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1. Fundamentos da Economia do Meio Ambiente 2. Política Ambiental e Instrumentos Econômicos 3. Economia dos Recursos Naturais 4. Métodos de Valoração Econômica Ambiental 5. Indicadores e Contabilidade Ambiental Prof. Dr. Christian Luiz da Silva Departamento de Gestão e Economia - DAGEE/ UTFPR Programa de Pós-graduação em Tecnologia - PPGTE/ UTFPR http://www.christiansilva.com.br Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8046559694932152

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1. Fundamentos da Economia do Meio Ambiente 2. Política Ambiental e Instrumentos Econômicos 3. Economia dos Recursos Naturais 4. Métodos de Valoração Econômica Ambiental 5. Indicadores e Contabilidade Ambiental

Prof. Dr. Christian Luiz da SilvaDepartamento de Gestão e Economia - DAGEE/ UTFPRPrograma de Pós-graduação em Tecnologia - PPGTE/ UTFPRhttp://www.christiansilva.com.brCurrículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8046559694932152

Fonte: BRAGA et al. Indtrodução a Engenharia Ambiental. 2005.

Convicção dos limites materiais do ambiente mundial

Conhecimento das conseqüências trágicas da exploração irracional dos recursos naturais

Emergência de um novo modo de pensar que conduza a uma revisão fundamental do comportamento dos homens e da estrutura social

Meadows et al. 1972

Clube de Roma – Os limites do CrescimentoCrescimento Zero

Redistribuição das riquezas

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2000

2002

2004

2006

2008

...a desigualdade também

Crescimento da Economia mundialaumentou e...

POPULAÇÃO MUNDIAL – 1970 A 2030

Crescimento da população:2005 = 6,5 bi; 2030 = 8,2 bi> 70 (0,7 para 1,9 bi em 205075% viverão em países em desenvolvimento98 milhões migraram dos países em desenvolvimento para os mais desenvolvidos ou entre eles

Fonte: OCDE – Perspectiva Ambientais 2030

CONTEXTO MUNDIAL CONTEXTO MUNDIAL –– TENDÊNCIAS DA URBANIZATENDÊNCIAS DA URBANIZAÇÇÃOÃO

• A urbanização não é um fenômeno recente, mas vem sofrendo mudanças em seu ritmo de distribuição.

• Houve forte crescimento demográfico durante gerações nas áreas urbanas e rurais.

• As grandes metrópoles são um fenômeno recente.

MAIOR

URBANIZAÇÃO

Fonte: OCDE – Perspectiva Ambientais 2030

CONTEXTO MUNDIAL CONTEXTO MUNDIAL –– TENDÊNCIAS DA URBANIZATENDÊNCIAS DA URBANIZAÇÇÃOÃO

CRESCIMENTO DA CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL

Fonte: OCDE – Perspectiva Ambientais 2030

CONTEXTO MUNDIAL CONTEXTO MUNDIAL –– TENDÊNCIAS DA URBANIZATENDÊNCIAS DA URBANIZAÇÇÃOÃO

Estima-se que o crescimentoDo PIB Mundial seja de 2,8% entre 2005 e 2030. O Brasil

terá o mesmo ritmo de crescimento

Foco será em serviço, mas produtosduráveis terão forte participação

Fonte: OCDE – Perspectiva Ambientais 2030

CONTEXTO MUNDIAL CONTEXTO MUNDIAL –– TENDÊNCIAS DA URBANIZATENDÊNCIAS DA URBANIZAÇÇÃOÃO

Ênfase ideológica: consenso dialético

Discurso Ambientalista

Discurso Econômico

Objetivos Distintos com interesses comuns

Discurso Ideológico

Questionamento da acumulação contínua da riqueza na década de 1970

Ameaça pela falta de recursos e pela má distribuição dos ganhos

...estilo conciliador que favorecia a aceitabilidade política internacional e a realização de amplas coalizações de interesses. (LIMA, 2003)

O discurso distancia-se da prática ao verificar-se que ícones da preservação, como a Amazônia, não têm privilégios neste progresso econômico

O discurso distancia-se da prática ao verificar-se que ícones da preservação, como a Amazônia, não têm privilégios neste progresso econômico

Gráfico 1 - Taxa de Deflorestramento na Amazônia Brasileira -1988-2006 em Km2

Se a tendência é a exploração contínua dos recursos naturais, com mesmo modelo de crescimento econômico do que se trata a ´economia verde` ou economia ambiental?

Se a tendência é a exploração contínua dos recursos naturais, com mesmo modelo de crescimento econômico do que se trata a ´economia verde` ou economia ambiental?

