produÇÃo de pepino (cucumis sativus l.) em ambiente ... · entre si e cada tratamento continha...
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Engenharia Agronômica
Bruno Dias Cerchiari
Gilson José Faustino
Giovane Santos de Oliveira
Vitor Souza Marcondes de Andrade
PRODUÇÃO DE PEPINO (Cucumis sativus L.) EM
AMBIENTE PROTEGIDO EM FUNÇÃO DE
DIFERENTES TRATAMENTOS BIOLÓGICOS VIA
SOLO
LINS - SP
2019
BRUNO DIAS CERCHIARI
GILSON JOSÉ FAUSTINO
GIOVANE SANTOS DE OLIVEIRA
VITOR SOUZA MARCONDES DE ANDRADE
PRODUÇÃO DE PEPINO (Cucumis sativus L.) EM AMBIENTE PROTEGIDO EM
FUNÇÃO DE DIFERENTES TRATAMENTOS BIOLÓGICOS VIA SOLO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Engenharia Agronômica, sob a orientação da Prof.ª Ma. Elizete Peixoto de Lima e orientação técnica do Prof. Me. Thiago Flávio de Souza.
LINS – SP
2019
Cerchiari, Bruno Dias; Faustino, Gilson José; Oliveira, Giovane Santos de; Andrade, Vitor Souza Marcondes de
Produção de pepino (Cucumis sativus L.) em ambiente protegido em função de diferentes tratamentos biológicos via solo / Bruno Dias Cerchiari; Gilson José Faustino; Giovane Santos de Oliveira; Vitor Souza Marcondes de Andrade. -- Lins, 2019.
52p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Engenharia Agronômica, 2019.
Orientadores: Elizete Peixoto de Lima; Thiago Flávio de Souza
1. Cucumis sativus L. 2. Ambiente protegido. 3. Produtividade. I Título.
CDU 631
C391p
BRUNO DIAS CERCHIARI
GILSON JOSÉ FAUSTINO
GIOVANE SANTOS DE OLIVEIRA
VITOR SOUZA MARCONDES DE ANDRADE
PRODUÇÃO DE PEPINO (Cucumis sativus L.) EM AMBIENTE PROTEGIDO EM
FUNÇÃO DE DIFERENTES TRATAMENTOS BIOLÓGICOS VIA SOLO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia Agronômica.
Aprovada em: _____/_____/_____
Banca Examinadora:
Prof.ª Orientadora: Ma. Elizete Peixoto de Lima
Titulação: Mestre em Saúde Coletiva, pela Universidade do Sagrado Coração (USC)
Assinatura: _____________________________________
Prof. E. Harumi Hamamura
Titulação: Especialista em Metodologia do Ensino na Educação Superior pelo Centro
Universitário Internacional (UNINTER)
Assinatura: _____________________________________
Prof. Me. Luiz Paulo Montenegro de Miranda
Titulação: Mestre em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita
Filho (UNESP)
Assinatura: _____________________________________
Dedicamos este estudo aos nossos
familiares que, com muito carinho е
incentivo, não mediram esforços para que
cumpríssemos, com responsabilidade e
ética, mais esta etapa em nossas vidas.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que nos criou e nos deu coragem para alçar novos voos е propor
sempre um novo mundo de possibilidades.
Aos nossos orientadores Elizete e Thiago pela paciência e colaboração para o
desenvolvimento deste trabalho e pela eficientíssima maneira como nos conduziu
nos caminhos dos saberes que oportunizaram a janela que hoje vislumbramos, um
horizonte superior eivado pela acendrada confiança no mérito e ética cabível a um
engenheiro agrônomo.
Aos Mestres que ao transmitirem seus conhecimentos muito contribuíram
para a nossa formação profissional.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a finalização deste
trabalho.
RESUMO O pepineiro (Cucumis sativus L.) pertence à família das cucurbitáceas é uma planta originária das regiões tropicais da Índia, que se adaptou perfeitamente às condições climáticas do Brasil e atualmente é uma das hortaliças mais consumidas no país. A cultura do pepino contribui significativamente para a economia do país e, consequentemente, gera renda e empregos de maneira direta e indireta. As pragas mais comumente encontradas na cultura do pepino são: a Bemisia tabaci biótipo B, os pulgões Aphis gossypii e Myzus persicae e os tripes, Thrips tabaci, Thrips palmi e Frankliniella schultzei. Já entre as doenças mais presentes destacam-se: o oídio, causado pelo fungo Sphaerotheca fuliginea, o míldio ocasionado por outro fungo o Pseudoperonospora cubensis, os mosaicos que são causados por vírus e os nematoide-das-galhas Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica. A pesquisa desenvolveu-se na Fazenda Experimental do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins (UniSALESIANO). Utilizou-se no experimento dois produtos comerciais, aqui denominados de produto A e produto B, sendo o primeiro composto por conídios dos fungos Trichoderma viride, Trichoderma harzianum e Trichoderma asperellum e o segundo tendo apenas o fungo Trichoderma harzianum, cepa Esalq 1306. Adotou-se o Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), empregando três tratamentos, sendo T1 = produto A (2 g para 10 litros de calda); T2 = produto B (4 g para 10 litros de calda); T3 = testemunha (sem tratamento). A área experimental útil, constituiu-se de 5 linhas de plantio com 28 m de comprimento, espaçadas 1,30 m entre si e cada tratamento continha cinco repetições, sendo estas dispostas em faixas e constituídas por seis plantas, espaçadas 0,80 m entre si e 1,30 m entre parcelas. As plantas das bordaduras foram descartadas das avaliações, bem como as duas plantas de cada extremidade das unidades experimentais, utilizando para as avaliações dos dados, apenas as quatro plantas restantes em todas as parcelas. Os parâmetros avaliados foram: massa semanal de frutos (MSF), massa total de frutos (MTF), número semanal de frutos (NSF) e número total de frutos (NTF). Para as variáveis MSF e NSF gerou-se análise de variância, comparando as médias pelo teste de Tukey a 5% de significância. Quando se analisa a produtividade total, ou seja, somando todo período de colheita, o produto B se destacou entre os tratamentos obtendo os maiores valores, tanto para a variável MTF quanto para a variável NTF. Em relação a MSF, nos dois períodos de avaliação os produtos apenas diferiram estatisticamente na primeira e na oitava semanas, quando B e A são superiores um ao outro, respectivamente. E para a variável NSF a diferença estatística ocorreu somente na quarta semana de colheita, onde o produto B obteve a maior média. Palavras chave: Cucumis sativus L. Ambiente protegido. Produtividade.
ABSTRACT Cucumber (Cucumis sativus L.) belongs to the cucurbit family. It is a plant native to the tropical regions of India, which has adapted perfectly to the climatic conditions of Brazil and is currently one of the most consumed vegetables in the country. The cucumber crop contributes significantly to the country's economy and, consequently, generates income and jobs directly and indirectly. The most common pests found in cucumber crops are: Bemisia tabaci biotype B, aphids Aphis gossypii and Myzus persicae and thrips, Thrips tabaci, Thrips palmi and Frankliniella schultzei. Some of the most common diseases are: powdery mildew, caused by the fungus Sphaerotheca fuliginea, mildew caused by another fungus, Pseudoperonospora cubensis, mosaics that are caused by viruses and the nematodes Meloidogyne incognita and Meloidogyne javanica. The research was developed in the Experimental Farm of the Salesian Catholic University Center Auxilium de Lins (UniSALESIANO). Two commercial products, hereinafter referred to as product A and product B, were used in the experiment, the first being conidia of the fungi Trichoderma viride, Trichoderma harzianum and Trichoderma asperellum and the second having only the fungus Trichoderma harzianum, strain Esalq 1306. In the experiment, (DIC), using three treatments: T1 = product A (2 g for 10 liters of syrup); T2 = product B (4 g for 10 liters of syrup); T3 = control (no treatment). The useful experimental area consisted of 5 planting lines with 28 m of length, spaced 1.30 m apart and each treatment contained five replicates, these being arranged in bands and constituted by six plants, spaced 0.80 m between yes and 1,30 m between parcels. The boundary plants were discarded from the evaluations as well as the two plants at each end of the experimental units, using for the data evaluations only the four remaining plants in all plots. The parameters evaluated were: weekly fruit mass (SPS), total fruit mass (MTF), weekly fruit number (NSF) and total number of fruits (NTF). For the variables MSF and NSF, analysis of variance was generated, comparing the means by the Tukey test at 5% of significance. When the total productivity is analyzed, that is, adding up the entire harvest period, the product B stood out among the treatments obtaining the highest values for both the MTF variable and the NTF variable. Regarding SPS, in the two evaluation periods products only differed statistically in the first and eighth weeks, when B and A were superior each other, respectively. And for the NSF variable the statistical difference occurred only in the fourth week of harvest, where the product B obtained the highest average.
