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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO
PROCESSO DECISÓRIO DE COMPRA NO MERCADO DE
MOTOCICLETAS E MOTONETAS
ALLAN LIDERZIO PESSOA DE VASCONCELOS
Natal, 23 de Maio de 2013
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ALLAN LIDERZIO PESSOA DE VASCONCELOS
PROCESSO DECISÓRIO DE COMPRA NO MERCADO DE
MOTOCICLETAS E MOTONETAS
Monografia apresentada como um
dos requisitos para conclusão do curso de
Administração da UFRN – Universidade
Federal do Rio Grande do Norte
Orientador: Prof. Carlos Alberto Freire
Natal, 23 de maio de 2013
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
PROCESSO DECISÓRIO DE COMPRA NO MERCADO DE
MOTOCICLETAS
Monografia apresentada e aprovada em ____/____/____ pela Banca Examinadora
composta pelos seguintes membros:
_______________________________________________
Orientadora
_______________________________________________
Examinador
______________________________________________
Examinador
Natal, ___de________ de 2013
3
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Vasconcelos, Allan Liderzio Pessoa de.
Processo decisório de compra no mercado de motocicletas e motonetas /
Allan Liderzio Pessoa de Vasconcelos. – Natal, RN, 2013.
46f. : Il.
Orientador: Prof. Carlos Alberto Freire.
Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento
de Ciências Administrativas.
1. Administração – Monografia. 2. Comportamento do consumidor –
Monografia. 3. Varejo – Monografia. 4. Motocicletas – Monografia. I.
Araújo, Maria Valéria Pereira de. II. Universidade Federal do Rio Grande
do Norte. III. Título.
RN/BS/CCSA CDU 658.818
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APRESENTAÇÃO
O consumidor possui diversas necessidades que precisam ser sanadas. Uma
necessidade que tem se tornado cada dia mais intensa é a de comprar um veículo novo,
no caso específico desse trabalho, a motocicleta/motoneta própria. Desta forma, a
presente monografia tem como objetivo verificar os fatores determinantes do processo
decisório de compra dos consumidores no mercado de motocicletas e motonetas, qual
sua decisão de compra caso aconteça de um dia as motonetas serem emplacadas e quais
atributos de escolha são mais relevantes na hora do consumidor decidir na compra de
uma motocicleta nova. Os dados foram coletados através de questionários e diversas
referências bibliográficas. O trabalho terá início com a parte introdutória, com uma
breve análise sobre uma empresa, apontando suas características e objetivos. Logo após,
haverá seqüência com o referencial teórico, falando sobre o comportamento do
consumidor em geral, com seus conceitos e características. Em seguida, serão
apresentados alguns dos fatores de influência de compra, juntamente com os tipos de
compra que podem ser efetuados, as etapas do processo de compra, a segmentação de
mercado, o marketing e por fim o movimento de defesa do consumidor. A metodologia
será explanada com mais detalhes, junto com o resultado do questionário aplicado,
cronogramas e orçamentos. Por fim, serão apresentadas considerações finais e as
referências bibliográficas.
Palavras-chave: motocicleta, motoneta, ciclomotor, veículos, consumidores,
marketing.
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Dedico este trabalho à minha incomparável
família em especial a minha Mãe e meu Pai,
que sempre lutaram e buscaram oferecer uma
excelente educação, além um amor e carinho
incondicional.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por reservar a minha pessoa todos estes
acontecimentos maravilhosos;
Agradeço em especial a minha mãe Lucy meu Pai José Lidérzio, pelos conselhos,
carinho, amor e palavras de incentivo.
Agradeço este trabalho a todas as pessoas que participaram direta ou indiretamente
para conclusão do mesmo;
Agradeço à minha família, pelo fato de sempre ter estado ao meu lado em todos os
momentos desta vida;
Agradeço também aos meus amigos pelos conselhos e palavras de carinho,
conforto e superação.
Agradeço a esta instituição - UFRN, aos funcionários e docentes, ou seja, agradeço
a todos os que fazem parte da Universidade Federal do Rio Grande do Norte pelo
trabalho e ensinamentos depositados nesta jornada que está apenas se iniciando.
Agradeço a minha orientadora, que, em um mar de dúvidas e incertezas, ajudou-
me neste árduo trabalho;
Agradeço aos funcionários da TRAXX pelo carinho, ajuda, dedicação e liberdade
para que eu pudesse realizar este sonho;
Agradeço aos profissionais que depuseram do seu tempo para não só responder aos
questionários, mas pelo carinho, acolhida e socialização dentro da empresa;
Enfim, todo este trabalho é dedicado a vocês, pessoas que, de maneira direta ou
indireta, contribuíram significativamente para meu desenvolvimento enquanto aluno e,
principalmente, enquanto pessoa.
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“Minha energia é o desafio, minha motivação é o impossível,
e é por isso que eu preciso ser, à força e a esmo, inabalável.”
Augusto Branco
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SUMÁRIO
1. PARTE INTRODUTÓRIA............................................................................09
1.1. Caracterização da organização...................................................................09
1.2. Contextualização e problema.....................................................................09
1.3. Objetivos da pesquisa.................................................................................11
1.3.1 Geral.........................................................................................................11
1.3.2 Específicos...............................................................................................11
1.4. – Justificativa do estudo.............................................................................12
2. REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................12
2.1. Comportamento do consumidor.................................................................12
2.1.1. Conceito...............................................................................................12
2.1.2. Características......................................................................................13
2.1.3. Fatores de influência no comportamento de compra...........................13
2.1.3.1. Fatores psicológicos......................................................................14
2.1.3.2. Fatores sociais...............................................................................16
2.1.3.3. Fatores situacionais.......................................................................18
2.2. Tipos de compra........................................................................................18
2.3. Etapas do processo de compra...................................................................19
2.4. Modelos de comportamento de compra ....................................................20
2.4.1. Classificação dos modelos....................................................................21
2.5. Segmentação de mercado............................................................................22
2.5.1. Objetivos da segmentação.....................................................................22
2.5.2. Benefícios da segmentação...................................................................22
2.5.3. Opções de segmentação........................................................................23
2.5.4. Critérios de segmentação......................................................................23
2.5.5. Realização do estudo de segmentação..................................................24
2.6. Pesquisa de marketing.................................................................................24
2.6.1. Aplicações da pesquisa de marketing...................................................24
2.6.2. Sistema de informações (SIM).............................................................24
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2.6.3. Planejamento de pesquisa.....................................................................25
2.6.3.1. Definição do problema de pesquisa................................................25
2.6.3.2. Definição dos objetivos de pesquisa...............................................25
2.6.3.3. Metodologias de pesquisa...............................................................25
2.7. O movimento de defesa do consumidor......................................................26
2.7.1. Direitos básicos do consumidor.............................................................26
3. METODOLOGIA...........................................................................................26
3.1. Caracterização da pesquisa.........................................................................26
3.2. População e amostra...................................................................................27
3.3. Dados e instrumentos de coleta..................................................................28
3.4. Tratamento estatístico e forma de análise...................................................28
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................29
4.1. Cliente da Autovia Traxx............................................................................29
5. CONCLUSÃO..................................................................................................41
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................44
7.ANEXOS............................................................................................................45
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1 – PARTE INTRODUTÓRIA
1.1 – Caracterização da organização
“Autovia Traxx” é o nome fantasia da organização, a razão social da
empresa é, na verdade, Autovia Comércio e Serviço de Automóveis ltda. A sede
da empresa fica na Av. Prudente de Morais, 4011– Lagoa Nova, no entanto,
existem filiais localizadas na Av. Bernado Viera, 2060 – Dix-Sept Rosado e na
Av. Tomas Landim, Sem Numero – Zona Norte. A organização tem
disponibilidade de 29 funcionários, atuando em diversas áreas. A empresa
especializou-se em vendas de motocicletas e tem como “carro-chefe” a venda de
motocicletas de baixa cilindrada a baixo custo de venda para pessoas com baixa
renda que sonham em possuir uma motocicleta.
1.2 – Contextualização e problema
A frota de motocicletas, e principalmente de motonetas no estado do Rio
Grande do Norte é algo que já impressiona os especialistas no assunto. Somente
no Rio grande do Norte são mais de 320.000 motos e 43.000 motonetas (sem
contar as que não estão registradas no DETRAN) circulando, segundo o setor de
estatísticas do Detran/RN. A motocicleta foi inventada simultaneamente por um
americano e um francês, sem se conhecerem e pesquisando em seus países de
origem. Sylvester Roper nos Estados Unidos e Louis Perreaux, do outro lado do
atlântico, fabricaram um tipo de bicicleta equipada com motor a vapor em 1869.
Nessa época os navios e locomotivas movidas a vapor já eram comuns, tanto na
Europa como nos EUA, e na França e na Inglaterra os ônibus a vapor já estavam
circulando normalmente. As experiências para se adaptar um motor a vapor em
veículos leves foram se sucedendo, e mesmo com o advento do motor a gasolina,
continuou até 1920, quando foram abandonadas definitivamente.
