processo de construção

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1 UEM Universidade Eduardo Mondlane FAPF Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico Projectos Tecnológicos de Elementos e Sistemas de Construção e Economia de Construção Processo de construção Docente: António Simão Júnior CALDEIRA, Lineia * COSSA, Priscila * LAGE, Jéssica

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Page 1: Processo de construção

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UEM – Universidade Eduardo MondlaneFAPF – Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico

Projectos Tecnológicos de Elementos e Sistemas de Construção e Economia de Construção

Processo de construção

Docente: António Simão Júnior

Discentes: Lineia CaldeiraPriscila CossaJéssica Lage

CALDEIRA, Lineia * COSSA, Priscila * LAGE, Jéssica

Page 2: Processo de construção

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Índice

Introdução 3

Principais áreas de actividades 4

Intervenientes 4

Organigrama de relações 5

Dono da obra [Definição, função, obrigação] 6

Arquitecto [Definição, função] 7

Arquitecto [Fases de trabalho] 8, 9

Empreiteiro [Definição] 9, 10

Empreiteiro [Funções e Obrigações] 10

Engenheiro [Definições dos ramos da engenharia] 11, 12

Fiscal de obra [Definição, função, obrigação] 13

Fases da construção 14, 15

Resumo da entrevista com António Pimentel 16

Bibliografia 17

Anexos [Sequência e explicação] 17

CALDEIRA, Lineia * COSSA, Priscila * LAGE, Jéssica

Page 3: Processo de construção

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Introdução

"Se um construtor constrói uma casa que por falta de solidez colapsa e mata o seu dono, o construtor também deve ser morto. Se o colapso causar a morte do filho do dono, o filho do construtor deve ser morto. Se o colapso causar a morte de um escravo do dono, o construtor deve fornecer-lhe um escravo de igual valor. Se o colapso destruir qualquer tipo de bem, o construtor deve reparar tudo aquilo que seja destruído. E como não fez a casa com solidez suficiente, deve reconstruí-la a expensas próprias. Se o construtor ao construir a casa não seguir os requisitos necessários e se uma parede cair, o construtor deve assumir o custo de reforçar essa parede".

Código de Hammurabi (cerca de 2.200 aC)

Desde o início dos nossos tempos entendeu-se que era necessário haver uma forma segura de vivermos e termos a certeza que o tecto não nos cairia em cima. Assim foram formadas leis, regras e contratos para que as pessoas conseguissem entrar em consenso e que ninguém ficasse em desvantagem.

Este trabalho visa esclarecer as pessoas de quais são os processos da construção, os intervenientes, funções e obrigações dos mesmos.

No mercado da arquitectura, engenharia e construção, o processo tradicional de apresentação de propostas com as diversas fases do projecto claramente especificadas está a sofrer uma transformação para um conceito orientado para o desenho: o arquitecto, construtor e empreiteiro principal podem trabalhar em conjunto nas fases iniciais de um projecto. As autoridades governamentais, que regulam o processo de construção, também desempenham um papel importante. A principal vantagem desta nova forma de colaboração é o facto de a construção e desenho se desenvolverem em simultâneo.

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Principais áreas de actividade

Promotores de obras públicos e privados

Empreiteiros e Subempreiteiros

Entidades públicas fiscalizadoras e licenciadoras

Gestão de empreendimentos e fiscalização de obras

Fornecedores de materiais e componentes

Bancos/ Seguros

Áreas de arquitectura e engenharia

Consultoras da área económica e financeira

Intervenientes

Autores do projecto

o Arquitectura

o Estruturas

o Águas e Saneamento

o Gás

o Electricidade e Telefones

o Térmica

o Acústica

o Arranjos exteriores

Promotor

o Representante do promotor

Fiscalização

o Gestor do empreendimento o Empresa de fiscalização

Empreiteiro

o Director de obra

o Técnico de obra

o Apontador

o Pessoal de apoio técnico e administrativo à obra

o Chefias Operárias – Encarregado, arvorados, seguidores, chefes de equipa e

operários

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Desempenho da construção

Dono da obra/ proprietário Projectistas

Fiscalização

Empreiteiro/ Construtor Utilizador

Subempreiteiros

o Diversas especialidades o Tarefeiros

Fornecedores

o Laboratórios de ensaios

o Materiais

o Componentes:

equipamentos

Consultores

o Contratados pelo promotor ou pela empresa de fiscalização

Entidades fiscalizadoras da legalização

o Conselhos Municipais o Delegações de saúde

Principais Intervenientes (a tratar)

