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8/2/2019 Processo Penal OAB FGV 1 http://slidepdf.com/reader/full/processo-penal-oab-fgv-1 1/16  Um dos maiores especialistas em Exame de Ordem do País  Ç Ã  –  OAB 1 a FASE WANDER GARCIA ATUALIZAÇÃO N o 2 NA    C    O    M    O     P    A    S    S    A    R Lei 12.403/11 – Prisão e Medidas Cautelares Lei 12.433/11 – Execução Penal

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8/2/2019 Processo Penal OAB FGV 1

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 Um dos maiores especialistas em

Exame de Ordem do País

7   a   E   D  I   Ç   Ã   O   –   2   0   1   1   

OAB1

aFASE

WANDER GARCIA

ATUALIZAÇÃO No 2

NA

   C   O

   M   O

    P   A

   S   S   A

   R

Lei 12.403/11 – Prisão e Medidas Cautelares

Lei 12.433/11 – Execução Penal

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Eduardo Dompieri

15. Direito Processual Penal

7. Prisão, Medidas Cautelares eLiberdade Provisória

(OAB/Exame Unicado – 2010.3) Como se sabe, a prisãoprocessual (provisória ou cautelar) é a decretadaantes do trânsito em julgado de sentença penal con-denatória, nas hipóteses previstas em lei. A respeitode tal modalidade de prisão, é correto armar que

(A) são requisitos da prisão preventiva a sua impres-cindibilidade para as investigações do inquéritopolicial e o fato de o indiciado não ter residênciaxa ou não fornecer elementos necessários aoesclarecimento de sua identidade.

(B) a prisão temporária tem como pressupostos aexistência de indícios de autoria e prova da mate-

rialidade, e como fundamentos a necessidade degarantia da ordem pública, a conveniência da ins-trução criminal, a necessidade de garantir a futuraaplicação da lei penal e a garantia da ordem pública.

(C) o prazo de duração da prisão temporária é decinco dias, prorrogável por mais cinco em casode extrema e comprovada necessidade. Em setratando, todavia, de crime hediondo, a prisãotemporária poderá ser decretada pelo prazo detrinta dias, prorrogável por igual período.

(D) em nosso ordenamento jurídico, a prisão pro-cessual contempla as seguintes modalidades:

prisão em agrante, preventiva, temporária, por pronúncia e em virtude de sentença condenatóriarecorrível.

A: assertiva incorreta, visto que o fato de a custódia ser imprescindí-vel às investigações do inquérito policial constitui requisito da prisãotemporária – art. 1º, I, da Lei 7.960/89. No mais, a possibilidade dedecretar-se a prisão na hipótese de o investigado não ter residênciaxa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento desua identidade foi também contemplada na Lei 7.960/89, em seuart. 1º, II. Impende, por m, consignar que o art. 313, parágrafoúnico, do CPP (com a redação dada pela Lei 12.403/11) admite quea prisão preventiva seja decretada quando houver dúvida sobre aidentidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementossucientes para esclarecê-la; B: a assertiva, incorreta, faz referênciaaos pressupostos e aos fundamentos da prisão preventiva, deixandode fazer menção tão somente ao fundamento “como garantia daordem econômica”; C: a prisão temporária terá o prazo de cinco dias,prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada

necessidade, nos termos do art. 2º, caput , da Lei 7.960/89. Em setratando, no entanto, de crime hediondo ou a ele equiparado (tortura,tráco de drogas e terrorismo), a custódia temporária será decretadapor até trinta dias, prorrogável por igual período em caso de extrema

e comprovada necessidade, em consonância com o disposto no art.2º, § 4º, da Lei 8.072/90 (Crimes Hediondos). Assertiva correta; D:com o advento da Lei 12.403/11, instaurou-se uma nova realidade.A prisão em agrante deixou de constituir modalidade de prisãocautelar (processual ou provisória). Passamos a contar, a partir deentão, com duas modalidades de prisão cautelar, a saber: prisão preventiva e prisão   temporária . Só para lembrar: a prisão decor- rente de pronúncia e a prisão decorrente de sentença condenatória 

recorrível deixaram de integrar o rol das prisões processuais coma entrada em vigor das Leis 11.689/08 e 11.719/08.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(OAB/Exame Unicado – 2010.3) Com relação às modalida-des de prisão, assinale a alternativa correta.

(A) A prisão preventiva poderá ser decretada duranteo inquérito policial.

(B) A prisão em agrante delito somente poderá ser realizada dentro do período de vinte e quatrohoras, contadas do momento em que se inicia aexecução do crime.

(C) A prisão temporária poderá ser decretada a qual-quer tempo, desde que se mostre imprescindívelpara a produção da prova.

(D) Em caso de descumprimento de medida prote-tiva prevista na Lei 11.340/06, o juiz não poderádecretar a prisão preventiva do acusado.

A: assertiva correta, na medida em que a prisão preventiva pode serdecretada pelo juiz em qualquer fase do inquérito ou do processo ,conforme preceitua o art. 311 do CPP. Ocorre que, com a ediçãoda Lei 12.403/11, a redação do art. 311 do CPP foi modicada. Aprisão preventiva continua a ser decretada em qualquer fase dainvestigação policial ou do processo penal, mas o juiz, que antespodia determiná-la de ofício também na fase de inquérito, somentepoderá fazê-lo, a partir de agora, no curso da ação penal. É dizer,para que a custódia preventiva seja decretada no curso da investi-gação, somente mediante representação da autoridade policial ou arequerimento do Ministério Público. Atenção: a prisão temporária,destinada a viabilizar investigações de crimes graves, somentepode ser decretada na fase de inquérito; B: o Código de ProcessoPenal não estabelece este prazo no art. 302. O art. 306, §§ 1º e 2º,do CPP xa o prazo de 24 horas, a contar da prisão, para que aautoridade que presidiu o agrante providencie o encaminhamentodo auto de prisão em agrante ao juiz competente juntamente comtodas as peças. Mais: caso não informe o nome de seu advogado,

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COMO PASSAR NA OAB – 7a EDIÇÃO – ATUALIZAÇÃO No 2

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15. DIREITO PROCESSUAL PENAL

deverá a autoridade, dentro do mesmo prazo, encaminhar as peçasà Defensoria Pública. Deverá ainda, no prazo de 24 horas da prisão,entregar ao autuado a nota de culpa, cienticando-lhe do motivo desua prisão, o nome do condutor e o das testemunhas; C: a prisãotemporária será decretada quando, no curso do inquérito policial,mostrar-se imprescindível para as investigações. Não pode, portanto,ser decretada a qualquer tempo; D: art. 20 da Lei 11.340/06 e art.313, III, do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2009.2) Acerca das prisões cau-telares, assinale a opção correta.

(A) Em regra, a prisão temporária deve ter duraçãomáxima de cinco dias. Tratando-se, no entanto,de procedimento destinado à apuração da práticade delito hediondo, tal prazo poderá estender-separa trinta dias, prorrogável por igual período emcaso de extrema e comprovada necessidade.

(B) A apresentação espontânea do acusado à autori-dade policial, ao juiz criminal ou ao MP impede aprisão preventiva, devendo o acusado responder 

ao processo em liberdade.(C) Considere que Amanda, na intenção de obter 

vantagem econômica, tenha sequestrado Bruna,levando-a para o cativeiro. Nesse caso, a prisãoem agrante de Amanda só poderá ocorrer atévinte e quatro horas após a constrição da liber -dade de Bruna, devendo a autoridade policial,caso descubra o paradeiro da vítima após talprazo, solicitar ao juiz competente o mandado deprisão contra a sequestradora.

(D) São pressupostos da prisão preventiva: garan-tia da ordem pública ou da ordem econômica;

conveniência da instrução criminal; garantia deaplicação da lei penal; prova da existência docrime; indício suciente de autoria.

A: a prisão temporária , a ser decretada tão somente por juiz de direito,terá o prazo de cinco dias , prorrogável por igual período em casode extrema e comprovada necessidade, nos termos do art. 2º daLei 7.960/89. Em se tratando, no entanto, de crime hediondo ou aele equiparado (tortura, tráco de drogas e terrorismo), a custódia 

temporária será decretada por até trinta dias, prorrogável por igualperíodo em caso de extrema e comprovada necessidade, em conso-nância com o disposto no art. 2º, § 4º, da Lei 8.072/90 (Lei de CrimesHediondos); B: o art. 317 do CPP foi revogado pela Lei 12.403/11; C:

o crime perpetrado por Amanda – extorsão mediante sequestro (art.159, CP) – é permanente, o que permite, com fulcro no art. 303 doCPP, a prisão em agrante de seus autores enquanto o processo deconsumação não cessar. Dito de outro modo, enquanto Bruna estiverno cativeiro, Amanda poderá, sim, ser presa em agrante, ainda queisso venha a ocorrer dias, semanas depois do arrebatamento davítima; D: art. 312 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2008.3) Relativamente à prisão,assinale a opção correta de acordo com o CPP.

(A) Se o réu, sendo perseguido, passar ao territóriode outro município ou comarca, o executor poderáefetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar,

apresentando-o imediatamente à autoridade local,que providenciará a remoção do preso depois dehaver lavrado, se for o caso, o auto de agrante.

(B) Na hipótese de resistência à prisão em agrante,por parte de terceiras pessoas, diversas do réu, o

executor e as pessoas que o auxiliarem não pode-rão usar dos meios necessários para defender-seou para vencer a resistência.

(C) Na hipótese de o executor do mandado vericar,com segurança, que o réu tenha entrado emalguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for aten-

dido imediatamente, o executor convocará duastestemunhas e, ainda que seja noite, entrará àforça na casa, arrombando as portas, caso sejanecessário.