Keywords: Cucumis sativus L. Protected environment. Productivity.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Esquema de composição do experimento ................................................. 30
Figura 2: Correção da fertilidade (A) e reforma e adequação dos canteiros (B) ....... 32
Figura 3: Mudas prontas para o transplantio (A) e realização do transplantio (B) ..... 33
Figura 4: Cobertura vegetal seca colocada no ambiente de cultivo .......................... 34
Figura 5: Massa total (kg) de frutos de pepino japonês (variedade Taikô)
colhidos por tratamento no período de 1/10/ 2018 a 26/10/2018 .............................. 36
Figura 6: Número de frutos de pepino japonês (variedade Taikô) colhidos por
tratamento no período de 1/10/ 2018 a 26/10/2018 .................................................. 37
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Recomendação de adubação para correção da fertilidade do solo para a
cultura do pepino ....................................................................................................... 22
Tabela 2: Categorias de qualidade de acordo com a % de tolerância aos defeitos .. 26
Tabela 3: Caracterização química do solo do ambiente experimental, obtida
através da análise de solo ......................................................................................... 31
Tabela 4: Épocas, dosagens e fontes dos nutrientes aplicados para correção da
fertilidade do solo do ambiente experimental ............................................................ 32
Tabela 5: Massa semanal de frutos de pepino japonês (variedade Taikô)
produzidos de 1 a 25/10/2018 em parcelas com área de 2 m2 e em ambiente
protegido ................................................................................................................... 38
Tabela 6: Massa semanal de frutos de pepino japonês (variedade Taikô)
produzidos de 29/10 a 26/11/2018 em parcelas com área de 2 m2 e em ambiente
protegido ................................................................................................................... 40
Tabela 7: Número semanal de frutos de pepino japonês (variedade Taikô)
colhidos no período de 1 a 25/10/2018 em área de 2 m² em cultivo protegido ......... 41
Tabela 8: Número semanal de frutos de pepino japonês (variedade Taikô)
colhidos no período de 29/10 a 26/11/2018 em área de 2 m² em cultivo protegido .. 42
LISTA DE ABREVIATURAS
%: Percentagem
cm: centímetros
CMC: Vírus do mosaico do pepino
CMV: Cucumber mosaic vírus
DIC: Delineamento Inteiramente Casualizado
g: Gramas
ha-1: Hectares
HortiBrasil: Instituto Brasileiro de Qualidade em Horticultura
INMET: Instituto Nacional de Meteorologia
K: Potássio
kg: Quilogramas
m: metros
mm: milímetros
mmolc: Milimol-carga
MSF: Massa semanal de frutos
MTF: Massa total de frutos
N: Nitrogênio
ns: Não significativo
NSF: Número semanal de frutos
NTF: Número total de frutos
P: Fósforo
pH: Potencial hidrogeniônico
t: Toneladas
T1: Tratamento 1
T2: Tratamento 2
V%: Percentagem de saturação por bases
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 13
2.1 A Cultura do Pepino ............................................................................................ 13
2.1.1 Características botânicas e fenológicas ........................................................... 14
2.1.2 Pragas e doenças frequentes ........................................................................... 17
2.1.3 Clima e época de plantio .................................................................................. 19
2.2 Implantação da cultura ........................................................................................ 20
2.2.1 Solo e adubação .............................................................................................. 21
2.2.2 Tratos culturais ................................................................................................. 23
2.3 Cultivo em ambiente protegido ............................................................................ 24
2.4 Colheita, pós-colheita e comercialização ............................................................ 24
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 29
3.1 Caracterização da área experimental .................................................................. 29
3.2 Tratamentos e delineamento experimental ......................................................... 29
3.2.1 Preparo do solo ................................................................................................ 30
3.2.2 Implantação e desenvolvimento da cultura ...................................................... 33
3.2.3 Controle fitossanitário ....................................................................................... 34
3.3 Avaliação ............................................................................................................. 35
4 RESULTADO E DISCUSSÃO ............................................................................... 36
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 44
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45
11
1 INTRODUÇÃO
A cultura do pepino (Cucumis sativus L.) desempenha uma considerável
atuação socioeconômica dentro do agronegócio, principalmente nas regiões
interioranas, contribuindo tanto para agregação de renda como também para a
manutenção e o fortalecimento da agricultura familiar.
O cultivo do pepino pode ser realizado em campo aberto, o qual expõe a
cultura às intempéries do clima como as chuvas torrenciais, os ventos fortes e
amplitude térmica, ou pode-se cultivá-lo em ambientes protegidos, onde se obtém
ganho em produtividade. No entanto, a alta temperatura e umidade são
características comuns nesses locais e favorecem o surgimento e proliferação de
pragas e doenças da parte área, bem como das raízes.
O ataque desses organismos incide diretamente sobre a sanidade e
desenvolvimento das plantas, acarretando em perdas na produção. Para controlar a
infestação e diminuir os danos causados, normalmente usam-se defensivos de
origem química, porém, as aplicações de má qualidade e repetitivas de produtos que
contenham uma mesma molécula podem causar resistência nos organismos, além
de diversos problemas ambientais.
Para que os possíveis prejuízos ao sucesso do cultivo e ao meio ambiente
sejam evitados torna-se necessário o emprego de outras técnicas de manejo ou a
associação de mais de um tipo de controle, como por exemplo, alternar a aplicação
convencional com a pulverização de produtos que se enquadrem em uma classe
toxicológica mais baixa.
Apoiado nessa necessidade, o controle biológico, que ocorre naturalmente em
um ambiente em equilíbrio, tem se tornado uma alternativa economicamente viável e
suficientemente eficaz, principalmente quando associado a outras técnicas de
controle e prevenção, como o manejo integrado de pragas e doenças.
O controle biológico é realizado por organismos vivos, os chamados agentes
de biocontrole, que são inimigos naturais de bactérias, fungos e insetos causadores
de danos diretos e indiretos às lavouras. Dentre os fungos utilizados como agentes
de biocontrole, estão os do gênero Trichoderma, os quais podem possuir ações
fungicidas e nematicidas, agindo por antagonismo, parasitismo e por antibiose e,
desta forma, promover as condições ideais para o desenvolvimento das plantas.
12
Diante do exposto, o objetivo da pesquisa foi avaliar a diferença de resultados
entre os tratamentos com produtos de origem biológica e de aplicação via solo na
produção da cultura do pepino em ambiente protegido.
13
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 A Cultura do Pepino
O agronegócio no Brasil tem uma expressiva participação na economia. É a
atividade que tem contribuído, de forma significativa, para a geração de renda e
empregos. As riquezas geradas propiciam condições de melhor qualidade de vida,
principalmente de habitantes de pequenas e médias cidades. Dentre os segmentos
de produção agrícola em destaque, o cultivo de hortaliças aparece como uma
atividade rentável devido a suas características e diversidades como o clima, o solo,
a água, o relevo e a luminosidade presentes no território Brasileiro (DUMONT,
2013).
Nas últimas décadas, a produção de hortaliças teve um aumento significativo,
com destaque para as culturas de cucurbitáceas que representam um importante
volume em produção e comercialização no Brasil. Segundo Santi (2013), as
cucurbitáceas ainda são produzidas em quantidades relativamente pequenas
quando comparadas às outras hortaliças, sendo produzidas para consumo local e
não costumam figurar nas estatísticas de produção nacional de forma mais
significativa.
Várias espécies de cucurbitáceas se destacam economicamente no
abastecimento interno pela ampla aceitação popular, dentre elas temos o melão, a
melancia, a abóbora e o pepino. O pepino (Cucumis sativus L.), segundo Cardoso
(2002), é originário da Índia, é uma hortaliça de clima tropical que melhor se
desenvolve em temperaturas na faixa de 20 °C a 30 °C e está entre as hortaliças de
frutos com maior interesse comercial no Brasil. É muito apreciado e consumido em
saladas, curtido em salmoura ou vinagre na forma de picles e raramente maduro e
cozido.
O clima no Brasil favorece muito a cultura, porém, através do cultivo em
ambiente protegido, é possível obter aumento na produtividade, bem como um
produto de melhor qualidade para comercialização. Em épocas não tradicionais de
cultivo, a produção em estufa minimiza o efeito da sazonalidade de produção, além
de possibilitar o controle de alguns fatores ligados ao crescimento e
desenvolvimento das plantas (BLANCO et al., 2002).
14
Martins et al. (1995), cita que a cultura do pepino, requer umidade relativa alta
(70 a 90 %), sendo exigente em luminosidade, principalmente no período de
floração. Os solos mais indicados são aqueles de textura média, leves, profundos,
férteis, bem drenados, com o potencial hidrogeniônico (pH) entre 5,5 a 6,5, ideais
para a planta melhor se adaptar (CARDOSO, 2007).
Trani (2015), ressalta, inclusive, que o maior ou menor período de produção
de frutos de pepino, pode ser influenciado pela adubação realizada em cobertura, na
quantidade de nutrientes fornecidos às plantas e da periodicidade de aplicação dos
fertilizantes.
O início das colheitas ocorre cerca de 50 dias após a semeadura, com
duração entre 60 a 80 dias, se forem feitos os tratos culturais de desbrotas e podas
das plantas. O ponto de colheita não é baseado apenas no grau de maturação dos
frutos, mas principalmente no seu tamanho (CARVALHO et al., 2013).
2.1.1 Características botânicas e fenológicas
O pepino faz parte da família das cucurbitáceas e do gênero Cucumis, que
compreende por volta de 38 espécies conhecidas. É originário da região quente do
norte da índia ou da África, onde ocorrem espécies silvestres (PICOLOTO, 2014;
JUNGLAUS, 2007).
