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1 Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 1 3 Planejamento de Caixa Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 2 PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO O planejamento financeiro é um aspecto importante das operações das empresas porque fornece um mapa para a orientação, a coordenação e o controle dos passos que a empresa dará para atingir seus objetivos. Dois aspectos fundamentais do processo de planejamento financeiro são o planejamento de caixa e o planejamento de lucros. O planejamento de caixa envolve a elaboração do orçamento de caixa da empresa. O planejamento de lucros envolve a elaboração de demonstrações pró-forma.

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Page 1: PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO · 3 –Planejamento de Caixa Prof. José Luís Ciências Contábeis - UNIP 2 PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO O planejamento financeiro é

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 1

3 – Planejamento de Caixa

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 2

PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO

O planejamento financeiro é um aspecto

importante das operações das empresas porque

fornece um mapa para a orientação, a

coordenação e o controle dos passos que a

empresa dará para atingir seus objetivos.

Dois aspectos fundamentais do processo de

planejamento financeiro são o planejamento de

caixa e o planejamento de lucros.

O planejamento de caixa envolve a elaboração do

orçamento de caixa da empresa.

O planejamento de lucros envolve a elaboração de

demonstrações pró-forma.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 3

PROCESSO DE PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Tanto o orçamento de caixa quanto as

demonstrações pró-forma são úteis para o

planejamento financeiro interno; também são

rotineiramente exigidos por credores atuais e em

potencial.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 4

O processo de planejamento financeiro começa

pelos planos financeiros de longo prazo, ou

estratégicos.

Estes, por sua vez, orientam a formulação de

planos e orçamentos de curto prazo, ou

operacionais.

De modo geral, os planos e orçamentos de curto

prazo implementam os objetivos estratégicos de

longo prazo da empresa.

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Ciências Contábeis - UNIP 5

Planos financeiros de longo prazo (estratégicos)

Os planos financeiros de longo prazo

(estratégicos) expressam as ações financeiras

planejadas por uma empresa e o impacto previsto

dessas ações ao longo de períodos que vão de

dois a dez anos.

São comuns planos estratégicos de cinco anos,

revistos à medida que novas informações

relevantes tornam-se disponíveis.

De modo geral, as empresas sujeitas a alto grau

de incerteza operacional, a ciclos de produção

relativamente breves, ou a ambos, tendem a usar

horizontes de planejamento mais curtos.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 6

Os planos financeiros de longo prazo fazem parte

de uma estratégia integrada que, juntamente com

os planos de produção e de marketing, orientam a

empresa em direção a suas metas estratégicas.

Tais planos incluem propostas de dispêndio em

ativo imobilizado, atividades de pesquisa e

desenvolvimento, ações de marketing e

desenvolvimento de produtos, estrutura de capital

e principais fontes de financiamento.

Também podem constar o encerramento de

projetos, linhas de produto, ou linhas de negócio

existentes; amortização ou eliminação de dívidas

em aberto; e quaisquer aquisições que estejam

planejadas. Esses planos tendem a encontrar

respaldo numa série de orçamentos anuais.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 7

Planos financeiros de curto prazo (operacionais)

Os planos financeiros de curto prazo

(operacionais) especificam ações financeiras de

curto prazo e o impacto previsto.

Esses planos geralmente cobrem períodos de um

a dois anos.

As principais informações usadas são a previsão

de vendas e diversos dados operacionais e

financeiros.

Os principais 'produtos' são diversos orçamentos

operacionais, o orçamento de caixa e as

demonstrações financeiras pró-forma.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 8

O planejamento financeiro de curto prazo começa

com a projeção de vendas.

Partindo dela, as empresas desenvolvem planos de

produção que levam em conta os prazos de espera

(preparação) e incluem estimativas das matérias-

primas necessárias.

Usando os planos de produção, a empresa pode

estimar as despesas diretas de folha de pagamento,

o desembolso com custo fixo das fábricas e as

despesas operacionais.

