producao animal avicultura - ed30

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30a edição da revista sobre o mercado avícola do Brasil e do mundo

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Coordenador EditorialJosé Carlos Godoy [email protected] - 9782

ComercialPaulo GodoyChristiane Galusni [email protected]

Redação Érica BarrosThaís Façanha [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e Grupo [email protected]

InternetDarcy Jú[email protected]

Circulação e assinaturaCristiane dos Santos(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expediente editORiALProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

Mercado do frango e ovo em ritmo lento; aquisições de empresas em ritmo acelerado

Na última edição da Revista do AviSite, as páginas sobre o mercado do frango e do ovo já haviam usado o adjetivo pior para se referir aos resultados de agosto de 2009. Em setem-bro, a situação não foi muito diferente.

No entanto, as altas registradas pelo fran-go vivo na última semana sinalizam que a oferta de aves vivas se encontra melhor ajus-tada às necessidades do mercado e sugerem maior estabilidade em outubro. No que se re-fere ao ovo, tudo indica que a exigência legal de que todos os descartes de poedeiras co-merciais e de reprodutoras sejam direciona-dos para abatedouros com SIF, atingiu a avi-cultura de postura. Desta forma, teve dificuldades para corrigir de forma rápida a distorção de mercado, que provocou a queda dos preços. Fica o alerta: a legislação em vi-gor precisa ser revista e melhor equacionada. Pois parece totalmente equivocado deixar o produtor com uma única válvula de escape. Que, além disso, está tentando equacionar seus próprios problemas, não tendo como se voltar para o problema dos outros. (Mais in-formações na seção Estatísticas e Preços pá-gina 40).

Após a queda meteórica verificada nos preços do frango e do ovo no início do mês que passou, na segunda quinzena de setem-bro, a avicultura brasileira e mundial foi sur-preendida pelas compras realizadas pela Mar-frig (página 14) e pelo JBS (página 11). Agora, com a aquisição da Seara, a Marfrig, que até o início de 2008 não tinha operações no setor avícola, ocupa a segunda posição na avicultu-ra e na suinocultura brasileira, atrás apenas da Brasil Foods. Já a JBS comprou a gigante Pilgrim’s Pride, nos Estados Unidos, que havia pedido concordata em 1º de dezembro de 2008, assolada por dificuldades financeiras. Com a compra, a JBS tornou-se a maior com-panhia de proteína animal do mundo, supe-rando a Tyson Foods.

Os leitores da Revista do AviSite também conferem nesta edição, textos sobre a auto-mação na avicultura de postura (página 24) e a plantação de eucaliptos nas propriedades avícolas como forma de redução de custos (página 36). Na próxima edição você confere a segunda parte da reportagem sobre auto-mação, desta vez voltada para o setor avícola de corte.

Plantação de eucaliptos Iniciativa sustentável que reduz custos na produção

AutomaçãoMelhor qualidade, uniformidade, classificação perfeita e menor custo na produção

Produção Animal | Avicultura 3

Eventos ................................................................ 04Notícias Curtas .................................................... 06Postura em Foco ................................................. 18Ciência Avícola ................................................... 20Associações ......................................................... 30AviGuia ............................................................... 32Classificados ........................................................ 52Portfólio Aviguia ............................................... 53 ESTATÍSTICAS E PREÇOSProdução e mercado em resumo .......................................... 40Alojamento de matrizes de corte ..........................................41Produção de pintos de corte ................................................ 42Produção de carne de frango ............................................... 43Exportação de carne de frango............................................ 44Disponibilidade interna de carne de frango ....................... 45Alojamento de matrizes de postura .................................... 46Alojamento de pintainhas comerciais de postura ...............47Desempenho do frango vivo no mês de setembro ............ 48Desempenho do ovo no mês de setembro .......................... 49Matérias-primas ..................................................................... 50

Sumário

36

JBS e MarfrigEmpresas realizam

aquisições na avicultura

54

Ponto final João Carlos de Ângelo comenta a maximização da nutrição pré-inicial

CBNAEvento discute uso de leveduras na alimentação animal 17

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Eventos

4 Produção Animal | Avicultura4 Produção Animal | Avicultura

2009Outubro

10 a 14 de outubro Anuga 2009Local: Koelnmesse, Colônia, AlemanhaInformações: www.anuga.com/E-mail: [email protected]

19 a 21 de outubro VIV China 2009Local: Pequim, ChinaInformações: www.viv.netE-mail: [email protected]

21 a 23 de outubro8º Simpósio Técnico de Incubação, Matrizes de Corte e NutriçãoLocal: Balneário Camboriú, SCRealização: ACAV (Associação Catarinense de Avicultura)Contato: (49) 9977-1021 Informações: www.acavsc.org.br E-mail: [email protected]

Novembro

11 a 13 de novembro I Congresso Internacional sobre Nutrição de Aves e SuínosLocal: Auditório do Instituto Agronômico de Campinas Av. Barão de Itapura, 1481Realização: CBNAInformações: www.cbna.com.brE-mail: [email protected]

18 a 19 de novembro V Encontro Técnico UnifrangoLocal: Centro de Eventos Araucária, Maringá, PRRealização: UnifrangoContato: (44) 2103-6600Informações: www.unifrango.com.br

Dezembro

2 e 3 de dezembro Workshop Atualidades e Futuro da Incidência e Controle da Bronquite Infecciosa na Avicultura BrasileiraLocal: IBE Centro de Convenções, Rua José Paulino, 1369, Centro, Campinas, SPRealização: FACTAContato: (19) 3243-6555Informações: www.facta.org.br/bronquiteE-mail: [email protected]

2010Janeiro

27 a 29 de janeiro 62ª International Poultry Expo-Feed ExpoLocal: Georgia World Congress Center - Atlanta, Geórgia – EUARealização: US Poultry & Egg AssociationContato: (770) 493-9401Informações: www.internationalpoultryexposition.com

Fevereiro

1 a 3 de fevereiro VIV Índia 2010Local: Bangalore International Exhibition Centre, Bangalore, ÍndiaInformações: www.viv.netE-mail: [email protected]

Abril

6 a 8 de abrilXI Simpósio Brasil Sul de AviculturaLocal: Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês, Chapecó, SCRealização: Núcleo Oeste de Médicos VeterináriosE-mail: [email protected]

Maio

25 a 28 de maioFeira Nacional do Frango (FENAFRANGO)Local: Passo Fundo, RSRealização: Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária e Sindicato Rural Informações: www.fenafrango.com.br

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6 Produção Animal | Avicultura

Depois de ter atingido o “fundo do poço” em fevereiro passado, o preço

médio da carne de frango in natura ex-portada pelo Brasil vem, desde então, registrando valorização contínua – ou o correspondente a um incremento de 23% no espaço de seis meses. É notório, porém, que em julho e agosto caiu sensi-velmente o ritmo de valorização do preço médio.

A desaceleração reforça a tese de esgotamento da “bolha de consumo” observada no segundo trimestre do ano. Mas, provavelmente, a perda de ritmo está sendo ocasionada muito mais pelo aumento da produção brasileira de carne de frango, como aponta um empresário do setor exportador. Ele explica:

“Quando reconhece que a oferta é limitada, o importador não se nega a pagar mais. Tanto que a maior valoriza-ção vista neste ano coincidiu, exatamen-te, com o mês de menor produção de 2009. Mas o importador também sabe quando o produto passa de escasso a disponível. E, nessas horas, não há nego-ciador que consiga segurar o preço anterior”.

Na pauta, carne de frango in natura recua à posição ocupada em 2007

Depois de, no ano passado, ter subi-do para a quarta posição da pauta expor-tadora brasileira e garantido 2,94% de toda a receita cambial do País, a carne de

frango in natura corre o risco de, em 2009, retroceder para o mesmo sexto posto que ocupou dois anos atrás, em 2007, quando a participação do produto na receita cambial ficou em 2,63%.

A queda, entretanto, pode ficar res-trita à posição, não necessariamente à participação na receita cambial. Pois entre janeiro e agosto deste ano, ainda que a receita auferida pela carne de frango in natura tenha recuado 22% em relação aos primeiros oito meses de 2008, sua contribuição na captação de divisas aumentou 4,12% e representou 3,2% dos US$97,935 bilhões da receita cambial total que, no mesmo período, alcança apenas três quartos (é 25% me-nor) da receita anterior.

Cai o ritmo de valorização do frango in natura Produto registrou alta de 7,72% em abril. Em agosto, índice foi de menos de 1%

Exportação

Notícias | Brasil

Primeiro sinal de recuperação veio em março, com alta de 0,62% no preço do frango embarcado. Três altas significativas vieram na seqüência: +7,72% em abril, +4,34% em maio e +5,73% em junho. Já em julho passado esse índice de expansão foi de apenas 2,23% e, em agosto, de menos de 1%

No início de setembro, CONAB e IBGE consideraram encerrados os

trabalhos relativos à maior parte da safra de grãos 2008/2009. Em rela-ção ao milho, embora a produção tenha recuado quase 15% (de 58,6 para 50,1 milhões/t), o suprimento acabou sendo similar ao da safra anterior (diferença de -0,1%), graças,

essencialmente, a um aumento de cerca de 260% nos estoques iniciais de 2009.

A colheita total fechou em 134,3 milhões de toneladas, atrás apenas das 144,14 milhões de toneladas do período anterior (- 6,8%). A produ-ção da soja alcançou 57,1 milhões de toneladas.

O plantio da safra 2009/2010 começou em setembro e os números em relação ao milho não são nada alvissareiros, pois a soja é quem deve reinar nesta próxima safra.

Já o estoque final de 2009 deverá ser o segundo maior da história do setor com um volume final próximo aos 10 milhões de toneladas.

Milho: agora é iniciar o próximo levantamento Já se sabe que a soja é quem deve reinar no período 2009/2010

Matérias-primas

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Produção Animal | Avicultura 7

Pesquisa da revista Supermercado Moderno mostra que Sadia, Perdi-

gão, Copacol, Penasul e Sertanejo são, pela ordem, as marcas de frango (resfria-do ou congelado) mais lembradas/desta-cadas pelos varejistas brasileiros. Em outro produto do setor – os empanados de frango – Sadia e Perdigão continuam na liderança e são seguidas pelas marcas Seara, Aurora e Doux.

Porém, o que mais ressalta na pes-quisa é o percentual de “outros”. Ou seja: enquanto nos empanados o per-centual de outras marcas citadas corres-ponde a apenas 7% das citações (quer dizer: as “top five” respondem por 93% das citações), no frango esse percentual sobe para 70%, as “top five” respon-dendo por apenas 30% das indicações – uma demonstração da altíssima pulve-rização ainda observada no setor.

A Supermercado Moderno levantou, também, os Desta-ques Regionais. As maiores menções ao frango, aqui, foram para a Flam-boiã (Grande São Paulo), Itabom (in-terior de São Paulo) e Superfrango (Centro-Oeste, Norte e parte do Nordeste do País).

O levantamento da revista abrange somente produtos industrializados. Assim, o ovo não participa da pesquisa.

As “top five” dos varejistas na carne de frangoSadia e Perdigão continuam na liderança das marcas mais lembradas

Supermercado Moderno

TOP FIVEAs marcas preferidas dos varejistas na área de carne de

frango, pela pesquisa da revista Supermercado ModernoSETEMBRO DE 2009

Colocação

FRANGO RESFRIADO CONGELADO

EMPANADO DE FRANGO CONGELADO

MARCA% DE

INDICA ÇÕES

MARCA% DE

INDICA ÇÕES

1º Sadia 11% Sadia 45%

2º Perdigão 7% Perdigão 36%

3º Copacol 5% Seara 7%

4º Penasul 4% Aurora 4%

5º Sertanejo 3% Doux 1%

Outros 70% Outros 7%

Fonte dos dados básicos: Supermercado ModernoElaboração e análises: AVISITE

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A cesta regional da Fundação Institu-to de Pesquisas Econômicas (FIPE)

relativa ao varejo paulistano mostra que os preços do frango no varejo de São Paulo podem variar até 20%, conforme a região da cidade. Em agosto, o menor preço foi registrado na chamada Zona Sul II (R$3,64/kg) e o mais elevado na Zona Oeste (R$4,34/kg).

Já as diferenças no preço do ovo são menores, com variação inferior a 10%. No mês que passou o preço mais vantajoso para o consumidor foi regis-trado na Zona Norte (R$2,84/dúzia). E o mais caro na Zona Sul I, região rica da cidade (R$3,10/dúzia).

A propósito: indicadores do merca-do avícola apontam que em agosto o frango abatido resfriado obteve na cidade de São Paulo preço médio de R$2,33/kg. Portanto, o produto foi disponibilizado ao consumidor (conside-rando o preço médio no varejo) com um adicional médio de 70%. No ovo o adicional foi bem mais elevado, de

135%, já que no atacado o produto recebeu valor equivalente a cerca de R$1,25/dúzia (R$37,40/caixa).

Frango e ovo: o que mostra a relação de preços entre granja e atacado

Comparando-se os preços pagos ao produtor no interior paulista com aque-les praticados no atacado da cidade de São Paulo, é possível constatar que existe íntima correlação entre eles pelo menos em relação ao ovo. Já no frango a história é diferente.

Começando pelo ovo: no período analisado (2 de janeiro a 2 de setembro de 2009), o valor de venda no atacado correspondeu, em média, a 1,21 vezes o valor pago na granja. Ou seja: para um valor 100 recebido pelo produtor por caixa de 30 dúzias, registrou-se um adicional de 21% no atacado, esse percentual variando de um mínimo de 17% a um máximo de 27%. Portanto, com uma amplitude de 10 pontos per-

centuais entre o mínimo e máximo.No frango, a correlação média no

período foi de 1,45 vezes, ou seja, o frango abatido registrou acréscimo médio de 45% em relação à ave viva, o que é pertinente, pois depende de processamento. Porém, as variações foram bem maiores que as observadas com o ovo, indicando menor correla-ção de preços entre vivo e abatido.

Dessa forma, os preços praticados pelo atacado foram desde 30% até 80% superiores aos do frango vivo. Neste caso, o adicional mínimo foi registrado em 2 de fevereiro de 2009, ocasião em que o frango vivo foi co-mercializado por R$1,80/kg e o abati-do (frango inteiro resfriado, grande atacado de São Paulo) registrou valor médio de R$2,35/kg. Já o acréscimo de 80% data do início de setembro (dia 2), ocasião em que o frango vivo foi comercializado por R$1,25/kg, enquan-to o abatido registrou média de R$2,25/kg.

Em agosto, preço do frango no varejo paulistano variou até 20%Diferenças no preço do ovo são menores

Mercado

8 Produção Animal | Avicultura

Notícias | Brasil

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Produção Animal | Avicultura 9

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10 Produção Animal | Avicultura

Empresas

Para 2010, quota de importação de frango sofre corte de cerca de 100 mil t

Notícias | Panorama Internacional

De acordo com a entidade represen-tativa das indústrias de carnes

locais, o governo russo deve definir antes de 31 de dezembro, as quotas de importação de carnes para 2010. Está previsto um aumento nas quotas para carne bovina e uma concomitante redu-ção nas quotas das carnes suína e de frango.

A entidade do setor de carnes afir-ma que a quota de importação de carne bovina deve ser aumentada em 100 mil toneladas e passar para 550 mil tonela-das anuais. Já a quota de importação de carne de frango sofre um corte de cerca de 100 mil toneladas e cai para 850 mil toneladas/ano (952 mil toneladas em 2009), enquanto a de carne suína perde 32 mil toneladas e fica em 500 mil toneladas/ano.

A demanda russa pelas carnes ver-melhas (bovina e suína) e pelos embuti-dos caiu cerca de 15% entre janeiro e julho deste ano, enquanto o consumo de carne de frango continuou crescen-do. A associação defende que, para o próximo ano, a quota de importação de carne de frango seja reduzida em (apro-ximadamente) 100 mil toneladas.