Oliveira et al. (2011), descrevem o pepineiro como uma planta anual, tendo
como ancestral, a espécie selvagem Cucumis hardwickii royale, que ainda se
encontra nos vales subtropicais do Himalaia. Existem cinco formas de produção do
pepino a saber:
a) o de campo aberto, cuja epiderme é recoberta de pequenos espinhos
brancos ou pretos;
b) o de estufa, que têm uma epiderme lisa e são derivados de tipos orientais
com frutos muito alongados;
c) o tipo Sikkim, cuja epiderme é de tom vermelho-laranja;
d) os pequeninos frutos para conservas, conhecido como cornichão ou
gherkins;
e) os pepinos de forma redonda de tipo Apple ou Lemon.
A planta é herbácea, anual, com hastes longas, hábito de crescimento
indeterminado, desenvolvendo-se no sentido vertical ou prostrado dependendo da
15
presença ou ausência de suporte. O hábito de florescimento é monoico, ou seja, há
flores unissexuadas, masculinas e femininas na mesma planta, com nítida
predominância das primeiras, o que é uma característica normal da espécie. Os
ramos apresentam gavinhas, que se fixam a qualquer tipo de suporte e o sistema
radicular é superficial (CARVALHO et al., 2013; PICOLOTO, 2014).
Segundo Oliveira et al. (2011), foram criados híbridos ginóicos que
desenvolvem quase que exclusivamente flores femininas, e tanto nos cultivares
monoicos como ginóicos, exigem polinização para desenvolvimento do fruto. A
atividade de polinização é intensa durante a manhã, cessando no início da tarde,
sendo uma informação importante a ser considerado na hora de pulverizar
defensivos agrícolas e no cultivo a campo.
A polinização é feita pelas abelhas que visitam as flores várias vezes ao dia,
sendo o pólen, originário das flores masculinas da mesma planta ou de outra planta
em campo aberto (DUMONT, 2013). Os híbridos ginoicos exigem a proximidade de
plantas monoicas para fornecimento do pólen, já nos híbridos ginoico-
partenocárpicos, os frutos se desenvolvem independente da polinização. O pepino é
uma baga suculenta, cheia, de formato cilíndrico, com 3 a 5 lóculos, fruto trilocular, a
coloração varia de verde-clara a verde-escura conforme a cultivar (JUNGLAUS,
2007).
Oliveira et al. (2011), relata que o plantio é comumente efetuado na primavera
verão. É uma espécie de clima quente, adaptando-se a temperaturas amenas,
porém, sendo prejudicada pelo frio e destruída pela geada.
Entretanto, Cardoso (2007), comenta que no outono/inverno, com o
fotoperíodo mais curto e juntamente com a baixa intensidade luminosa e as
temperaturas noturnas amenas, há estímulos para a formação de flores femininas.
Com o estímulo na formação de flores femininas, pode haver elevação da
produtividade em cultivares monoicas, desde que o frio não constitua fator limitante
da cultura (CAÑIZARES, 1998).
Dumont (2013), menciona que a cultura em ambiente protegido durante o
inverno, é favorecida pelo efeito estufa, devido a pequena elevação de temperatura
que este ambiente proporciona. Se conduzida durante o verão em ambiente
protegido, a proteção contra alta pluviosidade, também é favorável. Apenas as
cultivares ginoico-partenocárpicas produzem dentro de estufas totalmente fechadas,
16
as demais, exigem polinização por abelhas e por isso as estruturas precisam estar
com as laterais abertas ou cultivo a campo (CAÑIZARES, 1998).
Em relação ao pepino tipo caipira, os frutos alcançam o tamanho de 10 a 16
centímetros (cm), apresentando coloração predominantemente verde-clara com
manchas verde-escuras na região do pedúnculo. O sabor é adocicado, livre de
amargor e é o preferido em alguns mercados, sendo bem aceito em várias regiões
interioranas brasileiras (PICOLOTO, 2014; OLIVEIRA, 2009).
O tipo Aodai possui frutos cilíndricos de 20 a 25 cm de tamanho, de coloração
verde-escura e trilocular com acúleos brancos e deve ser tutorado, já que a cultura
rasteira ocasiona a formação de uma mancha indesejável, chamada de barriga-
branca (BLANCO et al., 2002).
Os frutos do tipo alongado são tipicamente afilados e alongados, com 20-30
cm de tamanho, de coloração verde-escura e trilocular, com acúleos brancos, sabor
típico e agradável, sendo essas características as preferidas em mercados mais
exigentes. Caracteristicamente, o tipo alongado, não ocorre a formação de
sementes, já que todos os híbridos desse grupo são ginoico-partenocárpicos
(PICOLOTO, 2014).
Segundo Silva et al. (1992), há três tipos de hábitos de crescimento:
a) monoico que possui flores unissexuadas com predominância das
masculinas, exigem polinização para desenvolver frutos normais;
b) ginoico criado pelos fitomelhoristas, desenvolve maioria flores femininas,
exigem a proximidade de plantas monoicas;
c) partenocárpico criado exclusivo para cultivo em casa de vegetação, o
desenvolvimento dos frutos não depende da polinização, sendo que as
flores não devem ser polinizadas.
Para Oliveira (2009), as sementes levam de três a dez dias para germinar,
dependendo da temperatura do solo e não germinarão se a temperatura do solo for
abaixo de 10 ºC, pois, quanto mais quente for o solo, mais rápida será a germinação.
A planta do pepino desenvolve-se rápido e começam a estabelecer as flores,
aparecem os pequenos frutos e começam a desenvolver-se entre a planta e a flor e,
em alguns dias, estão prontos para serem colhidos.
No processo de germinação, quando a semente entra em contato com o solo
e absorve água, uma enzima é ativada e ela altera seu revestimento até que se
rompa. Após a germinação, ocorre a emergência, onde raiz cresce na direção do
17
solo a procura de nutrientes e fixa a planta com firmeza e a plântula emerge do solo
em busca da luz (PICOLOTO, 2014).
Eles são colhidos em vários momentos dependendo do uso e da preferência.
A planta continua crescendo e produzindo pepinos durante todo o período de
desenvolvimento, quando são colhidos com frequência (SILVA et al., 1992).
2.1.2 Pragas e doenças frequentes
O pepino é uma planta muito cultivada em ambientes protegidos, o que lhe
proporciona condições favoráveis para produção o ano todo. Por outro lado, é
também a condição ideal para a proliferação de pragas.
Segundo Michereff Filho et al. (2012), os Tripps: Thrips tabaci, Thrips palmi e
Frankliniella schultzei, são insetos que medem aproximadamente 1 a 2 mm de
comprimento, com aparelho bucal raspador-sugador. São comumente encontrados
nas partes inferiores das folhas e também dentro das flores. Segundo Gallo et al.
(2002), nas plantas atacadas pela tripes, as folhas danificadas reduzem a
fotossíntese, acarretando em uma menor produção e translocação de
fotoassimilados, que são direcionados para a formação de frutos.
De acordo com Michereff Filho; Guimarães; Liz (2010), o tripes raspa os
tecidos das folhas e alimentam-se dos exsudados descarregados, portanto, as
folhas quando atacadas ficam com aspecto queimado ou prateado e pontuações
escuras. Esta praga pode causar manchas e cicatrizes nos frutos, diminuindo o valor
comercial.
Os pulgões Myzus persicae, são insetos afídeos, de aproximadamente 1 a 3
mm de comprimento, com aparato bucal tipo picador-sugador, apresentam o corpo
ovalado, destacando-se na extremidade posterior do abdome dois cornículos que se
prolongam para trás e para cima de cor amarelo claro na fase jovem (ninfa)
passando para uma coloração verde-escura na fase adulta, e são favorecidos pelo
clima quente e seco (MIRANDA; SUASSUNA, 2004).
Segundo Michereff Filho et al. (2013), a proliferação dos pulgões na lavoura é
rápida, podendo causar danos severos se não controlados no começo da infestação,
pois ocorrem em grandes colônias na face abaxial das folhas, brotações e flores, se
alimentando continuamente do citoplasma das plantas. Os pulgões também podem
causar danos indiretos à lavoura, pois quando se alimentam, liberam um excremento
18
açucarado sobre as folhas, facilitando o aparecimento de uma doença fúngica
chamada fumagina (BALBINO, 1991).
Além de favorecer o aparecimento da fumagina, segundo Barbosa et al.
(2006), os pulgões são considerados vetores do vírus do mosaico do pepino o
Cucumber mosaic virus (CMV). O CMV é um vírus de ocorrência mundial e, no
Brasil, assume grande importância em várias espécies de plantas ornamentais,
frutíferas, hortaliças e leguminosas, sendo transmitido mecanicamente, por
sementes e por mais de 60 espécies de afídeos, que por sua vez tem uma ampla
gama de plantas hospedeiras (CARDOSO et al., 2001).
Esse vírus é um dos mais comuns dentre os que acometem as plantas,
causando substancial dano econômico, podendo infectar 1.200 espécies diferentes
de plantas distribuídas em mais de 100 famílias, sendo que todas as cucurbitáceas
são suscetíveis a esse patógeno (LIMA; ALVES, 2011).
O ácaro rajado Tetranychus urticae (Koch, 1836) é uma das pragas de maior
importância econômica e segundo Miranda; Suassuna (2004), estes são organismos
pequenos, semelhantes às aranhas, de forma ovalada e cor esverdeada e com duas
manchas escuras no dorso. Formam colônias compactas nas partes inferiores das
folhas, produzindo teias onde se protegem de predadores.
