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Todas as espécies animais tem um ciclo de vida que culmina com envelhecimento e morte. O envelhecimento é caracterizado por modificações no organismo animal que diferencia grandemente entre as espécies. Nesta fase da vida é importante focar sempre na prevenção, pois nem sempre o indivíduo irá manifestar deficiências funcionais e sintomas de doença. O idoso aparentemente saudável requer cuidados, pois as manifestações do envelhecimento são: atípicas, sub-clínicas, os sintomas são inespecíficos e geralmente não relatados, o início é insidioso e é muito difícil prever uma manifestação orgânica. Várias alterações começam a ser percebidas, tais como: cálculos dentários (tártaro), com isso a perda de dente e a gengivite; alterações de funções dos rins, fígado, pâncreas e coração; perda de massa muscular; inflamações e degenerações articulares; grande tendência a obesidade, aparecimento de tumores entre outros problemas. Na medida em que os cães envelhecem, seu metabolismo muda e diminuem suas necessidades calóricas. Estas, em geral, decrescem aproximadamente 20%. Geriatria é o ramo da medicina que foca o estudo, a prevenção e o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas. O termo deve ser distinto de gerontologia, que é o estudo do envelhecimento em si. Os objetivos maiores da geriatria são: 1. Manutenção da saúde em idades avançadas; 2. Impedir ou tornar mais lenta a progressão de doenças; 3. Minimizar ou melhorar a sintomatologia de doença existente. Manter a qualidade de vida e aumentar a longevidade desses animais é o objetivo principal, para que isso aconteça: • Rotina diária consistente, para minimizar o estresse; • Múltiplas refeições diárias com intervalos regulares; • Suplementos para reposição de exigências nutricionais; • Dieta com baixa proteína, pouca gordura e de boa qualidade; • Cuidados dentários rotineiros; • Exercício diário moderado. LEVEDURAS COMO PROBIÓTICOS As leveduras do gênero Saccharomyces cerevisiae são fungos unicelulares, apresentam-se na forma de células alongadas ou ovaladas, abundantemente encontradas na natureza em frutas cítricas, cereais e vegetais. São uma espécie de valor econômico, pois algumas cepas são utilizadas em muitos processos industriais na elaboração de produtos fermentados. As leveduras sofreram modificações genéticas e seleções ao longo do tempo a fim de se adaptarem a processos específicos, com maior grau de viabilidade técnica e econômica (BROCK, 1994). São referidas tres diferentes ações das leveduras: a primeira, exercida por metabólitos celulares, tais como proteínas, vitaminas e minerais encontrados nas células associadas ao meio, onde ocorreu o crescimento sendo representada pelas leveduras utilizadas pela indústria da alimentação; a segunda, constituida por produtos de excreção, produzidos pelas leveduras em crescimento e representada por fermentados alcoólicos como a cerveja, vinho e gases; e a terceira, representada pela interação enzima substrato e se verifica na utilização do soro de leite pela Kluyveromyces fragilis (LYONS, 1986). As leveduras não são habitantes normais do aparelho digestório; recentemente algumas cepas passaram a ser incorporadas na alimentação animal como fonte direta de proteína, geralmente a partir de resíduos de fermentados industriais ou então como probiótico a partir da ingestão direta de células viáveis que estimulam a microbiota intestinal. A sua capacidade de atuar como probiótico dependerá do uso contínuo e do fornecimento de quantidade suficiente de células vivas (CUARÓN, 2000). Segundo BLONDEAU (2001), as leveduras mortas contém em suas paredes importantes quantidades de polissacarídeos e proteínas capazes de atuar positivamente no sistema imunológico e na absorção de nutrientes. A parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae possui 80% a 85% de polissacarídeos, principalmente glucanos e mananos (STRATFORD, 1994). PREBIÓTICOS Algumas espécies de microorganismos podem utilizar certos açúcares complexos como nutrientes, dessa forma os Lactobacillus e Bifidobactérias tem o crescimento favorecido por frutoligossacarídeos (FOS) produzidos a partir da sacarose e não digerido pelas enzimas intestinais. Microorganismos gram negativos como Salmonella e Escherichia coli são incapazes de fermentar os frutoligossacarídeos (FOS) e mananoligossacarídeos (MOS), tendo o seu crescimento diminuido quando em presença destes produtos que podem ser utilizados como depressores do crescimento microbiano (WAGNER e THOMAS 1978). A colonização do epitélio intestinal por microorganismos patogênicos ocorre quando estes proliferam em número suficiente para produzir um quadro clínico de doença. Especificamente importante é o caso das salmoneloses determinado pela Salmonella spp., que durante o processo de proliferação microbiana ataca as células epiteliais ligando-se a estas através de uma fímbria em sítios de ligação específicos ricos em resíduos de manose (MILES, 1993). Organnact | Informativo Técnico | Geriatric | 39.0136 O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DOS CÃES Organnact. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial e/ou total. ANDRIGUETTO, J.M.; PERLY, L.; MINARDI, I.; GEMAEL, A.; FLEMMING, J.S.; SOUZA, G.A.; FILHO, A.B. Nutrição animal, as bases e os fundamentos da nutrição animal. Nobel. 4a Ed, 1988. ARAUJO, K.V. Avaliação prática de suplemento mineral-vitampinico para eqüinos. Disponível em "http://www.editora.ufla.br/BolTecnico/pdf/bol_56.pdf BALLOU, C. E. A study of the immunochemistry of three yeast mannans. J. Biol. Chem. Illinois, n. 245, p. 1197-1203, 1977. BLONDEAU, K. La paroi des levures: Structure et fonctions, potentiels thèrapeutiques et technologiques. Universitè Paris Sud. Paris. 18p. 2001. BROCK, T. D.; Biology of microorganisms. Library of Congress Catalogue publication. 7th. ed. New Jersey. p. 360-380, 1994. CHEEKE, P.R. Biological effects of feed and forage saponins and their impacts on animal production. Adv Exp Med Biol, v.405, p.377-385, 1996. CUARÓN, J. A. I. La influéncia de la levadura en la dieta, respuesta microbiológica .antagonista. 