Dono da obra Financiador Projectista (Arquitecto) Empreiteiro e Subempreiteiro Fiscal da obra Produtor de material Utilizador

Organigrama de relações

Dono da obra

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Pessoa singular ou colectiva por conta da qual é realizada uma determinada obra de construção civil.Pessoa física ou jurídica, não proprietária do imóvel, no qual executa a obra de construção civil directamente ou através de terceiros.

“Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.”

“Diante da inexistência de previsão legal, o contrato de empreitada entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora.”

Segundo o Tribunal Superior do Trabalho do Brasil

Ao promover a edificação, directamente ou por intermédio do projectista, empreiteiro e os demais intervenientes por ele contratados, obriga-se a que o projecto e a obra correspondam às exigências de qualidade estabelecidas.

Em anexo um exemplo de uma declaração do proprietário da obra (Licenciamento de obras particulares - Portugal)

Arquitecto (Projectista)

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do grego arché (primeiro ou principal) e tékton (construção)

Arquitectura - Arte ou técnica de projectar e edificar o ambiente habitado pelo ser Humano. Trata assim da organização do espaço e dos seus elementos; pode também lidar com problemas de agenciamento, organização, estética e ordenamento de componentes em qualquer situação de arranjo espacial.Associa-se directamente ao problema da organização do homem no espaço (principalmente urbano).

Uma definição mais precisa da área envolve o design (projecto) do ambiente construído pelo homem, o que engloba desde o desenho de mobiliário (desenho industrial) até o desenho da paisagem (paisagismo), da cidade (planeamento urbano) e da região (planeamento regional ou ordenamento do território).O arquitecto passa pelo desenho de edificações como prédios, casas, igrejas, entre outros edifícios, assim este trabalho envolveria, portanto, toda a escala da vida do homem, desde a manual até a urbana.

Funções

O arquitecto lida diariamente com o processo de construção. Elabora projectos com criatividade sempre com especial atenção aos interesses, desejos e aspirações do seu cliente no decurso das suas tarefas. Assim, quanto mais cedo for o envolvimento no processo, maior será a sua capacidade de actuação.Um edifício bem concebido é energicamente eficiente e tem um custo de construção e manutenção menor.

Os arquitectos ajudam a tomar decisões explorando todos os cenários possíveis, apresentando aquela que é a solução que melhor se adapta às necessidades do cliente.

O trabalho de um arquitecto desenvolve-se normalmente por 6 fases, variando dependendo do grau de complexidade deste. A passagem à fase seguinte deve-se sempre fazer depois da aprovação da fase anterior por parte do cliente.

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Fase 1Definição do programa preliminar/ Apresentação de proposta de honorários

O cliente e o arquitecto discutem aquilo que vai ser projectado (ex: quantos quartos, salas e demais requisitos programáticos, assim como condicionantes orçamentais)São analisados os constrangimentos legais e planos em vigor (ex: o Plano Director Municipal).É também nesta fase que se discutem os prazos de elaboração do projecto, constituição da equipa de projecto e demais condicionalismos do mesmo. Em paralelo é apresentado pelo arquitecto uma proposta de honorários e celebrando um contracto escrito.O arquitecto deverá ter o levantamento topográfico e/ou geológico completo, bem como se for o caso, o levantamento arquitectónico do existente.

Fase 2Estudo prévio

O arquitecto desenvolve o conceito preliminar do projecto, de acordo com o combinado na fase anterior.Apresentação de material (ex: desenhos a diferentes escalas, maquetes de estudo ou simulação tridimensional do proposto) de modo a facilitar a compreensão do cliente.Inicia-se o desenvolvimento dos projectos de especialidades, sob a coordenação directa do arquitecto.

