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mina e beneficiamentoaGoSto de 2014
PUBLICAÇÃO DESTINADA ÀS COMUNIDADES DE RELACIONAMENTO DA ANGLO AMERICAN . ANO 6 . N° 32
diStRibUiÇÃo GRatUita
Produção de queijo na região do Serro é cercada de cuidados e cultura
CULTURAL
PATRIMÔNIO
DO BRASIL
Eduardo Melo vive da produção de queijo
editoRiaL
Publicação destinada às comunidades de relacionamento da Anglo American - Unidade
de Negócio Minério de Ferro Brasil | Coordenação: Comunicação Empresarial | Produção
editorial: BH Press Comunicação | Reportagem e redação: Alisson Villa | Projeto gráfico
e diagramação: AVI Design | Foto de Capa: Ronaldo Guimarães | Tiragem: 2.500
exemplares
eXPediente
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Ronaldo G
uimarães
SEMEAR, CRESCER E coLHeR
Assim como um agricultor que planta uma pequena semente esperando que ela se desenvolva, um empresário busca o mesmo resultado ao montar seu novo negócio. Mas como sabemos, se a semente não receber os cuidados necessários, nem sempre irá gerar algo que possa ser colhido. É para oferecer esse cuidado especial que a nossa empresa criou o Programade Empreendedorismo da Anglo American, Crescer.
A iniciativa conta com ações para fortalecer pequenas e médias empresas de Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Alvorada de Minas e Serro. Ao todo, 120 empresários integram o primeiro ciclo do Crescer. São proprietários de comércios, pousadas, restaurantes, produtores rurais e outros empreendedores que desejam incrementar seus empreendimentos, como o Eduardo Melo, produtor que você pode conhecer melhor na matéria desta edição sobre o queijo da região do Serro.
Os empresários recebem assessoria e participam de oficinas de capacitação oferecidas pelo programa. Os temas dos encontros, que seguem até agosto, são “Oportunidades de negócio e crescimento”, “Organização do negócio e viabilidade econômica”, “Marketing” e “Capacidade de financiamento”. Até o final do ano, os participantes continuam recebendo consultoria individual para colocarem em prática o que aprenderam.
O mais satisfatório é que já podemos colher bons frutos dessa primeira etapa do programa. Além da boa adesão das comunidades urbanas e rurais, 95% dos participantes disseram estar satisfeitos com as atividades. Espero que essa satisfação se reflita em sucesso nos negócios e que todos na região possam se beneficiar desse ciclo de semear, crescer e colher.
Boa leitura!
faLe conoSco
canaL abeRto CoM voCê
Nos municípios onde o Projeto Minas-Rio está sendo implantado, disponibilizamos canais do Sistema Fale Conosco para a comunidade entrar em contato com a Anglo American. Para fazer elogios, sugestões, perguntas, reclamações ou críticas, você pode utilizar o telefone 0800 941 7100. Ele funciona gratuitamente, de segunda a sexta-feira, das 9h às 13 horas e das 14h às 18 horas. Em outros horários, a ligação é direcionada para a secretária eletrônica. Não se esqueça de informar seu nome (se desejar), número do telefone com DDD e nome da cidade onde mora. Outra opção é o endereço de email ([email protected]). Venha conversar conosco.
Osiani MoraesCoordenadora de Desenvolvimento Social
edUcaÇÃo
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ConCEição tERá SuA PRimeiRa UniveRSidade
A região de Conceição do Mato Dentro contará com mais uma universidade. Em abril, foi assinado o convênio que formaliza o repasse de R$ 4 milhões pela Anglo American para a construção do campus da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) na cidade. Essa conquista é fruto de uma parceria entre a Anglo American, o governo de Minas Gerais, a Prefeitura de Conceição do Mato Dentro e a UEMG.
Já foi iniciada a terraplenagem do terreno que vai abrigar o prédio de mais de dois mil metros quadrados na Rodovia MG-10, próximo ao Posto Agropecuário. Estão previstas dez salas de aula, três laboratórios, biblioteca, auditório e áreas de apoio. A obra deve terminar no ano que vem e as aulas serão iniciadas, possivelmente, a partir de 2016. “Dentre muitos investimentos em educação já feitos pela Anglo American, a construção da UEMG tem destaque por representar um avanço na educação superior”, diz Maurício Martins, gerente-geral de Desenvolvimento Social.