(D)  Ainda que haja tentativa de fuga do preso, nãoserá permitido o emprego de força.

A: art. 290, caput , do CPP; B: art. 292 do CPP; C: art. 293, caput ,do CPP; D: art. 284 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2008.2) Os parâmetros previstosno CPP para que a autoridade determine o valor daança não incluem

(A)  A natureza da infração.(B) O grau de instrução do acusado.(C)  A vida pregressa do acusado.(D) O valor provável das custas do processo.

Art. 326, CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.3) É compatível com a Cons-tituição Federal de 1988

(A) o processo iniciado, de ofício, pela autoridadepolicial ou judiciária.

(B)  A prisão processual.(C)  A prisão para averiguação.(D)  A busca domiciliar determinada pela autoridade

policial.

A: princíprio da ação ou da demanda  (incumbe à parte provocara atuação da função jurisdicional). No que concerne à autoridadepolicial, vige o princípio da obrigatoriedade , já que, assim que tenhaa notícia da prática da infração, deverá instaurar, de ofício, inquéritopolicial; B: arts. 282 e seguintes do CPP; C: art. 5º, LXI e LXV, daCF; D: art. 5º, XI, da CF.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.3) Acerca dos crimes hedion-dos, assinale a opção correta.

(A) O rol dos crimes enumerados na Lei n.º 8.072/1990

não é taxativo.(B) É possível o relaxamento da prisão por excesso

de prazo.(C) O prazo da prisão temporária em caso de homicí-

dio qualicado é igual ao de um homicídio simples.(D) Em caso de sentença condenatória, o réu não

poderá apelar em liberdade, independentementede fundamentação do juiz.

A: adotou-se o critério legal , pelo qual consideram-se hediondos tãosomente os crimes contidos no rol do art. 1º da Lei n. 8.072/1990.Trata-se de rol taxativo; B: art. 5º, LXV, da CF; Súmula n. 697 do

STF; C: o prazo de prisão temporária, em se tratando de homicídioqualicado (art. 1º, I, Lei n. 8.072/90), é xado pela Lei de CrimesHediondos, em seu art. 2º, § 4º. O homicídio simples, salvo opraticado em atividade típica de grupo de extermínio, não é delitohediondo; D: Súmula 347, STJ; o art. 594 do CPP foi revogadopela Lei n. 11.719/2008. Hodiernamente, para decretar a prisão

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EDUARDO DOMPIERI

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processual, o juiz deve demonstrar a necessidade da medida. Nãohá mais se falar em prisão automática, incompatível com a novaordem constitucional. Ademais, com a edição da Lei 12.403/11,que introduziu novo regramento para a prisão e l iberdade, antes dasentença denitiva, a custódia cautelar só pode ser decretada emduas situações: prisão preventiva e prisão temporária. A prisão emagrante deixou de integrar este rol, visto que o juiz, ao ser delacomunicado, deverá, se entender necessária a medida extrema,

convertê-la em preventiva. Antes, porém, submeterá o caso concretoaos requisitos do art. 312 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.3) Acerca do instituto daprisão, assinale a opção incorreta.

(A)  A prisão temporária não pode ser decretada deofício e somente tem cabimento durante o inqué-rito policial.

(B)  As hipóteses legais para a decretação da prisãopreventiva, incluem a garantia da ordem pública,a conveniência da instrução criminal e o clamor público.

(C) Nos crimes de menor potencial ofensivo, em regra,não são admitidas a lavratura do auto de prisãoem agrante nem a imposição de ança quandoo autor do fato for encaminhado ao juizado.

(D)  A prisão penal é a que ocorre após uma sen-tença penal condenatória transitada em julgadoe admite, preenchidos os requisitos legais, olivramento condicional.

A: arts. 1º, I, e 2º, caput , da Lei n. 7.960/1989; B: art. 312, CPP.A expressão “clamor público” não está contida no dispositivolegal; C: art. 69, parágrafo único, da Lei n. 9.099/1995; D: de fato,prisão penal ou prisão-pena é aquela que decorre de sentença

condenatória com trânsito em julgado; de outro lado, prisão processual  ou provisória é aquela decretada antes do trânsitoem julgado de sentença condenatória (prisão preventiva e prisãotemporária).

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.1) Não há vedação expressaà liberdade provisória no diploma legal conhecidocomo

(A) Estatuto do Desarmamento.(B) Lei sobre o tráco ilícito de drogas.(C) Lei Maria da Penha.(D) Lei das Organizações Criminosas.

A: art. 21 da Lei n. 10.826/2003; B: art. 44 da Lei n. 11.343/2006;C: Lei n. 11.340/2006; D: art. 7º da Lei n. 9.034/1995.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(OAB/Exame Unicado – 2006.2) Assinale a opção incorretade acordo com o STJ e o STF.

(A) Os conceitos de agrante preparado e esperadose confundem.

(B) Tão-somente os crimes militares, cuja denição édada pelo Código Penal Militar, quando cometidospor agentes militares, poderão ser julgados pela

 justiça castrense.(C) O estado de agrante delito é uma das exceções

constitucionais à inviolabilidade do domicílio, nostermos da Constituição Federal.

(D)  A interposição de recurso, sem efeito suspensivo,contra decisão condenatória não obsta a expedi-ção de mandado de prisão.

A: vericar-se-á o agrante preparado sempre que o agente provo-cador induzir, levar alguém a praticar uma infração penal. Está-seaqui diante de uma modalidade de crime impossível (art. 17, CP),consubstanciada na Súmula n. 145 do STF; difere, dessa forma, dochamado agrante esperado , em que a polícia não controla a açãodo agente, apenas aguarda, depois de comunicada, a ocorrênciado crime. É hipótese viável de prisão em agrante; B: arts. 124,caput , e 125, § 4º, da CF; C: art. 5º, XI, da CF; D: Súmula n. 267,

STJ.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unificado – 2004.ES) Eduardo, agente depolícia encarregado de desvendar a atividade detráco de drogas, induziu Márcio, suposto tracante,a fornecer-lhe certa quantidade de droga. ComoMárcio não a possuía no momento, saiu do local eretornou minutos depois com a exata quantidadede entorpecente pedida por Eduardo que, no ato daentrega, lhe deu voz de prisão. Na situação hipotéticaacima, ocorreu um agrante do tipo

(A) Esperado.(B)

preparado ou provocado.(C) prorrogado.(D) Compulsório.

É crime impossível (art. 17, CP). Súmula n. 145 do STF.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(FGV – 2011) A respeito da prisão preventiva, é corretoarmar que

(A) durante o inquérito policial não é possível a decre-tação da prisão preventiva pelo juiz ex ofcio,somente sendo ela permitida durante a instruçãocriminal.

(B) o juiz pode decretar a prisão preventiva quando as

provas dos autos indicam que o agente cometeuo fato em estrito cumprimento do dever legal, masnão se pode dizer o mesmo se o fato foi cometidoem estado de necessidade.

(C) o juiz pode revogar a prisão preventiva se veri-car falta de motivo para a sua subsistência;entretanto, uma vez revogada, o juiz não podedecretá-la de novo.

(D) nos termos do Código de Processo Penal, a prisãopreventiva pode ser decretada como garantia daordem pública ou para assegurar a aplicação dalei penal, quando houver prova da existência do

crime e indício suciente de autoria.(E) a apresentação espontânea do acusado, confes-

sando crime de autoria ignorada ou imputada aoutrem, impede a decretação da prisão preventiva.

A: ao tempo em que esta questão foi aplicada, a assertiva estavaincorreta, já que não correspondia à redação do então vigente art.311 do CPP, pois a prisão preventiva  podia ser determinada deofício pelo magistrado em qualquer fase do inquérito policial ouda instrução criminal. Atualmente, dada a modicação no art. 311implementada pela Lei 12.403/11, é defeso ao juiz decretar, de ofício,a prisão preventiva no curso do inquérito policial. Ele somente poderáfazê-lo, doravante, sem ser provocado pelas partes, no curso da ação

penal; B: a proposição está incorreta, visto que, em consonância como que dispõe o art. 314 do CPP, não será decretada a preventiva doinvestigado ou acusado que agiu sob o manto de qualquer das exclu-dentes de ilicitude (art. 23, I, II e III, do CP). Impende observar quea modicação implementada pela Lei 12.403/11 no art. 314 do CPPse deu tão somente para o m de alterar a referência ao dispositivo

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15. DIREITO PROCESSUAL PENAL

do Código Penal que trata das excludentes de antijuridicidade. Deresto, o artigo permanece intacto; C: em vista do disposto no art.316 do CPP, se a prisão preventiva mostrar-se desnecessária ao pro-cesso, deve o juiz revogá-la; se, no entanto, surgir nova prova, aptaa alterar a situação fática e justicar novo decreto prisional, deveráo juiz assim proceder, mandando expedir o competente mandadode prisão; D: assertiva em consonância com o disposto no art. 312do CPP; E: a Lei 12.403/11 revogou o art. 317 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(FGV – 2010) Roberto entra em uma agência bancária eefetua o saque de quinhentos reais da conta correntede terceiro, utilizando um cheque falsicado. De possedo dinheiro, Roberto se retira da agência. Quinzeminutos depois, o caixa do banco observa o chequecom mais cuidado e percebe a falsidade. O segurançada agência é acionado e consegue deter Roberto noponto de ônibus próximo à agência. O segurançarevista Roberto e encontra os quinhentos reais emseu bolso. Roberto é conduzido pelo segurança àDelegacia de Polícia mais próxima. Considerando anarrativa acima, assinale a alternativa correta.