O inventor da motocicleta com motor de combustão interna foi o alemão
Gottlieb Daimler, que, ajudado por Wilhelm Maybach, em 1885, instalou um
motor a gasolina de um cilindro, leve e rápido, numa bicicleta de madeira
adaptada, com o objetivo de testar a praticidade do novo propulsor. A glória de
ser o primeiro piloto de uma moto acionada por um motor (combustão interna)
11
foi de Paul Daimler, um garoto de 16 anos filho de Gottlieb. O curioso nessa
história é que Daimler, um dos pais do automóvel, não teve a menor intenção de
fabricar veículos motorizados sobre duas rodas. O fato é que, depois dessa
máquina pioneira, nunca mais ele construiu outra, dedicando-se exclusivamente
ao automóvel.
O motor de combustão interna possibilitou a fabricação de motocicletas
em escala industrial, mas o motor de Daimler e Maybach, que funcionava pelo
ciclo Otto e tinha quatro tempos, dividia a preferência com os motores de dois
tempos, que eram menores, mais leves e mais baratos. No entanto, o problema
maior dos fabricantes de ciclomotores - veículos intermediários entre a bicicleta e
a motocicleta - era onde instalar o propulsor: se atrás do selim ou na frente do
guidão, dentro ou sob o quadro da bicicleta, no cubo da roda dianteira ou da
traseira? Como de início não houve um consenso, todas essas alternativas foram
adotadas e ainda existem exemplares de vários modelos. Só no início do século
XX os fabricantes chegaram a um consenso sobre o melhor local para se instalar
o motor, ou seja, a parte interna do triângulo formado pelo quadro, norma
seguida até os dias atuais.
Com o avanço constante da tecnologia, a fabricação de motocicletas
acompanhou esse crescimento. Adotando novos métodos, cada vez melhores e de
qualidade. As motocicletas vêm se tornando cada vez mais modernas, com
designer arrojados e que satisfizessem o gosto do consumidor.
Em Natal encontra-se uma loja de motocicletas chamada “Autovia Traxx”
que segue o padrão de vendas de motocicletas e tem como “carro-chefe” a venda
de motocicletas de baixa cilindrada, as famosas motonetas, a baixo custo de
venda atraindo assim pessoas com baixa renda que sonham em possuir uma
motocicleta. Um produto útil, de qualidade, com preço acessível, e um excelente
atendimento, aos poucos a empresa está criando seu público fiel comprador das
Motocicletas TRAXX.
A presente monografia apresenta quais os atributos de escolha são mais
relevantes na hora do consumidor decidir a compra de uma motocicleta nova, O
problema da pesquisa é saber quais são os atributos de escolha mais influentes na
escolha de motos populares novas e o quanto o consumidor é influenciado pelo
fato da mesma ser motoneta (50cc) ou não.
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1.3 – Objetivos da Pesquisa
1.3.1 Objetivo Geral: De acordo com o texto apresentado anteriormente,
é notório o fato de que vem crescendo gradativamente a procura de motocicletas
por parte dos consumidores de Natal. Isso se deve ao fato de que grande parte da
população visa certo conforto. Ou seja, a maioria da população de baixa renda se
locomove andando, de ônibus e transportes coletivos. Porém, por mais humilde
que seja esse indivíduo, ele procura guardar uma parte de seu salário visando
comprar uma motocicleta, pois só assim ele poderá se locomover com agilidade e
independência além do principal fato de não depender dos transportes coletivos
que estão deixando cada vez mais a desejar no estado.
Nesta monografia especificamente estamos falando de motocicletas e
motonetas populares, pois um carro tem um preço muito elevado e consome
muito combustível, ou seja, acaba sendo inviável para pessoas com uma renda
mais baixa, além da vantagem que tem a motocicleta sobre os carros na questão
da agilidade. Todos esses fatores nos levam a pensar que comprar uma
motocicleta, principalmente por parte das pessoas de baixa renda, é um excelente
negócio, pois além de ser um bem de locomoção próprio, pode servir para fins
profissionais autônomos ou particulares.
O objetivo geral é identificar os atributos mais influentes na compra de
motos populares (até 150 cc) novas, com ênfase nas motonetas. É observar o
perfil do consumidor Traxx e a sua opinião frente ao mercado e sua posição de
compra caso a motoneta venha a ser emplacada obrigatoriamente. É traçar o
perfil do consumidor da marca e a partir disso elaborar através das teorias
estudadas no curso a melhor e mais efetiva forma de abordar o cliente alvo do
segmento.
1.3.2 Objetivos específicos:
a) Interpretar o mercado de motos populares novos no Rio Grande do
Norte, com ênfase no mercado de motonetas da cidade de Natal;
b) Descrever a teoria explicativa do comportamento do consumidor no
mercado de motocicletas e motonetas, com ênfase na avaliação de alternativas;
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c) Levantar os atributos das motocicletas e motonetas que influenciam no
processo de compra de motocicletas populares novas;
d) Quantificar o nível de importância dado a cada um dos atributos de
escolha entre motocicletas populares novas.
1.4 – Justificativa do estudo
A escolha desta empresa deveu-se a crescente importância e
reconhecimento desta no mercado, onde a empresa cresceu mais de 200% em
número de vendas em apenas um ano. O papel da China no mercado brasileiro
também tem destaque neste relatório, já que ultimamente este país vem se
desenvolvendo rapidamente em vários tipos de setores, como o de motocicletas.
2 – REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 – Comportamento do Consumidor
O interesse que pode ser observado em analisar melhor o comportamento
do consumidor não é recente, ele vem desde muito tempo, para que se seja
possível uma compreensão sobre esse processo tão complexo. Uma breve
abordagem será feita, conciliando a discussão dos aspectos conceituais com uma
abordagem clara, simples e objetiva. Especificamente, abordar o comportamento
do consumidor e os fatores de influência no comportamento de compra,
analisando elementos responsáveis por essa influência e abordando ainda o
processo de percepção de valores.
2.1.1 – Conceito
O estudo do comportamento do consumidor deriva do conceito atual de
Marketing, que se centra nas necessidades do consumidor e sua adequada
satisfação. De acordo com Guerra (2007, p.1), refere-se ao conjunto de atividades
desenvolvidas por uma pessoa ou organização desde que sente uma necessidade
até o momento em que a satisfaz, pela compra de um bem e sua utilização
posterior. Por terem aspectos diferenciados, costuma distinguir-se entre o
comportamento da compra do consumidor particular ou final das organizações.
Em outras palavras, o comportamento do consumidor estuda como e
porquê compram e consomem os consumidores. O ato do consumo introduz-nos
dentro do mundo da economia, da psicologia ou da sociologia, da antropologia e
de muitas outras ciências.
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Em síntese, o conceito de comportamento do consumidor incorpora a
ideologia central da organização, que, por sua vez, compõe-se de duas partes:
valores básicos e finalidade básica.
2.1.2 – Características
O conceito das características do comportamento do consumidor dado
pelo autor é bastante satisfatório, pois engloba as mesmas de uma maneira
simples e objetiva.
Para Guerra (2007, p.3), são fundamentalmente três as características
marcantes do comportamento do consumidor: complexidade, variação como o
ciclo de vida do produto e variação com o tipo de produto. É complexo, pois há
muitas variáveis internas e externas que influem no comportamento. Varia com o
clico de vida do produto, porque à medida que o produto percorre as etapas que
vão do lançamento ao declínio e que culminará no seu desaparecimento, o
consumidor leva a cabo um processo de aprendizagem e adquire uma maior
experiência das características e dos benefícios do produto. Por fim, varia com
tipo de produto, pois nem todos os produtos apresentam o mesmo interesse para
os consumidores.
Com base nas definições anteriores, podemos entender que apesar de ser
algo pessoal e subjetivo, o comportamento do consumidor pode ser, de certa
forma, previsto em alguns pontos, muitas vezes sem que o próprio consumidor
perceba.
2.1.3 – Fatores de influência no comportamento de compra
Saber quem é o consumidor, o que ele pensa, em que ele acredita, quais
os julgamentos acerca de si mesmo e dos outros, qual sua posição na escala
social, a idade, a renda, o estilo de vida, bem como a reação dele aos estímulos
presentes no momento da compra são fundamentais na busca incessante da
compreensão dos consumidores. É imprescindível notar que o consumidor final,
definido como um tomador de decisão, não deve ser visto isoladamente: ele sofre
influência de uma série de fatores que podem tornar-se decisivos nos estágios
cruciais da compra.
De acordo com Guerra (2007, p.4), a compreensão dos fatores que
influenciam o comportamento de compra possibilita a intervenção com o uso de
estímulos de marketing que objetivem gerar bons resultados no comportamento
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da compra, criando valor para o cliente e produzindo a satisfação com o produto
e o conseqüente envolvimento do consumidor com a compra. Os fatores que
influenciam o comportamento de compra podem ser agrupados em três níveis:
psicológicos, socioculturais e situacionais.
Saber o que influencia o comportamento de compra do consumidor é
fundamental para que o profissional de marketing possa agir de forma eficiente e
bem sucedida (KOTLER, 2006). Os fatores que influenciam o comportamento de
compra do consumidor são os fatores sociais, os de marketing e os situacionais
(CHURCHILL, 2003).
