processos em engenharia biolÓgica - … · 231 mestrado integrado em engenharia biolÓgica 2º ano...
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PROCESSOS EM ENGENHARIA BIOLÓGICA
MATÉRIA TEÓRICA
CAPÍTULO 2 – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA
EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
Mestrado Integrado em Engenharia Biológica
Prof. José A. Leonardo Santos
Profª Maria de Fátima C. Rosa
Profª Maria Cristina Fernandes
2014/2015
P-5 / FR-101
Fermentador
P-1 / V-101
Tanque de mistura
P-2 / ST-101
Esterilizador
P-3 / G-101
CompressorP-4 / AF-101
Filtro de ar
P-6 / AF-102
Filtro de gases
S-101
S-102S-103 S-104
S-105
S-106 S-107
S-108S-109
S-110
231
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA BIOLÓGICA2º ANO / 2º SEMESTRE
2014/2015
PROCESSOS EM ENGENHARIA BIOLÓGICA (PEB)
P-5 / FR-101
Fermentador
P-1 / V-101
Tanque de mistura
P-2 / ST-101
Esterilizador
P-3 / G-101
CompressorP-4 / AF-101
Filtro de ar
P-6 / AF-102
Filtro de gases
S-101
S-102S-103 S-104
S-105
S-106 S-107
S-108S-109
S-110
CAPÍTULO 2 – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM
SISTEMAS GÁS/VAPOR
José A. L. Santos PROCESSOS EM ENGENHARIA BIOLÓGICA – MEBiológica
232
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
•••• Secagem de sólido (ex: secagem de cereais, de açúcar, ...., de roupa);
•••• Humidificação;
•••• Condicionamento de ar industrial e doméstico;
•••• Meteorologia, etc.
O estudo das propriedades do ar húmido (ar seco (AS) + vapor de água), tais como ahumidade, o ponto de orvalho, etc., é designado por PSICROMETRIA.
Neste capítulo iremos abordar balanços de massa e de energia para os sistemasconstituídos por misturas gás/vapor.
Este estudos irão focar fundamentalmente o sistema gás/vapor de maior interesseindustrial que é o sistema ar/vapor de água.
As principais aplicações deste sistema são as seguintes:
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233
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Dependendo da pressão (P), temperatura (T) e composição (y) qualquer sistema gás/vaporpode encontrar-se: ♦♦♦♦ Saturado ou
♦♦♦♦ Não saturado
A) SISTEMAS SATURADOS
Sistemas em que o vapor se encontra em equilíbrio termodinâmico, isto é:
a pressão parcial do vapor na mistura gasosa, pi, é igual à pressão de vapor àtemperatura de trabalho (pV(T)).
pi = yi P = pVi(T)
onde yi é a fracção molar (de saturação) do vapor na mistura gasosa.
Num sistema saturado ocorrerá condensação do vapor (diminuição de yi) se houver umaumento de pressão (compressão) ou uma diminuição de temperatura (arrefecimento).
Para um sistema com dois componentes (por ex: ar/vapor de água) são necessários somentedois parâmetros para o caracterizar (T e P, ou T e yi, ou P e yi).
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234
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
B) SISTEMAS NÃO SATURADOS
Em sistemas gás/vapor não saturados, a pressão parcial do vapor é inferior à pressão devapor, á temperatura de trabalho:
pi = yi P < pVi(T)
Estes sistemas são caracterizados por parâmetros designados por índices de saturação.
ÍNDICES DE SATURAÇÃO para o sistema ar/vapor de água:
1. HUMIDADE MOLAR (Hm)
Razão entre o número de moles de vapor de água (NV) e o número de moles de ar seco (NAS)
N )y-(1 N Y
N N Hm
i
i
AS
V == N – número de moles total da mistura gasosaYi = fracção molar do vapor de água
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CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
P y-P
P Y P )y-(1
P Y Hmi
i
i
i ==
Considerando que a mistura gasosa é perfeita: N = PV / RT ∝ P
Como: pi = yi P p-P
p Hmi
i=então: (moles de vapor/moles de AS)
Em condições de saturação, temos que:pi = yi P = pVi(T)
Assim a humidade molar de saturação será dada por:
P -P
P (Hm)(T)
(T)sat
V
V=
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236
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
2. HUMIDADE ABSOLUTA (Ha)
Razão entre a massa de vapor de água (MV) e a massa de ar seco (MAS)
AS
V
AS
V
AS
V
MM MM
N N
M M Ha == MMV – Massa molecular do vapor
MMAS – Massa molecular do ar seco
Hm 0,6228 28,9 18 Hm Ha == (kg de vapor/kg de AS)
3. HUMIDADE (H) ou PERCENTAGEM DE HUMIDADE (%H)
Razão entre a massa de vapor de água existente na unidade de massa de ar seco (Ha) e amassa de vapor de água que existiria na unidade de massa de ar seco se a mistura estivessesaturada à pressão e temperatura de trabalho (Hasat).