Fase 3Projecto base/ Pedido de licenciamento

Fase onde o arquitecto desenvolve o projecto em conformidade com o estabelecido na fase anterior, preparando o processo de aprovação pelo respectivo Conselho Municipal, bem como pelas demais entidades envolvidas no licenciamento do mesmo, perante as quais o arquitecto é o responsável técnico do projecto de Arquitectura.Em simultâneo ou posteriormente ao licenciamento, procede-se a entrega dos restantes projectos de especialidades legalmente exigidos para aprovação.

Fase 4Projecto de Execução/ Medições e Orçamento

Após a aprovação por parte do Conselho Municipal e demais entidades dos diversos projectos (arquitectura e especialidades), o arquitecto prepara o projecto de execução, apresentado sob a forma de peças escritas e desenhadas, de fácil interpretação por parte dos diversos intervenientes na sua materialização e onde se especifica todos os trabalhos necessários para a execução da obra (ex: processos construtivos, materiais, carpintarias e outros).

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Em paralelo inicia-se o processo de medições e orçamento, onde se discriminam todas as quantidades de materiais a utilizar, tipos de trabalho e forma de execução, de modo a poder aferir-se o valor da obra.É a partir destes dois documentos (projecto de execução e medições e orçamentos) que se elabora o caderno de encargos, documento escrito que especifica as condições técnicas gerais e especiais de construção e vincula o empreiteiro às demais condições da obra.

Fase 5Selecção do Empreiteiro

O cliente selecciona o empreiteiro da obra. O arquitecto deverá colaborar com o cliente nesta fase, auxiliando-o na análise da capacidade técnica dos diversos candidatos, bem como na análise do preço e prazo para a concretização da obra.Deve-se ter em consideração que nem sempre o preço é um factor determinante na adjudicação, mas sim a conjugação de um vasto conjunto de factores.Escolhe-se o técnico que irá ser responsável perante o Conselho Municipal, pela Direcção Técnica de Obra. Este é sempre nomeado pelo dono da obra/ cliente e poderá ser um técnico pertencente aos quadros técnicos da empresa construtora, ou outra pessoa qualquer que o dono de obra entenda escolher, incluindo o autor do projecto.

Fase 6Assistência técnica à execução da obra

Esta é a fase da materialização de todo o trabalho desenvolvido até ao momento. A certificação que o projecto é cumprido é uma obrigação e um dever do arquitecto. Nesta fase o papel do arquitecto poderá compreender o esclarecimento de dúvidas de interpretação, prestação de informações complementares ao projecto por si elaborado, auxiliando o dono da obra na verificação da qualidade dos materiais e da execução dos trabalhos, o que não significa que o mesmo esteja obrigado ao acompanhamento da obra. Tal situação deverá ser objecto de contrato entre as partes, na certeza porém de que é sempre vantajoso para o cliente a contratualização do mesmo.

EmpreiteiroEmpresa que executa uma obra ou serviço de Construção Civil, no todo ou em parte, mediante contrato de empreitada celebrado com o proprietário, dono da obra, o incorporador ou o condómino.

Empreiteiros de construção civil – São os licenciados para realizar as obras promovidas pelas entidades particulares.

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Empreiteiros de obras públicas – São os licenciados para realizar os trabalhos de construção, reconstrução, grande reparação ou adaptação de bens, imóveis a fazer por conta do Estado, das autarquias locais, dos institutos e empresas públicas.

Funções

1Apoio do escritório geral na preparação inicial da obra Erros e omissões Revisão do orçamento comercial Mapa de produção Previsão de custos

Revisão do cronograma financeiro Previsão de receitas Plano de trabalhos

2Preparação inicial da obra a executar pelo director de obra Organização física do estaleiro Organização do trabalho Organização geral administrativa da obra

3Apoio administrativo do escritório geral na fase de execução da obra Compras de materiais Contratação de subempreitadas

Contratação de mão-de-obra Gestão de equipamentos

4Director de obra Análise do projecto Revisão do projecto Preparação técnica dos trabalhos Responsabilidade geral Controlo de custos

Prazos Coordenação segurança Coordenação de técnicos da obra Coordenação subempreiteiros Coordenação facturação