2.1.3.1 – Fatores Psicológicos
Dizem respeito ao conjunto das funções cognitivas (pensamentos),
conativas (comportamento) e afetivas (sentimentos) no processo de compra.
Neste primeiro nível, o consumidor é visto de maneira isolada, tomando decisões
de acordo com suas características psicológicas.
a) Motivações: Guerra (2007, p.4) diz que o processo de decisão de
compra inicia-se com o reconhecimento de uma necessidade,
estimulada por um fator interno ou externo; mas essa necessidade não
pode ser reconhecida nem avaliada se não existir uma motivação.
Pode definir-se motivação como uma predisposição geral que orienta
o comportamento para a obtenção do que se deseja. Em relação as
motivações, Guerra (2004, p.60) fala que os consumidores podem ser
influenciados por necessidades fisiológicas e psicológicas, mas muitas
vezes essas necessidades são serão forte o bastante para motivar a
pessoa a agir num dado momento, ou seja, a pessoa às vezes necessita
de um motivo maior para buscar sua satisfação.
b) Personalidade: De acordo com Guerra (2004, p.60), é a
personalidade de cada pessoa que vai determinar o seu
comportamento no ato de compra, pois se refere a características
psicológicas que conduzem uma reposta relativamente consistente no
ambiente onde a pessoa está inserida. Destaca, ainda, o autor, que o
conhecimento da personalidade pode ser muito útil para analisar o
comportamento do consumidor quanto a uma marca ou um produto.
c) Percepções: Guerra (2007, p.5) diz que a percepção é um processo de
seleção, organização e integração dos estímulos sensoriais numa
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imagem significativa e coerente. Guerra (2004, p.61) ainda fala que é
através da percepção que a pessoa fica pronta para agir, influenciada
por sua percepção, que vai determinar sua decisão de compra.
d) Atitudes: De acordo com Guerra (2007, p.5), podemos definir atitude
como a predisposição para responder de uma forma consciente a um
objetivo ou a um conjunto de objetivos. As atividades evoluem ao
longo do tempo, através, de um processo de aprendizagem, e são
afetadas por influências familiares e de grupos sociais, pela
informação recebida, pela experiência e pela personalidade. De acordo
com Pinheiro (2005, p.26), por terem pensamentos, sentimentos e
intenções de compra, os consumidores constroem parte das suas
intenções de compra tendo por base avaliações dos produtos pautadas
por suas atitudes.
e) Aprendizagem: Guerra (2007, p.4) fala que o conceito de
aprendizagem desenvolve-se por associação entre estímulos e
respostas que, sempre que produzam satisfação, reforçam a
probabilidade de repetição do comportamento escolhido; é este o
processo que explica a fidelidade do consumidor a uma determinada
marca ou a certo ponto de venda. Pinheiro (2005, p.26), por sua vez,
diz que as teorias comportamentais de aprendizagem enfatizaram o
papel que os estímulos do meio ambiente assumem na construção das
condutas aprendidas, levando à consolidação de hábitos de consumo,
sendo fundamental na compreensão dos processos de lealdade e
envolvimento dos consumidores com os produtos.
f) Experiência: Guerra (2007, p.6) cita que o conceito de experiência
está intimamente ligado ao de aprendizagem; esta ligação reveste-se
aliás, de uma certa lógica: quando o consumidor, por exemplo,
compra um determinado produto, só após tê-lo experimentado e ter
sentido a satisfação é que irá repetir a compra desse produto, pois a
satisfação que lhe foi proporcionada foi apreendida.
2.1.3.2 – Fatores Sociais
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Neste segundo nível, o consumidor não é mais visto como um indivíduo
isolado, mas num ser social que reage e é transformado pelo contexto no
qual está inserido. São vários fatores socioculturais, como os seguintes:
a) Influência de grupo: Pinheiro (2005, p.21) diz que a influência de
grupo sobre as pessoas é um dos exemplos mais característicos do que
os psicológicos sociais que dominam poder social, isto é, o efeito de
persuasão que indivíduos isolados ou grupos de pessoas exercem
sobre os seus pares, na normatização e regulação dos
comportamentos. Na busca por status social e um posicionamento
mais privilegiado na escala social, os consumidores procuram utilizar
como horizonte de comparação o comportamento de compra de
grupos mais elevados, com mais recursos disponíveis e conhecimento.
b) Família: Pinheiro (2005, p.22) cita que a relevância da família na
decisão de compra faz com que a tomada de decisão, por parte dos
consumidores finais, seja em grande parte um processo coletivo, fruto
do resultado de diferentes interesses dos participantes envolvidos, a
saber, entre os dos cônjuges e dos filhos. É importante ressaltar que os
papéis assumidos pelos membros de uma família durante o processo
de compra não são excludentes, isto é, podem ser desempenhados por
seus diferentes integrantes, ou também podem ser acumulados por um
ou mais membros. De acordo com Afonso (2006, p.17), o ciclo de
vida familiar é um item de peso significante para os estrategistas de
marketing possam desenvolver seus produtos e serviços. Atualmente
verificamos, por exemplo, algumas reportagens destacando que os
homens passaram a se ocupar mais com a cozinha ou as mulheres com
alimentos pré-cozidos e congelados. Estes apontamentos nada mais
são do que estratégias de mercado, para ampliar a taxa de consumo.
c) Cultura: Pinheiro (2005, p.37) diz que a cultura tem sido o objeto
central dos estudos de antropologia. Culta pode ser entendida como
conjunto de crenças, normas, valores e atitudes que regulam e
normatizam as condutas dos integrantes de uma determinada
sociedade. Ela serve de padrão de orientação e de horizonte de
comparação dos comportamentos de seus integrantes. Afonso (2006,
p.18) diz que a compreensão cultural pode melhorar a eficácia da
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venda pessoal significativamente. Diz também que a cultura tem um
impacto profundo na maneira como os consumidores se percebem,
nos produtos que compram e usam, nos processos de compra e nas
organizações das quais compram.
d) Classe Social: Pinheiro (2005, p.39) diz que a classe social é um dos
fatores mais utilizados na segmentação de mercados, podendo ser
definidas como um critério de ordenação da sociedade, utilizando
indicadores como poder aquisitivo, escolaridade e ocupação. O
comportamento de consumo pode ser influenciado por desejos
compartilhados por uma determinada classe social, especialmente se
os consumidores almejam ascender na escala social (mesmo que
simbolicamente), distinguir-se de seus pares e buscar níveis mais
elevados de status social. De acordo com Guerra (2007, p.7), as
classes sociais possuem cinco características fundamentais:
constituem grandes agregados (a comunicação entre os membros
nunca é direta, exercendo-se as influências sobre a compra e o
consumo mais no plano simbólico do que por troca interpessoal), são
hierarquizadas (comportam sempre uma noção de superioridade ou de
inferioridade relativa), são evolutivas (a sua própria hierarquização
empurra os membros das classes inferiores a subir na escala social),
são multidimensionais (a classe social não se reduz a um único
aspecto, seja ele a categoria sócio-profissional, o nível de instrução ou
o rendimento, mas existe um efeito conjunto de todos esses fatores) e
são relativamente homogêneas (as classes sociais tendem a ter um
comportamento similar, característica de particular interesse para a
empresa que procura segmentar o mercado).
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2.1.3.3 – Fatores Situacionais
Dizem respeito a uma gama de influências momentâneas e circunstanciais
por ocasião da compra, tais como ambientação da loja, displays nos pontos
venda, disposição dos corredores de prateleiras, posição dos produtos nas
gôndolas e outros.
De acordo com Pinheiro (2005, p.32), a comunicação com o consumidor
também leva em consideração aspectos situacionais. O uso de diferentes mídias
por parte das empresas de acordo com estratégias segmentadas, direcionadas e
interativas leva a efeitos significativos no comportamento de compra.
Em relação aos fatores situacionais, um comentário que pode ser feito
com intuito de complementar esse breve conceito é o de que as pessoas mesmo
sem ser darem conta, são bastante influenciadas no dia-a-dia pelas situações. As
pessoas não percebem, mas o subconsciente percebe e nos leva a agir muitas
vezes em relação a um produto de uma maneira que não agiríamos normalmente
se não fosse única e exclusivamente pela situação.
2.2 – Tipos de compra
Apesar das motivações que predominam, durante a aquisição de um
produto, ser individuais e muitas vezes de natureza subjetiva, ainda assim,
podemos preparar nossa empresa segundo os tipos, ou enfoques, mais comuns de
compra.
Segundo Pinheiro (2005, p.44), cada enfoque trata de um conjunto de
características e atributos considerados relevantes pelo consumidor no ato da
compra. Acredita-se que todos os elementos citados estão presentes em todas as
compras, porém um deles, ou um conjunto deles, suplantará os demais em cada
compra. Os tipos de compra que pode sem apresentados são:
a) Compra planejada: É aquela onde o consumidor prepara,
antecipadamente.
b) Compra por impulso: Ocorre quando um consumidor, por alguma
razão, decide, dentro da loja, comprar algo que não estava previsto, seja na lista
escrita no papel, ou na intenção da visita.
c) Compra por sugestão ou influência do vendedor: neste tipo de
compra, ocorre a interatividade do cliente com um ou mais funcionários da loja.