100 x (Hm)
Hm 100 x (Ha)
Ha Hsatsat
== (%)
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CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
4. HUMIDADE RELATIVA (HR) ou PERCENTAGEM DE HUMIDADE RELATIVA (%HR)
Razão entre o número de moles vapor de água (NV) existentes na unidade de volume demistura gasosa (V) e o número de moles de vapor ((NV)sat) que existiria no mesmo volume demistura se ela estivesse saturada à pressão e temperatura de trabalho.
100 x V /)(N
V / N HV
V
satR =
Considerando que a mistura gasosa é perfeita:
100 x RT /p
RT / p H(T)i
R V
=
ou 100 x p
p H(T)i
R V
= (%)
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CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Termómetrode bolbo seco
5. TEMPERATURA DE TERMÓMETRO SECO (T ou TS)
6. PONTO DE ORVALHO (PO) ou TEMPERATURA DE SATURAÇÃO
É a temperatura da mistura gasosa AS/vapor de água.
É a temperatura para a qual, por arrefecimento a pressão constante, a mistura gasosa ficasaturada em vapor de água.
Deste modo: pVi(PO) = pi
É medida com um termómetro comum.
NOTA: TS não é a temperatura de saturação.
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2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Termómetro debolbo húmido
Água
7. TEMPERATURA DE TERMÓMETRO HÚMIDO (Th)
É a temperatura da mistura gasosa medida com um termómetrocomum cujo bolbo de vidro foi coberto com uma gaze embebidaem água, e sobre o qual passa uma corrente de ar para favorecera evaporação da água.
A evaporação da água vai provocar uma diminuição da temperaturalida no termómetro, originada pela absorção de energia necessáriaà evaporação da água.
Este abaixamento da temperatura é tanto mais acentuadoquando menor for a quantidade de vapor de água existentena mistura gasosa.
Para ar seco (AS)
Para ar saturado TS = Th
(TS – Th ) apresenta o valor mais elevado
(TS – Th ) é uma medida da humidade relativa de um ar húmido
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240
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2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Termómetrode bolbo seco
Termómetro debolbo húmido
Água
TS-ThTS – Th (ºC)Th
(ºC)
TABELAS PSICROMÉTRICAS
Humidade (%)
TS = 15ºC
Th = 12ºC
Exemplo:
TS – Th = 3ºC
H = 68%
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2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Psicrómetro – conjunto de dois termómetros, um de bolbo seco e outrode bolbo húmido.
TABELAS PSICROMÉTRICAS(Humidade relativa)
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2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
HIGRÓMETRO – dispositivo para medir a humidade relativa do ar.
O psicrómetro é dum dos vários tipos
de HIGRÓMETROS.
Higrómetro de cabelo
variação do comprimento de um cabelo(humano ou sintético) conforme a humidade.
Base de funcionamento:
Humidade Comprimento do cabelo
Variação de ≈2,5% no comprimento paravariação de HR de 0 a 100% HR
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Incorporam substâncias com a capacidade de absorver a humidade atmosférica (ex: cabelo
humano e sais de lítio)
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CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Termómetro e Higrómetro
Higrómetro (de cabelo sintético)
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O funcionamento dos higrómetros de sais de lítio baseia-se na variação de condutividade
desses sais, os quais apresentam uma resistência variável de acordo com água absorvida.
Um amperímetro, com sua escala devidamente calibrada, indica a humidade do ar.
244
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
8. ENTALPIA ESPECÍFICA DO AR HÚMIDO
Um estado de referênciamuito usual é o seguinte(*)
(*) – usual em tabelas e cartaspsicrométricas
Tref = 0ºC
Ar – gasoso
Água - líquida
Entalpia da mistura gasosa AS/vapor de água, pormassa de ar seco (AS)
Entalpia da mistura gasosa AS/vapor de água, por mole de ar seco (AS)
∆++=∆ H )T - (T C )T - (T C H refrefref Tref
T;Tref
T;Tv
vaporPASPˆˆ Ha
AS g vaporg
C) AS (gcal
o C) vapor (gcal
o vapor)(gcal
∆++=∆ H )T - (T C )T - (T C H refrefref Tref
T;Tref
T;Tv
vaporPASPˆˆ mH
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CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Para uma mistura gasosa saturada:HR = H = 100%
TS = Th = PO
Para caracterizar misturas gasosas não saturadas é necessário o conhecimento detrês parâmetros.
Por exemplo: a pressão de trabalho e dois índices de saturação
Conhecendo os três parâmetros, todos os restantes índices de saturação podem sercalculados.
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246
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Cálculo da massa (ou caudal mássico) de ar húmido:
Massa de ar húmido = Massa de ar seco + Massa de vapor de água
MAH = MAS + MVAS
V
MM Ha =Como
MV = MAS HaMAH = MAS + MAS Ha
MAH = MAS (1 + Ha)
Cálculo do número de moles (ou caudal molar) de ar húmido:
NAH = NAS (1 + Hm)
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247
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Teor de água no ar húmido:
O teor de água no ar húmido pode ser quantificado através da sua fracção molar, yi:
N N N y
VAS
Vi +
=NV – moles de vapor de água;NAS – moles de ar seco
)N/N( )N/(N N/N y
ASVASAS
ASVi +
= Dividindo o numerador e o denominador por NAS
Hm 1 Hm yi +
=Como N N Hm
AS
V= então:
Por sua vez a fracção mássica, Yi´, da água será dada por:
Ha 1 Ha yi +
=′
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Pág 2 e 3 das “Tabelas”
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CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
EXEMPLOPara um ar húmido à pressão atmosférica normal, à temperatura de 27ºC e com umahumidade relativa de 50%, determinar analiticamente os restantes índices de saturação.
