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SIMP.TCC/Sem.IC. 2018(14);186-193 FACULDADE ICESP / ISSN: 2595-4210

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CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

PRODUÇÃO DE ALFACE SOB CONDIÇÕES HIDROPÔNICAS UTILIZANDO MATERIAIS RECICLAVEIS EXAMPLE OF CONSTRUCTION AND FORMATTING OF A SCIENTIFIC ARTICLE

Julio Cesar Serejo dos Reis

Nilo Silvio Costa Serpa

Resumo Introdução: A hidroponia tem sido aplicada na produção de muitos alimentos vegetais, com destaque para alguns legumes e folhosas. O sistema hidropônico possibilita uma produção com mais qualidade, menos custos com insumos, visto que dispensa o uso de terra, facilita a proliferação de pragas, entre outros inconvenientes. Além disso, o tempo do ciclo das plantas costuma ser menor, sobretudo da alface, uma hortaliça de grande consumo em todo o Brasil. Objetivo: analisar a viabilidade da produção de alface hidropônica para fins comerciais, utilizando recipientes descartáveis como copos de 300 ml e potes de sorvete. Materiais e Métodos: A metodologia aplicada a esta pesquisa tem característica predominantemente qualitativa, com base numa revisão bibliográfica a partir de livros eletrônicos e artigos de sites confiáveis. Resultado: O resultado deste estudo mostra que é possível desenvolver um empreendimento de produção de alface hidropônica, tomando como parâmetro o consumo contínuo e diário da alface. Conclusão: Considera-se viável a proposta de uso de descartáveis para a produção de alface hidropônica, que a caracteriza como uma postura sustentável, desprezando o uso de agrotóxicos e fertilizantes convencionais. Palavras-Chave: Alface hidropônica. Sustentabilidade. Materiais recicláveis. Abstract Introduction: Hydroponics has been applied in the production of many vegetable foods, with emphasis on some vegetables and hardwoods. The hydroponic system allows a production with more quality, less costs with inputs, since it exempts the use of land, facilitates the proliferation of pests, among other drawbacks. In addition, the time of the cycle of the plants usually is smaller, especially of the lettuce, a vegetable of great consumption in all Brazil. Objective: to analyze the feasibility of producing hydroponic lettuce for commercial purposes, using disposable containers such as 300 ml glasses and ice cream pots. Materials and Methods: The methodology applied to this research has a predominantly qualitative characteristic, based on a bibliographic review from electronic books and articles from reliable sites. The result of this study shows that it is possible to develop a hydroponic lettuce production enterprise, taking as a parameter the continuous and daily consumption of lettuce. Conclusion: It is considered viable the proposal of disposable use to produce hydroponic lettuce, which characterizes it as a sustainable posture, neglecting the use of pesticides and conventional fertilizers. Keywords: Hydroponic lettuce. Sustainability. Recyclable.

Contato: [email protected]

Introdução

A hidroponia é uma técnica de cultivo aplicável a hortaliças e a jardinagem com fins ornamentais, comerciais, didáticos e científicos (BEZERRA NETO; BARRETO, 2011/2012).

O termo tem origem grega que significa (hydro = água e ponos = trabalho) quer dizer trabalho com água que requer nas palavras um conjunto de técnicas empregadas para cultivar plantas sem o uso do solo, de forma que os nutrientes minerais essenciais sejam fornecidos às plantas na forma de uma solução nutritiva balanceada. (BEZERRA NETO; BARRETO, 2011/2012).

Contudo, Douglas (1987) argumenta que esses termos não são suficientes para conceituar hidroponia, devido à complexidade e variedade de técnicas, alegando que a ideia opõe-se à agricultura convencional, para a qual o termo adequado seria geoponia, logo que geo = terra. De todo modo, o autor dá uma ideia geral do que seja a referida técnica. Trata-se de uma técnica

empregada para a criação de plantas sem terra, alimentando-as com água e solução nutritiva.

