processo civil - aula 02

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  • Aula 02

    Curso: Direito Processual Civil p/ TRT-15 - Analista Judicirio ? Judiciria e Oficial deJustia

    Professor: Gabriel Borges

    376.710.668-00 - Flvia Ferreira Jaco de Menezes

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    DIREITO PROCESSUAL CIVIL P/ TRT-15 REGIO - ANALISTA JUDICIRIO JUDICIRIA E OFICIAL DE JUSTIA.

    AULA 02: Das Partes e Dos Procurados

    SUMRIO PGINA 1. Captulo II: Das Partes e Dos Procuradores: capacidade processual e postulatria; deveres e substituio das partes e procuradores.

    1. Partes 1.1. Capacidade de ser parte 1.2. Capacidade Processual 1.3. Capacidade processual dos cnjuges nas aes reais

    imobilirias 1.4. Curatela Especial 1.5. Representao das pessoas jurdicas e das pessoas

    formais 1.6. Incapacidade processual e irregularidade de

    representao 1.7. Capacidade Processual versus Capacidade de ser

    Parte versus Capacidade Postulatria 1.8. Dos deveres das partes e dos procuradores 1.8.1. Responsabilidade das partes por dano processual 1.9. Responsabilidade e direitos do Procurador 1.10. Honorrios Advocatcios 2. Substituio Processual

    02

    2. Resumo 22

    3. Questes comentadas 23 4. Lista das questes apresentadas 34

    5. Gabarito 38

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    CAPTULO II: Das partes e Dos procuradores

    1. PARTES

    A partir da identificao das partes do processo, ser possvel definir as pessoas que podem ser alcanadas pelo pronunciamento judicial quem poder exigir o cumprimento da obrigao imposta na sentena e perante quem ela se dirigir. A definio das partes no processo vai delimitar os limites subjetivos da coisa julgada. As partes do processo so, em regra, o autor, que solicita o trmino do conflito que originou o processo; o ru, perante quem a providncia jurisdicional foi demandada.

    A relao jurdica formada, ao menos, com dois sujeitos: demandante e demandado. As partes devem agir com lealdade e boa-f, estando sujeitos, na ausncia da observncia dos deveres legais, multa conforme o art. 14 do CPC: em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e no superior a vinte por cento do valor da causa.

    A definio apresentada acima se refere ao conceito clssico de partes, no entanto, podem envolver-se no processo, alm do autor e ru, outras pessoas que queiram defender interesse jurdico de sua titularidade. Contudo, deve-se salientar a distino entre sujeito da lide ou do negcio jurdico material deduzido em juzo e sujeito do processo.

    Um exemplo que nem sempre os sujeitos da lide coincidem com as partes do processo ocorre quando, aps a investigao das circunstncias fticas da controvrsia de um acidente de trnsito entre Alberto e Balzac os condutores dos veculos e responsveis pela materializao do conflito de interesses, Alberto decide demandar contra Carlos, ao invs de dirigir sua pretenso contra Balzac, mero condutor do veculo, sendo o carro de propriedade de Carlos. Percebe-se que Alberto e Balzac so sujeitos da lide, sendo que Alberto e Carlos so sujeitos do processo.

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    Desse modo, pode-se definir parte de dois modos: parte como sujeito da lide, em sentido material, e parte como sujeito do processo, em sentido processual. Parte, para o direito processual, a pessoa que pede ou perante a qual se pede, em nome prprio, a tutela jurisdicional.

    O conceito de parte pode ser dado de modo mais abrangente, como coloca /LHEPDQ VmR SDUWHV GR SURFHVVR RV VXMHLWRV GR FRQWUDGLWyULR LQVWLWXtGR SHUDQWH Rjuiz (os sujeitos do processo diversos do juiz, para as quais este deve proferir o seu provimento).

    Formao clssica do processo O processo envolve apenas o autor, o ru (como partes) e o juiz.

    Extenso das partes no processo Ingresso de terceiros: para apoiar uma das partes principais ou defender interesse prprio: autor, ru e terceiros.

    De acordo com o tipo de ao, fase processual ou procedimento, as terminologias das partes mudam.

    1. Processo de conhecimento geral:

    a) Autor e ru. 2. Processo de conhecimento:

    b) Nas excees: o promovente excipiente e o promovido, exceto.

    c) Na reconveno: reconvinte e reconvindo. d) Nos recursos em geral: recorrente e recorrido. e) Na apelao: apelante e apelado. f) No agravo: agravante e agravado. g) Nos embargos de terceiros: embargante e

    embargado.

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    h) Nas intervenes de terceiros: denunciado, chamado, assistente ou interveniente.

    3. Processo de execuo:

    a) As partes da execuo forada: credor e devedor. b) Nos embargos do devedor ou de terceiros:

    embargante ou embargado.

    4. Processo Cautelar:

    a) As partes no CPC: requerente e requerido. 5. Nos procedimentos de jurisdio voluntria: a) No h partes, mas apenas interessados.

    1.1. CAPACIDADE DE SER PARTE

    A capacidade de ser parte um direito (art. 7o, do CPC); diz respeito personalidade tanto da pessoa fsica quanto da pessoa jurdica. Essa capacidade estendida para os entes despersonalizados a massa falida, o condomnio. Dessarte, a capacidade de ser parte a possibilidade de o indivduo apresentar-se em juzo como autor ou ru no processo. Para a validade da capacidade de ser parte, necessria a personalidade civil.

    Para as pessoas fsicas, a personalidade civil da pessoa comea do nascimento com vida; mas a lei pe a salvo, desde a concepo, os direitos do nascituro (art. 2o do CC). Para as pessoas jurdicas, a personalidade civil obtida a partir da inscrio do ato constitutivo no respectivo registro, como Junta Comercial, rgo de Classe.

    Aps adquirir a capacidade de ser parte, verifica-se se o autor e o ru podem realizar os atos do processo sem a necessidade de acompanhamento ou apoio de outrem, ou seja, deve-se verificar se as partes detm todas as condies de se manterem na relao processual sem serem amparadas por outra pessoa.

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    1.2. CAPACIDADE PROCESSUAL

    A capacidade processual pressuposto de validade do processo. As partes precisam dela para a prtica dos atos processuais. A parte que no tem capacidade processual dever ser representada ou assistida em juzo. Quando representada no participar dos atos, quando assistida participar de sua realizao em conjunto com quem assiste.

    No tem capacidade processual quem no tem capacidade civil para a prtica plena dos atos jurdicos materiais, como o exemplo dos menores de idade (na forma dos artigos, artigos 1 a 10 do Cdigo Civil). A incapacidade processual pode ser superada por meio da figura jurdica da representao. Por conseguinte, quando os incapazes fizerem parte da lide, sero representados por seus pais, tutores ou curadores, de acordo com a lei.

    Art. 8o: Os incapazes sero representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil.