O reitor da UEMG, Dijon Moraes Júnior, afirma que a universidade busca abrir cursos que respeitam a vocação local de onde se instala. Em Conceição do Mato Dentro não será diferente. Em reuniões entre os dirigentes e pró-reitores da UEMG e representantes da Prefeitura e da Anglo American foram definidas algumas possibilidades de cursos
que trariam maior benefício para toda a região. Diante disso, a expectativa é de que os cursos sejam focados em agricultura, engenharia e ciências ambientais. “O primeiro em formatação é o Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia, que acreditamos ser de extrema importância para responder às demandas locais e regionais”, diz Dijon.
O curso de Agroecologia busca aliar as
necessidades produtivas da agricultura
ao desenvolvimento sustentável do
meio rural. São desenvolvidas as
habilidades práticas para encontrar
soluções e melhorar processos do
agronegócio, com redução de impactos
ambientais. O profissional poderá atuar
como pesquisador, consultor ou ainda
na área de ensino. A formação é
multidiscilplinar, englobando diversas
ciências como a Agronomia, Zootecnia,
Sociologia e Ecologia.
cULtURa
uM PRoDutoRecHeado de HiStÓRia
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Tutu de feijão, frango ao molho pardo, tropeiro, costelinha com canjiquinha. A lista de pratos da gastronomia mineira é vasta e de dar água na boca. Principalmente quando o cardápio é composto pelo famoso queijo do Serro. A iguaria ficou tão famosa pelo seu gosto e processo de fabricação que passou a ser considerada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) um patrimônio cultural do Brasil.
Mas, afinal, como nasceu essa tradição de produzir queijos que há séculos cativam o paladar de turistas e consumidores de várias partes do país? Como parte de um trabalho para compor o acervo do Salão do Queijo, a historiadora Zara Simões entrevistou proprietários de mais de cem fazendas da comarca do Serro em busca de respostas.
De acordo com Zara, a história começa no século 18, quando a mineração de ouro era muito forte na região e as fazendas começaram
Desde 2008, o queijo do Serro é considerado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) patrimônio cultural do Brasil. A escolha se deve, principalmente, à sua forma de fabricação. De acordo com o Iphan, a produção artesanal do queijo de leite cru nas regiões serranas de Minas Gerais representa até hoje uma alternativa bem-sucedida de conservação e aproveitamento da produção leiteira regional, em áreas onde a geografia limita o escoamento do leite.
Eduardo produz o famoso queijo do Serro
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a produzir queijos para atender os trabalhadores do setor. “Na década de 1930, o queijo começa a ficar mais famoso fora dessas localidades, muito por conta da construção das estradas. Em 1964, criam a primeira cooperativa de produtores”, conta a historiadora.
Esses foram alguns dos fatores que contribuíram para o surgimento da produção do queijo na comarca do Serro e expandiram o seu alcance. Entretanto, o diferencial que possibilitou a perpetuação do produto pelos séculos está no seu processo de fabricação e, consequentemente, em seu sabor. O segredo está no famoso pingo, o soro dos queijos recém-fabricados e que carrega uma espécie de DNA do local, com características da água, altitude e clima.“A fabricação de queijo é um dos pontos fortes da economia na região, empregando mais de mil pessoas”, diz Zara Simões.
inGRediente a maiS PaRa eXPandiR Uma Receita de famíLiaEduardo José de Melo é produtor de queijos no Serro, uma receita que aprendeu com o bisavô. Ele quer expandir sua queijaria e, para isso, participa das oficinas de capacitação do Programade Empreendedorismo da Anglo American, Crescer. A iniciativa tem como objetivo fortalecer micro, pequenas e médias empresas de Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Alvorada de Minas e Serro. O primeiro ciclo do Crescer conta com 120 participantes.
De acordo com Eduardo, os encontros têm sido uma ótima oportunidade para aprender a respeito de processos e atitudes que contribuem para o sucesso de uma empresa, como a forma adequada de buscar novos clientes ou soluções para aumentar o faturamento. “Os participantes estão bem motivados, pois estamos em uma região que se encontra em pleno processo de desenvolvimento”, destaca o produtor.
