezodorus guildinii (Hem.: Pentatomidae) (Percevejo verde pequeno)
• Adulto: 10 mm, cor verde amarelada, 1 listra transversal marrom avermelhada na parte dorsal do tórax próxima da cabeça (pronoto).
• Ovos: pretos, em fileiras pareadas (10 a 20 por postura). Preferencialmente, depositados nas vagens (podem ser encontrados na face ventral ou dorsal das folhas, caule e ramos.
• Ninfas recém-eclodidas: 1 mm, comportamento gregário, permanecendo próximas à postura.
• Danos: prejudica do 3 ao 5 ínstar (8 mm).
• Prejudica mais qualidade das sementes e causa mais retenção foliar: que os demais.
Piezodorus guildinii (Hem.: Pentatomidae) (Percevejo verde pequeno)
Piezodirus guildinii: (a) adulto, (b) ovos, (c) ninfas recém-eclodidas e (d) ninfas de 5º ínstar.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
D
BA
C
Euschistus heros (Hem.: Pentatomidae) (Percevejo marrom)
• Adulto: marrom-escuro, 2 prolongamentos laterais do pronoto, em forma de espinhos (116 dias).
• Ovos: depositados em pequenas massas de cor amarela (5 - 8 ovos por massa, apresentando mancha rósea, próximo à eclosão das ninfas. Depositados nas folhas ou vagens).
• Ninfas recém-eclodidas: 1 mm e permanecem sobre os ovos, causando danos às sementes de soja do 3 ao 5 ínstar, quando atingem tamanho de 5 e 10 mm, respectivamente.
Euschistus heros: (a) adulto, (b) ovos, (c) ninfas recém-eclodidas e (d) ninfas de 5º ínstar.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
B
DC
A
(a) Dichelops furcatus, (b) Edessa meditabunda, (c) Thyanta perditor e (d) Acrosternum sp.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
D
BA
C
Lagartas das vagens e grãos (folhas)
1 - Spodoptera latifascia: ovos (massas sobre folhas).
• Após eclosão: marrom para preta (listras longitudinais brancas e marrons).
• Depois (preto brilhante): 16 pontuações douradas sobre dorso em 2 linhas longitudinais alaranjadas.
2 - Spodoptera eridania (50 mm): castanha a cinza escura (3 listras longitudinais sobre dorso).
• Adulto: cor cinza (1 mancha preta no 1º par de asas).
Lagartas das vagens: (a)Spodoptera latifascia e (b) Spodoptera
eridania
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
BA
Broca das vagens: Maruca testulalis (Lep.: Pyralidae) e
Etiella zinckenella (Lep.: Pyralidae)
• Maruca testulalis (larva): broqueia vagens, axilas, hastes e pecíolos da soja, podendo eventualmente, danificar inflorescências, apresentando hábitos e danos semelhantes aos da broca-das-axilas.
• Etiella zinckenella: amarela esverdeada ou azulada, manchas negras na porção anterior do corpo (20 mm). Penetra nas vagens e consome grãos (pode danificar diversas vagens).
Brocas das vagens:(c) Maruca testulalis e (d) Etiella zinckenella.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
DC
Tamanduá ou bicudo da soja Sternechus subsignatus
(Col.:Curculionidae)• Adulto: raspa caule e desfia tecidos no local do
ataque.
• População alta (fase inicial da cultura): dano é irreversível e plantas morrem (podendo haver perda total de parte da lavoura).
• Ataque tardio: larvas se desenvolvem na haste principal, formando galhas, a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas.
• Adulto (8 mm): preto com listras amarelas, formadas por pequenas escamas, no dorso da cabeça e nos élitros (asas duras).
• Postura: fêmea faz anelamento, cortando todo córtex (casca) da haste principal.
• Ovos: coloração amarela, postos em orifícios, na região do anelamento, e protegidos pelas fibras do tecido cortado (podem ser depositados nos ramos laterais e pecíolos).
