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Produção científica sobre disclousure ambiental: um levantamento a partir de artigos publicados em periódicos nacionais no período de 2005 a 2015 Manzi, S.M.S.; Pimentel, M.S. Custos e @gronegócio on line - v. 12, Edição Especial Dezembro - 2016. ISSN 1808-2882 www.custoseagronegocioonline.com.br 170 Produção científica sobre disclousure ambiental: um levantamento a partir de artigos publicados em periódicos nacionais no período de 2005 a 2015 Recebimento dos originais: 17/05/2016 Aceitação para publicação: 14/12/2016 Suely Maria Silva Manzi Mestranda em Controladoria pela UFRPE Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco. Endereço: R. Dom Manoel de Medeiros, s/n. Bairro: Dois Irmãos. Recife/PE. CEP: 52171-900. E-mail: [email protected] Márcio Sampaio Pimentel Doutor em Agronomia pela UFRRJ Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco Endereço: R. Dom Manoel de Medeiros, s/n. Bairro: Dois Irmãos. Recife/PE. CEP: 52171-900. E-mail: [email protected] Resumo O objetivo do artigo é apresentar uma revisão da literatura nacional sobre disclosure ambiental. A pesquisa foi realizada a partir de uma amostra de 12 periódicos de Contabilidade, publicados em Língua Portuguesa e disponibilizados no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), compreendendo o período de 2005 a 2015. A pesquisa classifica-se como exploratório-descritiva. Também, se enquadra como pesquisa bibliométrica. Quanto à abordagem do problema a pesquisa classifica-se como quantitativa e qualitativa. Os resultados das análises dos 60 artigos selecionados apontam que no ano de 2013 houve o maior número de publicações - 11 artigos - e o periódico que mais publicou trabalhos sobre disclosure ambiental no período analisado foi a Revista Ambiente Contábil com 14 trabalhos, equivalente a 23,3%. Quanto às autorias dos artigos analisados, observou-se que a grande maioria possui quatro autores, totalizando 20 artigos, ou seja, 33% do total. Nos procedimentos metodológicos, quanto aos objetivos observou-se que 18 (30,0%) dos 60 artigos analisados apresentaram o caráter descritivo. Nas análises de pesquisa utilizadas nas publicações, 19 (32,0%) utilizaram análise de conteúdo, e na abordagem do problema, 11 (18,0) dos artigos tiveram abordagem qualitativa. Palavras-chave: Disclosure ambiental. Revisão da literatura. Bibliometria. 1. Introdução Com a industrialização, no século XVIII, a questão ambiental passou a ser constatada como fator significativo para a qualidade de vida das pessoas visto que, com o avanço tecnológico, as indústrias produziram muitos produtos, em um curto período de tempo absorvendo, dessa maneira, grande quantidade de recursos humanos e naturais. A abundância

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Produção científica sobre disclousure ambiental: um levantamento a partir de artigos publicados em

periódicos nacionais no período de 2005 a 2015

Manzi, S.M.S.; Pimentel, M.S.

Custos e @gronegócio on line - v. 12, Edição Especial – Dezembro - 2016. ISSN 1808-2882

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Produção científica sobre disclousure ambiental: um levantamento a partir

de artigos publicados em periódicos nacionais no período de 2005 a 2015

Recebimento dos originais: 17/05/2016

Aceitação para publicação: 14/12/2016

Suely Maria Silva Manzi

Mestranda em Controladoria pela UFRPE

Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Endereço: R. Dom Manoel de Medeiros, s/n. Bairro: Dois Irmãos. Recife/PE.

CEP: 52171-900.

E-mail: [email protected]

Márcio Sampaio Pimentel

Doutor em Agronomia pela UFRRJ

Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco

Endereço: R. Dom Manoel de Medeiros, s/n. Bairro: Dois Irmãos. Recife/PE.

CEP: 52171-900.

E-mail: [email protected]

Resumo

O objetivo do artigo é apresentar uma revisão da literatura nacional sobre disclosure

ambiental. A pesquisa foi realizada a partir de uma amostra de 12 periódicos de

Contabilidade, publicados em Língua Portuguesa e disponibilizados no Portal de Periódicos

da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), compreendendo

o período de 2005 a 2015. A pesquisa classifica-se como exploratório-descritiva. Também, se

enquadra como pesquisa bibliométrica. Quanto à abordagem do problema a pesquisa

classifica-se como quantitativa e qualitativa. Os resultados das análises dos 60 artigos

selecionados apontam que no ano de 2013 houve o maior número de publicações - 11 artigos -

e o periódico que mais publicou trabalhos sobre disclosure ambiental no período analisado foi

a Revista Ambiente Contábil com 14 trabalhos, equivalente a 23,3%. Quanto às autorias dos

artigos analisados, observou-se que a grande maioria possui quatro autores, totalizando 20

artigos, ou seja, 33% do total. Nos procedimentos metodológicos, quanto aos objetivos

observou-se que 18 (30,0%) dos 60 artigos analisados apresentaram o caráter descritivo. Nas

análises de pesquisa utilizadas nas publicações, 19 (32,0%) utilizaram análise de conteúdo, e

na abordagem do problema, 11 (18,0) dos artigos tiveram abordagem qualitativa.