Segundo Alberoni (1997), essa prática é bastante antiga tendo referências desde os jardins suspensos da Babilônia e os jardins flutuantes dos astecas e da China como os primeiros cultivos em água noticiados. Embora as técnicas aplicadas a esses jardins diferissem muito das aplicadas aos atuais cultivos hidropônicos, a característica comum é o uso da água como principal fonte nutritiva e base de apoio para os utensílios e sementes.

Alberoni (1997) destacou a prática do cultivo sobre as águas. Douglas (1987) contribuiu apresentando procedimentos sistemáticos de semeadura, cuidados e coleta totalmente isentos de terra. John Woodward corroborou destacando como as plantas captavam os nutrientes em água, para saber se era a água ou as partículas sólidas do solo as responsáveis pela nutrição das plantas.

Entre 1804 e 1920 outros pesquisadores, como Nicolas de Saussure entre outros, fizeram

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inúmeros experimentos corroborando a constatação de que as plantas precisavam de substâncias minerais para atingir crescimento satisfatório. Mas, apenas uma década depois (por volta de 1930) o professor americano Dr. William F. Gericke, da Universidade da Califórnia obteve sucesso com a produção de tomates em uma solução aquosa, sem uso de terra, os quais alcançaram 8 metros de altura. A essa técnica, Gericke batizou de hidroponia (DOUGLAS, 1987).

A técnica hidropônica de hortaliças e jardinagem foi difundida por todo o mundo e, no Brasil, a hidroponia começou a ser expandida na década de 90, em São Paulo, sendo, hoje, comum próximo a grandes centros urbanos FURLANI; SILVEIRA; BOLONHEZI; FAQUIN (1995). Em todo o Brasil cultivam-se plantas com uso de técnicas hidropônicas, mas, a produção de alface configura a cultura predominante.

As técnicas hidropônicas oferecem inúmeras vantagens tanto ao produtor de grande quantidade para fins comerciais, quanto à dona de casa que produz para consumo próprio. Nesse sentido, o espaço físico empregado para o cultivo e os ciclos de produção mais curtos possibilitam maior volume de produção e menos despesas com insumos e mão-de-obra (DOUGLAS, 1987; RIBEIRO; SANTOS; CASTRO, 2016). Outras vantagens são a eliminação de trabalhos braçais que, além de cansativos, requerem mais despesas, tais como aragem, semeadura e adubação convencional entre outras.

Mas, algumas exigências são traduzidas em desvantagens para a cultura hidropônica e sua disseminação. O alto custo inicial, exigência de rotinas regulares, a necessidade de mão de obra qualificada e a resistência de produtores tradicionalistas são desfavoráveis à ampla divulgação da hidroponia (ALBERONI, 1997).

Com relação ao elevado custo inicial e à necessidade de mão-de-obra qualificada, Ghiraldini (2014) justifica que o sistema exige a utilização de estufas, bancadas hidropônicas e um sistema hidráulico condizente com a demanda da produtividade e, além disso, apesar desse sistema exigir menor mão-de-obra, faz-se necessário que haja qualificação com visão e assistência completa ao sistema e suas especialidades, tais como: medição do pH, condutividade e formulação da solução nutritiva entre outros.

De modo geral, as vantagens do sistema hidropônico se sobressaem, devido aos ciclos rápidos, à qualidade dos produtos (durabilidade, questões ergonômicas, menor incidência de fungos, maior produtividade, independência do solo, menor custo de operação e rápido retorno do investimento) (BEZERRA NETO; BARRETO, 2011/2012). Mas, em se tratando de espécie que

oferece mais vantagens nos aspectos listados, a alface se destaca, devido às suas peculiaridades nutritivas, econômicas e pela grande demanda de consumo.

O cultivo de alface remonta a milhares de anos na bacia do Mediterrâneo e é apreciada pelos gregos desde 500 a.C (ALBERONI, 1997). A alface, segundo a Enciclopédia Agrícola Brasileira (1995), é uma planta da família Compositae, gênero Lactuca e espécie L. sativa L., é uma hortaliça folhosa, com caule muito reduzido e não ramificado; folhas grandes, tenras, ricas em vitaminas e sais minerais, podendo ser lisas ou crespas, abertas ou fechadas, formando uma cabeça; sua coloração varia do verde-claro ao verde-escuro.