De acordo com Barbosa; França (1982), a presença T. urticae (ácaro rajado)
pode ser notada na lavoura através de descoloração pontilhada nas folhas, devido à
raspagem e sucção contínua do citoplasma da planta. Com o desenvolvimento das
colônias, ocorre a formação de teias, sinal de que a população de ácaros no local
está muito elevada, nessa ocasião o controle torna-se mais difícil.
A Bemisia tabaci biótipo B (mosca branca), é uma praga comumente
encontrada no cultivo do pepino. Segundo Haji et al. (2005), os indivíduos
apresentam tamanho médio de 1,0 a 2,0 mm e possuem o aparato bucal sugador. O
adulto dispõe de dorso amarelo-palha e quatro asas membranosas, as quais são
recobertas com pulverulência branca, as ninfas são translúcidas de coloração
amarelo a amarelo-pálido.
A mosca branca é um inseto polífago, que tem vasta gama de plantas
hospedeiras, tem grande importância econômica por causarem danos, tanto de
forma direta através da sucção de seiva, quanto de forma indireta pela transmissão
de geminivírus e também favorecendo a formação da fumagina com a liberação de
excrementos açucarados (RODRIGUES; VIVIAN, 2007).
19
O oídio é uma doença fúngica causada por Sphaerotheca fuliginea, onde o
fungo pode atacar toda parte aérea da planta, sendo as folhas, os órgãos mais
afetados (BETTIOL, 2004).
De acordo com Carvalho et. al. (2013), os primeiros sinais mais evidentes da
presença de oídio na área, aparecem com o surgimento de um crescimento branco
pulverulento formado por micélio, evoluindo para marrom até secarem
completamente. A doença é favorecida por plantios adensados e pelo uso de
nitrogênio em excesso, sendo que a planta se mostra mais suscetível durante as
fases de crescimento rápido.
O míldio, é causado por um fungo denominado Pseudoperonospora cubensis,
que causa maiores problemas nas épocas úmidas e de temperaturas amenas,
quando tem potencial para causar severas perdas, se não controlada
adequadamente. É um fungo parasita obrigatório, não sobrevivendo sem hospedeiro
vivo (CARDOSO et al., 2001).
De acordo com Reis (2005), o patógeno causador do míldio, praticamente só
ataca as folhas das cucurbitáceas. Os sintomas da doença são notados inicialmente
na face adaxial das folhas na forma de pequenas manchas cloróticas ou
amareladas, que se desenvolvem no limbo e aumentam em frequência e em
tamanho com o tempo. As folhas mais velhas são as primeiras a apresentarem os
sintomas da doença que vai se espalhando para as mais novas.
Segundo Pereira; Carvalho; Pinheiro (2013), o míldio causa lesões nas folhas
e com a expansão das lesões, estas podem ficar amareladas ou amarronzadas e
necróticas. Sob condição de alta umidade relativa do ar, torna-se mais fácil observar
a produção abundante de estruturas reprodutivas deste fungo, principalmente na
face inferior das folhas nas áreas correspondentes as lesões causadas pelo fungo
nas plantas.
Os nematoides-das-galhas Meloidogyne incognita e M. javanica, podem
causar sérios prejuízos à cultura do pepino, quando uma planta está sob ataque, um
dos principais indícios visíveis de sua presença no local de cultivo é o murchamento
das folhas nos horários mais quentes do dia (CHARCHAR et al., 2003).
Além disso, as plantas atacadas pelos nematoides, podem exibir baixa
produtividade e qualidade dos frutos. No sistema radicular é possível observar
engrossamento irregular e formação de galhas, em consequência do surgimento
20
destas, a planta começa a ter dificuldades na absorção de água e nutrientes
(CARVALHO et. al., 2013).
2.1.3 Clima e época de plantio
Segundo Filgueira (2007), como a maioria das cucurbitáceas, o pepino
prefere os climas tropicais, não suporta as temperaturas muito baixas e nem geadas,
pois essas condições causam danos aos frutos. Contudo, no período seco há maior
estímulo para a formação de flores femininas, devido o dia mais curto, às
temperaturas menos elevadas e à menor intensidade luminosa.
Para Balbino (1991), a faixa de temperatura entre 20 ºC e 30 ºC promove a
emergência mais rápida e melhor uniformidade das plantas, além de favorecer um
maior desenvolvimento das mesmas. As sementes de algumas cultivares de pepino
não germinam sob temperaturas inferiores a 11 ºC e as plantas paralisam seu
crescimento a temperaturas abaixo de 12 ºC.
O cultivo em casa de vegetação, no inverno, é favorável pelo efeito estufa,
pelo aumento de temperatura que esse tipo de ambiente proporciona. Se conduzida
durante o verão, entretanto, as partes laterais do ambiente devem ser mantidas
abertas, para facilitar a ventilação, evitando que a temperatura se torne excessiva
(FILGUEIRA, 1981).
2.2 Implantação da cultura
Os olericultores podem optar pelo cultivo do pepino em campo aberto ou em
ambiente protegido (estufas). Sendo conduzida de forma rasteira ou tutorada,
podendo ser semeadas diretamente no solo, em sulcos, em covas ou pelo
transplante de mudas (SOUZA; REZENDE, 2014).
O agricultor deve, primeiramente, pensar na escolha do cultivar que ele vai
trabalhar, pelo fato de que a produtividade vai depender, entre outros fatores, do
cultivar, do clima e da adubação (DUMONT, 2013). No Brasil temos quatro tipos de
cultivares disponíveis, o caipira, o tipo conserva, o aodai ou comum e o japonês ou
aonaga (CARVALHO et al., 2013).
Todas as cultivares se desenvolvem melhor em climas ameno/quente com
temperaturas variando de 20 a 30 °C, não suportando geadas. A época mais
21
favorável para o plantio do pepino é na primavera/verão, relata Carvalho et al.,
(2013). A umidade relativa do ar em torno de 70 a 90% é aceitável para a cultura. O
cultivo em ambiente protegido fornece melhores condições para o desenvolvimento
das plantas e para a produção dos frutos (SEDIYAMA et al., 2012; DUMONT, 2013).
Em estufas, habitualmente, opta-se pelo tutoramento das plantas, evitando a
polinização, pois esta é indesejada para os híbridos ginóico-partenocárpicos. A
escolha por mudas com certificação, livres de patógenos é essencial para uma boa
produtividade no futuro (TRANI, 2014; OLIVEIRA et al., 2011).
A semeadura em sulcos melhora o sistema radicular da planta, deixando-o
mais amplo e favorecendo a absorção de água e nutrientes. O plantio em covas é
menos eficiente nesse aspecto, já que o sistema radicular se concentra em uma
porção menor no solo, neste caso recomenda-se a semeadura a lanço, depositando
de 3 ou 4 sementes por cova para não correr o risco de falhas na cultura, numa
profundidade de 0,015 a 0,02 m (FILGUEIRA, 2007).
No transplante de mudas jovens, formadas em casa de vegetação, deve-se
ter cautela para não deixar bolsas de ar entre as raízes e solo, garantindo o contato
entre eles no momento do transplante. Na implantação da cultura é importante
atentar-se para a correta irrigação, levando em consideração a disponibilidade de
informações relacionadas ao sistema água-solo-planta-clima para estabelecer um
manejo de irrigação eficaz na cultura (OLIVEIRA et al., 2011; CARVALHO et al.,
2013).
2.2.1 Solo e adubação
Conforme relata Penteado (2010), os solos mais indicados para um bom
plantio do pepino são os areno-argilosos, com altos teores de matéria orgânica, com
boa drenagem, com pH em torno de 5,5 a 6,5 e com boa fertilidade, podendo ser
plantado logo após a colheita do tomate com o intuito de aproveitar o resíduo da
adubação e o estaqueamento.
Em relação ao relevo, o ideal para o plantio de pepino é a escolha de terrenos
planos ou levemente inclinados, pois em terreno muito inclinado será necessário
empregar práticas de conservação do solo, como por exemplo, o uso de curvas de
nível, aumentando assim os custos de implantação do sistema. Contudo, o uso de
22
práticas conservacionistas de manejo do solo é recomendado, pois atende ao cultivo
agroecológico (DUMONT, 2013).
Carvalho et al. (2013), mencionam a importância de realizar a análise química
do solo, pois as quantidades de nutrientes a serem aplicadas tanto no sistema
orgânico como no sistema mineral terão de ser baseadas nos resultados obtidos na
análise.
O ideal é buscar o equilíbrio na adubação, não exagerando, nem deixando
faltar nutrientes, evitando a toxidez da planta, e o desequilíbrio por competição ou
antagonismo. O fornecimento equilibrado de nutrientes contribui para a fitossanidade
da cultura (TRANI, 2014).
No Brasil, os solos apresentam elevada acidez, tornando o solo impróprio
para a maioria das cucurbitáceas, sendo, portanto, a calagem de solo necessária
para a sua correção, elevando a saturação por bases a 80% e o magnésio ao teor
mínimo de 9 mmolc/dm3. Para tal, recomenda-se aplicar o calcário de 30 a 90 dias
antes do plantio, incorporando-o de 0,20 a 0,30 m de profundidade (TRANI;
PASSOS; ARAÚJO, 2015).
É possível suprir a necessidade de nutrientes da cultura tanto por adubação
orgânica, com o uso de estercos curtidos, compostos orgânicos ou cobertura com
biofertilizantes, como também por adubação mineral (FILGUEIRA, 2000).