Entretanto, outras enti-dades classis-tas (como a Associação Russa dos Operadores de Mercado das Carnes Avícolas) defendem um corte maior – de 130 mil/t a 170 mil/t – o que, se aprovado, reduz as quotas atuais para um volume entre 780 mil e 820 mil toneladas.

Novamente Rússia ameaça suspender importação de frango dos EUA

O Food Business Daily (FBD) anun-ciou na primeira quinzena de setembro que o governo da Rússia está na imi-nência de suspender, senão totalmente, grande parte das importações de carne de frango dos EUA, seu maior fornecedor.

Desta vez a justificativa para a futu-ra interrupção das compras dos EUA é um novo regulamento técnico para as carnes – ainda em estudo, mas com adoção prevista para “muito breve,

possivelmente ainda este ano”, segundo Viktor Zubkov, Vice-Primeiro Ministro russo – prevendo a proibição de impor-tação de carne de frango tratada com cloro. O veto não inibe o uso do cloro, mas sua utilização a partir de uma de-terminada concentração. E isso, segun-do o FBD, acabaria com praticamente todas as exportações dos EUA para a Rússia, pois o procedimento padrão é a lavagem das carcaças com água forte-mente clorada.

País quer negociar em bolsa 15% das quotas de carnes

De acordo com a agência de notícias russa Prime-Tass, o Serviço Federal Anti-Monopólio da Rússia está propon-do que 15% das quotas de importação de carnes do país sejam negociadas em bolsa de mercadoria. Os 85% restantes seriam distribuídos entre os importado-res, proporcionalmente ao volume im-portado em 2009.

Informando que a proposta está sendo encaminhada ao governo central da Rússia e, em especial, ao Ministério do Desenvolvimento Econômico, porta-voz do Serviço Anti-Monopólio explicou que a venda de parte das quotas em uma bolsa de mercadorias vai permitir que novas empresas acessem o merca-do importador de carnes. Ao mesmo tempo – acrescentou – a medida vai permitir que as empresas já operantes nesse segmento tenham sua participa-ção ampliada mediante, apenas, meca-nismos rotineiros de mercado.

Rússia deve alterar quotas para carnes

Imbróglio russo

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Produção Animal | Avicultura 11

Empresas

No dia 16 de setembro, a brasileira JBS, maior empresa de carne bovi-

na do mundo, fez um duplo comunica-do, ao anunciar que a Pilgrim’s Pride, que até recentemente foi a maior produ-tora de carne de frango dos EUA, con-cordou com a venda de 64% de suas ações ordinárias por US$800 milhões. Na mesma ocasião, o JBS, que fez aqui-sições importantes fora do Brasil nos últimos anos, anunciou o fechamento de um acordo para uma associação com o frigorífico Bertin, um de seus concorren-tes diretos e também com foco principal em bovinos.

Com a Pilgrim’s Pride, JBS passa a atuar na avicultura norte americana

O acordo anunciado avalia a Pilgrim´s Pride em US$ 2,8 bilhões e afasta o risco

de falência da segunda maior processa-dora de frango dos EUA. A empresa norte-americana deve continuar com 36% das ações da companhia. A marca Pilgrim’s Pride está presente no mercado norte-americano há mais de 60 anos (foi fundada em 1946, no Texas).

A concretização da compra perma-nece no condicional porquanto – como ocorre no Brasil nas negociações entre Sadia e Perdigão, atual BRF – o negócio deve passar pelo crivo e aprovação das autoridades antitruste dos EUA.

A Pilgrim´s possui 33 plantas de processamento nos EUA, três no México e uma em Porto Rico, com aproximada-mente 41 mil trabalhadores ao todo. A empresa exporta para mais de 80 países e tem a capacidade instalada de proces-sar cerca de 4,1 milhões de toneladas de frango por ano. No ano fiscal de 2008, a Pilgrim´s Pride obteve receita líquida de US$ 8,5 bilhões.

“Nova Holding” é criada para associação com Bertin

No que se refere à associação com o Bertin, presente no Brasil há mais de 30 anos no segmento de agroindústria, os controladores do JBS irão transferir todas as suas ações para uma holding batizada de “Nova Holding”, que reunirá ainda 73,1% do capital social da Bertin

mediante aporte de seus atuais controladores.

O Valor Online divulgou que, após essas transferências, o controle da JBS e da Bertin passará a ser detido pela No- va Holding. A estimativa das empresas é

de que o peso da JBS na holding será de 60%, com o Bertin representando os 40% restantes.

Com o Bertin, o JBS tem seu portfó-lio de atuação ampliado para os produ-tos lácteos, já que pertencem a esta empresa marcas tradicionais como a Vigor, Danúbio e Leco. Isso amplia os canais de distribuição da empresa que terá só aí uma sinergia estimada em R$500 milhões. Mas essa sinergia pode

Em um mesmo dia, JBS fecha negócio no Brasil e nos EUA64% das ações da Pilgrim’s passam à JBS. Com Bertin, acordo firmado é para associação

Mercado concorrido

Acordo anunciado avalia a Pilgrim´s Pride em US$ 2,8 bilhões e afasta o risco de falência

da segunda maior processadora de frango dos EUA

Pilgrim’s Pride

Fundada em 1946, no Texas, EUA, a empresa pediu con-cordata em 1º de dezembro de 2008, assolada por difi-culdades financeiras. Em 2006, após a aquisição da Gold Kist, havia assumido a liderança americana e mundial na produção de carne de frango

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12 Produção Animal | Avicultura

ser ainda mais ampliada com a inclusão de outros alimentos – por exemplo, à base de frango.

Novo cenárioA JBS se torna não apenas o maior

produtor de carnes vermelhas dos EUA, mas também um dos maiores produtores de frango daquele país, já que a Pilgrim’s Pride detém, conforme projeções locais, 22% da produção norte-americana de carne de frango.

E o que isso representa? Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em 2008 foram produzidas no país cerca de 16,5 milhões de toneladas. Portanto, a produção da Pilgrim’s Pride girou em torno dos 3,6 milhões de tone-ladas de carne de frango, volume que deve sofrer redução em 2009 – e não só porque o mercado impõe, mas também

porque a empresa, em recuperação judi-cial, continua enfrentando sérios desafios financeiros e vem fechando plantas (prin-

cipalmente abatedouros e incubatórios) em vários estados dos EUA.

Mesmo assim a Pilgrim’s deve conti-nuar maior, por exemplo, que a recém-

estreante Brasil Foods, resultado da fusão Perdigão/Sadia e, hoje, uma das maiores do mundo na produção de carne de aves (ou, essencialmente, de frango). Pois, conforme o balanço de 2008 das duas empresas brasileiras, no ano que passou seu abate de aves (aí incluso o peru e outras aves) somou 2,6 milhões de tone-ladas – um milhão de toneladas a menos que o alcançado pela Pilgrim’s só com a carne de frango.

A negociação com a Pilgrim’s repre-senta também um novo desafio para a Tyson Foods, a maior empresa norte-americana de carnes bovina, suína e avícola. Juntas, Pilgrim’s Pride e a unida-de nos EUA da JBS – que inclui a JBS australiana – tiveram, no ano passado, vendas da ordem de US$20 bilhões. As vendas da Tyson no ano fiscal de 2008 somaram US$27 bilhões.

De acordo com informações divulga-das pelo Valor Online, a Brasil Foo-

ds deve transferir R$ 3,5 bilhões à Sadia até o fim de 2009. O dinheiro vai como adiantamento para futuro aumento de capital.

Deste total, R$ 950 milhões já foram transferidos para o caixa da Sadia.

O valor foi levantado a partir da bem sucedida oferta pública primária de ações que BRF realizou com o objetivo

de levantar dinheiro para acertar o caixa da Sadia. A venda das ações resultou na captação de R$ 5,29 bilhões, mais de 80% desse valor será utilizado para equalizar as dívidas da Sadia.

Também sobre a Brasil Foods, a Folha de S. Paulo, divulgou que até a aprovação da fusão entre a Perdigão e a Sadia pelo Cade, a nova empresa só fará investimentos para a manutenção das operações. No orçamento de 2010, a

empresa deve destinar R$ 1 bilhão para investimentos.

O jornal cita José Antonio do Prado Fay, presidente da BRF, ao afirmar que hoje apenas a parte financeira da em-presa está unificada.

O manejo da dívida da Sadia tam-bém já está sob administração da BRF. A expectativa de Fay é que todos os débi-tos da empresa sejam quitados ainda neste ano.

BR Foods aporta R$ 3,5 bilhões na SadiaEstruturação

Valor foi levantado com oferta pública de ações

JBS agora é maior processadora mundial

de carne bovina e dona de uma das maiores empresas avícolas do mundo

Bertin

Fundada no Brasil há 30 anos, a associação com o Bertin, que tem foco principal em bovinos levanta a expectativa da entrada da empresa no segmento de carne de frango no Brasil

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Produção Animal | Avicultura 13

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14 Produção Animal | Avicultura

Empresas

As atividades da Marfrig Alimentos na avicultura, que foram tema de

matéria publicada na edição de setembro da Revista do Avisite, não param de crescer. A companhia informou no dia 14 de setembro que fechou a compra da Seara Alimentos por US$ 900 milhões, sendo US$ 706,2 milhões em moeda e US$ 193,8 milhões em assunção de endividamento.

O negócio inclui a totalidade do negócio brasileiro de proteínas animais (aves, suínos e industrializados) da Cargill Inc, representado pela Seara Alimentos Ltda. (atual Cargill Alimentos S.A.) e por afiliadas na Europa e na Ásia, incluindo a marca Seara no Brasil e no Exterior, 12 plantas no segmento de produtos pro-cessados de valor adicionado e industria-lizados de aves e suínos e um terminal

portuário, com um faturamento líquido anual da ordem de US$ 1,7 bilhão (um bilhão e setecentos milhões de dólares norte-americanos).

No comunicado enviado ao mercado, a Marfrig explica que expressou o seu interesse junto à Cargill no momento em que esta promovia uma revisão do plano estratégico da Seara. Após avaliar a proposta da Marfrig e considerando as mudanças na dinâmica na indústria de proteína animal no Brasil, a Cargill consi-derou que a combinação Marfrig e Seara fazia mais sentido no presente e no futuro.

O financiamento da aquisição poderá envolver aumento de capital da Marfrig através de oferta primária de ações.

A Marfrig acredita que a transação seja concluída no quarto trimestre de 2009. Além disso, ressalta que com a aquisição da Seara, deve firmar-se como o segundo maior player no mercado interno e de exportação de aves e suí-nos, ao mesmo tempo em que agrega a marca Seara em produtos processados de alto valor adicionado.

Reportagem divulgada pelo Valor

Econômico no dia anterior ao anuncio, afirmava que a Cargill tinha interesse em vender a Seara porque não estava satis-feita com o desempenho de sua unidade de carnes no Brasil, que voltou a ter prejuízo em 2008 - de R$ 72,5 milhões, apesar do crescimento de 38% na recei-ta líquida, para R$ 2,9 bilhões. A empre-sa, que pertenceu à Bunge até o fim de 2004, tem 70% de sua receita prove-niente de exportações. Por isso sofreu com a queda dos preços internacionais de carnes em decorrência da crise finan-ceira global a partir de setembro de 2008.

No rol das principais empresas expor-tadoras brasileiras (40 maiores pela recei-ta cambial obtida), no quadrimestre janeiro/abril (último resultado publicado pela SECEX/MDIC) a Seara Alimentos S.A. encontra-se na 20ª posição. No mesmo período do ano passado, a em-presa ocupava o 30º lugar.

Vale destacar que a Marfrig, quarta maior processadora de carne bovina do mundo, agora ocupa a segunda posição na avicultura e na suinocultura brasileira, atrás apenas da BRF Foods.

7 unidades industriais de aves com a capacidade de abate de 1,2 milhão de aves/dia e 2 unida-des industriais de suínos com a capacidade de 5.800 cabeças/dia;3 plantas de industrializados e processados de valor adicionado com a capacidade de produ-ção de 17.500 toneladas/mês;Terminal portuário privativo para cargas frigoríficas e cargas secas (Braskarne) em Itajaí, SC;Marca “SEARA” e demais marcas operadas neste segmento; Operações de distribuição e comercialização no exterior, localizadas no Reino Unido, Japão e Cingapura, detentoras de quotas de exportação/importação a partir do Brasil para diversos países;9 fábricas de ração localizadas em SC, PR, SP e MS;6 granjas de matrizes de aves em SC, PR, SP e MS com cerca de 3.000 produtores integrados de aves e suínos.

Por US$ 900 milhões, Seara Alimentos passa às mãos da MarfrigNegócios de proteína animal da Cargill no Brasil e no Exterior estão incluídos

Mercado concorrido II

Os negócios da Seara que serão adquiri-dos pela Marfrig incluem:

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Produção Animal | Avicultura 15

Lacuna da avicultura capixaba pode ser preenchida

Empresas

O União Avícola Agroindustrial, frigo-rífico que está sendo construído

em Nova Marilândia (MT) pelo União Avícola Ltda., em parceria com a Perdi-gão, deve entrar em funcionamento até dezembro de 2009.

Serão criados mil empregos diretos, além de três mil oportunidades de modo indireto. Cerca de 250 novos aviários devem ser instalados, além da constru-ção de fábricas de ração e outros setores envolvidos na cadeia produtiva. Os mu-

nicípios que serão contemplados por essa iniciativa são: Nova Marilândia, Arenápolis, Santo Afonso e Nortelândia.

Por muitos anos, Nova Marilândia sobreviveu da atividade garimpeira, que acabou degradando o município. A avicultura de corte surgiu como uma alternativa para o desenvolvimento econômico.

As informações foram divulgadas pelo jornal O Documento, de Mato Grosso.

MT recebe empreendimentoNovo frigorífico

Comitiva do governador de MT, Blairo Maggi, em uma visita às obras do novo frigorífico

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A Gazeta on-line divulgou que o Uniaves, maior frigorífico para o

abate de frangos do Espírito Santo, entrou em operação em Castelo, no sul do estado.

Para construir o Uniaves foram investidos R$ 45 milhões e a viabiliza-ção do empreendimento, que tem capacidade para abater 150 mil frangos por dia e vai gerar 500 empregos, con-tou com apoio do Banco de Desenvolvi-mento do Espírito Santo S/A (BANDES),

do Banco do Estado do Espírito Santo (BANESTES) e do Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Espírito Santo (GERES).

O novo frigorífico vai preencher uma lacuna que existia na avicultura de corte do Espírito Santo. Antes, sem uma unidade de processamento, os produtores comercializavam o frango vivo para outros estados. Agora, os avicultores capixabas têm nova opção para a venda de frango.

Uniaves chega ao Espírito Santo Novo frigorífico II

Construção acontece em parceria com a Perdigão

Uniaves, em Castelo, ES

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16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

As mais lidas no AviSite em setembro

1O jornalista norte-americano, Chris

Wright, observou em seu blog que é clara a disputa entre JBS e Mar-frig pelo mercado da carne bovina. Agora, essa disputa se estende à in-dústria avícola. O editor de Indústria

Avícola levanta uma inda-gação que, sem dúvida, não é só dele: de onde estão tirando tanto dinheiro?

Diversas notícias que envolveram as últimas aquisições da JBS e do Marfrig estiveram entre as mais acessadas no mês passado. A página 11 co-menta um pouco mais sobre esse assunto.

JBS, Pilgrim’s, Bertin, Marfrig, Cargill… 2

A última referência disponível a respeito (“ranking” da UBA de 2007) mostra que as

dez maiores empresas produtoras de frango do Brasil de dois anos atrás – responsáveis, então, por 52,82% do número de cabeças de frango abatidas no País - podem estar, no momento, reduzidas a apenas seis.

Dois anos depois, as “10 mais” de 2007 estão reduzidas a seis

3

Os resultados observados em julho e agosto indicam não só que a meta que visava o

aumento de 5% nas exportações de carne de frango tornou-se totalmente inviável, mas tam-bém que o grande desafio do setor será repetir o volume registrado em 2008. Leia mais sobre o assunto na página 44.