O consumo de alface tem grande representação na economia, por isso deve ser produzida com a melhor qualidade possível. Além disso, ela é composta de muitos nutrientes, sendo, em média, por folha: 94% de água; 68mg de cálcio; 25mg de fósforo; 264 mg de potássio, além de vitaminas A e C, entre outros nutrientes (ALBERONI, 1997). A média de nutrientes contidos na alface já justifica a importância de tê-la na dieta alimentar diariamente.

O cultivo de alface com uso da hidroponia tem sido destacado entre outras hortaliças, principalmente pela grande demanda que tem, pois pessoas de todos os estratos sociais em todo o mundo a consomem diariamente, além da possibilidade de maior volume de produção em menos tempo. Na Inglaterra, por exemplo, a produção de alface hidropônica chega uma antecipação de 10 dias se comparada à produção convencional e todas as espécies dessa folhosa podem ser cultivadas no sistema hidropônico (DOUGLAS, 1987).

É visível a importância do cultivo dessa hortaliça por todas as técnicas conhecidas e possíveis de serem aplicadas. O consumo em grande escala representa a aceitação desse produto por todas as classes econômicas, logo, o cultivo com a técnica da hidroponia, por exemplo, pode significar mais do que ganhos em dinheiro. Pode representar mais qualidade de vida à população e mais respeito ao meio ambiente.

Estado da Arte

A agricultura hidropônica oferece vantagens ao produtor, ao consumidor e ao meio ambiente nos aspectos econômico, qualidade de vida e saúde bem como na preservação ambiental e sustentabilidade. Mais que isso é as possibilidades de temas exploráveis nas peculiaridades dessa modalidade de produção hortícola, especialmente, das folhosas com destaque para as mais comuns variedades de alface. Pesquisadores, movidos pelo

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afã de conhecer com profundidade a hidroponia, buscam entender os diferentes resultados possíveis de se alcançar aplicando-se o processo Nutrient Film Technique (NFT). Nesta corrida, sabor, textura, cor, aceitabilidade e nível de nutrientes entre outros são pontos relevantes, tais como a produtividade em diferentes regiões e estações e, até, a viabilidade de comercialização de alface hidropônica.

Desse modo, os quesitos mais avaliados nas pesquisas abaixo relacionadas foram: fitomassa fresca e fresca, número de folhas, tamanho das folhas, aparência visual, valor calórico e teor de nitrato adequado ao consumo humano. Ademais, o sistema NFT predominante em hidroponia, devido à fácil adaptação ao sistema hidropônico, tem mostrado alto rendimento e ciclo produtivo menor quando comparado ao cultivo no solo.

Ohse et al. (2012) realizaram uma investigação com o cultivo hidropônico de agrião, chicória, rúcula e alfaces americana (cv. Lucy Brown) e lisa (cv. Regina), focando o rendimento, o teor de nitrato, bem como a composição química da hidroponia, considerando a importância de saber se esses aspectos estariam adequados ao consumo humano. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal de Santa Catarina entre maio e julho de 2004. Foi usado o sistema Nutrient Film Technique (NFT) sob delineamento casualizado com 4 repetições, com espaçamento de 25 cm x 25 cm para agrião, chicória e alface e de 5 cm x 5 cm para a rúcula. Os resultados mostraram que a alface cv. Regina e a chicória apresentaram maior número de folhas por planta; o agrião apresentou maiores teores de lipídios, proteínas, resíduo mineral, maior valor calórico, nitrato e fibras; a rúcula apresentou menores valores de fitomassa fresca e seca de toda a planta. Concluíram que todas as plantas apresentaram boa aparência, baixo valor calórico e teores de nitrato adequados ao consumo humano.

O fator clima contribui muito para o sistema hidroponico, já que é possível climatizar o ambiente interno das casas de vegetação e assegurar produção o ano inteiro, sobretudo, da alface.