O número de desastres naturais vem aumentando. O custo da saúde promovido pelo incremento da poluição écrescente. A falta de recursos já preocupa a sustentação de vários setores econômicos. Vem se reaprendendo a ganhar dinheiro (lucrar) com a transformação contínua dos recursos renováveis. Não se trata de reinventar o sistema econômico, mas adaptá-lo a uma nova realidade.

CADEIA DE PRODUÇÃO TRADICIONAL (RECURSOS A DISPOSIÇÃO RESÍDUOS)

RecursosRecursos TransformaçãoTransformação ConsumoConsumo Disposição FinalDisposição Final

Novas fontes energiaNovas fontes energia Gestão recursos naturaisGestão recursos naturais Produtos recicláveise menos poluidoresProdutos recicláveise menos poluidores

Redução da disposiçãoFinal e retorno como MPRedução da disposiçãoFinal e retorno como MP

Ministro pretende apoiar projetos de carros poupadores de energia desenvolvidos no Brasil.07/04/2010

Em entrevista no último dia 25 de março para Flávia Oliveira de O GLOBO, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, em resposta à pergunta "Haverá incentivos à economia verde?" respondeu:

"Temos um grupo de trabalho estudando apoio a lançamentos da indústria que sejam verdes. O carro híbrido, meio álcool, meio elétrico, seria uma inovação eficaz (nosso grifo). Apoiaremos, com tributação diferenciada e programas arrojados, projetos de carros poupadores de energia desenvolvidos no Brasil". (http://www.abve.org.br)

carro elétricoVisionário ou maluco?O israelense Shai Agassi tem 200 milhões de dólares para levar adiante um projeto inédito: construir uma rede de abastecimento de energia elétrica para automóveisExame – A Economia Verde

Modelo semelhante a telefonia celularBrasil não é prioridade pela concorrência do etanol

O Brasil quer apoiar o desenvolvimento em escala

A pressão chega a BrasíliaO verde virou lobby. De fabricantes de pneus a empresas de eletroeletrônicos, todos tentam convencer os políticos a defender a causa da sustentabilidadeExame – A Economia VerdeFrente Parlamentar Ambientalista se propõe a combater o aquecimento global e a promover o avanço das leis ambientais brasileira: com posta por 323 senadores e deputados

Atualmente, cerca de 80 projetos de lei de cunho ambiental tramitam na Câmara e no Senado. Um dos principais debates diz respeito à Política Nacional de Resíduos Sólidos, proposta pelo Ministério do Meio Ambiente. (inclui, por exemplo, a noção de logística reversa

RONALDO SEROA DA MOTTA; CARLOS EDUARDO FRICKMANN YOUNG. INSTRUMENTOS ECONÔMICOS PARA A GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL. MMA: Rio de Janeiro, 1997.

RONALDO SEROA DA MOTTA; CARLOS EDUARDO FRICKMANN YOUNG. INSTRUMENTOS ECONÔMICOS PARA A GESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL. MMA: Rio de Janeiro, 1997.

A mudança climática exige um novo comportamento do sistema capitalista?

Ou o sistema capitalista se adapta para ganhar mais com estas limitações de recursos?

De que forma a existência (ou não) da mudança climática limita ou delimita a ‘economia verde’?

A ‘economia verde’ é uma nova economia?

Custo de oportunidade Custo Marginal Análise custo e benefício dos recursos Mercados sem bem transacionado => busca-se

estabelecer parâmetros de comparação para tomada de decisão

VALOR ECONÔMICO DOS RECURSOS AMBIENTAISVALOR DE USO VALOR DE NÃO USO

Valor de Uso Direto Valor de Uso Indireto Valor de Opção Valor de ExistênciaBens e serviços ambientais apropriados diretamente da exploração do recurso e consumidos hoje

Bens e serviços ambientais que são gerados de funções ecossistêmicas e apropriados indiretamente hoje

Bens e serviços ambientais de usos diretos e indiretos a serem apropriados no futuro

Valor não associado ao uso atual ou futuro e que reflete questões morais, culturais, éticas ou altruísticas

Exemplo: Forma de extração, de visitação ou outra atividade de produção ou consumo direto

Exemplo: contenção da erosão e reprodução de espécies marinhas pela conservação de florestas do mangue

Benefício advindo de terapias genéticas com base em propriedades de genes ainda não descobertos de plantas em florestas tropicais

Exemplo: mobilização da opinião pública para salvamento dos ursos pandas ou das baleias, mesmo em regiões em que a maioria das pessoas nunca poderá estar ou fazer qualquer uso de sua existência

Micro = valoração econômica e decisões de mercado

Macro = agregados e política de Estado e de Governo

Interrelação entre decisões macro e micro