processo civil processo de conhecimento – visa trazer o conhecimento dos fatos para que o direito...

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Processo Civil Processo Civil Processo de Conhecimento visa trazer o “conhecimento” dos fatos para que o direito sobre o bem pretendido seja declarado. Processo de Execução – visa forçar o devedor a satisfazer a obrigação declarada no título executivo judicial ou extrajudicial. Processo Cautelar – visa proteger o objeto da ação principal.

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Page 1: Processo Civil Processo de Conhecimento – visa trazer o conhecimento dos fatos para que o direito sobre o bem pretendido seja declarado. Processo de Execução

Processo CivilProcesso Civil

Processo de Conhecimento – visa trazer o “conhecimento” dos fatos para que o direito sobre o bem pretendido seja declarado.

Processo de Execução – visa forçar o devedor a satisfazer a obrigação declarada no título executivo judicial ou extrajudicial.

Processo Cautelar – visa proteger o objeto da ação principal.

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I.I. PROCESSO CAUTELARPROCESSO CAUTELAR Artigos 796 e seguintes do CPCArtigos 796 e seguintes do CPC

1. 1. ConceitoConceitoÉ um instrumento pronto e eficaz de É um instrumento pronto e eficaz de

segurança e prevenção para a realização segurança e prevenção para a realização dos interesses, ou melhor, dos direitos dos interesses, ou melhor, dos direitos subjetivos dos litigantes. Esta subjetivos dos litigantes. Esta preventividade visa, segundo o mestre preventividade visa, segundo o mestre HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, ““assegurar a permanência ou conservação assegurar a permanência ou conservação do estado das pessoas, coisas e provas, do estado das pessoas, coisas e provas, enquanto não atingido o estágio último da enquanto não atingido o estágio último da prestação jurisdicional...prestação jurisdicional...””

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2.2. MedidaMedida Cautelar, Cautelar, ProcessoProcesso Cautelar e Cautelar e LiminarLiminar

2.1. Medida Cautelar

A medida cautelar é a providência jurisdicional protetiva de um bem envolvido no processo; é o mérito da própria da ação cautelar, condicionado à existência do fumus boni iuris e do periculum in mora. A medida cautelar é nominada ou inominada.

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A medida cautelar não tem como objeto a satisfação do direito da parte, mas a sua proteção contra o risco de perecimento do objeto da lide principal.

AÇÃO CAUTELARMedida Cautelar

de arresto

Citaçãodo réu

Instrução Processual

(provas)

SentençaConcessivado arresto

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2.2.2.2. Processo CautelarProcesso Cautelar

O processo cautelar é a relação jurídica relação jurídica processualprocessual, dotada de procedimento próprio, que se instaura para a concessão de medidas cautelares. É ainda o instrumento natural para a produção e o deferimento de medidas cautelares, embora nem todas as medidas cautelares são determinadas ou deferidas em processo cautelar, como o arresto no processo de execução.

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Processo CautelarMedida Cautelar

Processo cautelar – instrumento natural para a produção e o deferimento de medidas cautelares

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2.3.2.3. Liminar CautelarLiminar Cautelar

É uma decisão interlocutória no sentido de antecipar, no todo ou em parte, os efeitos da tutela cautelar pleiteada na petição inicial, desde que atendidos os pressupostos legais:

fumus boni iurisfumus boni iuris periculum in morapericulum in mora

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Nesse sentido, o art. 804, CPC:Nesse sentido, o art. 804, CPC:

Art. 804. É lícito ao juiz conceder liminarmenteliminarmente ou após justificação prévia a medida cautelar, sem ouvir sem ouvir o réuo réu, quando verificar que este, sendo citado, poderá torná-la ineficaz; caso em que poderá determinar que o requerente preste caução real ou fidejussória de ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer.

INICIAL da ação cautelar LIMINARLIMINAR citação

contestaçãoinstrução

processual sentença

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Exemplo: partes celebram contrato Exemplo: partes celebram contrato de compra e venda de veículode compra e venda de veículo

VendedorComprador

borrachudo

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Devedor pratica estelionato contra o vendedor e tenta fugir. O vendedor ingressa com a ação cautelar

com pedido de liminarliminar

Com a concessão da liminarliminar,o bem é apreendido...

... e depoisdepois é citado o réu

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Posteriormente o autor ingressa Posteriormente o autor ingressa com a com a ação principal ação principal contra o contra o réuréu

Ação de rescisãode negócio

jurídico

Já não posso maissumir com o carro...

Foi apreendido!!!

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3.3. Acessoriedade do Processo CautelarAcessoriedade do Processo Cautelar

O processo cautelar, quando assegura o O processo cautelar, quando assegura o resultado prático de outro processo, quer resultado prático de outro processo, quer cognitivo, quer executivo, não se presta a si cognitivo, quer executivo, não se presta a si mesmo, ou seja, não tem um fim em si mesmo, ou seja, não tem um fim em si mesmo, pois mesmo, pois serve e tutela outro processoserve e tutela outro processo..

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Esse caráter de acessoriedade consta Esse caráter de acessoriedade consta no art. 796, CPC:no art. 796, CPC:

Art. 796. O procedimento cautelar pode Art. 796. O procedimento cautelar pode ser instaurado ser instaurado antesantes ou ou no cursono curso do do processo principal e deste é sempre processo principal e deste é sempre dependentedependente..

Antes do processoprincipal

Ação cautelarpreparatóriapreparatória

No curso doProcesso principal

Ação cautelarincidentalincidental

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4.4. PressupostosPressupostos São condições gerais de admissibilidade da

ação cautelar, além da possibilidade possibilidade jurídica do pedidojurídica do pedido, o interesse processualinteresse processual e a legitimidade das parteslegitimidade das partes, o periculum in periculum in moramora e o fumus boni iurisfumus boni iuris. Esses pressupostos são comuns a todos os procedimentos cautelares, observando que cada um desses procedimentos apresenta, além disso, requisitos especiais.

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4.1.4.1. Periculum in moraPericulum in mora (perigo da demora)(perigo da demora)

É a É a probabilidadeprobabilidade de dano a uma das partes de de dano a uma das partes de futurafutura ou ou atualatual ação principal, resultante da ação principal, resultante da demora no ajuizamento ou processamento e demora no ajuizamento ou processamento e julgamento desta e até que seja possível julgamento desta e até que seja possível medida definitiva. medida definitiva.

Melhor propor uma ação cautelar

logo, senãovou chorar para

sempre...

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Para que seja considerado presente o Para que seja considerado presente o periculum in periculum in moramora, necessária, portanto, a existência de:, necessária, portanto, a existência de:

perigo perigo iminenteiminente (próximo e imediato); (próximo e imediato);

perigo perigo fundadofundado (objetivo); (objetivo);

dano dano grave e irreparávelgrave e irreparável (no campo (no campo jurídico e econômico patrimonial).jurídico e econômico patrimonial).

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4.2.4.2. Fumus boni iuris Fumus boni iuris (fumaça do bom direito)(fumaça do bom direito)

É a É a probabilidadeprobabilidade ou ou possibilidadepossibilidade da da existência do direito invocado pelo autor da existência do direito invocado pelo autor da ação cautelar e que justifica a sua proteção, ação cautelar e que justifica a sua proteção, ainda que em caráter hipotético. ainda que em caráter hipotético.

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5. Finalidade

A tutela cautelar tem finalidade assecuratóriaassecuratória e busca resguardarresguardar e proteger uma pretensãoe proteger uma pretensão.

A sua finalidade nunca será satisfazer a pretensão, mas viabilizar a sua satisfação, protegendo-aprotegendo-a dos percalços a que estará sujeita, até a solução do processo principal.

A tutela cautelar visará sempre a proteçãoproteção, seja de uma pretensão veiculada no processo de conhecimento, seja de uma pretensão executiva.

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Mas, e se eu propuser uma ação cautelar de arresto para que o veículo do meu devedor

seja apreendido, a fim de que eu jáo vendavenda para saldar o débito para saldar o débito?

Ihhh... Esse cara tá a fim de me

complicar!