Tamanduá ou bicudo da soja Sternechus subsignatus
(Col.:Curculionidae)
• Fase ativa: larvas no interior da haste principal (região do anelamento).
• Enquanto crescem: engrossamento do caule, formando uma galha (constituída externamente por tecidos ressecados).
• Período larval: 25 dias. • 5 e último ínstar: Após desenvolvimento no
interior da galha, larva movimenta-se para solo, onde hiberna em câmaras (5 cm e 10 cm de profundidade, até a 25 cm).
Tamanduá ou bicudo da soja Sternechus subsignatus
(Col.:Curculionidae)
• Larva hibernante não se alimenta: quando perturbada ou exposta ao sol, se movimenta muito (fototropismo negativo).
• Pupa: branca amarelada (vista dorsalmente mostra primórdios das asas).
• Período pupal médio: 17,2 dias.
Tamanduá ou bicudo da soja Sternechus subsignatus
(Col.:Curculionidae)
Tamanduá ou bicudo da soja Sternechus subsignatus
(Col.:Curculionidae)
Plantas mortas pelo adulto Galha: causado pelas larvas.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Sternechus subsignatus: (a) adulto, (b) ovos, (c) larva e (d) galha
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B
D
A
C
Sternechus subsignatus: (e) larva hibernante
e (f) pupa.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
EF
Broca do colo (Lagarta elasmo) Elasmopalpus lignosellus (Lep.: Pyralidae)
• Corta e broqueia colo da planta: início do desenvolvimento (redução no estande de plantas).
• Prefere solos arenosos: necessita de período de seca prolongado (fases iniciais da cultura).
• Ataque: após germinação (por 30 a 40 dias). • Ovos: colocados sobre planta ou solo (eclosão
em 2 ou 3 dias). • Larvas (16,2 mm): branca esverdeada a
amarelada, com faixas transversais marrom ou marrom avermelhada.
• Larva: penetra na planta logo abaixo do nível do solo (cava uma galeria ascendente na haste).
• Junto ao orifício de entrada: larvas tecem casulos cobertos com excrementos e partículas de terra.
• Plantas: podem morrer imediatamente ou sofrer danos, posteriormente (sob ação de chuvas, vento ou implementos agrícolas).
Broca do colo (Lagarta elasmo) Elasmopalpus lignosellus (Lep.: Pyralidae)
• Mesma lagarta: pode atacar até 3 plantas durante ciclo vital.
• Pupa: inicial amarelada ou verde, nos segmentos abdominais, passando a marrom (antes da eclosão do adulto preta).
• Adulto: cinza amarelada (20 mm de envergadura).
Broca do colo (Lagarta elasmo) Elasmopalpus lignosellus (Lep.:
Pyralidae)
• Intensidade de danos: períodos de temperatura elevada e baixo teor de água no solo.
• Áreas de semeadura direta (em geral): ocorrência tem sido menor.
• Áreas de semeadura convencional (condições normais): temperatura do solo é favorável.
• Períodos longos de estiagem: aquecimento a níveis letais para praga.
Broca do colo (Lagarta elasmo) Elasmopalpus lignosellus (Lep.: Pyralidae)
Broca do colo (Lagarta elasmo) Elasmopalpus lignosellus (Lep.: Pyralidae)
www.google images: lagarta elasmo soja
Broca das axilas Epinotia aporema (Lep.: Tortricidae)
• Penetra no caule: através da axila dos brotos terminais (base do pecíolo, unindo os 3 folíolos com uma teia, cavando uma galeria descendente - abrigo).
• Alimenta-se: medula do caule ou ramos da planta (pode causar sua quebra e ocorrer infecções por patógenos).
• Broto atacado: larva pode também alimentar-se de pequenas porções do tecido foliar (pode causar desenvolvimento anormal ou morte).