(A) O Delegado de Polícia deve baixar a portaria deinstauração do inquérito policial, tomar o depoi-mento de Roberto, lavrar termo de apreensão dodinheiro que havia sido sacado por ele na agênciabancária, e liberá-lo, já que a situação narradanão caracterizou agrante delito. Encerradas asinvestigações, deve remeter os autos do inquéritopolicial ao Ministério Público para que ofereçadenúncia.

(B) O Delegado de Polícia a quem Roberto é apre-sentado deve lavrar o auto de prisão em agrante,

sendo-lhe vedado tomar o depoimento do presosem que esteja assistido por advogado. Se oautuado não informar o nome de seu advogado,o Delegado deverá solicitar a presença de umdefensor público ou nomear um advogado dativopara proceder à oitiva. Após a lavratura do auto,deve comunicar a prisão ao juiz competente eentregar nota de culpa ao preso.

(C) O Delegado de Polícia a quem Roberto é apre-sentado deve lavrar o auto de prisão em agrante,comunicar a prisão imediatamente ao juiz com-petente e à família do preso ou à pessoa por ele

indicada, bem como entregar a nota de culpa aopreso. Se o juiz constatar a desnecessidade dadecretação de prisão cautelar, deverá conceder liberdade provisória ao preso, com ou sem ança,independentemente de manifestação do Ministé-rio Público ou da defensoria pública.

(D) O Delegado de Polícia a quem Roberto éapresentado deve lavrar o auto de prisão emagrante, comunicar a prisão imediatamente ao

 juiz competente e à família do preso ou à pessoapor ele indicada, devendo ainda remeter, em vintee quatro horas, o auto de prisão em agrante

acompanhado de todas as oitivas colhidas ao juiz competente e, caso o autuado não informe onome de seu advogado, cópia integral do auto àDefensoria Pública, e entregar nota de culpa aopreso.

(E) O Delegado de Polícia a quem Roberto éapresentado deve lavrar o auto de prisão emagrante, comunicar a prisão imediatamente ao

 juiz competente e à família do preso ou à pessoapor ele indicada, devendo ainda remeter, em vintee quatro horas, o auto de prisão em agranteacompanhado de todas as oitivas colhidas ao juiz

competente e entregar nota de culpa ao preso.Caberá ao juiz abrir vista dos autos de comuni-cação de prisão ao Ministério Público e, caso opreso tenha declarado não possuir advogado, àdefensoria pública.

As providências que devem ser tomadas pela autoridade policial,na hipótese de prisão em agrante, estão contidas nos arts. 304 eseguintes do CPP, com destaque para a modicação introduzida noart. 306, caput , do CPP pela Lei 12.403/11, que impõe à autoridadepolicial o dever de comunicar, incontinenti, a prisão de qualquerpessoa e o local onde esta se encontre ao Ministério Público, semprejuízo da comunicação ao juiz e à família do preso ou à pessoapor ele indicada.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(FGV – 2010) Assinale a alternativa que contenha umprincípio que não se aplica à prisão preventiva.

(A) Taxatividade das hipóteses de aplicação.(B)  Admissibilidade de aplicação automática.(C)  Adequação e proporcionalidade.(D) Jurisdicionariedade das medidas cautelares.(E) Demonstração do fumus comissi delicti e do

periculum libertatis.

A prisão preventiva somente se justica dentro do ordenamentojurídico quando necessária ao processo; deve, portanto, ser utilizada

em situações excepcionais. Se a prisão preventiva decorrer de auto-matismo legal, sem que haja qualquer demonstração de necessidadena decretação da custódia, estaremos antecipando o cumprimentoda pena antes do trânsito em julgado da sentença. A admissibilidadede aplicação automática, portanto, não pode incidir nas prisõesprocessuais de forma geral. Além disso, hodiernamente, tendo emconta as mudanças implementada pela Lei 12.403/11, que instituiu asmedidas cautelares alternativas à prisão provisória, esta somente terálugar diante da impossibilidade de recorrer-se às medidas cautelares.Dessa forma, a prisão, como medida excepcional, deve também servista como instrumento subsidiário, supletivo. No mais, os outrosprincípios devem ser observados quando se tratar da prisão preventiva,cuja disciplina está nos arts. 311 e seguintes do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(FGV – 2010) Eduardo Souza é um conhecido estelio-natário que falsica documentos para obtenção debenefícios previdenciários estaduais falsos (pensõesde funcionários públicos estaduais). Numa scalizaçãode rotina, funcionários do setor de controladoria eauditoria da secretaria de fazenda estadual identi-caram um grande número de benefícios com valoressemelhantes e documentações idênticas, concedidosna mesma data para pessoas com nomes muito pare-cidos (Fernando Souza, Ferdinand Souza, HernandesSouza, Hernando Souza, Ernani Souza, ErnestoSouza, Ernã Souza, Fernnando Souza, etc). Descon-

ados, checaram a documentação e desconaramda sua validade. De posse desses documentos, osfuncionários dirigem-se à polícia que instaura inquéritopara apuração dos crimes de estelionato qualicado,falsicação de documento público e uso de documento

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EDUARDO DOMPIERI

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falso. Durante as investigações, o laudo pericialconrma tratar-se de falsicações muito parecidas etodos os indícios (provas testemunhais e lmagens,entre outras) e apontam para Eduardo, o qual é indi-ciado de forma indireta, já que não foi localizado. ODelegado de Polícia considera que é imprescindível aprisão de Eduardo para as investigações do inquérito

policial (mesmo porque Eduardo não possui residênciaxa) e decide representar pela prisão temporária doindiciado. Considerando a narrativa acima, assinalea alternativa correta.

(A) O Delegado deve dirigir sua representação aopromotor de justiça, não podendo faze-lo direta-mente ao juiz, sugerindo que ele requeira ao juizcompetente a decretação da prisão temporária,que tem como nalidade justamente assegurar ainvestigação do inquérito policial, adequando-seperfeitamente à hipótese narrada.

(B) O Delegado deve dirigir sua representação ao juiz

competente, requerendo a decretação da prisãotemporária, que tem como nalidade justamenteassegurar a investigação do inquérito policial,adequando-se perfeitamente à hipótese narrada.O juiz poderá decidir sem ouvir o MinistérioPúblico.

(C) O Delegado deve dirigir sua representação aoMinistério Público, requerendo a decretação daprisão preventiva, que tem como nalidade justa-mente assegurar a investigação do inquérito policial,adequando-se perfeitamente à hipótese narrada.

(D) O Delegado deve dirigir sua representação ao

promotor de justiça, não podendo faze-lo direta-mente ao juiz, sugerindo que ele requeira ao juizcompetente a decretação da prisão preventiva,obrigando-se contudo a demonstrar qual das hipó-teses presentes no art. 312 do Código ProcessualPenal se amolda à hipótese narrada.

(E) O Delegado deve dirigir sua representação ao juizcompetente, requerendo a decretação da prisãopreventiva, obrigando-se contudo a demonstrar qual das hipóteses presentes no art. 312 do CódigoProcessual Penal se amolda à hipótese narrada.

A prisão temporária, conforme preleciona o art. 1º, I, da Lei7.960/89, constitui modalidade de prisão provisória destinada aviabilizar as investigações acerca de crimes graves durante a fasede inquérito policial. Não pode ser decretada de ofício pelo juiz,que deverá determiná-la diante da representação formulada pelaautoridade policial ou de requerimento do Ministério Público. Serádecretada pelo prazo de cinco dias, podendo esse prazo ser pror-rogado uma vez em caso de comprovada e extrema necessidade(art. 2º, caput , da Lei 7.960). Se se tratar, no entanto, de crimehediondo ou delito a ele equiparado, o prazo de prisão temporáriaserá de 30 dias, prorrogável por mais trinta, também em caso decomprovada e extrema necessidade. É o teor do art. 2º, § 4º, daLei 8.072/90 (Crimes Hediondos). Ocorre que os crimes imputados

a Eduardo não fazem parte do rol do art. 1º, III, da Lei 7.960/89,de tal sorte que não poderia ser decretada sua prisão temporáriapara viabilizar a investigação desses crimes. Resta, portanto, aprisão preventiva, que somente será decretada se presentes seusrequisitos legais. Registre-se que o juiz somente decretará a prisãopreventiva do indiciado diante da necessidade da custódia, sempre

levando em conta os requisitos do art. 312 do CPP. Ausentes estes,deve o magistrado, ante a desnecessidade da prisão, revogá-la,permitindo ao acusado que aguarde o trânsito em julgado dasentença em liberdade. No mais, em vista da mudança a que foisubmetido o art. 313 do CPP (Lei 12.403/11), ainda assim o crimede estelionato comporta a custódia preventiva, dado que sua penamáxima cominada é superior a quatro anos.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(FGV – 2010) Relativamente ao tema prisão temporária,analise as armativas a seguir:

I.  A prisão temporária será decretada pelo Juiz, emface da representação da autoridade policial oude requerimento do Ministério Público, e terá oprazo de 5 (cinco) dias. A prorrogação dispensaránova decisão judicial, devendo entretanto a auto-ridade policial colocar o preso imediatamente emliberdade ndo o prazo da prorrogação.

II.  Ao decretar a prisão temporária, o Juiz poderá,de ofício, determinar que o preso lhe seja apre-sentado, solicitar esclarecimentos da autoridade

policial e submeter o preso a exame de corpo dedelito.III. Os presos temporários deverão permanecer, obri-

gatoriamente, separados dos demais detentos.

 Assinale:

(A) se somente a armativa I estiver correta.(B) se somente a armativa II estiver correta.(C) se somente a armativa III estiver correta.(D) se somente as armativas II e III estiverem cor -

retas.(E) se todas as armativas estiverem corretas.