Feltrim et al. (2009), avaliaram o desempenho de quatro cultivares de alface crespa no inverno e no verão, em cultivo protegido, no solo e também, no sistema hidropônico, em Jaboticabal, estado de São Paulo, entre 1999 e 2000. As cultivares selecionadas foram Marisa, Verônica, Veneza Roxa e Vera sob o delineamento de blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 2 no sistema de cultivo em solo e hidropônico, com três repetições. As cultivares Marisa, Verônica e Vera foram bem sucedidas nos dois sistemas, apresentando maior massa fresca na parte aérea.

Já a Veneza Roxa, apresentou 35 a 55% de

menor área foliar e massa da matéria fresca em relação às outras cultivares. No verão, o cultivo, em geral, apresentou redução no acúmulo da matéria fresca cerca de 40%, definindo, dessa forma, como uma época pouco favorável à produção de alface especificamente em Jaboticabal. Assim, os autores recomendam manejo exigente para a produção com qualidade competitiva durante o verão.

Em se tratando de qualidade de alface produzida no sistema hidropônico, com a técnica NFT, Furtado (2008) investigou a influência da vazão de nutrientes que mais favoreceria a aparência, o sabor, a textura, a cor e, consequentemente, a aceitabilidade sensorial entre os sistemas hidropônico, convencional e orgânico.

O delineamento estatístico foi o casualizado com três tratamentos e oito repetições. As vazões definidas para o tratamento foram as seguintes: 0,5, 1,0 e 1,5 L.min-1. O período delimitado para a experiência foi entre 14/6/06 e 12/7/06, em Cascavel, Paraná. A colheita foi realizada aos vinte e oito dias depois do transplante. Foram avaliadas as seguintes características: biomassa fresca e seca total, da parte aérea, da raiz e do caule; número de folhas totais, aproveitáveis e não aproveitáveis; diâmetro e comprimento do caule. Segundo Furtado (2008), o resultado mostrou que a vazão que mais favoreceu à produção foi a de 1,5 L.min-1 e que o teor de nitrato não foi fator diferencial ao nível de 5% de significância. As amostras, provenientes de três sistemas (hidropônico, convencional e orgânico) possibilitaram concluir que o sistema orgânico e o hidropônico apresentaram melhores médias – 7,6 e 7,5, respectivamente, aproximando-se da categoria.

Uma experiência em três ambientes diversos de cultivo de alface hidropônica possibilitou, desta vez, com a variedade Vera, utilizando-se a aplicação de CO2 e resfriamento evaporativo, mostrar resultado favorável à produção dessa variedade. Costa e Leal (2009), avaliaram a produção da variedade Vera em bancadas inclinadas com canais de 100 mm, utilizando a técnica NFT. Foram realizados cinco ciclos de cultivo entre março de 2000 a janeiro de 2001 em três casas de vegetação distintas, como segue: 1 casa de vegetação sem sistema de resfriamento evaporativo do ar e sem injeção aérea de CO2 (A1); casa de vegetação com injeção aérea de CO2 e sem sistema de resfriamento evaporativo do ar (A2); e, casa de vegetação com injeção aérea de CO2 e com sistema de resfriamento evaporativo do ar do tipo meio poroso-exaustor (A3). Foram avaliadas as massas frescas e secas, o número de folhas e a área foliar em mm2. Os autores afirmam ter obtido os seguintes resultados: o ambiente climatizado com aumento de CO2 possibilitou maior número de folhas viáveis de comercialização; nos

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ambientes não climatizados, o incremento de dióxido de carbono não proporcionou aumento de produtividade, mas, em épocas de temperatura mais altas, foi registrado maior crescimento das plantas, com mais folhas comercializáveis.