Vendas externas de carne de frango: desafio, agora, é repetir 2008

Possível ranking de 2009

BRF 31,68%

Marfrig 10,12%

Doux 5,29%

Diplomata 2,71%

Aurora 2,35%

Big Frango 1,57%

TOTAL 6 53,72%

*Baseado nos dados do ranking da UBA de 2007

5No dia 14 de setembro, o frango vivo comer-

cializado em São Paulo obteve nova alta de cinco centavos (a terceira em menos de uma semana) e foi negociado por R$1,40/kg. Minas Gerais manteve o preço praticado desde o dia 11 de setembro, R$1,50/kg, mas também no estado os negócios se desenvolveram em mercado firme. Essa e todas as notícias que envolveram o preço do frango estiveram entre as mais lidas no mês de setembro. Saiba mais na página 48.

Alta do frango vivo prossegue em São Paulo

4

Como evoluiu o volume de produção de carne de frango no Brasil nos últimos 30 anos? Em

1979, a produção brasileira foi pouco além de um milhão de toneladas. Dez anos depois, o setor já obtinha tal produção em pouco mais de 58% do tempo inicial, ou seja, em sete meses. Neste ano, o mesmo volume foi obtido em ape-nas um mês.

Evolução da produção de carne de frango no Brasil nos últimos 30 anos

Page 17: Producao Animal Avicultura - ed30

Produção Animal | Avicultura 17

À medida que o uso de antibióti-cos promotores de crescimento

torna-se cada vez mais restrito em todo o mundo, as leveduras e seus derivados surgem como uma alter-nativa no combate a patologias entéricas, pois podem promover melhora nos índices zootécnicos e maximizar a produção.

Com o objetivo de abordar os diferentes aspectos da levedura na alimentação animal, o Colégio Brasi-leiro de Nutrição Animal (CBNA) promoveu entre os dias 17 e 18 de setembro, no Instituto Agronômico de Campinas (ITAL), o I Congresso Internacional sobre Uso da Levedura na Alimentação Animal.

A nutrigenômica, ciência que explica como os nutrientes de uma dieta influenciam a saúde através da modificação da expressão ou estru-tura genética de um indivíduo, tam-bém foi discutida no evento. Fernan-do Rutz, da Universidade Federal de Pelotas (RS), que discutiu o tema, afirma que os “avanços na nutrige-nômica propiciarão a resposta para perguntas chave sobre a dieta e o seu efeito sobre o organismo. Com essa avaliação, podemos estabelecer

estratégias nutricionais que promo-vam uma melhora significativa na saúde e produtividade animal”.

E já que são necessárias mais pesquisas para concretizar o avanço tecnológico que representa a utiliza-ção de leveduras na alimentação animal, como acredita o palestrante Renato Luis Furlan, o CBNA recebeu e avaliou diversos trabalhos científi-cos sobre o tema.

Na próxima edição da Revista do AviSite, os leitores da publicação podem conferir informações mais detalhadas sobre os trabalhos cientí-ficos e os assuntos abordados no I Congresso Internacional sobre Uso da Levedura na Alimentação Animal.

O CBNA ainda promove entre os dias 11 e 13 de novembro deste ano, o I Congresso sobre Manejo e Nutrição de Aves e Suínos, também no Auditório do IAC, em Campinas, SP.

Mais informações: www.cbna.com.br.

Congresso do CBNA discute uso de leveduras na alimentação animal

Evento

Sede do ITAL, em Campinas, SP

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Postura em Foco

A Ovos Brasil, instituição que fomenta o consumo de ovos no país com a

disseminação de informações sobre as propriedades nutricionais do ovo, publi-cou na segunda semana de setembro a primeira edição do “Boletim do Ovo – Área da Saúde Humana” no site www.ovosbrasil.com.br.

Com informações diversas sobre as propriedades nutricionais do produto, o boletim traz dados e estudos analíticos sobre os benefícios do consumo do ovo. “Queremos mostrar aos profissionais da área de saúde humana que argumentos contrários ao consumo deste alimento não têm fundamento”, explica o diretor executivo da entidade, José Roberto Bottura. A tiragem é de 15.000 cópias, além do envio de 50.000 boletins via internet. O público alvo deste segmento são os médicos cardiologistas, geriatras, pediatras, ginecologistas, obstetras, endocrinologistas, nutricionistas e enfermeiros.

A instituição também divulgou um segundo boletim, o “Ovos Brasil Infor-

ma”, voltado para a cadeia produtiva, com informações pertinentes ao segmen-to, que está sendo distribuído na forma de 5.000 exemplares. A idéia é publicar cada uma destes boletins com uma pe-riodicidade de três ou quatro meses.

O Ovos Brasil Informa é produzido pela Litera – Construindo Diálogos, sen-do distribuído entre vendedores de pin-tainhas e as Associações de Classes Esta-duais. Já o Boletim do Ovo, produzido pela empresa RN Comunicações Total, é divulgado para os profissionais cadastros nos Conselhos Regionais de cada classe médica e por meio de empresas que atuam nesta área.

Bottura conta também que o instituto está deixando à disposição de seus cola-boradores os displays que foram usados nas ações dos pontos de venda em super-mercados. “Agora, estamos disponibili-zando os displays para que os colaborado-res organizem uma divulgação em seus próprios pontos de venda. Com isso tere-mos a interiorização das ações em todos os estados, diminuindo os custos da Ovos Brasil na execução desta ação”, afirma.

Para visualizar os boletins, acesse: www.ovosbrasil.com.br/download/

boletim01.pdf www.ovosbrasil.com.br/download/

informa01.pdf

Nesta nova ação, instituto busca informar profissionais da saúde e do próprio setor

Seguindo com seu projeto, Ovos Brasil publica boletins

Fomento

18 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 19

Participação do segmento passou de 27% do total no primeiro semestre de 2007 para 36% em 2009

De acordo com órgãos de agropecuá-ria do Reino Unido, nos últimos dois

anos (dados relativos ao primeiro semes-tre) a produção britânica de ovos aumen-tou 4%, sustentada sobretudo pelo avan-ço da criação “free range” – o sistema de produção ao ar livre e com o uso de gal-pões apenas para o abrigo noturno das aves.

De 2007 para 2009, a produção de ovos em gaiolas convencionais (cujo uso estará proibido a partir de 2012, permitin-do-se apenas a utilização de gaiolas equi-padas ou “enriquecidas”) recuou perto de 8%. Caiu também (cerca de 2,5%) a pro-dução em galpão sobre piso. Mas o maior índice de redução (volume produzido 23% menor, quase um quarto de queda) ocor-

reu no ultra-defendido sistema orgânico de produção – cujos benefícios, aliás, estão sendo questionados.

Em resumo, pois, o único sistema que avançou no biênio foi o “free-range”, cuja

produção aumentou perto de 38%, fa-zendo com que a participação do seg-mento passasse de 27% do total no pri-meiro semestre de 2007 para 36% no mesmo período de 2009.

Produção “free range” avança no Reino UnidoCrescimento

REINO UNIDODistribuição da produção de ovos segundo quatro diferentes sistemas de produção

(em gaiola convencional; em galpão, sobre piso; “free range” e orgânico)

Fonte: DEFRA/UK – Elaboração e análises: AVISITE

Produção de ovos britânica aumentou 4% devido ao avanço da criação “free range”

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20 Produção Animal | Avicultura

Ciência Avícola

Na cidade de Athens, na Geórgia, Estados Unidos, cientistas do

Serviço de Pesquisas Agrícolas do Departamento de Agricultura dos EUA (ARS/USDA, na sigla em inglês), afir-mam que a diminuição da dureza da água (nível de concentração de mine-rais dissolvidos, como cálcio e magné-sio) pode aumentar a remoção de bactérias da pele do frango.

O microbiologista Arthur Hinton Jr. e o químico Ronald Holser do Centro de Pesquisa Richard B. Russel do ARS, conduziram estudos comparando a capacidade da água “muito dura” (200ppm), “moderadamente dura” (100ppm) e “macia” (ou destilada) de enxaguar e retirar bactérias como Campylobacter, Staphylococcus e Pseudomonas da pele da carcaça do frango.

Para isso, foi dissolvido cloreto de cálcio e de magnésio em água destila-da para preparar a água muito dura. Já a água moderadamente dura foi preparada diluindo uma parte de água bem dura e uma parte de água macia. O citrato de potássio foi usado para reduzir a dureza da água.

Após cinco enxaguadas consecuti-vas com cada tipo de água, a ave foi

examinada para determinar a quanti-dade de bactéria que pôde ser retira-da da pele. Os resultados indicaram que a água macia (ou destilada) remo-veu até 37% mais que os outros dois tipos. A Campylobacter é encontrada na área do intestino de aves e pode contaminar a carcaça do animal du-rante o processo. Já a Pseudomonas é um tipo de bactéria que pode ser observada na água de processamento e a Staphylococcus normalmente é encontrada na pele das aves.

O estudo conclui que a água de processamento usada na avicultura comercial pode ter um importante papel na qualidade da carne de fran-go produzida. O pH, a concentração de amônia, o nível de contaminação microbial e a dureza da água usados em tanques de escaldadura, lavadoras e tanques de chiller são fatores que podem influenciar a capacidade de remoção de microorganismos das carcaças durante o processo.

O experimento mostrou que ao reduzir a dureza da água é possível aumentar a capacidade de remover bactérias da carne de frango proces-sada. A pesquisa se refere apenas às bactérias normalmente encontradas na camada de água que cobre a su-perfície da pele e não às situadas em gorduras e proteínas secretadas. As-sim, desde que as bactérias se encon-trem neste local, a indústria processa-dora de frango pode reduzir este número através do monitoramento e controle da dureza da água de processamento.

Esta pesquisa foi publicada no International Journal of Poultry Scien-ce, número 2, volume 8, entitulada “Role of Water Hardness in Rinsing Bacteria from the Skin of Processed Broiler Chickens”. Para conferir o estu-do na íntegra, acesse: www.pjbs.org/ijps/fin1354.pdf .

Água de processamento

usada na avicultura comercial pode

ter um importante papel na qualidade da carne de frango

produzida

Pesquisa sugere que água macia remove até 37% mais patógenos

Dureza da água tem papel importante na remoção de bactéria da pele do frango

Desinfecção

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Produção Animal | Avicultura 21

Pesquisa desenvolvida no Kansas revela efeito oposto ao objetivado com lavadoras de alta pressão

Surpreendentemente, pesquisadores da Universidade de Kansas (KSU), nos

EUA, constataram que a forma de uso das lavadoras de alta pressão nos abate-douros pode, em vez de reduzir a conta-

minação ambiental, contribuir para a disseminação de bactérias patogênicas. É um efeito totalmente oposto ao objetivado.

A propósito, os pesquisadores Jasde-ep Saini, James Marsden e Daniel Fung, da KSU, integrantes de um chamado Consórcio de Inocuidade dos Alimentos (FSC, na sigla em inglês), observam que os drenos existentes no piso dos abate-douros são, reconhecidamente, um dos principais pontos de concentração de bactérias nas plantas de abate, porquan-to para eles é direcionada não só parte das águas utilizadas no processo, mas também resíduos do processamento. Não é por menos que se exige que esses drenos sejam higienizados diariamente ou várias vezes ao dia, sempre com água sob alta pressão. Mas é aí que surge o novo desafio no processo de desinfecção.

Analisando os procedimentos adota-dos, a equipe do FSC constatou que a água sob alta pressão remove, sim, as

bactérias que eventualmente aderem às paredes e grades dos drenos, mas em contrapartida seus aerossóis (as gotículas que se formam quando a água é subme-tida à alta pressão) podem transferir essas bactérias para outras superfícies.

No caso em foco, os pesquisadores voltaram a atenção, especificamente, para a Listeria Monocytogenese. Que possui a capacidade, entre outras características, de formar biofilmes, um conjunto encapsulado de bactérias que adere firmemente a uma superfí-cie. É essa característica que, na higie-nização sob alta pressão, acaba “jo-gando” a L. Monocytogenese para outras superfícies, eventualmente para

onde a carne está sendo processada.“Felizmente, essa é uma situação que

pode ser remediada”, dizem integrantes do FSC. Mas, para isso, os trabalhadores responsáveis pelos serviços de higieniza-ção da planta precisam ser devidamente treinados “para fazer a coisa certa”.

Mais detalhes a respeito podem ser encontrados na última “newsletter” trimestral do FSC (Food Safety Consor-tium), publicação que, aliás, interessa bem de perto a todos quantos atuam no abate animal e processamento de carnes. Para acessar a edição mais recente do boletim periódico do FSC, entre no site www.uark.edu/depts/fsc/news-htm/news.current.htm .

Forma de higienização também pode contaminar abatedouro

Restrição Alimentar

Água sob alta pressão remove bactérias que

aderem às paredes e grades dos drenos, mas seus aerossóis podem transferir

essas bactérias para outras superfícies

James Marsden, um dos pesquisadores da equipe da KSU

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22 Produção Animal | Avicultura

Ciência Avícola

O ácido cítrico, presente de forma natural no limão, reduz de ma-

neira considerável a presença do pa-tógeno causador da listeriose e au-menta a vida útil da carne de aves em até oito dias. Foi o que demonstrou a equipe da pesquisadora Elena Gonzá-lez Fandos, da Universidade de La Rioja (em Lograño, capital da La Rio-ja, Espanha). Os resultados foram publicados no International Journal of Food Science and Technology.

O ácido cítrico é um ácido orgâni-co usado como conservante natural e está presente na maioria das frutas, sobretudo em cítricos como o limão e a laranja. A listéria (ou listeria mo-nocytogenes) é uma bactéria móvel, resistente ao congelamento e outras condições adversas. A infecção por listéria é conhecida como listeriose, e é especialmente grave em gestantes, recém-nascidos e pessoas imunodeprimidas.

Em uma coletiva de imprensa, que contou com a presença do vice-reitor da Universidade, González explicou que o estudo evidencia a eficácia do ácido cítrico para a melhor conserva-ção da carne de frango e também como medida adicional de segurança alimentar. Além disso, os órgãos re-gulatórios da União Européia pode-riam autorizar o método para descon-taminação de carne de aves.

Segundo o estudo, a lavagem da carne logo após o abate com solu-ções de ácido cítrico a baixas concen-trações, entre 1 e 2%, pode reduzir de forma significativa a presença da bactéria que causa a listeriose.

A pesquisadora ressaltou também que este patógeno se espalha de forma ampliada na natureza, incluin-do os alimentos, e não é perigoso até alcançar certa concentração.

O ácido cítrico, mesmo que não

destrua totalmente a bactéria, reduz fortemente a sua presença. Além de sua ação antimicrobiana, o ácido cítrico prolonga a conservação do frango em boas condições entre dois e três dias a mais que o habitual (que é de três a quatro dias), sem a emba-lagem e até oito dias se armazenado a quatro graus em ambiente controla-do. A qualidade sensorial do produto, odor, cor e textura, não é afetada. Este aumento na vida útil da carne de aves se deve à redução, graças ao ácido cítrico, da flora presente no frango, de forma natural. Estes mi-croorganismos não são prejudiciais à saúde, mas deterioram o produto ocasionando odor e sabor desagradáveis.

A pesquisadora Elena González também lembra que a carne de aves é particularmente propensa à prolife-ração deste tipo de flora devido a seu pH e outras características que fazem do frango um dos alimentos que se deterioram mais facilmente.

O estudo de alternativas naturais, como o limão, se justifica, já que a União Européia não permite a lava-gem da carne de frango com nenhum produto antimicrobiano.