O vendedor da empresa convence o cliente a levar um determinado produto,
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contido ou não numa lista prévia, através de argumentos consistentes e técnicas
de venda.
d) Compra comparada: Dá-se dentro de uma mesma loja, comparando
marcas ou especificações técnicas diferentes, porém que visam atender a uma
mesma necessidade do consumidor.
e) Compra de maior ou menor envolvimento: O envolvimento da
compra se mede a partir da percepção do cliente quanto ao investimento naquele
produto, a importância emocional e o grau de exclusividade da proposta.
2.3 – Etapas do processo de compra
O consumidor percorre por várias etapas até fazer escolhas sobre
produtos e serviços para o consumo, analisando sempre uma forma mais positiva
para o desfecho do consumismo.
Figura 01 – Modelo de 5 tapas do processo de compra
Fonte: Kotler, 2006
O comportamento do consumidor, segundo Guerra (2004, p.67), é
influenciado por importantes processos decisórios na hora da compra que não
podem deixar de ser investigados. De acordo com Pinheiro (2005, 45-50), são
cinco os estágios pelo qual o consumidor passa durante o processo de consumo:
a) Reconhecimento das necessidades: é a percepção de que existe uma
distância significativa entre as situações em que se sente confortável e as
situações que ela enfrenta de fato.
b) Busca de informações: consiste em assimilar experiências anteriores
com produtos ou marcas da categoria em questão, podendo assim preencher uma
busca externa de informações.
c) Avaliação de alternativas: representam os atributos adjetivos e os
subjetivos que o próprio consumidor utiliza para comparar as diferentes
alternativas, tendo condições assim se escolher uma saída viável de acordo com
sua condição.
d) Decisão de compra: implica a avaliação simultânea tanto dos atributos
do produto quanto das características da empresa vendedora. É determinada por
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vários fatores, como promoções, descontos, atmosfera da loja, o prazer da
experiência de compra, dentre outros.
e) Avaliação pós-compra: Consiste na satisfação ou insatisfação com o
produto adquirido. Nesse processo de avaliação, é muito importante o grau de
envolvimento com o que se consome e a experiência de uso do produto pelo
cliente.
Tendo em vistas as definições supracitadas, é possível fazer um breve
comentário de complementação. No campo do marketing, a publicidade, a
propaganda ou até mesmo os próprios vendedores dos produtos podem ativar o
processo decisório de consumo ao evidenciar problemas e limitações dos
concorrentes, o que é muito comum no ambiente comercial.
2.4 – Modelos do comportamento de compra
Um modelo é, como se sabe, uma representação simplificada de uma
realidade complexa e contribui para ajudar a descrever, prever ou resolver o
fenômeno que procura retratar.
Guerra (2007, p.8) diz que na perspectiva do comportamento de compra
do consumidor, os modelos apresentam as seguintes vantagens: permitem obter
uma visão global e integrada do comportamento do consumidor, ajudam a
identificar áreas de informação indispensáveis às decisões comerciais, permitem
quantificar variáveis, proporcionam uma base de segmentação de mercados e
facilitam o desenvolvimento de estratégias comerciais.
Além destas vantagens importantes, o autor Guerra (2007, p.9) ainda
apresenta algumas limitações dos modelos, que de acordo com ele seriam: só
identificam os elementos mais comuns do processo de divisão, a importância dos
elementos do modelo pode ser diferente conforme a utilização dada ao produto,
os modelos não se adaptam igualmente a todos os indivíduos que integram o
mercado e nem todas as decisões de compra se revestem da mesma
complexidade; por isso, o modelo utilizado não pode ser o mesmo para uma
decisão de compra complexa e para outra realiza por hábito.
Em síntese, é possível compreender que os consumidores podem ser
encaixados em modelos, apesar de serem pessoas ( cada qual com suas
particularidades ), através de estudos à fundo sobre o comportamento de
mercado.
22
2.4.1 – Classificação dos modelos
Guerra (2007, p.10-11) cita que os modelos do comportamento de compra
do consumidor podem agrupar-se segundo nível de explicação do processo de
compra, a amplitude dos fenômenos estudados e conforme procurem explicar ou
prever o comportamento do consumidor, assim:
a) Segundo o nível de explicação do processo de compra:
- Modelos globais: explicam todas as fases do processo de decisão de
compra, assim como as variáveis (internas e externas) que influem no
comportamento do consumidor, não têm tido uma grande aplicação prática;
- Modelos parciais: ocupam-se apenas de algumas fases do processo de
decisão; são considerados diversos modelos neste grupo, tais como: de percepção
e avaliação de marcas, de formação de atitudes , de escolha e de resposta do
mercado.
b) Segundo a amplitude dos fenômenos estudados:
- Modelos microanalíticos: analisam o indivíduo e descrevem, de forma
detalhada, os seus comportamentos;
- Modelos macroanalíticos: analisam o comportamento de grupos de
consumidores;
c) Conforme procurem explicar ou prever o comportamento do
consumidor:
- Modelos descritivos: descrevem o comportamento do consumidor; os
modelos globais, referidos anteriormente, são exemplos de modelos descritivos;
- Modelos estocásticos: são modelos parciais que procuram prever algum
ou alguns aspectos do comportamento de compra.
Observando atentamente todos os tipos de modelo, podemos concluir que
mesmo sem que percebamos, somos incluídos em grupos , que apesar de não
serem exatos, dizem muito a nosso respeito nos que se refere ao modo de
consumo. Esse tipo de informação é de grande valia às empresas de propaganda e
publicidade.
23
2.5 – Segmentação de mercado
O processo de segmentação de mercado é um componente do
planejamento organizacional que, ao lado da identificação do público-alvo e do
posicionamento estratégico do produto no mercado, constitui as bases das
decisões estratégicas de marketing de uma empresa.
Pinheiro (2005, p.143) diz que o processo de segmentação é de
fundamental importância na criação de estratégias de marketing eficazes.
Portanto, o primeiro passo para a otimização das estratégias de marketing das
empresas no contexto contemporâneo leva a reconhecer que nem todos os
produtos e serviços oferecidos são direcionados para todos os consumidores.
Com sabe nas breves definições, podemos dizer que a segmentação do
mercado é o processo de dividir um mercado em grupos de compradores
potenciais que têm necessidades e desejos ou comportamentos semelhantes.
2.5.1 – Objetivos da segmentação
De acordo com Pinheiro (2005, p.144), são objetivos específicos da
segmentação: buscar constantemente o aumento das vendas da empresa, tanto em
unidades de produtos quanto em receita; propiciar um aumento de market share
(participação de mercado); possibilitar uma valorização da imagem da empresa,
almejando respeitabilidade por parte da sociedade e reputação por parte dos
consumidores.
2.5.2 – Benefícios da segmentação
Os benefícios principais da adoção de estratégias de segmentação podem,
segundo Pinheiro (2005, p.145), assim ser destacados: permite a realização de
pesquisa e produção de produtos, que atendam de maneira eficaz à necessidade
do mercado e dos consumidores; auxilia na diminuição dos custos envolvidos na
elaboração de estratégias promocionais eficazes, posto que tais esforços são
dirigidos para os canais adequados; possibilita uma avaliação do estado do
mercado, ao gerar uma imagem da posição da empresa no mercado e de seus
concorrentes; oferece subsídios para a revisão constante das estratégias de
marketing da empresa, devendo ser levada em consideração na projeção de
cenários competitivos de curto, médio e longo prazos.
24
Podemos ver que a segmentação do mercado é um grande trunfo para as
empresas. Se for feito um trabalho efetivo, com estudos precisos e
constantemente atualizados, as margens de rendimento e lucro podem aumentar
consideravelmente.
2.5.3 – Opções de segmentação
Pinheiro (2005, p.146) diz que ao adotar a segmentação, a empresa tem
por escolha as seguintes orientações:
a) Marketing diferenciado: a segmentação por diferenciação busca atender
dois ou mais segmentos de mercado. Diferentes públicos-alvo necessitam de
produtos com especificações diversas, e uma parcela significativa das empresas
busca ter em seu portfólio diferentes produtos que atinjam segmentos
diferenciados de consumidor.
b) Marketing concentrado: ao contrário da anterior, sua estratégia é de
focalizar os esforços de marketing em apenas um segmento. Sua vantagem está
no custo mais baixo em relação ao da diferenciação.
c) Marketing individualizado: implica o atendimento individualizado e
especializado de cada consumidor por parte da empresa.
Várias são as opções de segmentação. O tipo a ser usado depende do porte
e da área em que atua cada empresa, que estará apta a perceber qual tipo de
marketing utilizar, conhecendo seus potenciais e limitações.
2.5.4 – Critérios de segmentação
Critério, como todos sabem, aquilo que serve como medida de
comparação, um princípio que nos permite distinguir o vantajoso do
desvantajoso. É simplesmente, uma forma de ponderação.
Não existe, de acordo com Pinheiro (2005, p.147), uma única fórmula
para a segmentação de mercado. No caso dos consumidores finais, os critérios
mais adotados pelas empresas na segmentação de mercado são os seguintes:
geodemográficos, socioeconômicos, psicográficos e comportamentais.