    Quando uma das partes ou as partes so absolutamente incapazes, devero ser representadas; quando a incapacidade for relativa, devero ser assistidas. Ocorrendo qualquer das duas hipteses, haver a necessidade da interveno do Ministrio Pblico, sob pena de nulidade do processo. Os incapazes detm a capacidade de ser parte, mas no possuem a capacidade de estar em juzo nem a capacidade postulatria, uma vez que no possuem capacidade para a prtica dos atos civis.

    O advogado, em regra, de modo exclusivo, tem capacidade postulatria. Exceto nos casos previstos em lei, por exemplo, nos Juizados Especiais, Justia Trabalhista, ADIN e ADECON.

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    Art. 3o: So absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:

    I os menores de dezesseis anos; II os que, por enfermidade ou deficincia mental,

    no tiverem o necessrio discernimento para a prtica desses atos;

    III os que, mesmo por causa transitria, no puderem exprimir sua vontade.

    Art. 4o: So incapazes, relativamente a certos atos, ou maneira de os exercer:

    I os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

    II os brios habituais, os viciados em txicos, e os que, por deficincia mental, tenham o discernimento reduzido;

    III os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo;

    IV os prdigos. Pargrafo nico. A capacidade dos ndios ser

    regulada por legislao especial.

    1.3. CAPACIDADE PROCESSUAL DOS CNJUGES NAS AES REAIS IMOBILIRIAS

    Art. 10: O cnjuge somente necessitar do consentimento do outro para propor aes que versem sobre direitos reais imobilirios.

    No h dependncia entre os cnjuges para estar em juzo nas aes em geral; a exceo diz respeito s aes que tratem sobre os direitos reais imobilirios, pois nesse caso o cnjuge (marido ou mulher) depender da anuncia do consorte

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    para ingressar em juzo. Essa restrio visa a proteger o patrimnio imobilirio familiar.

    O artigo 1.647, CC, trata da capacidade processual das pessoas casadas, no polo ativo, e da exigncia de litisconsrcio passivo, nas causas que versam sobre direitos reais imobilirios.

    Nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: alienar ou gravar de nus real os bens imveis; pleitear, como autor ou ru, acerca desses bens ou direitos; prestar fiana ou aval; fazer doao, no sendo remuneratria, de bens comuns ou dos que possam integrar futura meao. Mas so vlidas as doaes nupciais feitas aos filhos, quando casarem ou estabelecerem economia separada (art. 1.647, CC).

    De acordo FRPRGLVSRVWRQRFDSXWGRDUWGR&&QmRVHDSOLFDDexigncia de participao do consorte quando o casamento ocorrer em regime de separao absoluta de bens. A participao do consorte necessria nos regimes de bens de comunho parcial, universal e de participao final de aquestos. Nesse ltimo, caso no haja acordo pr-nupcial estabelecido.

    Contudo, o art. 1.648 do CC determina: cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cnjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossvel conced-la.

    1.4. CURATELA ESPECIAL

    Em algumas hipteses, o magistrado dar parte um representante especial para atuar em seu nome no curso do processo. A esse representante d-se o nome de curador especial ou curador lide.

    O CPC traz em seu art. 9o a determinao de que o juiz dar curador especial ao incapaz, se no tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele; ao ru preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa. Nas comarcas em que houver representante judicial de incapazes ou de ausentes, competir a este a funo de curador especial.

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    O curador especial ter o dever de proteger o interesse da parte tutelada, tendo ampla defesa dos direitos da parte representada, podendo produzir a contestao, a exceo e a reconveno. No entanto, o curador no pode transacionar, uma vez que a representao somente da tutela e no de disposio.

    A curatela lide um mnus (dever) processual que no permite a exigncia de honorrios da parte representada, mas os servios do advogado podem ser reclamados da parte contrria, quando ocorrer sucumbncia.

    1.5. REPRESENTAO DAS PESSOAS JURDICAS E DAS PESSOAS FORMAIS Sero representadas em juzo, ativa e passivamente, as seguintes pessoas

    jurdicas publicas e privadas, bem como as pessoas formais (art. 12 do CPC): a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, por seus procuradores; o Municpio, por seu prefeito ou procurador; a massa falida, pelo sndico; a herana jacente ou vacante, por seu curador; o esplio, pelo inventariante; as pessoas jurdicas, por quem os respectivos estatutos designarem ou, no os designando, por seus diretores; as sociedades sem personalidade jurdica, pela pessoa a quem couber a administrao dos seus bens; a pessoa jurdica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agncia ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 88, pargrafo nico); o condomnio, pelo administrador ou pelo sndico.

    Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do falecido sero autores ou rus nas aes em que o esplio for parte ( 1o).

    As sociedades sem personalidade jurdica, quando demandadas, no podero opor a irregularidade de sua constituio ( 2o).

    O gerente da filial ou agncia presume-se autorizado, pela pessoa jurdica estrangeira, a receber citao inicial para o processo de conhecimento, de execuo, cautelar e especial ( 3o).

    Para pessoa jurdica que mantenha filiais, importante

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    distinguir duas circunstncias:

    a) Regra geral, a citao do gerente depender de poderes especiais, ou seja, quando os atos no forem praticados pelo citando, no basta ter a qualidade de gerente, necessrio que se tenha poderes adequados para o ato.

    b) Quando os atos forem praticados pelo gerente da filial, a citao do gerente ter eficcia, mesmo que o gerente no tenha poderes especiais para receb-la. Essa circunstncia s ter validade caso no haja no foro competente outro representante com poderes especiais.

    1.6. INCAPACIDADE PROCESSUAL E IRREGULARIDADE DE REPRESENTAO

    A capacidade das partes e a regularidade de sua representao, por serem requisitos de validade da relao processual, devem ser verificadas, ex officio, pelo magistrado. Uma vez verificada a incapacidade processual ou irregularidade, o juiz suspende o processo e determina um prazo para que seja sanado o defeito.

    Caso no seja cumprido o despacho no prazo estabelecido, que no poder ser superior a 30 dias, o magistrado poder adotar as seguintes medidas (art. 13 do CPC): ao autor, o juiz decretar a nulidade do processo; ao ru, reputar-se- revel; ao terceiro, ser excludo do processo.

    Vejam uma questo de 2012:

    (TRF 5 Regio FCC 2012) Com relao capacidade processual correto afirmar:

    a) No atual sistema jurdico ptrio, os cnjuges no necessitam do consentimento do outro para a propositura de ao de qualquer natureza.

    b) Ningum poder pleitear, em nome prprio, direito alheio, em nenhuma hiptese. c) A jurisdio civil, contenciosa e voluntria, exercida pelos juzes e pelos

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    integrantes do Ministrio Pblico, nos termos da lei.

    d) O juiz dar curador especial ao ru preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.

    e) Ambos os cnjuges sero citados, necessariamente, para as aes que versem sobre direitos pessoais mobilirios.