O resumo do trabalho em inglês está disponível no link: www3.inters-cience.wiley.com/journal/120081729/abstract

Lavagem da carne logo após o abate com soluções de

ácido cítrico a baixas concentrações, entre 1 e 2%,

pode reduzir de forma significativa

a presença da bactéria que causa a

listeriose

Estudo foi conduzido pela Universidade de La Rioja, na Espanha

Ácido cítrico prolonga por até 8 dias vida útil da carne de frango

Conservação

Page 23: Producao Animal Avicultura - ed30

Produção Animal | Avicultura 23

Page 24: Producao Animal Avicultura - ed30

24 Produção Animal | Avicultura

Processo através do qual são im-plantados sistemas para garantir

maior rendimento e produtividade com qualidade e a custos compatí-veis com o mercado. Essa é a defini-ção da palavra automação e não por acaso a avicultura de postura vem investindo na tecnologia que pode lhe trazer maior rendimento e pro-dutividade. O controle automático em diversas áreas da produção tira o homem de tediosas tarefas de rotina e lhe permite dedicar sua capacida-de em fins mais úteis, diminuindo a mão-de-obra e tornando o manejo do sistema produtivo mais fácil, confiável e preciso, além de reduzir desperdícios.

Paulo Giovanni de Abreu e Vale-ria Maria Nascimento Abreu, Pes-quisadores da Embrapa Suínos e Aves, observam que, à medida que vão aumentando as aplicações e o uso do controle automático, vão au-mentando também as exigências de precisão e confiabilidade que lhes

Automação | Avicultura de postura

24 Produção Animal | Avicultura

Automação e tecnolo gia na avicultura de postura possibilitam maior rendimento

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Page 25: Producao Animal Avicultura - ed30

Produção Animal | Avicultura 25

são exigidas. A automação do proces-so produtivo exige funcionalidade para armazenar dados, abrindo cam-po para introdução de computadores. “Entre os dispositivos eletro-eletrôni-cos que podem ser aplicados estão os computadores ou outros dispositivos capazes de efetuar operações lógicas, como controladores lógicos progra-máveis (CLP), microcontroladores, SDCDs (Sistema digital de controle distribuído) ou CNCs (Controle Nu-mérico Computadorizado). Estes equipamentos, em alguns casos, subs-tituem tarefas humanas ou realizam outras que o ser humano não conse-gue realizar”, completam.

Paulo de Abreu afirma que, dentro da grande variedade de equipamen-tos que podem ter as granjas avícolas, os que mais têm revolucionado o se-tor são os sistemas de distribuição de ração, de fornecimento de água e de climatização.

No setor de produção de ovos, os computadores podem estar desde o

fornecimento de ração, coleta e trans-porte de ovos até o empacotamento.

Os pesquisadores da Embrapa ex-plicam que, atualmente, o ovo é cole-tado nos aviários e chega até o consu-midor sem que haja contato manual, um processo totalmente automatiza-do.

O ambiente térmico interno do aviário pode ser controlado em fun-ção das condições climáticas exter-nas, por meio de dados adquiridos da estação meteorológica instalada na própria granja e, dessa forma, acionar ventiladores, nebulizadores e siste-mas de cortina. Este mesmo sistema armazena os dados referentes à pro-dução e são conectados a um sistema de alarme que pode alertar o produ-tor na ocorrência de algum proble-ma.

Além disso, os sistemas de clima-tização automatizados serão cada vez mais necessários para propiciar às aves maior conforto e bem-estar, já que o adensamento elevado no siste-

ma de gaiolas nem sempre confere às aves uma condição ótima de confor-to térmico, causando altas mortalida-des nos períodos críticos de tempera-turas elevadas.

Fons Visschers, Diretor de Vendas da Diamond Moba Américas, acredi-ta que a automação na avicultura de postura é um caminho sem fim e que sempre haverá tecnologia e desenvol-vimento para melhorar a qualidade e a produtividade com cada vez maio-res níveis de mecanização.

Ele também acredita que a tecno-logia no setor de classificação de ovos é uma das mais importantes áreas na automação do setor. “Os produtores têm um longo trabalho desde a cria-ção das pintainhas até a produção de ovos. Depois de toda essa dedicação não é viável a perda do produto justa-mente no momento da classificação”, afirma Visschers, observando que o ovo é um produto frágil e quanto mais manipulado, maiores as chan-ces de perdas por quebra.

Sistemas de distribuição de ração, fornecimento de água e climatização revolucionam setor

Automação e tecnolo gia na avicultura de postura possibilitam maior rendimento

CLP (Controladores Lógicos Programáveis) Com-putador especializado, baseado num microprocessador que desempenha funções de controle de diversos tipos e níveis de complexidade

SDCDs (Sistema digital de controle distribuído) Tem como função o controle de processos de forma a per-mitir uma otimização da produtividade industrial. É composto por dispositivos que se completam no cum-primento de diversas funções

CNCs (Controle Numérico Computadorizado) Con-trolador numérico que permite o controle de máquinas e reduz o número de erros humanos, aumentando a qualidade dos produtos e diminuindo o desperdício

Conceito

Automação: Sistema automático de controle pelo qual os mecanis-mos verificam seu próprio funcio-namento, efetuando medições e introduzindo correções, sem a ne-cessidade da interferência do ho-mem. Este sistema de controle per-mite também diminuir os custos e aumentar a velocidade da produ-ção. A palavra automação, do latim, significa mover-se por si.

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26 Produção Animal | Avicultura

Automação | Avicultura de postura

Na década de 80 já se tinha algum processo de automação das granjas de aves de postura como a adoção do sis-tema de distribuição da ração com ca-çamba automática que corria sobre o cocho ou mesmo os bebedouros de alumínio em formato de calha e uso de timer para programas de ilumina-ção. De certa forma, alguns desses processos necessitavam de mão de obra para acionar e/ou desligar o sis-tema. Com o aumento da escala de produção nos anos 90, a automação tornou-se imprescindível no sistema de produção de ovos desde o forneci-mento de ração e água até a coleta de ovos.

Há 25 anos, quando a automação não havia chegado à avicultura de postura, os aviários eram construídos em estilo californiano, padronizados com tamanho de 100 x 3 metros com cobertura de telha de barro e 2,4 me-tros de altura. As gaiolas de arame apresentavam tamanho de 25 cm x 45 cm de fundo, dispostas uma sobre a outra, em 2 andares. O comedouro era construído de madeira contínuo, o que permitia o arraçoamento com caçamba automática. Já os bebedou-ros eram em formato de calha de alu-mínio. Os estercos ficavam amontoa-dos abaixo da gaiola. A iluminação com lâmpadas incandescentes de 40 Watts, fornecia às aves um período de 17 horas de luz.

Hoje, os aviários suspensos ou não, são em bateria ou piramidais, com 15 x 100 metros, cobertura de te-lha metálica e pé direito de 5 ou 6 me-tros de altura. As gaiolas com arame são protegidas com tinta especial, ta-manho 43 cm x 64 cm x 74 cm, dis-postas uma sobre a outra, em 5 ou 6 andares. O comedouro é constituído de metal contínuo com caçamba au-tomática para distribuição de ração. Os bebedouros são do tipo nipple. O esterco é recolhido por meio de estei-ras automáticas. A iluminação é reali-zada por meio de lâmpadas compac-tas de 11 W controladas por timer.

As granjas de postura há 25 anos e hoje

Aviários construídos em estilo californiano, padronizados com tamanho de 100 x 3 metros com cobertura de telha de barro e 2,4 metros de altura;Gaiolas de arame com tamanho de 25 cm x 45 cm de fundo, dispostas uma sobre a outra, em 2 andares;Bebedouros em formato de calha de alumínio;

Aviários em bateria ou piramidais, com 15 x 100 metros, cobertura de telha metálica e pé direito de 5 ou 6 mestros de altura;Gaiolas com arame são protegidas com tinta especial, tamanho 43 cm x 64 cm x 74 cm, dispostas uma sobre a outra, em 5 ou 6 andares;Comedouro constituído de metal contínuo com caçamba automática para distribuição de ração;

Produção de ovos há 25 anos

Produção atual de ovos

Comedouro de madeira contínuo, o que permitia o arraçoamento com caçamba automática;Estercos amontoados abaixo da gaiola;Iluminação com lâmpadas incandescentes de 40 Watts, fornecia às aves um período de 17 horas de luz;Coleta de ovos realizada manualmente.

Bebedouros do tipo nipple; Esterco recolhido por meio de esteiras automáticas;Iluminação realizada por meio de lâmpadas compactas de 11 W controladas por timer;Ovos coletados por meio de esteiras e transportados em ovodutos até o setor de classificação e empacotamento.

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Produção Animal | Avicultura 27

Para Luiz Roberto Angelotti, zootecnista e Gerente de Produção da Katayama Alimentos, com sede em Guararapes, São Paulo, presente no setor avícola de postura desde a década de 60, os maiores benefícios da automação são a economia de mão de obra, a redução do custo de produção e a melhora na qualidade dos ovos produzidos. “Quanto maior o nível de automa-ção da empresa, menor é o custo de produção. O ideal é que todas as fases da criação, da pro-dução, da fabricação de ração e classificação dos ovos sejam totalmente integradas no processo de automação”, completa.

Ele explica também que diversos fatores le-vam uma empresa a investir na automação, como a busca por competitividade, as exigên-cias de qualidade do mercado, dos clientes e dos órgãos fiscalizadores, a redução de mão de obra e as questões ambientais.

“Os investimentos são altos, mas viáveis. A atividade tem margem para um retorno bastan-te satisfatório”, finaliza.

Também sobre investimentos, Paulo de Abreu considera que para que toda a avicultura

Alguns aviários possuem sistema de climatização por meio de ventilado-res, nebulizadores ou padcooling. Os ovos são coletados por meio de esteiras e transportados em ovodutos até o se-tor de classificação e empacotamento.

Agora, com o sistema automatiza-do, tem-se o melhor aproveitamento

das edificações, concentrando o maior número de aves por m2 e otimizando o custo, além do melhor uso da mão de obra, que diminui a carga do opera-dor do galpão. Atualmente, o setor de produção de ovos também conta com o fortalecimento da produtividade, devido a menor intensidade de mane-

jo e redução do estresse das aves causa-do pela presença humana e outras vantagens como redução do índice de ovos rachados, maior comodidade para as aves devido a menor manipu-lação, pois as atividades de alimenta-ção, retirada de esterco e recolhimento dos ovos são todas automatizadas.

Economia de mão de obra e redução do custo de produção

de postura continue se valendo da automação no setor, altos investi-mentos devem ser realizados. “A automação de toda a cadeia de ovos requer investimento inicial elevado e a disponibilidade de crédito é um fator restritivo para o setor. Incentivos governamentais devem estimular o setor a se modernizar tornando o Brasil uma referência em tecnologia de ponta e know-how na produção de ovos”.

Paulo de Abreu: A automação permite

o aumento da produtividade de

ovos e o consumidor pode ter um produto

diferenciado com melhor qualidade, uniformidade,

classificação perfeita e menor custo

Page 28: Producao Animal Avicultura - ed30

28 Produção Animal | Avicultura

Automação | Avicultura de postura

ClassificadorasPermitem rapidez,

maior número de ovos e precisão. Proporcionam melhoria significativa na qualidade do produto final, pois podem ser configuradas com mó-dulos, como detector de trincas, lavadora e ou-tros.

Coleta de ovosÉ realizada por cintas que previnem rachaduras e amon-

toamento do produto. Recolhe e transfere os ovos para os coletores, que mantém os mesmos constante-mente na posição corre-ta durante a transferên-cia para a esteira transversal, que conduz os ovos até a sala de classificação. O sistema pode ter ainda contado-res mecânicos do pro-duto por linha, totaliza-dor e sistema de limpeza da esteira colhedora.

Distribuidor de raçãoÉ feita por meio de carros auto propulsores, sobre tri-

lhos de baixo consumo elétrico. Permitem boa distribuição da ração, redução de desperdícios e acionamento automáti-co por meio de timer.

Distribuição de águaDisponibiliza o volume de

água necessário para cada fase das aves, garantindo a melhor distribuição em todos os pon-tos do aviário, com controle de pressão e vazão nos nipples.

Retirada de estercoÉ realizada por meio de

cintas localizadas em baixo das gaiolas, que recebem o es-terco. O resíduo é depositado em uma transportadora trans-versal e inclinada, e segue para fora do aviário, diretamente nas caçambas dos caminhões.

Sistema de climatizaçãode galpões

É importante para promo-ver os ajustes necessários ao conforto térmico das aves, de forma mais precisa e rápida. Para isso, são utilizados senso-res termostatos e umidostatos como controladores da tempe-ratura e umidade, respectivamente.

Automação na produção de ovos

Novas técnicasOs pesquisadores da Embrapa, Pau-

lo de Abreu e Valeria Nascimento Abreu, lembram que para que a auto-mação continue trazendo vantagens, o processo de desenvolvimento de novas tecnologias é sempre necessário. Ele ex-plica melhor: “A inovação tecnológica

em decorrência da difusão e transfe-rência do conhecimento tem um efeito inicial de ganho na competitividade, aumentando a produtividade e redu-zindo os custos. Entretanto, a adoção destas técnicas deve ser substituída por outras quando a tecnologia adotada

não gera mais ganhos, ou seja, novas tecnologias são necessárias para com-pletar o ciclo. Atualmente, por exem-plo, novos equipamentos para pesagem de aves estão sendo desenvolvidos para melhorar ainda mais o processo de au-tomação nas granjas de postura”.

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Produção Animal | Avicultura 29

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30 Produção Animal | Avicultura

Associações

Com o objetivo de discutir proble-mas encontrados no setor avíco-

la, a Associação Goiana de Avicultura (AGA) realizou, em parcei-ra com a Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (EV/UFG), o IX Simpósio Goiano de Avicultura.

Mais de 300 pessoas participa-ram de discussões sobre as boas práticas de fabricação, legislação ambiental, atualidades em aditivos, métodos de compostagem, desinfe-tantes, painel de climatização para

postura, fertilidade em matrizes pesadas, empreendedorismo, entre outros. Neste ano a novidade foi o painel de matrizes pesadas que reuniu todas as pessoas envolvidas com matrizes e incubatórios.

O evento, realizado nos dias 03 e 04 de setembro, foi dividido em três painéis: frango de corte, aves de postura comercial e matrizes pesa-das, com palestras científicas a cada segmento produtivo.

Estiveram presentes no evento representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA), da Embrapa, do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas), de Universidades e de em-presas diversas.

Segundo a organização, o Simpósio foi voltado aos profissio-nais e estudantes que atuam no setor avícola, instituições de pesqui-sa, universidades e órgãos públicos, consultores, produtores, empresá-rios, investidores e todo o mercado que compõe a cadeia de aves, além dos segmentos de apoio como logís-tica, armazenamento, classificação e certificação.

Já os palestrantes foram escolhi-dos em reuniões realizadas pela associação, com a participação da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Universidade Católica de Goiás (UCG), além de profissionais da avicultura. O evento aconteceu no salão de eventos do Castro´s Park Hotel, em Goiânia, GO.

Para obter mais informações, acesse o site www.agagoias.com.br.

AGA e UFG atualizam profissionaisEvento foi dividido em três painéis: frango de corte, aves de postura comercial e matrizes pesadas

Goiás

Legislação ambiental, métodos de

compostagem, painel de climatização para postura e BPF foram

alguns dos temas discutidos

Participantes do Simpósio

Organizadores do evento

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Produção Animal | Avicultura 31

Entre os dias 02 e 04 de setembro a Associação Baiana de Avicultu-

ra (ABA) e a Associação Baiana de Suinocultura (ABS) promoveram, em Salvador, o 2° Simpósio Regional da Avicultura e Suinocultura. Paralela-mente ao evento, aconteceu o 2º Encontro das Indústrias Avícolas e Suinícolas da Bahia.

Com mais de 360 participantes, o simpósio discutiu temas técnicos como nutrição, manejo, sanidade e genética, além de tópicos econômi-cos e conjunturais relacionadas às

diversas necessidades da cadeia produtiva – da granja à agroindús-tria.

Um dos painéis discutiu a produ-ção de grãos e as oportunidades de negócios na região Oeste da Bahia e teve a participação de representan-tes da Companhia Nacional de Abas-tecimento (Conab), da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e da Cooperativa Agropecuá-ria Oeste Bahia (Coproeste).