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As condições favoráveis à instalação dos microorganismos desejáveis e a sua proliferação facilitada por oligossacarídeos insolúveis e de ação seletiva foram demonstradas em estudos de GIBSON e ROBERFROID (1995), que constataram melhora de desempenho zootécnico quando do uso de certos carboidratos e proteínas na forma de cadeias e estruturas ramificadas insolúveis como a manose, que afetavam a microbiota intestinal. A utilização de carboidratos não digestíveis como parede celular de plantas e leveduras, classificados como complexos de glicomananoproteínas e em particular os mananoligossacarídeos (MOS), são capazes de se ligarem à fímbria das bactérias e inibir a colonização do trato gastrintestinal por microorganismos patógenos (MARTIN, 1994). Os oligossacarídeos prebióticos são de modo geral obtidos a partir da parede celular de alguns vegetais como a chicória, cebola, alho, alcachofra, aspargo, entre outros. Podem também ser obtidos através de ação de enzimas microbianas como as glicosiltransferases (transglicosilases) em processos fermentativos, utilizando-se produtos agrícolas como a sacarose e o amido como substratos, para a síntese de oligossacarídeos prebióticos. Estes compostos não podem ser hidrolizados pelas enzimas digestivas. SIMBIÓTICOS (PROBIÓTICOS + PREBIÓTICOS) A combinação de probiótico e prebiótico é denominada de simbiótico e constitui um novo conceito na utilização de aditivos em dietas. A ação simbiótica estabiliza o meio intestinal e aumentam o número de bactérias benéficas produtoras de ácido lático, favorecendo a situação de eubiose (FULLER, 1989). À medida que as leveduras probióticas e mananoligossacarídeos (MOS) são administradas, a condição de eubiose e saúde intestinal se tornam permanente impossibilitando o estabelecimento de patógenos como Escherichia coli, Clostridium, Salmonella (FERKET et al., 2002). A microbiota é favorecida pela ação dos prebióticos que tem a capacidade de se ligarem à fímbria de bactérias patogênicas, conduzindo-as junto com o bolo fecal. A essa ação soma-se a dos probióticos, ocorrendo uma melhor nutrição das células (enterócitos) que recobrem todo o trato digestório, reduzindo a produção de amônia e aminas biogênicas e proporcionando equilíbrio e saúde intestinal (NEWMAN, 1994; MARTIN, 1994; SILVA, 2000). Os probióticos juntamente com os prebióticos tem a capacidade de modulação de respostas imunes sistêmicas, aumentando o número e atividade de células fagocitárias do hospedeiro. Essa ação assume grande importância no trato intestinal que é o órgão de maior responsabilidade no desenvolvimento de imunidade geral nas espécies animais. Esses tecidos linfóides captam antígenos disponibilizados no trato digestório como os probióticos e MOS que agem estimulando as células B precursoras de IgA e células T colaboradoras das placas de Peyer para o desenvolvimento da imunidade geral e inespecífica. Através do estímulo imunológico da mucosa ocorre a produção de anticorpos tipo IgA que reduzem o número de bactérias patogênicas na luz intestinal. O estímulo imune produz ativação de macrófagos, proliferação de células T e produção de Interferon, entre outros, determinando um aumento da imunidade das mucosas (SILVA, 2000). Organnact | Informativo Técnico | Geriatric | 39.0136 IMPORTÂNCIA DAS VITAMINAS As vitaminas são moléculas orgânicas (contém carbono), que funcionam principalmente como catalisadores para as reações dentro do corpo. Os catalisadores são substâncias que permitem que uma reação química ocorra usando menos energia e menos tempo do que precisaria em condições normais. Se estiverem em falta, como no caso de deficiência vitamínica, as funções normais do corpo podem falhar, deixando o animal suscetível a doenças. As vitaminas não podem ser sintetizadas pelos animais e podem ser classificadas como hidrossolúveis (complexo B e vitamina C) e lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K). A vitamina E é um dos antioxidantes mais aclamados, pois demonstra ter efeitos contra a deterioração das células e contra o envelhecimento. Normalmente encontrada em fórmulas antioxidantes, a forma natural (d-alfa-tocoferol) é notavelmente a melhor. A vitamina E age na proteção e defesa das membranas celulares do corpo contra o estresse oxidativo e, por isso promove uma melhora da saúde do sistema imunológico. Com a idade, o sistema imunológico se torna menos eficiente no combate a bactérias e vírus. Parte deste declínio deve-se a baixos níveis de vitamina E na corrente sanguínea. Alguns estudos demonstraram melhoras nas respostas imunes em animais mais velhos que eram suplementados com vitamina E. Esta vitamina pode também diminuir os efeitos do envelhecimento por promover proteção das células dos danos dos radicais livres. Em estudos recentes, sugere-se que a vitamina E pode prevenir a formação de coágulos no sangue e minimizar o processo inflamatório envolvido no desenvolvimento de doenças do coração. Apenas quando o LDL é danificado é que o colesterol parece levar à doença cardíaca e a vitamina E é um importante antioxidante protetor do LDL. Nos últimos dez anos as funções da vitamina E nas células tem sido ainda mais esclarecidas. Além de suas funções antioxidantes, a vitamina E é agora conhecida por agir por meio de outros mecanismos, incluindo efeitos diretos na inflamação, regulação das células do sangue, crescimento do tecido de conectividade e controle genético da divisão celular. A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é provavelmente uma das mais comentadas, apesar de ser a menos entendida das vitaminas. Defendida por Linus Pauling (Ph.D.), ganhador do Prêmio Nobel e por muitos entusiastas da nutrição, a vitamina C é, de fato, um nutriente (ou micronutriente) importante, indispensável para a vida. A vitamina C é importante para os animais (e também para o ser humano), pois é vital para a produção de colágeno. Ela também ajuda a proteger as vitaminas lipossolúveis A e E e os ácidos graxos da oxidação (BACILA, 2003). O colágeno é a substância mais encontrada no organismo, pois é a fibra mais abundante no tecido conectivo. Esses tecidos dão forma a nosso corpo e sustentam nossos órgãos. Para ter uma idéia de como o colágeno é importante, eis uma lista dos cinco tipos de colágeno e onde são usados: • tipo 1 - tecido conectivo da pele, ossos, dentes, tendões, ligamentos, fáscias, membranas dos órgãos; • tipo 2 - cartilagens; • tipo 3 - tecido conectivo dos órgãos (fígado, baço, rins, etc); • tipos 4, 5 - camada entre as células epiteliais e endoteliais, assim como entre as células esqueléticas ou de musculatura lisa (lâmina basal), glomérulos renais, cápsula do cristalino, células gliais e de Schwann do sistema nervoso; • fundamental na integridade e nutrição da parede dos capilares. Quando o colágeno é produzido, acontece uma complexa série de eventos, alguns dentro e outros fora da célula. A vitamina C é ativa dentro da célula, onde hidroxila (adiciona hidrogênio e oxigênio) com dois aminoácidos: a prolina e a lisina. Isso ajuda a formar uma molécula precursora chamada procolágeno, que é mais tarde mudada para colágeno, fora da célula. Sem vitamina C, a formação do colágeno é interrompida, causando uma série de problemas em todo o corpo. Em alimentos para carnívoros, geralmente a vitamina C não está presente, pois neles, o fígado a sintetiza a partir da glicose. Normalmente não se deve temer uma carência. Em momentos de estresse, doenças, desafios imunitários, mesmo animais em estado de caquexia os níveis séricos de vitamina C podem estar diminuidos. Uma suplementação adequada permite restaurar o nível plasmático normal (BACILA, 2003). O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DOS CÃES Organnact | Informativo Técnico | Geriatric | 39.0136 Organnact | Informativo Técnico | Geriatric | 39.0136 COLINA A colina é necessária a transmissão nervosa, regulação biliar e funcionamento do fígado e formação de lecetina. Minimiza o