Tabela 1: Recomendação de adubação para correção da fertilidade do solo para a
cultura do pepino
P resina, mg/dm-3
K+
trocável, mmolc/dm-3
Nitrogênio
N, kg/há-1
0-25 26-60 61-120 >120 0-1,5 1,6-3 3,1-6 >6,0
---------- P2O5, kg/há-1
---------- ---------- K2O, kg/há-1
30 a 40 280 160 100 60 120 80 40 20
Fonte: Adaptado de Trani; Passos; Araújo (2015)
A Tabela 1 demonstra as quantidades de Nitrogênio (N), Fósforo (P) e
Potássio (K) recomendadas para serem aplicadas, seguindo a análise química do
solo (TRANI; PASSOS; ARAUJO, 2015).
De acordo com Carvalho et al. (2013), de maneira geral, pode-se aplicar 120
kg/ha de N, de 120 a 250 kg/ha de K e de 60 a 300 kg/ha de P. A orientação é para
que essa adubação seja feita de forma parcelada, aplicando 30% de N, 40% de K e
23
toda dose recomendada de P já no plantio. O remanescente de N e K devem ser
utilizados em cobertura, dividindo em três etapas, sendo a primeira em 20 dias após
a semeadura e as outras a cada 20 dias.
A adubação mineral pode ou não ser enriquecida com a adubação orgânica.
Porém, deve-se atentar ao uso exagerado dos adubos orgânicos, pois o excesso
pode ocasionar o desenvolvimento vegetativo exuberante, dificultando a colheita e o
controle fitossanitário (FILGUEIRA, 2000; SOUZA; ALCÂNTARA, 2008). Os adubos
minerais têm um custo maior quando comparada à adubação orgânica, aliando esse
fato a outros benefícios que a última proporciona, o uso de adubo orgânico vem
aumentando nos últimos anos (OLIVEIRA et al., 2011).
A adubação orgânica tem a vantagem de liberar seus nutrientes lentamente,
principalmente o nitrogênio, aumentando sua disponibilidade no solo para culturas
subsequentes (SEDIYAMA et al., 2012).
Se o produtor optar em utilizar a adubação orgânica, ele pode extrair o seu
adubo de várias fontes, como: estercos bovinos, de aves, realizar adubação verde
com plantas leguminosas para N; cinzas, casca de café, pós de rochas silicatadas
para K; farinha de ossos e fosfatos naturais para P (SOUZA; ALCÂNTARA, 2008).
2.2.2 Tratos culturais
Filgueira (2007), salienta que, para a produção de frutos com qualidade para
mesa recomenda-se o emprego do cultivo tutorado. O dispêndio será maior quando
comparado ao cultivo rasteiro, porém, tutorar as plantas irá facilitar a poda, tornar
mais eficiente a aplicação de defensivos e simplificar a colheita.
Segundo Penteado (2010) é imprescindível realizar o controle de plantas
invasoras, principalmente no estádio inicial da cultura, assim como é importante
manter as plantas constantemente irrigadas neste mesmo período, contudo, deve-se
evitar o excesso de umidade.
A irrigação por gotejamento, no cultivo em ambiente protegido, é a mais
apropriada pelo fato de irrigar apenas o colo da planta, evitando o molhamento das
folhas e assim o surgimento de doenças fúngicas e bacterianas, o método ainda
permite a nutrição da cultura pela fertirrigação e otimiza o uso da água (CARVALHO
et al., 2013).
24
De acordo com Souza; Rezende (2014), os três primeiros nós da haste
principal devem ter os seus frutos desbastados até atingirem de 2 cm de
comprimento, após, a planta emitirá hastes produtivas laterais, nas quais deverá
manter apenas dois frutos. Agindo assim, o horticultor colherá frutos com
comprimento e diâmetro ideais, ou seja, 0,20 m e 0,03 m respectivamente.
Nota-se que os tratos culturais recomendados demandam uma atenção
cautelosa do horticultor e aumentam os custos de produção por exigir maior número
de mão de obra e por ocasionar despesas com equipamentos apropriados, como no
caso do sistema de gotejamento. Contudo, todo o empenho depositado nestas
operações irá refletir em ganho de produção, em qualidade para o produto e,
consequentemente, em retorno financeiro.
2.3 Cultivo em ambiente protegido
O ambiente protegido, também conhecido como estufa ou casa de vegetação,
é uma estrutura que tem por objetivo o controle ambiental e consequentemente a
proteção das plantas, pode ser levantado e sustentado por bambus, madeiras ou
metais e são cercados por telas que podem ser retráteis ou não, e a cobertura feita
por plásticos (JORGE et al., 2016). Pode ser uma simples cobertura ou um ambiente
completamente fechado, todo estruturado e automatizado com equipamentos que
permitam o ajuste da intensidade luminosa, o controle da temperatura e da umidade
relativa do ar (REIS, 2005).
Martins; Miranda; Mesquita (2010), descrevem que o cultivo em campo aberto
expõe mais facilmente as hortaliças sob condições de estresse como: o ataque de
pragas, de fungos, de bactérias e as variações climáticas, os quais contribuirão para
a ocorrência de doenças fitopatológicas.
Segundo Silva; Silva; Pagliuca (2014), produzir em um ambiente protegido
proporciona ao horticultor uma maior homogeneidade na produção e torna-se
possível o fornecimento dos alimentos durante o ano, ou seja, é possível conter os
efeitos da sazonalidade, uma vez que a estrutura de cobertura possibilita manejar as
ações do clima sobre o cultivo.
Portanto, os benefícios de se produzir em um ambiente protegido tornam-se
claros e ainda que seja um custo adicional para o horticultor, observa-se que o
controle das variações climáticas e a proteção contra as pragas trará a médio e
longo prazo o retorno do seu investimento inicial.
25
2.4 Colheita, pós-colheita e comercialização
Um bom estado nutricional possibilitará o início das colheitas de pepino em 40
ou 50 dias após o transplante. A colheita realizada em dias alternados favorece a
frutificação e reflete em uma produtividade proeminente. Para cada grupo de pepino
(conserva, caipira, aodai e japonês) é estabelecido um tamanho ideal para colheita,
no caso do pepino japonês recomenda-se colher quando os frutos atingirem entre
0,21 e 0,23 m (CARVALHO et al., 2013).
Lana; Batista (2014), dissertam sobre a necessidade do uso de carrinhos que
auxiliem os colhedores, pois a atividade de colheita exige movimentos repetitivos e
posições desfavoráveis. Entretanto, a utilização de equipamentos de auxílio ao
colhedor não será importante apenas para evitar danos à sua saúde, mas também
manterá a qualidade dos frutos, pois evitará o contato destes com o solo e otimizará
o processo de colheita.
Recomenda-se que a colheita seja realizada nas horas mais frescas do dia,
ou seja, nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde, no entanto, em sistemas
de alta produção em grandes áreas cultivadas é difícil restringir toda a colheita em
pequenos períodos, logo esta terá que ocorrer também nos momentos de
temperaturas mais elevadas (CALBO et al., 2011).
Em caso de impossibilidade de comercialização no mesmo dia da colheita, há
a possibilidade de manter os frutos refrigerados, para tal orienta-se que estes sejam
mantidos à temperatura média de 8,5ºC e a umidade relativa do ar em torno de 93%
(FILGUEIRA, 2007).
Conforme relatam Ferreira et al. (2008), os frutos podem ser beneficiados a
campo, ou seja, a seleção e classificação pode ser feita em conjunto com o ato de
colher, porém, a qualidade do beneficiamento estará diretamente relacionada a
parcialidade de cada colhedor. Havendo na propriedade um setor específico e
apropriado para o beneficiamento, a classificação torna-se mais eficaz,
possibilitando desta forma uma separação em lotes com características
homogêneas. Assim sendo, o horticultor poderá agregar ainda mais valor ao seu
produto (AMARO et al., 2007; FERREIRA et al., 2008).
Classificar as hortaliças, conforme mencionam Luengo; Calbo (2006a),
padroniza o produto, selecionando-o por qualidade e evitando a contaminação por
26
outros alimentos em deterioração, facilita o processo de comercialização por evitar o
manuseio excessivo por intermediadores e/ou pelo consumidor final e proporciona
ao horticultor identificar e compreender melhor a predileção do mercado e assim
direcionar a sua produção.
Diante disso, o Instituto Brasileiro de Qualidade em Horticultura (HortiBrasil),
com o intuito de assegurar alimentos de boa qualidade para o consumidor e
posteriormente para que o produtor seja reconhecido e recompensado pelo seu
trabalho, aponta as categorias de qualidade para classificação dos frutos de pepino,
as quais estão relacionadas na Tabela 2.
São considerados graves os defeitos que interferem diretamente na
conservação e qualidade dos frutos, como: podridão, danos profundos que
exponham o interior dos frutos, desidratação, sintomas de viroses e frutos com
espaços vazios no interior. Os danos superficiais, isto é, os que atacam somente o
epicarpo (casca) do fruto, são denominados danos variáveis (GOTO, 2003).