I: a prorrogação se submete a nova decisão judicial, já que cabe aomagistrado vericar se a medida é de fato necessária; II: art. 2º, § 3º,da Lei 7.960/89; III: art. 3º da Lei 7.960/89.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(FGV – 2009) Manoela de Jesus foi presa em agrante,quando estava em sua casa assistindo à televisão,porque supostamente teria jogado um bebê recémnascido no rio. Os responsáveis pela prisão foramdois policiais civis que realizavam diligências nolocal a partir de uma denúncia anônima. Ao realizar a prisão os policiais identicaram Manoela a partir dadescrição fornecida pela denúncia anônima. A esse

respeito, assinale a alternativa correta.(A) Trata-se de agrante próprio, previsto no art. 302,

I, do Código de Processo Penal.(B) Trata-se de agrante próprio, previsto no art. 302,

II, do Código de Processo Penal.(C) A prisão é ilegal, pois não está presente nenhuma

das situações autorizadoras da prisão em a-grante.

(D) Trata-se de agrante presumido, previsto no art.302, IV, do Código de Processo Penal.

(E) Trata-se de agrante impróprio, previsto no art.302, III, do Código de Processo Penal.

Manoela não foi presa no momento em que cometia ou quando aca-bava de cometer o crime a ela atribuído. Se assim fosse, estaríamosdiante do chamado agrante próprio, real ou perfeito, presente noart. 302, I e II, do CPP. Da mesma forma, não é o caso do chamadoagrante impróprio, imperfeito ou quase-agrante, em que o sujeito

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COMO PASSAR NA OAB – 7a EDIÇÃO – ATUALIZAÇÃO No 2

7

15. DIREITO PROCESSUAL PENAL

é perseguido, logo após, em situação que faça presumir ser o autorda infração (art. 302, III). Manoela sequer foi perseguida. Tambémnão se está diante do denominado agrante cto ou presumido (art.302, IV), em que o agente é encontrado, depois do crime, na possede instrumentos, armas, objetos ou papéis em circunstâncias querevelem ser ele o autor da infração penal. Manoela, ao ser presa emsua residência, não estava na posse de nenhum instrumento que aligasse ao crime que a ela foi imputado. Assim, ausente qualquer

das situações autorizadoras da prisão em agrante.   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(FGV – 2008) Relativamente à prisão temporária, assi-nale a armativa correta.

(A) A prisão temporária poderá ser decretada emcasos de grande repercussão pública para garan-tir a ordem pública, em crimes como roubo, estu-pro com resultado morte e homicídio qualicado.

(B) São requisitos para a decretação da prisãotemporária a garantia da ordem pública, daordem econômica ou ainda a necessidade deaplicação da lei penal e a conveniência da

instrução criminal.(C) A prisão temporária poderá ser requerida pelodelegado de polícia ou pelo promotor de justiça,devendo o juiz decidir em até vinte e quatro horas,dispensada a fundamentação em caso de urgência.

(D) São princípios que se aplicam ao regime da prisãotemporária a taxatividade e inadmissibilidade derenovação automática.

(E)  A prisão temporária será decretada por dez dias,prorrogáveis por mais dez dias, salvo nos casosde crimes hediondos em que o prazo será de trintadias, prorrogáveis por mais trinta dias.

A: a prisão temporária é uma modalidade de prisão provisóriadestinada a viabilizar as investigações acerca dos crimes gravesprevistos no art. 1º, III, da Lei 7.960/89 durante a fase investigativa. Agarantia da ordem pública constitui hipótese de cabimento da prisãopreventiva (art. 312 do CPP); B: trata-se de hipóteses em que podeser decretada a prisão preventiva, todas presentes no art. 312 doCPP; C: art. 2º, caput e § 2º, da Lei 7.960/89; D: diz-se que a prisãotemporária é regida pelo princípio da taxatividade na medida em queas hipóteses para aplicá-la são somente aquelas contempladas naLei 7.960/89. De outro lado, a custódia temporária somente serárenovada se car comprovada sua necessidade. Não há que sefalar, portanto, em renovação automática; E: a prisão temporáriaserá decretada pelo prazo de cinco dias, podendo esse período ser

prorrogado uma vez em caso de comprovada e extrema necessidade(art. 2º, caput , da Lei 7.960). Se se tratar, no entanto, de crimehediondo ou delito a ele equiparado, o prazo de prisão temporáriaserá de 30 dias, prorrogável por mais trinta, também em caso decomprovada e extrema necessidade. É o que determina o art. 2º, §4º, da Lei 8.072/90 (Crimes Hediondos).

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(FGV – 2008) Assinale a alternativa que indique o crimeem que não caberá prisão temporária.

(A) homicídio doloso (art. 121, caput , e seu § 2°)(B) estupro (art. 213, caput , e sua combinação com

o art. 223, caput , e parágrafo único)(C)

extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput , eseus §§ 1°, 2° e 3°)(D) roubo (art. 157, caput , e seus §§ 1°, 2° e 3°)(E) estelionato (art. 171, caput , e seus §§ 1°, 2° e 3°)

art. 1º, III, da Lei 7.960/89.   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(FGV – 2008) As alternativas a seguir completam cor-retamente o fragmento a seguir, à exceção de uma.

 Assinale-a. Considera-se em fagrante delito quem...

(A) está cometendo a infração penal.(B) acaba de cometer a infração penal.(C) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo

ofendido ou por qualquer pessoa, em situação

que faça presumir ser autor da infração.(D) é encontrado, logo depois, com instrumentos,

armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

(E) é apontado por qualquer pessoa do povo comoautor de crime infamante.

A: art. 302, I, do CPP (agrante próprio, real ou perfeito); B: art.302, II, do CPP (agrante próprio, real ou perfeito); C: art. 302, III,do CPP (agrante impróprio, imperfeito ou quase-agrante); D:art. 302, IV, do CPP (agrante cto ou presumido); E: não constituisituação elencada no art. 302 do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   E  "

(FGV – 2008)

 A prisão preventiva poderá ser decretada:(A) como garantia da ordem pública, da ordem econô-

mica, por conveniência da instrução criminal, oupara assegurar a aplicação da lei penal, quandohouver prova da existência do crime e indíciosuciente de autoria.

(B) nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer eespecicamente nos crimes punidos com pena dedetenção quando o autor do crime for identicadoe possuir residência onde possa ser encontrado.

(C) quando o agente pratica o crime em situação delegítima defesa.

(D) sempre que houver necessidade para investiga-ção, tanto nos crimes dolosos como culposos.

(E) nos crimes hediondos, ainda que não estejampresentes os requisitos cautelares.

Art. 312 do CPP.   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(FGV – 2008) Nas situações apresentadas a seguir éimposta prisão em agrante, à exceção de uma.

 Assinale-a.

(A) nas infrações de menor potencial ofensivo, aoagente que se recusar a comparecer ao juizado

especial criminal quando intimado(B) nos crimes de trânsito ao condutor de veículo,nos casos de acidentes de trânsito de que resultevítima, se o agente prestar pronto e integralsocorro àquela

(C) ao agente do crime de extorsão mediante seqües-tro que se comprometer a delatar os comparsasda prática criminosa

(D) ao agente que alterar o aspecto ou estrutura deedicação ou local especialmente protegido por lei, em razão de seu valor ecológico sem autori-zação da autoridade competente

(E) ao agente do crime de estelionato que se propuser a reparar o dano causado posteriormente

A: art. 69, p. único, da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais); B: art. 301da Lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro); C, D e E: haveráimposição de prisão em agrante.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

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EDUARDO DOMPIERI

8

(FGV – 2008) Analise as armativas a seguir:

I. O preso especial não será transportado junta-mente com o preso comum.

II. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial,à disposição da autoridade competente, quandosujeitos a prisão antes de condenação deni-tiva, dentre outros, os cidadãos que já tiverem

exercido efetivamente a função de jurado, salvoquando excluídos da lista por motivo de incapa-cidade para o exercício daquela função.

III. Qualquer do povo deverá prender quem quer que seja encontrado em agrante delito.

 Assinale:

(A) se nenhuma armativa estiver correta.(B) se somente as armativas I e II estiverem corretas.(C) se somente as armativas I e III estiverem corretas.(D) se somente as armativas II e III estiverem corretas.(E) se todas as armativas estiverem corretas.

I: art. 295, § 4º, do CPP: II: art. 295, X, do CPP; III: qualquer dopovo poderá prender quem quer que seja encontrado em agrantedelito (agrante facultativo); já a autoridade policial e seus agentesdeverão prender quem quer que seja encontrado nessa situação(agrante obrigatório).

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(FGV – 2008) Quais os tipos de prisões cautelares queexistem no ordenamento processual penal brasileiro?

(A) Temporária, administrativa, preventiva e decor -rente de pronúncia.

(B) Flagrante, temporária, preventiva e decorrente desentença (ou acórdão) condenatória recorrível edecorrente de pronúncia.

(C) Preventiva, temporária, decorrente de pronúnciae decorrente de sentença (ou acórdão) condena-tória recorrível.

(D) Flagrante, temporária, administrativa, preventiva,decorrente de sentença (ou acórdão) condenató-ria recorrível, decorrente de pronúncia.

(E) Temporária, preventiva, decorrente de sentença(ou acórdão) condenatória recorrível e decorrentede pronúncia.

Com o advento da Lei 12.403/11, instaurou-se uma nova realidade.A prisão em agrante deixou de constituir modalidade de prisãocautelar (processual ou provisória). Passamos a contar, a partir de

então, com duas modalidades de prisão cautelar, a saber: prisão preventiva e prisão   temporária . Só para lembrar: a prisão decor- 

rente de pronúncia e a prisão decorrente de sentença condenatória 

recorrível deixaram de integrar o rol das prisões processuais coma entrada em vigor das Leis 11.689/08 e 11.719/08.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(FGV – 2008) Qual dos elementos abaixo não está previstono art. 312 do Código de Processo Penal como umdos requisitos para a decretação da prisão preventiva?