5Técnico de obra (Apoio a director de obra) Preparação técnica Controlo geral de qualidade Apoio administrativo

Interface com chefias operárias Formação técnica

6Apontador Controlo de mão-de-obra Controlo administrativo

Faltas Pagamentos

7Controlo (Director da obra ou sector autónomo) Controlo da produção Controlo da produtividade

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Engenheiro (Constituinte da Empreitada)do latim ingeniu (faculdade inventiva)

Engenharia – é a arte, a ciência e a técnica de bem conjugar os conhecimentos especializados de uma dada área do saber com a sua viabilidade técnico-económica para produzir novas utilidades e/ou transformar a natureza, em conformidade com ideias bem planeadas e em observância aos imperativos de preservação e de conservação ambiental, na escala que se fizer necessária.

Existem vários tipos de engenharia, passando agora a descrever os mais importantes para o processo da construção:

1Engenharia Civil

É o ramo da engenharia que executa obras como edifícios, pontes, viadutos, estradas, barragens e outras obras de diversos ramos da engenharia.Há algum tempo todas as engenharias estavam dentro da engenharia civil, surgindo depois especializações.

O engenheiro civil acompanha todas as etapas de uma construção e/ou reabilitação. Deve estudar as características dos materiais, do solo, incidência do vento e destino ou ocupação da construção. Com base nesses dados, desenvolve o projecto, dimensionando e especificando as estruturas, as redes de instalação eléctrica, hidro-sanitárias e gás, bem como as matérias a serem utilizados.No gabinete de obra, chefia as equipas, supervisionando os prazos, os custos e o cumprimento das normas de segurança, saúde e meio ambiente. Cabe-lhe garantir a segurança da edificação, exigindo que os materiais empregados na obra estejam de acordo com as normas técnicas em vigor.

A engenharia civil tem, de alguma forma, relação com as actividades humanas, principalmente com a Arquitectura.

2Engenharia Acústica

É o ramo da engenharia que estuda e que procura desenvolver métodos para obter uma reprodução fidedigna das ondas sonoras geradas, aproveitando-as através de dispositivos ou transdutores, que tem a propriedade de transformar a energia mecânica em energia acústica ou mecânica.

3Engenharia Estrutural

É o ramo da engenharia civil, mecânica, naval, aeronáutica ou qualquer outra engenharia que utilize cálculo estrutural, ou seja, de estruturas estáticas ou dinâmicas, dedicado primariamente ao projecto e cálculo de estruturas. De forma simplificada, é a

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aplicação da mecânica dos sólidos ao projecto de edifícios, pontes, muros de contenção, barragens, túneis, plataformas de petróleo, navios, aviões, automóveis e outras estruturas.

O objectivo do projecto de uma estrutura é permitir que a mesma atenda à sua função primária sem entrar em colapso e sem deformar ou vibrar excessivamente. Dentro destes limites, os quais são precisamente definidos pelas normas técnicas, o engenheiro estrutural almeja o melhor uso dos materiais disponíveis e o menor custo possível de construção e manutenção da estrutura.

Resumidamente, as principais etapas do projecto estrutural são: A criação do esquema estrutural A definição das cargas ou forças que actuam na estrutura O cálculo dos esforços e deformações O dimensionamento das peças estruturais Os detalhes do projecto para a execução

4Engenharia Hidráulica

É o ramo da engenharia civil que trata da exploração e do uso da água e das obras hidráulicas fluviais ou marítimas e dos projectos e das obras de engenharia sanitária.

Planeia e orienta o uso da água de bacias hidrográficas elaborando Planos Directores das mesmas. Desenvolve também planos de redes de água e de esgotos, irrigação e drenagem, além de projectar canais, portos, molhes, diques, quebra-mar e barragens. O profissional pode acompanhar a exploração de lençóis subterrâneos e o tratamento de águas contaminadas.

5Engenharia de materiais

É um ramo da engenharia em que os conhecimentos de física e química são, sobretudo, utilizados na produção de materiais (tradicionais ou avançados) para as mais diversas aplicações. Estuda a estrutura, as propriedades, as aplicações, o processamento e o desempenho de materiais novos ou já existentes, nas áreas de metais, polímeros, cerâmicos ou compósitos.Compete também a este profissional actuar na fase de projecto, de modo a escolher os materiais mais indicados para as aplicações desejadas.