Uma vez realizadas essas estimativas, a empresa

pode elaborar uma demonstração do resultado e um

orçamento de caixa. Com essas informações

básicas, pode, finalmente, desenvolver um balanço

patrimonial.

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Ciências Contábeis - UNIP 9

Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa

Os fluxos de caixa da empresa

Representam uma reserva de liquidez que

aumenta com entradas de caixa e diminui com

Saídas de caixa.

Os fluxos de caixa da empresa podem ser

divididos em:

(1) fluxos operacionais,

(2) fluxos de investimento e

(3) fluxos de financiamento.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 10

Elaboração da demonstração dos fluxos de caixa

Os fluxos operacionais constituem as entradas e saídas de

caixa diretamente relacionadas à venda e produção de bens

e serviços.

Os fluxos de investimento representam os fluxos de caixa

associados à compra e venda de ativo imobilizado e

investimentos em participações societárias Evidentemente,

as transações de compra resultam em saídas de caixa e as

de venda, em entradas de caixa.

Os fluxos de financiamento provêm de transações

financeiras com capital de terceiros (dívidas) ou capital

próprio. Incorrer em dívidas de curto ou longo prazos resulta

numa entrada de caixa correspondente; a quitação de

dívidas resulta em saída de caixa. Da mesma forma, a venda

de ações da empresa resulta em entrada de caixa, enquanto

a recompra de ações ou distribuição de dividendos em

dinheiro geram saídas de caixa.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 11

3 – Planejamento de Caixa

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 12

PLANEJAMENTO DE CAIXA: ORÇAMENTOS de CAIXA

O orçamento de caixa, ou projeção de caixa, é

uma demonstração das entradas e saídas de caixa

previstas da empresa. Serve para estimar as

necessidades de caixa no curto prazo, dando

especial atenção ao planejamento de superávits e

déficits de caixa.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 13

Normalmente, o orçamento de caixa visa abranger

o período de um ano, dividido em intervalos

menores.

O número e o tipo de intervalos dependem da

natureza da atividade da empresa, Quanto mais

sazonais e incertos os fluxos de caixa, maior o

número de intervalos.

Como muitas empresas se deparam com um

padrão sazonal de fluxo de caixa, o orçamento de

caixa é muitas vezes elaborada mensalmente.

Empresas com padrões de fluxo de caixa estáveis

podem usar intervalos trimestrais anuais.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 14

A endas V de Projeção

A principal informação de base para o processo de

planejamento financeiro é a previsão de vendas

da empresa. Essa previsão das vendas ao longo

de um dado período costuma ser elaborada pelo

departamento de marketing.

Com base na projeção de vendas, o administrador

financeiro estima os fluxos de caixa mensais

decorrentes das vendas previstas e dos

desembolsos ligados à produção, aos estoques e

às vendas.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 15

A endas V de Projeção

O administrador também determina o nível de ativo

imobilizado necessário e o montante de

financiamento, caso haja, para sustentar o nível

previsto de vendas e produção.

Na prática, a obtenção de dados confiáveis é o

aspecto mais complicado da projeção. A projeção

de vendas pode se basear em uma análise de

dados externos, dados internos, ou uma

combinação de ambos.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 16

Uma previsão externa baseia-se nas relações

observadas entre as vendas da empresa e

determinados indicadores econômicos externos

fundamentais, como produto interno bruto (PIB,

construção de novos imóveis residenciais,

confiança do consumidor e renda pessoal

disponível.

Não há dificuldade em obter previsões que

contenham esses indicadores.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 17

As previsões internas baseiam-se em previsões

consensuais de vendas dos canais da própria

empresa.

Normalmente, pede-se aos vendedores que

estimem quantas unidades de cada tipo de produto

esperam vender no ano vindouro.