(A) Quando necessária para assegurar a aplicaçãoda lei penal.

(B) Quando conveniente para a instrução criminal.(C) Quando imprescindível para apaziguar o clamor 

público.(D) Quando houver prova da existência do crime e

indício suciente de autoria.(E) Quando necessária para garantir a ordem econô-

mica.

O clamor público, por si só, além de não estar inserto no art. 312do CPP, não é apto a justicar a prisão preventiva.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(FGV – 2005) Em matéria de liberdade provisória, écorreto armar que:

(A) a autoridade policial somente poderá conceder ança nos casos de infração punida com deten-ção, prisão simples e reclusão em que a penamáxima cominada não for superior a 2 (dois) anos.

(B) em caso de prisão por mandado, também serácompetente para conceder a ança a autoridadepolicial a quem tiver sido requisitada a prisão.

(C) em caso de quebramento da ança, haverá aperda de 2/3 do seu valor e a obrigação de reco-lhimento à prisão.

(D) não será concedida ança nos crimes punidoscom reclusão em que a pena mínima cominadafor superior a 1 (um) ano.

A: outra alteração implementada pela Lei 12.403/11 é que a auto-ridade policial, agora, pode arbitrar ança em qualquer infraçãopenal cuja pena máxima cominada não seja superior a quatroanos (reclusão ou detenção). Pela redação anterior do art. 322do CPP, o delegado somente estava credenciado a arbitrar ançanas contravenções e nos crimes apenados com detenção; B: art.332 do CPP; C: apesar de o art. 343 do CPP ter sido modicadopela Lei 12.403/11, a assertiva permanece incorreta; D: com amodicação a que foi submetido o art. 323 do CPP, operada pelaLei 12.403/11, somente são inaançáveis os crimes ali listados etambém aqueles contidos em leis especiais, tais como o art. 31 daLei 7.492/86 (Sistema Financeiro); art. 7º da Lei 9.034/05 (CrimeOrganizado).

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

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COMO PASSAR NA OAB – 7a EDIÇÃO – ATUALIZAÇÃO No 2

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15. DIREITO PROCESSUAL PENAL

14. Execução Penal

(OAB/Exame Unicado – 2009.3) Acerca do instituto daremição, previsto na Lei de Execução Penal, assinalea opção correta.

(A) O tempo remido não poderá ser computadopara a concessão de livramento condicional e

indulto.(B) O condenado que for punido por falta grave não

perderá o direito ao tempo remido, que constituidireito adquirido do preso.

(C) Poderão ser beneciados pela remição em razãodo trabalho o preso provisório e o preso conde-nado que cumpra a pena em regime fechado,semiaberto ou aberto.

(D) O preso impossibilitado, por acidente, de pros-seguir no trabalho continuará a se beneciar daremição.

A: em vista da nova redação dada ao art. 128 pela Lei 12.433/11,o tempo remido será computado para todos os ns, não só paraa concessão de livramento condicional e indulto. Na prática, jáfuncionava desta maneira; B: o cometimento de falta grave implicaa revogação de parte do tempo remido. Não há que se falar, aqui,em direito adquirido. Em vista das alterações implementadas naLEP pela Lei 12.433/11, estabeleceu-se, no caso de cometimentode falta grave, uma proporção máxima em relação à qual poderáse dar a perda dos dias remidos. Assim, diante da prática de faltagrave, poderá o juiz, em vista da nova redação do art. 127 da LEP,revogar no máximo 1/3 do tempo remido, devendo a contagemrecomeçar a partir da data da infração disciplinar. Antes disso, ocondenado perdia os dias remidos na sua totalidade. Vide o teor da

Súmula Vinculante 9, que, com a edição da Lei 12.433/11, perdeusua razão de ser; C: art. 126, caput , da Lei 7.210/84, com redaçãomodicada pela Lei 12.344/11; D: art. 126, § 4º, da Lei 7.210/84,com redação alterada pela Lei 12.433/11.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(OAB/Exame Unicado – 2009.2) Com base no que dispõe aLei de Execuções Penais, assinale a opção correta.

(A) A execução da pena privativa de liberdade carásujeita à forma regressiva, com a transferênciapara regimes mais rigorosos, quando o conde-nado, por exemplo, praticar fato denido comocrime doloso ou falta grave.

(B) A saída temporária destina-se aos condenadosque cumpram pena em regime fechado ousemiaberto e poderá ser autorizada para visita àfamília, frequência a curso prossionalizante oude instrução do ensino médio ou superior.

(C) Considere que James tenha sido denitivamentecondenado pela prática de crime de estupro eque, posteriormente, no curso da execução detal pena, ele tenha sido condenado pela práticade crime de corrupção passiva. Nessa situação,como James já estava cumprindo a pena do crimede estupro, não poderá haver soma das penas

para determinação do regime.(D) O ingresso do condenado no regime aberto em

decorrência da progressão do regime semiabertoxado como inicial pela sentença condenatóriaconstitui resultado do cumprimento de parte da

pena imposta e é automático, não pressupondoa aceitação do programa do regime aberto e deeventuais condições impostas pelo juiz.

A: art. 118 da Lei 7.210/84; B: art. 122 da Lei 7.210/84; C: art.111, p. único, da Lei 7.210/84; D: arts. 113 e 114 da Lei 7.210/84.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2009.1) Acerca da substituiçãoda pena privativa de liberdade, assinale a opçãoincorreta.

(A)  As penas restritivas de direitos são autônomase substituem as penas privativas de liberdade,podendo ser aplicadas em casos de crimes come-tidos com grave ameaça, desde que não tenhahavido violência contra a pessoa.

(B) Se o condenado for reincidente, o juiz poderáaplicar a substituição, desde que, em face decondenação anterior, a medida seja socialmenterecomendável e a reincidência não se tenha

operado em virtude da prática do mesmo crime.(C)  A pena restri tiva de direitos converte-se emprivativa de liberdade quando ocorrer o descum-primento injusticado da restrição imposta.

(D)  A pena de multa descumprida não pode ser con-vertida em prisão.

A: Art. 44, I, do CP; B: art. 44, § 3º, do CP; C: art. 44, § 4º, primeiraparte, do CP; D: com a alteração implementada pela Lei 9.268/96,que modicou a redação do art. 51 do Código Penal, ca vedada aconversão da pena de multa em prisão.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2008.3) Assinale a opção correta

acerca do regime disciplinar diferenciado, segundoa Lei de Execução Penal.

(A) Estará sujeito a esse regime disciplinar, semprejuízo da sanção penal, o condenado que pra-ticar, enquanto preso, fato previsto como crimedoloso, causando com isso subversão da ordemou disciplina internas.

(B) O regime disciplinar diferenciado terá a duraçãomáxima de 6 meses.

(C) O preso provisório não se sujeita ao regime dis-ciplinar diferenciado.

(D) O preso não terá direito a visitas semanais.

A: art. 52, caput , da Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal); B:determina o art. 52, I, da Lei 7.210/84 que o regime disciplinardiferenciado (RDD) terá a duração máxima de 360 dias; C: por forçado disposto no caput do art. 52 da Lei 7.210/84, além do condenado,o preso provisório sujeitar-se-á ao regime disciplinar diferenciado; D:o preso, condenado ou provisório, terá direito a visitas semanais deduas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas,conforme prescreve o art. 52, III, da Lei 7.210/84.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2008.2) Com base na Lei de Exe-cução Penal, assinale a opção correta.

(A)  A assistência material ao preso consiste no for-necimento de alimentação, vestuário, objetos de

higiene pessoal e da limpeza da cela, bem comoinstrumentos de trabalho e educacionais.

(B)  A assistência à saúde do preso, de caráter preven-tivo e curativo, compreende atendimento médico,farmacêutico e odontológico.

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EDUARDO DOMPIERI

10

(C)  A autoridade administrativa pode decretar o isola-mento preventivo do preso faltoso e incluí-lo emregime disciplinar diferenciado, por interesse dadisciplina, independentemente de despacho do

 juiz competente.

(D) Os presos, sem distinção, têm direito a contatocom o mundo exterior por meio de visitas, inclu-

sive íntimas, correspondência escrita, leitura edemais meios de comunicação e informação.

A: art. 41 da Lei de Execuções Penais; B: art. 14 da Lei n. 7.210/1984(Lei de Execuções Penais); C: art. 60 da Lei de Execuções Penais; D:art. 41, X e XV, da Lei de Execuções.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.3) No que diz respeito aoindulto, assinale a opção correta.

(A) O indulto somente pode ser concedido por leielaborada pelo Congresso Nacional.

(B) Trata-se de atribuição do presidente da República,

exercida por meio de expedição de decreto.(C) Não se admite indulto parcial.

(D) Se o sentenciado for beneciado por indulto coletivo,este benefício não pode ser reconhecido, de ofício,pelo juízo das execuções penais competente.

Art. 84, XII, da CF.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.2) A perda dos dias remidosem virtude do cometimento de falta grave durante ocumprimento da pena

(A) Viola o princípio da individualização da pena.(B) Viola o princípio da dignidade da pessoa humana.(C) Ofende ao princípio da isonomia.(D) Não signica ofensa ao direito adquirido.