Palavras-chave: Disclosure ambiental. Revisão da literatura. Bibliometria.

1. Introdução

Com a industrialização, no século XVIII, a questão ambiental passou a ser constatada

como fator significativo para a qualidade de vida das pessoas visto que, com o avanço

tecnológico, as indústrias produziram muitos produtos, em um curto período de tempo

absorvendo, dessa maneira, grande quantidade de recursos humanos e naturais. A abundância

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era enorme e os empresários da época faziam uso ilimitado dos recursos naturais como

matéria-prima a um custo irrelevante. As empresas lançavam seus dejetos no meio ambiente

sem a preocupação com qualquer tipo de tratamento, justificando a total ausência de

consciência ambiental. (COSTA; MARION, 2007).

A preocupação com o meio ambiente já é tema de debate desde o século XIX.

Todavia, apenas em 1972, quando aconteceu a Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente,

em Estocolmo, é que os países e a sociedade de uma forma geral acordaram para a questão

ambiental a nível mundial. (QUINTANA et al., 2014).

Em junho de 1992, durante a Conferência da ONU para o Meio Ambiente e o

Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92, com a participação de 178 países, foi

aprovado um documento chamado de Agenda 21. Ferreira (2009, p. 14) assinala que “a

Agenda 21 trata da necessidade de que países e organismos internacionais desenvolvam um

sistema de contabilidade que integre as questões sociais, ambientais e econômicas”. Assim,

fica explicada a ligação da contabilidade, da esfera ambiental, com as empresas.

(QUINTANA et al., 2014).

O século XX foi marcado por um avanço científico e tecnológico sem precedentes na

história da humanidade, porém, ao mesmo tempo, foi assinalado por horríveis acontecimentos

que deixaram marcas profundas no meio ambiente. (SPAREMBERGUER; SILVA, 2005).

Com o passar dos tempos, os efeitos dessas agressões vieram à tona em forma de poluição do

ar, contaminação dos solos e rios, dentre outros. Os desastres ambientais são os principais

riscos que a sociedade moderna enfrenta, visto que podem afetar diretamente as atividades da

empresa como também a natureza e a saúde humana. (FERNANDES, 2013a). Assim, a

sociedade começou a solicitar das empresas maior responsabilidade ambiental.

A preocupação do inconsciente coletivo com a preservação ambiental tem se tornado

matéria que merece atenção especial por parte da classe executiva. A disseminação de

campanhas de conscientização e a disseminação de atitudes pró meio ambiente farão surgir

um nicho de consumidores mais exigentes e atentos quanto às questões ambientais e ao

comportamento das empresas nesse sentido. (KRAEMER, 2001).

A adequação das empresas às questões ambientais solicitadas pelos distintos

segmentos sociais, dentre eles fornecedores, clientes, parceiros empresariais e sociedade, tem

ocasionado reações na gestão e igualmente no modo como anunciam sua relação com o meio

ambiente. (ROVER et al., 2012).

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Atualmente, é grande a preocupação das empresas com relação ao meio ambiente,

visto que suas imagens podem ser prejudicadas perante seus consumidores e perder valor no

mercado, como também, ser penalizadas caso cometam alguma infração ambiental. (COSTA;

MARION, 2007).

Apesar de não existir nenhuma norma ou lei específica que force as empresas a

evidenciar informações ambientais em seus relatórios anuais, muitas delas o fazem

voluntariamente. (MURCIA et al., 2010). Porém, a divulgação dessas informações pode

acarretar resultados opostos. De um lado, a divulgação dessas informações leva a custos

suplementares e, às vezes, por essas informações tornarem-se públicas podem ser utilizadas

pelos concorrentes. (SOLOMON; SOLOMON, 2006). Por outro lado, a divulgação dessas

informações pode proporcionar benefícios à empresa, ou seja, “a criação de uma imagem

ambientalmente correta, atração de investidores socialmente responsáveis [...]”. (MURCIA et

al., 2010).

A pesquisa realizada por Murcia et al. (2010) sobre disclosure ambiental internacional

entre os anos de 1997 a 2007 constatou que a maioria das pesquisas foi realizada no Reino

Unido, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. E, nos periódicos internacionais

analisados, não foram encontradas pesquisas realizadas no Brasil.