• Lagarta (pequena): branca e cápsula cefálica preta, nos últimos ínstares (10 mm) bege (cápsula cefálica marrom).
• Além do broto foliar, pecíolos e hastes: pode se alimentar de flores e vagens.
Broca das axilas Epinotia aporema (Lep.: Tortricidae)
Broca das axilas Epinotia aporema (Lep.: Tortricidae)
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Broca das axilas Epinotia aporema (Lep.: Tortricidae)
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Outros organismos que atacam plântulas, hastes e pecíolos
(a) Piolho-de-cobra, (b) caracóis, (c) lesmas
(Artrópodes).
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Corós (raízes)
• Ataque: reboleiras (manchas) com plantas amareladas, murchas e sem raízes secundárias (início de crescimento da planta) ou amareladas e com desenvolvimento retardado e raízes parcialmente danificadas (tardio).
• Larvas: podem causar morte das plantas, principalmente, quando ocorre sincronia da fase inicial da cultura com larvas de mais de 15 mm de comprimento.
Phyllophaga cuyabana (Col.: Melolonthidae) Coró
• Adultos: 15 a 20 mm.
• Larvas: eclodem 2 semanas após oviposição (3 ínstares até 35 mm e ativas por 130 dias).
• Áreas de semeadura direta: larvas de outros corós que podem atingir 50 mm.
• Larvas e fêmeas adultas: cavam galerias verticais visíveis na superfície do solo (geralmente não danificam soja, mas danificam trigo em sucessão).
• Benéfico: auxiliam na reciclagem da matéria orgânica (incorpora palha da qual se alimenta e galerias permitem infiltração de água).
Phyllophaga cuyabana (Col.: Melolonthidae) Coró
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Phyllophaga cuyabana (Col.: Melolonthidae) Coró
Percevejos castanhos da raiz (Hem.: Cydnidae)
• Decréscimo no rendimento: ataque no início do desenvolvimento da cultura.
• Espécie mais comum: Scaptocoris castanea.
• Adulto: marrom-claro (7 mm).
• Ninfas: branco amareladas.
• Acasalamento e oviposição: solo
• Adultos e ninfas: reboleiras e sugam raízes (murchamento, redução de crescimento e morte da planta).
Percevejos castanhos da raiz (Hem.: Cydnidae)
Percevejos castanhos da raiz (a) (Hem.: Cydnidae)
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
AA
Inimigos naturais - hemípteros
• Orius sp. (Anthocoridae)
• Geocoris sp. (Lygaeidae)
• Tropiconabis sp. (Nabidae)
• Podisus sp. (Pentatomidae)
• Alimentam-se (são insetos pequenos): especialmentede ovos, lagartas pequenas ou pequenas ninfas de percevejos.
(a) Geocoris sp., (b) Podisus sp. e (c) Lebia concinna
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C
B
A
(d)Callida sp. e (e) Calosoma granulatum
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ED
Parasitóides de lagartas
• Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis): microhimenópteros gênero Microcharops (Ichneumonidae), principalmente lagartas pequenas e díptero Patelloa similis (Tachinidae) lagartas grandes. Ovos: Trichogramma spp. (Hym.: Trichogrammatidae).
• Lagartas Pseudoplusia includens: Copidosoma truncatellum (Hym.: Encyrtidae) - população níveis reduzidos (naturalmente).
(a) adulto de Microcharops sp., (b) adulto dePatelloa similis e (c) lagarta falsa medideira parasitada por
Copidosoma truncatellum
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A
B
C
Parasitóides de percevejos (ovos)
• Eficientes: impedir que hospedeiro cause danos à cultura (interrompe ciclo biológico da praga, impedindo crescimento populacional).
• Percevejos: ovo até fase adulta.
• Dentre 20 espécies: microhimenóptero Trissolcus basalis (Scelionidae), produzido em laboratórios comunitários para liberação no campo.