Resolução
Dados:P = 760 mmHgTS = 27ºCHR = 50%
•••• Ponto de orvalho
50% 100 x p p HC)(27º
iR
V
==
26,739 mmHg
Pi = 13,370 mmHg
pVi(PO) = pi = 13,370 mmHg
PO ≈≈≈≈ 15,7 ºC
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2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
•••• Humidade molar
p-P
p Hmi
i=
760 mmHg
13,365 mmHg
= 0,0179 mol vapor de água/mol AS
•••• Humidade absoluta
Hm 0,6228 28,9 18 Hm Ha == = 0,0112 g de vapor de água/g AS
•••• Humidade (ou Percentagem de Humidade)
100 x (Hm)
Hm Hsat
= P -P
P (Hm)C)(27º
C)(27ºsat
V
V=
760 mmHg
26,739 mmHg
= 0,0365 mol vapor de água/mol AS
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250
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
100 x (Hm)
Hm Hsat
=
0,0365 mol água/mol AS
0,0179 mol água/mol AS
= 49,0%
•••• Entalpia Específica
∆++=∆ H 0) -(27 C H 0) -(27 C H CºC27;0ºC27;0ºv
vaporPASPm 0ˆˆ
Estado de referênciaTref = 0ºC
Ar – gasoso
Água - líquida
0,0179 mol água/mol AS?
? ?
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251
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
∆++=∆ H 0) -(27 C H 0) -(27 C H CºC27;0ºC27;0ºv
vaporPASPm 0ˆˆ
0,0179 mol água/mol AS
28,98 J/(mol K) 33,54 J/(mol K)45028,8 J/mol
J/mol 45028,8 kJ/kg 2501,6 H C0ºv ==∆ ˆ
H =∆ ˆ 1604,7 J/mol AS = 55,5 J/g AS
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das Tabelas de vapor saturado (pág 155 das “Tabelas”)
27 ? ?
25 28,98 33,53
100 29,03 33,72
T(ºC)
K)) (J/(molp _C
AS Vapor K) J/(mol 28,98
_C
C0,27º
ASp =
K) J/(mol 33,54 _C
C0,27º
vaporp =
(pág 113 das “Tabelas”)
252
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
José A. L. Santos PROCESSOS EM ENGENHARIA BIOLÓGICA – MEBiológica
A pressão e a temperatura do ar atmosférico (bem como os restantes índices) variamconsideravelmente com a altitude, e também com coma posição geográfica e com ascondições meteorológicas.
Pág 62 das “Tabelas”
253
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
José A. L. Santos PROCESSOS EM ENGENHARIA BIOLÓGICA – MEBiológica
EXEMPLO
(*) Linha ou limite de Armstrong – altitude para a qual a águaentra em ebulição à temperatura normal do corpo humano.
Calcular a altitude da linha ou limite de Armstrong(*).
yi P = pVi(T)
Resolução
P = pVi(37ºC) = 47,067 mm Hg = 6,25 kPa
(pois temos vapor saturado em equilíbrio como seu líquido)
h = 19136 m = 19,1 km
Este limite é variável, estando situado entre os 18,9 e os 19,3 km de altitude
Dado: variação da pressão atmosférica com a altitude (válido entre os 11 e os 25 km de altitude)
P (kPa) = 22,55 EXP ������� �
���,
254
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
José A. L. Santos PROCESSOS EM ENGENHARIA BIOLÓGICA – MEBiológica
EXEMPLO
Calcular a humidade absoluta de um ar com uma humidade
relativa de 50% e para as seguintes altitudes e temperaturas:
A) nível do mar e 15,0ºC
B) 1000 m e 8,5ºC
C) 4000 m e -11,0ºC
Resolução
A) h = 0 , HR = 50% , T = 15ºC P = 101,33 kPa = 760 mm Hg
50% 100 x p p H
C)(15,0ºi
R V
==
12,788 mmHg
Pi = 6,394 mmHg
p-P
p Hmi
i=760 mmHg
6,394 mmHg= 0,0848 mol vapor de água/mol AS
28,9 18 Hm Ha = = 0,0528 g de vapor de água/g AS
(pág 62 das “Tabelas”)
255
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
José A. L. Santos PROCESSOS EM ENGENHARIA BIOLÓGICA – MEBiológica
B) h = 1000 m , HR = 50% , T = 8,5ºC P = 89,88 kPa = 674,1 mm Hg
50% 100 x p p H
C)(8,5ºi
R V
==
8,323 mmHg
Pi = 4,162 mmHg
p-P
p Hmi
i=674,1 mmHg
4,162 mmHg= 0,0062 mol vapor de água/mol AS
28,9 18 Hm Ha = = 0,0039 g de vapor de água/g AS
C) h = 4000 m , HR = 50% , T = -11,0ºC P = 61,66 kPa = 462,5 mm Hg
50% 100 x p p H
C)(-11,0ºi
R V
==
1,785 mmHg
Pi = 0,893 mmHg
p-P
p Hmi
i=462,5 mmHg
0,893 mmHg= 0,0019 mol vapor de água/mol AS
28,9 18 Hm Ha = = 0,0012 g de vapor de água/g AS
256
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.1 CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS GÁS/VAPOR
Todos os fundamentos teóricos que acabamos de analisar aplicam-se não só ao sistemaar/vapor de água mas também a qualquer outro sistema gás/vapor.