Tabela 2: Categorias de qualidade de acordo com a % de tolerância aos defeitos
Categoria Extra I
II
III
Defeitos Graves
Podridão 0 1 2 3
Outros graves 0 2 5 10
Total de graves 0 2 5 10
Defeitos Leves
Ponta fina 1 2 20 100
Outros leves 1 5 25 100
Total de leves 1 5 25 100
Defeitos variáveis
Nível 1 1 5 25 100
Nível 2 0 2 5 10
Total de defeitos 1 7 30 100
Torto (somente para pepinos do grupo japonês)
Muito torto 0 1 5 100
Pouco torto 1 15 25 100
Total de tortos 1 15 25 100
I, II e III: Categorias de qualidade.
Fonte: Hortibrasil (2018)
27
Observa-se a classificação do fruto de pepino em 4 categorias diferentes,
para as quais leva-se em consideração danos como: a presença de podridão, a
ponta fina ou frutos tortos, contudo, nota-se uma determinada flexibilidade em
relação aos danos, até mesmo para os frutos enquadrados na categoria “extra”, ou
seja, aquela que possui qualidade superior às demais.
As imperfeições, mesmo que mínimas, depreciam o produto, é o que afirma
Carvalho et al. (2013, p.16): “Os defeitos também podem ser considerados leves,
nesse caso, prejudicam apenas a aparência externa do fruto, contudo compromete
seu valor comercial.”
Sucessivamente à classificação vem o procedimento de embalagem, o qual
tem o objetivo de proteção e melhora na apresentação do produto, reduzindo a
manipulação e evitando os danos causados por quedas e/ou atritos durante
armazenamento e transporte, impedindo a contaminação através de possíveis
ferimentos e assim não comprometendo a qualidade e consequentemente a
comercialização (SENAR, 2012).
De acordo com Luengo; Calbo (2006b), uma grande porção das hortaliças
produzidas no Brasil é desperdiçada pela utilização de embalagens impróprias, o
que leva a danos elevados decorrentes do atrito gerado durante o transporte ou do
excesso na manipulação.
Além do uso de embalagens adequadas que protejam os alimentos, o asseio
é importantíssimo durante todo o processo produtivo. Em função disso, Amaro et al.
(2007), destacam que após a colheita e/ou após a classificação dos frutos deve-se
realizar a lavagem e secagem dos mesmos a fim de que estes estejam livres de
contaminantes e possam ser embalados e transportados adequadamente.
Girardi (2007), destaca alguns pontos relevantes para o correto transporte dos
frutos de pepino, são eles: a limpeza de depósitos e veículos, a proteção das
embalagens contra roedores e insetos, a utilização de paletes para evitar o contato
das embalagens com o piso, evitar a sobrecarga devido ao empilhamento excessivo
e manter os alimentos refrigerados durante todo o transporte.
Na comercialização é muito importante atuar de maneira competente e
antecipada, visando a obtenção de uma venda eficiente, com uma lucratividade que
pague os custos de produção e possibilite a continuidade do exercício profissional.
Portanto, é essencial que horticultor realize um planejamento prévio para que seja
possível identificar as formas de comercialização do seu produto, assim como
28
também é recomendado acompanhar as oscilações de preços, ponderar todos os
custos nas cotações realizadas, negociar sua produção antecipadamente e escoar a
produção por intermédio de cooperativas (SENAR, 2012).
Geralmente o caminho mais habitual na comercialização de hortaliças é do
campo para o atacado e em seguida para o varejo, ou seja, o produtor envia os seus
produtos às Centrais Estaduais de Abastecimento (CEASAS) que por sua vez
distribuem as mercadorias para as feiras livres, supermercados e sacolões
(LUENGO et al., 2007).
Filgueira (2007), cita que a produção em larga escala exige, quase que
indispensavelmente, a participação de atacadistas na cadeia comercial, o que
diminui o lucro líquido do produtor.
No entanto, o produtor familiar ou pequeno produtor tem a possibilidade de
excluir os intermediários, entregando o seu produto em supermercados, quitandas
ou restaurantes, ou ainda atingir diretamente o mercado varejista por meio da venda
em feiras livres ou a domicilio.
O horticultor tem a possibilidade de agregar ainda mais valor ao seu produto
caso decida pelo processamento mínimo, o qual consiste em fornecer o alimento
pronto para o consumo, cortados, descascados, sanitizados e embalados em
pequenas frações (GOMES et al., 2005).
Isto posto, constata-se a importância do planejamento para que se tenha
eficácia na comercialização da produção, atentando para todos os detalhes, como
as exigências do comércio, a venda antecipada, a qualidade da colheita e pós-
colheita, a classificação, a embalagem e o transporte, todos visando o retorno
financeiro.
29
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Caracterização da área experimental
Os estudos foram desenvolvidos na Fazenda Experimental do Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins (UniSALESIANO), localizada na
estrada vicinal Lins/Guaimbê, no km 1, município de Lins - SP, situada nas
coordenadas geográficas 21º42’31,08” de latitude sul e 49º45’14,61” de longitude
oeste e altitude de 419 metros, no período de 31 de julho de 2018 a 26 de novembro
de 2018. O solo da região é classificado como argissolo vermelho-amarelo com
textura arenosa/média, o relevo possui a característica de ser suavemente ondulado
(ROSSI, 2017).
A classificação climática da região foi estabelecida pelo método de Köppen
como sendo do grupo Cwa, com clima úmido, quente e inverno seco (SETZER,
1966). E de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) a temperatura
média anual é de 22,47 °C, com média mínima de 16,9 °C e com máxima de 30,33
°C. A precipitação, a evaporação e umidade relativa do ar média anual é de 1338,3
mm, 1409,0 mm e 72,7%, respectivamente.
O ambiente de cultivo utilizado para o desenvolvimento da pesquisa, trata-se
de uma casa de vegetação que possui as seguintes dimensões: 30 m de
comprimento, 7 m de largura, com 5 m de pé-direito e 4 m de calha, dispõe-se de
uma antessala de 3 m de comprimento, 3,50 m de largura e com pedilúvio na porta
de entrada. A estrutura possui teto tipo arco, é coberta com filme de polietileno de
baixa densidade e fechada nas laterais com tela antiafídeo.
3.2 Tratamentos e delineamento experimental
A área experimental, constituiu-se de 5 linhas de plantio com 28 m de
comprimento e espaçadas 1,30 m entre si.
Para o experimento utilizou-se dois produtos comerciais, aqui denominados
de produto A e produto B, sendo o primeiro composto por conídios dos fungos
Trichoderma viride, Trichoderma harzianum e Trichoderma asperellum e o segundo
tendo apenas o fungo Trichoderma harzianum, cepa Esalq 1306.
30
Na organização da unidade experimental, optou-se por empregar o
Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC), estabelecendo os seguintes
tratamentos:
a) Tratamento 1 (T1) = produto A – 2 g para 10 litros de água;
b) Tratamento 2 (T2) = produto B – 4 g para 10 litros de água;
c) Testemunha (sem tratamento).
As aplicações foram iniciadas imediatamente após o transplante das mudas e
realizadas quinzenalmente, totalizando 6 aplicações ao longo de todo o período do
experimento.
O experimento foi constituído por cinco repetições de cada tratamento, sendo
as parcelas experimentais dispostas em faixas e compostas por seis plantas,
espaçadas 0,80 m entre si e 1,30 m entre parcelas. Na Figura 1, pode-se observar o
esquema de composição do experimento.
Figura 1: Esquema de composição do experimento
Legenda: = T1 - Produto A; = T2 - Produto B; = Testemunha
Fonte: Elaborado pelos autores (2019)
Nota-se que as plantas das bordaduras do experimento não estão coloridas,
pois estas foram descartadas das avaliações, bem como as plantas de cada
extremidade de todas as unidades experimentais, de maneira que fossem
consideradas para as avaliações dos dados auferidos, as médias obtidas das quatro
plantas centrais nas parcelas.
3.2.1 Preparo do solo
Para as análises de fertilidade do solo foram coletadas 15 subamostras na
profundidade de 0 a 0,20 m, estas foram homogeneizadas e deram origem a uma
31
amostra composta. Na sequência, a mesma foi encaminhada ao laboratório de
análises químicas e físicas TechSolo Agricultura de Precisão na cidade de Lençóis
Paulista - SP.
Os parâmetros químicos relacionados aos nutrientes provenientes das
análises realizadas a partir do solo dos canteiros do ambiente de cultivo estão
expressos na Tabela 3.
Tabela 3: Caracterização química do solo do ambiente experimental, obtida através
da análise de solo
Profundidade pH MO P res S-SO4
00-20 cm (CaCl2) (SMP) g/dm
3 mg/dm
3
6,20 7,28 9,00 49,10 5,30
K res Na Ca Mg Al H H+Al SB CTC V M
mmolc/dm3
%
1,63 ns 28,20 7,80 0,00 10,98 10,98 37,63 48,61 77,40 0,00
Ca CTC Mg CTC K CTC Al CTC H CTC Ca/K Ca/Mg Mg/K
Relações
58,00 16,00 3,40 0,00 22,59 17,30 3,60 4,80
B Cu Fe Mn Zn Si
mg/dm3
0,10 0,79 46,00 3,59 6,50 ns
Fonte: Elaborado pelos autores (2019)
Ao confrontar os dados da análise de solo com a recomendação feita por
Carvalho et al. (2013), o qual diz que a saturação por bases (V%) mais adequada
para a cultura do pepino é aproximadamente em 75%, é possível constatar através
dos resultados obtidos da análise de solo do ambiente experimental, que o valor
indicado na mesma está dentro do recomendado como sendo ideal para a cultura,
logo, com embasamento nesses dados, não foi necessária a correção com a
aplicação de calcário.