Apesar de bastante disseminado no cenário internacional, pode-se afirmar que o tema

disclosure ambiental ainda é embrionário no cenário brasileiro (MURCIA et al., 2010).

O objetivo desta pesquisa é apresentar uma revisão da literatura nacional sobre o tema

disclosure ambiental. A justificativa para realização do trabalho é o de conhecer o atual estado

da arte sobre o referido tema nos periódicos nacionais, haja vista ser embrionária a produção

científica brasileira sobre disclosure ambiental, como exposto anteriormente.

Tal pesquisa coopera para que os pesquisadores possam conhecer um pouco mais

sobre a representação das publicações sobre disclosure ambiental, além do mais aferir os

periódicos com maior quantidade de publicações, o perfil metodológico e a relação de autoria

e coautoria.

O artigo está organizado em cinco seções, iniciada com esta introdução. Em seguida, a

fundamentação teórica com os tópicos disclosure ambiental e bibliometria. Na sequência, os

procedimentos metodológicos e coleta dos dados. Seguidamente, a análise e discussão dos

dados e considerações finais.

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2. Fundamentação Teórica

2.1. Disclosure ambiental

Enormes incidentes ambientais tiveram início nos anos 70, como os desgastes dos

recursos naturais, os altos graus de poluição das metrópoles, resíduos e conferências

ambientais realizadas. Essas foram algumas das causas que levaram as empresas a

preocuparem-se com as questões ambientais. Assim, iniciaram a adoção pela gestão ambiental

levando a divulgação de seus investimentos com relação aos aspectos ambientais à sociedade.

(FERNANDES, 2013b).

Nesse contexto, destaca-se o disclosure que é a evidenciação de forma macro de

informações socioeconômicas, sustentáveis de maneira ética, ajustada, relevante, cabível e

eficaz aos seus acionistas e stakeholders interessados, deixando-os fiscalizar as empresas com

maior precaução (GREAT BRITAIN, 1992; JOSE; LEE, 2007; SOLOMON; SOLOMON,

2006; SUN et al., 2010).

Na óptica de Fernandes (2013a) o disclosure se refere à divulgação das informações

indispensáveis para avaliar o desempenho da empresa. Essa divulgação deve ser feita de

forma útil, oportuna e clara.

O estudo de Pereira e Silva (2015) pontua que “a evidenciação (disclosure) é a

transmissão clara, fidedigna e com qualidade das informações que expressem a situação

econômico-financeira da empresa, de forma compreensível para o interessado”. Segundo

Gibbins, Richardson e Waterhouse (1990, p. 122):

o disclosure pode ser definido como a divulgação de informações contábeis quantitativas (expressa

através de números) ou qualitativas (expressa através de sentenças) comunicada pela empresa pelos canais

formais (Ex: demonstrações contábeis) ou informais (site da empresa), que tem como objetivo fornecer

informações úteis aos usuários.

No entanto, Niyama e Gomes (1996, p. 65) afirmam que:

Disclosure [...] diz respeito à qualidade das informações de caráter financeiro e econômico, sobre as

operações, recursos e obrigações de uma entidade, que sejam úteis aos usuários das demonstrações contábeis,

entendidas como sendo aquelas que de alguma forma influenciem na tomada de decisões, envolvendo a entidade

e o acompanhamento da evolução patrimonial, possibilitando o conhecimento das ações passadas e a realização

de inferências em relação aofuturo.

A julgar por todas essas definições, Iudícibus (2000, p.121) mostra uma síntese do

papel da evidenciação, ao assegurar que:

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[...] é um compromisso inalienável da Contabilidade com seus usuários e com os próprios objetivos. As

formas de evidenciação podem variar, mas a essência é sempre a mesma: apresentar informação quantitativa e

qualitativa de maneira ordenada, deixando o menos possível para ficar de fora dos demonstrativos formais, a fim

de propiciar uma base adequada de informação para o usuário.

A contabilidade contém vários modelos de evidências, dentre eles se destacam: as

demonstrações contábeis propriamente ditas; as informações entre parênteses; as notas

explicativas (ou de rodapé); o parecer de auditoria; e o relatório da administração. Contudo, o

modelo mais conhecido de evidenciação são as Notas Explicativas, que consiste em

evidenciar as informações que não podem ser apresentadas no corpo das demonstrações

contábeis, porque a sua inclusão só prejudicaria a clareza desses demonstrativos. (PEREIRA;

SILVA, [200?].

Nesse contexto, existem três tipos de disclosure, a citar: o disclosure voluntário, o

disclosure involuntário e o disclosure obrigatório.