Credor

Devedor

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Confira a solução neste julgado do TJGO:"APELACAO CIVEL. MEDIDA CAUTELAR INOMINADA. INADEQUACAO. AUSENCIA DE INTERESSE DE AGIR. EXTINCAO. 1 - O PROCESSO CAUTELAR NAO SE PRESTA EM ANTECIPAR SOLUCAO DA LIDE PARA SATISFAZERSATISFAZER PREMATURAMENTE O DIREITO MATERIALDIREITO MATERIAL SUBJETIVOSUBJETIVO EM DISPUTA NO PROCESSO EM DISPUTA NO PROCESSO PRINCIPALPRINCIPAL. O QUE SE OBTEM NO PROCESSO CAUTELAR, E POR MEIO DE UMA MEDIDA CAUTELAR, E APENAS A PREVENCAOPREVENCAO CONTRA O RISCO DE DANO IMEDIATOCONTRA O RISCO DE DANO IMEDIATO QUE AFETA O INTERESSE LITIGIOSO DA PARTE E QUE COMPROMETE A EVENTUAL EFICACIA DA TUTELA DEFINITIVA A SER ALCANCADA NO PROCESSO DE MERITO. 2 - CORRETA A SENTENCA QUE JULGA O AUTOR CARECEDOR DO DIREITO DE ACAOCARECEDOR DO DIREITO DE ACAO, POR FALTA DE INTERESSE DE AGIR, ANTE A INADEQUACAO DA VIA ELEITA. APELACAO CONHECIDA MAS IMPROVIDA."3A CAMARA CIVEL DJ 14899 de 14/12/2006  ACÓRDÃO 21/11/2006. PROCESSO: 200602166521 COMARCA: GOIANIA. RELATOR: DES. WALTER CARLOS LEMES RECURSO: 100414-4/188 - APELACAO CIVEL. APELANTE: LUIZ ANTONIO DUARTE APELADO: DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRANSITO DE GOIAS DETRAN GO

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6. Autonomia do Processo Cautelar

Embora resguarde uma pretensão que está ou será posta em juízo, a finalidade e o procedimento da cautelar são autônomosautônomos, pois nesta (na cautelar) não se poderá postular a satisfação de uma pretensão.

A autonomia é revelada também na possibilidade de a sentença ser favorável na ação cautelar, mas desfavorável na principal, e vice-versa.

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Se a ação cautelar é autônoma (embora dependente da ação principal), é possível que haja

condenação do réu em custas e honorários na ação cautelarna ação cautelar, independe da ação principal?

Interessante dúvida...

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Confira por este julgado do TJGO:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR. CONTENCIOSO CAUTELAR. SUCUMBÊNCIA. ÔNUS. VERBA HONORÁRIA.Verificando-se que o pedido cautelar é objeto de contestação e o procedimento, preparatório ou incidental, torna-se contencioso, então o vencido terá de responder por custas e honorários do advogado, perante o vencedor, sem ter de aguardar o resultado sem ter de aguardar o resultado do processo principaldo processo principal, em face da autonomia jurídica autonomia jurídica existente entre ambosexistente entre ambos. Agravo conhecido e improvido.1ª Câmara Cível. Agravo de instrumento n. n. 54097-5/180 (200700252511). Acórdão de 26/06/2007. Comarca de Goiânia. Agravante: RETÍFICA DE MOTORES AMERICANA LTDA. Agravado: JOSÉ MENDONÇA RIBEIRO FILHO. Relator: DES. VÍTOR BARBOZA LENZA.

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7. Procedimento

O procedimento que adiante se vê aplica-se tanto O procedimento que adiante se vê aplica-se tanto às medidas cautelares às medidas cautelares nominadasnominadas, , especificamente reguladas (art. 813 a 887) e as especificamente reguladas (art. 813 a 887) e as referidas no art. 888, quanto às referidas no art. 888, quanto às inominadasinominadas decorrentes do poder cautelar geral (art. 798)decorrentes do poder cautelar geral (art. 798)

Procedimento é a marchamarchaa ser imprimida aoprocesso cautelar

Não estaesta marcha

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7.1. Petição InicialAlém dos requisitos do art. 282, CPC, a inicial deve

obediência ao art. 801 do CPC, que narra:

I - a autoridade judiciária, a que for dirigida;II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do

requerente e do requerido;III - a lide e seu fundamentoa lide e seu fundamento (somente quando a ação

cautelar for pprerepparatóriaaratória);IV - a exposição sumáriasumária do direito ameaçadoameaçado e o

receio da lesãoreceio da lesão;V - as provas que serão produzidas.

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7.2.7.2. Pedido de LiminarPedido de LiminarPoderá ser requerida a concessão Poderá ser requerida a concessão liminarliminar da medida, da medida,

inaudita altera parsinaudita altera pars (sem que seja ouvida a parte (sem que seja ouvida a parte contrária) contrária) ou após justificação préviaou após justificação prévia, quando o juiz , quando o juiz verificar que o requerido, sendo citado, poderá torná-verificar que o requerido, sendo citado, poderá torná-la ineficaz, caso em que o magistrado poderá, para la ineficaz, caso em que o magistrado poderá, para deferir a medida, determinar que o autor preste deferir a medida, determinar que o autor preste caução, real ou fidejussóriacaução, real ou fidejussória (art. 804, CPC). (art. 804, CPC).

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Deferida a liminar, será imediatamente executada Deferida a liminar, será imediatamente executada nos próprios autosnos próprios autos

AÇÃO CAUTELARDE ARRESTO

c/ pedido de liminarliminar

Audiênciade justificaçãojustificação

préviaprévia(segredo de justiça)

Possívelcauçãocaução

Concessãoda liminarliminar

Cabível agravoagravode instrumentode instrumento

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7.3. ContestaçãoArt. 802 do CPC: o prazo é de 5 (cinco) dias, contado da Art. 802 do CPC: o prazo é de 5 (cinco) dias, contado da

juntadajuntada::a)a) do mandado de citação cumprido; ou do mandado de citação cumprido; ou b)b) do mandado da execução da medida cautelar, do mandado da execução da medida cautelar,

quando concedida liminarmente ou após justificação quando concedida liminarmente ou após justificação prévia, desde que prévia, desde que intimadointimado o réu. o réu.

Oficial de justiça citacitao devedor ou o intimaintima

da execuçãoda execução da liminar

Oficial de justiça Devedor

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No mesmo prazo da contestação o requerido poderá No mesmo prazo da contestação o requerido poderá apresentar apresentar exceçãoexceção, , mas nãomas não reconvenreconvenççãoão,, incabível incabível no no pprocesso cautelarrocesso cautelar. Pode o requerido ainda pedir a . Pode o requerido ainda pedir a contracautelacontracautela (caução, conservação da coisa (caução, conservação da coisa seqüestrada etc), isto é, medida que poderá ser imposta seqüestrada etc), isto é, medida que poderá ser imposta ao requerenteao requerente para assegurar que serão ressarcidos os para assegurar que serão ressarcidos os eventuais prejuízos da medida cautelareventuais prejuízos da medida cautelar ..

5 diasCONTESTAÇÃOcom pedido decontracautela

Exceção desuspeição

É horado combate!

Réu

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7.4. Sucumbência

Há sucumbência no processo cautelarHá sucumbência no processo cautelar. O vencido . O vencido deverá arcar com as deverá arcar com as custascustas, , despesasdespesas processuaisprocessuais e honorários advocatíciose honorários advocatícios, estes , estes seguindo os critérios do art. 20, § 4.º, do CPC, ou seguindo os critérios do art. 20, § 4.º, do CPC, ou seja, por apreciação eqüitativa do juiz e não em seja, por apreciação eqüitativa do juiz e não em percentual sobre o valor da causa.percentual sobre o valor da causa.

Sucumbente

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8.8. Cautelar PreparatóriaCautelar Preparatória

Tratando-se de cautelar preparatória, “cabe à Tratando-se de cautelar preparatória, “cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da efetivação da dias, contados da data da efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatório” (art. 806, CPC).procedimento preparatório” (art. 806, CPC).

ConseConseqqüênciasüências:

Art. 808. Cessa a eficácia da medida cautelarmedida cautelar:I - se a parte não intentar a ação (PRINCIPALPRINCIPAL) no prazo

estabelecido no art. 806; Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a

medida, é defeso à parte repetir o pedidoé defeso à parte repetir o pedido, salvo por novo fundamento.

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E quando a medida é concedida liminarmenteliminarmente em ação cautelar preparatóriapreparatória?

Será que o juiz vai extinguir a ação cautelara ação cautelar porque não ingressei com

a ação principal em 30 dias?

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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CAUTELAR DE SUSTAÇÃO DE PROTESTO. NÃO PROPOSITURA DA AÇÃO PRINCIPAL. EXTINÇÃO DO FEITO.Tendo em vista o caráter provisório das medidas cautelares preparatórias, a não propositura da correspondente ação principal em 30 dias, contados à partir da fruição da liminar, implica na necessária cessação de sua eficáciacessação de sua eficácia, em observância estrita aos artigos 806 e 808, inciso I do Codex Instrumental. Via de consequência, deve o feito serdeve o feito ser extinto sem extinto sem apreciação do méritoapreciação do mérito, artigo 267, inciso IV do CPC. Apelo conhecido e provido.TJGO. 3ª Câmara Cível. Apelação cível nº 103.883-7/188 (200603126183). Comarca de Bela Vista de Goiás. Apelante: AGROSTEMMA Comercial Agrícola Ltda. Apelados: Odilon Frias Barbosa e outro. Relator: Dr. Eudélcio Machado Fagundes (juiz em substituição).

Page 34: Processo Civil Processo de Conhecimento – visa trazer o conhecimento dos fatos para que o direito sobre o bem pretendido seja declarado. Processo de Execução

Em outro julgamento...Em outro julgamento...