Após os pronunciamentos, os palestrantes debateram a comerciali-

zação de grãos, as perspectivas da produção com interação com as atividades pecuárias e os mecanis-mos de comercialização para susten-tação de preço mínimo do MAPA.

A primeira edição do simpósio foi organizada com o objetivo de “treinar” Salvador para receber, em 2012, o 24º Congresso Mundial de Avicultura. O simpósio é uma opor-tunidade para desenvolver e estimu-lar a participação dos segmentos avícola e suinícola da Bahia em gran-des eventos regionais.

ABA promove 2º Simpósio Regional da Avicultura e SuinoculturaEvento discutiu temas como nutrição, manejo, sanidade e genética

Bahia

A Associação Gaúcha de Avicultu-ra (Asgav) se reuniu no começo

de setembro com os representantes do Ministério da Agricultura José Maria dos Anjos e João Antônio Fagundes Salomão. O encontro acon-teceu na Expointer 2009 com o obje-tivo de fazer o pedido de leilões de Prêmio para Escoamento de Produ-ção (PEP), de subsídios ao frete, dire-cionados para avicultura do Rio Gran-de do Sul.

Na reunião foram apresentados dados e informações sobre o merca-do de milho no RS, em outros esta-dos e no exterior. O Diretor de Ope-rações e Abastecimento Agrícola e

Pecuário da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), Rogério Colombini, anunciou que a compa-

nhia atenderá o pleito da avicultura gaúcha disponibilizando mecanismos de leilões de milho e outros para

atender a demanda do setor avícola gaúcho. Os leilões são importantes para a competitividade da indústria, pois sem renda, a produção é desesti-mulada.

A Asgav através do Secretário Executivo, José Eduardo dos Santos, juntamente com Presidente da ABEF, Francisco Turra, e o Diretor Executivo Ricardo Santin, entregaram docu-mento oficializando as solicitações do setor.

A Expointer aconteceu entre os dias 26 de agosto e 6 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio, RS, reunindo 420.000 visitantes.

CONAB atenderá o pleito da avicultura

gaúcha disponibilizando mecanismos de leilões de milho e outros para atender a demanda do

setor Avícola

Pedido de leilões PEP pela Asgav é atendidoRepresentante da Conab anunciou que companhia irá atender demanda do setor avícola

Rio Grande do Sul

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32 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

A Poli-Nutri está investindo cerca de R$ 15 milhões em uma nova

unidade fabril, localizada na cidade de Treze Tilias, em Santa Catarina, além de um novo centro de distribuição na região de Caruaru, no estado de Pernambuco.

Com inauguração prevista para o segundo semestre de 2010, a quarta fábrica da Poli-Nutri terá capacidade de produção acima de 5.000

toneladas/mês, além de contar com mais 150 colaboradores na nova unidade, valorizando a mão de obra regional.

A planta foi concebida para aten-der todos os requisitos das Normas Legais de Segurança e Normas de Boas Práticas de Fabricação, contando com um sistema de reaproveitamento da água da chuva e com um progra-ma de gerenciamento de resíduos.

Poli-Nutri anuncia quarta unidade fabrilExpansão

Empresa também investe em novo centro de distribuição

A Adisseo e sua companhia con-troladora China National

Bluestar confirmaram a construção da nova planta de produção de metionina em Nanjing, na China.

A escolha deste local foi feita principalmente tendo em vista à otimização de todas as etapas do

“supply chain”: a nova planta de produção de Metionina não apenas será beneficiada pela abundância local de matérias-primas como gás, propileno, metanol e enxofre, mas sua localização também é perfeita para facilmente atender todo o con-tinente asiático.

A previsão é de que a nova plan-ta entre em operação no segundo semestre de 2012. Em um primeiro momento, a unidade terá capacida-de anual de produção de 70 mil toneladas.

Adisseo e Bluestar confirmam nova planta

Expansão II

Unidade produtora de metionina está localizada na China

Nova fábrica em construção em Treze Tilias, SC

A Pfizer e a fabricante do GalliPro, Chr. Hansen, decidiram esten-

der a cooperação que haviam firma-do neste ano. Agora a parceria en-globa a comercialização do GalliPro Tect, novo aditivo probiótico para aves que está sendo lançado no Brasil, Estados Unidos e Europa. O produto será distribuído exclusiva-mente pela Pfizer.

GalliPro Tect é indicado para ganho de peso e melhora da conver-são alimentar, de uso exclusivo na alimentação animal. O grande dife-rencial do produto é a composição à base de Bacillus licheniformis, probi-ótico altamente eficaz na modulação da microbiota intestinal, sendo alter-nativa ao uso de promotores de crescimento em ambientes com alto desafio entérico na produção de frangos de corte.

Pfizer e Chr. Hansen ampliam parceria

Aditivo probiótico

União engloba comercialização do GalliPro Tect

Nova planta deve entrar em operação

no segundo semestre de 2012

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Produção Animal | Avicultura 33

A Merial Saúde Animal promo-ve há 11 anos o Concurso

“Eu que Vacino com Merial”. O programa, que visa orientar e estimular funcio-nários de incuba-tórios sobre a correta vacinação de aves no pri-meiro dia de vida, já premiou centenas de vacinadores em todo o país.

Na primeira fase do concurso de 2009, participaram 27 incuba-tórios de frangos de corte e 5 incubatórios de postura comercial. Além de receberem prêmios pelo

desempenho da atividade, os vacinadores participaram da esco-lha do tema da campanha de

2010. O vence-dor deste ano foi o vacinador Marçal Roberto Huskof, da Cooperativa Languiru I, do Rio Grande do Sul com a su-gestão “Merial e você de mãos dadas para proteger”.

Para saber mais informações sobre o concur-so, acesse o site www.merial.com.br/avicultores/concursos/euquevacino_2009.

“Eu que vacino com Merial” destaca vencedores

Concurso

Vacinadores participaram da escolha do tema da campanha de 2010

A LINPAC Pisani está lançando no mercado a gaiola 80, que é 50

mm mais baixa que o modelo conven-cional para frangos griller. O novo modelo não apresenta nenhum risco para o conforto e bem-estar animal e afasta os problemas de hematomas e lesões.

LINPAC lança gaiola para transporte de frango griller

Lançamento

Novo produto é 50 mm mais baixo que o convencional

Dados TécnicosPeso: 5,70 KGCapacidade de Carga: 15 frangos de 1,4000 KgDimensões Externas: 770 mm x 570 mm x 231 mmEmpilhamento por pilha no transporte: até 11 gaiolas

Gaiola 80 é 50mm mais baixa que modelo convencional

Vencedor foi o vacinador

Marçal Huskof, da Cooperativa

Languiru I, RS, com a sugestão “Merial e você de mãos dadas

para proteger”

A Guabi foi premiada como uma das melhores empresas forne-

cedoras de rações para animais de produção e animais de companhia de 2009. A pesquisa foi realizada por profissionais da Expo AgroRevenda e a premiação aconte-ceu paralelamente ao evento, na segunda semana de agosto.

A empresa foi avaliada em qua-tro atributos: apoio no ponto de venda; prazo e pontualidade na entrega; condições de compra e qualidade de atendimento comercial. O objetivo da pesquisa foi oferecer subsídios para que os fornecedores ajustem seus serviços às reais neces-sidades dos revendedores. Informações sobre a empresa: www.guabi.com.br

Guabi recebe prêmio

Reconhecimento

Uma das melhores empresas de rações

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34 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

No Espaço Feirão “Mais Alimentos”, montado na

Expointer 2009, aconteceu a entrega simbólica do primeiro equipamento CASP para aves e suínos financiado pelo Programa “Mais Alimentos”. A iniciativa foi criada em 2008 pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a modernização produtiva das unidades familiares brasileiras.

O “Mais Alimentos” é uma linha de crédito de até R$ 100 mil, que podem ser pagos em até 10 anos, com juros de 2% ao ano e prazo de até três anos de carência para come-çar a pagar.

Na última semana de agosto, a Fort Dodge Saúde Animal

promoveu o primeiro módulo do curso destinado exclusivamente ao segmento de aves reproduto-ras no Curso de Sanidade Avícola.

Em uma iniciativa de acompa-nhamento das necessidades de um mercado em expansão, a Fort Dodge renovou o programa do curso dando uma atenção espe-cial às necessidades do mercado de aves reprodutoras. O evento contou com a presença de 75 participantes de diversas regiões do País e foi realizado no Hotel Duas Marias, em Jaguariúna (SP), durante quatro dias.

CASP entrega equipamento financiado pelo “Mais Alimentos”

Recursos

Linha de crédito de até R$ 100 mil pode ser paga em até 10 anos

Profissionais da CASP entregam equipamento

Fort Dodge cria módulo direcionado para reprodutoras

Curso

Programa foi renovado para dar atenção especial à este mercado

Fort Dodge renovou programa do curso dando atenção especial às necessidades do mercado de aves reprodutoras

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Produção Animal | Avicultura 35

O Laboratório Biovet acaba de criar o cargo “Gerência de Produto e

Serviços Técnicos Coccidiose”, que será ocupado pela Médica Veterinária Patricia Babadopulos.

“O Biovet tem primado desde a concepção da vacina de Coccidiose Bio-Coccivet R para reprodutoras, culminando com a conquista de mais de 80% do mercado. Agora está se preparando para o lançamento da vacina de Coccidiose para frangos de corte”, explica a Gerente da nova divisão, Patricia Babadopulos.

No Biovet, Patrícia será responsá-vel por coordenar as ações do labora-tório até o campo.

Biovet cria cargoCoordenação

Profissional será responsável por coordenar ações do laboratório até o campo

Com a chegada da Pas Reform ao Brasil e seus primeiros

passos no mercado nacional, a empresa aponta Adaile de Castro Filho como consultor para clientes-chave.

Com mais de 30 anos de experiência no setor avícola, Castro traz além de conhecimen-to operacional, grande conheci-mento do mercado avícola e seus clientes-chave. Anteriormente ele trabalhou como diretor superintendente do grupo Hygen de Rio Claro.

Expansão de vendas

Pas Reform Brasil

Novo consultor para clientes-chave

Médica Veterinária Patricia Babadopulos

A Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), com

sede em Cafelândia, Paraná, está entre os principais fornecedores nacionais na categoria Frango Resfriado e Congelado segundo a Pesquisa Nacional de Reconhecimento de Marca. A pesqui-sa é realizada pela revista Supermercado Moderno, que promo-ve anualmente junto aos supermerca-distas a edição Top Five.

“Esse reconhecimento é resultado do compromisso com a qualidade, da transparência e da seriedade com que trabalhamos, tendo como foco o melhor atendimento de nossos clien-tes supermercadistas e, consequente-mente, de todos os consumidores”, reforça o gerente comercial da Copacol, Valdemir Paulino dos Santos.

A Cooperativa que abate mais de 300 mil aves ao dia, sendo que 60% dessa produção é comercializada no mercado interno, também atende consumidores de mais de 30 países.

Há 27 anos no mercado avícola, os investimentos tecnológicos da Copacol no processo de incubação dos ovos, assistência técnica avança-da, abate, industrialização e comer-cialização, aliado às certificações ISO 9001, BRC – Produtos Alimentícios e APPCC/HACCP – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, certifi-cam a Cooperativa não apenas como uma indústria apta a produzir

alimentos, mas como uma empresa especializada e segura para atender demandas do mundo inteiro, incluin-do os mercados mais exigentes.

A Copacol possui unidades de venda nas cidades de Cafelândia e Curitiba (Paraná), Campo Grande (Mato Grosso do Sul), Brasília (Distrito Federal) e Bebedouro (São Paulo), além de possuir 11 unidades de ar-mazenagem e recebimento de grãos na região Oeste do Paraná, para o atendimento de mais de 5.500 asso-ciados e 6.500 colaboradores diretos.

Mais informações sobre a empre-sa: www.copacol.com.br/

Copacol entre as marcas mais conhecidas Top Five

Pesquisa é realizada pela revista Supermercado Moderno

Page 36: Producao Animal Avicultura - ed30

Sustentabilidade

Para o produtor avícola que pre-tende unir redução de custos,

recuperação ambiental e diminui-ção de cortes de plantas silvestres ou nativas, o plantio de eucaliptos é uma solução. Além de ser utiliza-da na construção de aviários, a madeira é aproveitada para o aque-cimento dos lotes de frango, seca-gem de milho ou soja, nas cal-deiras frigoríficas e no processamento de sub-produ-tos.

Segundo Cláudio Almeida Faria, Gerente Geral do Com-plexo Agroindustrial da Pif Paf de Goiás, o plantio de eucalipto traz benefícios tanto à avicultura, quan-to ao produtor e ao meio ambiente. “O sombrea-mento direto ou atra-vés do amortecimento da radiação solar pro-picia um clima favo-rável ao desenvolvi-mento das aves comerciais, redu-zindo o impacto negativo causado pela amplitude térmica”, afir-ma. Além disso, a plantação for-

36 Produção Animal | Avicultura

Plantio de Eucaliptos:atividade sustentável reduz custos na produção de frangoFontes de energia esgotáveis utilizadas em várias etapas da produção avícola podem ser substituídas por madeira de eucaliptos

foto: CO

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Produção Animal | Avicultura 37

Plantio de Eucaliptos:atividade sustentável reduz custos na produção de frangoFontes de energia esgotáveis utilizadas em várias etapas da produção avícola podem ser substituídas por madeira de eucaliptos

ma uma barreira vegetal, favorecendo a biossegurança e oferecendo uma proteção natural contra destelhamen-tos e perdas provocadas por venda-vais.

Já em relação ao meio ambiente, substitui a utilização de fontes de energia esgotáveis, como gás natural e lenha nativa, promovendo de forma ambientalmente correta a auto-sus-tentabilidade, através do plantio em áreas pouco produtivas. Outra vanta-gem é a otimização da utilização da propriedade minimizando a tributa-ção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR).

Valmor Ceratto, Gerente Agroin-dustrial da Frangos Canção, sediada em Maringá, PR, afirma que o plantio de eucaliptos reduz o custo de aqueci-mento das aves em 50% e amplia a rentabilidade dos criadores de frango em cerca de 10%, além de oferecer vantagens para a construção de gal-pões e da cama de frango. Ele explica a vantagem para a habilitação de ex-portação a diversos mercados que consideram as barreiras ambientais como diferenciais na compra de pro-dutos. “Toda vez que você busca uma certificação para exportar para a Eu-ropa, por exemplo, e eles percebem um incentivo para os produtores, você ganha pontos”.

Já Cláudio Faria acredita que agir de forma ambientalmente correta não é mais um diferencial, pois atualmen-te o mundo está voltado para questões ambientais. “O contrário (não exercer atividades sustentáveis) é que se tor-nou condição restritiva ao acesso de determinados mercados”, afirma.

O eucalipto possui diversas vanta-gens se comparado com outras árvo-res e é por este motivo que é o mais procurado pelos produtores avícolas. A plantação não atrai aves silvestres, cresce rapidamente, não agride ben-feitorias, tem múltipla utilização, é de fácil comercialização e de boa liqui-dez. O Gerente da Pif Paf diz que a es-pécie de eucalipto para cada local é escolhida conforme recomendação dos agrônomos que atuam na região, mas que atualmente as mais usadas são “GG-100” e “I-144”

A Pif Paf começou a plantar euca-liptos em dezembro de 2006, na uni-dade de produção de ovos férteis (ma-trizeiro), localizada em Paraúna, GO. Após dois anos, foi a vez dos integra-dos começarem a praticar essa ativi-dade sustentável. Hoje, 70% dos par-ceiros da Pif Paf possuem eucaliptos nas propriedades.

Por recomendação da empresa, que realiza um trabalho de conscien-tização demonstrando as vantagens que a floresta oferece, Edson José de Sousa, integrado desde dezembro do ano passado, começou a fazer a cober-tura de eucaliptos em fevereiro de 2009. ”Me interessei pelos benefícios que a Pif Paf disse que traria para a granja, como a proteção de ventos e

chuvas, melhora na ambiência do gal-pão e na ventilação, além de poder explorar mais para frente o próprio eucalipto, que servirá como lenha para o fogão aquecer os pintainhos na fase inicial”, disse.