Trissolcus basalis (Scelionidae)
• Pequena vespa preta (1 a 1,3 mm): de ovo a adulto (dentro de ovos de percevejos).
• Além de ovos do percevejo verde (hospedeiro preferencial: parasita também ovos do percevejo pequeno, percevejo marrom e outras espécies de pentatomídeos que ocorrem na cultura.
• Ovos parasitados: acinzentados a castanhos (pretos próximos à emergência dos adultos).
• Ciclo (10 dias): potencial reprodutivo alto (1 fêmea parasita em média 240 ovos de percevejos).
• Após oviposição no interior do ovo hospedeiro: fêmea faz marcação do ovo parasitado, servindo para discriminá-lo.
• Adultos: 80 dias (1 macho : 5,5 fêmeas).
Trissolcus basalis (Scelionidae)
Telenomus podisi (Hym.: Scelionidae)
• Controle: Euschistus heros.
• Preferência: ovos do percevejo marrom.
• Observado: mortalidade também em ovos de Piezodorus Guildinii.
(a) Trissolcus basalis adulto, (b) Ovos de percevejo parasitado por T. basalis e (c) Telenomus podisii
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C
A
B
Parasitóides de adultos e ninfas
• Díptero Trichopoda nitens (Tachinidae): regulação das populações de Nezara viridula (até 95% de parasitismo na entressafra,).
• Microhimenóptero Hexacladia smithii (Encyrtidae): em populações de Euschistus heros (2 a 39 hospedeiro-1, média de 35 dias, afetando potencial reprodutivo do percevejo marrom.
• Maior contribuição de Hexacladia smithii: dezembro e janeiro.
(d) Trichopoda nitens e (e) Hexacladia smithii
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ED
Baculovírus da lagarta da soja: Baculovirus anticarsia (letal às larvas de Anticarsia gemmatalis).
• Lagarta infectada: movimentos lentos no topo das plantas (morrem cerca de 7 dias após infecção - corpo mole e amarelado, ficando presa ao substrato pelas falsas pernas).
• Após a morte: escurece e apodrece (corpo se rompe após alguns dias, liberando grande quantidade do vírus sobre plantas - inóculo para contaminar populações subsequentes de lagartas).
• Controla apenas lagartada-soja: sem efeito sobre outros insetos-pragas e inimigos naturais (predadores e parasitóides). Restrito aos invertebrados: inócuo aos vertebrados (homem).
Nomuraea rileyi (fungo)
• Ataca: lagarta-da-soja e outras espécies de lagartas.
• Elevada prevalência: períodos de alta umidade relativa (> 80%) desnecessária aplicação de outras medidas de controle.
• Lagartas atacadas: coloração branca (crescimento vegetativo do fungo) aspecto seco e mumificado, não apodrecendo como as lagartas mortas por baculovírus.
• Condições de umidade apropriadas: esporulação passando de branco à verde.
Fungos menos conhecidos (grande importância como agentes reguladores de populações de lagartas)
• Zoophtora radicans: Plusiinae (Pseudoplusia includens e Rachiplusia nu – falsa medideira).
• Paecilomyces tenuipes: lagarta-da-soja e referidas plusines (maior parte das vezes processo de infeção na lagarta, só ocasionando sua morte na fase pupal).
• Lagarta-da-soja: suas estruturas reprodutivas podem ser encontradas sobre superfície do solo (Plusiinae sobre folhas).
• Baixa virulência: anos mais úmidos pode controlar naturalmente grande número de lagartas.
• Pandora gammae: Plusiinae
(a) Lagarta da soja infectada por vírus, (b) lagarta da soja infectada por Nomuraea rileyi e (c) Plusiinae atacada por Zoophtora radicans
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
A
B
C
(d) Lagarta da soja infectada por Paecilomyces tenuipes, (e) Plusiinae infectada por P. tenuipes e
(f) Plusiinae infectada por Pandora gammae.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
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(a) Diabrotica speciosa infectada pelo fungo Beauveria bassiana e (b) Euschistus heros infectado por B. bassiana.