Outro estudo sobre a produção hidropônica de alface (Pira Roxa, Pira Vermelha, Locarno, Crespona gigante e Verônica) em ambientes diversos – desta vez, dois: uma casa de vegetação tradicional e outra climatizada – permitiu a Sanchez (2007) avaliar o desempenho dessas cultivares no sistema NFT entre os dias 6 de fevereiro a 7 de abril de 2006, em Ribeirão Preto, estado de São Paulo. Com delineamento em blocos casualizados, sendo cinco cultivares em três blocos, a colheita ocorreu sessenta e um dias após a semeadura. Foram avaliadas a massa fresca e seca da parte aérea, caule e as raízes, numero de folhas maiores que 10 cm e, também, o total de folhas por planta. Sanchez (2007) obteve os seguintes resultados: as cultivares Crespona gigante e Verônica mantiveram semelhanças em termo de massa fresca e seca da parte aérea, mas, apresentaram resultado superior às cv. Pira Vermelha, Pira Roxa e Locarno nos mesmos aspectos. Especificamente, as cv. Pira Roxa e Pira Vermelha mostraram maior resistência ao pendoamento, sugerindo, portanto, melhor adaptação. Assim, ficou claro que as cultivares se comportaram de formas semelhantes nos dois ambientes. Um detalhe relevante foi observado: houve maior consumo de água por parte das plantas da casa convencional, certamente em razão das elevações de temperatura e baixa umidade relativa do ar.

Uma pesquisa realizada por Potrich, Pinheiro e Schmidt (2012) em Frederico Westphalen – RS destacou o aspecto sustentável de produção de alface hidropônica, usando o sistema NFT. Os pesquisadores constataram que a população dessa cidade desconhecia a modalidade de produção de alface hidropônica, embora alguns já tivessem consumido vez ou outra. Abordando a importância do uso desse sistema para o meio ambiente e para a saúde do consumidor, os autores levantaram dados suficientes para concluírem que a produção em grande escala seria viável considerando que os entrevistados admitiram pagar até R$ 1,00 a mais pela alface hidropônica em detrimento da produzida em solo. Nesse estudo foram destacadas as vantagens para o consumidor, para o produtor e a sustentabilidade para o meio ambiente.

Mas, nem todo investimento em hidroponia assegura sucesso, pois o custo inicial pode ser consideravelmente alto e as vendas devem atender à demanda a fim de, no mínimo, nivelar a receita e o custo total. Essa questão foi explorada por Geisenhoff et al. (2009) ao estudarem a situação da administração em hidroponia no município de Lavras, em Minas Gerais entre abril e maio de 2007.

Numa visão geral, os autores observaram que a viabilidade econômica para a produção de alface crespa no sistema hidropônico era de risco de retraimento e consequentemente, saída da atividade em razão do processo de descapitalização. O quadro foi identificado como de baixa produção, baixa qualidade e baixo custo. A indicação dos pesquisadores é de que os produtores deveriam buscar meios de aumentar a produção mensal e, por conseguinte, vender mais, para alcançar um nivelamento entre receita total e custo total.

Embora a pesquisa de Potrich, Pinheiro e Schmidt (2012) e as demais anteriormente citadas tenham demonstrado possibilidade de sucesso na empreitada de investir em produção de alface hidropônica, cuidados no âmbito administrativo são indispensáveis. Para tanto, tal como a iniciativa do Sr. Carlos, da Comunidade do Jenipapo, na Bahia, o investidor precisa buscar orientações com especialistas em hidroponia.

Sustentabilidade na Agricultura

Muitos produtos podem ser reutilizados antes de passarem por um processo de reciclagem. A reutilização oferece algumas vantagens, entre as quais se destacam: maior tempo desse produto em uso e o baixo custo. Tais atitudes representam economia e preservação ambiental, porquanto ao reutilizar e reciclar, reduz-se a quantidade consumida e reduz-se o custo, consequentemente.

Ao se propor a reutilização, depara-se com uma infinidade de objetos passiveis desse processo. Materiais plásticos, de papel, de madeira etc. em muitos casos são possíveis de reutilização até mesmo para as funções primárias. Por exemplo, uma porta de um quarto que foi substituída durante uma reforma poderá ser reutilizada em outro cômodo da casa, tal como um quarto de ferramentas. Um destino de reutilização de um objeto, independente do material, em muitos casos, favorece à economia, pois a reciclagem requer consumo de energia e mais custo, consequentemente (CARLI; VENZON, 2012).