O cometimento de falta grave implica a revogação de parte dotempo remido. Não há que se falar, aqui, em direito adquirido. Emvista das alterações implementadas na LEP pela Lei 12.433/11,estabeleceu-se, no caso de cometimento de falta grave, umaproporção máxima em relação à qual poderá se dar a perda dosdias remidos. Assim, diante da prática de falta grave, poderá ojuiz, em vista da nova redação do art. 127 da LEP, revogar nomáximo 1/3 do tempo remido, devendo a contagem recomeçar apartir da data da infração disciplinar. Antes disso, o condenadoperdia os dias remidos na sua totalidade. Vide o teor da Súmula

Vinculante 9, que, com a edição da Lei 12.433/11, perdeu suarazão de ser.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.2) Acerca da execução penal,assinale a opção correta.

(A) É permitido o emprego de cela escura.(B) São permitidas as sanções coletivas.(C) O condenado à pena privativa de liberdade é

obrigado a realizar qualquer trabalho que lhe for conferido, independentemente de suas aptidõese de sua capacidade.

(D) O trabalho externo será admissível para os presos

em regime fechado somente em serviço ou obraspúblicas realizadas por órgãos da administraçãodireta ou indireta, ou entidades privadas, desdeque tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.

A: art. 45, § 2º, da Lei n. 7.210/1984; B: art. 45, § 3º, da Lei n.7.210/1984; C: art. 31 da Lei n. 7.210/1984; D: art. 34, § 3º, doCP e arts. 36 e 37 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais).

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.2) Da decisão que negar olivramento condicional, caberá

(A) Apelação.(B) Agravo.(C) Recurso em sentido estrito.(D) Recurso especial.

Art. 197 da Lei n. 7.210/1984.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2006.3) De acordo com jurispru-dência do STJ e do STF, assinale a opção corretano que se refere à execução penal.

(A) A Lei de Execuções Penais deixou de exigir asubmissão do condenado a exame criminológico,anteriormente imprescindível para ns de progres-

são do regime prisional, sem, no entanto, retirar do juiz a faculdade de requerer sua realizaçãoquando, de forma fundamentada e excepcional,entender absolutamente necessária sua confec-ção para a formação de seu convencimento.

(B) O agravo em execução possui efeito suspensivo.

(C) Na execução penal, o condenado tem direitoadquirido ao tempo remido, independentementedo cometimento de falta grave.

(D) O exame criminológico pode ser consideradoisoladamente como fator para a denegação de

benefícios.A: art. 112, Lei n. 7.210/1984 (redação alterada pela Lei n.10.792/2003). A despeito da modicação implementada pela Lei10.792/2003 no art. 112 da LEP, o STJ e o STF têm entendido queo magistrado pode, sempre que entender necessário e conveniente,determinar a realização do exame criminológico no condenado,como condição para aferir se preenche o requisito subjetivo paraprogressão de regime. Em outras palavras, não está o juiz impedidode determinar a realização de exame criminológico. Vide Súmula Vin-culante 26; B: art. 197 da Lei de Execuções Penais; C: o cometimentode falta grave implica a revogação de parte do tempo remido. Nãohá que se falar, aqui, em direito adquirido. Em vista das alteraçõesimplementadas na LEP pela Lei 12.433/11, estabeleceu-se, no caso

de cometimento de falta grave, uma proporção máxima em relaçãoà qual poderá se dar a perda dos dias remidos. Assim, diante daprática de falta grave, poderá o juiz, em vista da nova redação doart. 127 da LEP, revogar no máximo 1/3 do tempo remido, devendoa contagem recomeçar a partir da data da infração disciplinar. Antesdisso, o condenado perdia os dias remidos na sua totalidade; D: nãopode o exame criminológico ser considerado de forma isolada comofator para denegação de benefícios.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2006.3) Com relação à execuçãopenal, assinale a opção correta.

(A) A transferência de penitenciária pode ser decididano interesse do condenado, de forma que não lhe

seja cerceado o direito a visitas dos familiares.Contudo isso não constitui direito subjetivo dopreso, cabendo a decisão ao juízo da execução,com base em interesses administrativos, notada-mente a conveniência da segurança pública.

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COMO PASSAR NA OAB – 7a EDIÇÃO – ATUALIZAÇÃO No 2

11

15. DIREITO PROCESSUAL PENAL

(B) É compatível com o cumprimento das penas emregime fechado a autorização para saídas tem-porárias que consistam em visitas periódicas aolar ou em trabalho extramuros.

(C) A posse de aparelho celular ou de seus compo-nentes, no interior do estabelecimento prisional,caracteriza falta grave.

(D) Cabe à autoridade estadual dispor sobre as faltasdisciplinares de natureza grave.

Embora fosse conveniente e salutar ao processo de ressocializaçãodo condenado, este não tem o direito de cumprir a pena no localdo seu domicílio, o que o deixaria mais próximo de seus familiares,já que, em regra, deverá cumprir a pena no lugar onde cometeu ocrime. As transferências, atribuição dos órgãos envolvidos na exe-cução penal, são feitas com base no interesse público.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2006.1) Assinale a opção incorretarelativamente à execução penal.

(A) Após a Lei nº 10.792/2003, a concessão de

livramento condicional prescinde de manifesta-ção prévia do conselho penitenciário, estando acritério do juízo de execuções.

(B) Ofende o direito adquirido a decretação da perdados dias remidos em decorrência de falta grave.

(C) Caso um presidiário não possa receber a devidaassistência médica nas dependências do esta-belecimento prisional, é-lhe garantido, por lei,o direito à assistência de médico particular e àrealização dos exames necessários.

(D) O cometimento de falta grave, como a fuga, ensejao reinício da contagem de período necessário àconcessão de nova progressão de regime.

A: 131 da LEP (Lei n. 7.210/1984); B: o cometimento de falta graveimplica a revogação de parte do tempo remido. Não há que se falar,aqui, em direito adquirido. Em vista das alterações implementadas naLEP pela Lei 12.433/11, estabeleceu-se, no caso de cometimento de faltagrave, uma proporção máxima em relação à qual poderá se dar a perdados dias remidos. Assim, diante da prática de falta grave, poderá o juiz,em vista da nova redação do art. 127 da LEP, revogar no máximo 1/3do tempo remido, devendo a contagem recomeçar a partir da data dainfração disciplinar. Antes disso, o condenado perdia os dias remidos nasua totalidade; C: art. 41, VII, da LEP; D: art. 112 da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(FGV – 2007) O Ministério Público requer ao juiz asuspensão e posterior revogação de livramento con-dicional, isso porque o apenado foi preso durante operíodo de prova e terminou condenado pela práticade novo crime. Aludindo ao fato de que, embora acondenação pelo novo crime tenha sido proferidadurante o período de prova do livramento, o trânsitoem julgado somente ocorreu após o término docitado livramento, o juiz indeferiu o requerimento doMinistério Público. Dessa decisão:

(A) não cabe recurso.(B)

cabe apelação.(C) cabe recurso em sentido estrito.(D) cabe agravo.(E) cabe carta testemunhável.

Art. 197 da Lei de Execução Penal – LEP.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(FGV – 2005) Em se tratando de execução das penas,assinale a armativa verdadeira.

(A)  A permissão de saída do estabelecimento,mediante escolta, em caso de doença grave dacompanheira, não poderá ser concedida se opreso for provisório.

(B) O condenado que cumpre pena em regime abertopoderá remir, pelo trabalho, parte do tempo deexecução da pena.

(C) O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho,por acidente, continuará a beneciar-se com aremição, mesmo sem estar trabalhando.

(D) O juiz da execução penal poderá imediatamenterevogar o livramento condicional em caso deprática pelo liberado de outra infração penal, bas-tando apenas ouvir o interessado, assegurando-lhe ampla defesa e o contraditório.

A: art. 120, I, da LEP; B: art. 126, caput , da LEP (com redação alteradapela Lei 12.433/11); C: art. 126, § 4º, da LEP (com redação alteradapela Lei 12.433/11); D: art. 145 da LEP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(FGV – 2005) São incidentes de execução previstos naLei de Execuções Penais:

(A) o livramento condicional, a suspensão condicionalda pena e a anistia.

(B) a anistia, o indulto e o livramento condicional.

(C) as conversões de penas, o excesso ou desvio deexecução, a anistia e o indulto.

(D) a anistia, o indulto, o livramento condicional e amedida de segurança.

(E) o excesso ou desvio de execução, as conversões

e o livramento condicional.Conversões (arts. 180 e seguintes da LEP); excesso ou desvio(arts. 185 e 186 da LEP); anistia e indulto (arts. 187 e seguintesda LEP).

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

15. Legislação Extravagante e Temas Com-

binados

(OAB/Exame Unicado – 2010.1) Considerando as disposi-ções processuais penais previstas na Lei federal n.º9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais), assinale a

opção correta.(A) Os processos referentes aos juizados especiais

criminais devem orientar-se pelos critérios deoralidade, documentação, simplicidade, forma-lidade, economia processual e celeridade, embusca, sempre que possível, da conciliação ouda transação.

(B) O juizado especial criminal, provido por juízestogados ou togados e leigos, tem competênciaapenas para a conciliação e o julgamento dasinfrações penais de menor potencial ofensivo,respeitadas as regras de conexão e continência.

(C) Na reunião de processos, perante o juízo comumou o tribunal do júri, decorrente da aplicação dasregras de conexão e continência, serão observa-dos os institutos da transação penal, excluindo-seos da composição dos danos civis.

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EDUARDO DOMPIERI

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(D) Os atos processuais serão públicos e poderãorealizar-se em horário noturno e em qualquer diada semana, conforme dispuserem as normas deorganização judiciária.