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
A B
Amostragem das pragas (monitoramento)
• Lagartas desfolhadoras, percevejos sugadores de sementes e insetos de um modo geral, inclusive alguns inimigos naturais: pano-de-batida, branco, preso em duas varas (1m de comprimento), estendido entre 2 fileiras de plantas).
• Plantas: sacudidas vigorosamente sobre o mesmo (queda das pragas a serem contadas).
• Repetir: vários pontos da lavoura (média de todos pontos amostrados).
• Espaçamento reduzido: entrelinhas e plantas desenvolvidas (bater apenas plantas de uma das fileiras).
• Percevejos: primeiras horas da manhã (até 10 horas ou à tardinha, período de menor atividade de outros insetos).
Amostragem das pragas (monitoramento)
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
• Percevejos: início da formação de vagens até maturação fisiológica (avaliação visual não expressa população presente na lavoura).
• Período de colonização: amostragens (maior intensidade nas bordaduras da lavoura - percevejos iniciam ataque).
Amostragem das pragas (monitoramento)
• 1m de fileira (pano-de-batida): examinar hastes, pecíolos, ponteiros e vagens.
• Importante: Sternechus subsignatus, E. aporema, Maruca testulalis e lagartas das vagens (níveis de ação para controle baseados no nº de insetos encontrados ou percentagem de dano nas diversas partes da planta).
Amostragem das pragas (monitoramento)
• Nível populacional de pragas de hábito subterrâneo: amostragens de solo (linhas de plantas).
• Observar: ínstar e tamanho dos insetos (profundidade onde estão).
• Maior número de amostragens: maior segurança de previsão correta da infestação de insetos-pragas.
• Amostras: 6 - 10 ha 8 - 30 ha e 10 - 100 ha. • Maiores: divisão em talhões de 100 ha.
Amostragem das pragas (monitoramento)
Controle biológico de percevejos por Trissolcus basalis (vespa)
• Ocorrência: naturalmente nas lavouras.
• Uso inadequado de inseticidas: reduz drasticamente sua população, prejudicando sua eficiência no controle dos percevejos.
• Utilizar preferencialmente: áreas com controle de lagarta-da-soja realizado com produtos biológicos (Baculovirus anticarsia ou Bacillus thuringiensis) ou produtos fisiológicos altamente seletivos.
• Aumentar populações do parasitóide nas lavouras e manter praga abaixo do nível de ação no período crítico de desenvolvimento de vagens e formação das sementes: liberação de adultos (5000 ha-1) ou ovos parasitados em cartelas de papelão (3 cartelas ha-1) nas plantas (1 ou 2 dias) antes da emergência dos adultos do parasitóide.
Controle biológico de percevejos por Trissolcus basalis (vespa)
• Melhor eficiência: vespinhas liberadas no final da floração, preferencialmente, nos dias de menor insolação.
• Início da colonização: bordas das lavouras.
Controle biológico de percevejos por Trissolcus basalis (vespa)
Pragas da soja no Brasil e seu manejo integrado / Clara Beatriz Hoffmann-Campo… [et al.]. - Londrina: Embrapa Soja, 2000. 70p. -- (Circular Técnica / Embrapa Soja, ISSN 1516-7860; n.30).
Não utilizar Trissolcus basalis (vespa)
• (i) não houver percevejos na cultura (parasitóide necessita de hospedeiro para multiplicação);
• (ii) população de percevejos próxima do nível de dano econômico (4 percevejos pano-1);
• (iii) tenha sido pulverizado produto não seletivo para controle de lagartas.
• Nessas situações: Programa de MIP - Soja (orientação técnicos no uso de inseticidas).
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Autor: Prof. Luiz Henrique Batista SouzaDisponibilizados por Daniel Mota (www.danielmota.com.br) sob prévia autorização.