excesso de gordura no fígado, com a sua ação lipotrópica, ajuda a produção de hormônio e é necessária ao metabolismo de lipídeos e colesterol. Sem colina o funcionamento do cérebro e memória ficam prejudicados. MINERAIS Selênio O Selênio (Se) é um elemento não metálico relacionado ao enxofre(S) e embora seja tóxico, é um micronutriente essencial para os animais. Está distribuido irregularmente pelo solo, é encontrado nas rochas sedimentares das regiões mais secas em todo o mundo. O selênio tem ação fundamental na nutrição humana e animal como um fator importante na proteção de oxidação dos tecidos. Protege o tecido celular dos danos causados pelo oxigênio, é também importante para o crescimento e para assegurar um metabolismo adequado. Apresenta um papel ativo no sistema imunológico e reduz o risco de infecções por vírus. O seu uso regular melhora a contagem de espermatozóides. Pesquisas tem atribuido ao Se uma ação no retardo do avanço do câncer. Como um micronutriente é exigido em microgramas e, portanto, a sua ingestão excessiva, acima de 150 mg ao dia, pode causar toxidez. De um modo geral, sua carência resulta em atraso no crescimento e estados patológicos e até morte, a sua toxicidade se traduz por inibição da desidrogenagese succínica com apatia e inapetência, atrofia do coração e óbito. O selênio na forma orgânica é rapidamente absorvido pela mucosa intestinal. Sua eliminação se produz pelos rins, intestino e pulmões, sendo, neste caso, característico um odor aliáceo no ar expirado por animais que ingeriram doses relativamente altas do elemento. O selênio faz parte de uma enzima a glutation-peroxidase (GPS-Px) que praticamente complementa a ação da vitamina E, esta enzima destrói os lipoperóxidos formados pelos radicais livres. A deficiência de vitamina E e/ou Se podem determinar redução da reação do linfócito T, redução na função fagocitária com redução na reação imunológica. As demais funções do selênio são: • Antioxidante: o selênio (Se) absorvido é rapidamente convertido a Se-cisteína (via seleneto), e esta é incorporada às várias seleno-enzimas do organismo; seleno-cisteína não é substituida por cisteína e não é armazenada, havendo necessidade de suprimento constante de Se; GPS-Px representa 30 a 40% do Se do organismo; há 4 GPS-Px reconhecidas, a mais abundante é a do citoplasma de todas as células, que reduz hidroperóxidos do metabolismo celular a água; a segunda localiza-se nas células intestinais, onde hidroperóxidos absorvidos são reduzidos; a terceira é secretada pelo fígado e rins e ocorre no fluido extracelular e plasma, e reduz hidroperóxidos livres ou esterificados a fosfolipídeos; a quarta reduz hidroperóxidos de fosfolipídeos intracelulares e se localiza adjacente às membranas subcelulares, protegendo-as. • A riboflavina é requerida para a síntese de glutationa peroxidase, pela glutationa redutase; logo, deficiência de riboflavina pode resultar em baixa atividade de GPS-Px. • A atividade de GPS-Px reflete suplementação de Se até nível normal de atividade, níveis superiores na dieta não elevam a atividade de GPS-Px. • A GPS-Px junto com as vitaminas E, C compõe o sistema antioxidante do organismo. • A selenocisteína também participa de duas enzimas iodotironina deiodinases, na conversão de T4 para a sua forma mais ativa de T3; logo a deficiência de Se exacerba a de iodo e vice-versa (estima-se que existam mais de 30 selenoproteínas no organismo, muitas ainda não identificadas). Função imune: evidências demonstram que o selênio e a vitamina E aumentam a imunocompetência, obtidas pela medida da geração de imunoglobulinas, possivelmente estimulando a biossíntese da coenzima Q10 (ANDRIGUETTO et al., 1988). ZINCO As funções bioquímicas do zinco podem ser refletidas pelo seu envolvimento na atividade de mais de 300 enzimas (McCALL, 2000). Apesar das baixas concentrações de zinco na maioria dos órgãos, as metaloenzimas dependentes deste mineral estão distribuidas em todos os tecidos do organismo, desempenhando processos fisiológicos importantes. Dentre as principais funções do zinco, destacam-se a participação na síntese e degradação dos carboidratos, lipídeos e proteínas, na manutenção do crescimento e do desenvolvimento normais, no funcionamento adequado do sistema imunológico, na defesa antioxidante, na função neurosensorial, e, também, na transcrição e tradução de polinucleotídios (SALGUEIRO, 2000). Nos últimos anos, a deficiência de zinco tornou-se um problema nutricional presente em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Esta abrange inúmeras anormalidades no metabolismo, tendo como causas a ingestão dietética inadequada, diminuição na absorção ou aumento na excreção urinária, presença de agentes na dieta que comprometem sua absorção, cirurgias do intestino, síndromes de má-absorção, lesões oculares e de pele, inclusive acne, unhas quebradiças, perda de apetite, perda de peso, doenças renais, doença crônica do fígado, nutrição parenteral total sem adição de zinco e, ainda, problemas genéticos (PRASAD, 1996). Além de outras manifestações clínicas da deficiência deste mineral, ressaltam-se o retardo no crescimento, hipogonadismo, alteração da resposta imune, dificuldade de cicatrização, aumento do risco de aborto, diarréia, anorexia, perda de peso, alopecia, e a prematuridade na gestação (SALGUEIRO, 2000). Os parâmetros mais utilizados para avaliação do estado nutricional relativo ao zinco e, consequentemente, detecção de sua deficiência, são as medidas deste mineral no plasma, em componentes celulares do sangue (eritrócitos, monócitos, plaquetas, neutrófilos), no cabelo (a atividade de enzimas dependentes de zinco), bem como na excreção urinária. Normalmente, é utilizado mais de um marcador biológico para avaliação do zinco no organismo, devido às baixas concentrações nos tecidos, e ao efetivo mecanismo homeostático para manutenção das concentrações plasmáticas e teciduais (HAMBIDGE, 2003). AMINOÁCIDOS E PROTEÍNA IDEAL No século XIX, acreditava-se que a contração muscular destruia uma parte do conteudo proteico dos músculos para proporcionar energia. Recomendava-se uma dieta rica em proteínas para preservar a estrutura muscular e suprir os gastos energéticos. Atualmente é sabido que o tecido muscular não aumenta simplesmente graças ao consumo de alimentos ricos em proteínas. Na verdade, a proteína extra ingerida pode ser convertida em componentes de outras moléculas (assim, proteína em excesso pode aumentar o porcentual de gordura), bem como induzir efeitos colaterais, particularmente uma sobrecarga para as funções hepática e renal, em virtude da eliminação da uréia e de outros compostos (McARDLE et al., 2003). A principal contribuição das proteínas da dieta consiste em fornecer aminoácidos para os vários processos realizados no organismo animal. O organismo animal necessita de aminoácidos diferentes, sendo alguns “não-essenciais” (produzidos pelo próprio organismo) e os restantes “essenciais” (como não são sintetizados pelo organismo, tem de advir da alimentação); são aminoácidos essenciais: valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, metionina, treonina, lisina, triptofano e histidina (McARDLE et al., 2003). Os aminoácidos são elementos estruturais e podem ser consumidos como energia participando da conversão da energia do piruvato que ocorre no fígado. Com o esforço moderado, os aminoácidos como, por exemplo, os de cadeia ramificada atingem a mitocôndria, participando da síntese de glutamina, a qual segue para os tecidos para a formação de glutamato. Enfim, observa-se que o consumo de aminoácidos de cadeia ramificada visa à manutenção da funcionalidade do Ciclo de Krebs, e tanto a síntese de alanina quanto a de glutamina são a forma encontrada para remover da musculatura os grupos amínicos tóxicos resultantes da degradação celular (LANCHA JUNIOR, 2004). Os aminoácidos de cadeia ramificada podem substituir a glicose nas vias de energia (SIZER e WHITNEY, 2003). No fim da década de 70, os aminoácidos foram sugeridos como o terceiro combustível para a musculatura esquelética, principalmente em indivíduos caquéticos sendo utilizados já após os carboidratos e as gorduras (GLEESON, 2005). Muitas funções são atribuidas aos aminoácidos, dentre elas, é possível destacar aumento da síntese de proteínas musculares e redução da sua degradação, encurtamento do tempo de recuperação, aumento da O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DOS CÃES resistência muscular, diminuição da fadiga muscular, fonte de energia durante dieta e preservação do glicogênio muscular. São encontrados aminoácidos em todas as fontes de proteína animal. A Proteína Ideal é um conceito proposto por Mitchell (1964) para otimizar a utilização da proteína da dieta (relação entre retenção e consumo de proteína) e minimizar a excreção de nitrogênio. Estabeleceu-se que é uma mistura de aminoácidos ou proteínas com completa disponibilidade na digestão e no metabolismo e cuja composição deve ser idêntica às exigências do animal. Todos os aminoácidos devem estar presentes na dieta exatamente nos níveis exigidos para o máximo ganho em proteína e mantença, e a relação entre eles deve ser preservada. Os aminoácidos digestíveis, principalmente os aminoácidos essenciais, são limitantes na mesma proporção. Isso significa que nenhum aminoácido está em excesso em comparação com os outros. Como consequência, a retenção de proteína é máxima e a excreção de nitrogênio é mínima. Isso é possível através de uma adequada combinação de concentrados proteicos e aminoácidos sintéticos suplementados na dieta (LECLERCQ, 1998). Como proposta, para uso na alimentação de monogástricos, todos os aminoácidos indispensáveis são expressos como relações ideais ou porcentagem em função de um aminoácido referência. De modo geral se estabelece a lisina como aminoácido de referência por ser um aminoácido limitante na maioria das dietas, estando diretamente ligado ao aumento da massa corporal e crescimento. Segundo HACKENHAAR e LEMME (2005), a lisina é usada como aminoácido de referência devido aos tres argumentos a seguir: • É usada quase que exclusivamente para deposição de proteína corporal e, portanto, as exigências sofrem pouca influência de outras funções metabólicas (exigência de mantença); • Não há interações metabólicas entre a lisina e os outros aminoácidos; • Da perspectiva analítica, é mais fácil analisar lisina do que a metionina e, especialmente, cistina. A redução de nitrogênio consumido e consequente redução de nitrogênio excretado, não melhora o aproveitamento de aminoácidos, em geral, como da energia. A menor excreção de nitrogênio também resulta em uma menor produção de calor para catabolizar aminoácidos, pois eles estarão na dieta em menor quantidade e de forma balanceada (PENZ, 2002). A arginina tem papel importante na remoção de amonia do corpo, no sistema imunitário age como precursor imediato do óxido nítrico (NO), ureia e ornitina. É necessário na síntese de creatina e pode ser usada para a síntese de poliaminas, citrulina e glutamato. Por ser precursora do NO (que tem efeito relaxador dos vasos sanguíneos), a arginina é usada em condições em que é necessária vasodilatação; por sua vez, a presença de arginina é considerada um sinal de vitalidade do endotélio. A Metionina é um aminoácido que contem enxofre. É necessário para garantir o funcionamento da glândula pituitária. É considerada um dos mais importantes constituintes das proteínas naturais, pela sua intervenção no metabolismo intermediário e como agente plástico, o que a torna indispensável para o desenvolvimento dos tecidos e para a manutenção da vida. Prolina e alanina são aminoácidos importantes para o metabolismo cardíaco. A prolina é um dos aminoácidos cíclicos alifáticos que são componentes primários da proteína colágeno, o tecido do conectivo que liga e sustenta todos os outros tecidos. Tem uma cadeia lateral alifática, mas difere dos outros membros do conjunto dos vinte por sua cadeia lateral ser ligada tanto ao nitrogênio, quanto ao átomo de carbono. A resultante estrutura cíclica influencia fortemente na arquitetura das proteínas. A prolina é sintetizada a partir do ácido glutâmico, antes de sua incorporação em pró-colágeno, durante a tradução do RNA-mensageiro. Após a síntese da proteína pró-colágeno, ela é convertida em hidroxiprolina por uma modificação pós-tradução. A alanina é um dos aminoácidos mais empregados na construção de proteínas. EXTRATO DE YUCCA A Yucca schidigera é uma espécie de planta da família Agavaceae que cresce em desertos. Encontra-se quase que exclusivamente no México, no estado da Baixa Califórnia. O extrato de Yucca está sendo largamente pesquisado para cães, gatos, suinos, aves, ruminantes e equinos. Os benefícios estudados vão desde a diminuição do odor das excretas até a redução da dor articular nos casos de artrite, passando pela melhora de desempenho e produtividade dos animais (CHEEKE,1996). Um dos mecanismos pelos quais o extrato de Yucca diminui o odor das excretas é pela inibição da urease conseguida pela fração de saponinas do extrato (LOWE, 1977). A urease é uma enzima bacteriana que converte a uréia em amônia, no ambiente. A uréia é o principal produto final do metabolismo de nitrogênio, proveniente da proteína, em animais. Esta é a hipótese mais aceita. Outra hipótese é que a parte solúvel em água do extrato de Yucca, os glicocomponentes, tem uma grande afinidade pela amônia e se ligam a ela. Esta característica é a base para desenvolver um controle de qualidade para os extratos de Yucca, onde é mensurada a quantidade de extrato necessário para ligar 50% da amônia de uma solução "standard". Uma terceira hipótese é a de que as saponinas presentes no extrato de Yucca produzem uma inibição da fermentação microbiana da proteína (LOWE, 1977). O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DOS CÃES Lectina Bactéria Glicocalix Enterócito Mananoligossacarídeos Bactéria Enterócito Reconhecimento de sítios de ligação das bactérias patogênicas Os CHO que constituem a estrutura dos mananoligossacarideos bloqueiam os sítios de ligações de bactérias enteropatogênica e glicocalix.