Para outros sistemas gás/vapor (que não seja o sistema ar/vapor de água) nos índices desaturação a palavra “humidade” pode aparecer substituída pela palavra “saturação”
Saturação molar ≡≡≡≡ Humidade molar
Saturação absoluta ≡≡≡≡ Humidade absoluta
Saturação relativa ≡≡≡≡ Humidade relativaetc ...
Em PEB vamos utilizar “humidade” e não “saturação”
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257
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
A) CARTA PSICROMÉTRICA
Em alternativa ao cálculo das propriedades do ar húmido por via analítica usando asequações anteriormente expostas, os índices de saturação podem ser lidos directamenteem diagramas.
Ambos contêm informação semelhante, diferindo apenas na forma gráfica de apresentação.
• As cartas de Mollier, de origem francesa;
• As cartas de Carrier, de origem americano.
Podemos considerar dois tipos de diagramas (ou cartas):
Se fixarmos a pressão, o número de graus de liberdade do sistema reduz-se a dois, peloque é possível construir diagramas a duas dimensões que permitem relacionar os diversosíndices de saturação. Estes diagramas são denominados ábacos ou cartas.
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258
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
1. Cartas de Mollier
Apresentam como coordenadasbásicas a temperatura, o teorde água (Ha) e a entalpia.
x (g de vapor//Kg AS)
Tem
pera
tura
(ºC)
Entalpia (kJ/kg AS)
Humidade relativa (%)
(x ≡ Ha)
As cartas de Mollier, bemcomo as de Carrier, sãoválidos apenas para um valorparticular da pressão total.
Há no entanto cartas válidaspara diferentes valores depressão, tipicamente correspon-dentes a diferentes altitudes.
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259
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
2. Cartas de Carrier
T
T
T
x
x
x
Inversão
Rotação
Carta de Mollier
Carta de Carrier
Apresenta como coordenadas básicas atemperatura de termómetro seco e oteor de água (Ha).
As cartas de Carrier podem ser obtidas a partir dascartas de Mollier, por inversão e rotação (90º) destas.
Para o sistema ar/vapor de água estes diagramas sãodesignados por cartas psicrométricas.
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260
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Diferentes formas de apresentação das cartas de Corrier (ou cartas psicrométricas)
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261
Normal Temperatures
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Hum
idad
e ab
solu
ta
Entalpia específica
Volume específico
Humidade relativa
Podemos utilizar esta cartapara P = (760±20) mmHg
P = 101,325 kPa = 760 mmHg
(também se lê o PO e Th)Temperatura (Ts)
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262
Normal Temperatures
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Temperatura de termómetro seco - obtém-se por leitura directa sobre o eixo das abcissas,segundo uma linha vertical que passa pelo ponto representativo do sistema (ºC).
Temperatura (Ts)
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263
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
Humidade absoluta - é obtida por leitura directa sobre o eixo das ordenadas, segundo umalinha horizontal que passa pelo ponto representativo do sistema (g vapor/g AS).
Hum
idad
e ab
solu
ta
(esta carta não indica humidade molar)
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264
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
Humidade relativa - é também obtido por leitura directa sobre as respectivas curvas, oupor interpolação entre as duas curvas mais próximas do ponto representativo do sistema (%).
Humidade relativa
A curva para a qual a humidade relativaé de 100% é denominada por curvade saturação.
(esta carta não indica humidade)
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265
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
Ponto de orvalho - obtém-se pela intersecção entre a linha horizontal que passa pelo pontorepresentativo do sistema e a curva de saturação (HR = 100%) (ºC).
Ponto de orvalho
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CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
Temperatura de termómetro húmido - é lida através da intersecção entre a linha determómetro húmido constante que passa pelo ponto representativo do sistema e a curvade saturação (HR = 100%) (ºC).
Temperatura de termómetro húmido
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267
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
Volume específico - é obtido por leitura directa sobre as respectivas curvas, ou porinterpolação entre as duas curvas mais próximas do ponto representativo do sistema(m3 de vapor/kg AS).
Volume húmido específico
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268
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
Entalpia específica
Condições de Referência:
Tref = 0ºCPref = 760 mm HgAr – gasosoÁgua - líquida
Entalpia específica - é lida pela intersecção entra a linha de termómetro húmido constanteque passa pelo ponto representativo do sistema e a escala de entalpias (∆Hlido) (kJ/kg AS).^
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269
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
No cálculo da entalpia específica seguimos a linha de termómetro húmido constante, quandodeveríamos seguir as linhas de entalpia constante. Mas estas linhas não existem nas cartas.