No contexto dos argumentos acima, muitas atividades econômicas podem ser realizadas aplicando-se a reutilização de recicláveis. Nas atividades comerciais, industriais, na economia doméstica e na agricultura é possível reaproveitar e desenvolver uma proposta de prática sustentável. A sustentabilidade é, portanto, uma alternativa favorável a todos os segmentos econômicos que, de resto, concorre para a preservação ambiental.

O tema sustentabilidade alcança todo e qualquer evento cujo tema seja desenvolvimento, na modernidade. E constitui caminhos alternativos “para um desenvolvimento menos predatório”,

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menos excludente e multilateral, ao que “chamamos de desenvolvimento sustentável” (WOLKMER; MELO, 2012).

Nas palavras de Charnov et al. (2012), o desenvolvimento sustentável “baseia-se na percepção de que a capacidade de carga da Terra não poderá ser ultrapassada sem que ocorram grandes catástrofes sociais e ambientais”. Contudo, os autores alertam que já há sinais claros de em muitos casos esses limites foram ultrapassados como é notável nos graves problemas ambientais tais como o aquecimento global, a destruição da camada de ozônio estratosférico, a poluição dos rios e oceanos, além de problemas sociais como a pobreza, os assentamentos urbanos mal estruturados, a violência, as epidemias globalizadas entre outros.

A sustentabilidade, portanto, tem uma larga abrangência, pois atinge os setores da preservação ambiental, saúde e segurança pública, habitação, economia e demais setores que concorrem para a dignidade humana. Isso ocorre no Brasil e em muitos outros países do Ocidente e do Oriente. E a sustentabilidade é praticável, tanto nas indústrias, quanto no comércio como também no âmbito familiar, como acontece, por exemplo, na agricultura.

O termo “sustentável” era usado nas referências ao uso da terra, dos recursos bióticos, das florestas e dos recursos pesqueiros antes de 1980. Porém, na segunda metade dessa década, passou a integrar o segmento da agricultura com a expressão “agricultura sustentável”, sendo empregada mais frequentemente e alcançando a dimensão econômica e a socioambiental (EHLERS, 2017).

Mais especificamente, em meados da década de 80, discussões sobre os impactos socioambientais da agricultura convencional somaram-se às questões ambientais, devido: “a destruição de florestas, chuva ácidas, acidentes ambientais, efeito estufa” começaram a impactar na vida social e na saúde dos consumidores que, incomodados com a situação degradante, passaram a interferir nos sistemas produtivos, buscando produtos saudáveis, cuja produção mantivesse respeito ao meio ambiente e que proporcionassem saúde a si e aos trabalhadores – foi então, que surgiu o termo “agricultura sustentável”. (ESTADO, 2011).

A agricultura sustentável enfoca a produção agrícola obtida através do emprego dos mais recentes conhecimentos científicos e prática de manejo, pelo ângulo de mínima agressão ao ambiente em que é conduzida, procurando conservar os recursos naturais envolvidos para as gerações futuras, sem perder em competitividade e considerando aspectos socioeconômicos e

culturais relativos ao homem (REICHARDT et al., 2009, apud REICHARDT; TIMM, 2016).

Desse modo, a sustentabilidade, no âmbito da agricultura sugere o uso consciente de técnicas que, sem agredir o solo e, ao mesmo tempo, valorizando os aspectos sociais, econômicos e culturais, possibilite rentabilidade e preservação ambiental para as gerações seguintes.

Nesse sentido, existem alguns critérios comuns à agricultura sustentável. E estes são: manutenção dos recursos naturais e da produtividade agrícola em longo prazo; menores impactos ao meio ambiente; retorno adequado aos produtores; melhor aproveitamento das produções com o mínimo de uso de aditivos químicos; satisfação da demanda de alimentos aos humanos; e viabilidade de atendimento das necessidades socioeconômicas das famílias produtoras (EHLERS, 2017). Esses critérios norteiam os produtores rurais que adotam a política de desenvolvimento sustentável, à medida que fazem o uso mínimo de insumos não produzidos in loco.