A: Opção incorreta. Dispõe o art. 2.º da Lei n.º 9.099/1995 que “oprocesso orientar-se-á pelos critérios de oralidade, simplicidade,informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sem-

pre que possível, a conciliação ou a transação”. Do mesmo modo,também não há exigência, no sistema dos juizados especiais, queas provas sejam conservadas “por escrito”, o que afasta o critérioda “documentação”. Ada Pellegrini Grinover, Antônio Carlos deAraújo Cintra e Cândido Rangel Dinamarco lecionam que “quandose exige que as alegações ou provas orais sejam conservadas porescrito, fala-se no princípio da documentação” (Teoria Geral doProcesso. 18 ed., Malheiros Editores, 2002, p. 325); B: Opçãoincorreta. Dispõe o art. 60 da Lei n.º 9.099/1995 que “o JuizadoEspecial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos,tem competência para a conciliação, o julgamento e a execuçãodas infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas asregras de conexão e continência”; C: Opção incorreta. Dispõe oparágrafo único do art. 60 da Lei n.º 9.099/1995 que “na reunião deprocessos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentesda aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ãoos institutos da transação penal e da composição dos danos civis”;D: Opção correta. Trata-se da redação expressa no art. 64 da Lein.º 9.099/1995.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(OAB/Exame Unicado – 2009.2) A respeito dos meios deprova e das citações e intimações no âmbito do direitoprocessual penal, assinale a opção correta.

(A) O procedimento de acareação, objeto de severascríticas por violar o princípio da dignidade dapessoa humana, foi extinto pela recente reforma

do CPP.(B) O ocial de justiça, ao vericar que o réu se oculta

para não ser citado, deve certicar a ocorrênciae proceder à citação com hora certa, na formaestabelecida no CPC.

(C) O exame de corpo de delito e outras períciasdevem ser feitos, necessariamente, por doisperitos ociais ou, na impossibilidade de estes ofazerem, por duas pessoas idôneas assim consi-deradas pelo juiz.

(D) Tratando-se de processo penal, é absoluta anulidade por falta de intimação da expedição de

precatória para inquirição de testemunha.A: a acareação, meio de prova presente nos arts. 229 e 230 do CPP, nãosofreu qualquer modicação. A recente reforma a que foi submetido doCPP, portanto, não extinguiu o procedimento; B: de fato, a Lei 11.719/08alterou a redação do art. 362 do CPP e introduziu, no âmbito do processopenal, a citação por hora certa , antes exclusiva do processo civil; C: o art.159, caput , do CPP, com a redação que lhe foi dada pela Lei 11.690/08,determina que o exame de corpo de delito e outras perícias sejamrealizados por perito ofcial , portador de diploma de curso superior. Aredação anterior do dispositivo exigia a realização da perícia por doisprossionais; D: cuida-se de nulidade relativa , consoante entendimentoesposado na Súmula 155 do STF.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2008.2) Manoel está sendo inves-tigado pela prática do crime de lavagem de dinheiro.Por meio de testemunhas, a autoridade policial tomouconhecimento de que, em sua residência, constamprovas da autoria do crime, tais como dinheiro,

registros contábeis e transferências bancárias.Considerando a situação hipotética acima, assinalea opção correta.

(A) A autoridade policial pode realizar imediatamentea busca e apreensão, visto que, quando realizaa diligência pessoalmente, não necessita demandado judicial.

(B) Caso Manoel permita que a autoridade policialentre em sua residência, a diligência poderá ser efetuada durante o dia ou à noite, com ou semmandado judicial.

(C) Cartas particulares encontradas durante a buscae apreensão, estejam elas abertas ou fechadas,poderão ser apreendidas, quando a diligênciaocorrer mediante autorização judicial.

(D) Ainda que Manoel, durante a busca e apreensão,se negue terminantemente a abrir gavetas, sob oargumento de que tenha perdido as chaves, ospoliciais não poderão arrombá-las; caso o façam,

estará caracterizado abuso de autoridade, indepen-dentemente da existência de mandado judicial.

Art. 5º, XI, da CF.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2008.1) Assinale a opção corretaacerca do processo penal.

(A) No que se refere ao processo e julgamento doscrimes de responsabilidade dos funcionáriospúblicos, é desnecessária a resposta preliminar na ação penal instruída por inquérito policial.

(B) A opinião do julgador sobre a gravidade em abs-

trato do crime constitui motivação idônea paraa imposição de regime mais severo do que opermitido segundo a pena aplicada.

(C) A reincidência penal pode ser considerada comocircunstância agravante e, simultaneamente,como circunstância judicial.

(D) Viola as garantias do juiz natural, da ampla defesae do devido processo legal a atração por continên-cia ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

A: art. 514, CPP; Súmula 330, STJ; B: Súmula n. 718, STF; C: Súmulan. 241, STJ; D: Súmula n. 704, STF.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.2) Acerca do processo penal,assinale a opção correta.

(A) Havendo concurso de agentes, a decisão derecurso interposto por um dos réus, se fundadoem motivos que sejam de caráter exclusivamentepessoal, aproveitará aos outros.

(B) A sentença absolutória que decidir que o fatoimputado não constitui crime impede a propositurada ação civil.

(C) Em qualquer fase do processo, o juiz, se reco-nhecer extinta a punibilidade, deverá declará-lo

de ofício.(D) Nos termos da Lei Maria da Penha, as medidas

protetivas de urgência poderão ser concedidasinclusive de ofício pelo juiz, desde que haja audi-ência das partes.

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15. DIREITO PROCESSUAL PENAL

A: art. 580 do CPP; B: art. 67, III, do CPP; C: art. 61, CPP; D: art. 19,§ 1º, da Lei n. 11.340/2006.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.1) Assinale a opção corretaacerca do processo penal.

(A) A jurisprudência do STF consolidou o entendi-mento segundo o qual as interceptações telefô-nicas não podem ser prorrogadas.

(B) As férias forenses interrompem a contagem dosprazos recursais.

(C) É competente a justiça federal para o processo eo julgamento de crime praticado dentro de reservaindígena, ainda que, na ocasião, não tenha havidodisputa sobre direitos indígenas.

(D) É inepta a denúncia que, contendo narraçãoincongruente dos fatos, impossibilita o exercíciopleno do direito de defesa.

A: a jurisprudência do STF consolidou o entendimento segundo o

qual as interceptações telefônicas podem, sim, ser prorrogadas,desde que devidamente fundamentadas pela autoridade judiciária(art. 5º da Lei n. 9.296/1996); B: art. 798 do CPP; C: há precedentesno STF e no STJ dando conta de que, não tendo havido disputaenvolvendo direitos indígenas, é competente a Justiça Estadual paraprocessar e julgar crime praticado no interior de reserva indígena; D:arts. 41 e 395, I, do CPP. A denúncia há de ser precisa e clara, como objetivo de viabilizar o exercício do direito de defesa.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(OAB/Exame Unicado – 2007.1) Assinale a opção corretaacerca do processo penal.

(A) A interposição de recurso sem efeito suspensivocontra decisão condenatória obsta a expedição

de mandado de prisão.(B) Ao tribunal ad quem é vedado, em sede recursal,

ordenar a prisão do condenado quando improvidoo recurso por este interposto, conforme previsãoexpressa no Código de Processo Penal.

(C) A falta ou a nulidade da citação são insanáveis.

(D) A fundamentação das decisões do Poder Judiciário,tal como resulta da Constituição Federal, é condiçãoabsoluta de sua validade e, portanto, pressupostoda sua ecácia, substanciando-se na deniçãosuciente dos fatos e do direito que a sustentam,

de modo a certicar a realização da hipótese deincidência da norma e os efeitos dela resultantes.

A: Súmula n. 267 do STJ; B: art. 675, § 1º, do CPP; C: art. 570 doCPP; D: art. 93, IX, da CF; e art. 381, CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(OAB/Exame Unicado – 2006.3) Com relação a jurispru-dência do STJ e do STF, assinale a opção incorreta.

(A) É impossível o relaxamento da prisão em agrantenos crimes hediondos.

(B) A determinação de produção antecipada de provatestemunhal é faculdade legal do julgador.

(C) A incompetência do juízo anula os atos decisórios.(D) Somente a dúvida séria acerca da integridade

mental do acusado serve de motivação para ainstauração do incidente de insanidade mental,sendo certo que o simples requerimento, por sisó, não obriga o juiz.

A: a prisão em agrante será relaxada pelo juiz sempre que apresentaralguma ilegalidade (art. 5º, LXV, da CF). O dispositivo constitucional nãofez distinção alguma em relação aos crimes hediondos. Nem poderia.Trata-se de uma prisão pré-processual (não há, pois, imposição de pena)ilegal, viciada, que há de ser combatida, relaxada; B: arts. 156, I, e 225do CPP; C: art. 567 do CPP; D: art. 149 e seguintes do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(OAB/Exame Unicado – 2006.3) De acordo com jurispru-dência do STF e do STJ, assinale a opção correta.

(A) É legal o decreto de prisão preventiva fundamen-tado na necessidade de identicação dos co-réuse de prevenção de reincidência.

(B) O promotor de justiça que participa na faseinvestigatória está impedido ou suspeito para ooferecimento da denúncia.

(C) O habeas corpus é meio próprio para apreciar-sea denúncia formalizada pelo Ministério Público.

(D)  Arquivado o inquérito a requerimento do MinistérioPúblico, nova ação penal não pode ser iniciadasem novas provas.

A: art. 312 do CPP; B: Súmula n. 234 do STJ; C: arts. 647 e 648 doCPP; D: art. 18, CPP; Súmula n. 524, STF.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(OAB/Exame Unicado – 2006.3) Assinale a opção correta,considerando jurisprudência do STF e do STJ.

(A) Competem à justiça federal o processo e o julga-mento de feito que vise à apuração de possível crimeambiental em área de preservação permanenteperpetrada em terras particulares, mesmo quandonão restar demonstrada a existência de eventuallesão a bens, serviços ou interesses da União.