Estas duas linhas são próximas, mas só coincidem para a situação em que o ar está saturado.
Como em grande parte das situações o ar não se encontra saturado, é necessário introduziruma correcção à entalpia específica lida (∆Hlido).
Esta correcção também pode ser lida nas cartas psicrométricas, sendo função de Ts e Ha.
∆H = ∆Hlido + ∆Hcorreção^ ^ ^
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270
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
Entalpia específica
Condições de Referência:
Tref = 0ºCPref = 760 mm HgAr – gasosoÁgua - líquida
Linhas de correcção da entalpia
∆∆∆∆Hlido^
∆∆∆∆Hcorrecção^
Entalpia específica - é lida pela intersecção entra a linha de termómetro húmido constanteque passa pelo ponto representativo do sistema e a escala de entalpias (∆Hlido) (kJ/kg AS).^
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271
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Carta psicrométrica paratemperaturas elevadas(até 120ºC).
Zona correspondente à cartapsicrométrica para baixastemperaturas.
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272
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
P = 77,100 kPa = 578,3 mmHg Altura de 2250 m acima do nível do mar
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273
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
EXEMPLOPara um ar húmido à pressão atmosférica normal, à temperatura de 27ºC e com umahumidade relativa de 50%, determinar os restantes índices de saturação através da cartapsicrométrica.
Resolução
Dados:P = 760 mmHgTS = 27ºCHR = 50%
Índices Cálculo Carta27ºC
50%---
---
27ºC
50%---
---15,7
0,0112
55,6
49,0
0,0179Hm (mol/mol AS)
TS (ºC)
PO (ºC)
Th (ºC)
Ha (g/g AS)
H (%)
HR (%)
V (m3/kg AS)
∆H (kJ/kg AS)
^^
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274
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
27ºC
Marcação do ponto correspondente ás características do ar húmido:
Dados:P = 760 mmHgTS = 27ºCHR = 50%
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275
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
27,0ºC
Leitura dos restantes índices de saturação do ar húmido:
Ha = 0,011g/g AS
PO = 15,2ºC
Th = 19,2ºC
V = 0,865 m3/kg AS^
∆∆∆∆H = 55,5 + (-0,3) = 55,2 kJ/kg AS^
∆∆∆∆Hlido = 55,5 kJ/kg AS^
-0,4 < ∆∆∆∆Hcorrecção <-0,2^
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276
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Índices Cálculo Carta27ºC
50%---
---
27ºC
50%---
---15,7
0,0112
55,5
49,0
0,01790,011
19,215,2
0,86555,2
Comparação entre os resultados obtidos através do cálculo analíticoe através da carta psicrométrica
Hm (mol/mol AS)
TS (ºC)
PO (ºC)
Th (ºC)
Ha (g/g AS)
H (%)
HR (%)
V (m3/kg AS)
∆H (kJ/kg AS)
^^
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277
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2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
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EXEMPLO
(adaptado de: http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2622272/Turning-red-planet-GREEN-Nasa-plans-create-greenhouse-garden-Mars-2021.html)
Em 2021 a NASA pretende instalar em Marte uma pequena estufa aonde irão germinar
cerca de 200 sementes de Arabidopsis (pequena planta largamente usado como modelo em biologia
vegetal) em atmosfera terreste.
Se este estudo for efectuado à pressão de
50 kPa, com temperatura (26ºC) e humidade
relativa (42%) controladas, calcular a
humidade absoluta e molar desta
atmosfera húmida marciano.
Não é também de excluir a hipótese de se estudarem crescimentos de plantas utilizando a
atmosfera marciana. Deste modo, é de elevada importância o conhecimento das
características psicrométricas da atmosfera marciana.
278
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
José A. L. Santos PROCESSOS EM ENGENHARIA BIOLÓGICA – MEBiológica
Shallcross, D . C. (2005) Preparation of psychrometric charts for water vapour in Martian atmosphere, International Journal of Heat and Mass Transfer 48, 1785–1796
Resolução
26ºC
0,01
2 kg
vap
or d
e ág
ua /
kg A
S m
arci
ano
279
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
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Temos assim para: P = 50 kPa
T = 26ºC
HR = 42%
Cálculo da massa molar média do AS marciano:
M = (0,9549 x 44,01) + (0,0279 x 28,01) + (0,0160 x 39,95) +
+ (0,0013 x 32,00) + (0,0008 x 28,01) = 43,51 g/mol
18
43,51 Ha Hm = = 0,029 kmoles vapor de água/kmole AS marciano
Utilizando a carta psicrométrica da pag anterior:
Ha = 0,012 kg vapor de água/kg AS marciano
280
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
B) CONDICIONAMENTO DE AR
As principais operações de condicionamento de ar são:
• Aquecimento
• Arrefecimento
- com condensação do vapor de água (deshumidificação do ar)
• Humidificação do ar- com água líquida- com vapor de água
Estas operações, quando realizadas a pressão constante, podem ser representadas nacarta psicrométrica.
