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Produção textual Aula II Professora Fernanda Braga

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Page 1: Produção textual - Aula II

Produção textualAula II

Professora Fernanda Braga

Page 2: Produção textual - Aula II

O desenvolvimento do texto dissertativo

OO desenvolvimento é importante pois nele definimos os argumentos a serem usados, fundamentamos as ideias a fim de receber crédito do leitor e ter o ponto de vista respeitado. 

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Desenvolvimento – leis e dados estatísticos

Um tipo muito eficaz de argumentação é este: fazer uso de dados estatísticos, leis e até definições de dicionário para corroborar com a tese do candidato. Muitas vezes essas informações aparecem na coletânea de textos e o candidato pode fazer uso delas livremente, sem copiar os textos de apoio. Atenção para não “chutar” informações, pois isso anula a argumentação.

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Exemplo:“O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada estado. Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula. O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil).”

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Desenvolvimento por exemplificação:

É possível fundamentar uma posição num texto dissertativo por meio de exemplificação. Deve-se ter atenção, porém, ao fato exemplificado, pois este deve ser de conhecimento da maioria da sociedade.

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Exemplo“No Brasil, são muitos os casos de violência contra a mulher, como o que envolveu a adolescente Eloá, de 15 anos. Ela foi submetida a cárcere privado e assassinada por seu ex-namorado.”

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Desenvolvimento por causa e efeito

A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária. Além disso, com esse tipo de argumentação, o aluno consegue gerar o raciocínio lógico e persuadir de forma mais fácil o leitor.

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Exemplo“O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.”

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Desenvolvimento por comparação

Comparar fatos, situações, comportamentos é uma forma, também, de argumentar.

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Exemplo

“Enquanto países como a Inglaterra e o Canadá têm leis que protegem as crianças da exposição ao sexo e à violência na televisão, no Brasil não há nenhum controle eletivo sobre a programação. Não é de surpreender que muitos brasileiros estejam defendendo alguma forma de censura sobre a TV aberta.”

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AtividadesLeia e responda as questões de 1 a 6.Eu odeio a Internet"Jamais joguei paciência com um baralho de verdade. Se tentasse, nem saberia arranjar as cartas. Dei-me conta disso ao receber, tempos atrás, um e-mail com o título 'Você é escravo da tecnologia quando...'. A paciência sem baralho era apenas um dos itens de uma longa lista, e não o mais absurdo. Em todas as situações, havia esse efeito de desproporção e despropósito: a mais alta tecnologia mobilizada para o mais estúpido dos fins (se o leitor já jogou paciência no Windows, sabe do que falo). (...)(...) a Internet é a propagação indiscriminada da besteira. Alguém dirá que, com essa crítica à cyberabobrinha, estou abordando o problema pela periferia. Ocorre que os gurus da nova era - Nicholas Negroponte, do MIT, para ficar com um exemplo célebre - afirmam, com razão, que a Internet não tem centro.

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Surge daí outra grande bobagem que se tem divulgado não só por fibra ótica, mas também por meio do velho e sujo papel de imprensa: a Internet democratiza o conhecimento. Se o leitor me perdoa a etimologia rasteira, direi que na verdade a rede tem muito demos para pouco cratos. Que poder efetivo uma página pessoal representa para seu autor? Na falta de um centro, somos todos periferia.(...) Israelenses e palestinos, petistas e tucanos, pornógrafos e evangélicos, punks e skin-heads - todos podem ter seu site. O internauta surfa - isto é, passa pela superfície - por todos sem que isso implique o mínimo compromisso ou mesmo interesse. A 'harmonia mundial' (Negroponte, mais uma vez) que essa diversidade sugere é enganosa.Podemos jogar paciência sem baralho, mas ainda vivemos em um mundo prosaicamente físico no qual o hardware para abrigar nosso software segue inacessível para a maioria. No mínimo, ainda é cedo para se falar em uma revolução sem precedentes.

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Gutenberg apresentou sua famosa Bíblia em 1455, mas a imprensa como instituição pública levaria séculos para se desenvolver. (...)Uma objeção previsível é a de que, afinal, eu uso a Internet. O presente texto foi produzido em Porto Alegre, onde moro, e transmitido via e-mail para a redação da SUPER, em São Paulo. E estou, admito, muito feliz de não ter que sair de casa em um dia frio para enfrentar fila nos Correios. Ainda assim, sustento o título aí em cima. Muita gente vai de carro todos os dias para o trabalho, mesmo detestando dirigir.Fico com as velhas bibliotecas de papel, cujo autoritarismo secular pelo menos não vende ilusões de igualdade tecnopopulista."TEIXEIRA, Jerônimo. In Superinteressante,São Paulo: Abril, ago. 2000.

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1- Que elementos permitem afirmar que o texto de Jerônimo Teixeira é dissertativo-argumentativo?

2- Qual é a tese defendida pelo argumentador?

3- Para desenvolver sua tese, o autor utiliza: a) comparação; b) crítica; c) citação; d) oposição. Encontre, no texto, um exemplo de cada um desses recursos.

4- O texto "Eu odeio a Internet" é predominantemente objetivo ou subjetivo? Justifique sua resposta.

5- O humor foi um dos recursos usados para construir esse texto. O autor criou um neologismo divertido, além de jogos de palavras que deixaram a linguagem descontraída. Identifique, no texto, esse neologismo e uma construção em que se perceba subjetividade.

6- Você acredita que o autor foi persuasivo em seu texto? Justifique sua resposta.