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Page 1: PROCESSO DE DOS CÃES - petshopstore.com.br · LEVEDURAS COMO PROBIÓTICOS As leveduras do gênero Saccharomyces cerevisiae são fungos ... recentemente algumas cepas passaram a ser

Todas as espécies animais tem um ciclo de vida que culmina com envelhecimento e morte. O envelhecimento é caracterizado por modi�cações no organismo animal que diferencia grandemente entre as espécies. Nesta fase da vida é importante focar sempre na prevenção, pois nem sempre o indivíduo irá manifestar de�ciências funcionais e sintomas de doença. O idoso aparentemente saudável requer cuidados, pois as manifestações do envelhecimento são: atípicas, sub-clínicas, os sintomas são inespecí�cos e geralmente não relatados, o início é insidioso e é muito difícil prever uma manifestação orgânica.

Várias alterações começam a ser percebidas, tais como: cálculos dentários (tártaro), com isso a perda de dente e a gengivite; alterações de funções dos rins, fígado, pâncreas e coração; perda de massa muscular; in�amações e degenerações articulares; grande tendência a obesidade, aparecimento de tumores entre outros problemas.

Na medida em que os cães envelhecem, seu metabolismo muda e diminuem suas necessidades calóricas. Estas, em geral, decrescem aproximadamente 20%.

Geriatria é o ramo da medicina que foca o estudo, a prevenção e o tratamento de doenças e da incapacidade em idades avançadas. O termo deve ser distinto de gerontologia, que é o estudo do envelhecimento em si.

Os objetivos maiores da geriatria são: 1. Manutenção da saúde em idades avançadas; 2. Impedir ou tornar mais lenta a progressão de doenças; 3. Minimizar ou melhorar a sintomatologia de doença existente.

Manter a qualidade de vida e aumentar a longevidade desses animais é o objetivo principal, para que isso aconteça:

• Rotina diária consistente, para minimizar o estresse; • Múltiplas refeições diárias com intervalos regulares; • Suplementos para reposição de exigências nutricionais; • Dieta com baixa proteína, pouca gordura e de boa qualidade; • Cuidados dentários rotineiros; • Exercício diário moderado.

LEVEDURAS COMO PROBIÓTICOSAs leveduras do gênero Saccharomyces cerevisiae são fungos

unicelulares, apresentam-se na forma de células alongadas ou ovaladas, abundantemente encontradas na natureza em frutas cítricas, cereais e vegetais. São uma espécie de valor econômico, pois algumas cepas são utilizadas em muitos processos industriais na elaboração de produtos fermentados. As leveduras sofreram modi�cações genéticas e seleções ao longo do tempo a �m de se adaptarem a processos especí�cos, com maior grau de viabilidade técnica e econômica (BROCK, 1994).

São referidas tres diferentes ações das leveduras: a primeira, exercida por metabólitos celulares, tais como proteínas, vitaminas e minerais encontrados nas células associadas ao meio, onde ocorreu o crescimento sendo representada pelas leveduras utilizadas pela indústria da alimentação; a segunda, constituida por produtos de excreção, produzidos pelas leveduras em crescimento e representada por fermentados alcoólicos como a cerveja, vinho e gases; e a terceira, representada pela interação enzima substrato e se veri�ca na utilização do soro de leite pela Kluyveromyces fragilis (LYONS, 1986).

As leveduras não são habitantes normais do aparelho digestório; recentemente algumas cepas passaram a ser incorporadas na alimentação animal como fonte direta de proteína, geralmente a partir de resíduos de fermentados industriais ou então como probiótico a partir da ingestão direta de células viáveis que estimulam a microbiota intestinal. A sua capacidade de atuar como probiótico dependerá do uso contínuo e do fornecimento de quantidade su�ciente de células vivas (CUARÓN, 2000).

Segundo BLONDEAU (2001), as leveduras mortas contém em suas paredes importantes quantidades de polissacarídeos e proteínas capazes de atuar positivamente no sistema imunológico e na absorção de nutrientes. A parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae possui 80% a 85% de polissacarídeos, principalmente glucanos e mananos (STRATFORD, 1994).

PREBIÓTICOS

Algumas espécies de microorganismos podem utilizar certos açúcares complexos como nutrientes, dessa forma os Lactobacillus e Bi�dobactérias tem o crescimento favorecido por frutoligossacarídeos (FOS) produzidos a partir da sacarose e não digerido pelas enzimas intestinais.

Microorganismos gram negativos como Salmonella e Escherichia coli são incapazes de fermentar os frutoligossacarídeos (FOS) e mananoligossacarídeos (MOS), tendo o seu crescimento diminuido quando em presença destes produtos que podem ser utilizados como depressores do crescimento microbiano (WAGNER e THOMAS 1978).

A colonização do epitélio intestinal por microorganismos patogênicos ocorre quando estes proliferam em número su�ciente para produzir um quadro clínico de doença. Especi�camente importante é o caso das salmoneloses determinado pela Salmonella spp., que durante o processo de proliferação microbiana ataca as células epiteliais ligando-se a estas através de uma fímbria em sítios de ligação especí�cos ricos em resíduos de manose (MILES, 1993).

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O PROCESSO DE ENVELHECIMENTODOS CÃES

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REFERÊNCIAS

Fatores ambientais e efeitos danosos de radicais livres: destruição da parte lipídica da membrana celular, envelhecimento celular e aumento de lipoperóxidos.

sol

poluição

stress

dieta pobre

Fatores ambientais

Aceleram Envelhecimento

O2

Aumento de Lipoperóxidose radicais livres

envelhecimentocelular

destruiçãocelular

envelhecimento

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Esta semelhança entre os sítios de ligação dos enterócitos ricos em manose com os mananoligossacarídeos adicionados à dieta dos animais diminui a fixação de patógenos à mucosa, facilitando a sua expulsão juntamente com o quimo alimentar através do tubo digestivo por mecanismos �siológicos normais.

As condições favoráveis à instalação dos microorganismos desejáveis e a sua proliferação facilitada por oligossacarídeos insolúveis e de ação seletiva foram demonstradas em estudos de GIBSON e ROBERFROID (1995), que constataram melhora de desempenho zootécnico quando do uso de certos carboidratos e proteínas na forma de cadeias e estruturas rami�cadas insolúveis como a manose, que afetavam a microbiota intestinal. A utilização de carboidratos não digestíveis como parede celular de plantas e leveduras, classi�cados como complexos de glicomananoproteínas e em particular os mananoligossacarídeos (MOS), são capazes de se ligarem à fímbria das bactérias e inibir a colonização do trato gastrintestinal por microorganismos patógenos (MARTIN, 1994).

Os oligossacarídeos prebióticos são de modo geral obtidos a partir da parede celular de alguns vegetais como a chicória, cebola, alho, alcachofra, aspargo, entre outros. Podem também ser obtidos através de ação de enzimas microbianas como as glicosiltransferases (transglicosilases) em processos fermentativos, utilizando-se produtos agrícolas como a sacarose e o amido como substratos, para a síntese de oligossacarídeos prebióticos. Estes compostos não podem ser hidrolizados pelas enzimas digestivas.