6Engenharia Sanitária

É o ramo da engenharia que trata da exploração e do uso da água, dos projectos e das obras de saneamento básico e geral, tais como sistemas de abastecimento de água, de esgotos sanitários e de limpeza urbana (incluindo os sistemas de tratamento). Este profissional pode acompanhar também a operação de Estações de Tratamento de Águas (ETA’s) e de Estações de Tratamento de Esgotos (ETE’s) que tratam águas poluídas ou contaminadas.

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Fiscal da Obra

A pessoa singular ou colectiva encarregada da concepção e/ou da execução e/ou do controlo da execução da obra por conta do dono da obra.

É o técnico responsável pela direcção da obra, no acompanhamento da obra, deve assegurar a adequação desta ao projecto e a qualidade da sua execução.

Funções

1Antes da adjudicação (eventualmente)

Revisão do projecto Organização do processo de concurso Apoio à consulta de mercado para a contratação de empreiteiros e

fornecedores

2Após a adjudicação (controlo)

o Custoso Prazos

o Segurançao Ambiente

o Qualidade – Conformidade com o projecto e outras normas, especificações e regulamentos

o Prepara o programa de controle de qualidade incluindo testes especiaiso Dar instruções e ordens ou autorizações de alteração ao empreiteiro após

acordo com o projectistao Fazer vistorias regulareso Preparar relatórios periódicos (mensal) sobre o local da obrao Verificar os desenhos antes do inicio de cada fase de trabalhoo Autenticar registos diários da obrao Examinar e ajustar listas de qualidades com preçoso Verificar e pronunciar-se sobre as situações de trabalho e facturaçãoo Inspeccionar o edifício antes da recepção provisóriao Fazer uma lista das obras a concluir

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Fases de Construção

O processo de projecto na construção de edifícios é composto por várias especialidades de projecto (arquitectura, estruturas, sistemas prediais, etc.) as quais desenvolvem as soluções em nível crescente de detalhe, cumprindo diferentes etapas de projecto.

Constata-se que na construção de edifícios existe uma relação hierárquica entre a arquitectura e todos os demais projectos que compõem o edifício. De acordo com as normas técnicas em vigor, bem como os textos institucionais que tratam do assunto, consideram o projecto de arquitectura como o responsável pelas indicações a serem seguidas pelos projectos de estruturas e instalações.

No processo de projecto convencionalmente utilizado no sector, é comum que uma etapa de projecto de determinada especialidade dependa, para ser iniciada, do término de uma etapa de diferente especialidade. (ex: a etapa de anteprojecto de estruturas e fundações tem como pré-requisito a etapa de anteprojecto de arquitectura).

Percebe-se assim, que a fase de concepção do edifício ocorre de forma separada do desenvolvimento do projecto, ou seja, “a actuação do projectista de arquitectura ocorre previamente e sem a interacção com os demais projectistas” (MACIEL, 1997).

O projecto de arquitectura é desenvolvido a partir da pesquisa de mercado e aquisição do terreno e depois, é aprovado nos órgãos competentes, para obtenção de recursos financeiros e lançamento do empreendimento no mercado.Somente após a etapa de lançamento, é feita a contratação dos demais projectistas que irão participar do desenvolvimento do projecto. Desta forma, a actuação dos diversos projectistas envolvidos no processo não ocorre de maneira conjunta e o projecto é elaborado sem a efectiva contribuição de todos os participantes ao longo das diferentes etapas do processo de projecto.

Ex: Fluxo geral de etapas do

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desenvolvimento de projecto

O esquema mostrado é o que acontece em geral na actualidade, tem vários problemas dentre os quais o principal, muitas das vezes porque cada fase (com os seus intervenientes) começa só quando a outra acaba, não há comunicação entre eles o que é mau.

Foi elaborado um esquema modelo que ainda está em discussão no Brasil que mostra como esses problemas poderiam acabar e como conseguiriam relacionar todas as fases do processo de construção.