O disclosure voluntário diz respeito à evidenciação espontânea, isto é, sem legislação a

cumprir. (DISTADIO; FERNANDES; YAMAMOTO, 2009). O disclosure involuntário

refere-se à evidenciação sem permissão da empresa ou contra a sua vontade. (SKILLIUS;

WENNBERG, 1998). Por sua vez, o disclosure obrigatório trata-se da evidenciação imposta

por legislação, como também pelos órgãos reguladores. (DISTADIO; FERNANDES;

YAMAMOTO, 2009).

Acredita-se que, com o International Financial Reporting Standards (IFRS), as

informações ambientais sejam divulgadas com mais clareza e precisão pelas empresas

brasileiras, em razão de que a omissão da divulgação ambiental acarreta desvantagem

competitiva. (MIRANDA; MALAQUIAS, 2013).

Destarte, almeja-se que as empresas incrementem o nível de divulgação visando

assegurar a sua confiabilidade e, portanto, a captação de investidores. (FERNANDES, 2013a).

Observa-se que, a partir da década de 90, o olhar dos empresários se voltou de maneira

crescente para os investimentos nas questões ambientais, impulsionando a aplicação do

disclosure ambiental voluntário nos relatórios financeiros e nas homepage, como também pela

divulgação no Global Reporting Initiative (GRI) e no Instituto Brasileiro de Análises Sociais

e Econômicas (IBASE), ambos relatórios ambientais específicos (NOSSA, 2002).

Nesse mesmo raciocínio, algumas empresas nacionais estão seguindo as indicações

das agências especializadas em relatórios de sustentabilidade, visando ampliar a credibilidade

da transparência das informações ambientais (MUSSOI; BELLEN, 2010), como as diretrizes

da GRI.

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As diversas cobranças dos clientes, investidores, Governo, e a sociedade em geral têm

levado o setor privado a assumir a autoria pelos danos de seu desempenho na sociedade.

Assim, as empresas são convidadas a divulgarem sua responsabilidade social a um público

mais abrangente do que os credores e acionistas. (HACKSTON; MILNE, 1996).

Ressalta-se que modelos de relatórios sustentáveis são apresentados pelo GRI, desde

2000, os quais se tornaram padrão internacional (SILVA; REIS; AMÂNCIO, 2011).

Posteriormente, houve uma melhora nos relatórios de sustentabilidade, no que diz respeito à

aplicabilidade, à qualidade e ao rigor. (GASPARINO; RIBEIRO, 2007).

Verifica-se que a maior parte dos estudos concernentes ao disclosure ambiental e a

contabilidade ambiental estão centralizados nos países como Estados Unidos e Reino Unido,

que possuem um mercado financeiro desenvolvido. Mais tarde, começam a aparecer estudos

no Canadá, Malásia, Singapura, Alemanha, Nova Zelândia e Japão. (HACKSTON; MILNE,

1996).

O tema disclosure ambiental no âmbito internacional é bastante difundido, porém no

âmbito nacional ainda é incipiente. Dentre as pesquisas sobre disclosure ambiental no

contexto das empresas brasileiras merece destaque os trabalhos de Nossa (2002), Ribeiro e

Gasparino (2006) e Costa e Marion (2007), que investigaram o disclosure ambiental no setor

de papel e celulose; Borba, Rover e Murcia (2006), pesquisaram sobre a divulgação das

informações ambientais das empresas brasileiras com ações listadas na New York Stock

Exchange (NYSE) e, Cunha e Ribeiro (2006) que pesquisaram as causas que motivaram a

publicação do balanço social no Brasil. (MURCIA et al., 2010).

2.2. Bibliometria

O termo Bibliometria foi criado em 1934 por Paul Otlet, no Traité de Documentation,

onde assinou a palavra bibliometrics, escrito em português como bibliometria (FONSECA,

1973; VANTI, 2002). “Sendo antes esta ciência conhecida como bibliografia estatística,

termo cunhado por E. Wyndham Hulme em 1923”. (FERREIRA, 2010).

Todavia, o termo bibliometria consolida-se no mundo acadêmico, apenas em meados

de 1969, após a publicação Statistical Bibliography or Bibliornetrics? do inglês Alan

Pritchard. (VANTI, 2002, p. 153).

A Bibliometria, inicialmente, apoiada pela Biblioteconomia e Ciência da Informação,

nos dias atuais, torna-se mira dos mais diversos campos do conhecimento

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(URBIZAGÁSTEGUI ALVARADO, 2006), em virtude da procura seguida dos

pesquisadores pelo estado da arte da produção científica. (ARAÚJO, 2006).

Ainda, de acordo com Araújo (2006), os estudos bibliométricos, a princípio, eram

direcionados à medida de livros (quantidade de edições e exemplares, assim como da

quantidade de palavras contidas nos livros, etc). Posteriormente, o estudo foi se estendendo

para outros tipos de configurações da produção bibliográfica, como artigos de periódicos, etc,

para depois voltar-se para a produtividade de autores e do estudo de citações.