As mudas de Edson foram compra-das em uma empresa de Palmeiras de Goiás, GO, por 40 centavos cada. “Plantei apenas uma vez. Meu projeto é pequeno, com 4.000 mudas. Cobri em volta do empreendimento todo, fi-

cando cercado de todos os lados. A Pif Paf recomenda plantar eucaliptos à 20 metros de distância do galpão”, disse.

Já na Frangos Canção, os produto-res que fazem o plantio de eucalipto representam cerca de 30% dos inte-grados. A empresa incentiva a ativida-de há mais ou menos dois anos, fa-zendo campanhas de plantio nas áreas não utilizáveis da propriedade. “A gente mostra aos integrados que o eu-calipto resulta em uma redução no custo de produção de cerca de R$ 350,00 em média por lote de 33.000 aves criadas. Assim, o produtor tem uma economia de mais de R$2.000,00 por aviário em um ano”, explica Val-

Iniciativa reduz custo de aquecimento das aves em

50% e amplia rentabilidade dos produtores em

cerca de 10%

Plantação forma barreira vegetal

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Paf

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38 Produção Animal | Avicultura

Sustentabilidade

mor Ceratto, completando que a cada hectare (ou 10.000 m2) é possível plantar cerca de 4.000 mudas.

Paulo Maciel, integrado da Fran-gos Canção há dez anos, plantou eu-caliptos pela primeira vez cerca de dois anos atrás. “Eu plantava milho e soja nessa área. De repente eu parei e achei que fosse bom plantar com eu-calipto”, diz.

Paulo começou com essa atividade pensando na barreira que a plantação forma, que, segundo ele, segura o ven-to forte das laterais dos aviários. “A plantação faz um filtro e pode prote-ger contra os vírus de possíveis doen-ças”, afirma.

A intenção do produtor é cobrir os aviários com eucaliptos, fechando a parte da frente e as laterais. “Onde eu posso, estou plantando eucalipto para ficar com uma área protegida no caso de um temporal. Além disso, vou ter uma área fresca, porque a sombra atinge o espaço dos aviários e, futura-mente, uma produção própria para o aquecimento de pintainhos”, diz. Ele ainda fala que as primeiras árvores plantadas já mostram eficiência. “Elas já fazem uma barreira enorme, já dá

para sentir muita diferença”.Paulo conta que na primeira re-

messa chegou a plantar 26.000 mu-das, na segunda 1.200, na terceira 2.500 e na última, ainda em setembro deste ano, 600 mudas. “Eu mesmo plantei da segunda remessa em dian-te. Em duas horas planto mil mudas”.

Depois de plantados, os eucaliptos estarão prontos para serem cortados e utilizados na produção em cerca de três anos. Paulo Maciel consumiu na

criação do úl-timo lote de fran-gos 60 metros cú-bicos de lenha. Custando R$ 50,00 o metro, gasta R$ 3.000,00 por lote para atender as ne-cessidades de produ-ção. “Eu creio que quando come-çar a utilizar a lenha dos eucaliptos que plantei, vou economizar de R$ 10.000,00 a R$ 12.000,00 por ano, já que tenho quatro aviários. E isso tudo pagando apenas 13 centavos por muda”, afirma.

Cláudio Faria lembra que além de o integrado poder plantar para o con-sumo próprio reduzindo gastos com aquecimento, pode produzir exceden-tes para a comercialização. Ele ainda diz que o produtor pode bancar com recursos próprios ou obter linhas de crédito específicas, que inclusive pos-suem taxas e carências diferenciadas. “Se o produtor optar por não produzir a própria madeira, terá que comprar, devendo se cadastrar como consumi-dor e adquirir de fornecedor também cadastrado. Hoje aqui na região (GO)

a lenha de eucalipto não sai por me-nos de R$ 90,00 o metro cúbico”.

Segundo Valmor Ceratto, a cada mil aves criadas, há um consumo de quatro metros cúbicos de madeira de eucaliptos. “O Brasil produz anual-mente 5 bilhões de cabeças de frango de corte, correspondendo a um con-sumo de 20 milhões de metros cúbi-cos de madeira de eucalipto”, explica.

Essa atividade também tem se tor-nado freqüente em outras empresas,

como a Sadia e a Coasul. A primeira vai construir uma nova unidade de produção em Campo Verde (MT), à 130 quilômetros de Cuiabá. O novo projeto da Sadia prevê reduzir o im-pacto da instalação da unidade sobre o meio ambiente, reflorestando com eucaliptos 3,5mil hectares na cidade, o que permitirá a planta se tornar au-to-suficiente no uso de biomassa a partir de 2013.

Já a Coasul, repassou aos produto-res cerca de 250 mil mudas de euca-liptos no ano passado e mais de 200 mil até junho deste ano, além de re-florestar as áreas próprias da empresa. De acordo com a assessoria de im-prensa da Coasul, existem cerca de 60 hectares cobertos com eucaliptos em São João, São Jorge D´Oeste, Francisco Beltrão, Marmeleiro e Chopinzinho, municípios do Paraná.

“A Coasul está plantando mais de 25 mil mudas em suas áreas. Em ane-xo ao terreno em que está sendo construído o abatedouro de aves da cooperativa em São João-PR, estão sendo plantados 12.000 pés de euca-liptos do tipo Grandis em uma área de 4,7 hectares”, diz a assessoria. A empresa ainda está reflorestando uma área de dois hectares junto a esse local, na margem de um riacho que nasce nas terras da cooperativa. “São cerca de 8.000 mudas que aten-dem a um Termo de Compromisso assumido junto ao Instituto Ambien-tal do Paraná (IAP) em 28 de feverei-ro de 2007”, afirma o release enviado pela assessoria.

Eucalipto não atrai aves silvestres, não agride

benfeitorias, tem múltipla utilização, é de fácil

comercialização e de boa liquidez

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Page 39: Producao Animal Avicultura - ed30

Cláudio Almeida Faria, Gerente Geral do Complexo Agroindustrial da Pif Paf de Goiás, respondeu à redação da Revista do AviSite algumas ques-tões sobre a plantação de eucaliptos nas propriedades avícolas. Custos, ca-racterísticas e etapas de plantação fo-ram alguns dos temas discutidos na entrevista. Acompanhe o texto abaixo e tire suas dúvidas sobre essa atividade sustentável.

Cerca de quantas mudas são plantadas por alqueire?

São plantadas 1.667 mudas/hecta-re. Como em Goiás o alqueire tem 4,84 ha, são plantadas 8.068 mudas/alqueire.

(Um campo de futebol tem cerca de 10.800 m2. Cada Alqueire equivale a 24.200 m2. Assim, um alqueire é equiva-lente a mais ou menos 2,24 campos de futebol.)

Por que plantar eucaliptos e

não outro tipo de árvore?São várias as vantagens que o euca-

lipto traz à avicultura. Entre elas:• Não produz frutos (evitando

atrair aves silvestres);• É de crescimento rápido;• Seu sistema radicular não agride

benfeitorias;• Apresenta eficiente alelopatia,

inibindo o crescimento de vegetais sil-vestres (manutenção);

• Possui múltipla utilização, é de fácil comercialização e boa liquidez.

• Não é caducifólia (mantendo lim-peza, barreira de proteção e micro cli-ma favorável durante o ano todo);

Quanto custa para plantar eucaliptos em torno do aviário?

Para o processo completo que in-

clui preparo do solo, mudas, plantio, adubação, controle de formigas e re-plantio, o primeiro ciclo de cinco anos fica em R$4.500,00/hectare. Após o primeiro corte ocorre a rebrota, mini-mizando consideravelmente o custo do segundo corte.

Em quais etapas a madeira é utilizada na produção avícola como fonte de energia?

No caso dos integrados, é usada nas fornalhas para aquecimento dos aviários, desde o primeiro dia de aloja-mento, até a terceira semana do desen-volvimento das aves. Já nas fábricas de rações, é utilizada nos secadores de grãos, bem como nas caldeiras que ge-ram vapor para as peletizadoras. No frigorífico também é utilizada em grande escala na geração de vapor para o abate.

Quem pode fazer o plantio de

eucaliptos? É feita alguma visto-ria no local para a atividade ser autorizada?

A princípio, todo produtor rural pode fazer o reflorestamento desde que respeitadas as restrições compre-endidas pelas áreas de preservação permanente e de reserva legal.

Para realizar plantios financiados é

necessário projeto econômico e am-biental, já no plantio com recursos próprios não há necessidade. Para cor-te da madeira será necessário autoriza-ção e neste momento ocorre a visto-ria.

Qual o espaço mínimo neces-sário na área do produtor para fazer o plantio?

Para que se tenha um manejo sus-tentável ao longo do ciclo produtivo do eucalipto mantendo o fornecimen-to contínuo, é necessário plantar 1,5 hectares por aviário.

Quais as etapas o produtor tem que seguir para fazer o plan-tio de eucaliptos? Qual a primei-ra atitude a ser tomada?

Existem empresas de assessoria para desenvolver projetos econômicos e ambientais customizados de acordo com o perfil do produtor.

No caso de reflorestamento para exploração comercial, é necessário se cadastrar previamente na Agência Goiana de Meio Ambiente, onde será aberto um processo e concedida a au-torização.

É necessário que o produtor peça licença para alguma secre-taria ou algum órgão?

Toda comercialização é regulamen-tada pelo IBAMA, onde o produtor e o consumidor devem se cadastrar.

Em Goiás é necessário também o cadastramento de consumidor junto à Secretaria de Estado de Meio Ambien-te e Recursos Hídricos (SEMARH), no caso dos integrados da Pif Paf, todos já obtém o cadastro juntamente com a li-cença ambiental de funcionamento do empreendimento.

A plantação de eucalipto e suas características

Cláudio Almeida Faria, Gerente Geral do Complexo Agroindustrial da Pif Paf de Goiás

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Produção Animal | Avicultura 39

Page 40: Producao Animal Avicultura - ed30

Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumo

Sem contar com qualquer apoio oficial – como ocorreu com al-guns segmentos da indústria e

da própria agropecuária – a avicultu-ra brasileira, pelo esforço próprio, foi uma das primeiras atividades econô-micas do País a conseguir tirar o pes-coço fora do lamaçal em que a eco-nomia mundial foi jogada logo no início do terceiro quadrimestre de 2008.

Enfim, poucos setores consegui-ram tão rápida reação de mercado como, por exemplo, a do frango, que sete meses depois de enfrentar um de seus piores natais de todos os tempos, obteve preços até melhores que os alcançados em condições nor-mais de mercado.

Mas o que se aplica ao bem, tam-bém serve para o mal, as reações su-cedendo-se ininterruptamente às ações. E a atividade reagiu afoita-mente à melhora de preços, supôs

(equivocadamente) que o pior passou e, assim, podia retornar tranquila-mente à normalidade, ou seja, à pro-dução máxima.

Deu no que deu: enquanto a che-gada do segundo semestre acena com um período natural de altas (é a chegada da entressafra da carne), desta vez registrou-se o inverso: a queda de preços começou em julho, prosseguiu agosto a dentro e acen-tuou-se ainda mais em setembro, quando começou a dar sinais de re-versão, mas sem ainda dar sinais de rentabilidade ao setor produtivo tan-to de corte como de postura.

Mas como só acontece no setor avícola, a reação a essa situação tam-bém está sendo rápida. Assim, por exemplo, depois de alcançar resulta-do inédito em julho – superação da marca de meio bilhão de cabeças em apenas um mês – já em agosto a pro-dução brasileira de pintos de corte

voltou a retroceder e apresentou o menor volume real dos últimos três meses, com indícios de nova queda também em setembro (independente do menor número de dias do mês).

Melhor que a reação a uma situa-ção adversa, são as tomadas rápidas de decisão que fazem a diferença. E, neste aspecto, a avicultura agiu rápi-do, quase sem titubear, buscando re-adequação ao mercado – que sem dúvida virá no curto prazo.

Corrigida a rota, fica a lição: a toda ação corresponde uma reação nem sempre proporcional. Não pelo menos para alimentos como frangos e ovos, cujos preços despencam de forma desproporcional comparativa-mente ao aumento da oferta. Isso não pode ser esquecido, sob pena de a avicultura sofrer permanentes altas e baixas. E, com certeza, baixas tam-bém negativamente desproporcionais às altas.

Apesar do equívoco no aumento da produção de pintos de corte, setor avícola reagiu rápido para contornar queda de preços

40 Produção Animal | Avicultura

Indicadores de que a oferta continua a superar a

demanda do momento

Ovo FrangoNa granja

R$26,81a caixa

No atacado

R$33,88a caixa

Vivo

R$1,37o quilo

Abatido

R$2,30o quilo

Em setembro, ambos tiveram ospiores preços de 2009

Indicadores de que, no curto ou médio prazos,

a oferta poderá estar melhor adequada à demanda

Na Postura No CorteNo ano, redução

de quase 12% no alojamento

de matrizes

Estabilidade no alojamento

de pintainhas

No ano, redução de quase 10% no alojamento

de matrizes

Redução, em agosto (e

provavelmente em setembro)

na produção de pintos de corte

Page 41: Producao Animal Avicultura - ed30

Produção Animal | Avicultura 41

EVOLUÇÃO MENSALMILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

Setembro 3,347 3,866 15,52%

Outubro 3,945 3,915 -0,77%

Novembro 3,858 3,965 2,76%

Dezembro 3,766 3,999 6,18%

Janeiro 4,265 3,560 -16,53%

Fevereiro 3,852 3,496 -9,23%

Março 3,944 3,482 -11,71%

Abril 3,953 3,488 -11,77%

Maio 4,012 3,679 -8,30%

Junho 4,037 3,858 -4,45%

Julho 4,409 4,081 -7,46%

Agosto 4,348 3,977 -8,53%

EM 8 MESES 32,820 29,620 -9,75%

EM 12 MESES 47,736 45,364 -4,97%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Quem apostava em um retorno aos níveis observados no primei-

ro semestre de 2009 (média mensal de, aproximadamente 3,6 milhões de cabeças) perdeu. Em agosto, confor-me a UBA, foram alojadas no Brasil 3,977 milhões de matrizes de corte.

Há quem conteste que essa queda de 2,5% signifique redução. A expli-cação é que agosto teve uma incuba-ção a menos (total de 20, contra 21 do mês anterior) e, com isso, a produção do último mês foi relativamente maior que a de julho. De toda forma, o re-cuo em relação ao mesmo mês do ano passado foi expressivo, de 8,53%.

Decorridos dois terços do ano, o alojamento brasileiro de matrizes de corte permanece quase 10% abaixo do registrado no mesmo período de 2008, já que recuou de 32,820 mi-lhões de cabeças para 29,620 milhões de cabeças. Mas essa diferença vai se diluindo no decorrer do ano: no fe-chamento do primeiro trimestre al-cançava 12,62%; no encerramento do primeiro semestre estava em 10,39%; e agora está em 9,75%.

É improvável, no entanto, que essa variação se torne positiva no quadri-mestre final do ano, pois isso solicita alojamentos médios mensais de mais de 4,7 milhões de cabeças, inviáveis nas condições atuais.

O mais provável é um alojamento mensal em torno dos 4 milhões de matrizes de corte, o que representaria no ano alojamento total de 45,6 mi-lhões de cabeças, 6% a menos que o alojado em 2008.

Por ora, o alojamento acumulado nos últimos 12 meses totalizou 45,364 milhões de cabeças, recuando 4,97% em relação aos 47,736 milhões acu-mulados nos 12 meses anteriores.

Detalhe importante é que o volu-me acumulado em 12 meses se en-contra agora quase 7% abaixo do re-corde alcançado em dezembro de 2008.