• Deshumidificação do ar
- sem condensação do vapor de água
- por arrefecimento (até uma temperatura inferior ao PO)
- por adsorção- por condensação (em spray ou com serpentina de refrigeração)
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Normal Temperatures
281
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
REPRESENTAÇÃO DE OPERAÇÕES SOBRE A CARTA PSICROMÉTRICA
AQUECIMENTOO aquecimento pode ser representado pelo segmento de recta AB. Esta operação realiza--se sem variação da composição do sistema pelo que a humidade absoluta (e a humidademolar) e o ponto de orvalho se mantêm constantes durante o processo.
A B
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282
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
ARREFECIMENTOO arrefecimento pode ser representado pelos segmento de recta CD ou EF (se se atingira saturação). Tal como no aquecimento, esta operação pode-se realizar sem variação dacomposição do sistema pelo que a humidade absoluta (e a humidade molar) e o ponto deorvalho poder-se-ão manter constantes durante o processo.
D C
F E
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283
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
I
GH
No entanto, se o arrefecimento se realizar até temperaturas inferiores ao ponto de orvalho(representada pelo linha GHI) ocorrerá condensação parcial do vapor. Para esta situação ahumidade absoluta (e a humidade molar) e o ponto de orvalho sofrem uma diminuição.
Tem-se assim um ar com vapor de água e água líquida.
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284
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
líquida água de Massa vapor de Massa
vapor de Massa x+
=
Para além dos índices de saturação, este ar húmido terá de ser quantificado também pelotítulo de vapor, dado por:
Se o ar húmido (com vapor + água líquida) for aquecido vai seguir o mesmo trajecto doarrefecimento, mas com o sentido contrário (trajecto IHG).
Se a água líquida for removida antes do aquecimento, durante esta operação não vaiocorrer variação da composição do sistema pelo que a humidade absoluta se mantêmconstante (trajecto IJ).
( )( ) Ha Ha
J
I=I
M / )M (M M / M
AS L V
AS V
+=( )
II M M
M XL V
V
+=
pois: (MV + ML)I = (MV)H = (MV)G
Relação entre x e Ha:
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285
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
I
GH
Aquecimento sem remoçãoda água líquida
Aquecimento após remoçãoda água líquida
Ponto inicial(ar + vapor + água líquida)
J
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286
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
HUMIDIFICAÇÃO
Torre de humidificação com recirculação de água
Neste processo, o teor de água no ar húmido aumenta devido à adição de água, quer sob aforma líquida, quer sob a forma de vapor.
Adição de água líquida:
Hasaída > Haentrada
Ar Húmido
Ar Húmido
Haentrada
Hasaída
ÁguaLíquida
Tentrada
Tsaída
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287
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Balanço entálpico ao humidificador:
(∆HAH)entrada + (∆HÁgua)entrada = (∆HAH)saída + (∆HÁgua)saída + Qtrocado
Se considerarmos que:
• Sistema adiabático - não ocorrerem trocas de calor com o exterior (Qtrocado = 0)
• A temperatura da água líquida à entrada e à saída são iguais (Tentrada = Tsaída),
• A massa de água líquida circulante for muito superior à massa de água evaporada.
Então:(∆HÁgua)entrada = (∆HÁgua)saída (∆HAH)entrada = (∆HAH)saída
Como: (MAS)entrada = (MAS)saída (∆HAH)entrada = (∆HAH)saída^ ^
Se a humidificação for adiabática então o deslocamento segue a linha de termómetrohúmido constante (ou linha de saturação adiabática).
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288
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
K
L
M
N
O
P
Humidificação adiabáticaHumidificação adiabáticaaté à saturação
Humidificação não adiabática
Se a humidificação não for adiabática só podemos marcar na carta o estado inicial e final,não havendo nenhuma linha pré-estabelecida que possa unir os dois estados (resolução doproblema: balanço à água + balanço entálpico ao processo).
Tágua > PO
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289
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
DESHUMIDIFICAÇÃO POR ADSORÇÃO
A humidade de um AH pode ser reduzida por adsorção da água num adsorvente sólido (aágua é condensada e retida na superfície e nos poros do material – processo físico)
Exemplos de adsorventes sólidos:
Silica gel (SiO2) – substância cristalina de elevada porosidade- porosidade de 50 a 70%- adsorve água até 40% da sua massa
Alumina activada – substância constituída por 90% de Al2O3 e de elevada porosidade- porosidade de 50 a 70%- adsorve água até 60% da sua massa
O material adsorvente pode ser regenerado por aquecimento (entre 100 e 200ºC).
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290
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Normal Temperatures
Deshumidificação por adsorção da água – se a entalpia do ar permanece constante atemperatura do ar aumenta.
Conversão de calor latente
em calor sensível
R
Q
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291
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Deshumidificação por adsorção da água – A entalpia do ar pode não permanece constante ...