Deu-se início ao preparo do solo por meio de uma capina manual, uma vez
que o ambiente de cultivo permaneceu em repouso por 30 dias e havia a presença
de plantas invasoras. Após, com base nos parâmetros obtidos na análise de solo,
realizou-se a aplicação e incorporação dos fertilizantes. As fontes de nutrientes, as
suas respectivas porções e a periodicidade de cada aplicação são apresentadas na
Tabela 4.
32
Tabela 4: Épocas, dosagens e fontes dos nutrientes aplicados para correção da
fertilidade do solo do ambiente experimental.
Adubação Fertilizantes Nutrientes (kg/canteiro) Épocas
Plantio
Composto orgânico 2
-
Super simples 1,3
Cloreto de potássio 0,280
Ácido bórico 0,08
Esterco de galinha processado 25
Kg/planta
Cobertura Composto orgânico 0,05 A cada 20 dias
após o plantio
Fonte: Elaborado pelos autores (2019)
Posteriormente, os canteiros foram reformados e levantados a
aproximadamente 0,20 m de altura e 0,50 m de largura de forma que pudessem
receber adequadamente as mudas. Na Figura 2, observa-se algumas etapas da
preparação do solo, como correção da fertilidade e adequação dos canteiros, para o
recebimento do transplantio.
Figura 2: Correção da fertilidade (A) e reforma e adequação dos canteiros (B)
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
A B
33
3.2.2 Implantação e desenvolvimento da cultura
Optou-se pelo cultivar de pepino japonês, variedade Taikô, da empresa
Sakata Seeds. As mudas, adquiridas de um fornecedor local, foram semeadas em 8
de agosto de 2018 e, após 16 dias realizou-se o transplantio na área experimental
de acordo com a figura 3.
Figura 3: Mudas prontas para o transplantio (A) e realização do transplantio (B)
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
Do início ao término do experimento percorreram-se 95 dias, sendo o
transplantio realizado em 24 de agosto de 2018 e a última colheita e finalização dos
trabalhos em 26 de novembro de 2018.
Após o transplante de 175 mudas, foram fixados bambus a uma altura de 2 m
e distanciados a cada 2 m, por conseguinte foram passados fitilhos plásticos no
sentido horizontal, a cada 0,20 m, da base dos bambus até o seu ápice para que
tornassem possível a condução e o tutoramento das plantas.
A irrigação foi realizada por sistema de gotejamento empregando-se o turno
de rega de acordo com a necessidade diária da cultura nas linhas de plantio.
A B
34
Com o intuito de reter a umidade no solo, aumentar o teor de matéria
orgânica, favorecer a atividade microbiana e controlar a emergência de plantas
invasoras pôs-se uma camada de capim seco/feno de aproximadamente de 0,05 m
tanto nos canteiros e ao redor do colo da planta, como também nas entrelinhas, de
forma com que toda a área do ambiente experimental tivesse o solo coberto
conforme mostra a figura 4.
Figura 4: Cobertura vegetal seca colocada no ambiente de cultivo
Fonte: Elaborado pelos autores (2018)
3.2.3 Controle fitossanitário
A presença e a flutuação populacional de pragas foram acompanhadas
através de monitoramentos semanais. Para estes monitoramentos instalou-se
armadilhas adesivas em pontos estratégicos, de forma que houvesse uma
distribuição homogênea possibilitando uma coleta de dados mais precisa. Através da
inspeção das armadilhas as pragas eram identificadas e contadas.
35
No entanto, para o controle das pragas foi adotado um manejo preventivo
com inseticidas microbiológicos pulverizados semanalmente. O emprego de
inseticida de origem química fez-se necessário, devido ao ataque de insetos
sugadores, com 26 dias e com 55 dias após o transplante, ou seja, foram feitas
apenas duas aplicações durante toda a safra.
As pragas que ocorreram na cultura foram: a Bemisia sp. (Mosca Branca), o
Aphys Gossypii (Pulgões) e os Thrips sp. (Tripes), estes são insetos sugadores e
vetores de viroses.
Para a prevenção de doenças fúngicas, aplicou-se, semanalmente, fungicidas
à base de cobre. Também foi realizada uma aplicação de controle com
azoxistrobina, fungicida sistêmico do grupo químico das estrobilurinas.
3.3 Avaliação
Nas colheitas utilizou-se como critério o tamanho médio de 0,22 m de
comprimento dos frutos. Para a obtenção dos dados, desconsiderou-se uma planta
de cada extremidade em todas as parcelas, logo, foram avaliados apenas os frutos
provenientes das quatro plantas restantes em cada parcela.
Os frutos foram pesados e contados, e a produtividade foi avaliada, por
semana, obtendo-se as seguintes características: massa semanal de frutos (MSF),
massa total de frutos (MTF), número semanal de frutos (NSF) e número total de
frutos (NTF).
Para avaliação, a coleta de dados foi dividida em dois períodos, cada período
foi composto pelos resultados de quatro semanas sucessivas.
No entanto, apenas para as variáveis MSF e NSF gerou-se análise de
variância, comparando as médias pelo teste de Tukey a 5% de significância.
36
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
As colheitas foram iniciadas no 37° (trigésimo sétimo) dia após o transplante
das mudas, em 01 de outubro de 2018, e estenderam-se até 26 de novembro de
2018, totalizando um período de 57 dias.
Em relação a MTF colhida em cada tratamento, em todo o período de
colheita, houve um destaque para os resultados provenientes do tratamento 2, o
qual proporcionou uma produção total de 28,7kg e 43,0kg a mais do que os outros
tratamentos, T1 e testemunha, respectivamente (Figura 5).
Figura 5: Massa total (kg) de frutos de pepino japonês (variedade Taikô) colhidos por
tratamento no período de 1/10/ 2018 a 26/10/2018
Fonte: Elaborado pelos autores (2019)
O tratamento 2 segue em evidência também na variável NTF, pois o mesmo
propiciou uma diferença de 259 frutos colhidos a mais quando comparado ao
tratamento 1 e de 268 frutos quando confrontado à testemunha. Neste caso, o
tratamento1 apresenta apenas uma diferença mínima de 9 frutos colhidos a mais em
relação a testemunha (Figura 6).
190,1
218,8
175,8
T1¹ T2² Testemunha³
1Trichoderma viride, Trichoderma harzianum e Trichoderma asperellum (2 g para cada 10 litros de água)
2Trichoderma harzianum (4 g para cada 10 litros de água)
3Sem tratamento
37
Figura 6: Número de frutos de pepino japonês (variedade Taikô) colhidos por
tratamento no período de 1/10/ 2018 a 26/10/2018
Fonte: Elaborado pelos autores (2019)
A produtividade total do experimento, considerando todos os descartes
(bordaduras e extremidades das parcelas), foi de 72,7 toneladas/hectare-1 (t/há-1).
Batista (2011) avaliando o desempenho de diferentes híbridos de pepino em um
cultivo totalmente orgânico obteve a produtividade de 37,5 t/ha-1 com o cultivar
Aladdin do tipo Aodai.
Acredita-se que a produtividade obtida neste trabalho se deve ao emprego de
um manejo bem conduzido com a realização de todos os tratos culturais, como a
correção da fertilidade com base na análise de solo, a condução das plantas, a
proteção do ambiente com tela antiafídeo, a irrigação controlada e a cobertura de
solo com palhada seca, fatores que propiciam as condições ideais para a
manutenção da microbiota do solo e o bom desenvolvimento fisiológico das plantas.
Em relação ao uso de cobertura do solo, Barbosa et al. (2014), observaram
um maior ganho produtivo com uso de filme plástico comparado com o cultivo em
solo descoberto, para a cultura de pepino tipo conserva. Lima Junior; Lopes (2009),
avaliando os efeitos de diferentes coberturas de solo na produção de melancia,
obtiveram maiores resultados para o número de frutos, com a utilização de fibra de
coco e palhada como coberturas.
1.366
1.625
1.357
T1¹ T2² Testemunha³
1Trichoderma viride, Trichoderma harzianum e Trichoderma asperellum (2 g para cada 10 litros de água)
2Trichoderma harzianum (4 g para cada 10 litros de água)
3Sem tratamento.
38
Silva et al. (2012), entretanto, analisaram o desempenho agronômico de
cultivares de pepino Aodai e caipira em solo com cobertura viva de amendoim
forrageiro e em solo descoberto, e os resultados foram estatisticamente superiores
para as médias obtidas no solo que recebeu a cobertura viva.
A evolução das colheitas nas quatro semanas iniciais não apresentou uma
linearidade na produtividade, porém, houve diferenças de resultados entre as
médias obtidas em cada tratamento. A Tabela 5 demonstra os dados de massa
semanal de frutos colhidos da primeira à quarta semana, primeiro período avaliado.
Tabela 5: Massa semanal de frutos (MSF) de pepino japonês (variedade Taikô)
submetidos a inoculação via solo em ambiente protegido, período de 01 a
25/10/2018
Tratamentos Massa semanal de frutos (kg)
Primeira semana
T2 4,95 a
Testemunha 3,94 ab
T1 3,52 b
C.V. (%)2 15,59
D.M.S.3 1,09
Segunda semana
T1 2,90 ns1
T2 2,74 ns
Testemunha 2,34 ns
C.V. (%) 39,46
D.M.S. 1,77
Terceira semana
T1 7,64 a
T2 6,63 ab
Testemunha 4,32 b
C.V. (%) 25,13
D.M.S. 2,63
Quarta semana
T2 4,49 a
T1 2,81 ab
Testemunha 1,88 b
C.V. (%) 37,76
D.M.S. 1,95
39
1Não houve significância;
2Coeficiente de variação;
3Diferença mínima significativa.