Esta abordagem faz uso da técnica de barreiras laterais e centrais de proteção, que ajudam a manter a fertilidade e vitalidade do solo. Isso diminui o trabalho e o custo da produção, visto que dispensa o uso de inseticidas.

Outro método que serva a produção de alface hidropônica é o uso de potes de sorvete e copos descartáveis de 300 ml. Para tanto, as tampas dos potes são vazadas com tamanho suficiente para caber o fundo do copo com sementes e o pote de sorvete contendo solução nutritiva, sendo, portanto, um conjunto copo/pote para cada pé de alface. Os potes são revestidos com papel alumínio para evitar a volatilização dos elementos nutritivos da solução aquosa. (Figura 1).

Figura 1: Copos descartáveis em potes de sorvete preparados para acondicionar sementes, mudas e

solução nutritiva. Fonte: Do pesquisador (2017).

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As variáveis clima, custo unitário, modos de nutrição, tempo de germinação e crescimento devem ser analisadas no viés, custo – beneficio.

Fica claro, aliás, que a prática agrícola sustentável não descarta o uso das tecnologias modernas, como pode-se notar: “não estamos falando de voltar a usar métodos e técnicas rudimentares ou aqueles praticados antes das revoluções agrícolas. A ideia é desfazer o pensamento de que agricultura e meio ambiente são mutuamente exclusivos”. (ESTADO, 2011, online).

Em suma, a demanda atual é por produção agrícola com qualidade e em quantidade suficiente para a demanda, enquanto, concomitantemente, se evita a degradação do solo e dos recursos hídricos, conservando a biodiversidade com a abstenção de uso indiscriminado de adubos químicos e agrotóxicos. Essa proposta é bastante viável na produção de alface hidropônica onde, pode-se, por exemplo, além do uso do sistema hidropônico com a técnica NFT, utilizar, em primeira mão – ou reutilizar – copos plásticos descartáveis para cultivo das sementes.

Materiais e Métodos

A metodologia para obtenção dos resultados dessa proposta de pesquisa foi, inicialmente, exploratória, pois foi realizada uma revisão bibliográfica, com resumos de experiências bem sucedidas de produção hidropônica, bem como de viabilidade de execução de projeto para produção de horta hidropônica, considerando os aspectos econômicos e de capitalização.

Resultados e Discussão

Este estudo teve como propósito analisar a viabilidade da produção hidropônica, o qual revelou que a produção de alface hidropônica para fins comerciais é adequada. Para tanto, utilizando-se da experiência de projetos que utilizam recipientes descartáveis, levantou-se dados numéricos relacionados ao custo unitário e, avaliou-se o rendimento desta produção sob os aspectos econômicos, climáticos e estruturais.

Os dados relativos ao custo unitário de alface no Distrito Federal, objeto do referido projeto, mostraram que é estimável um investimento de R$ 62.607,18 para 30.000 plantas e para o custo de produção é de R$ 8.419,64. Isso equivale a R$ 0,28/planta, para uma produção mensal de 30.000 plantas. Resulta daí um lucro líquido de R$ 0,17/planta, o que equivalente a um lucro líquido mensal de 5.100,00. O tempo previsível para amortização do investimento é de cerca de 13 meses.

A pesquisa de viabilidade de implementação de um projeto de produção hidropônica configura uma etapa relevante devido aos riscos a que o produtor corre. De acordo com Geisenhoff et al. (2009), a produção deve obedecer a critérios de qualidade do produto, custo suficiente cobrir o nivelamento entre receita total e custo total. Além disso, a experiência do Sr. Carlos, São Felipe, na Bahia (POTRICH, PINHEIRO E SCHMIDT, 2012), mostra que o conhecimento das técnicas hidropônicas faz diferença nos aspectos acima mencionados.