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EMENTA:APELAÇÃO. SEQÜESTRO DE BENS DE EX-ADMINISTRADORES DA EMPRESA FALIDA. CAUTELAR DE CUNHO PREPARATÓRIO. LIMINAR. EFICÁCIA. TERMO INICIAL DO PRAZO PARA AJUIZAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL.I - Sendo evidenciada, em tese, a responsabilidade dos ex-administradores da empresa falida, consistentes em desviar o patrimônio da sociedade, tudo com o objetivo de lesar os interesses dos credores, mostra-se acertada a decisão liminar, proferida nos próprios autos da ação cautelar, que determinou a arrecadação dos bens pessoais dos ex-administradores, reunindo-os aos da massa falida, inclusive mediante concessão cautelar de seqüestro desses bens. II – Deferida a medida cautelar pretendida, o não ajuizamento da ação principal no prazo de trinta dias (art. 806, CPC) não enseja a extinção do não enseja a extinção do processo sem julgamento de mérito, mas a mera declaração processo sem julgamento de mérito, mas a mera declaração de de ineficácia da medida liminarineficácia da medida liminar (art. 808, I, CPC) em se (art. 808, I, CPC) em se tratando de medida preparatória tratando de medida preparatória e não satisfativa.

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III – O prazo inicial do art. 806 conta-se da data da efetivação da medida, no caso, da constrição de seqüestro de todos os bens dos administradores da empresa falida, que foram relacionados, e não da data em que se soube de umauma constrição unilateral. No caso, tratando-se de réus litisconsortes e havendo solidariedade entre eles na responsabilização de atos prejudiciais e danosos que tenham praticado contra a empresa falida durante suas atividades, não há como entender que a efetivação da medida cautelar possa se dar de outro modo que não com a execução dos atos de constrição relativos à integralidade dos bens de todos eles, conforme precedentes do STJ. Assim, o prazo para o ingresso da ação principal não tem fluêncianão tem fluência enquanto não enquanto não cumprido o seqüestro de todos os bens elencados, relativos cumprido o seqüestro de todos os bens elencados, relativos a cada administrador da referida empresa falidaa cada administrador da referida empresa falida, como apontado. Recurso provido. Sentença cassada. Acórdão: 13/03/07. Apelação cível 95344-2/192 (200600074875), comarca de Goiânia. Apelante: ENCOL S/A Engenharia, Comércio e Indústria (Massa Falida). Apelado: Dolzonan da Cunha Mattos. Rel.: Des. Luiz Eduardo de Sousa.

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II.II. ARRESTO ARRESTO (art. 813/821, CPC)(art. 813/821, CPC)

1. Conceito

É a medida cautelar que tem por finalidade a apreensão judicial de bens indeterminados para garantir uma futura execução por quantia certaexecução por quantia certa.

Trata-se de medida diferente da prevista no processo de execução (art. 653 do CPC) porque a medida cautelar de arresto é autônomaautônoma; o arresto do processo executivo é mero incidenteincidente da ação de execução

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AÇÃOCAUTELAR

DEARRESTO

Recai sobre bens

indeterminadosindeterminados

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Art. 813. O arresto tem lugar:I - quando o devedor sem domicíliosem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado;

II - quando o devedor, que tem domicílioque tem domicílio:a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamentefurtivamente;b) caindo em insolvênciainsolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta contrair dívidas extraordináriasdívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceirosem nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar credoresfrustrar a execução ou lesar credores;III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidasequivalentes às dívidas;IV - nos demais casos expressos em lei.

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Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial:

I - prova literalliteral da dívida líquida e certa;

II - prova documentaldocumental ou justificaçãojustificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente.

Parágrafo único. Equipara-se à prova literal da dívida líquida e certa, para efeito de concessão de arresto, a sentençasentença, líquida ou ilíquida, pendente de recursopendente de recurso, condenando o devedor ao pagamento de dinheiro ou de prestação que em dinheiro possa converter-se.

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2.2. RequisitosRequisitosConforme o art. 814 do CPC, para a concessão da

medida cautelar de arresto são necessários, cumulativamente (e não alternativamente):

a)a prova literal da dívida líquida e certa (fumus boni fumus boni iurisiuris); e

b)prova documental ou justificação de algum dos casos previstos no art. 813 do CPC*, que nada mais é que o perigo de dano jurídico (periculum in periculum in moramora).

* A enumeração do art. 813 não é taxativanão é taxativa (numerus clausus), mas exemplificativaexemplificativa (numerus apertus).

Page 42: Processo Civil Processo de Conhecimento – visa trazer o conhecimento dos fatos para que o direito sobre o bem pretendido seja declarado. Processo de Execução

SENTENÇACondeno o

réu ao pagamentode R$ 500.000,00

pelos danosmateriais causados

ao autor.

APELAÇÃO

Réurecorre

Réu transfere bens para lesar credores

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Requisito da prova literal da dívida líquida e certa (fumus boni iurisfumus boni iuris)

Mas, advogado, eu não tenho contratocontrato nenhum com o salafrário do devedor e

nenhuma sentençasentença contra ele! Só tenho as notas fiscais e os comprovantes de entrega

das mercadorias que vendi a ele!!!

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"APELACAO CIVEL. ACAO CAUTELAR DE ARRESTO. PROVA DA DIVIDA LIQUIDA E CERTA. INEXISTENCIA DE TITULO EXECUTIVO. INDEFERIMENTO DA PETICAO INICIAL. CASSACAO DA SENTENCA. PEDIDO DE LIMINAR. INADMISSIBILIDADE. SUPRESSAO DE INSTANCIA. 1 - O disposto no art. 814, I do Codigo de Processo Civil 'prova literal da divida liquida e certa' nao esta a exigir, necessariamente, que esta prova seja representada por um titulo executivo. Este constitui um dos meios de prova da divida liquida e certa, porem não é o único. Outros documentos sem eficacia de titulo executivo podem servir a prova de que trata esse dispositivo legal. Assim, é o bastante que o autor apresente prova literal de que a divida seja liquida e certa, a despeito de não-exigivel. Quisesse a lei que o arresto fosse admitido tão somente nos casos em que o autor tivesse de posse de um titulo executivo, teria feito menção expressa à exigibilidade da divida, o que não ocorre, pois requer-se apenas sua certeza e liquidez. 2 - Assim, se a peticao inicial vem instruida com cheque emitido pelo pai do devedor, borderôs bancáriosborderôs bancários, nota fiscalnota fiscal e comprovante de entrega das comprovante de entrega das mercadoriasmercadorias, pelos quais se pode extrair o montante da divida, bem como sua existencia, nao ha falar-se em falta de 'prova literal da divida liquida e certa', impondo-se a cassacao da sentenca, a fim de que se de prosseguimento no feito. 3 – [...] Apelo conhecido e parcialmente provido." TJGO. 2ª C. cível. DJ 14669, 03/01/2006 Acórdão de 06/12/2005 Processo: 200500618407, de Goiania. Rel. Des. Gilberto Marques Filho. Apelacao civel 87317-3/188. Apelante: S. Gomes & Telles Ltda ME. Apelado: Ayr Estevam de Oliveira Neto.

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Requisito da prova documentaldocumental ou justificação de algum dos casos previstos no art. 813 do CPC

(periculum in mora)(periculum in mora)

Audiência de justificaçãoAudiência de justificação(oitiva de testemunhastestemunhas)

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Ausência dos ReAusência dos Reqquisitosuisitos

Não presentes os requisitos, o processo deverá ser extinto sem resolução de extinto sem resolução de méritomérito, face à ausência das seguintes condições da ação: a impossibilidade jurídica do pedido e a falta de interesse de agir.

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"APELACAO CIVEL. MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO. PREQUESTIONAMENTO DE MATERIA CONSTITUCIONAL. NEGATIVA DE VIGENCIA. […] 2. AUSENCIA DE PROVA LITERAL DA DIVIDA LIQUIDA E CERTA. INDEFERIMENTO DA INICIALINDEFERIMENTO DA INICIAL. EXTINCAO DO PROCESSO. PARA A CONCESSAO DO ARRESTO E IMPRESCINDIVEL, SEGUNDO PRESCREVE O ARTIGO 814, INCISO I, DO ESTATUTO PROCESSUAL CIVIL, A PROVA LITERAL DA DIVIDA LIQUIDA E CERTA, OU SEJA, DETERMINADA QUANTO AO SEU MONTANTE E DE DETERMINADA QUANTO AO SEU MONTANTE E DE EXISTENCIA INDUVIDOSAEXISTENCIA INDUVIDOSA. NAO ATENDIDO UM DOS PRESSUPOSTOS NECESSARIOS A CONCESSAO CAUTELAR DE ARRESTO, IMPOE-SE O INDEFERIMENTO DA INICIAL E CONSEQUENTE EXTINCAO DO PROCESSO. APELO CONHECIDO E DESPROVIDO, A UNANIMIDADE DE VOTOS."  TJGO. 2ª C. CIVEL. DJ 14431 de 12/01/2005. ACÓRDÃO: 16/12/2004. PROCESSO: 200401033516 COMARCA: GOIANIA. Relator: Des. ALFREDO ABINAGEM. APELACAO CIVEL 79057-0/188. APELANTE : CONDOMINIO MORADA NOVA APELADO : TEREZINHA DIAS SOARES

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3.3. SuspensãoSuspensão do Arresto do Arresto

Será suspensa a execução da medidasuspensa a execução da medida se o devedor ppaaggar ou dear ou deppositarositar em juízo a importância da dívida, mais custas e honorários advocatícios, ou der fiador idôneo ou prestar caução bastante para a garantia da dívida e seus consectários (art. 819, I, e II, CPC).