A bibliometria possui três leis básicas, a citar: a Lei de Bradford (produtividade de

periódicos), a Lei de Lotka (produtividades de autores) e, a Lei de Zipf (freqüência de

ocorrência de palavras). (FIGURA 1).

A Lei de Bradford, também conhecida como Lei da Dispersão, possui como escopo a

medição da produtividade de periódicos em determinada área de conhecimento, já a Lei Lokta

identifica os principais pesquisadores de uma determinada área de conhecimento e a Lei de

Zipf conhecida como a lei do menor esforço (GUEDES; BORSCHIVER, 2005) incide na

frequência de palavras nos textos.

Figura 1: Principais leis da Bibliometria

Fonte: Guedes e Borschiver (2005)

Existem várias maneiras de analisar o conhecimento científico e de medir o fluxo de

informação (VANTI, 2002). Dentre elas, ressaltam-se a bibliometria, a cienciometria, a

informetria e a webometria. Conforme Spinak (1996), a bibliometria é o estudo dos enfoques

quantitativos da produção, difusão e uso da informação, gravada com uso de métodos

matemáticos e estatísticos.

Sob este cenário, Araújo (2006, p. 12) entende por bibliometria “técnica quantitativa e

estatística de medição dos índices de produção e disseminação do conhecimento científico”.

Contudo, na óptica de Guedes e Borschiver (2005) a bibliometria é um conjunto de leis e

princípios empíricos que colaboram para os fundamentos teóricos da Ciência da Informação.

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No olhar de Rosa et al. (2010), os estudos bibliométricos e sociométricos concedem o

entendimento mais amplo do desenvolvimento da pesquisa em determinada área do

conhecimento, bem como o sustentáculo para alavancar ou consolidar o conhecimento

produzido.

Face ao exposto, esta investigação acadêmica foi desenvolvida por meio da

bibliometria, um valioso instrumento para a investigação de estudos científicos, assim como

para a apreciação da disseminação da informação.

A bibliometria é, incontestavelmente, um instrumento indispensável para o

conhecimento de determinadas comunidades científicas, reconhece comportamentos, como

também a qualidade das publicações. (FERREIRA, 2010).

Mais recentemente, Parente et al. (2013) pontuam que a bibliometria poderá ocorrer

através da pesquisa bibliográfica e/ou documental. Nesse mesmo raciocínio, Gil (2008) afirma

que este modelo de comportamento tem como cenário o pensamento de traçar sua evolução

sobre material bibliográfico já preparado, como livros e artigos científicos.

Qualquer estudo apresentado gera conhecimento e como tal deve ser colocado à

disposição dos leitores (TEIXEIRA; RIBEIRO, 2014). Com a grande quantidade de

publicações presentes no nosso cotidiano, alguns instrumentos podem ser proficientes no

julgamento da produção e comunicação científica e, conforme Vanti (2002), a bibliometria

distingue-se dentre essas técnicas de avaliação do conhecimento.

A bibliometria, como técnica de investigação e instrumento de uso na ciência, é o

agente auxiliar no estado da arte e no aperfeiçoamento de carência do meio (FERREIRA,

2010). A atribuição aos periódicos como fonte útil no processo de comunicação, associado

aos propósitos da bibliometria, torna-se relevante na apuração do delineamento sobre o tema

(ANZILAGO et al., 2015) disclosure ambiental.

3. METODOLOGIA

3.1. Procedimentos metodológicos

A pesquisa foi considerada, segundo seu objetivo, como exploratório-descritiva. Com

relação à pesquisa exploratória Gil (2008) afirma que é usada quando não se conhece muito

sobre o assunto e, quanto à pesquisa descritiva Lopes et al. (2010) aduz ser uma pesquisa que

estuda uma determinada população, descrevendo suas características, estabelecendo variáveis

entre si, a partir de seus objetivos.

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No tocante à abordagem do problema, identifica-se como quantitativa, no intuito de

apontar dados objetivos. Mas, Silva e Menezes (2001, p. 20) “considera que há uma relação

dinâmica entre o mundo real e o sujeito”. Dessa forma, a utilização de uma abordagem mista

admite na análise questões objetivas (quantitativas), bem como questões subjetivas

(qualitativas) da produção científica do tema disclosure ambiental.

Este estudo ainda se enquadra como pesquisa bibliométrica, que se destina a analisar e

quantificar a produção científica do assunto-tema que se pretende pesquisar. (COOPER;

LINDSAY, 1998). E, segundo Kobashi e Santos (2008, p. 109), a pesquisa bibliométrica se

fundamenta na descrição e na quantificação de uma temática, no caso, disclosure ambiental.