Fonte: Elaborado pelos autores (2019)
Diante dos resultados apresentados, observa-se, na primeira semana, a
relevância para a massa resultante do tratamento 2 na variável MSF em
comparação aos dados resultantes dos outros tratamentos, tendo o tratamento 1
obtido a menor média no mesmo intervalo. Desta forma, analisando
estatisticamente, a resposta ao tratamento com o produto B foi distinta à média
decorrente das aplicações realizadas com o produto A.
Diferentemente, na segunda e terceira semana de avaliação para a variável
MSF a maior produtividade alcançada foi obtida no tratamento que continha a
aplicação do produto A, sendo que na terceira semana a média proveniente deste foi
significativamente superior à média da testemunha.
Logo, nota-se uma alternância de maiores produtividades entre os
tratamentos, diferentemente dos resultados obtidos por Silva et al. (2017), que
estudaram a produtividade dos frutos de pepino tipo caipira sob diversas fontes de
adubos nitrogenados, dentre eles o sulfato de amônio, o nitrato de amônio e a ureia,
concluíram que não houve interferência significativa dos tratamentos na massa de
frutos.
Azevedo; Oliveira (2005), utilizaram efluentes do tratamento de esgotos na
fertilidade do solo sob irrigação superficial e analisaram o desempenho produtivo
dos frutos de pepino tipo japonês, obtendo os maiores valores para o tratamento
com o efluente testado.
Souza (2015), trabalhou com a produção orgânica de pepino e com diferentes
volumes de substratos em ambiente aberto e também no cultivo protegido e
observou que não houve diferenças significativas para a variável massa de frutos
comerciais nos dois ambientes testados. Mas que na condição de campo aberto a
produtividade total respondeu linearmente ao volume de substrato.
Confirmando a probabilidade esperada, na última semana do primeiro período
de avaliação, a testemunha apresentou-se menos produtiva. No mesmo intervalo, a
média obtida com o emprego do T2 expressou superioridade estatística às médias
resultantes nos demais tratamentos.
As informações, referentes a massa semanal de frutos, obtidas no segundo
período de avaliação estão descritas na Tabela 6. Pode-se observar, na oitava
40
semana, o destaque para o T1, com uma massa de 8,92 kg, em relação ao T2, o
qual possibilitou a colheita de 6,19 kg na mesma semana. Nas demais semanas do
mesmo período não foram constatadas diferenças significativas entre os
tratamentos.
Tabela 6: Massa semanal de frutos (MSF) de pepino japonês (variedade Taikô)
submetidos a inoculação via solo em ambiente protegido, período de 29/10 a
26/11/2018
Tratamentos Massa semanal de frutos (kg)
Quinta semana
T1
4,68 ns1
Testemunha3
4,54 ns
T2
3,53 ns
C.V. (%)2
45,00
D.M.S.3
3,23
Sexta semana
T2 6,42 ns
T1 4,37 ns
Testemunha 4,30 ns
C.V. (%) 30,01
D.M.S. 2,55
Tratamentos Média (kg)
Sétima semana
T2 6,29 ns
Testemunha 6,08 ns
T1 5,91 ns
C.V. (%) 25,93
D.M.S. 2,67
Oitava semana
T1 8,92 a
Testemunha 7,79 ab
T2 6,19 b
C.V. (%) 19,16
D.M.S. 2,47 1Não houve significância;
2Coeficiente de variação;
3Diferença mínima significativa.
Fonte: Elaborado pelos autores (2019)
Apenas a oitava semana expressou diferença estatística entre os tratamentos.
O produto A proporcionou média significativamente superior ao produto B, todavia,
41
esperava-se que a testemunha obtivesse a menor média entre os tratamentos, no
entanto, esta apresentou-se mais produtiva que o produto B.
Antunes et al. (2014), avaliando diferentes doses de adubação nitrogenada
em cultivo de pepino tipo africano, obtiveram efeitos diversos entre os tratamentos,
uma vez que as doses de 122,5 kg/ha-1 e 154,44 kg/há-1 de N proporcionaram as
maiores médias para as características número de frutos por planta e massa de
matéria fresca de fruto por planta, respectivamente.
No que diz respeito ao número semanal de frutos, os resultados obtidos no
primeiro período de avaliação, não acompanharam a mesma dinâmica manifestada
para a variável MSF, em contraste com a evolução estatística. A análise
apresentada na Tabela 7 mostra um desvio de comportamento entre a MSF e o
NSF.
Tabela 7: Número semanal de frutos (NSF) de pepino japonês (variedade Taikô)
submetidos a inoculação via solo em ambiente protegido, período de 01 a
25/10/2018
Tratamentos Número semanal de frutos (un)
Primeira semana
T2
21,2 ns1
Testemunha
20,2 ns
T1
16,0 ns
C.V. (%)2
23,45
D.M.S.3
7,57
Tratamentos Médias (un)
Segunda semana
Produto B 32,2 ns
Produto A 30,6 ns
Testemunha 23,6 ns
C.V. (%) 40,66
D.M.S. 19,76
Terceira semana
Produto B 50,8 ns
Produto A 49,8 ns
Testemunha 36,8 ns
C.V. (%) 28,25
D.M.S. 21,83
Quarta semana
42
Produto B 42,8 a
Testemunha 25,2 b
Produto A 23,8 b
C.V. (%) 26,35
D.M.S. 13,61 1Não houve significância;
2Coeficiente de variação;
3Diferença mínima significativa.
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
Foram observadas diferenças significativas para o número de frutos somente
na quarta semana de avaliação, se destacando o tratamento 2. Embora nas
semanas anteriores não tenham sido observadas diferenças estatísticas, houve um
destaque para o tratamento 2.
Trabalhando com diferentes volumes de substratos e compostos orgânicos,
porém, em campo aberto, Souza (2015), obteve resultados semelhantes na
avaliação de número de frutos de pepino tipo caipira, não encontrando diferença
significativa entre os tratamentos nos períodos avaliados.
Em relação ao segundo período de avaliação da variável NSF não houve
diferença estatística entre os tratamentos (tabela 8). No entanto, é importante
ressaltar que o tratamento 2 apresentou as maiores médias nos períodos avaliados.
Tabela 8: Número semanal de frutos de pepino japonês (variedade Taikô) colhidos
no período de 29/10 a 26/11/2018 em área de 2 m² em cultivo protegido
Tratamentos Número semanal de frutos (un)
Quinta semana
Testemunha 26,4 ns1
T2 23,4 ns
T1 21,4 ns
C.V. (%)2
28,52
D.M.S.3
11,42
Sexta semana
T2 37,2 ns
Testemunha 29,6 ns
T1 28,8 ns
C.V. (%) 24,92
D.M.S. 13,40
Tratamentos Médias (un)
Sétima semana
T2 51,6 ns
Testemunha 46,4 ns
T1 44,8 ns
C.V. (%) 22,11
43
D.M.S. 17,76
Oitava semana
T2 65,8 ns
Testemunha 64,8 ns
T1 56,4 ns
C.V. (%) 15,18
D.M.S. 15,97 1Não houve significância;
2Coeficiente de variação;
3Diferença mínima significativa.
Fonte: Elaborado pelos autores (2019).
Verifica-se, que a testemunha obteve a maior média para a variável NSF na
quinta semana avaliada, sobressaindo aos outros tratamentos. Na sexta, sétima e
oitava semanas o produto B manteve-se à frente dos demais tratamentos,
alcançando a maior quantidade de frutos por parcela. O produto A, por sua vez,
atingiu as menores médias para a mesma variável.
Sediyama et al. (2012), encontraram efeito significativo no aumento de
números de frutos ao aplicarem diferentes doses de fertilizantes orgânicos no cultivo
de pepino tipo japonês.
No entanto, nesse trabalho não foram observadas diferenças entre os
tratamentos estudados, embora, o tratamento 2 tenha expressado um melhor efeito
no desenvolvimento reprodutivo da cultura.
44
5 CONCLUSÃO
Os tratamentos apresentaram comportamentos distintos para as variáveis
testadas. Na fase inicial do experimento os tratamentos 1 e 2 diferiram entre si e em
relação a testemunha.
A respeito da massa semanal de frutos, nos dois períodos de avaliação os
produtos apenas diferiram estatisticamente na primeira e na oitava semana, quando
B e A são superiores um ao outro, respectivamente.
E para a variável número semanal de frutos a diferença estatística ocorreu
somente na quarta semana de colheita, onde o produto B obtém a maior média.
O tratamento 2, embora tenha obtido os maiores valores para a variável
número total de frutos, o peso médio não diferenciou dos demais tratamentos.
A aplicação dos produtos testados demonstrou um incremento na
produtividade da cultura, porém, recomenda-se a realização de outros estudos
relacionados ao tema com estruturas de delineamentos diferentes ao proposto neste
trabalho, a fim de elucidar a interação e efeitos dos tratamentos sobre a produção da
cultura do pepino.
45
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