É que se o devedor oferece ao credor garantia suficiente ao pagamento da dívida, desaparece o periculum in mora embasador da medida.

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AÇÃOCAUTELAR

DE ARRESTO

Liminarconcedida

Apreensão

Réu prestacauçãocaução

SuspensaSuspensa a execuçãoda medida (bem retorna

à posse do réu).

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4.4. Cessação do Arresto do Arresto

Cessa a medida de arresto se o devedor pagar, promover novação ou transação com o credor (art. 820, I a III, CPC).

Cessa também a eficácia do arresto se o credor não intentar a ação principal no prazo de 30 (trinta) dias contados da efetivação da medida (art. 806, CPC) e nos casos do art. 808, CPC

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Art. 820. Cessa o arresto:I - pelo pagamentopagamento;II - pela novaçãonovação;III - pela transaçãotransação.

Art. 808. Cessa a eficácia da medida cautelar:I - se a parte não intentar a ação no prazono prazo estabelecido no art. 806;II - se não for executadaexecutada dentro de 30 (trinta) dias;III - se o juiz declarar extinto o processo principalextinto o processo principal, com ou sem julgamento do mérito.

Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a medida, é defeso à parte repetir o pedido, salvo por novo fundamento.

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Nesses casos, o juiz extinguirá a ação cautelar com resolução de mérito. Olha só:Art. 269. Haverá resolução de mérito: II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido (pagamentopagamento); III - quando as partes transigirem (novação ou novação ou transaçãotransação);

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5.5. Penhora do Bem ArrestadoPenhora do Bem Arrestado

Julgado procedente o pedido formulado na ação principalna ação principal, o arresto será convertido em penhorapenhora (art. 818, CPC).

Arrá! Então o que o autor da ação cautelar queria mesmo era só garantirgarantir que não iria “nadar e morrer na praia”,

não é mesmo?

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Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve em penhora.se resolve em penhora.

Cautelarde

arrestoContestação

Sentençaconcessivado arrestoarresto

Açãode

cobrança

AçãoPrincipal

SentençaCondeno

o réua pagar

R$ 80.000,00

Execuçãoda sentença

(penhorapenhora do bemdo bemarrestadoarrestado)

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III.III. SEQÜESTRO SEQÜESTRO (art. 822/825, CPC)(art. 822/825, CPC)

1. Conceito

O seqüestro é uma medida cautelar nominada, consistente na apreensão de bem determinadodeterminado (imóveis, semoventes e móveis), objeto do litígio, para lhe assegurar assegurar entreentreggaa, de bom estado, ao que vencer a causa.

O sistema processual brasileiro não permite o seqüestro de pessoasseqüestro de pessoas, sendo que a isso se dá outras denominações, tais como depósito de menores ou incapazes (CPC, art. 808, V), guarda judicial de pessoas (CPC, art. 799) e posse provisória de filhos (CPC, art. 808, III).

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2.2. Distinção do ArrestoDistinção do Arresto

A medida cautelar de seqüestro tem por finalidade apreender judicialmente o bem (determinado) sobre o qual versa a disputa judicial para conservação da sua integridade, preservando-a de danos, de depreciação ou deterioração, impedindo que a mesma seja subtraída, ou alienada fraudulentamente, destruída ou danificada por quem a detenha, em prejuízo do direito de propriedade ou posse do requerente.

No arresto se apreendem quaisquer bensquaisquer bens (indeterminados) do devedor e destina-se a assegurar uma futura execução monetáriaexecução monetária, ao passo que o seqüestro recai sobre bens determinadosdeterminados e tem por fim proteger uma futura execução para entrega de coisa certaexecução para entrega de coisa certa.

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ARRESTOBens

indeterminadosindeterminados

Futuraexecuçãoexecução

por quantiapor quantiacertacerta

PreparatóriaPreparatória(antes da ação principal)

IncidentalIncidental(durante a ação principal)

ouou

SEQUESTROBens

determinadosdeterminados

Futuraexecução p/entrega de entrega de coisa certacoisa certa

Somente incidentalSomente incidental(durante a ação principal)

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3.3. RequisitosRequisitos

O seqüestro, como de regra todas as cautelares, está condicionado ao perigo de a sentença, na ação principal, não atingir a prestação jurisdicional de mérito, nos seus efeitos práticos, pela demora na solução da lide. Seus requisitos encontram-se no art. 822 do CPC.

Portanto, para a concessão do seqüestro é possível afirmar que é preciso a reunião de pressupostos pressupostos genéricos e genéricos e esesppecíficosecíficos, sendo o fumus boni iuris e o periculum in mora e a coisa determinada e litigiosa, respectivamente.

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Art. 822. O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro:

I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando quando lhes for disputada a propriedade ou a posselhes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receio de rixas ou danificações;II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ainda depois de condenado por sentença ainda sujeita a recursosujeita a recurso, os dissipar;III - dos bens do casal, nas ações de separação nas ações de separação judicial e de anulação de casamentojudicial e de anulação de casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando;IV - nos demais casos expressos em lei.

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AçãoAção dedissolução

de sociedadeempresária

Fundado receiode rixas ou

danificações

Ação cautelarpara seqüestro

do bemdo bem

Art. 822. I - de bens móveis, semoventes ou imóveis, quando quando lhes for disputada a propriedade ou a posselhes for disputada a propriedade ou a posse, havendo fundado receio de rixas ou danificações;

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Art. 822. II - dos frutos e rendimentos do imóvel reivindicando, se o réu, depois de condenado por sentença ainda sujeita a depois de condenado por sentença ainda sujeita a recursorecurso, os dissipar;

Réu condenadocondenadoem ação dereintegração

de posse (fazenda)

Réu apela e gastaapela e gastaos rendimentosgerados pelo

imóvel

Ação cautelar paraseqüestro dos

frutos efrutos erendimentos rendimentos do

imóvel

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Art. 822. III - dos bens do casal, nas ações de separação judicial e nas ações de separação judicial e de anulação de casamentode anulação de casamento, se o cônjuge os estiver dilapidando;

Eu não vou quebrarsua cara, mas a

casa eu quebro!!!

Vocênão tem

coragem!

Vou aproveitaro embalo e

quebrar tudoquebrar tudo. Não vou deixar nada para ela!

Eh, Eh!

Conseqüência da ação de divórcioação de divórcio

Ação cautelarde seqüestroseqüestro

dos bens do casal

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SEQÜESTRO

Pressupostosgenéricosgenéricos

Fumus boniFumus boniiurisiuris

Pressupostosespecíficosespecíficos (art. 822)

Coisadeterminadadeterminada

elitigiosalitigiosaPericulum in moraPericulum in mora

+

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Para que o Judiciárioconceda o seqüestroé necessário que o

bem esteja sob litísob litíggioio

Sem a ação de divórcioSem a ação de divórcio,a esposa pretende propor a cautelar de seqüestrocautelar de seqüestro dos bens contra o marido

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Notem que para que seja considerado sob litígiosob litígio determinado bem é necessária a citação do réucitação do réu,

conforme o art. 219 do CPC:

Art. 219. A citação válidacitação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisafaz litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em

mora o devedor e interrompe a prescrição.

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"AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR DE SEQUESTRO. INDEFERIMENTO DE LIMINAR. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. LIVRE CONVENCIMENTO DO JULGADOR. INADMISSILIDADE DE SEQÜESTRO DE BENS NÃO LITIGIOSOS. I - A medida liminar em ação de seqüestro deve ser indeferida quando ausente o fumus boni juris. II - Os critérios para aferição da medida liminar na cautelar de seqüestro ficam adstritos ao prudente arbítrio do juiz e livre convencimento. III - Como a ação de separação judicial ainda não fora ajuizada, não há que se falar em seqüestro de bens não há que se falar em seqüestro de bens que não estão em litígioque não estão em litígio. Agravo conhecido e improvido (unânime)"TJGO, 1ª Câmara Cível. DJ 14671 de 05/01/2006. Acórdão de 06/12/2005. Processo n. 200501502038. Comarca de Goiânia. Relator: Des. João Ubaldo Ferreira. Agravo de instrumento n. 45779-2/180. Agravante: segredo de justiça. Agravado: segredo de justiça.

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Quer dizer, então, que se eu não propuser primeiro a ação de divórcio ou de separação judicial não existirá

possibilidade jurídicapossibilidade jurídica do pedido de seqüestro na ação cautelar?

Se for assim, o processo deve ser

extintoextinto??