3.2. Coleta dos dados

O Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES) é uma biblioteca virtual que oferece a informação científica para a

comunidade acadêmica brasileira. Reúne e disponibiliza o melhor da produção científica

nacional e internacional aos professores, pesquisadores, funcionários e alunos de graduação e

pós-graduação das 400 instituições participantes. Essas instituições foram escolhidas levando-

se em conta a missão da Capes de incrementar o nível da qualidade do ensino superior através

do fomento à pós-graduação.

Dessa maneira, podem acessar gratuitamente o Portal de Periódicos as instituições

que se enquadram em um dos seguintes critérios:

- Instituições federais de ensino superior;

- Instituições de pesquisa, com programa de pós-graduação, que tenha sido avaliado

pela CAPES;

- Instituições públicas de ensino superiores estaduais e municipais, programa de pós-

graduação, que tenha sido avaliado pela CAPES;

- Instituições privadas de ensino superior, com doutorado, que tenha sido avaliado

pela CAPES;

- Instituições com programas de pós-graduação recomendados pela CAPES, e que

seguem as normas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), acessam parcialmente o

conteúdo assinado pelo Portal de Periódicos. (CAPES, 2015).

Para investigar a produção científica de um recorte longitudinal em um período de 10

anos (2005-2015), sobre disclosure ambiental, foram escolhidos os periódicos que

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contivessem em seu título o termo "contabilidade" ou "contábil". Estes termos foram

selecionados para não haver possibilidade de serem selecionados trabalhos que estivessem

fora do escopo das pesquisas em Ciências Contábeis.

A pesquisa foi realizada no Portal da CAPES através da busca avançada, colocando

no título os termos Contabilidade ou Contábile na área do conhecimento, Ciências Sociais

Aplicadas. Foram selecionados 12 periódicos brasileiros, categorizados no Qualis entre A2 e

B5, conforme relação demonstrada no Quadro 1.

Quadro 1: Relação dos Periódicos

Revistas Classificação Qualis Período

Revista Contabilidade & Finanças A2 2005 a 2015

Revista de Contabilidade e Organizações B1 2007 a 2015

Revista Contemporânea de Contabilidade B1 2005 a 2015

Revista Universo Contábil B1 2005 a 2015

ConTexto : Revista do Núcleo de Estudos e

Pesquisas em Contabilidade B3 2005 a 2015

Revista Ambiente Contábil B3 2009 a 2015

Revista Catarinense da Ciência Contábil B3 2005 a 2015

Sociedade, Contabilidade e Gestão B3 2005 a 2015

Contabilidade, Gestão e Governança

Pensar Contábil

B4

B4

2005 a 2015

2005 a 2015

Revista de Contabilidade do Mestrado em

Ciências Contábeis da UERJ B5 2005 a 2015

Revista de Informação Contábil B5 2007 a 2015

Fonte: CAPES (2015).

Uma vez definidos os periódicos, o próximo passo consistiu na seleção dos artigos a

serem analisados. Essa seleção foi realizada por aqueles que ordenavam o termo “disclosure

ambiental” presentes no título, resumo ou nas palavras-chave, não necessariamente de forma

simultânea.

Os artigos recuperados na busca que trouxeram a expressão “evidenciação ambiental”

foram considerados na presente pesquisa, visto que o disclosure é a evidenciação de forma

macro de informações socioeconômicas, sustentáveis de maneira ética, ajustada, relevante,

cabível e eficaz aos seus acionistas e stakeholders interessados, deixando-os fiscalizar as

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empresas com maior precaução (GREAT BRITAIN, 1992; JOSE; LEE, 2007; SOLOMON;

SOLOMON, 2006; SUN et al., 2010).

Desse modo, ressalta-se que, para o presente trabalho, os termos ‘evidenciação’ e

‘disclosure’ significam tornar algo evidente, público (no caso, as informações contábeis), e

serão tratados como sinônimos.

Definiu-se, também, que seriam apenas selecionados os artigos publicados nos últimos

10 anos, isto é, entre 2005 e 2015, embora nem todos os periódicos tenham esse período de

produção, como mostra o Quadro 1.

Após a coleta dos 60 artigos submetidos à sistemática supramencionada, realizou-se a

leitura de cada um dos artigos para identificação das seguintes variáveis: a) Número de artigos

analisados por periódico e ano; b) Número de autores por artigo e; c) Tendência metodológica

por artigo.

O levantamento e análise dos dados procederam-se no mês de novembro e dezembro

de 2015, aplicando-se como ferramenta auxiliar o Software Microsoft® Excel 2007, obtendo-

se os percentuais inerentes a cada um dos aspectos pontuados. Dessa forma, foi possível

estruturar tabelas com vistas a facilitar a compreensão das informações.