SIMBIÓTICOS (PROBIÓTICOS + PREBIÓTICOS)

A combinação de probiótico e prebiótico é denominada de simbiótico e constitui um novo conceito na utilização de aditivos em dietas. A ação simbiótica estabiliza o meio intestinal e aumentam o número de bactérias bené�cas produtoras de ácido lático, favorecendo a situação de eubiose (FULLER, 1989).

À medida que as leveduras probióticas e mananoligossacarídeos (MOS) são administradas, a condição de eubiose e saúde intestinal se tornam permanente impossibilitando o estabelecimento de patógenos como Escherichia coli, Clostridium, Salmonella (FERKET et al., 2002).

A microbiota é favorecida pela ação dos prebióticos que tem a capacidade de se ligarem à fímbria de bactérias patogênicas, conduzindo-as junto com o bolo fecal. A essa ação soma-se a dos probióticos, ocorrendo uma melhor nutrição das células (enterócitos) que recobrem todo o trato digestório, reduzindo a produção de amônia e aminas biogênicas e proporcionando equilíbrio e saúde intestinal (NEWMAN, 1994; MARTIN, 1994; SILVA, 2000).

Os probióticos juntamente com os prebióticos tem a capacidade de modulação de respostas imunes sistêmicas, aumentando o número e atividade de células fagocitárias do hospedeiro. Essa ação assume grande importância no trato intestinal que é o órgão de maior responsabilidade no desenvolvimento de imunidade geral nas espécies animais. Esses tecidos linfóides captam antígenos disponibilizados no trato digestório como os probióticos e MOS que agem estimulando as células B precursoras de IgA e células T colaboradoras das placas de Peyer para o desenvolvimento da imunidade geral e inespecí�ca. Através do estímulo imunológico da mucosa ocorre a produção de anticorpos tipo IgA que reduzem o número de bactérias patogênicas na luz intestinal. O estímulo imune produz ativação de macrófagos, proliferação de células T e produção de Interferon, entre outros, determinando um aumento da imunidade das mucosas (SILVA, 2000).

CONSTRUÇÃO E REGENERAÇAO MUSCULAR

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IMPORTÂNCIA DAS VITAMINASAs vitaminas são moléculas orgânicas (contém carbono), que

funcionam principalmente como catalisadores para as reações dentro do corpo. Os catalisadores são substâncias que permitem que uma reação química ocorra usando menos energia e menos tempo do que precisaria em condições normais. Se estiverem em falta, como no caso de de�ciência vitamínica, as funções normais do corpo podem falhar, deixando o animal suscetível a doenças.

As vitaminas não podem ser sintetizadas pelos animais e podem ser classificadas como hidrossolúveis (complexo B e vitamina C) e lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K).

A vitamina E é um dos antioxidantes mais aclamados, pois demonstra ter efeitos contra a deterioração das células e contra o envelhecimento. Normalmente encontrada em fórmulas antioxidantes, a forma natural (d-alfa-tocoferol) é notavelmente a melhor.

A vitamina E age na proteção e defesa das membranas celulares do corpo contra o estresse oxidativo e, por isso promove uma melhora da saúde do sistema imunológico. Com a idade, o sistema imunológico se torna menos e�ciente no combate a bactérias e vírus. Parte deste declínio deve-se a baixos níveis de vitamina E na corrente sanguínea. Alguns estudos demonstraram melhoras nas respostas imunes em animais mais velhos que eram suplementados com vitamina E. Esta vitamina pode também diminuir os efeitos do envelhecimento por promover proteção das células dos danos dos radicais livres.

Em estudos recentes, sugere-se que a vitamina E pode prevenir a formação de coágulos no sangue e minimizar o processo in�amatório envolvido no desenvolvimento de doenças do coração. Apenas quando o LDL é danificado é que o colesterol parece levar à doença cardíaca e a vitamina E é um importante antioxidante protetor do LDL.

Nos últimos dez anos as funções da vitamina E nas células tem sido ainda mais esclarecidas. Além de suas funções antioxidantes, a vitamina E é agora conhecida por agir por meio de outros mecanismos, incluindo efeitos diretos na in�amação, regulação das células do sangue, crescimento do tecido de conectividade e controle genético da divisão celular.

A vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é provavelmente uma das mais comentadas, apesar de ser a menos entendida das vitaminas. Defendida por Linus Pauling (Ph.D.), ganhador do Prêmio Nobel e por muitos entusiastas da nutrição, a vitamina C é, de fato, um nutriente (ou micronutriente) importante, indispensável para a vida.

A vitamina C é importante para os animais (e também para o ser humano), pois é vital para a produção de colágeno. Ela também ajuda a proteger as vitaminas lipossolúveis A e E e os ácidos graxos da oxidação (BACILA, 2003).

O colágeno é a substância mais encontrada no organismo, pois é a fibra mais abundante  no tecido conectivo. Esses tecidos dão forma a nosso corpo e sustentam nossos órgãos. Para ter uma idéia de como o colágeno é importante, eis uma lista dos cinco tipos de colágeno e onde são usados:

• tipo 1 - tecido conectivo da pele, ossos, dentes, tendões, ligamentos,fáscias, membranas dos órgãos;

• tipo 2 - cartilagens; • tipo 3 - tecido conectivo dos órgãos (fígado, baço, rins, etc); • tipos 4, 5 - camada entre as células epiteliais e endoteliais, assim como

entre as células esqueléticas ou de musculatura lisa (lâmina basal), glomérulos renais, cápsula do cristalino, células gliais e de Schwann

do sistema nervoso; • fundamental na integridade e nutrição da parede dos capilares.

Quando o colágeno é produzido, acontece uma complexa série de eventos, alguns dentro e outros fora da célula. A vitamina C é ativa dentro da célula, onde hidroxila (adiciona hidrogênio e oxigênio) com dois aminoácidos: a prolina e a lisina. Isso ajuda a formar uma molécula precursora chamada procolágeno, que é mais tarde mudada para colágeno, fora da célula. Sem vitamina C, a formação do colágeno é interrompida, causando uma série de problemas em todo o corpo.

Em alimentos para carnívoros, geralmente a vitamina C não está presente, pois neles, o fígado a sintetiza a partir da glicose. Normalmente não se deve temer uma carência. Em momentos de estresse, doenças, desa�os imunitários, mesmo animais em estado de caquexia os níveis séricos de vitamina C podem estar diminuidos. Uma suplementação adequada permite restaurar o nível plasmático normal (BACILA, 2003).

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COLINAA colina é necessária a transmissão nervosa, regulação biliar e

funcionamento do fígado e formação de lecetina. Minimiza o excesso de gordura no fígado, com a sua ação lipotrópica, ajuda a produção de hormônio e é necessária ao metabolismo de lipídeos e colesterol. Sem colina o funcionamento do cérebro e memória �cam prejudicados.