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APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO CAUTELAR DE SEQÜESTRO. I - EXTINÇÃO DO PROCESSOEXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. IMPOSSIBILIDADE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDOJURÍDICA DO PEDIDO. AUSÊNCIA DE DISPUTA DA AUSÊNCIA DE DISPUTA DA POSSE OU PROPRIEDADE DO BEMPOSSE OU PROPRIEDADE DO BEM. I - Impõe-se a extinção da ação cautelar de seqüestro, sob o fundamento da impossibilidade jurídica do pedido ex vi dos arts. 295, inc. I, e seu parágrafo único, inc. III, 267, inc. VI e art. 822, inc. I, todos do CPC, vez que ‘não não cabe seqüestro de bem não litigiosocabe seqüestro de bem não litigioso (RT 674/134'. Recurso conhecido e improvido" (recuso conhecido e improvido, à unanimidade). TJGO, 1ª Câmara Cível. DJ n. 13095 de 19/07/1999. Acórdão de 01/06/1999. Comarca de Itumbiara. Relator: Des. Matias Washington de Oliveira Negry. Apelação cível n. 47683-5/188.

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4.4. ProcedimentoProcedimento

Salvo as especificidades próprias do seqüestro, o procedimento será o mesmomesmo do arresto (art. 823 do CPC).

Irmãoarresto

Irmãoseqüestro

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AÇÃO PRINCIPAL

(disputa sobreos bens)

Risco dedesvio ou

dano

Ação cautelarde seqüestro

Caução LiminarLiminar doseqüestro

Apreensão

Nomeaçãodo depositário

Termo dedepósito

Entregados bens aodepositário

Contestação SentençaSentença daação cautelar

Instruçãoprocessual

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IV.IV. Busca e Apreensão Busca e Apreensão (art. 839/843, CPC)(art. 839/843, CPC)

1. ConceitoConceito

Trata-se de medida cautelar cujo objetivo é promover a busca e a apreensão de pessoas ou coisas, retirando-as de quem as injustamente detenham, de forma que sejam guardadas até que se decida a quem devem ser entregues em definitivo.

2. Distinção do arresto e do seqüestroDistinção do arresto e do seqüestroA busca e apreensão não acautela coisa litigiosa, como o seqüestro, e nem cuida assegura crédito, como no arresto. O arresto e o seqüestro dirigem-se somente a coisas. A busca e apreensão, a coisas e pessoaspessoas. O ponto comum entre os institutos é a apreensão.

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Ação cautelarde busca ebusca eapreensãoapreensão

Açãocautelar

preparatóriapreparatória

Açãocautelar

incidentalincidental

Pode ser preparatória ou incidental

ouou

de pessoasde pessoas

de coisas

ouou

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3.3. Busca e apreensão como ação principalBusca e apreensão como ação principal

Neste caso a busca e apreensão apresenta-se como a própria ação principalação principal, autônoma, definitiva, e não acessória ou provisória.

Através desta ação, alcança-se a satisfação do direito materialdireito material, a dispensar não só a propositura de outra ação principal como também a invocação do periculum in mora.

AÇÃODE

BUSCA EAPREENSÃO

Contestação

Sentençade concessão

definitivadefinitiva do bem apreendido

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3.1.3.1. Na Lei do Na Lei do Direito AutoralDireito Autoral

A ação de busca e apreensão dirige-se para a proteção de direitos de autor e os que lhe são conexos.

A Lei n. 9.610, de 19/02/1998 (Lei do Direito Autoral) autoriza a apreensãoapreensão ou suspensão da divulgação da obra fraudulentamente reproduzida, “sem prejuízo da indenização cabível” (art. 102).

O rito a ser imprimido para essa ação é o ordinárioordinário, e não o rito sumário da ação cautelare não o rito sumário da ação cautelar.

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A pirataria está matando a gente!Só mesmo uma ação de busca e busca e

apreensãoapreensão para tentar frear esses piratas!

Que legal,CD lançamento do

Bruno e Marrone. E só três reais!!!

Enquanto isso, na Av. Anhanguera...

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AÇÃO DE BUSCABUSCAE APREENSÃOE APREENSÃO

cumuladacom pedido

de indenização

ApreensãoApreensão liminar

Contestação InstruçãoSentençaSentença

Confirmaçãoda liminar

e condenaçãodo réu à

indenizaçãoDireito materialmaterial resolvido.Independe de outra ação

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3.2.3.2. Na alienação fiduciáriaNa alienação fiduciáriaA ação de busca e apreensão em alienação busca e apreensão em alienação

fiduciáriafiduciária, utilizada pelo credor fiduciante (Decreto-Lei n. 911, de 1.º/10/1969, art. 3.º, § 8.º), trata tal ação como “processo autônomoautônomo ee independenteindependente de qualquer procedimento posterior”.

O réu pode ou defender-se em 15 dias ou pagar integralmente a dívida, no prazo de 5 (cinco) dias, em ambos os casos depois de executada a liminar de apreensão (art. 3.º, § 1.º, Dec.-Lei 911/69).

CONTRATOde compra e venda

com alienaçãoalienaçãofiduciáriafiduciária

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LiminarLiminarconcedida

(sem caução)

Inadimplementodo devedorfiduciante

ProtestoProtestodo contratono cartório

Credor fiduciáriomove ação de

Busca eBusca eApreensãoApreensão

Em até 5 dias5 diasdepois, o

devedor oupaga o débito

integral...integral...ExecuçãoExecução da liminar

...ou em 1515dias contestacontesta

a açãoSentençaSentença

ApelaçãoApelaçãono efeitono efeito

devolutivodevolutivo

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3.3.3.3. Na busca e apreensão de menoresNa busca e apreensão de menores

A ação de busca e apreensão é definitiva definitiva (e não cautelar) quando exercida pelos pais contra terceiros que ilegitimamente detêm seus filhos, ou pela mãe contra o pai, ou vice-versa, visando à manutenção manutenção da guarda do filho ilegalmente subtraída, subentendo-se nesses casos que o requerente já possua o direito a ser mantidomantido.

Também aqui a pretensão se exerce em ação principal e em processo de conhecimento, dispensando-se a propositura da ação “principal” porque a sentença alcança o direito material.

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Esse netinhoagora vai ficar com o vovô!

Então, movarápido a ação,

doutor, traz meu filho de volta!

Ação deBusca eBusca e

ApreensãoApreensão

Contestaçãoem 15dias

SENTENÇASatisfativaSatisfativado direitomaterial

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3.4.3.4. Busca e apreensão como ação cautelarBusca e apreensão como ação cautelar

Esta é a que corresponde ao artigo 839 do CPC: a medida cautelar de busca e apreensão de pessoas ou coisas, formulada de forma antecedente antecedente ou incidentalou incidental ao processo principal.

É muito utilizada como preventiva ou incidental em ações de suspensão ou destituição do poder familiar, ou ações de guarda de filho menor, onde há disputa sobre tal direito que ainda não foi estabelecido.

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ExemExempplo n. 1lo n. 1

Caso de grande destaque na mídia brasileira.

Ronaldo Caiado, cujo nome foi inserido no livro “Na Toca dos LeõesNa Toca dos Leões” como autor de um plano mirabolante para esterilizar as mulheres nordestinas, através de uma substância na água daquela região.

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Ação cautelarcautelar de

busca ebusca eapreensãoapreensão

(200500625390)

RéusRéus:Fernando Morais, Gabriel Zellmeister e Editora Planeta

do Brasil Ltda.

Requeiro, em caráter liminar, a busca e apreensãobusca e apreensão de todostodos os exemplares do livro em poder da Editora, a proibição de todos os réus de qualquer comentário

acerca de minha pessoa, por qualquer meio de comunicação, sob pena de multa de R$ 5.000,00 por cada transgressão, a obrigação de retratação e, por

fim, a ordem de reformulação do livro extirpando-se o texto injurioso.

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Confira a parte dispositiva da decisão que apreciou o pedido de liminar da ação cautelar

proposta:

Eis o objeto da intriga judicialEis o objeto da intriga judicial

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“Ao cabo dessas considerações, defiro em parte do pleito liminar, mediante caução real ou fidejussóriacaução real ou fidejussória de ressarcir os prejuízos que a editora possa vir a sofrer, no importe de R$ 50.000,00R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), de sorte que determino a busca e apreensãodetermino a busca e apreensão de todos os exemplares do referido livro que forem encontrados em poder de terceira suplicada, no endereço indicado, autorizando, desde já, o arrombamento arrombamento de prédios e o reforçoreforço policialpolicial, caso necessários, entregando-os ao depositário público da comarca de São Paulo-SP.Na seqüência, também em regime liminar, ficam todos os suplicados proibidos de divulgarem comentários acerca do texto imputado proibidos de divulgarem comentários acerca do texto imputado de caluniosode calunioso, em qualquer órgão de imprensa, sob pena do pagamento de multa que imponho a cada um, no valor de R$ 5.000,00R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por cada atocada ato publicitário.Prestada a cauçãoPrestada a caução, promova-se a busca e apreensãopromova-se a busca e apreensão e intimem-se os suplicados da proibição aqui estabelecida, em seguida, citem-se todos para responderem, querendo, no prazo de cinco dias, tudo através de carta precatória endereçada à comarca de São Paulo-SP.Por fim, intime-se o suplicante da presente decisão.”