Os resultados serão apresentados a partir da adaptação dos procedimentos

metodológicos adotado por Domenico, Cordeiro e Cunha (2012) e Quintana et al. (2014).

4. Análise e Discussão dos Dados

A presente seção propõe-se a analisar as características da literatura nacional de

disclosure ambiental, em 60 artigos, no período 2005-2015, pautada nas seguintes variáveis:

a) Número de artigos analisados por periódico e ano; b) Número de autores por artigo e; c)

Aspectos metodológicos adotados nos artigos.

A Tabela 1 apresenta o número de artigos analisados por periódico e ano de publicação

no período de 2005 a 2015.

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Tabela 1: Número de artigos analisados por periódico e ano

PERIÓDICOS

ANOS TOTAL

POR

PERIÓDICO % 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Contabilidade Gestão e

Governança - 1 1 1,6

Contexto - 1 1 1 3 5,0

Pensar Contábil - 2 1 3 2 1 1 10 16,7

Revista Ambiente

Contábil - 1 3 4 3 3 14 23,3

Revista Catarinense de

Ciência Contábil - 1 1 1,6

Revista Contabilidade &

Finanças - 1 1 1 3 5,0

Revista Contemporânea

de Contabilidade - 1 1 1 1 1 1 1 7 11,7

Revista de Contabilidade

do Mestrado em Ciências

Contábeis da UERJ - 1 1 1,6

Revista de Contabilidade

e Organizações - 1 3 4 8 13,3

Revista de Informação

Contábil - 1 1 2 3,3

Revista Universo

Contábil - 1 1 1 3 3 9 15,3

Sociedade, Contabilidade

e Gestão - 1 1 1,6

TOTAL DE ARTIGOS

POR ANO 0 3 2 5 5 7 4 10 11 8 5 60 100,0

Fonte: Adaptada de Domenico, Cordeiro e Cunha (2012).

Percebe-se pela visualização da Tabela 1, que foram localizados 60 artigos sobre o

tema disclosure ambiental. Os periódicos foram revisados a partir de 2005 e o assunto

somente foi localizado a partir do ano de 2006. O ano de 2013 foi o que apresentou maior

número de artigos (11), havendo um declínio em 2014 e 2015, 8 e 5 artigos, respectivamente.

Este achado ratifica a pesquisa de Gallon et al. (2007), que investigaram os artigos científicos

na área ambiental publicados em congressos e periódicos nacionais, no período de 2000 a

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2006 e constataram que a área específica de disclosure ambiental representa menos de 10% do

total dos artigos analisados.

Após o ano de 2013, foi o ano de 2012 que apresentou maior número de artigos, 10.

Cabe destacar que o ano de 2005 não teve nenhuma publicação sobre o assunto.

O periódico que mais publicou trabalhos sobre disclosure ambiental no período

analisado foi a Revista Ambiente Contábil, iniciando a publicação no ano de 2010,

permanecendo em 2011 sem publicar e chegando a 2015 com 14 trabalhos, equivalente a

23,3% das publicações da amostra analisada. Em seguida, tem-se a Revista Pensar Contábil

com 10 publicações no período. Ressalta-se que este periódico publicou o último trabalho

relacionado à disclosure ambiental no ano de 2013. Com nove artigos, destaca-se, ainda, a

Revista Universo Contábil. Este periódico apresentou um artigo em cada ano de 2008, 2009 e

2010, três artigos em 2012 e três artigos em 2014, sem nenhuma publicação nos demais anos.

Em seguida, apresenta-se a Tabela 2, elaborada com o propósito de analisar como os

artigos se comportam em relação ao número de autores.

Tabela 2: Número de autores por artigo

AUTORES ARTIGOS %

Um autor 6 10

Dois autores 13 22

Três autores 18 30

Quatro autores 20 33

Cinco autores 3 5

TOTAL 60 100

Fonte: Adaptada de Anzilago et al. (2015).

A análise da Tabela 2 demonstra a relação de autoria e coautoria, destacando-se que o

número mínimo de autores identificados foi um (1) e o máximo cinco (5). Com apenas um

autor, foram identificados 6 artigos, equivalente a 10% e com dois autores, tem-se 13 artigos

publicados, ou seja, 22%. Os trabalhos com três autores totalizaram 18, correspondendo a

30%, com quatro autores somaram 20 trabalhos, perfazendo um total de 33% e com cinco

autores tem-se apenas 3 artigos, ou seja, 5%.

Observa-se a predominância de artigos com três e quatro autores que, juntos,

representam 38 artigos, perfazendo um total aproximado de 63% das publicações da amostra

analisada. Este resultado é semelhante à pesquisa de Gallon (2007) em que houve uma

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predominância, de 3 ou mais autores, perfazendo um total de 64,29%. Verifica-se que a

maioria dessas pesquisas foi realizada em grupos, “fato que pode caracterizar grupos de

pesquisa com fomento financeiro subsidiando as atividades do grupo”. (QUINTANA et al.,

2014, p. 17).