Essas previsões são coletadas e totalizadas pelo

gerente vendas, que pode ajustá-las com base no

conhecimento que tem de mercados específicos

ou da capacidade de previsão dos vendedores.

Finalmente, alguns ajustes podem ser feitos com

base em fatores internos, como capacidade de

produção.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 18

As empresas costumam usar uma combinação de

dados projetados internos e externos para realizar

suas previsões finais de vendas.

Os dados internos fornecem informações sobre as

expectativas de vendas, enquanto os externos

fornecem meios de ajustar essas expectativas a

fatores econômicos gerais.

A natureza do produto da empresa também afeta,

com frequência, o mix e os tipos de métodos de

projeção empregados.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 19

Formato Geral do Orçamento de caixa

Jan Fev .... Nov Dez

Recebimentos 300 200 280 290

Menos desembolsos 200 450 440 230

Fluxo de Caixa Líquido 100 -250 0 -160 60

Mais Saldo de Caixa Inicial 50 150 80 -80

Saldo de Caixa Final 150 -100 80 -80 -20

Menos saldo de caixa mínimo 50 50 50 50 50

Financiamento total necessário -150 -130 -70

Saldo excedente de caixa 100 30

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 20

Recebimentos

Os recebimentos abrangem todas as entradas de

caixa da empresa durante um determinado período

financeiro.

Os componentes mais comuns dos recebimentos

são vendas à vista, cobrança de contas a receber

e outros recebimentos em dinheiro

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 21

EXEMPLO:

A ADM CONT Industries. uma empresa do setor de defesa, está desenvolvendo um

orçamento de caixa para os meses de outubro, novembro e dezembro. Suas vendas

em agosto e setembro foram de $ 100.000 e $ 200.000, respectivamente. Foram

projetadas para os três meses seguintes, respectivamente, vendas de $ 400.000, $

300.000 e $ 200.000. Historicamente, 20% das vendas são à vista, 50% geram contas a

receber pagas após um mês e os 30% restantes geram contas a receber pagas após

dois meses. As despesas com créditos duvidosos (contas impossíveis de receber) têm

sido desprezíveis." Em dezembro, a empresa receberá um dividendo de $ 30.000 por

conta de ações de uma subsidiária. O cronograma de recebimentos esperados da

empresa consta da Tabela 1 abaixo e contém os seguintes itens:

Previsão de vendas. Esse primeiro lançamento destina-se a fins meramente

informativos. É fornecido para ajudar a calcular outros itens relacionados a vendas.

Vendas à vista. As vendas à vista apresentadas para cada mês representam 20% da

projeção total de vendas para o mês em questão.

Recebimento de CR. Esses lançamentos representam recebimentos de contas a

receber (CR) decorrentes de vendas em meses anteriores.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 22

A 30 dias. Esses lançamentos referem-se a vendas realizadas no mês anterior e que

geraram contas a receber pagas no mês corrente. Como 50% das vendas do mês

corrente são recebidos no mês seguinte, os recebimentos de CR a 30 dias

apresentados para setembro representam 50% das vendas de agosto, os para outubro

representam 50% das vendas de setembro e assim por diante.

A 60 dias. Esses lançamentos representam vendas realizadas dois meses antes e que

geram contas a receber pagas no mês corrente. Como 30% das vendas são recebidos

60 dias depois, os recebimentos apresentados para outubro representam 30% das

vendas de agosto e assim por diante.