Goiânia, 13 de abril de 2005. Jeová Sardinha Moraes. Juiz de Direito

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Ação cautelarcautelarde busca

e apreensão

Concessãoda liminarliminar

condicionadacondicionadaà cauçãoà caução

Caução realreal

Mandado deBusca e

Apreensão

Carta precatória

p/ SP

Busca e apreensão

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Exemplo n. 2Exemplo n. 2

Em semelhante forma, a Lei 9.609, de 19/02/1998 (lei de proteção a programa de computador) – art. 13 e 14.

Medida cautelar de vistoria, busca e apreensãoMedida cautelar de vistoria, busca e apreensão promovida pela Microsoft Corporation em face da Eletroenge Engenharia e Construções Ltda. Processo protocolo n. 200601571058, TJGO, 3ª Câmara Cível, Relatora: Dra. Sandra Regina Teodoro Reis. Acórdão de 29/08/2006.

A condenação de 1ª instância, mantida no TJGO, foi de três vezes o valor de mercado de cada três vezes o valor de mercado de cada programaprograma de software, encontrado pela perícia.

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XX

““O massacre do século”O massacre do século”

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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. MEDIDA CAUTELAR DE MEDIDA CAUTELAR DE VISTORIA, BUSCA E APREENSÃOVISTORIA, BUSCA E APREENSÃO. DIREITO AUTORAL. UTILIZAÇÃO INDEVIDA DE SOFTWARE. SENTENÇA ULTRA PETITA. 1- Restando caracterizada a conexão, a ação cautelaração cautelar e a principal devem ser julgadas simultaneamente. 2- Constitui violação ao direito autoralviolação ao direito autoral, a utilização de programas de computador, sem autorização do autor de criação. 3- Ao infrator cabe a condenação, a título de indenização, por violação dos direitos autorais, que tem a finalidade de reparar o dano, e inibir a prática de novos comportamentos ilícitos. 3- Não há que se falar em sentença ultra petita. Quando o valor da condenação não corresponde ao valor dado à causa, tendo em vista, que o valor depende de verificação do dano e de outras circunstâncias, pelo MM. Juiz de Direito. Recurso conhecido e improvido.

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Ação cautelarde vistoria,

busca eapreensão

Liminarcumprida

mediante caução

ContestaçãoContestação

Ação deindenização

(ação principal)Contestação

SENTENÇASENTENÇAPossível julgamento

simultâneo simultâneo daprincipal com

a cautelar

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4.4. Busca e apreensão como mero cumprimento Busca e apreensão como mero cumprimento de ordem judicialde ordem judicial

Neste ponto, a busca e apreensão não se revela como ação principal e nem como ação cautelar, mas como uma conseqüência de um comando do magistrado em conseqüência de um comando do magistrado em decisões ou em sentençasdecisões ou em sentenças em que sejam determinadas busca e apreensão de pessoas ou de coisas.

Como exemplo, na sentença que condena o réu a entrega de coisa certa, caso descumprida a ordem, será expedido mandado de busca e apreensãobusca e apreensão da coisa móvel (art. 461-A, § 2º, CPC). Em outro caso, no inventário, quando o inventariante tem ordenado o seu afastamento (remoção) do processo, caso não entregue os bens do espólio, o juiz ordenará a expedição de mandado de busca e apreensão (art. 998, CPC). Não tratam tais casos de ação cautelar.

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SENTENÇACondeno

o réu à restituiçãorestituiçãodo veículo locado,

sob pena deBusca e

apreensão.

Descumprida a ordem...

Busca e apreensãoBusca e apreensãodo veículo

(como cumprimentoda sentença)

Credorsatisfeito

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4. 4. Procedimento Procedimento da ação cautelar de busca e da ação cautelar de busca e apreensãoapreensão

4.1. Inicial

Na petição inicial o requerente exporá as razões justificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou coisa no lugar designado (art. 840, CPC).

Art. 840. Na petição inicial exporá o requerente as razões justificativasjustificativas da medida e da ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designadolugar designado.

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4.2.4.2. Justificação PréviaJustificação Prévia

Quando indispensável, a justificação prévia será feita em segredo de justiça.

Provado o quanto baste o alegado, será expedido o mandado de busca e apreensão que conterá os requisitos dos incisos do art. 841 do CPC.

Art. 841. A justificação prévia far-se-á em segredo de justiça, se for indispensável. Provado quanto baste o alegado, expedir-se-á o mandado que conterá:I - a indicação da casada casa ou do lugarlugar em que deve efetuar-se a diligência;II - a descriçãodescrição da pessoapessoa ou da coisacoisa procurada e o destinodestino a lhe dar;III - a assinatura do juizassinatura do juiz, de quem emanar a ordem.

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4.3.4.3. Cumprimento do MandadoCumprimento do Mandado

O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas. Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde se presuma que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada (art. 842 e § 1.º, CPC).

Art. 842. O mandado será cumprido por dois oficiais de justiça, um dos quais o lerá ao morador, intimando-o a abrir as portas.§ 1o Não atendidos, os oficiais de justiça arrombarãoarrombarão as portas externas, bem como as internas e quaisquer móveis onde presumam que esteja oculta a pessoa ou a coisa procurada.§ 2o Os oficiais de justiça far-se-ão acompanhar de duas testemunhasduas testemunhas.§ 3o Tratando-se de direito autoral ou direito conexo do artistadireito autoral ou direito conexo do artista, intérprete ou executante, produtores de fonogramas e organismos de radiodifusão, o juiz designará, para acompanharem os oficiais de justiça, dois peritosdois peritos aos quais incumbirá confirmar a ocorrência da violação antes de ser efetivada a apreensão.

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Ação Cautelarde Busca eApreensão

Justificaçãoprévia

Fumus boniiuris e periculum

in mora

Possívelcaução

LiminarLiminarBuscaBusca

e apreensãoe apreensão

Contestação(5 dias)

Audiênciade conciliação

Audiênciade instrução e

julgamento

SentençaSentença

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V.V. Produção antecipada de provasProdução antecipada de provas (art. 846/851, CPC)(art. 846/851, CPC)

1. Conceito

É a ação que, em razão da urgência na produção de provas, visa antecipá-lasantecipá-las antes da ação própria.

Visa assegurar três grandes tipos de provas: o interrogatório da parteinterrogatório da parte, o depoimento testemunhaldepoimento testemunhal e a prova pericialprova pericial (vistoria ad perpetuam rei memoriam), conforme o art. 846 do CPC:

Art. 846. A produção antecipada da prova pode consistir em interrogatório da parteparte, inquirição de testemunhastestemunhas e exame pericialpericial.

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AÇÃO DE PRODUÇÃO ANTECIPADAANTECIPADADE PROVAS

Depoimentotestemunhaltestemunhal

Interrogatórioda parteparte

Provapericialpericial

Essa ação visa resguardar essas espécies de provasEssa ação visa resguardar essas espécies de provas

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2.2. CabimentoCabimento

É cabível a antecipação de provas sempre quando houver fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil aimpossível ou muito difícil a verificação de certos verificação de certos fatosfatos na futura ação a ser ajuizada, como quando a parte ou testemunha tiver de ausentar-se, ou quando por motivo de idade ou de doença grave houver justo receio de que no momento próprio elas não mais existamnão mais existam ou estejam impossibilitadasimpossibilitadas de depor.

Importante salientar que a produção antecipada de provas, se já pendente a açãose já pendente a ação, não se trata de açãonão se trata de ação, pois tem a natureza de produção objetivamente emergencial de prova, que é apenas colhida antecipadamente.

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Testemunha pode nãosuportar o momento próprio

para ser ouvida em juízo

Ai, minha filha, chama o padre para me dar a extrema unção!

Ação de Produção

Antecipada de Prova

(depoimentotestemunhal)

Nãoadianta!Esse aíeu levoantes!

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Em razão das obras que serão iniciadas, a construtora promove ação de produção antecipada de

provas (pericialpericial) para documentar o estado físico dos

imóveis vizinhos.

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3.3. ProcedimentoProcedimento

3.1. Petição inicial

Na inicial o requerente justificará a necessidadenecessidade de antecipação e mencionará os fatosfatos sobre os quais a prova recairá (art. 848, CPC).

Art. 848. O requerente justificará sumariamente a necessidadenecessidade da antecipação e mencionará com precisão os fatosos fatos sobre que há de recair a prova.Parágrafo único. Tratando-se de inquirição de testemunhas, serão intimados os interessados a comparecer à audiência em que prestará o depoimento.

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL

CONSTRUTORA MARQUEZAN, .... vem propor AÇÃO DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA em face de RISOLDA

TRISTÃO, HERMES LIMA, LARA CÁSSIA e HONESTINO ROSA,... pelo seguinte:

I.I. DOS FATOSDOS FATOSA autora iniciou uma obra de construção, onde serão usadosmaquinários pesados (como bate-estacas), com conclusão

prevista em 120 dias, e pretende documentar o estado físicodos imóveis pertencentes aos réus, de forma a prevenir-se de

ação possivelmente a ser movida contra a requerente.II. DO DIREITOII. DO DIREITO

O direito à ação é previsto nos artigos 846/851, CPC.III. DOS PEDIDOSIII. DOS PEDIDOS

Assim, requer a V. Exa que: a) a citação dosréus para resposta; b) a nomeação de perito; c) a permanência

dos autos em cartório, após coleta da prova.