Os critérios podem ser utilizados de forma isolada, ou combinada, sendo
mais usual esta última. O uso dos critérios de segmentação agrupados é chamado
de segmentação de intermercados.
25
2.5.5 – Realização do estudo de segmentação
Deve-se, baseando-se nas idéias de Pinheiro (2005, p.148), identificar, por
meio de pesquisas anteriores e de dados secundários, qual o público alvo a ser
enfocado. Um estudo de segmentação eficaz deve compreender uma pesquisa
qualitativa, uma pesquisa quantitativa, um processamento e análise dos dados
levantados, targeting e positioning paper da marca ou produto (as três primeiras
etapas lavam à segmentação propriamente dita; as duas últimas permitem
estabelecer, finalmente, o posicionamento do produto) .
2.6 – Pesquisa de marketing
A pesquisa de marketing é uma ferramenta que realmente diminui a área
de incerteza da administração de marketing. Contudo, muito mais que isso, a
pesquisa acaba sendo um contínuo investimento em aprendizado.
2.6.1 – Aplicações da pesquisa de marketing
Uma pesquisa pode ser realizada, de acordo com Pinheiro (2005, p.64),
para avaliar oportunidades de mercado, outra para desenvolver opções de
segmentação de mercado, outra ainda para compreender as atitudes e o
comportamento do consumidor. De maneira geral, todo profissional de marketing
trabalha com as seguintes informações para tomada de decisão: informações para
análise de mercado, informações para análise do marketing mix, e informações
sobre medidas de desempenho.
2.6.2 – Sistema de informações (SIM)
O SIM é o sistema que reúne as informações necessárias para a tomada de
decisões e análises a serem feitas pela empresa, com base no mercado , de acordo
com Pinheiro (2005, p.64-67). Esse sistema nada mais é do que um modelo, ou
seja, uma estrutura conceitual universalmente aceita pelas empresas, mas
aplicada caso a caso, de diferentes formas. Para que seja possível fazer a ligação
entre o modelo e a prática efetiva.
26
2.6.3 – Planejamento de pesquisa
O planejamento de uma pesquisa, segundo Pinheiro (2005, p.73), inicia-se
com a definição do problema da pesquisa, à qual se segue a definição dos
objetivos dela.
2.6.3.1 – Definição do problema da pesquisa
Apesar da relevância de todas as etapas de uma pesquisa de marketing, a
definição do problema é fundamental para o adequado desenvolvimento do
processo.
Conforme as idéias de Pinheiro (2005, p.74), o problema de pesquisa
delimita o alcance do estudo, especifica a natureza da informação desejada,
explicita qual é a real dúvida de informação. É com base na definição do
problema que todas as etapas subseqüentes do plano de pesquisa são geradas. Se
houver erro na definição do problema, todo processo de pesquisa pode ficar
comprometido.
2.6.3.2 – Definição dos objetivos de pesquisa
O problema estabelece o foco do estudo, mas são os objetivos da pesquisa
que determinam quais informações específicas são necessárias para se responder
ao problema. Na verdade, os objetivos de pesquisa são decorrência da definição
do problema a ser resolvido.
Pinheiro (2005, p.76) diz que os objetivos podem decorrer da formulação
de hipóteses sobre o problema definido. As hipóteses são formuladas
principalmente quando se trata da verificação de relações de causa e feito entre
variáveis. Na maioria das vezes, os objetivos são traçados de acordo com as
informações relacionadas ao problema e necessárias para a tomada de decisão.
2.6.3.3 – Metodologias de pesquisa
Após a definição do problema e dos objetivos de uma pesquisa, deve-se
escolher a metodologia de pesquisa mais adequada à necessidade de investigação
mercadológica.
As principais nomenclaturas utilizadas para classificar as metodologias de
pesquisa são as seguintes, segundo Pinheiro (2005, p.83-85):
27
a) Pesquisa exploratória: colabora na definição do problema de
pesquisa, ajuda a definir o foco e as prioridades de estudo e visa
compreender o comportamento e as atitudes dos consumidores.
b) Pesquisa descritiva: tem o objetivo de descrever uma realidade de
mercado, mensurando o grau de satisfação de clientes em relação a
determinado serviço. Seu objetivo é obter um “retrato” de algumas
características presentes num determinado mercado.
c) Pesquisa experimental: visa medir relações de causa e efeito entre
variáveis conhecidas, ou seja, se uma mudança em uma variável
causou variação observável em outra.
2.7 – O movimento de Defesa do Consumidor
O movimento consumidor engloba um conjunto de iniciativas, esforços e
ações. Tanto individuais como de grupo, destinadas à defesa e promoção dos
interesses dos consumidores, o que implica, da parte destes, de acordo com
Guerra (2007, p.10), a existência de uma organização paralela à ação dos poderes
públicos, ao movimento legislativo de proteção e formação dos consumidores e
aos efeitos exercidos sobre o comportamento das empresas.
2.7.1 – Direitos Básicos do consumidor
O movimento de defesa do consumidor procura, de acordo com as idéias
de Guerra (2007, p.11) adquirir e manter certos direitos que se consideram
básicos na sociedade atual. Esses direitos são fundamentalmente os seguintes:
a) Liberdade de escolha
b) Direito à informação
c) Direito à educação
d) Direito de proteção e defesa
e) Reparação de danos e prejuízos
3 – METODOLOGIA
3.1 – Caracterização da pesquisa
O presente trabalho pretende verificar os fatores determinantes do
processo decisório de compra dos consumidores de motocicletas e motonetas da
concessionária Autovia TRAXX. É um trabalho de natureza exploratória, pois
28
envolve, em um primeiro momento, levantamento bibliográfico, em seguida,
contato com as pessoas que tiveram (ou tem) experiências pratica com o
problema pesquisado e analise de exemplos que a compreensão, para gerar mais
conhecimento sobre o tema ou pesquisa de trabalho. Dessa forma, este estudo
visa provar o pesquisador de maior conhecimento sobre o temo ou problema de
pesquisa em perspectiva. Por isso, é apropriado para os primeiros estágios da
investigação quanto a familiaridade, o conhecimento e a compreensão do
fenômeno são, geralmente, pouco ou inexistentes (MATTAR, 2001, p.18).
Utilizaram-se métodos quantitativos para este trabalho. “A fase
quantitativa foi utilizada para qualificar os dados e generalizar os resultados da
amostra para a população-alvo” (MALHORTA, 2001, p.155)
Com a intenção de gerar uma lista dos atributos mais relevantes para os
consumidores na hora da escolhe de sua motocicleta ou motoneta popular, e o
quanto o fato dela ser emplacada ou não influencia no seu processo decisório de
compra, foi feito pelo autor um questionário com para se descobrir o perfil dos
consumidores e os atributos que os consumidores mais buscavam na hora de
comprar uma motocicleta na concessionária TRAXX, baseando-se na teoria de
Kotler (2006), das avaliações de alternativas e seus atributos.
3.2 – População e amostra
Este questionário, primeiramente, para uma fase de pré-teste, foi
realizado com 54 clientes da concessionária Autovia TRAXX que, durante a
revisão das suas motos, responderam ao questionário (ou foram auxiliados caso
fossem analfabetos, fato comum para clientes de motonetas que, por serem
analfabetos, ficam inaptos a tirar CNH). Este pré-teste teve a finalidade de
descobrir o que aconteceria com a decisão de compra do cliente se, por ventura, a
motoneta emplaca-se e consequentemente fosse obrigatório o uso de CNH para
guia-la. Como não será possível pesquisar todos os elementos da população
(número não estimado pelo DETRAN, pois não existe controle de contabilização
no número de vendas entre todas as concessionárias no estado) trabalhar-se-á
com uma amostra não probabilística acidental. Nota-se que para não influenciar a
resposta e nem amedrontar o cliente, não foi tocado no assunto “emplacamento
de motoneta” de forma direta e foi dito antes que o questionário era informativo.
29
O questionário também foi feito com perguntas simples, de fácil entendimento,
devido ao pouco grau de instrução de alguns dos entrevistados.
3.3 – Dados e instrumentos de coleta
Foi aplicado um questionário com duração máxima de 10 minutos e com
10 questões com perguntas fechadas, tanto na concessionária TRAXX, para obter
informações sobre o perfil do consumidor da concessionária como: sexo, idade,
estado civil, grau de instrução, renda e local de residência. Em seguida, perguntas
com escala de pontuação de importância sobre os atributos de compra que o
consumidor analisa na hora de escolher uma moto nova, entre muito importante e
nenhuma importância, especialmente no quesito de emplacamento das motos.
3.4 – Tratamento estatístico e forma de análise
Os dados coletados foram analisados através de frequência e média das
respostas. Primeiramente, foi tabulado as variáveis e traçado o perfil do
consumidor através da frequência das respostas, em seguida, foram criados
gráficos para comentar e analisar os resultados obtidos. Finalmente, os dados
foram cruzados para observar a diferença entre opiniões de cada tipo de clientela.