Alojamento de matrizes de corteSegmento apresenta recuo de 2,5% sobre o mês anterior

Page 42: Producao Animal Avicultura - ed30

42 Produção Animal | Avicultura

Produção de pintos de corteApós quatro meses de alta, volume volta a ficar negativo em relação ao mesmo mês de 2008

EVOLUÇÃO MENSAL MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

Setembro 424,434 485,261 14,33%

Outubro 463,378 496,165 7,08%

Novembro 431,508 431,662 0,04%

Dezembro 451,775 443,854 -1,75%

Janeiro 460,687 417,755 -9,32%

Fevereiro 427,892 406,918 -4,90%

Março 441,119 425,628 -3,51%

Abril 429,048 455,711 6,21%

Maio 455,492 461,811 1,39%

Junho 437,041 482,089 10,31%

Julho 476,081 500,270 5,08%

Agosto 484,328 482,678 -0,34%

EM 8 MESES 3.611,688 3.632,859 0,59%

EM 12 MESES 5.382,784 5.489,802 1,99%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Fato praticamente inédito no setor, em agosto passado a produção bra-

sileira de pintos de corte retrocedeu em relação ao mês anterior. Após quatro meses sucessivos de altas, o volume produzido foi inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado. E mais: em valores reais (volume médio produ-zido diariamente), a produção do último agosto foi a menor do trimestre junho-agosto de 2009.

De acordo com a APINCO, a produ-ção de pintos de corte em agosto de 2009, inicialmente prevista em 497 mi-lhões de cabeças, acabou retrocedendo e ficou em 482,7 milhões de cabeças - um volume 0,34% e 3,52% inferior aos registrados, respectivamente, um ano antes (484,3 milhões/cabeças) e um mês antes (500,3 milhões/cabeças).

A queda no volume efetivamente alcançado (de quase 3%) em relação ao que vinha sendo originalmente previsto indica que o setor – afetado por preços internos onerosos e por quedas nas ex-portações de carne de frango – decidiu recolocar o pé no freio. Explica-se, as-sim, a reversão de mercado e a relativa estabilização do frango em setembro – em níveis ainda insuficientes para pro-porcionar retorno ao setor.

Com a desaceleração observada em agosto, o volume de pintos de corte produzidos nos dois primeiros terços de 2009 voltou a apresentar índice de ex-pansão ligeiramente menor que o ob-servado até julho (+0,73%). Assim, o volume até agora acumulado aproxima-se dos 3,633 bilhões de cabeças, sendo 0,59% maior que o registrado no mes-mo período de 2008.

Com as perspectivas alteradas para o restante do ano, 2009 deve ser encer-rado com um volume em torno dos 5,550 bilhões de pintos de corte, ou até menos. Ou seja: se até recentemente se apontava que a produção do ano deve-ria aumentar mais de 3%, a indicação, agora, é de que o incremento pode ficar aquém dos 2%.

Page 43: Producao Animal Avicultura - ed30

Produção Animal | Avicultura 43

Produção de carne de frangoRompida a barreira do milhão de toneladas em um único mês

EVOLUÇÃO MENSALMIL TONELADAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

Setembro 866,903 926,548 6,88%

Outubro 891,434 990,463 11,11%

Novembro 887,928 998,586 12,46%

Dezembro 945,515 975,672 3,19%

Janeiro 914,036 889,681 -2,66%

Fevereiro 866,302 780,499 -9,90%

Março 926,478 862,047 -6,95%

Abril 879,984 830,420 -5,63%

Maio 872,144 901,884 3,41%

Junho 861,759 892,223 3,54%

Julho 897,014 956,585 6,64%

Agosto 923,774 1004,081 8,69%

EM 8 MESES 7.141,491 7.117,420 -0,34%

EM 12 MESES 10.733,271 11.008,689 2,57%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Em agosto passado a avicultura de corte brasileira alcançou pela pri-

meira vez a marca do milhão de tone-ladas de carne de frango produzidas em um único mês. Pelas projeções da APINCO, foram produzidas no período 1.004.081 toneladas de carne de fran-go, volume 8,69% superior ao regis-trado em agosto de 2008 e 4,97% maior que o do mês anterior.

Com esse resultado, a produção do bimestre julho-agosto de 2009 soma 1,960 milhão de toneladas, volu-me 7,68% superior ao de idêntico pe-ríodo do ano passado. Já a produção do ano totaliza 7,117 milhões de tone-ladas, encontrando-se menos de meio por cento aquém dos 7,141 milhões de toneladas alcançados entre janeiro e agosto de 2008, período que antece-deu a grande crise da economia mundial.

Note-se que esse é o menor índice de redução observado neste ano em relação ao mesmo período do ano an-terior. Em março, por exemplo, a pro-dução acumulada nos três primeiro meses do ano apresentava queda de quase 6,5% sobre idêntico período de 2008. Mas esse índice passou a sofrer paulatina redução nos meses subse-qüentes e, doravante, tende a apre-sentar resultados positivos.

Por sinal, não é preciso muito para que essa inversão se concretize: basta que em setembro corrente se produ-zam pouco mais de 950 mil toneladas de carne de frango, um volume infe-rior ao registrado nos meses de julho e agosto. Então, o que era redução se transformará em crescimento. Mas a tendência é de que essa expansão se acelere no quadrimestre final de 2009, pois dificilmente a produção do perío-do ficará muito aquém do milhão de toneladas/mês.

De toda forma, o incremento do ano não deverá chegar a 1%, o que significa produção em torno de 11,110 milhões de toneladas.

Page 44: Producao Animal Avicultura - ed30

44 Produção Animal | Avicultura

Exportação de carne de frangoVolume embarcado em agosto foi o menor dos últimos seis meses

EVOLUÇÃO MENSALMIL TONELADAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

Setembro 242,126 323,949 33,79%

Outubro 313,372 315,632 0,72%

Novembro 298,903 235,061 -21,36%

Dezembro 299,929 266,598 -11,11%

Janeiro 274,897 274,781 -0,04%

Fevereiro 292,538 263,222 -10,02%

Março 313,233 306,539 -2,14%

Abril 270,022 329,922 22,18%

Maio 361,415 303,767 -15,95%

Junho 330,125 329,014 -0,34%

Julho 339,360 317,207 -6,53%

Agosto 322,698 301,257 -6,64%

EM 8 MESES 2.504,289 2.425,708 -3,14%

EM 12 MESES 3.658,619 3.566,948 -2,51%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Estatísticas e Preços

Os números divulgados pela ABEF revelam que em agosto passa-

do as exportações brasileiras de car-ne de frango ficaram em 301.257 to-neladas, apresentando recuos de 5,03% e 6,64% sobre, respectiva-mente, o mês anterior e o mesmo mês do ano passado.

Esse foi o menor volume embar-cado nos últimos seis meses, somen-te superando os números registrados em janeiro e fevereiro deste ano. Mas poderia ter sido pior, o que não ocorreu por ter sido registrado, no mês, significativo acréscimo nas ex-portações de carne de frango salga-da (cerca de 23,8 mil toneladas, 76% mais que no mês anterior e 94% mais que há um ano). Foi o que im-pediu que os embarques do mês fi-cassem aquém das 300 mil tonela-das.

Até agora, decorridos dois quar-tos do ano, as exportações de carne de frango somam pouco mais de 2,425 milhões de toneladas, volume que significa redução de 3,14% so-bre o mesmo período de 2008. Esse resultado corresponde ao embarque médio mensal de 303,2 mil tonela-das que, por sua vez, projetam para a totalidade do ano exportações da or-dem de 3,638 milhões de toneladas, praticamente o mesmo volume al-cançado em 2008 (3,645 milhões de toneladas – diferença a menos, por-tanto, de cerca de 7 mil toneladas).

Nos 12 meses encerrados em agosto de 2009 as exportações de carne de frango totalizaram 3,567 milhões de toneladas, 2,5% a menos que o registrado nos 12 meses ime-diatamente anteriores. Quase 5% menor que o recorde atingido em outubro do ano passado (em 12 me-ses, 3,743 milhões de toneladas), esse acumulado também correspon-de ao pior resultado dos últimos 15 meses.

Page 45: Producao Animal Avicultura - ed30

Produção Animal | Avicultura 45

Disponibilidade interna de carne de frangoOferta superior a 700 mil toneladas explica fraqueza do mercado do frango

em agosto

EVOLUÇÃO MENSALMIL TONELADAS

MÊS 2007/2008 2008/2009 VAR. %

Setembro 624,757 602,599 -3,55%

Outubro 578,062 674,830 16,74%

Novembro 589,025 763,525 29,63%

Dezembro 645,586 709,074 9,83%

Janeiro 639,139 614,900 -3,79%

Fevereiro 573,764 517,277 -9,84%

Março 613,245 555,508 -9,41%

Abril 609,962 500,498 -17,95%

Maio 510,729 598,117 17,11%

Junho 531,634 563,21 5,94%

Julho 557,654 639,378 14,65%

Agosto 601,076 702,824 16,93%

EM 8 MESES 4.637,203 4.691,712 1,18%

EM 12 MESES 7.074,633 7.441,740 5,19%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Se havia alguma dúvida quanto às ra-zões que levaram o frango – vivo e

abatido – a registrar em agosto o menor preço deste ano, tudo ficou bem mais claro a partir do momento em que se di-vulgaram os dados de produção e expor-tação do mês.

Com a produção em expansão e as exportações em retração, a oferta inter-na de agosto voltou a superar as 700 mil toneladas, o terceiro maior volume da história do setor.

Em agosto, considerados os dados da APINCO (produção de 1,004 milhão de toneladas) e os da ABEF (exportação de 301,2 mil toneladas), permaneceram no mercado interno cerca de 702.824 to-neladas de carne de frango, volume que superou em quase 10% as 639.378 to-neladas do mês anterior, e em quase 17% as 601.076 toneladas de agosto de 2008, época em que o mundo ainda não havia provado os dissabores da crise eco-nômica. Era inevitável, pois, a ocorrência de um “nó” no mercado.

Em função do volume alcançado em agosto, a oferta interna dos dois primei-ros terços do ano somou pouco mais de 4,691 milhões de toneladas e aumentou 1,18% em relação aos oito primeiros me-ses de 2008, época em que – já foi dito, mas nunca é demais repetir, pois é assim que se aprende a lição – o mundo ainda não havia entrado na atual crise econô-mica e o consumo era bem melhor que o registrado agora.

A breve reversão na produção de pintos de corte registrada em agosto in-dica que, independentemente do com-portamento das exportações, a disponi-bilidade interna do bimestre setembro-outubro deve ficar aquém das 700 mil toneladas. Porém, mantida a média alcançada no bimestre julho-agosto, o volume total do segundo se-mestre irá superar os 4 milhões de tone-ladas e aumentar cerca de 3% em relação ao mesmo período ano passado, dessa forma quase neutralizando a redu-ção de 3,71% do primeiro semestre.

Page 46: Producao Animal Avicultura - ed30

46 Produção Animal | Avicultura

Alojamento de matrizes de posturaValores acusam incremento de mais de 120%

EVOLUÇÃO MENSAL(ovos brancos e vermelhos)

MILHARES DE CABEÇAS

MÊSMATRIZES DE POSTURA % OVO BRANCO

2007/08 2008/09 VAR. % 2007/08 2008/09

Setembro 67,212 32,233 -52,04% 43,68% 61,20%

Outubro 24,339 78,722 223,44% 55,63% 69,35%

Novembro 40,126 47,700 18,88% 91,92% 66,04%

Dezembro 50,503 44,380 -12,12% 80,03% 71,16%

Janeiro 92,858 16,736 -81,98% 56,45% 87,23%

Fevereiro 98,130 29,311 -70,13% 85,95% 81,24%

Março 47,021 17,549 -62,68% 62,69% 59,22%

Abril 42,813 83,830 95,81% 69,68% 67,14%

Maio 83,202 82,784 -0,50% 81,46% 75,57%

Junho 104,611 89,356 -14,58% 68,73% 67,60%

Julho 58,108 84,867 46,05% 69,68% 68,64%

Agosto 45,253 100,270 121,58% 31,33% 61,16%

EM 8 MESES 571,996 504,703 -11,76% 68,26% 68,88%

EM 12 MESES 754,176 707,738 -6,16% 67,71% 68,53%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

De acordo com a UBA, em agosto passado o alojamento brasileiro de

matrizes para postura atingiu o segun-do maior volume dos últimos 15 meses. No mês, foram alojadas no País 100.270 reprodutoras destinadas à produção de poedeiras, o que significou aumento de 121,58% sobre as 45.253 matrizes de agosto do ano passado. Inicialmente, divulgou-se que a participação das re-produtoras de linhagens de ovos verme-lhos correspondeu a quase dois terços do total alojado, as linhagens de ovos brancos significando apenas 37,83% do alojamento do mês. Mas posteriormen-te essa informação foi corrigida, obser-vando-se uma relação dentro dos pa-drões normais de alojamento entre ovos brancos e vermelhos (61,16%: 38,84%).

Mas, de certa forma, o alto índice de incremento observado no mês se justifica, visto que o volume alojado em agosto de 2008 esteve entre os meno-res do ano passado. Mesmo assim, o número alcançado em agosto passado é elevado, pois se encontra 18% acima das 84.867 matrizes de postura aloja-das no mês anterior, julho de 2009.

Mesmo assim registre-se, em defe-sa do setor, que o volume total alojado no ano permanece negativo em relação a 2008. O total acumulado entre janeiro e agosto deste ano soma 504.703 ma-trizes de postura, quantidade que cor-responde a uma redução de 11,76% sobre idêntico período do ano passado.

Mantido esse comportamento no restante do ano, o volume produzido no terço final do ano irá ficar em torno das 250 mil reprodutoras, fazendo com que o volume total de 2009 alcance as 750 mil cabeças, pouco mais pouco menos, contra 775 mil cabeças em 2008.

Por ora, em 12 meses o volume total alojado não chega às 710 mil cabeças e se encontra 6,16% abaixo das 754 mil matrizes de postura alojadas entre se-tembro de 2007 e agosto de 2008.

Estatísticas e Preços

Page 47: Producao Animal Avicultura - ed30

Produção Animal | Avicultura 47

Alojamento de pintainhas de posturaNúmeros de agosto mantiveram o mesmo passo anterior

EVOLUÇÃO MENSAL(ovos brancos e vermelhos)

MILHÕES DE CABEÇAS

MÊSPINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

2007/2008 2008/2009 VAR.% 2007/08 2008/09

Setembro 5,074 5,135 1,22% 72,28% 74,34%

Outubro 5,166 5,015 -2,92% 73,26% 72,88%

Novembro 5,105 4,811 -5,77% 73,80% 73,22%

Dezembro 5,017 5,083 1,31% 75,79% 74,79%

Janeiro 4,897 4,990 1,90% 75,11% 74,87%

Fevereiro 5,048 4,790 -5,11% 73,17% 75,92%

Março 5,122 5,161 0,76% 72,51% 75,27%

Abril 5,127 4,951 -3,43% 71,79% 75,30%

Maio 4,788 4,797 0,18% 74,17% 72,92%

Junho 4,955 5,209 5,12% 74,39% 74,77%

Julho 5,237 5,173 -1,22% 74,30% 72,84%

Agosto 4,895 5,046 3,09% 74,48% 71,86%

EM 8 MESES 40,068 40,116 0,12% 73,01% 74,21%

EM 12 MESES 60,430 60,160 -0,45% 73,27% 74,08%

Fonte dos dados básicos: UBA – Elaboração e análises: AVISITE

Prossegue sem a mínima alteração significativa o alojamento mensal de

pintos fêmeas de um dia destinados à produção de ovos. Em agosto, por exemplo, foram alojadas no País, con-forme a UBA, 5,046 milhões de pintai-nhas de postura (71,86% delas corres-pondentes a linhagens produtoras de ovos brancos), o que significou aumen-to de 3,09% sobre agosto de 2008 e redução de 2,5% sobre julho de 2009.