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3.2.3.2. ContestaçãoContestação

Conforme art. 802 do CPC, o réu será citado para, no prazo de 5 dias, contestarcontestar o pedido, ainda que seja restrita a impugnar a existência do periculum in mora e do fumus boni iuris, ou seja, a necessidade de antecipação da prova.

Pode o réu alegar a falta de condiçõesfalta de condições da ação e de pressupostos processuaispressupostos processuais. Será o réu, também, intimado para acompanharacompanhar a produção da prova.

Não cabe trazer à ação de antecipação de provas questões referentes ao objeto litigiosoobjeto litigioso do do processo principalprocesso principal.

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Ação de produçãoAção de produçãoantecipada de provasantecipada de provasp/ apuração da causap/ apuração da causada morte dos peixesda morte dos peixes

FabricanteFabricante doproduto

suspeito decausar a morte

dos peixes

Réu pode alegar: Réu pode alegar:

Ausência Ausência de de fumusfumus

boni iuris boni iuris eepericulum periculum

in morain mora

Ausência de possibilidadeAusência de possibilidadejurídica, interesse ejurídica, interesse e

legitimidadelegitimidade

Vedada discussãoVedada discussãosobre a sobre a causacausa

do danodo dano

Contestaçãoem 5 dias5 dias

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3.3.3.3. SentençaSentença

Produzida a prova, a sentença a homologará e os autos permanecerão em cartório, permitindo-se aos interessados solicitar as certidões que quiserem (art. 851, CPC).

Somente haverá sucumbência (condenação do réu ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios) se se ppor parte do demandado or parte do demandado houver imhouver imppuuggnanaçção da necessidade da ão da necessidade da pprovarova.

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Autos permanecemem cartórioem cartório...

Para solicitação decertidõescertidões...

ouou

Extração de cópiascópias necessárias

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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE PRODUÇÃO AÇÃO DE PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVASANTECIPADA DE PROVAS. INEXISTÊNCIA DE LIDE. SUCUMBÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.Não havendo lide, que praticamente se revela pela falta de contestação ao pedido de produção antecipada de provas, não haverá, não haverá, também, sucumbênciatambém, sucumbência, o que exclui a condenação de custas e honorários advocatícios. Recurso conhecido e provido (unânime).TJGO, 3a Câmara Cível, 2a Turma Julgadora. Apelação cível n. 99851-9/188 (200601625280). Comarca de Goianira. Acórdão de 12/09/2006. Apelante: Murilo Bastos Curado e outro(s). Apelado: Indústria e Comércio de Produtos Recicláveis Brito Ltda. Relator: Des. Rogério Arédio Ferreira.

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4.4. Desnecessidade de propositura da Desnecessidade de propositura da ação principalação principal

Tendo em vista que a produção antecipada de provas não configura qualquer constrição de não configura qualquer constrição de bensbens, ao contrário do que ocorre, por exemplo, no arresto, seqüestro e na busca e apreensão (casos em que necessitam obedecer ao prazo para a propositura da ação principal), esta espécie de ação não observa o art. 806 do CPC.

O fato cuja prova foi colhida pela antecipação de prova não desaparece e nem se torna inócuonão desaparece e nem se torna inócuo pela inobservância do lapso de 30 dias na propositura da ação principal.

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Ação cautelar de produçãoAção cautelar de produçãoantecipada de provasantecipada de provas

Proprietário doimóvel vizinho

Réu contestaou não

Prova pericialProva pericial

Manifestação daspartes sobre laudo

SENTENÇASENTENÇA

Meramentehomologatóriahomologatória

Sem contestação, sem sucumbênciasem sucumbência

DesnecessidadeDesnecessidade daação principalação principal

Autos Autos à disposiçãoà disposiçãodas partesdas partes em cartório em cartórioA

ção

em

reg

ra s

em l

ide

Açã

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m r

egra

sem

lid

e

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5.5. Dispensa da antecipação de prova Dispensa da antecipação de prova em acidente de trânsitoem acidente de trânsito

A produção antecipada de provas tem sido dispensada nas ações de indenização fundadas em acidente de trânsito, às quais se permite a substituição por orçamentosorçamentos de oficinas idôneas, inobstante o comando do art. 368, parágrafo único, do CPC, haja vista o posicionamento do STF em sua Súmula 261:

“Para a ação de indenização, em caso de avaria, é dispensável que a vistoria se faça judicialmentedispensável que a vistoria se faça judicialmente.”

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Ação deAção deIndenizaçãoIndenizaçãopor danospor danosmateriaismateriais

Três orçamentos p/prevalecer o menor

Réu

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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS. CITAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. VALIDADE. TEORIA DA APARÊNCIA. REVELIA. QUANTUM ARBITRADO CORRETAMENTE. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. INEXISTÊNCIA.[...] IV – Correto o quantum arbitrado a título de danos materiais vez que o valor encontra-se em consonância com o orçamento de menor valororçamento de menor valor apresentado pela parte autora, contra o qual, sequer houve impugnação pela parte requerida, não existindo qualquer outra prova em contrário ou mesmo requerimento da parte ré para sua produção; [...] Apelo conhecido, mas improvido.TJGO, 4ª Câmara Cível, 2ª Turma Julgadora. Apelação cível nº 105587-1/188 (200603841109). Comarca de Goiânia. Acórdão de 15/02/2007. Apelante Banco Itaú S/A. Apelado Edson Francisco de Freitas. Relator: Des. João de Almeida Branco. Apelante: Banco Itaú S/A. e como Apelado: Edson Francisco de Freitas.

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VI.VI. ARROLAMENTO DE BENS (art. 855/860)ARROLAMENTO DE BENS (art. 855/860)

1. Conceito

Procedimento cautelar específico utilizado sempre que se pretender deixar registrada a existência e o registrada a existência e o estado de determinados bensestado de determinados bens, em razão de fundado receio de seu extravio ou dissipação, depositando-os em mãos de pessoa da confiança do juízo.

Exemplos de interessados: herdeirosherdeiros;cônjugescônjuges;conviventesconviventes;sóciossócios.

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2. CabimentoPode requerer o arrolamento todo aquele que tiver interesse no registro e conservação dos bens (art. 856, CPC). A medida poderá ser preparatória de outra cautelar, como no seqüestro de bens.

O credor que, de regra, não tem interesse global sobre os bens, mas em parte deles, só pode requerer o arrolamento nos casos em que tenha lugar a arrecadação da herança (art. 856, § 2.º, CPC), seja porque é jacente, seja porque se decretou a insolvência do espólio do devedor.

A herança é jacente quando não são conhecidos os herdeiros, ou então quando os herdeiros conhecidos renunciaram a herança, não existindo substitutos.

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AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR DE ARROLAMENTO DE BENS. OBJETIVO DE PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS BENS. 1. O objetivo da medida cautelar de arrolamento de bens é a preservação preservação dos bens sobre que incide o interesse da parte, preponderando a finalidade conservativaconservativa, eventual discussão acerca da titularidade exclusiva ou não do patrimônio arrecadado deve ser resguardada para a demanda principal 2. A medida cautelar [...] não se presta para solucionar disputas patrimoniaisdisputas patrimoniais e conferir a propriedade de benspropriedade de bens, visa tão-somente acautelaracautelar os direitos do requerente com a descridescriçção e o deão e o deppósitoósito dos mesmos, predominando, como já afirmado, a finalidade preservativa. 3. Concedida a liminar, o juiz desde logo nomeará depositáriodepositário para encarregar-se do arrolamentoarrolamento (art. 859, CPC), visando assegurar a preservaçãopreservação e conservaçãoconservação dos bensdos bens arrecadadosarrecadados. Entende-se assim que, embora a medida não torne inalienáveis os bens arrecadados, qualquer ato de disposição deles ou de seus frutos dependerá sempre de prévia autorização judicial. [...] 5. Agravo conhecido e provido parcialmente (unânime).TJGO, 4ª C. Cível, 4ª T. Julg. Agravo de instrumento nº 51016-8/180 (200601839794). Acórdão de 28/09/2006. Comarca de Goiânia. Agrte.: Silvana Pereira de Almeida Rocha. Agrdo: Henrique Celso de Rezende Rocha. Rel. Des. Kisleu Dias Maciel Filho.

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3.3. ProcedimentoProcedimento

3.1.3.1. Petição inicialPetição inicial

Juntamente com os requisitos dos artigos 282 e 801, o requerente atenderá ao preconizado no art. 857, CPC, explicitando:

I - o seu direito aos bens;

II - os fatos em que funda o receio de extravio ou de dissipação dos bens.

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3.2.3.2. Medida LiminarMedida LiminarProduzidas as provas em justificação prévia, o juiz, convencendo-se de que o interesse do requerente corre sério risco, deferirá a medida, nomeando depositário dos bens.