Uma das vantagens deste projeto é a utilização de utensílios baratos e descartáveis como os copos descartáveis e as embalagens de sorvetes que podem ser reutilizados para esta proposta de produção.

Nesse sentido, Carli e Venzon (2012) consideram a reutilização mais favorável à sustentabilidade e preservação ambiental do que a reciclagem porquanto aquela dispensa consumo de energia elétrica como nos processos de reciclagem.

Os processos de nutrição da alface representam outro ponto relevante para a produção hidropônica. A formulação da solução nutritiva integra os cuidados especiais da assistência ao sistema de produção hidropônica, tais como a utilização de estufas, bancadas e sistema hidráulico que permita irrigação sistemática para uma produção satisfatória (GHIRALDINI, 2014).

Ponderando-se os aspectos econômicos, climáticos e estruturais, importante considerar que o clima do Distrito Federal varia durante o ano, sendo assim, as técnicas de climatização do tipo casa de vegetação, asseguram, de certo modo, a qualidade da produção. Nesse seguimento, Feltrim et al. (2009) concluíram que é possível produzir com qualidade e quantidade satisfatórias durante todo o ano, dependendo da região, pois se faz necessário técnicas adequadas para as diferentes variações climáticas.

Outro fator relevante está para o uso de dióxido de carbono com sistema de resfriamento evaporativo com e sem injeção aérea, o qual permite controlar a variação climática, alcançando uma produção satisfatória em quantidade e em qualidade das folhas.

Nota-se, portanto, que a produção de alface hidropônica pode ser bastante promissora quando se avalia a possibilidade de produção em quantidade e qualidade suficiente para determinada demanda. Mais que isso, é possível adaptar o ambiente, os insumos e locais de produção sem terra.

A busca por alternativas que evitem o uso da terra precisa ser considerada nas técnicas agronômicas com maior ênfase. Logo, é de grande

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importância enfatizar que o uso de copos descartáveis e potes de sorvete, tanto viabiliza a produção sustentável, quanto a mobilidade das mudas, se assim for preciso.

Conclusão

Este trabalho possibilitou analisar a viabilidade da produção de alface hidropônica para fins comerciais, utilizando-se recipientes descartáveis do tipo copos de 300 ml e potes de sorvetes. A proposta visou a reutilização dos potes, porquanto reutilizar favorece mais à questão do desenvolvimento sustentável do que a reciclagem, pois esta requer consumo de energia e outros gastos tais como transporte entre outros.

Embora a margem de lucro unitária não aparente grandes vantagens (0,17 centavos de real), a volume de vendas diárias, permite um lucro mensal acima de cinco mil Reais.

Em relação a nutrição mineral, é importante considerar que esse processo serve para proporcionar o crescimento da planta com menor tempo de maturidade e quantidade de folhas esperada com mais cor, sabor e boa aparência.

Outro ponto merecedor de atenção, sem o

qual a proposta se tornaria inviável de execução é sobre os aspectos econômicos, climáticos e estruturais da hidroponia na produção de alface. A estrutura exige sistema NFT, com irrigação periódica, nutrição balanceada e clima regulado. Isso faz diferença no resultado da produção, tanto que, se o proprietário não tiver conhecimento técnico para tal, aconselha-se buscar orientação com especialistas, a fim de assegurar um empreendimento lucrativo e com característica sustentável.

O tema em questão tem potencial para despertar interesse de empreendedores e estudantes de biologia e de agronomia, tanto a nível técnico quanto superior. Para a população, o principal benefício é ter a informação de poder consumir um produto de qualidade com menor risco de intoxicação, inseridos numa política de desenvolvimento sustentável, pois ao evitar-se a plantação no solo, previnem-se doenças ao vegetal, bem como a contaminação da terra.

Por fim, a associação de uma técnica tão promissora quanto é a hidroponia com a sustentabilidade ambiental, a partir da reutilização de descartáveis, sugere-se novos estudos combinando-se a aplicação da prática com a teoria.

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