Não é mera retórica a afirmação de que o alojamento prossegue sem a mí-nima alteração significativa: nos quase três anos decorridos desde novembro de 2006, os alojamentos mensais do se-tor variaram entre um mínimo de 4,749 milhões de cabeças e um máximo de 5,237 milhões de cabeças, média de 5,003 milhões de cabeças mensais.

A amplitude aí observada, de 10% entre o alojamento mínimo e o máximo, difere bastante dos dois segmentos de reprodução – os de matrizes de corte e de postura. Entre as matrizes de corte, no período analisado, os alojamentos variaram de um mínimo de 2,961 mi-lhões de cabeças a um máximo de 4,409 milhões de cabeças (média de 3,757 milhões de cabeças), o que dá uma variação próxima de 50% entre o mínimo e o máximo.

Já entre as matrizes de postura, o volume alojado variou desde pouco me-nos de 20 mil cabeças (16,7 mil cabeças em janeiro de 2009) até mais de 100 mil cabeças (104,6 mil cabeças em junho de 2008) – o que significa diferença de 525% (!) entre o menor e o maior alojamento.

Mas, retornando às pintainhas de postura, o fato é que se mantêm dentro da média quer no ano (5,014 milhões de cabeças entre janeiro e agosto, varia-ção de 0,12% sobre idêntico período anterior), quer em 12 meses (5,013 mi-lhões de cabeças entre setembro de 2008 a agosto de 2009, variação, nega-tiva, de 0,45% sobre os 12 meses ime-diatamente anteriores).

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48 Produção Animal | Avicultura

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/Kg

MÊS MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

SET/2008 1,85 10,12% -4,64%

OUT/2008 1,63 1,87% -11,89%

NOV/2008 1,74 12,25% 6,75%

DEZ/2008 1,62 -1,82% -6,90%

JAN/2009 1,68 10,52% 3,70%

FEV/2009 1,80 30,43% 7,14%

MAR/2009 1,68 35,48% -6,66%

ABR/2009 1,60 20,30% -4,76%

MAI/2009 1,61 0,00% 0,63%

JUN/2009 1,88 5,62% 16,77%

JUL/2009 1,80 -4,56% -4,05%

AGO/2009 1,49 -23,07% -17,16%

SET/2009 1,37 -25,84% -8,18%

Médias Anuais entre 2000 e 2009

ANO R$/KG VAR. % ANO R$/KG VAR. %

2000 0,91 14,57% 2005 1,35 -8,72%

2001 0,97 6,47% 2006 1,16 -14,70%

2002 1,13 16,49% 2007 1,55 33,62%

2003 1,45 28,31% 2008 1,63 5,16%

2004 1,49 2,75% 2009* 1,66 1,66%Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE

Obs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais* Até 30 de setembro de 2009

Com certeza não há equívoco em di-zer que o frango (vivo e abatido)

teve no mês que passou o pior setem-bro de sua história. Normalmente, como o período é de entressafra da car-ne, o produto alcança no mês seu se-gundo ou terceiro melhor preço do ano.

É verdade que, em relação à cota-ção alcançada no segundo dia do mês (R$1,25/kg), o frango vivo fechou se-tembro com uma valorização de 24% (R$1,55/kg dia 30). Mas isso não impe-diu que registrasse no mês a pior média de preços dos últimos 17 meses. Nos dois anos decorridos desde outubro de 2007 até setembro de 2009, em ape-nas duas ocasiões a cotação do frango vivo teve valor inferior ao registrado em setembro último (em março e abril de 2008, quando o setor enfrentou pro-funda crise de superprodução).

O preço médio alcançado em se-tembro, de R$1,37/kg, ficou quase 26% abaixo daquele registrado um ano atrás, em setembro de 2008. O valor alcança-do também marcou o terceiro mês con-secutivo de queda de preços em relação ao mês anterior. O valor de setembro úl-timo acabou ficando 27% abaixo da-quele registrado três meses antes, em junho de 2009, quando o produto atin-giu sua máxima cotação neste ano.

Por fim, o preço médio dos nove pri-meiros meses de 2009 (R$1,66/kg) se encontra apenas três centavos acima da média alcançada em 2008, de R$1,63/kg. Ou seja: é menor o risco de o preço médio do ano ficar negativo. Mas, será devido aos baixos preços alcançados no trimestre final de 2008 do que, propria-mente, à valorização do produto nos três meses finais de 2009.

Vale lembrar: o desempenho aquém do esperado nas exportações de carne de frango e a necessidade de abrir espa-ço nas câmaras frigoríficas para o “fran-go especial” do Natal podem gerar o aumento de oferta do frango abatido e retardar a ansiada valorização.

Estatísticas e Preços

Desempenho do frango vivo em setembro de 2009No mês, a menor média de preços dos últimos 17 meses

FRANgO ViVO - PREÇOS hiStóRicOS E PREÇO EFEtiVO EM 2009

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1998/2008): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2009: (R$/KG, granja, interior paulista)

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Produção Animal | Avicultura 49

Há quase três anos o setor de postu-ra não registrava um mês tão ruim

quanto foi o último setembro. O preço médio alcançado pelo ovo no mês – R$33,88/caixa no atacado da cidade de São Paulo – não era visto desde janeiro de 2007, quando foi registrado preço médio de R$30,30/caixa.

Em decorrência, o produto encerrou os nove primeiros meses de 2009 com um valor médio da ordem de R$40,59/caixa, quase 7% a menos que o preço médio alcançado no decorrer de 2008. Esses valores não retratam toda a reali-dade vivida pelo produto, cujo preço médio em setembro passado foi 21,66% menor que o registrado no mesmo mês de 2008.

Normalmente, nas circunstâncias observadas em setembro, as distorções de mercado são corrigidas de forma rá-pida, antecipando-se ou mesmo acele-rando o descarte de poedeiras. Desta vez, o setor se viu refém de uma limita-ção de ordem legal que atingiu também o descarte de reprodutoras de corte e de postura.

Pela legislação vigente, todos os descartes, de poedeiras comerciais e de reprodutoras, devem, obrigatoriamente, ser direcionados para abatedouros com SIF. Que, em determinados momentos podem enfrentar um fluxo de descartes superior à sua capacidade de abate ou acima das necessidades do mercado consumidor de aves abatidas. E isso só agrava a situação do produtor de ovos que não consegue reduzir a produção.

Há quem observe, porém, que situa-ções do gênero são desencadeadas pelo próprio setor produtivo que, em situa-ções favoráveis de mercado, posterga os descartes normais. Isso acaba gerando uma concentração de descartes em mo-mentos nem sempre receptivos ao abate de poedeiras. Ou seja: se houvesse roti-na nos descartes, situações como a atual seriam minimizadas.

De toda forma, a legislação em vigor precisa ser revista e melhor equacionada.

OVO BRANcO EXtRA Evolução de preços no atacado paulista – R$/caixa de 30 dúzias

MÊS MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

SET/2008 43,25 12,57% -5,93%

OUT/2008 37,92 1,69% -12,32%

NOV/2008 39,36 5,78% 3,80%

DEZ/2008 39,69 -12,38% 0,84%

JAN/2009 37,40 -3,33% -5,76%

FEV/2009 43,54 -14,14% 16,41%

MAR/2009 46,94 -6,68% 7,80%

ABR/2009 45,46 14,71% -3,15%

MAI/2009 41,84 -6,19% -7,96%

JUN/2009 43,12 -5,89% 3,06%

JUL/2009 36,92 -22,27% -14,37%

AGO/2009 37,40 -18,65% 1,30%

SET/2009 33,88 -21,66% -9,42%

Médias Anuais entre 2000 e 2009

ANO R$/CXA VAR. % ANO R$/CXA VAR. %

2000 23,12 16,89% 2005 33,48 -2,87%

2001 24,07 4,11% 2006 27,48 -17,92%

2002 27,88 15,83% 2007 39,42 43,45%

2003 39,67 42,29% 2008 43,62 10,65%

2004 34,47 -13,11% 2009* 40,59 -6,95%Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE

Obs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais* Até 30 de setembro de 2009

Desempenho do ovo em setembro de 2009O pior preço em quase três anos

OVO EXtRA BRANcO - PREÇOS hiStóRicOS E PREÇO EFEtiVO EM 2009

PREÇO HISTÓRICO (MÉDIA 1998/2008): preço em dezembro do ano anterior igual a 100

PREÇO MÉDIO EFETIVO EM 2009: (R$/caixa, no atacado paulista)

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Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasMilho cai pelo quarto mês consecutivo

O preço médio do milho, saca de 60 kg, interior de SP, que já havia recuado nos meses anteriores, fechou setembro

de 2009 com média de R$18,83, queda de 2,18% sobre o pre-ço médio de agosto deste ano, R$19,25/saca.

Na comparação com o valor da saca de um ano atrás, no estopim da crise econômica mundial, a redução é bem maior: 21,54% em relação ao valor médio de setembro de 2008, R$24,00/saca. Valores de troca – Milho/Frango vivo

Mais determinante que a redução do preço do milho, a queda no valor do frango vivo em setembro fez com que o produtor precisasse de quase 6,5% a mais de frango para com-prar a mesma quantidade do grão. Considerado o valor médio da saca de milho, em setembro de 2009 o produtor precisou de 229,1 kg de frango vivo (interior de SP) para comprar uma tonelada do grão. Este valor foi 6,41% maior que o de agosto– 215,3 kg/t.

Com preços em queda pelo segundo mês seguido, o fran-go vivo fechou setembro com média de R$1,37/kg (na granja, interior de São Paulo), queda de 8,05% em relação ao mês anterior.Valores de troca – Milho/Ovo

De acordo com os preços médios dos produtos, a relação de troca entre o ovo (granja, interior paulista) e o milho em setembro de 2009 foi de 11,71 caixas de ovos para uma tone-lada do grão. Em agosto foram necessárias 10,60 caixas/t, o que significa 10,47% mais ovos para obter a mesma quantida-de de milho.

O fator principal dessa queda no poder de compra do avi-cultor de postura foi o recuo no preço do ovo no mês: o preço médio da caixa de 30 dúzias caiu 11% em setembro, ficando em R$26,81 - no mês anterior a média havia sido de R$30,25.

Farelo de soja tem leve queda no mês

Fonte das informações: www.jox.com.br50 Produção Animal | Avicultura

O farelo de soja (FOB, interior de SP) foi comercializado em setembro ao preço médio de R$812/tonelada, va-

lor 1,93% menor que o de agosto/09 – R$828/t. Na com-paração com setembro de 2008 – R$726/t – a cotação de setembro último foi 11,85% superior, valorização que faz do farelo de soja uma exceção entre as commodities, que na maioria dos casos caíram de preço em 2009.Valores de troca – Farelo/Frango vivo

Considerado o preço médio do farelo de soja em se-tembro, foram necessários 592,7 kg de frango vivo (na granja, interior de SP) para adquirir uma tonelada do insu-mo. Como em agosto passado essa relação foi de 555,7 kg/t de farelo, o volume de frango necessário para se obter a mesma quantidade do produto aumentou 6,66%. Com-parado aos valores de julho de 2009, a quantidade de fran-go vivo necessária para comprar uma tonelada de farelo aumentou mais de 30%, criando um cenário de perigosa redução do poder de compra da avicultura. Em relação aos valores de um ano atrás, houve grande redução na capaci-dade de compra: -33,79%, posto que em setembro de 2008 foram necessários 392,43 kg de frango vivo para ad-quirir uma tonelada de farelo de soja.Valores de troca – Farelo/Ovo

Em setembro, considerados os preços médios de um e outro produto, foram necessárias 30,3 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para adquirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de compra do avicultor caiu 9,67%, já que em agosto passado 27,37 caixas de ovos adquiriram uma tonelada de farelo. Em relação a setembro de 2008, a queda no poder de compra é bastante acentuada (36,30%), já que naquele período uma tonelada de farelo de soja cus-tava, em média, 19,3 caixas de ovos.

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Produção Animal | Avicultura 51

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52 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 53

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54 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

54 Produção Animal | Avicultura

Maximização da nutrição pré-inicial

João Carlos de Ângelo

é Gerente de Formulação e Avicultura da Guabi Nutrição Animal

Com a produção de frangos de corte em crescimento, a exigência do consumi-dor e a competitividade do setor têm

feito com que as empresas busquem maior efi-ciência no ciclo de produção.

Dentro deste universo, o constante pro-gresso genético reduz o período da criação, tornando a fase pré-inicial cada vez mais im-portante. Por isso, são fundamentais os avan-ços nos conhecimentos em nutrição, sanida-de e manejo para suplantar o potencial que o pintinho de corte e postura tem capacidade de exacerbar.

No sistema de produção avícola, onde pro-dutividade e lucratividade são cruciais para a perenidade das empresas, a otimização da nu-trição pré-inicial é uma ferramenta real, que permite aumentar a produtividade e os ga-nhos econômicos, proporcionando à empresa uma vantagem competitiva.

Faço uso das sábias palavras dos granjeiros para expor o que pretendo evidenciar: “Pinti-nho que começa bem, termina bem”. Já para pintainhas, a fase pré-inicial representa a maior uniformidade na fase de maturidade e picos maiores de produção pela melhor for-mação inicial da estrutura muscular e esque-lética.

Várias são as razões que sustentam a ma-ximização da nutrição pré-inicial. Nesta ida-de as aves têm a anatomia e a fisiologia do aparelho digestivo diferenciadas das aves com mais idade e também níveis nutricionais dife-renciados em função da dificuldade em dige-rir e absorver certos nutrientes. Além disso, apresentam um rápido potencial de cresci-mento nestes primeiros dias de vida e necessi-tam de muito calor ambiental para se desen-volver adequadamente. Todos esses fatores tornam-se ainda mais limitantes, pois os fran-gos de corte estão cada vez mais precoces.

Dentro deste novo conceito, precisamos conhecer a importância do saco vitelino pós eclosão, pois este fornece a maior parte dos nutrientes necessários durante o início da vida dos pintos. Entretanto, é a presença do alimento sólido no trato digestivo que propi-cia alterações no mesmo e induz a produção de secreções digestivas. Além do aspecto nu-

tricional de mantença e crescimento a absor-ção do saco vitelino tem importância na pro-teção imunológica do pintinho. Em condições práticas, o arraçoamento pode ser feito no in-cubatório, nas caixas de transporte, ou ao re-tirar os pintos das câmaras de eclosão.

Na formulação de uma ração pré-inicial temos que levar em consideração os aspectos de exigência nutricional, tipo e qualidade de ingredientes, sendo fundamental um rígido controle da qualidade dos ingredientes, como uma forma de maximizar a capacidade diges-tivo-absortiva nesta fase.

A maior parte dos mecanismos de absor-ção é dependente de sódio, desta forma, ao aumentarmos os níveis de sódio da dieta na fase pré-inicial, propiciamos um aumento na probabilidade de encontro deste mineral com o sítio modulador das proteínas carregadoras de nutrientes dependentes de sódio.

Considerando que logo após o nascimen-to, os pintinhos têm dificuldade de consumir ração na forma farelada e preferem ração com um diâmetro levemente inferior ao tamanho de sua glote, a ração minipeletizada e/ou tri-turada proporciona melhores resultados por ter um tamanho de partícula mais apropriado à ingestão.

A evolução da nutrição pré-inicial é de fundamental importância em função das di-ferentes características anatomo-fisiológicas do aparelho digestivo das aves.

A maximização da nutrição pré-inicial deve considerar as características únicas dos animais nessa fase da vida. Uma dessas carac-terísticas é a presença de reservas nutritivas de origem materna até o terceiro dia de vida, que têm sua utilização otimizada à medida que é possível reduzir o período entre a eclo-são e o acesso ao alimento.

Portanto, o investimento nutricional feito nesta fase de vida da ave acaba sendo conver-tido em melhor resultado zootécnico e lucra-tividade. Lembrando que os níveis nutricio-nais, a escolha dos ingredientes, o controle de qualidade das matérias-prima utilizadas, o processamento e a tecnologia de fabricação são fatores fundamentais para o sucesso da nutrição pré-inicial.

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Produção Animal | Avicultura 55

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56 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final