Normal Temperatures
Deshumidificação isotérmica Se houver calor perdido ouse a temperatura do adsorventesólido aumentar
Se houver calor perdido ou/ese a temperatura do adsorventesólido aumentar
R1
Q
R2
Q
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292
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
DESHUMIDIFICAÇÃO POR CONDENSAÇÃO EM SPRAY
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Torre de Deshumidificação em Spray
Ar Húmido
Ar Húmido
Haentrada
Hasaída
ÁguaLíquida
Tentrada < PO do ar à entrada
Tsaída
Hasaída < Haentrada
Bomba
Permutadorde calor
Corrente próximada saturação
(Ha)final
293
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
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DESHUMIDIFICAÇÃO POR CONDENSAÇÃO utilizando uma serpentina de refrigeração
Ar húmido(Ha)inicial
(Ha)final (Ha)inicial<
Entrada de água (ou outro
fluido de refrigeração) fria
(com Tágua < PO do AH)
Serpentina de refrigeração
Tfinal Tinicial<
294
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Temperatura
Humidade
Águ
a líq
uida Ar Húmido
T, PO
Tágua < PO
Interface entre a águafria e o ar húmido quente
Filme gasoso em contacto com água fria
Tágua
Remoção de vapor de água do Ar Húmido nãosaturado utilizando água líquida fria.
Não é necessário antes desta operação levaro AH até à saturação.
O AH é feito contactar água fria a umatemperatura inferior ao ponto de orvalhodesse AH, provocando a condensação do vaporde água na interface gás/líquido.
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Situação similar quando se utiliza uma
serpentina de refrigeração.
(entre a superfície da água líquida fria e o AH temos a superfície (metálica) da serpentina)
PO
295
Normal Temperatures
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Temp. da Água líquidaPO do AHPO do AH Temp. inicial do AH Tágua < PO < T
Para a desumidificação em spray ou através de uma serpentina de refrigeração temos oseguinte percurso:
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Temp. final do AH
Se toda o AH sofresse
desumidificação – trajecto a verde
Parte do AH não sofre desumidificação -
– trajecto a vermelho (trajecto real)
S
T
296
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
EXEMPLO
Num processo de condicionamento de ar, este é inicialmente sujeito a uma humidificaçãoadiabática, seguida de um aquecimento até à temperatura de 100ºC, de acordo com odiagrama seguinte.
Determine:A) A fracção mássica de água no ar húmido à saída do humidificador.B) A potência de aquecimento, em kW sabendo que a potência perdida através das paredes
do aquecedor é de 8,0 kW.
Humidificador
Aquecedor
Água liq.25ºC
Água liq.25ºC
Ar Seco
100 kg/min50ºC
ArÁgua (vapor)
25ºC
ArÁgua (vapor)
100ºC
P = 760 mmHg
①③②
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297
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Resolução
A)
Normal Temperatures
Ha = 0,0105g/g AS
Fracção mássica de água no ar húmido = Ha 1 Ha+ = 0,0104
Base de cáculo: 100 kg AS/min em ①①①①
①①①①
②②②②
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298
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
B)
Normal Temperatures
①①①①
②②②②
∆H2 = 52,5 + (- 0,2) = 52,3 KJ/Kg AS^
Condições de Referência:
Tref = 0ºCPref = 760 mm HgAr – gasosoÁgua - líquida
Balanço Entálpico ao Aquecedor
∆H2 + Qaq = ∆H3 + QP
QP = 8,0 kJ/s = 480 kJ/min
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299
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
③③③③②②②②
∆H2 = 53 + (- 0,5) KJ/Kg AS^
∆H3 = 134 + (- 4) = 130 KJ/Kg AS^
Qaq = ∆H3 - ∆H2 + QP
Qaq = 13000 – 5320 + 480
(130 x 100) (52,3 x 100)
480
kJ/min
Qaq = 8160 kJ/min = 136 kJ/s
kW
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300
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
C) SECAGEM DE SÓLIDOS
No entanto na maioria das indústrias transformadoras a secagem é efectuada por uma ouvárias das seguintes razões:
• Para reduzir o custo do transporte;
• Para tornar o material mais manejável, como são os casos dos detergentes, corantese adubos;
• Para conferir determinadas propriedades ao produto;
• Para evitar a deterioração do material
A secagem é usualmente a última operação num processo de fabrico, imediatamente antesda embalagem e despacho do produto.
Em muitas indústrias a secagem é uma parte essencial do processo de fabrico (comoexemplo temos a indústria do papel).
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301
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
SECAGEM DE SÓLIDOS HUMIDIFICAÇÃO DO AR (ou de outro gás)
Temos que:
Fracção mássica da água no sólido: x2 < x1
Para o ar húmido:T4 < T3
Ha4 > Ha3
SECADOR
AH
④
① ②
③
SólidosÁgua - x1
SólidosÁgua - x2
AHT3 ; Ha3T4 ; Ha4
M1 ; T1 M2 ; T2
M ≡ massa oucaudal mássico
xi – composição mássica
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302
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
SECADOR
AH
④
① ②
③
SólidosÁgua - x1
SólidosÁgua - x2
AHT3 ; Ha3T4 ; Ha4
M1 ; T1 M2 ; T2
Balanços de massas:
Aos sólidos: (Msólidos)1 = (Msólidos)2
ou: (1 – x1) M1 = (1 – x2) M2
Ao ar seco: (MAS)3 = (MAS)4
À água: (Mágua)1 + (Mágua)3 = (Mágua)2 + (Mágua)4
ou: x1 M1 + (MAS)3 Ha3 = x2 M2 + (MAS)4 Ha4
M ≡ massa oucaudal mássico
xi – composição mássica
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303
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.2 SISTEMAS AR/VAPOR DE ÁGUA (PSICROMETRIA)
Se:
Pelas correntes de AH ③ e ④ passa amesma linha de termómetro húmido
As correntes de AH ③ e ④
possuem igual entalpia.