    COMENTRIOS: a) Acabamos de ver que o cnjuge necessitar do consentimento do outro para propor aes que versem sobre direitos reais imobilirios. Lembrem-se que no h dependncia entre os cnjuges para estar em juzo nas aes em geral; a exceo diz respeito s aes que tratem sobre os direitos reais imobilirios. Essa restrio visa a proteger o patrimnio imobilirio familiar.

    E0XLWRFXLGDGRFRPDVJHQHUDOL]Do}HV$RGL]HUHPQHQKXPDKLSyWHVHDEDQFDinvalidou a questo, pois nos casos em que a Lei autorizar ser possvel pleitear, em nome prprio direito alheio (art. 6, CPC). c) O erro da questo est em incluir o Ministrio Pblico. De acordo com o art. 1 do CPC: A jurisdio civil, contenciosa e voluntria, exercida pelos juzes, em todo o territrio nacional, conforme as disposies que este Cdigo [CPC] estabelece. d) a alternativa correta. O juiz determinar curador especial ao incapaz, se no tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele; ao ru preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa.

    e) Ateno leitura, o correto seria dizer que o cnjuge necessitar do consentimento do outro para propor aes que versem sobre direitos reais imobilirios.

    Gabarito: D

    1.7. CAPACIDADE PROCESSUAL VERSUS CAPACIDADE DE SER PARTE VERSUS CAPACIDADE POSTULATRIA

    A capacidade processual relaciona-se com a capacidade de fato ou de exerccio; a qualidade legal para participar da relao processual, em nome

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    prprio ou alheio. Por seu turno, a capacidade de ser parte, relaciona-se com a capacidade de exercer o direito. As pessoas fsicas, jurdicas, de direito pblico ou privado, e as pessoas formais possuem capacidade de ser parte.

    Na capacidade postulatria, regra geral, tm capacidade postulatria os advogados inscritos na OAB e o Ministrio Pblico. Existem casos em que no se faz necessria a capacidade postulatria para atuar em juzo, como nos Juizados Especiais Cveis, quando o valor da causa no ultrapassar 20 salrios mnimos.

    O nascituro tem capacidade de ser parte. Ser representado pela me ou pelo Ministrio Pblico. Assim, a me, como representante do nascituro, poder oferecer a ao e, caso venha a nascer com vida, poder ser investido da titularidade do direito material.

    (TRF 2 Regio FCC 2012) Roberval maior, capaz, tcnico em computao, reside da cidade do Rio de Janeiro, se acha em pleno exerccio de seus direitos e habilitado a todos os atos da vida civil.

    Nesse caso, Roberval

    a) tem capacidade postulatria e capacidade para estar em juzo. b) tem capacidade postulatria, mas no tem capacidade para estar em juzo. c) tem capacidade para estar em juzo, mas no tem capacidade postulatria. d) no tem capacidade postulatria, nem capacidade para estar em juzo. e) s tem capacidade para estar em juzo e capacidade postulatria se estiver assistido por curador especial.

    Gabarito: C

    Percebam que Roberval tcnico em computao, no se mencionou na questo se ele era advogado inscrito nos quadros da OAB, de maneira que no tem, em regra, capacidade postulatria.

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    1.8. DOS DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES

    No se justificaria a interveno estatal se no houvesse um conflito de interesses. Uma vez existente o conflito, busca-se uma deciso pacificadora que s ser alcanada por meio da cooperao das partes, devendo ser respeitadas as normas e regras processuais e as determinaes do juiz.

    Desse modo, so deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo (arts. 14 e 15 do CPC):

    a) Expor os fatos em juzo conforme a verdade. b) Proceder com lealdade e boa-f. c) No formular pretenses nem alegar defesa, ciente de que so

    destitudas de fundamento.

    d) No produzir provas, nem praticar atos inteis ou desnecessrios declarao ou defesa do direito.

    e) Cumprir com exatido os provimentos mandamentais e no criar embaraos efetivao de provimentos judiciais, de natureza antecipatria ou final.

    No processo civil, as partes esto livres para escolher os meios necessrios consecuo dos objetivos, desde que esses sejam idneos, respeitando a celeridade do processo. As partes devem respeitar os princpios da lealdade e da probidade. Refora-se que, alm das partes, os deveres elencados nos arts. 14 e 15 do CPC [acima] devem ser respeitados pelos terceiros intervenientes e pelos advogados que representam as partes no processo.

    Vejam esta questo do Cespe de 2011:

    (TRE ES Cespe 2011) A respeito dos auxiliares da justia e das partes do processo, julgue o item abaixo. No exerccio do direito ampla defesa e ao contraditrio, o ru pode alegar, em contestao, defesa destituda de fundamento.

    a) Certo

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    b) Errado $FDEDPRV GH YHU QD OHWUD F TXH VmR GHYHUHV GDV SDUWHV H GH WRGRV

    aqueles que de qualquer forma participam do processo no formular pretenses nem alegar defesa, ciente de que so destitudas de fundamento.

    Gabarito: Errado

    Compete ao advogado, ou parte quando postular em causa prpria:

    a) Declarar, na petio inicial ou na contestao, o endereo em que receber intimao;

    b) Comunicar ao escrivo do processo qualquer mudana de endereo. 6H R DGYRJDGR QmR FXPSULU R GLVSRVWR QD OHWUD D R MXL] DQWHV GH

    determinar a citao do ru, mandar que se supra a omisso no prazo de 48 horas, VRE SHQD GH LQGHIHULPHQWR GD SHWLomR 6H LQIULQJLU R SUHYLVWR QD OHWUD E VHUmRconsideradas vlidas as intimaes enviadas, em carta registrada, para o endereo constante dos autos.

    1.8.1. RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR DANO PROCESSUAL

    Caso uma das partes haja com m-f, dever indenizar as perdas e danos causados parte prejudicada (art. 16 do CPC). Essa responsabilidade alcana tanto o autor e o ru como os intervenientes no processo.

    litigante de m-f aquele que: deduzir pretenso ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistncia injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerrio em qualquer incidente ou ato do processo; provocar incidentes manifestamente infundados; interpuser recurso com intuito manifestamente protelatrio.

    Caso seja classificado como litigante de m-f, a indenizao compreender: os prejuzos das partes; os honorrios advocatcios, as despesas efetuadas pelo lesado, sendo que a reparao do ato ilcito ser devida qualquer

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    que seja o resultado da lide, mesmo que a deciso seja favorvel ao litigante de m-f. H a possibilidade de aplicar a penalidade de quantia pecuniria igual ou inferior a um por cento sobre o valor da causa, o que , pelo baixo percentual, praticamente um estmulo litigncia de m-f.

    Art. 18 do CPC: O juiz ou tribunal, de ofcio ou a requerimento, condenar o litigante de m-f a pagar multa no excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrria dos prejuzos que esta sofreu, mais os honorrios advocatcios e todas as despesas que efetuou.