4 – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 – Clientes da Autovia Traxx
Após a aplicação dos questionários na concessionária Autovia TRAXX,
obteve-se os seguintes resultados para as variáveis de perfil:
HOMENS
MULHERES
Gráfico 01 – Gráfico de sexo do entrevistado
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
30
Segundos os 54 clientes entrevistados, a maioria dos compradores de
motocicletas e motonetas novas, são homens, chegando a cerca de 90%. Isso
pode ocorrer devido a cultura de que o homem entende mais sobre carros e
motos, o que faz com que as mulheres sempre chamem alguém para acompanha-
las para auxiliar na hora da escolha e compra do veiculo ou até mesmo devido a
população de pilotos de motocicleta homens ser bem superior a de mulheres, por
questão mesmo cultural.
0
5
10
15
20
25
18-25 anos 25-45 anos 45-65 anos Outra faixa
etária
Leste
Gráfico 02 – Gráfico de faixa etária do entrevistado
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
A variável da faixa etária se mostrou predominantemente de jovens
(gráfico 02). Entretanto, pode-se perceber que a faixa etária “outras” está se
destacando pelo fato que muitos pais dão as motos para seus filhos menores de
idade, o que é completamente ilegal e contra a lei, já que a lei diz que qualquer
menor de idade não pode dirigir qualquer veículo com motor. É importante
ressaltar que a concessionária não vende motos para menores de 18 anos.
0
5
10
15
20
25
30
Menos de
R$750
Entre R$750 e
R$1500
Entre R$1500 e
R$2000
Mais de R$2000
Renda
Gráfico 03 – Gráfico de renda do entrevistado
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
31
O nível de renda salarial médio que mais obteve indicações foi o nível
mínimo, ou seja, de menos de 750 reais (gráfico 3). Esse gráfico salarial é a
prova que quem compra ciclomotores e motos da traxx tem como objetivo custo
benefício e opta pelo fato que não vai gastar com emplacamento e retirada de
CNH, visto que é um público carente de serviços públicos e precisa de uma
forma de se locomover. Tendo o referencial teórico dessa monografia e o que foi
aprendido durante o curso como base, observamos que Pinheiro (2005, p.39) diz
que a classe social é um dos fatores mais utilizados na segmentação de mercados,
podendo ser definidas como critério de ordenação da sociedade, utilizando
indicadores como poder aquisitivo, escolaridade e ocupação.
0
10
20
30
40
50
Não Menos de 1 ano Entre 2 e 5 anos A mais de 5 anos
Habilitação
Gráfico 04 – Gráfico de tempo de habilitação do cliente Traxx
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
Podemos observar claramente que os no gráfico 4 que o principal e quase
único cliente da Traxx são os clientes que não tem carteira de habilitação, devido
ao fato dos ciclomotores rodarem sem precisar da mesma, tecnicamente. Esse
gráfico aponta com clareza o poder do público alvo da traxx, que é
predominantemente as pessoas que não detém carteira nacional de habilitação.
Mais uma vez, o fator social e situacional faz com que a decisão de compra do
cliente seja totalmente direcionada para o segmento, pois devido as barreiras de
locomoção e sociais e mais ainda devido ao preço do produto e no que ele pode
oferecer ao cliente (facilidade de locomoção frente a dificuldade e os preços do
transporte publico) faz com que o poder de decisão do cliente se torne quase
única e exclusivamente direcionada ao produto em questão.
32
0
5
10
15
20
25
Menos de 1 ano Entre 1 e 3 anos Entre 3 e 5 anos Mais de 5 anos
Tempo de Clientela
Gráfico 05 – Gráfico de tempo de clientela na Traxx
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
A maioria dos clientes Traxx são fieis a marca, visto que a grande maioria
já está na marca a mais de um ano e uma boa quantidade de clientes está a mais
de 5 anos na marca (Gráfico 5) o que mostra que mesmo com a grande oferta da
concorrência os clientes são fiéis e permanecem na mesma durante muito tempo.
Esse gráfico é interessante para a concessionária observar que está fazendo um
bom trabalho de pós venda com o cliente e, baseado no referencial teórico,
observe que nesse caso a influencia do grupo e o fator cultural faz com que o
cliente se mantenha fiel e seguro a marca.
0
5
10
15
20
25
30
Analfabeto Fundamental
Incompleto
Medio
Incompleto
Superior
Incompleto
Superior
Completo
Escolaridade
Gráfico 06 – Gráfico de escolaridade do cliente Traxx
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
O gráfico 06 é mais um gráfico que mostra com clareza que o cliente
traxx é um cliente diferenciado de outras marcas de veículos de motos, pois o
cliente quando é analfabeto ele é impedido de tirar a carteira nacional de
habilitação, nesse caso o mesmo opta pela motoneta que é barata e tirando o
transporte público, é a sua única forma de locomoção viável, nesse gráfico
podemos traçar um paralelo com a falta de educação de base e a falta de opções
33
viáveis de transporte público que faz com que o cliente opte por formas
alternativas de condução. Com base no referencial teórico apresentado
anteriormente, podemos observar que esse fator social e cultural do cliente é
fundamental na decisão de compra do mesmo, pois o nesse contexto o
consumidor não é mais visto como um individuo isolado, mas num ser social que
reage e transformado pelo contexto (dificuldade em transporte publico,
dificuldade no acesso a educação, diferença social) que esta inserido.
Preço
Design
Facilidade de Condução
Não precisa emplacar
Gráfico 07 – Gráfico de decisão de escolha da TRAXX
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
O cliente que escolhe uma moto traxx, como mostra o gráfico 07, não
quer saber do design, mas sim da facilidade de condução e principalmente do
preço e do fato de “não precisar emplacar” o que, mais uma vez, mostra com
clareza o grande fator de decisão de compra do cliente traxx: o fato do preço da
moto e das condições que ela impõe por ser considerada uma motoneta.
Sim
Não
Apenas se emplacar
Apenas se Precisar de CNH
Gráfico 08 – Gráfico de opinião do cliente em troca de moto por outra marca
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
34
O gráfico 08 mostra o quão o cliente traxx é fiel a marca e o quanto vai
ser perigoso para a empresa no dia que a motoneta emplacar, pois o fator
principal e mais importante na decisão de compra é principalmente o fato da
moto não precisar de CNH.
Sim
Não
Apenas se emplacar
Apenas se precisar de CNH
Gráfico 09 – Gráfico de opinião do cliente em troca de Moto por cilindrada maior
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
Idêntico ao gráfico 08, o gráfico 09 mostra que o cliente traxx só trocaria
de cilindrada maior se houvesse o emplacamento ou se precisasse de CNH, no
caso esse gráfico mostra que existe uma opção da empresa investir nas suas
motos de cilindrada maior (e de preço baixíssimo comparado a concorrência) no
caso de haver emplacamento um dia.
0
5
10
15
20
25
30
Nunca 1 vez 2 a 4 vezes Mais de 4 vezes
Acidentes
Gráfico 10 – Gráfico de acidentes de moto dos clientes
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
O cliente traxx é um cliente que se acidenta pouco, apesar da moto não
necessitar emplacamento (gráfico 10). Esse é um gráfico interessantíssimo, pois
mostra que o cliente traxx, que nunca fez teste para tirar carteira de habilitação,
se acidenta pouco. O fato, acredito, seja única e exclusivamente porque a moto
tem um motor extremamente fraco, que não passa de 50 km/h fazendo com que o
35
cliente tenha mais tempo de reação e não entre em muitos acidentes, muitos
clientes durante a entrevista falaram “a moto é quase uma bicicleta, já caiu de
bicicleta? É mais ou menos isso” e não consideram acidente cair da moto, pois
consideram a motoneta uma “bicicleta motorizada”. Podemos nesse gráfico tecer
um cruzamento com o gráfico 05 que mostra que a maioria dos clientes
entrevistados já tem grande tempo na marca, o que comprova que os acidentes
não correram por “falta de oportunidade”.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Não conheco
ninguem
Se acidentaram,
mas estão bem
Se acidentaram e
tiveram sequelas.
Conheço pessoas
que morreram
Acidentes
Gráfico 11 – Gráfico em relação aos acidentes de 50cc, pessoas que se feriram
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
Na minha opinião, o gráfico mais interessante de toda o estudo é o gráfico
11, que mostra a relação que existe os acidentes de as sequelas que eles tiveram.
Por ser uma moto que não atinge uma velocidade muito alta, os clientes
entrevistados relataram predominantemente que conhecem pessoas que se
acidentaram em motos de 50 cilindradas sim, mas que estão bem e não tiveram
sequelas, traumatismos e muito menos politraumatismos (situação de quase
morte ou de múltiplos membros fraturados a qual muitos motociclistas de
cilindradas maiores estão). O fato se deve a “inofensividade” da moto e pela
pouca cilindrada da mesma, fazendo com que os acidentes com morte ou com
politraumatismos sejam em sua maioria ocasionada por veículos maiores e mais
rápidos acertando as motonetas. É fato que existem muitos acidentes com
motonetas, mas podemos afirmar com esse estudo que proporcionalmente
falando, os traumatismos e os politraumatismos ocasionados por motos de
cilindrada maior são proporcionalmente maiores que os das motonetas.