As oficinas terminam em agosto, mas o acompanhamento aos empresários continua. Até o final do ano, os participantes ainda recebem consultoria individual para colocarem em prática o que aprenderam. Todo esse cuidado tem se refletido na percepção em relação à iniciativa. Cerca de 95% dos participantes disseram estar satisfeitos com as atividades do Crescer, que é resultado de uma parceria entre a área de Desenvolvimento Social e o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores Locais (Promova) da Anglo American.
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caPacitaÇÃo
HiStóRiAS DE quEM SAbEaPRoveitaR aS oPoRtUnidadeSSalvina Santana Souza, 19 anos, estava terminando o ensino médio quando profissionais do Senai visitaram sua turma para sondar quais cursos os alunos gostariam que a instituição oferecesse na unidade de Conceição do Mato Dentro. Sabendo da presença da Anglo American na cidade, ela votou no curso técnico de mineração. Com boas notas e conduta elogiada pelos professores, ela foi convidada pelo Senai para ingressar no curso técnico de Mineração, oferecido através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal.
Com o certificado em mãos, Salvina foi contratada pela Anglo American como técnica de mineração trainee: um desfecho e tanto para todo o seu esforço. “Nossa turma começou com 35 alunos e somente 17 se formaram.
Não quis desistir em nenhum momento, pois era a oportunidade de continuar a estudar perto de casa”, conta.
Junto a ela, outros 13 formandos dos cursos técnicos de Mineração, Mecânica e Eletroeletrônica foram contratados pela Anglo American por meio do programa Jovens Talentos, em junho deste ano. Participaram do processo seletivo 34 alunos dos três cursos.
A próxima etapa da iniciativa, que apoia a capacitação dos estudantes do Senai e prioriza a mão de obra local, é oferecer treinamentos para os novos empregados. “Por se tratar de profissionais muito jovens, além do desenvolvimento técnico, o treinamento vai trabalhar o desenvolvimento comportamental”, destaca o analista de RH, Marcello Nunes.
Para Roney Ariel Ferreira, que também foi contratado, de agora em diante sua vida muda completamente. “Nenhuma empresa de Conceição do Mato Dentro oferece melhores benefícios que a Anglo American. Por isso vou me dedicar ao máximo, afinal, além de querer crescer em minha carreira, tenho que dar retorno para quem me ofereceu essa grande oportunidade”, acredita.
Salvina é um dos jovens talentos contratados pela Anglo American
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LUGaReS de minaS
tuRiSMo RuRAl em aLvoRada de minaS
Prefeitura A
lvorada de Minas
As fazendas seculares na cidade de Alvorada de Minas
guardam deliciosas surpresas para os turistas: são
doces, queijos, cafés e tantas outras guloseimas que
farão o visitante nunca mais querer sair desse ambiente
acolhedor. Além da culinária, o passeio é uma ótima
pedida para quem quer conhecer a arquitetura dos
antigos casarões e a produção agrícola e pecuária da
região.
A turismóloga Mariana Costa Zaibam, da Secretaria
Municipal de Turismo, acredita que o turismo rural é uma
ótima opção para as pessoas dos grandes centros que
querem conhecer outra realidade. Entre os locais de visitas
estão as fazendas Limoeiro, Engenho Velho, Miranda e
Barro Branco.
Maria das Graças Peixoto Simões, mais conhecida como
Das Graças, é proprietária da Engenho Velho. A fazenda
foi construída em 1800 e tem 500 hectares. “Nasci em
Alvorada de Minas e criei meus sete filhos aqui,
colocando todos para ajudar na fabricação de queijos e
doces”, conta. Entre os visitantes que recebe para
conhecer o funcionamento da fazenda estão alunos de
escolas da região.
Além de abertas a visitas, algumas dessas fazendas
hospedam os turistas que desejam ir mais fundo na
experiência da vida rural. Quem estiver interessado no
roteiro e quiser mais informações, pode entrar em contato
com a Secretaria de Turismo de Alvorada de Minas pelo
telefone: (31) 3862-1241.
Fazenda Engenho Velho foi construída em 1800
Essa é a palavra dos nossos empregados, traduzida no prêmio Melhores Empresas para Trabalhar, do Instituto Great Place to Work, em parceria com a revista Época. Uma conquista que fazemos questão de compartilhar com você, que faz parte do nosso dia a dia. Porque fazer a diferença é levar crescimento e novas oportunidades também para as comunidades onde atuamos.
AGORA É NACIONAL.SOMOS UMADAS MELHORESEMPRESAS PARA TRABALHARNO BRASIL.
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