    Todavia, a multa pode ser acompanhada do arbitramento de indenizao pelos danos suportados pela parte prejudicada, representando valor pecunirio no superior a 20 por cento do valor da causa a ser fixado pelo juiz, ou liquidado por arbitramento (art. 18, 2o, CPC). Portanto, a multa de um por cento e a indenizao pode chegar a 20 por cento do valor da causa, com imposio imediata ou deslocada para a liquidao por arbitramento.

    Caiu em prova:

    (TRE SP FCC 2012) Beatriz est sendo executada judicialmente pelo descumprimento de obrigao contratual, cujo valor da causa R$ 62.000,00. Na referida execuo, Beatriz foi considerada litigante de m-f porque interps recurso com o intuito manifestamente protelatrio. De acordo com o Cdigo de Processo Civil brasileiro, a multa pela litigncia de m-f NO exceder a) R$ 620,00. b) R$ 1.240,00. c) R$ 3.100,00. d) R$ 6.200,00 e) R$ 9.300,00. Gabarito: A

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    1.9. RESPONSABILIDADE E DIREITOS DO PROCURADOR

    A parte ser representada em juzo por advogado legalmente habilitado. No entanto, ela poder postular em causa prpria em duas situaes:

    a) Quando tiver habilitao legal; ou seja, em regra, ser advogado; b) Quando no tiver habilitao, faltar advogado no lugar, ou aqueles que

    houver se recusarem ou forem impedidos.

    Sem instrumento de mandato, o advogado no ser admitido a procurar em juzo. Poder, todavia, em nome da parte, intentar ao, a fim de evitar decadncia ou prescrio, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigar, independentemente de cauo, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 dias, prorrogvel por igual perodo. Os atos, no ratificados no prazo, sero havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.

    A procurao para o foro mencionada no pargrafo anterior conferida por instrumento pblico, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo: receber citao inicial, confessar, reconhecer a procedncia do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ao, receber, dar quitao e firmar compromisso. Estes ltimos, portanto, so poderes no conferidos ao advogado por procurao geral para o foro.

    Percebam que h uma lgica para no se conferir ao advogado algum desses poderes. Seria irracional permitir ao advogado dispor de direitos da parte ou negociar o bem da vida (o objeto em discusso).

    possvel que o procurador recorra de deciso do juiz, isso razovel, j que o faz perseguindo o que de desejo da parte, mas no razovel que, por exemplo, possa firmar compromissos em nome da parte ou transija em nome dela.

    Caiu em prova:

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    (TRF 2 Regio FCC 2012) A procurao geral para o foro conferida por instrumento pblico ou particular, assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, inclusive

    a) transigir. b) receber e dar quitao. c) firmar compromissos. d) recorrer. e) desistir.

    Relembrando: entre os poderes conferidos por procurao geral por foro no se encontram: 1) receber citao inicial, 2) confessar, 3) reconhecer a procedncia do pedido, 4) transigir, 5) desistir, 6) renunciar ao direito sobre que se funda a ao, 7) receber, 8) dar quitao e 9) firmar compromisso (disposio do art. 38 do CPC). Percebam que a possibilidade de recorrer no est no rol de excees procurao geUDOGHIRURGHPDQHLUDTXHDUHVSRVWDFRUUHWDHVWiQDOHWUDG Gabarito: D

    Uma vez outorgada ao advogado procurao especial com poder de ser citado em nome da parte, o advogado poder ser citado na forma legal, artigos 213 e seguintes do CPC.

    O artigo 215 discorre sobre a citao de quem detm procurao para tanto:

    Art. 215 Far-se- a citao pessoalmente ao ru, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

    1o Estando o ru ausente, a citao far-se- na pessoa de seu mandatrio, administrador, feitor ou gerente, quando a ao se originar de atos por eles praticados.

    2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatrio de que deixou na localidade, onde estiver situado o imvel, procurador com poderes para receber citao, ser citado na pessoa do administrador do imvel encarregado do recebimento dos aluguis.

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    (TJDFT Cespe 2007) Mauro, advogado, tem domiclio em Braslia e exerce suas atividades de advocacia em seu nico escritrio, situado em Taguatinga. Trata-se de causdico que ostenta procurao por instrumento pblico com poderes especiais para receber citaes em nome de Franois, seu cliente estrangeiro domiciliado em Paris.

    A partir da situao hipottica acima, julgue os seguintes itens. Eventual citao de Franois feita na pessoa de Mauro no seu domiclio em Braslia seria nula, pois, por se tratar de relaes concernentes sua profisso, deveria ser realizada em Taguatinga.

    Gabarito: E

    So direitos do advogado no curso do processo:

    a) Examinar, em cartrio de justia e secretaria de tribunal, autos de qualquer processo, observado o disposto no art. 155 elenca as situaes em que os processos correm em segredo de justia. So elas:

    1 Em que o interesse pblico exige; 2 Que dizem respeito a casamento, filiao, separao dos cnjuges,

    converso desta em divrcio, alimentos e guarda de menores.

    O direito de consultar os autos e de pedir certides de seus atos restrito s partes e a seus procuradores.

    b) Requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo prazo de 5 dias;

    c) Retirar os autos do cartrio ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que lhe competir falar neles por determinao do juiz, nos casos previstos em lei.

    Ao receber os autos, o advogado assinar carga no livro competente.

    Quanto responsabilidade do procurador, o STJ tem entendido que se ele (o procurador) responsvel por eventuais ofensas outra parte, no o procurado responsvel. Eventuais ofensas feitas no processo pelo advogado, ainda que tenha relao de emprego com quem representa em juzo, de sua inteira

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    responsabilidade. Assim, o STJ garantiu a independncia do advogado, ainda que ele seja funcionrio de quem representa. Em contrapartida, ele que tem de arcar com abusos que cometer em juzo. (Recurso Especial N 1.048.970-MA (2008/0084652-9), Relator: Min. FERNANDO GONALVES, Data de Julgamento: 15/4/2010)

    1.10. HONORRIOS ADVOCATCIOS Esse tema, alm de constar no CPC, est no estatuto da OAB. Existem 3

    tipos de honorrios advocatcios: convencionados. arbitrados judicialmente e de sucumbncia.

    Art. 22 da Lei n 8.906/1994 (Estatuto da OAB): a prestao de servio profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorrios convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbncia.

    a) Convencional: acordado entre advogado e cliente. Poder ser o fixado na tabela de honorrios ou maior.

    b) Arbitrados judicialmente: por meio de ao prpria do advogado, direcionada ao juiz da causa, que, por sua vez, no fixar valor menor ao definido na tabela de honorrios.

    c) De sucumbncia: o que a parte vencida deve pagar a outra parte. O art. 20, caput, do CPC determina que: a sentena condenar o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorrios advocatcios. Essa verba honorria ser devida, tambm, nos casos em que o advogado funcionar em causa prpria.