Esquema modelo

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Entrevista com o Engenheiro e director de uma obra da empresa S&B Construções, Lda

António Pimentel (Toni)

Após uma visita de estudo a esta obra resolvemos que o melhor além de pesquisar todos os processos para a construção era ouvir de alguém que participa activamente pelo menos na etapa da própria construção (a partir do momento em que a empreitada fica com a obra até a entrega final ao cliente).De notar que a conversa se direccionou para a experiencia de uma obra que esta a decorrer e que o engenheiro está a controlar.

Assim após algumas questões e respostas chegamos a um resumo da conversa:

o Após a conquista da obra pela empreitada no concurso (a avaliação é do orçamento geral, acesso a maquinaria e prazo de acabamento da obra) a obra pode começar.

o Deve-se estudar os documentos e ver os trabalhos envolvidos fazendo assim a planificação da obra (anexo) que são os planos do trabalho e todos os processos, fases e tempo de demora.

o Neste momento o terreno já é do conhecimento da empreitada e deve-se fazer o estudo para o movimento de terras (na mesma obra ele demorou quase um mês a fazer a movimentação de terras).

o É elaborado o programa contratual com o dono da obra ou fiscal antes ou na primeira semana de início da obra.

o É preciso ver o que é necessário em termos de pessoal, maquinaria (ferramentas), quantidade de trabalhos e materiais.

o Contratação se necessário de subempreitadas (maquinaria essencialmente)o Elaborar a lista de quantidades (caderno de encargos – apresentado pelos

consultores no concurso e mais tarde comprada pela empreitada).o Inicia-se o processo de execução da obra seguindo a planificação da obra e

prazos, podendo passar pelo caminho crítico (quando se tem que decidir o que é prioritário, ex: acabar as fundações de uma vez ou ir simultaneamente construindo as paredes)

o Desenvolve-se a obra de acordo com tudo o que foi planeado, existindo geralmente alguns imprevistos como falta de desenhos, atrasos imprevisíveis, e outros.

o Neste processo entram por ordem geralmente a arquitectura, estrutura, hidráulica e electricidade, a mecânica e os arranjos exteriores (layout).

o Há reuniões de obra semanais ou quinzenais apesar de em algumas obras há um fiscal em toda a construção da obra sempre com o controle de custo – benefício.

o Todos os procedimentos têm que se basear dentro dos regulamentos (edificações públicas, higiene, trabalho, segurança, estruturas e outros).

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o Quando a obra acaba existe a recepção provisória e depois de um ano faz-se a recepção definitiva.

Bibliografia

www.projectosgratis.com.br www.casacertificada.pt/perguntas/show/50 vgengenharia.com/térmica.htm www.uefs.br/cursos/engenharia-civil www.wikipedia.com www.trabalhocomumarquitecto.net

PDF: Estudo da sequência de etapas do projecto na construção de edifícios: Cenário e Perspectivas

PDF: Principais intervenientes e funções, nas obras de construção civil [J.Amorim Faria 2009]

PDF: Simulação de processos de construção como ferramenta de melhorias

Boletins da República Entrevista com o engenheiro António Pimentel Aula para o 3º ano de 2009 da Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico

da UEM [Arquitecto António Simão Júnior]

Anexos

Programa contratual da S&B Construções, Lda de uma obra fornecida pelo seu director de obra: Eng. António Pimentel.Neste documento consegue-se perceber detalhadamente a lista de fases que a obra tem que passar (ex: escavações, plataformas, fundações, paredes de retenção e outros) até a entrega, além da média de tempo que supostamente essas fases todas duram.

Boletim da República [Terça-feira, 13 de Dezembro de 2005] [I Série – nº49]Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviço ao Estado.Este documento explica o regulamento, dá definições gerais sobre o processo de construção e explica como é feita a contratação de uma empreitada.

Boletim da República [Quarta-feira, 29 de Maio de 2002] [I Série – nº22]Regulamento do Licenciamento da Actividade de Empreiteiro de Obras Públicas e de Construção Civil.Este documento explica como é o processo do licenciamento para construção.

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Campanha contra a corrupção – Obras particulares [Lei 2/2004 de 31 de Março]

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