36
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Sim Não Raramente usa Raramente não
usa
Uso de capacete
Gráfico 12 – Gráfico em relação ao uso de capacete
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
No último gráfico do questionário, podemos observar que existem alguns
clientes que não usam capacete, o que é completamente proibido pelo DETRAN,
seja motoneta ou motocicleta. Nesses casos, a própia concessionária poderia
começar uma campanha de conscientização e os órgãos públicos poderiam
começar a autuar e multar os infratores que andam sem capacete pela cidade.
Para finalizar, foi feito um questionário em uma escala de 1 a 5 onde 1
significava pouca relevância e 5 muita relevância nos atributos impostantes na
hora de escolha de uma compra de uma moto TRAXX, e os resultados foram os
seguintes:
0
5
10
15
20
25
30
35
Pouco Relevante 2 3 4 Muito Relevante
Qualidade e conforto
Gráfico 13 – Relevância em relação a qualidade e conforto da moto
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
No gráfico acima apresentado, podemos observar que o consumidor acha
muito relevante a qualidade e o conforto da motocicleta/motoneta, no entanto,
mesmo sendo totalmente discrepante a relevância do gráfico frente aos outros
37
níveis de relevância, ele é um dos gráficos menos discrepantes comparado aos
outros gráficos que serão discriminados a seguir. Um dos fatores que causam isso
é o fator “qualidade e conforto” ser um dos requisitos que menos influenciam a
decisão de compra, nesse específico caso pois na maioria dos outros casos, o fato
qualidade e conforto é um dos fatores mais importantes.
0
10
20
30
40
50
Pouco
Relevante
2 3 4 Muito
Relevante
Preço e custo benefício
Gráfico 14 – Relevância em relação ao preço e custo benefício
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
No gráfico acima, verificamos que o fator “preço e custo benefício” é de
extrema relevância, pelo fato do cliente Traxx em sua maioria ser das classes C e
D e, por isso, podemos concluir que o fato da motoneta ser extremamente barata
e não onerar o consumidor em vários aspectos (IPVA, emplamento, seguro) faz
com que a importância do mesmo seja tão relevante. Tendo o referencial teórico
dessa monografia e o que foi aprendido durante o curso como base, observamos
que Pinheiro (2005, p.39) diz que a classe social é um dos fatores mais utilizados
na segmentação de mercados, podendo ser definidas como critério de ordenação
da sociedade, utilizando indicadores como poder aquisitivo, escolaridade e
ocupação.
0
10
20
30
40
50
Pouco
Relevante
2 3 4 Muito
Relevante
Segurança e durabilidade
Gráfico 15 – Relevância em relação a segurança e durabilidade
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
38
No gráfico 15 observamos que o fator “segurança e durabilidade”
continua sendo muito relevante para o consumidor, em que predominantemente a
escala 4 e 5 são quase unanimes, pois na cabeça do consumidor quanto maior a
durabilidade, menor é a necessidade de produtos de reposição ou de manutenção.
Como observamos no referencial teórico e do ponto de vista macroeconômico,
aumentar a segurança e a durabilidade incrementa a competitividade, pois quanto
maior a vida útil, menor é o custo do serviço que um produto presta por unidade
de tempo. Consequentemente, menores são os investimentos na reposição das
estruturas e conserto de partes degradadas, o que reduz os custos de manutenção
e faz com que o consumidor tenha menos gastos.
0
10
20
30
40
50
Pouco
Relevante
2 3 4 Muito
Relevante
Facilidade no Pagamento
Gráfico 16 – Relevância em relação a facilidade no pagamento
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
Mais uma vez, observamos no gráfico 16 a forca do fator social e
econômico da classe C e D no poder de decisão de compra. Os entrevistados
achavam de extrema relevância o fator “facilidade no pagamento”, pois eles
precisam disso muitas vezes para fechar a compra de uma motoneta, o que de
fato é um artigo oneroso para o tipo de perfil de consumidor entrevistado. Uma
concessionária de motocicletas precisa de qualquer forma ter uma boa carteira de
financiamentos ou uma forma especial de facilitar o pagamento para poder
conquistar esse consumidor e fidelizar o mesmo em sua empresa.
39
0
10
20
30
40
Pouco
Relevante
2 3 4 Muito
Relevante
Fato de não precisar emplacar
Gráfico 17 – Relevância em relação ao fato de não precisar emplacar
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
Observamos no gráfico 17 que, com a exceção de apenas um entrevistado
(que provavelmente é um cliente que tem a motoneta emplacada, o que é uma
raridade no meio) os consumidores quase em unanimidade acham relevante
(nível 4) e muito relevante (nível 5) o fato da moto não precisar emplacar. Com
base no referencial teórico, concluímos que das etapas do processo de compra,
quando o consumidor observa a sua terceira etapa (avaliação de alternativas) que
nada mais representa do que os atributos adjetivos e os subjetivos que o próprio
consumidor utiliza para comparar as diferentes alternativas que tem a frente
(Kotler, 2006), notamos que nessa fase o consumidor não tem muitas opções para
analisar fora o fato da motoneta não precisar emplacar, pois ele simplesmente
não pode guiar veículos emplacados pelo fato do mesmo não ter CNH, sendo este
fato o de extrema importância para decisão de compra do consumidor, quase que
em sua unanimidade.
0
10
20
30
40
Pouco
Relevante
2 3 4 Muito
Relevante
Fato de não precisar de CNH
Gráfico 18 – Relevância em relação ao fato de não precisar de CNH
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
40
Observamos nessa monografia por inteiro que o fato do consumidor não
precisar de Carteira de habilitação e o fato do consumidor não precisar emplacar
sua motoneta andam sempre juntos em relação ao nível de relevância e ao poder
de decisão de compra do consumidor da motoneta, pois esse é o principal motivo
de decisão de compra do consumidor pela motoneta.
0
5
10
15
20
Pouco
Relevante
2 3 4 Muito Relevante
Desing
Gráfico 19 – Relevância em relação ao design
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
O gráfico 19 mostra que de todo o conjunto de características e atributos
considerados em sua maioria muito relevantes pelo consumidor no ato da
compra, o atributo “Desing” é o que apresenta a menor relevância pelos
consumidores entrevistados. Isso ocorre por que o perfil de consumidor da Traxx,
em sua maioria, é da classe C e D e, portanto o que mais importa no momento de
decisão de compra da motocicleta/motoneta são os fatores custo e benefício, o
fator de não precisar emplacar e nem precisar da CNH, a facilidade de pagamento
e todos os outros fatores apresentados nesta monografia.
0
10
20
30
40
Pouco
Relevante
2 3 4 Muito
Relevante
Facilidade de revenda da moto
Gráfico 20 – Relevância em relação a facilidade de revenda da moto
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
Facilidade de revender uma motocicleta/motoneta pode pesar na hora de
fazer uma compra. Afinal, motos não são como imóveis e necessariamente
41
perderão valor com o passar do tempo. Segundo o consultor de marketing e
comportamento da Federação das Associações de Revendedores (FENAUTO),
Homero Fischer, a desvalorização média de uma moto zero pode variar entre
20% e 30% no primeiro ano, e entre 10% e 20% nos anos subsequentes,
dependendo da marca e do modelo. O consumidor sabe disso e por isso acha tão
relevante o fato do poder de revenda da motocicleta, visto que, entre todas as
marcas que comercializam motonetas, a traxx, apesar de não ter o design mais
atual, continua sendo líder de vendas pelo fato da mesma ter o melhor poder de
revenda atualmente.
0
10
20
30
40
50
Pouco
Relevante
2 3 4 Muito
Relevante
Garantia do fabricante
Gráfico 21 – Relevância em relação a garantia do fabricante
Fonte: Representação gráfica elaborada a partir dos dados dos questionários aplicados pelo aluno Allan Liderzio Pessoa de
Vasconcelos
Finalmente, podemos observar nos 9 gráficos acima que os clientes
entrevistados acham muito relevante todos os itens, mas predominantemente o
fato da motoneta da traxx não emplacar, não precisar de CNH e o fato de existir
uma facilidade no pagamento (o cliente traxx, como explanado no trabalho, é
predominantemente de baixa renda) são de extrema relevância e fundamentais
para a decisão de compra do cliente. Resultados como esse analisado junto com o
referencial teórico apresentado anteriormente, só mostram e comprovam que o
poder de decisão de compra do consumidor esta totalmente atrelado aos fatores
socioculturais apresentados nesta monografia e, como um dos exemplos, a
característica multidimensional de Guerra (2007,p.7) em que se diz que a classe
social não se reduz a um único aspecto, seja ele a categoria sócio-profissional, o
nível de instrução ou o rendimento, mas existe um efeito conjunto de todos esses
fatores. Nesse caso, esses gráficos mostram que fatores importantes como a
educação, a falta de transporte publico e o valor gasto com outros tipos de
transporte são fundamentais na decisão de compra do consumidor.
42
6 – CONCLUSÃO
Os estudos de marketing vêm contribuindo de forma surpreendente para as
organizações. Através deles as empresas conseguem responder questões que
podem ajudá-las a aumentar seus lucros e satisfazer seus clientes, além de
direcionar melhor suas ações de marketing e publicidade.