MINERAISSelênio O Selênio (Se) é um elemento não metálico relacionado ao enxofre(S)

e embora seja tóxico, é um micronutriente essencial para os animais. Está distribuido irregularmente pelo solo, é encontrado nas rochas sedimentares das regiões mais secas em todo o mundo. O selênio tem ação fundamental na nutrição humana e animal como um fator importante na proteção de oxidação dos tecidos. Protege o tecido celular dos danos causados pelo oxigênio, é também importante para o crescimento e para assegurar um metabolismo adequado.

Apresenta um papel ativo no sistema imunológico e reduz o risco de infecções por vírus. O seu uso regular melhora a contagem de espermatozóides. Pesquisas tem atribuido ao Se uma ação no retardo do avanço do câncer.

Como um micronutriente é exigido em microgramas e, portanto, a sua ingestão excessiva, acima de 150 mg ao dia, pode causar toxidez. De um modo geral, sua carência resulta em atraso no crescimento e estados patológicos e até morte, a sua toxicidade se traduz por inibição da desidrogenagese succínica com apatia e inapetência, atro�a do coração e óbito. O selênio na forma orgânica é rapidamente absorvido pela mucosa intestinal. Sua eliminação se produz pelos rins, intestino e pulmões, sendo, neste caso, característico um odor aliáceo no ar expirado por animais que ingeriram doses relativamente altas do elemento.

O selênio faz parte de uma enzima a glutation-peroxidase (GPS-Px) que praticamente complementa a ação da vitamina E, esta enzima destrói os lipoperóxidos formados pelos radicais livres. A de�ciência de vitamina E e/ou Se podem determinar redução da reação do linfócito T, redução na função fagocitária com redução na reação imunológica.

As demais funções do selênio são:• Antioxidante: o selênio (Se) absorvido é rapidamente convertido a

Se-cisteína (via seleneto), e esta é incorporada às várias seleno-enzimas do organismo; seleno-cisteína não é substituida por cisteína e não é armazenada, havendo necessidade de suprimento constante de Se; GPS-Px representa 30 a 40% do Se do organismo; há 4 GPS-Px reconhecidas, a mais abundante é a do citoplasma de todas as células, que reduz hidroperóxidos do metabolismo celular a água; a segunda localiza-se nas células intestinais, onde hidroperóxidos absorvidos são reduzidos; a terceira é secretada pelo fígado e rins e ocorre no �uido extracelular e plasma, e reduz hidroperóxidos livres ou esteri�cados a fosfolipídeos; a quarta reduz hidroperóxidos de fosfolipídeos intracelulares e se localiza adjacente às membranas subcelulares, protegendo-as.

• A riboflavina é requerida para a síntese de glutationa peroxidase, pela glutationa redutase; logo, de�ciência de ribo�avina pode resultar em baixa atividade de GPS-Px.

• A atividade de GPS-Px reflete suplementação de Se até nível normal de atividade, níveis superiores na dieta não elevam a atividade de GPS-Px.

• A GPS-Px junto com as vitaminas E, C compõe o sistema antioxidante do organismo.

• A selenocisteína também participa de duas enzimas iodotironina deiodinases, na conversão de T4 para a sua forma mais ativa de T3; logo a deficiência de Se exacerba a de iodo e vice-versa (estima-se que existam mais de 30 selenoproteínas no organismo, muitas ainda não identi�cadas).

Função imune: evidências demonstram que o selênio e a vitamina E aumentam a imunocompetência, obtidas pela medida da geração de imunoglobulinas, possivelmente estimulando a biossíntese da coenzima Q10 (ANDRIGUETTO et al., 1988).

ZINCOAs funções bioquímicas do zinco podem ser re�etidas pelo seu

envolvimento na atividade de mais de 300 enzimas (McCALL, 2000). Apesar das baixas concentrações de zinco na maioria dos órgãos, as metaloenzimas dependentes deste mineral estão distribuidas em todos os tecidos do organismo, desempenhando processos �siológicos importantes. Dentre as principais funções do zinco, destacam-se a participação na síntese e degradação dos carboidratos, lipídeos e proteínas, na manutenção do crescimento e do desenvolvimento normais, no funcionamento adequado do sistema imunológico, na defesa antioxidante, na função neurosensorial, e, também, na transcrição e tradução de polinucleotídios (SALGUEIRO, 2000).

Nos últimos anos, a de�ciência de zinco tornou-se um problema nutricional presente em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Esta abrange inúmeras anormalidades no metabolismo, tendo como causas a ingestão dietética inadequada, diminuição na absorção ou aumento na excreção urinária, presença de agentes na dieta que comprometem sua absorção, cirurgias do intestino, síndromes de má-absorção, lesões oculares e de pele, inclusive acne, unhas quebradiças, perda de apetite, perda de peso, doenças renais, doença crônica do fígado, nutrição parenteral total sem adição de zinco e, ainda, problemas genéticos (PRASAD, 1996). Além de outras manifestações clínicas da de�ciência deste mineral, ressaltam-se o retardo no crescimento, hipogonadismo, alteração da resposta imune, di�culdade de cicatrização, aumento do risco de aborto, diarréia, anorexia, perda de peso, alopecia, e a prematuridade na gestação (SALGUEIRO, 2000).

Os parâmetros mais utilizados para avaliação do estado nutricional relativo ao zinco e, consequentemente, detecção de sua de�ciência, são as medidas deste mineral no plasma, em componentes celulares do sangue (eritrócitos, monócitos, plaquetas, neutró�los), no cabelo (a atividade de enzimas dependentes de zinco), bem como na excreção urinária. Normalmente, é utilizado mais de um marcador biológico para avaliação do zinco no organismo, devido às baixas concentrações nos tecidos, e ao efetivo mecanismo homeostático para manutenção das concentrações plasmáticas e teciduais (HAMBIDGE, 2003).

AMINOÁCIDOS E PROTEÍNA IDEALNo século XIX, acreditava-se que a contração muscular destruia uma

parte do conteudo proteico dos músculos para proporcionar energia. Recomendava-se uma dieta rica em proteínas para preservar a estrutura muscular e suprir os gastos energéticos. Atualmente é sabido que o tecido muscular não aumenta simplesmente graças ao consumo de alimentos ricos em proteínas. Na verdade, a proteína extra ingerida pode ser convertida em componentes de outras moléculas (assim, proteína em excesso pode aumentar o porcentual de gordura), bem como induzir efeitos colaterais, particularmente uma sobrecarga para as funções hepática e renal, em virtude da eliminação da uréia e de outros compostos (McARDLE et al., 2003).