    Dvida: O art. 3 da Lei 1.060/50 prescreve que os honorrios advocatcios so isentos a quem comprove a insuficincia de recursos. No entanto, se o autor da ao for legalmente pobre e ao mesmo tempo ganhar a ao, o ru pagar os honorrios advocatcios? O art. 20, caput, do CPC, dispe que: a sentena condenar o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorrios advocatcios. Esta verba honorria ser devida, tambm, nos casos em que o advogado funcionar em causa prpria.

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    Desse modo, o vencido quem arcar com os honorrios advocatcios. Se o ru vencer a causa, o autor manter seu benefcio da gratuidade. Se o ru for vencido, dever arcar com as despesas e honorrios advocatcios.

    Importante ressaltar que a parte beneficiada pela iseno do pagamento das custas ficar obrigada a pag-las, desde que possa faz-lo, sem prejuzo do sustento prprio ou da famlia. Se dentro de cinco anos, a contar da sentena final, o assistido no puder satisfazer tal pagamento, a obrigao ficar prescrita.

    Assim, de acordo com o art. 3, inciso V, da Lei 1.060/50: a assistncia judiciria compreende as seguintes isenes: [...] V - dos honorrios de advogado e peritos. No entanto, essa regra no se aplica nos casos em que o beneficirio foi vencido na contenda jurdica, ou seja, nos casos de honorrios de sucumbncia.

    Vejamos seguinte julgado: JUSTIA GRATUITA. HONORRIOS ADVOCATCIOS. A parte beneficiada pela Justia gratuita, quando sucumbente, pode ser condenada ao pagamento dos honorrios advocatcios, mas lhe assegurada a suspenso do pagamento pelo prazo de cinco anos, se persistir a situao de pobreza, quando, ento, a obrigao estar prescrita, se no houver, nesse perodo, a reverso (Lei n. 1.060/1950). Precedentes citados: REsp 743.149-MS, DJ 24/10/2005; REsp 874.681-BA, DJ 12/6/2008; REsp 728.133-BA, DJ 30/10/2006; AgRg no Ag 725.605-RJ, DJ 27/3/2006, e REsp 594.131-SP, DJ 9/8/2004. REsp 1.082.376-RN, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/2/2009. (1 Turma) (INF. 384)

    x Outro julgado: O silncio do CPC em relao aos honorrios, quando o processo extinto

    por desistncia de ambas as partes, levou o STJ a decidir que esses honorrios no devem ser fixados. Quando a desistncia do processo unilateral, caber parte autora pagar os honorrios do advogado da outra parte. O importante dessa deciso no envolver a justia no pagamento dos advogados quando as duas partes desistem do processo, ou seja, decidiu-se que a Justia no deve interferir nesse caso. (REsp 435.681/ES, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Terceira Turma, Data do Julgado em 19/10/2010, DJe 26/10/2010)

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    ATENO! Smula 481 - 67-)D]MXVDREHQHItFLRGDMXVWLoDJUDWXLWDDSHVVRDMXUtGLFDFRPRXsem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos SURFHVVXDLV

    Dessa maneira, o STJ tem sumulado o entendimento de que as pessoas jurdicas, com ou sem fins lucrativos, que demonstrem sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais tero direito ao beneficio da justia gratuita assistncia jurdica. Vejam questo elaborada pelo Cespe.

    (DPU Cespe 2010/Adaptada) O benefcio da assistncia judiciria pode ser concedido s pessoas jurdicas com ou sem finalidade lucrativa. a) Certo b) Errado Gabarito: Certo

    2. SUBSTITUIO PROCESSUAL A parte dividida, doutrinariamente, em duas espcies: a parte principal,

    que ingressa no processo para pleitear em nome e direito prprio; e a parte acessria, que intervm no processo em direito de terceiros.

    Na substituio processual, a parte recebe autorizao para pleitear em nome prprio direito alheio. Esse fenmeno frequente nas aes do Ministrio Pblico, quando tutela direito difuso, coletivo ou individual homogneo. Nesse caso, o Ministrio Pblico atua de modo amplo, instaurando a relao jurdico-processual e exercendo o direito de ao.

    A substituio processual, vale mencionar, no uma prerrogativa exclusiva do Ministrio Pblico, podendo ser atribuda, por exemplo, aos sindicatos e s associaes civis. Alm disso, ressalte-se que o substituto tem o direito de praticar todos os atos processuais, no lhe sendo facultado, contudo, o direito de transigir, de renunciar ou de reconhecer a procedncia do pedido. Isso porque o direito material pertence aos substitudos.

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    x Na substituio processual, a parte reivindica em seu nome direito do outro (de terceiro); enquanto na representao processual, a parte reivindica em nome do outro, direito tambm do outro, uma vez que o titular do direito material no pode postular. Mas o representante no parte do processo.

    RESUMO DA AULA

    - 'HDFRUGRFRP0LVDHO0RQWHQHJUR)LOKRa identificao das partes do processo importante em face da necessidade de definirmos as pessoas que podem ser atingidas pelos efeitos do pronunciamento judicial. - As partes do processo so o autor, que solicita o trmino do conflito que originou o processo; o ru, em face de quem a providncia jurisdicional foi demandada, e o juiz, responsvel pelo fim do conflito, ou seja, pela resoluo do processo. - A relao jurdica formada, ao menos, com trs sujeitos: magistrado, demandante e demandado.

    - Nem sempre os sujeitos da lide coincidem com os sujeitos do processo. - A capacidade de ser parte a possibilidade de o indivduo apresentar-se em juzo como autor ou ru no processo.

    - A capacidade processual pressuposto de validade do processo.

    - A Capacidade de estar em juzo refere-se s pessoas formais e jurdicas, que so representadas em juzo por uma pessoa fsica. - Substituio Processual: a parte dividida em duas espcies:

    1. Parte principal: ingressa no processo para pleitear em nome e direito prprio.

    2. Parte acessria: intervm no processo em direito de terceiros.

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    QUESTES COMENTADAS

    01. (Advogado BRB Cespe 2010) Embora o direito reconhea s pessoas naturais e jurdicas a capacidade de serem partes no processo, ele abre excees em alguns casos, como o do condomnio e o da sociedade de fato, a quem no impe qualquer limite sua atuao no processo.

    a) Certo b) Errado COMENTRIO:

    $TXHVWmRILFRXHVWUDQKDSRUTXHDFRQMXQomRHPERUDIRLPDOHPSUHJDGDmas trata de um assunto de extrema importncia.

    Vamos ao que interessa!

    A capacidade de ser parte no se confunde com a capacidade de estar em juzo. Lembremos que os incapazes so um exemplo disso, tm capacidade de ser parte, mas so representados em juzo. Art. 8 do CPC: Os incapazes sero representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil.

    O condomnio e a sociedade de fato no tm personalidade jurdica, mas tm capacidade processual para postular em juzo ativa e passivamente. Observem a sutileza, cobrou-se nessa questo o conhecimento de partes, de capacidade de atuar em juzo e das particularidades que cercam os dois exemplos: condomnio e sociedade de fato, que no tm personalidade jurdica.