Neste estudo, foram observados alguns aspectos metodológicos utilizados nos artigos

científicos analisados. Os mesmos apresentam-se na Tabela 3, a seguir.

Tabela 3: Aspectos metodológicos

Grupos Subgrupos Quantidadee %

Exploratória 10 17,0

Classificação da pesquisa quanto aos Descritiva 18 30,0

objetivos Não indicou objetivos

32 53,0

Subtotal 60 100,0

Qualitativa 11 18,0

Classificação da pesquisa quanto à Quantitativa 10 17,0

abordagem Quali-quanti

Não indicou abordagem

3

36

5,0

60,0

Subtotal 60 100,0

Bibliográfica 2 3,0

Classificação da pesquisa quanto aos

procedimentos

Documental

Survey

Estudo de caso

Estudo de evento

Pesquisa ex-post-facto

Estudo de multicasos

Não indicou procedimentos

Subtotal

16

2

7

2

1

2

28

60

27,0

3,0

12,0

3,0

2,0

3,0

47,0

100,0

Classificação da pesquisa quanto à análise

Conteúdo

Dados

Não indicou tipo de análise

Subtotal

19

1

40

60

32,0

2,0

66,0

100,0

Fonte: Adaptada de Quintana et al. (2014).

Em concordância com o apresentado na Tabela 3 e as orientações da literatura

consultada, quanto aos objetivos, 18 (30,0%) dos 60 artigos analisados possuem caráter

descritivo, enquanto que 32 (53,0%) não fez uso de nenhuma tipologia desse grupo.

Na abordagem do problema, a maioria das pesquisas é qualitativa, perfazendo um total

de 11 (18,0%), com uma pequena diferença da quantitativa que apresenta 10, ou seja, 17,0%

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dos estudos da amostra analisada. Esse fato, igualmente, é confirmado na pesquisa de Gallon

et al.(2007), que constatou a abordagem qualitativa para a subárea de gestão ambiental com

63,15% do total da amostra.

Neste tópico, também foi observado que 36 (60%) dos artigos analisados não

utilizaram nenhum tipo de abordagem .

Nos procedimentos, 16 (27,0%) dos 60 artigos analisados são classificados como

documental, seguido do estudo de caso que apresentou 7 (12,0%). Destaca-se que 28 (47,0%)

dos trabalhos pesquisados não utilizaram nenhuma tipologia desse grupo.

Aponta-se que a análise mais utilizada nos artigos foi a de conteúdo com 19 ou 32%,

enquanto que a análise de dados foi subutilizada com 1 ou 2,0% do total da amostra estudada.

Vale ressaltar que 40 (66%) dos trabalhos não abordaram o tipo de análise.

5. Considerações Finais

O presente estudo objetivou apresentar uma revisão da literatura nacional sobre o

tema disclosure ambiental. Para realização da pesquisa foram selecionados 12 periódicos

nacionais de contabilidade, dos quais após critério de análise foram selecionados 60 artigos

que envolvesse o tema disclosure ambiental no período de 2005 a 2015.

Na análise dos 60 artigos selecionados observou-se que no ano de 2013 houve o

maior número de publicações, 11 artigos. Quanto às autorias dos artigos investigados,

observou-se que a maioria possui 4 autores, sendo 20 artigos (33%), seguido de 3 autores,

sendo 18 artigos (30%), totalizando 38 (63%) dos 60 artigos estudados.

Nos procedimentos metodológicos, quanto aos objetivos observou-se que 18 (30%)

dos 60 artigos analisados apresentaram o caráter descritivo, acontecimento que pode ser

explicado pela necessidade de maior detalhamento descritivo do estudo, que pode explicar

também os 10 artigos (17%) que procederam com estudo exploratório. Nas análises de

pesquisa utilizadas nas publicações, 19 (32,0%) utilizaram análise de conteúdo, e na

abordagem do problema, 11 (18%) artigos tiveram abordagem qualitativa.

O estudo apresenta como limitação o fato de ter trabalhado com 12 periódicos de

contabilidade ou contábil, enquanto existe uma expressiva produção nos periódicos de áreas

correlatas como administração, economia, etc. que, também, poderiam retratar pesquisas

sobre evidenciação ambiental. Assim, mesmo que os periódicos analisados apresentem

relevantes bases de pesquisas, não representa a totalidade da população dos artigos.

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Como recomendação para trabalhos futuros, propõe-se a expansão do estudo em

periódicos nacionais, visando traçar um paralelo e comparar a produção científica sobre

disclosure ambiental, com os resultados achados nesta pesquisa.

6. Referências

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