Outros recebimentos. Trata-se de entradas projetadas de caixa a partir de fontes que

não as vendas. Receitas financeiras, ingressos pela venda de equipamentos, venda de

ações e obrigações e recebimento de arrendamentos podem surgir neste item. No caso

da ADM CONT Industries, a única entrada de caixa que se enquadra na categoria são

os $ 30.000 em dividendos esperados para dezembro.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 23

Cronograma de Recebimentos da ADM CONT Industries

Tabela 1

AGO SET OUT NOV DEZ

Projeção de Vendas

Vendas a Vista (0,20)

Recebimento de CR:

A 30 dias (0,50)

A 60 dias (0,30)

Outros recebimentos

Total de Recebimentos

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 24

Desembolsos

Os desembolsos abrangem todas as saídas de

caixa da empresa durante um determinado período

financeiro. Os desembolsos mais comuns são:

Compras à vista

Dispêndios em ativo imobilizado

Pagamento de juros

Pagamento de dividendos

Pagamento de amortização de empréstimos

Pagamento de fornecedores

Pagamento de aluguéis (e arrendamentos)

Folha de pagamento

Pagamento de imposto

Recompra de ações

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 25

Desembolsos

É importante que se perceba que a depreciação e

outras despesas não desembolsáveis NÃO são

incluídas no orçamento de caixa porque

representam somente uma dedução programada

de uma saída de caixa anterior. O impacto da

depreciação, reflete apenas em uma menor saída

de caixa para pagamento de impostos.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 26

A ADM CONT Industries reuniu os dados a seguir para elaborar um

cronograma de desembolsos para os meses de outubro, novembro e

dezembro.

Compras. As compras da empresa correspondem a 70% de suas vendas.

Desse valor, 10% são pagos à vista, 70% no mês imediatamente após a

compra e os 20% remanescentes com prazo de dois meses.

Pagamento de aluguéis. Aluguel de $ 5.000 devido mensalmente.

Folha de pagamento. Os custos fixos de folha de pagamentos no ano são

de $ 96.000, ou $ 8.000 por mês. Além disso, os salários são estimados em

10% das vendas mensais.

Pagamento de imposto. Em dezembro deve ser pago imposto no valor de

$ 25.000.

Dispêndios em ativos imobilizados. Em novembro serão compradas e

pagas máquinas no valor de $ 130.000.

Pagamento de juros. É devido em dezembro um pagamento de juros no

valor de $ 10.000.

Pagamento de dividendos. Serão pagos em outubro dividendos no valor

de $ 20.000.

Amortização de empréstimo. É devido em dezembro um pagamento de

amortização de empréstimo no valor de $ 20.000.

Recompra de ações. Não há projeção de recompra de ações entre outubro

e dezembro.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 27

O cronograma de desembolsos da empresa, baseado nos

dados anteriores, pode ser visto na Tabela 2. Alguns itens da

tabela serão explicados mais detalhadamente a seguir.

Compras. Esse lançamento é para fins meramente

informativos. Os valores representam 70% das vendas

projetadas para cada mês. Foram incluídos para facilitar o

cálculo das compras à vista e pagamentos correlatos.

Compras à vista. As compras à vista representam 10% das

compras de cada mês.

Pagamentos de fornecedores. Esses lançamentos referem-

se ao pagamento de fornecedores, contas a pagar (CP),

resultantes de compras em meses anteriores.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 28

A 30 dias. Esses valores representam compras feitas no

mês anterior e pagas no mês corrente. Como 70% das

compras da empresa são pagas com prazo de um mês, os

pagamentos a 30 dias indicados para setembro representam

70% das compras de agosto, os pagamentos de outubro

representam 70% das contas de setembro e assim por

diante.

A 60 dias. Esses valores correspondem a compras feitas

dois meses antes e pagas no mês corrente. Como 20% das

compras da empresa são pagas com prazo de dois meses,

os pagamentos a 60 dias em outubro representam 20% das

compras de agosto e assim por diante.

Folha de pagamento. Esses valores foram obtidos

somando-se $ 8.000 a 10% das vendas de cada mês. Os $

8.000 representam o componente salário; o restante

representa honorários.