    Passemos leitura do artigo 12 do CPC:

    Sero representados em juzo, ativa e passivamente: I - a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, por seus

    procuradores;

    II - o Municpio, por seu Prefeito ou procurador;

    III - a massa falida, pelo sndico;

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    IV - a herana jacente ou vacante, por seu curador; V - o esplio, pelo inventariante;

    VI - as pessoas jurdicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, no os designando, por seus diretores;

    VII - as sociedades sem personalidade jurdica, pela pessoa a quem couber a administrao dos seus bens;

    VIII - a pessoa jurdica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agncia ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 88, pargrafo nico);

    IX - o condomnio, pelo administrador ou pelo sndico.

    Portanto, ainda que no se afeioem ao conceito de pessoa jurdica, os exemplos da questo podem atuar em juzo pelos representantes que a lei autorize. Gabarito: Certo

    02. (TRT 17 Regio Cespe 2009) Com referncia s partes e aos procuradores em um processo civil, julgue o item que se segue. Caso uma pessoa adquira um bem cuja propriedade esteja sendo objeto de litgio entre o alienante e terceira pessoa, o adquirente no poder substituir o alienante no feito, caso a outra parte no consinta, porm ser possvel ao adquirente ingressar no feito como assistente do alienante, at porque, nessa hiptese, a coisa julgada ultrapassa seus limites usuais para atingir quem adquire a coisa litigiosa.

    a) Certo b) Errado COMENTRIO:

    Essa questo est de acordo com o art. 42 do CPC e seus pargrafos 1 e 2. Em caso de alienao da coisa ou do direito litigioso, a ttulo particular, por ato entre vivos, no ocorre alterao da legitimidade das partes (art. 42 do CPC).

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    1 O adquirente ou o cessionrio no poder ingressar em juzo, substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrria.

    2 O adquirente ou o cessionrio poder, no entanto, intervir no processo, assistindo o alienante ou o cedente.

    Gabarito: Certo

    03. Joo ajuizou ao de cobrana em face de Tcio, ao esta em que foi atribudo causa o valor de R$ 100.000,00. Na referida ao, Joo foi considerado litigante de m-f e condenado a pagar multa, honorrios advocatcios, todas as despesas que Tcio efetuou, bem como indeniz-lo pelos prejuzos. Neste caso, de acordo com o Cdigo de Processo Civil brasileiro, a referida multa no poder exceder o valor

    a) R$ 1.000,00. b) R$ 2.000,00. c) R$ 10.000,00. d) R$ 20.000,00. e) R$ 40.000,00. COMENTRIO:

    O juiz ou tribunal, de ofcio ou a requerimento, condenar o litigante de m-f a pagar multa no excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrria dos prejuzos que esta sofreu, mais os honorrios advocatcios e todas as despesas que efetuou (art. 18, CPC).

    Multa de 1% do valor da causa (100.000) = 1.000. Vejam que o examinador perguntou sobre a multa, no sobre a indenizao.

    Ademais, foi bastante cuidadoso ao dizer segundo o cdigo, no enunciado da questo; desse modo, cobrou o artigo ipsis littteris.

    Gabarito: A

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    Sobre a responsabilidade e dever das partes por dano processual, julgue os dois itens seguintes:

    04. (Indita) O autor ou o ru respondero pela m-f de terceiro interveniente, ainda que dela no conhecessem; j que o terceiro interveniente no pode ser responsabilizado.

    a) Certo b) Errado COMENTRIO:

    O interveniente tambm pode ser responsabilizado: UHVSRQGHSRUSHUGDVHdanos aquele que pleitear de m-IpFRPRDXWRUUpXRXLQWHUYHQLHQWHDUW&3& Gabarito: Errado

    05. (Indita) Se o CPC considerasse litigante de m-f aquele que interpe recurso com intuito protelatrio, estaria privando a parte do princpio da efetividade.

    a) Certo b) Errado COMENTRIO:

    O princpio da efetividade os direitos devem ser alm de reconhecidos, efetivados; contudo quando h recurso meramente protelatrio, no se busca a satisfao de qualquer direito. Ademais, pela redao do cdigo, reputa-se litigante de m-f aquele que interpuser recurso com intuito manifestamente protelatrio (VII, art. 17 do CPC). Gabarito: Errado

    06. (TRF 3 Regio FCC 2007) A multa referente litigncia de m-f: a) no pode ser cumulada com a obrigao de indenizar a parte contrria dos prejuzos que esta sofreu, honorrios advocatcios e despesas que efetuou.

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    b) depende de requerimento da parte contrria, no podendo ser aplicada pelo juiz de ofcio. c) s pode ser aplicada no primeiro grau de jurisdio e no depende de fundamentao especfica.

    d) no pode ser imposta, por falta de previso legal, parte que induz testemunha a mentir em juzo. e) pode ser imposta mais de uma vez ao mesmo litigante por atos diferentes no curso do mesmo processo.

    COMENTRIO: Alternativa A Errada. O litigante de m f pode ser condenado a pagar

    multa e a indenizar a parte contrria dos prejuzos que esta sofreu, mais os honorrios advocatcios e todas as despesas que efetuou (art. 18, CPC).

    Alternativa B Errada. O juiz ou tribunal, de ofcio ou a requerimento, condenar o litigante de m-f a pagar multa (art. 18, CPC)

    Alternativa C Errada. No h esse limite para aplicao somente ao primeiro grau de jurisdio. Inclusive o art. 18 fala sobre o juiz ou o tribunal.

    Alternativa D Errada. litigante de m-f aquele que altera a verdade dos fatos (caput do art. 17 e seu inciso II, CPC).

    Alternativa E Certa. Quando pratica mais de um ato de m f, o litigante ser condenado por cada um deles indistintamente, afastando-se o risco de uma vez aplicada multa em relao a um ato, tornar o litigante imune.

    Gabarito: E

    07. (DPU Cespe 2010) Marcos constituiu Fernando como seu advogado e, para tanto, outorgou-lhe poderes para o foro em geral mediante instrumento particular. Nessa situao hipottica, Fernando

    a) no poder opor exceo de impedimento do juiz. b) poder receber citao inicial.

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    c) poder renunciar ao direito sobre que se funda a ao. d) no poder realizar transao com a parte contrria sobre o direito em que se funda a ao.

    e) poder desistir da ao, desde que haja certeza de provimento final desfavorvel.

    COMENTRIO: Para responder a essa questo lembremos que: a procurao geral para o

    foro, conferida por instrumento pblico, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citao inicial, confessar, reconhecer a procedncia do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ao, receber, dar quitao e firmar compromisso (art. 38 do CPC).

    Desse modo, est correta a alternativa que diz que o advogado no poder transigir sobre o direito em que se funda a ao.