(B)

 As normas de direito processual penal são regidaspelo princípio do tempus regit actum.(C)  A lei que instituiu os juizados especiais criminais no

âmbito da justiça federal ampliou o rol dos delitos demenor potencial ofensivo, elevando para três anoso teto da pena abstratamente cominada ao delito.

(D) É inadmissível, segundo a lei processual penal,que as omissões da acusatória inicial possam ser supridas a todo tempo antes da sentença nal.

A: art. 109 da CF; B: art. 2º, CPP; C: art. 61 da Lei n. 9.099/1995; D:a denúncia (art. 41, CPP) poderá ser aditada, desde que o réu sejaouvido acerca do aditamento, sob pena de congurar violação ao

princípio da ampla defesa.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(OAB/Exame Unicado – 2006.2) Assinale a opção corretade acordo com o STJ e o STF.

(A) O oferecimento de denúncia ou queixa pressupõea existência de elementos probatórios mínimosque justiquem a abertura de ação penal.

(B) Incompetência relativa, como a relacionada aolugar da infração, pode ser reconhecida de ofício.

(C) O habeas corpus constitui meio idôneo paradiscussão de matéria de fato no processo.

(D) O defensor público e o dativo não têm a prerro-gativa de intimação pessoal.

A: arts. 41 e 395 do CPP; B: “A incompetência relativa não pode serdeclarada de ofício” (Súmula n. 33 do STJ); C: de fato não constituina medida em que o habeas corpus é medida urgente, sendo, por-tanto, vedado, nesta sede, exame mais detalhado das provas; D: art.5º, § 5º, da Lei n. 1060/1950; e art. 370, § 4º, do CPP.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

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EDUARDO DOMPIERI

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(OAB/Exame Unicado – 2006.1) No que se refere ao pro-cesso penal brasileiro, é correto armar que

(A)  A Lei de Execução Penal não se aplica ao presoprovisório.

(B) O custodiado tem o direito de car em silêncioquando de seu interrogatório policial e deve ser informado pela própria polícia, antes de falar, quetem direito de comunicar-se com seu advogadoou com seus familiares.

(C)  A opinião do julgador sobre a gravidade em abs-trato do crime constitui motivação idônea paraa imposição de regime mais severo do que opermitido segundo a pena aplicada.

(D)  A Constituição da República determina que a prisãode qualquer pessoa e o local onde essa pessoa seencontra devem ser comunicados imediatamenteao juiz competente e à família do preso ou à pessoapor ele indicada. Assim, a omissão da autoridadeno que se refere a esse direito do preso, por si só,exclui a legalidade da prisão.

A: art. 2º, parágrafo único, da Lei n. 7.210/1984; B: art. 5º, LXIII,da CF; C: Súmula n. 718, STF; D: art. 5º, LXII, da CF.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(FGV – 2008) Relativamente ao regime legal das inter-ceptações telefônicas, analise as armativas a seguir:

I. Não será admitida a interceptação de comunica-ções telefônicas quando a prova puder ser feitapor outros meios disponíveis.

II.  A interceptação telefônica não poderá exceder oprazo de quinze dias, renovável por igual tempose comprovada a indispensabilidade desse meiode prova.

III. A interceptação das comunicações telefônicaspoderá ser determinada pelo juiz, de ofício, oua requerimento da autoridade policial durante ainvestigação criminal e na instrução processualpenal.

IV. A gravação que não interessar à prova seráinutilizada por decisão judicial sem que as partestomem conhecimento desse material.

 Assinale:

(A) se apenas as armativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as armativas II e III estiverem corretas.

(C) se apenas as armativas III e IV estiverem corretas.(D) se todas as armativas estiverem corretas.(E) se apenas a armativa I estiver correta.

I: art. 2º, II, da Lei 9.296/96; II: art. 5º da Lei 9.296/96; III: art. 3º daLei 9.296/96; IV: art. 9º da Lei 9.296/96.

   G  a  b  a  r i t  o  "   A  "

(FGV – 2008) Relativamente aos juizados especiaiscriminais, analise as armativas a seguir:

I. São princípios que orientam os juizados especiaisa oralidade, simplicidade, informalidade, economiaprocessual, celeridade e a busca pela conciliação.

II. Os conciliadores são auxiliares da Justiça, recru-

tados, na forma da lei local, preferentementeentre bacharéis em Direito que exerçam funçõesna administração da Justiça Criminal.

III. Os atos processuais serão públicos, sendovedada sua realização em horário noturno.

IV. É possível a aplicação dos institutos da con-ciliação e da transação no tribunal do júri nasinfrações de menor potencial ofensivo conexascom crimes dolosos contra a vida.

 Assinale:

(A) se apenas as armativas I e II estiverem corretas.(B) se apenas as armativas I e III estiverem corretas.(C) se apenas as armativas I e IV estiverem corretas.(D) se apenas as armativas II e III estiverem corretas.(E) se apenas as armativas III e IV estiverem corre-

tas.

I: art. 62 da Lei 9.099/95; II: art. 73, p. único, da Lei 9.099/95; III: art.64 da Lei 9.099/95; IV: art. 60, p. único, da Lei 9.099/95.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(FGV – 2008) Assinale a alternativa que indique o crimeem que não é cabível a interceptação das comunica-ções telefônicas regulada pela Lei 9.296/96.

(A) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°)(B) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com

o art. 223, caput, e parágrafo único)(C) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e

seus §§ 1°, 2° e 3°)(D) ameaça (art. 147)(E) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°)

Em razão de a pena cominada ao crime de ameaça ser de detenção(art. 147, CP), não será admitida, por força do disposto no art. 2º,III, da Lei 9.296/96, a interceptação de comunicação telefônica quetenha por objeto a investigação deste crime.

   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

(FGV – 2008) Relativamente à lei de interceptações

telefônicas, assinale a armativa incorreta.(A) A interceptação das comunicações telefônicas

poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou arequerimento da autoridade policial, na investiga-ção criminal.

(B) Deferido o pedido de interceptação, o ofendidoconduzirá os procedimentos de interceptação.

(C) O pedido de interceptação de comunicação tele-fônica conterá a demonstração de que a sua reali-zação é necessária à apuração de infração penal,com indicação dos meios a serem empregados.

(D) Só será admitida a interceptação de comunica-

ções telefônicas quando a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis.

(E) Constitui crime realizar interceptação de comuni-cações telefônicas, de informática ou telemática,ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização

 judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

A: art. 3º da Lei 9.296/96; B: reza o art. 6º da Lei que, uma vez deferidoo pedido de interceptação, cabe à autoridade policial conduzir osprocedimentos, dando ciência ao Ministério Público, que poderáacompanhar a sua realização; C: art. 4º, caput, da Lei 9.296/96; D:art. 2º, II, da Lei 9.296/96; E: art. 10 da Lei 9.296/96.

   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(FGV – 2008) Relativamente aos Juizados EspeciaisCriminais, assinale a armativa incorreta.

(A) Nas hipóteses de infração de menor potencialofensivo, ao autor do fato que, após a lavratura dotermo circunstanciado, for imediatamente enca-

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COMO PASSAR NA OAB – 7a EDIÇÃO – ATUALIZAÇÃO No 2

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15. DIREITO PROCESSUAL PENAL

minhado ao juizado ou assumir o compromissode a ele comparecer, não se imporá prisão emagrante, nem se exigirá ança.

(B) Nos casos de infrações penais de menor poten-cial ofensivo em que a ação penal é de iniciativaprivada ou de ação penal pública condicionada àrepresentação, o autor do fato e a vítima pode-rão realizar a composição dos danos, pondo mao litígio e acarretando a renúncia ao direito dequeixa ou representação.

(C) A composição dos danos civis será reduzida aescrito e homologada pelo Juiz mediante sentençairrecorrível, porá m ao processo, devendo, noentanto, a vítima ajuizar ação de conhecimentoperante o juízo civil competente.

(D) O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade,economia processual e celeridade, objetivando,sempre que possível, a reparação dos danossofridos pela vítima e a aplicação de pena nãoprivativa de liberdade.

(E) Consideram-se infrações penais de menor poten-cial ofensivo as contravenções penais e os crimesa que a lei comine pena máxima não superior a 2(dois) anos, cumulada ou não com multa.

A: art. 69, p. único, da Lei 9.099/95; B: art. 74, p. único, da Lei9.099/95; C: art. 74, caput, da Lei 9.099/95; D: art. 62 da Lei 9.099/95;E: art. 61 da Lei 9.099/95.

   G  a  b  a  r i t  o  "   C  "

(FGV – 2008) A Lei do Crime Organizado (Lei 9.034/95)prevê a seguinte medida investigativa:

(A) prisão temporária.(B) inltração de agentes.(C) interceptação de comunicações telefônicas.(D) arresto de bens.(E) prisão preventiva.

Art. 2º, V, da Lei 9.034/95.   G  a  b  a  r i t  o  "   B  "

(FGV – 2008) Assinale a alternativa que indique medidasinvestigativas que somente podem ser executadasem investigações policiais que versem sobre ilícitosdecorrentes de ações praticadas por quadrilha oubando ou organizações ou associações criminosasde qualquer tipo.

(A) Interceptação de dados e das comunicaçõestelefônicas.

(B) Sequestro de bens móveis, além dos bens imóveis.

(C) Quebra dos sigilos bancário e scal dos investi-gados, mediante prévia autorização judicial.(D) Captação e a interceptação ambiental de sinais

eletromagnéticos, óticos ou acústicos, mediantecircunstanciada autorização judicial.

(E) Prisão para averiguações, sem exigência deprévia autorização judicial.

Art. 2º, IV, da Lei 9.034/95.   G  a  b  a  r i t  o  "   D  "

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