O possuidor ou detentor dos bens será ouvido antes da justificação se a audiência não comprometer a finalidade da medida. É o que preconiza o art. 858:

Art. 858. Produzidas as provas em justificação prévia, o juiz, convencendo-se de que o interesse do requerente corre sério risco, deferirá a medida, nomeando depositário dos bens.Parágrafo único. O possuidor ou detentor dos bens será ouvido se a audiência não comprometer a finalidade da medida.

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Defiro a liminar nos termos do pedido, para arrolamento dos bens indicadosarrolamento dos bens indicados e outros de e outros de propriedade comum que propriedade comum que porventura forem porventura forem

encontradosencontrados, expedindo-se mandado de arrolamento para os bens localizados nessa

comarca e cartas precatórias para as comarcas das localidades dos demais bens.

Ahhh... Agorasim, posso

ficar tranquilo!

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3.3. Lavratura do auto de arrolamento

O depositário lavrará auto, descrevendo minuciosamente todos os bens e registrando quaisquer ocorrências que tenham interesse para a sua conservação, conforme comando do art. 859 do CPC:

Art. 859. O depositário lavrará auto, descrevendo minuciosamente todos os bens e registrando quaisquer ocorrências que tenham interesse para sua conservação.

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3.4.3.4. Conclusão do arrolamentoConclusão do arrolamento

Não sendo possível efetuar desde logo o arrolamento ou concluí-lo no dia em que foi iniciado, opor-se-ão selos nas portas da casa ou nos móveis em que estejam os bens, continuando-se a diligência no dia que for designado. Esta é a dicção do art. 860:

Art. 860. Não sendo possível efetuar desde logo o arrolamento ou concluí-lo no dia em que foi iniciado, apor-se-ão selos nas portas da casa ou nos móveis em que estejam os bens, continuando-se a diligência no dia que for designado.

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3.5.3.5. Distinção do seqüestroDistinção do seqüestro

Distingue-se do seqüestro por presumir ignorância ou desconhecimento dos bens integrantes de uma universalidade, seja no aspecto quantitativo, seja no qualitativo – motivo porque se torna necessário, antes da apreensão, a descrição, o arrolamento dos bens aos quais se arroga ter direito o autor da demanda.

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VII.VII. ALIMENTOS PROVISIONAISALIMENTOS PROVISIONAISOs alimentos provisionais, preparatórios ou na pendência da

ação principal, têm por objetivo providenciar o sustento da parte durante a pendência de determinadas ações, como (art. 852):

I – ação de separação judicial (antigo desquite), de anulação de casamento, desde que estejam separados os cônjuges ou se peça a separação de corpos;

II – ação de alimentos, desde o despacho da inicial;

III – outras ações previstas em lei, como a ação de investigação de paternidade (art. 7.º da Lei 8.560, de 29/12/1992) e a ação de alimentos de filho havido fora do casamento. Em ambos os casos contam-se os alimentos devidos a partir da publicação da sentença de primeiro grau, se esta for favorável, ainda que haja recurso, e não a partir da citação.

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2.2. Processamento no primeiro Processamento no primeiro grau de jurisdiçãograu de jurisdição

Ao contrário da regra geral das cautelares (art. Ao contrário da regra geral das cautelares (art. 800, parágrafo único, CPC), ainda que o 800, parágrafo único, CPC), ainda que o processo principal já se encontre no tribunal o processo principal já se encontre no tribunal o pedido de alimentos provisionais processa-se pedido de alimentos provisionais processa-se sempre em primeiro grau de jurisdição (art. sempre em primeiro grau de jurisdição (art. 853, CPC). 853, CPC).

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3.3. ProcedimentoProcedimentoConforme redação do art. 854 e parágrafo único, do CPC, o requerente deve expor na inicial suas necessidades e as possibilidades do alimentante, podendo pedir, liminarmente, o arbitramento de uma mensalidade para sua mantença, que pode ser concedida sem audiência da parte contrária.

Havendo ou não a liminar, o requerido será citado, nos termos da parte geral do processo cautelar.

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4.4. Alimentos Alimentos provisóriosprovisóriosOs alimentos ditos “provisórios” são regulados pela Lei 5.478, de 25/07/68, que dispõe sobre a ação de alimentos, de rito especial, devendo o autor da ação provar apenas o parentesco ou a obrigação de alimentos do devedor. Não se sujeitam às regras da Não se sujeitam às regras da cautelarcautelar.

Os alimentos provisórios, deferidos como liminar em ação de alimentos, não podem ser revogados, porque são da essência da demanda, mas poderão ser modificados.

Já os alimentos provisionais, originários de Medidas Cautelares preparatórias ou incidentais, poderão ser modificados e até mesmo revogados a qualquer momento, além de estarem sujeitos à caducidade se não for proposta a ação principal no prazo de trinta dias.

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VIII.VIII. EXIBIÇÃOEXIBIÇÃO

1. Conceito

Regulada pelos artigos 844 e 845 do CPC, a exibição judicial tem lugar como procedimento preparatório, com o fim de que sejam exibidos coisa ou documento.

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2.2. Cabimento Cabimento Como em todas as cautelares, exige-se o periculum in mora, que nada mais é do que o risco de que o documento ou coisa venha a perecer ou danificar-se.

Caberá a ação de exibição nos casos dos artigos 844, I e II, CPC, como são exemplos a ação do correntista contra o banco para exibição das cópias dos seus cheques ou extratos bancários, bem como do contratante contra o contratado para que este exiba o contrato que ficou unicamente em suas mãos.

Outros exemplos são a ação de exibição para assegurar aos pais o conhecimento dos prontuários médicos do filho para futura ação de indenização por danos decorrentes de erro médico, a exibição de livros da sociedade comercial para instruir ação de prestação de contas.

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3.3. ProcedimentoProcedimento

A ação cautelar de exibição de documento ou coisa atende os artigos 355 a 363 e 381 e 382.

3.1. Cabimento

Art. 355. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa, que se ache em seu poder.

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3.2. Petição Inicial

Art. 356. O pedido formulado pela parte conterá:I - a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;II - a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou a coisa;III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.

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3.3. Contestação

Art. 357. O requerido dará a sua resposta nos 5 (cinco) dias subseqüentes à sua intimação. Se afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade.

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3.4. Inadmissibilidade da recusa do réu

Art. 358. O juiz não admitirá a recusa:

I - se o requerido tiver obrigação legal de exibir;

II - se o requerido aludiu ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de constituir prova;

III - se o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.

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3.5. Decisão da ação de exibição

Art. 359. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar:

I - se o requerido não efetuar a exibição, nem fizer qualquer declaração no prazo do art. 357;

II - se a recusa for havida por ilegítima.

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3.6. Documento ou coisa em poder de terceiro

Art. 360. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz mandará citá-lo para responder no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 361. Se o terceiro negar a obrigação de exibir, ou a posse do documento ou da coisa, o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das partes e, se necessário, de testemunhas; em seguida proferirá a sentença.

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3.7. Recusa do terceiro quanto à exibição

Art. 362. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz lhe ordenará que proceda ao respectivo depósito em cartório ou noutro lugar designado, no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o embolse das despesas que tiver; se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, tudo sem prejuízo da responsabilidade por crime de desobediência.

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3.8. Escusa na exibição

Art. 363. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa:

I - se concernente a negócios da própria vida da família; II - se a sua apresentação puder violar dever de honra; III - se a publicidade do documento redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes consangüíneos ou afins até o terceiro grau; ou lhes representar perigo de ação penal; IV - se a exibição acarretar a divulgação de fatos, a cujo respeito, por estado ou profissão, devam guardar segredo; V - se subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a recusa da exibição. Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os ns. I a V disserem respeito só a uma parte do conteúdo do documento, da outra se extrairá uma suma para ser apresentada em juízo.

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IX. JUSTIFICAÇÃO

1. Conceito

Regulada pelos artigos 861 a 866 do CPC, a justificação é documentação, por meio de audiência de testemunhas, da existência de algum fato ou relação jurídica, seja para simples documento e sem caráter contencioso, seja para servir de prova em processo regular (art. 861, CPC).

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2. Desnecessidade da ação principal

A justificação não tem natureza cautelar, portanto, a par de não exigir fumus boni iuris e nem periculum in mora, não há necessidade de ser proposta a ação principal de que trata o art. 806 do CPC

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3. Procedimento

O requerente deverá pedir a citação dos interessados. No caso de estes não puderem ser citados pessoalmente, intervirá no processo o Ministério Público (art. 862, parágrafo único), inexistindo, portanto, a citação por edital.

Na justificação não se admite contestação e nem mesmo recurso (art. 865, CPC), mas é permitido ao interessado contraditar as testemunhas e manifestar-se sobre os documentos.

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4. Sentença

Na sentença homologatória da justificação, o juiz não se pronuncia sobre o mérito das provas, limitando-se a verificar se foram observadas as formalidades legais (art. 866, CPC), após o que determina a entrega dos autos ao requerente.