    Gabarito: D

    08. (DETRAN DF Cespe 2009) D-se a substituio processual quando o terceiro defende em juzo direito alheio em nome alheio. a) Certo b) Errado COMENTRIO:

    Vimos em nossa aula que a substituio processual consiste na defesa de direito alheio em nome prprio. Portanto, ela ocorre quando algum autorizado por lei a agir em nome prprio na defesa de direito e interesse alheio. Temos como exemplo a atuao do Ministrio Pblico na defesa de hipossuficientes.

    No confundam com a representao processual, quando de fato o indivduo age em nome alheio e defende direito alheio.

    Gabarito: Errado

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    09. (STJ Cespe 2008) Por lhe competir manifestar-se sobre preliminares arguidas em contestao pelo ru, o advogado do autor de determinada ao retirou os autos do cartrio. Ultrapassado o prazo legal, os autos no foram devolvidos, o que motivou o ru a requerer providncias do juiz. Considerando essa situao, julgue o item que se segue. Independentemente da provocao da parte, o juiz dever determinar a intimao pessoal do advogado que retm os autos para que este os devolva em at 24 horas. Ultrapassado esse prazo, haver no s a perda do direito de vista dos autos fora do cartrio, mas tambm o desentranhamento da pea protocolada em cartrio tempestivamente.

    a) Certo b) Errado COMENTRIO:

    Se o advogado no restituir os autos no prazo legal, o juiz, de ofcio, mandar riscar o que neles houver escrito e desentranhar as alegaes e documentos que apresentar (art. 195, CPC).

    lcito a qualquer interessado cobrar os autos ao advogado que exceder o prazo legal. Se, intimado, no os devolver dentro em 24 (vinte e quatro) horas, perder o direito vista fora de cartrio e incorrer em multa, correspondente metade do salrio mnimo vigente na sede do juzo (art. 196, CPC).

    Apurada a falta, o juiz comunicar o fato seo local da Ordem dos Advogados do Brasil, para o procedimento disciplinar e imposio da multa (pargrafo nico, art. 196 do CPC). Gabarito: Errado

    10. (OAB Cespe 2008) A respeito das despesas e honorrios, assinale a opo correta.

    a) Se o ru no arguir fato extintivo do direito do autor, dilatando o julgamento da lide, ser condenado nas custas a partir do saneamento do processo.

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    b) Se o autor decair de parte mnima do pedido, o juiz fixar os honorrios advocatcios de forma equitativa.

    c) Havendo diversos autores ou diversos rus, todos respondero solidariamente pelos honorrios advocatcios sucumbenciais.

    d) As despesas dos atos processuais efetuados a requerimento do MP sero pagas pelo autor.

    COMENTRIO: O ru que, por no arguir na sua resposta fato impeditivo, modificativo ou

    extintivo do direito do autor, dilatar o julgamento da lide, ser condenado nas custas a partir do saneamento do processo e perder, ainda que vencedor na causa, o direito a haver do vencido honorrios advocatcios (art. 22, CPC). Opo A, correta.

    O artigo 21 do cdigo insere outra hiptese: a de que cada litigante for em parte vencedor e vencido, assim sero recproca e proporcionalmente distribudos e compensados entre eles os honorrios e as despesas. Sendo que se um litigante for vencido por um valor inferior parte mnima pleiteada, o outro responder, por LQWHLURSHODVGHVSHVDVHKRQRUiULRV(UUDGDSRUWDQWRDOHWUDE

    2 HUUR GD OHWUD F HVWi HPGL]HU TXH RV YHQFHGRUHV WDPEpPSDJDUmR QDsituao em que concorrerem diversos autores ou diversos rus, quando a previso do art. 23 que apenas os vencidos respondero pelas despesas e honorrios, cada um, proporcionalmente.

    $ OHWUD G QmR p ORJLFDPHQWH SRVVtYHO PDV DOpP GLVVR p WDPEpP HUUDGDpelo que prev o art. 27: As despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministrio Pblico ou da Fazenda Pblica, sero pagas a final pelo vencido.

    Gabarito: A

    11. (OAB Cespe 2009) Com base no disposto no CPC a respeito de honorrios advocatcios, assinale a opo correta.

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    a) A verba honorria no devida quando o advogado, ao atuar em causa prpria, for vencedor na demanda.

    b) Na jurisdio voluntria, as despesas sero pagas exclusivamente pelo requerente.

    c) Nas causas de pequeno valor, os honorrios sero fixados consoante apreciao equitativa do juiz, levando-se em conta o zelo do advogado, o lugar da prestao do servio, a natureza e importncia da causa e o tempo exigido para o seu servio.

    d) Os honorrios devem ser fixados entre o mnimo de 10% e o mximo de 20% sobre o valor da causa indicado na petio inicial.

    COMENTRIO: Segundo o art. 20 do CPC a sentena condenar o vencido a pagar ao

    vencedor as despesas que antecipou e os honorrios advocatcios, sendo que esta verba honorria ser devida, tambm, nos casos em que o advogado funcionar em causa prpria.

    Mais adiante, no 3 do artigo 20, prev-se que os honorrios sero fixados entre o mnimo de dez por cento (10%) e o mximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenao, atendidos: a) o grau de zelo do profissional; b) o lugar de prestao do servio; c) a natureza e importncia da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu servio. (UUDGDGHVVHPRGRDOHWUDG

    J o 4 determina que nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimvel, naquelas em que no houver condenao ou for vencida a Fazenda Pblica, e nas execues, embargadas ou no, os honorrios sero fixados consoante apreciao equitativa do juiz. 3RUWDQWRFRUUHWDDOHWUDF Gabarito: C

    12. (OAB Cespe 2009 - Adaptada) Determinada ao foi ajuizada por um municpio contra uma empresa de construo, estando o autor, no entanto, representado pelo secretrio de obras, e no, pelo prefeito ou procurador. A ao foi recebida, e a citao do ru, regularmente realizada.

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    Em face dessa situao hipottica, assinale a opo correta.

    Caso o autor, aps lhe ter sido conferida oportunidade para sanar o vcio de representao detectado, omita-se, deixando de tomar qualquer providncia, sero anulados os atos do processo, sendo este extinto, dada a ausncia de pressuposto processual de validade.

    a) Certo b) Errado

    COMENTRIO: Sero representadas em juzo, ativa e passivamente, as seguintes pessoas

    jurdicas pblicas e privadas, bem como as pessoas formais (art. 12 do CPC): x O Municpio, por seu prefeito ou procurador.

    Pois bem, sabemos que se trata de vcio de representao, j que o secretrio carecedor de capacidade processual pressuposto processual de validade do processo.

    Lembre-se:

    A capacidade processual pressuposto de validade do processo, sem a qual no se pode praticar atos processuais. A parte que no tem capacidade processual dever ser representada ou assistida em juzo. Quando representada no participar dos atos, quando assistida participar de sua realizao em conjunto com quem assiste.

    No tem capacidade processual quem no tem capacidade civil para a prtica dos atos jurdicos materiais, como os hipossuficientes.