A principal contribuição das proteínas da dieta consiste em fornecer aminoácidos para os vários processos realizados no organismo animal. O organismo animal necessita de aminoácidos diferentes, sendo alguns “não-essenciais” (produzidos pelo próprio organismo) e os restantes “essenciais” (como não são sintetizados pelo organismo, tem de advir da alimentação); são aminoácidos essenciais: valina, leucina, isoleucina, fenilalanina, metionina, treonina, lisina, triptofano e histidina (McARDLE et al., 2003). Os aminoácidos são elementos estruturais e podem ser consumidos como energia participando da conversão da energia do piruvato que ocorre no fígado. Com o esforço moderado, os aminoácidos como, por exemplo, os de cadeia rami�cada atingem a mitocôndria, participando da síntese de glutamina, a qual segue para os tecidos para a formação de glutamato. En�m, observa-se que o consumo de aminoácidos de cadeia ramificada visa à manutenção da funcionalidade do Ciclo de Krebs, e tanto a síntese de alanina quanto a de glutamina são a forma encontrada para remover da musculatura os grupos amínicos tóxicos resultantes da degradação celular (LANCHA JUNIOR, 2004). Os aminoácidos de cadeia rami�cada podem substituir a glicose nas vias de energia (SIZER e WHITNEY, 2003). No fim da década de 70, os aminoácidos foram sugeridos como o terceiro combustível para a musculatura esquelética, principalmente em indivíduos caquéticos sendo utilizados já após os carboidratos e as gorduras (GLEESON, 2005). Muitas funções são atribuidas aos aminoácidos, dentre elas, é possível destacar aumento da síntese de proteínas musculares e redução da sua degradação, encurtamento do tempo de recuperação, aumento da

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DOS CÃES

CONSTRUÇÃO E REGENERAÇAO MUSCULAR

resistência muscular, diminuição da fadiga muscular, fonte de energia durante dieta e preservação do glicogênio muscular. São encontrados aminoácidos em todas as fontes de proteína animal. A Proteína Ideal é um conceito proposto por Mitchell (1964) para otimizar a utilização da proteína da dieta (relação entre retenção e consumo de proteína) e minimizar a excreção de nitrogênio. Estabeleceu-se que é uma mistura de aminoácidos ou proteínas com completa disponibilidade na digestão e no metabolismo e cuja composição deve ser idêntica às exigências do animal. Todos os aminoácidos devem estar presentes na dieta exatamente nos níveis exigidos para o máximo ganho em proteína e mantença, e a relação entre eles deve ser preservada. Os aminoácidos digestíveis, principalmente os aminoácidos essenciais, são limitantes na mesma proporção. Isso signi�ca que nenhum aminoácido está em excesso em comparação com os outros. Como consequência, a retenção de proteína é máxima e a excreção de nitrogênio é mínima. Isso é possível através de uma adequada combinação de concentrados proteicos e aminoácidos sintéticos suplementados na dieta (LECLERCQ, 1998).Como proposta, para uso na alimentação de monogástricos, todos os aminoácidos indispensáveis são expressos como relações ideais ou porcentagem em função de um aminoácido referência. De modo geral se estabelece a lisina como aminoácido de referência por ser um aminoácido limitante na maioria das dietas, estando diretamente ligado ao aumento da massa corporal e crescimento. Segundo HACKENHAAR e LEMME (2005), a lisina é usada como aminoácido de referência devido aos tres argumentos a seguir:

• É usada quase que exclusivamente para deposição de proteínacorporal e, portanto, as exigências sofrem pouca in�uência de outrasfunções metabólicas (exigência de mantença);

• Não há interações metabólicas entre a lisina e os outros aminoácidos;• Da perspectiva analítica, é mais fácil analisar lisina do que a

metionina e, especialmente, cistina.

A redução de nitrogênio consumido e consequente redução de nitrogênio excretado, não só melhora o aproveitamento de aminoácidos, em geral, como da energia. A menor excreção de nitrogênio também resulta em uma menor produção de calor para catabolizar aminoácidos, pois eles estarão na dieta em menor quantidade e de forma balanceada (PENZ, 2002). A arginina tem papel importante na remoção de amonia do corpo, no sistema imunitário age como precursor imediato do óxido nítrico (NO), ureia e ornitina. É necessário na síntese de creatina e pode ser usada para a síntese de poliaminas, citrulina e glutamato. Por ser precursora do NO (que tem efeito relaxador dos vasos sanguíneos), a arginina é usada em condições em que é necessária vasodilatação; por sua vez, a presença de arginina é considerada um sinal de vitalidade do endotélio.

A Metionina é um aminoácido que contem enxofre. É necessário para garantir o funcionamento da glândula pituitária. É considerada um dos mais importantes constituintes das proteínas naturais, pela sua intervenção no metabolismo intermediário e como agente plástico, o que a torna indispensável para o desenvolvimento dos tecidos e para a manutenção da vida.

Prolina e alanina são aminoácidos importantes para o metabolismo cardíaco. A prolina é um dos aminoácidos cíclicos alifáticos que são componentes primários da proteína colágeno, o tecido do conectivo que liga e sustenta todos os outros tecidos. Tem uma cadeia lateral alifática, mas difere dos outros membros do conjunto dos vinte por sua cadeia lateral ser ligada tanto ao nitrogênio, quanto ao átomo de carbono. A resultante estrutura cíclica in�uencia fortemente na arquitetura das proteínas. A prolina é sintetizada a partir do ácido glutâmico, antes de sua incorporação em pró-colágeno, durante a tradução do RNA-mensageiro. Após a síntese da proteína pró-colágeno, ela é convertida em hidroxiprolina por uma modi�cação pós-tradução. A alanina é um dos aminoácidos mais empregados na construção de proteínas.

EXTRATO DE YUCCAA Yucca schidigera é uma espécie de planta da família Agavaceae que cresce em desertos. Encontra-se quase que exclusivamente no México, no estado da Baixa Califórnia. O extrato de Yucca está sendo largamente pesquisado para cães, gatos, suinos, aves, ruminantes e equinos. Os benefícios estudados vão desde a diminuição do odor das excretas até a redução da dor articular nos casos de artrite, passando pela melhora de desempenho e produtividade dos animais (CHEEKE,1996).Um dos mecanismos pelos quais o extrato de Yucca diminui o odor das excretas é pela inibição da urease conseguida pela fração de saponinas do extrato (LOWE, 1977). A urease é uma enzima bacteriana que converte a uréia em amônia, no ambiente. A uréia é o principal produto final do metabolismo de nitrogênio, proveniente da proteína, em animais. Esta é a hipótese mais aceita.Outra hipótese é que a parte solúvel em água do extrato de Yucca, os glicocomponentes, tem uma grande afinidade pela amônia e se ligam a ela. Esta característica é a base para desenvolver um controle de qualidade para os extratos de Yucca, onde é mensurada a quantidade de extrato necessário para ligar 50% da amônia de uma solução "standard".Uma terceira hipótese é a de que as saponinas presentes no extrato de Yucca produzem uma inibição da fermentação microbiana da proteína (LOWE, 1977).

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO DOS CÃES

Lectina

Bactéria

Glicocalix

Enterócito

Mananoligossacarídeos

Bactéria

Enterócito

Reconhecimento de sítios de ligação das bactérias patogênicas

Os CHO que constituem a estrutura dos mananoligossacarideos bloqueiam os sítios de ligações de bactérias enteropatogênica e glicocalix.