O perfil dos consumidores da motocicleta TRAXX é de jovens, de 18 à
35 anos, em sua maioria. O fato da TRAXX possuir 50 (cinqüenta) cilindradas da
a oportunidade ainda àqueles que são menos favorecidos de pilotá-las, pois ainda
não é necessária e obrigatória a habilitação de trânsito. Isso é um grande atrativo
para os não portadores de CNH. Para os jovens de classe média-alta, a
motocicleta pode servir para o lazer ou apenas mais uma opção. Para os jovens
de classe mais baixa, serve para o trabalho, para gerar uma economia à longo
prazo largando do transporte público.
Todo esse consumo referente ao mercado de motocicletas é consciente,
simplesmente porque quem compra uma moto tem algum plano ou necessidade.
O consumo inconsciente geralmente acontece com objetos de menor valor
econômico, e á motocicleta não se encaixa nessa lista de objetos de baixo valor.
A melhor maneira de aumentar a demanda de motocicletas da TRAXX é
propondo promoções, financiamentos, consórcios e propostas do gênero. Já que o
grande público alvo, como foi dito anteriormente, é aquele que pertence a uma
posição social mais desfavorecida que as demais, quanto mais tranquila for a
forma de pagamento, mais pessoas iriam aderir à proposta de consumo. A
propaganda também é um ponto muito forte e tem que ser executado com zelo e
eficiência, assim trará bons benefícios à empresa.
A resposta para o problema de pesquisa elaborado - quais são os atributos
mais influentes na escolha das motos populares, pelos consumidores, nas
concessionárias autorizadas TRAXX? – foi respondido, por meio do
embasamento teórico e dos questionários.
O objetivo principal desta monografia foi atingido com sucesso no capítulo
de análise e discussão dos resultados, onde ficou evidente os principais fatores
que influenciam na escolha da compra final do cliente que procura uma moto da
Traxx.
Todos os objetivos específicos foram alcançados ao fim deste trabalho,
43
mostrando a situação atual do mercado de motonetas e motos de baixo custo no
Brasil. O comportamento do consumidor foi evidenciado de forma clara,
demonstrando o modelo de cinco etapas no processo de compra do consumidor,
porém focando principalmente na avaliação de alternativas, que demonstram os
diversos atributos que o consumidor observa na hora da compra. Ao final, as
pesquisas de campo revelaram e quantificaram os atributos mais importantes na
hora da compra de uma motocicleta/motoneta na concessionária Traxx,
respondidas através de questionários pelos clientes da concessionária acima
citada.
As limitações desta monografia ocorreram devido ao curto período de tempo
disposto para a realização das pesquisas de campo. Para um resultado mais
preciso, seria necessário entrevistar diretamente todos os clientes de motonetas
que existem no estado do Rio Grande do Norte, o que seria um número
expressivo (donos de concessionárias acreditam que existem algo em torno de
45.000 motonetas rodando no estado) e exigiria uma grande quantidade de
tempo.
Uma sugestão para estudos futuros é realizar uma pesquisa de todos os
prontuários dos grandes hospitais públicos do estado, a fim de se fazer um
levantamento sobre todos os acidentes que existem e qual é o principal tipo de
moto que está presente nesse tipo de acidente, fazendo com que se explore
também o lado da segurança do condutor e se descubra os fatos que são mais
relevantes para a sociedade. Será que o fato das motonetas serem liberadas não
desafoga o transporte público e oferece acesso e mobilidade para a população de
baixa renda? Outra sugestão para estudos futuros é desenvolver um estudo com
os consumidores de bicicletas motorizadas, que poderia ser explorado entre
bicicletas de passeio e seu impacto no meio ambiente, fazendo um paralelo entre
os atributos observados por cada um.
Através da pesquisa realizada, a concessionárias poderia investir em
estratégias de marketing focadas no baixo preço do veículo, grandes
financiamentos e diminuição do valor das revisões. Adotando essas estratégias a
concessionárias poderiam atrair mais clientes e conseguiriam também fazer com
que eles não apenas comprassem suas motonetas, mas também fizessem revisões
e troca de peças na própria concessionária.
44
Pode-se dizer, então, que um consumidor de fato consciente é aquele que
está apto a identificar as “armadilhas” de mercado, sendo perspicaz para não se
deixar influenciar facilmente, só então ele poderá exercer o ato de consumir de
um modo sensato, com zelo e eficiência.
45
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- AFONSO, Valter. Revista Científica da Faculdade de Natal. Nº 01, p 15-21,
jun./jul.2006.
2- GUERRA, Baltasar. Comportamento do consumidor. p. 1-11.Disponível em:
http://faculdadesenergia.com.br/espaco_professor/baltasar/comportamento_do_c
onsumidor.doc . Acesso em: 21 nov. 2007.
3- GUERRA, Baltasar. Revista de Administração Nobel. Nº 03, p. 59-70,
jan./jun.2004.
4- PINHEIRO, Roberto Meireles. Comportamento do consumidor e pesquisa de
mercado. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
5- BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contagem
Populacional. Disponivel em: <www.ibge.com.br>. Acessado em: 23 maio
2010.
6- BLACKWELL, R. D., MINIARD, P. W., ENGEL, J. F. Comportamento do
consumidor. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
7- CHURCHILL, Gilbert A.; Marketing: criando valor para o cliente. Tradução
Cecília Camargo Bartalotti e Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2003.
8- D’ANGELO, André Cauduro. Pioneirismo, vantagens do pioneirismo e
administração de marketing , Revista de Ciências da Administração – v.5,
n.09, jan/jul 2003. Disponível em:
<http://www.cad.ufsc.br/revista/09/Revista%2009%20-%206%20-
%20RCAD%2003%202003(site).pdf>. Acesso em: 10 mar. 2010.
9- JOAS, L.F.K. Atributos determinantes para compra de medicamentos via
internet. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
Escola de Administração – Programa de Pós-Graduação em Administração,
Porto Alegre, 2002.
10- KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing: A Bíblia do
Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2006.
11- MALHOTRA, Naresh K. Pesquisa de Marketing: Uma Orientação Aplicada.
3ª.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
12- MATTAR, F.N. Pesquisa de marketing. São Paulo, Atlas, 2001.278p.
13- MCDANIEL, C. D.; GATES, R. Pesquisa de marketing. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003.
46
8 – ANEXOS
QUESTIONÁRIO
Esse questionário é apenas para caráter informativo da elaboração de um estudo
do impacto das motos 50cc no nosso estado, não precisamos da sua identificação e
garantimos o sigilo das respostas.
( ) Caso cliente for analfabeto, a pessoa que o auxiliar fazendo o questionário
favor assinalar aqui
1. Você é:
a) Homem
b) Mulher
2. Sua idade:
a) Entre 18 a 25 anos.
b) Entre 25 a 45 anos.
c) Entre 45 a 65 anos.
d) Outra faixa etária.
3. Quanto você e sua família recebem por mês?
a) Menos de R$750 reais.
b) Entre R$750 e R$1500 reais.
c) Entre R$1500 e R$2000 reais.
d) Mais de R$2000 reais.
4. Portador de Carteira de habilitação?
a) Não.
b) A menos de 1 ano.
c) Entre 2 e 5 anos.
d) A mais de 5 anos.
5. A quanto tempo é cliente de motos 50cc?
a) A menos de 1 ano.
b) Entre 1 e 3 anos.
c) Entre 3 a 5 anos.
d) Mais de 5 anos.
6. Escolaridade?
a) Analfabeto
b) Fundamental incompleto
c) Médio incompleto
d) Superior Incompleto
e) Superior Completo
7. Trocaria a traxx por outra marca?
a) Sim.
b) Não.
c) Apenas se a mesma precisar emplacar.
d) Apenas se eu precisar ter CNH.
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8. Trocaria uma moto 50cc da traxx por outra de cilindrada maior?
a) Sim.
b) Não.
c) Apenas se a mesma precisar emplacar.
d) Apenas se eu precisar ter CNH.
9. Quantas vezes você se acidentou em uma moto de 50cc?
a) Nunca.
b) 1 vez.
c) Entre 2 e 4 vezes.
d) Mais de 4 vezes.
10. Em relação a acidentes com motos 50cc:
a) Não conheço ninguém que se acidentou.
b) Conheço pessoas que se acidentaram, foram para o hospital mas estão
bem.
c) Conheço pessoas que se acidentaram, foram para o hospital e tiveram
sequelas.
d) Conheço pessoas que morreram em acidentes de 50cc.
11. Você usa capacete?
a) Sim.
b) Não.
c) Raramente uso.
d) Raramente não uso.
12. Determinar, em uma escala de 1 a 5, onde 1 é de pouca relevância e 5 muita
relevância, os atributos importantes na hora da escolha de uma compra de uma
moto TRAXX:
Pouco relevante
Muito Relevante
Qualidade e Conforto 1 2 3 4 5
Preço e custo benefício 1 2 3 4 5
Segurança e durabilidade 1 2 3 4 5
Facilidade no pagamento 1 2 3 4 5
Fato de não precisar emplacar 1 2 3 4 5
Fato de não precisar de CNH 1 2 3 4 5
Design 1 2 3 4 5
Facilidade de revenda do veículo 1 2 3 4 5
Garantia do Fabricante 1 2 3 4 5