Atenção: Não confundir Humidade de um AH com Humidade de um sólido
Humidade de um AH Humidade de um sólido
100 x (Ha)
Ha Hsat
= (%) 100 x M M
M x
água sólido
água
+= (%)
Secador adiabático (Qtrocado = 0)
M1 ≈ M2
T1 ≈ T2
ou ∆Hsólidos ≈ constante
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304
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.3 PRINCIPAIS PEÇAS DE EQUIPAMENTO ENVOLVENDO SISTEMAS GÁS/VAPOR
Podemos considerar um elevado números de tipos de secadores, mas existem algunsaspectos gerais que podemos considerar:
Equipamento de Secagem convencional
• Os secadores podem funcionar continua ou descontinuamente;
• Utiliza-se ar (ou outro gás, por ex. azoto) quente com baixa humidade;
• Os secadores podem funcionar à pressão atmosférica ou sob vácuo
Principais tipos de secadores:
- Secadores de tabuleiros;- Secadores de pulverização (spary dryers);- Secadores rotativos;- Secadores de leito fluidizado
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305
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.3 PRINCIPAIS PEÇAS DE EQUIPAMENTO ENVOLVENDO SISTEMAS GÁS/VAPOR
Secadores de Tabuleiros
AquecedorAquecedor
Entrada de ar
Saída de ar
Os secadores de tabuleiros ou de prateleiras usam-se para substâncias granuladas oupara peças separadas. O material a secar é colocado em tabuleiros (pode ser aquecido porserpentinas com vapor de água), circulando o ar quente sobre esse material.
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306
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.3 PRINCIPAIS PEÇAS DE EQUIPAMENTO ENVOLVENDO SISTEMAS GÁS/VAPOR
Secadores de pulverização (Spay Dryer )
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307
CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.3 PRINCIPAIS PEÇAS DE EQUIPAMENTO ENVOLVENDO SISTEMAS GÁS/VAPOR
Spray Dryer
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atomizadorExemplo em cocorrente
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CAPÍTULO II – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR
2.3 PRINCIPAIS PEÇAS DE EQUIPAMENTO ENVOLVENDO SISTEMAS GÁS/VAPOR
Ciclone
(Cyclone.avi) (*)
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2.3 PRINCIPAIS PEÇAS DE EQUIPAMENTO ENVOLVENDO SISTEMAS GÁS/VAPOR
Secadores Rotativos
Representação esquemáticada vista transversal do secadorrotativo
É utilizado na secagem contínua de produtos em grande escala (várias toneladas por hora)
O secador está ligeiramente inclinado.
O material a secar desloca-se pela acção dagravidade.
(rotação de 20 a 25 rpm)
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2.3 PRINCIPAIS PEÇAS DE EQUIPAMENTO ENVOLVENDO SISTEMAS GÁS/VAPOR
Secador de roupa
Um exemplo de um secador rotativo
O ar quente é introduzido na extremidade superior (processos em co-corrente) ou naextremidade inferior do secador (processos em contracorrente).
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2.3 PRINCIPAIS PEÇAS DE EQUIPAMENTO ENVOLVENDO SISTEMAS GÁS/VAPOR
Secadores de Leito Fluidizado
Várias etapas na secagem em leito fluidizado
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PROBLEMA 2.13
SecadorAquecedor ⑤
①②
③ ④
Ts = 15ºCTh = 7ºC
AH Ts = 50ºC Ts = 26ºC
Sólido – 90%Água - 10%
Sólido – 70%Água - 30%FM = 1000 kg/h
Num processo final de produção de um determinado produto alimentar, obtém-se esse
produto com 30% de humidade. Como o produto não pode apresentar mais de 10% de
humidade para poder ser comercializado, é efectuada uma secagem num secador de túnel.
Nesse secador circulam 1000 kg do produto/h em contracorrente com ar húmido
previamente aquecido de acordo com os dados incluídos no diagrama de blocos seguinte.
Determinar o caudal mássico de ar húmido que é utilizado no processo, quando:
A) O secador é adiabático (e ∆H① ≈ ∆H②)
B) O calor perdido no secador é de 0,5 kcal/kg de AS e T① = 20ºC e T② = 30ºC
Dado: Cpsólido = 0,40 cal/gºC
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Normal Temperatures
❺
❸ ❹
A)
(resolução na aula)
Humidificação Adiabática e com a ∆∆∆∆H dos sólidos constante
AquecimentoAquecimentoAquecimento
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Normal Temperatures
❺
❸ ❹
B)
(resolução na aula)Aquecimento
Humidificação Não Adiabática ecom a Temp. dos sólidos a variar
Humidificação Adiabática e com a ∆∆∆∆H dos sólidos constante
Humidificação Não Adiabática ecom a Temp. dos sólidos a variar
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