Os demais itens do cronograma são autoexplicativos

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 29

Cronograma de Desembolsos projetados ($mil)

Tabela 2

AGO SET OUT NOV DEZ

Compras (0,70 x Vendas)

Compras a Vista (0,10)

Pagamento de CP:

A 30 dias (0,70)

A 60 dias (0,20)

Pagamento de aluguel

Folha de pagamento

Pagamento de Impostos

Dispêndios Ativo Imobilizado

Pagamento de Juros

Pagamento de dividendos

Amortização de empréstimo

Total de Pagamentos

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 30

Fluxo de caixa líquido, saldo de caixa final,

financiamento e saldo excedente de caixa

Usando a Tabela que aprendemos na aula anterior, temos

dados para os dois primeiros lançamentos e podemos agora

continuar a calcular as necessidades de caixa da empresa. O

fluxo de caixa líquido é obtido subtraindo-se das entradas de

caixa de cada período as saídas de caixa correspondentes.

Então somamos o saldo de caixa inicial ao demonstrativo de

fluxo de caixa líquido para determinar o saldo de caixa final

do período.

Por fim, subtraímos o saldo de caixa mínimo desejado do

saldo de caixa final para encontrar o financiamento total

necessário, ou o saldo excedente de caixa total. Se o caixa

final for menor do que o saldo mínimo desejado, haverá

necessidade de financiamento. Esse financiamento costuma

ser considerado de curto prazo e é representado, portanto,

por bancos a pagar. Se o saldo final for maior do que a

necessidade mínima, haverá um saldo excedente de caixa.

Presume-se que qualquer caixa excedente seja investido em

algum título líquido, remunerado e de curto prazo - ou seja,

títulos negociáveis.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 31

A Tabela abaixo apresenta o orçamento de caixa da

ADM CONT Industries, baseado nos dados já

desenvolvidos. Ao fim de setembro, o saldo de caixa da

empresa era de $ 50.000 e seu banco a pagar e seus títulos

negociáveis eram iguais a $ 0.8 A empresa deseja manter,

como reserva para necessidades imprevistas, um saldo de

caixa mínimo de $ 25.000.

Para que a ADM CONT mantenha seu saldo final necessário

de $ 25.000, deverá tomar emprestado um total de $ 76.000

em novembro e $ 42.000 em dezembro. Em outubro a

empresa terá um saldo excedente de caixa de $ 22.000, que

pode ser investido num título negociável remunerado. Os

valores de financiamento total necessário referem-se a

quanto será devido no fim do mês; assim, não representam

a variação mensal da dívida.

Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 32

A variação mensal da dívida e do saldo excedente de caixa

podem ser encontrados por meio de uma análise mais

aprofundada do orçamento de caixa. Em outubro, o caixa

inicial de $ 50.000 que se tornam $ 47.000 depois do

desembolso líquido de caixa de $ 3.000, resulta num saldo

excedente de caixa de $ 22.000, uma vez deduzido o caixa

mínimo de $ 25.000. Em novembro os $ 76.000 em

financiamento total necessário decorrem da saída líquida de

caixa de $ 98.000 menos os $ 22.000 do saldo excedente

de outubro. Os $ 41.000 de financiamento total necessário

em dezembro resultam da redução do financiamento total

necessário de novembro de $ 76.000 em virtude da entrada

líquida de caixa de $ 35.000 em dezembro. Em suma, as

atividades financeiras a cada mês serão:

Outubro: investir o saldo excedente de caixa de $ 22.000

em títulos negociáveis.

Novembro: resgatar os $ 22.000 em títulos negociáveis e

tomar empréstimo de $ 76.000 (bancos a pagar).

Dezembro: amortizar $ 35.000 dos bancos a pagar,

deixando $ 41.000 em financiamento total necessário

remanescente.

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Prof. José Luís

Ciências Contábeis - UNIP 33

Orçamento de Caixa da ADM CONT Industries ($mil)

OUT NOV DEZ

Recebimentos Totais

Menos desembolsos totais

Fluxo de caixa líquido

Mais saldo de caixa inicial

Saldo de caixa final

Menos saldo de caixa mínimo

Financiamento Total Necessário

Saldo excedente de caixa