    Assim, verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representao das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcar prazo razovel para ser sanado o defeito. No sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providncia couber ao autor, o juiz decretar a nulidade do processo. Gabarito: Certo

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    13. (PGE AL Cespe 2009) Quanto aos deveres das partes previstos no CPC, assinale a opo correta.

    a) Descumpre um dever de lealdade a parte que aponta a impossibilidade jurdica do pedido formulado pelo autor e, na mesma pea, tece consideraes acerca do mrito, pedindo a improcedncia do pedido.

    b) No caso de embarao criado pela parte efetivao de um provimento judicial final, estar configurado o descumprimento de um dever da parte, o mesmo no ocorrendo se o provimento for meramente antecipatrio.

    c) A parte r que alega a decadncia de um dos direitos pleiteados na ao em momento posterior contestao comete ato atentatrio ao exerccio da jurisdio, sujeitando-se a multa de at 20% do valor da causa. d) A formulao de pretenso destituda de fundamento no descumprimento de dever da parte, mas regular exerccio do direito de defesa em sua total amplitude.

    e) O dever de cumprir com exatido os provimentos mandamentais atinge no s as partes, como tambm todos aqueles que, de alguma forma, participam do processo, ressalvando-se aos advogados sua sujeio exclusiva aos estatutos da OAB.

    COMENTRIO: O artigo 14, CPC, trata dos deveres das partes, segundo o qual so deveres

    das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:

    I - expor os fatos em juzo conforme a verdade; II - proceder com lealdade e boa-f;

    III - no formular pretenses, nem alegar defesa, cientes de que so destitudas de fundamento;

    IV - no produzir provas, nem praticar atos inteis ou desnecessrios declarao ou defesa do direito.

    V - cumprir com exatido os provimentos mandamentais e no criar embaraos efetivao de provimentos judiciais, de natureza antecipatria ou final.

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    Os advogados esto ressalvados do inciso V, porque se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB. A violao do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatrio ao exerccio da jurisdio, podendo o juiz, sem prejuzo das sanes criminais, civis e processuais cabveis, aplicar ao responsvel multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e no superior a vinte por cento do valor da causa; no sendo paga no prazo estabelecido, contado do trnsito em julgado da deciso final da causa, a multa ser inscrita sempre como dvida ativa da Unio ou do Estado. (Contedo do pargrafo nico) Gabarito: E

    14. (TCE RN Cespe 2009) Com relao ao direito processual civil, julgue os itens a seguir.

    A substituio voluntria das partes, no curso do processo, pode suceder, quando houver concordncia da parte contrria, mesmo que no esteja prevista pela lei.

    a) Certo b) Errado

    COMENTRIO: Art. 41. S permitida, no curso do processo, a substituio voluntria das

    partes nos casos expressos em lei.

    Gabarito: Errado

    15. (TRT ES Cespe 2009) Julgue o item abaixo, acerca das partes e dos procuradores.

    Em ao que verse a respeito de direito real imobilirio, um cnjuge no pode integrar o polo ativo da lide sem o consentimento do outro, sob pena de configurar-se a sua incapacidade processual e, no, a sua ilegitimidade ad causam.

    a) Certo

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    b) Errado COMENTRIO:

    Art. 10: O cnjuge somente necessitar do consentimento do outro para propor aes que versem sobre direitos reais imobilirios.

    No h dependncia entre os cnjuges para estar em juzo nas aes em geral; a exceo diz respeito s aes que tratem sobre os direitos reais imobilirios, pois nesse caso o cnjuge (marido ou mulher) depender da anuncia do consorte para ingressar em juzo. Essa restrio visa a proteger o patrimnio imobilirio familiar.

    Gabarito: Certo

    QUESTES DA AULA

    01. (Advogado BRB Cespe 2010) Embora o direito reconhea s pessoas naturais e jurdicas a capacidade de serem partes no processo, ele abre excees em alguns casos, como o do condomnio e o da sociedade de fato, a quem no impe qualquer limite sua atuao no processo. a) Certo b) Errado

    02. (TRT 17 Regio Cespe 2009) Com referncia s partes e aos procuradores em um processo civil, julgue o item que se segue. Caso uma pessoa adquira um bem cuja propriedade esteja sendo objeto de litgio entre o alienante e terceira pessoa, o adquirente no poder substituir o alienante no feito, caso a outra parte no consinta, porm ser possvel ao adquirente ingressar no feito como assistente do alienante, at porque, nessa hiptese, a coisa julgada ultrapassa seus limites usuais para atingir quem adquire a coisa litigiosa. a) Certo b) Errado

    03. Joo ajuizou ao de cobrana em face de Tcio, ao esta em que foi atribudo causa o valor de R$ 100.000,00. Na referida ao, Joo foi considerado litigante de m-f e condenado a pagar multa, honorrios advocatcios, todas as despesas que Tcio efetuou, bem como indeniz-lo pelos prejuzos. Neste caso, de acordo com o Cdigo de Processo Civil brasileiro, a referida multa no poder exceder o valor

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    a) R$ 1.000,00. b) R$ 2.000,00. c) R$ 10.000,00. d) R$ 20.000,00. e) R$ 40.000,00.

    Sobre a responsabilidade e dever das partes por dano processual, julgue os dois itens seguintes: 04. (Indita) O autor ou o ru respondero pela m-f de terceiro interveniente, ainda que dela no conhecessem; j que o terceiro interveniente no pode ser responsabilizado. a) Certo b) Errado

    05. (Indita) Se o CPC considerasse litigante de m-f aquele que interpe recurso com intuito protelatrio, estaria privando a parte do princpio da efetividade. a) Certo b) Errado

    06. (TRF 3 Regio FCC 2007) A multa referente litigncia de m-f: a) no pode ser cumulada com a obrigao de indenizar a parte contrria dos prejuzos que esta sofreu, honorrios advocatcios e despesas que efetuou. b) depende de requerimento da parte contrria, no podendo ser aplicada pelo juiz de ofcio. c) s pode ser aplicada no primeiro grau de jurisdio e no depende de fundamentao especfica. d) no pode ser imposta, por falta de previso legal, parte que induz testemunha a mentir em juzo. e) pode ser imposta mais de uma vez ao mesmo litigante por atos diferentes no curso do mesmo processo.

    07. (DPU Cespe 2010) Marcos constituiu Fernando como seu advogado e, para tanto, outorgou-lhe poderes para o foro em geral mediante instrumento particular. Nessa situao hipottica, Fernando a) no poder opor exceo de impedimento do juiz. b) poder receber citao inicial. c) poder renunciar ao direito sobre que se funda a ao.

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    d) no poder realizar transao com a parte contrria sobre o direito em que se funda a ao. e) poder desistir da ao, desde que haja certeza de provimento final desfavorvel.

    08. (DETRAN DF Cespe 2009) D-se a substituio processual quando o terceiro defende em juzo direito alheio em nome alheio. a) Certo b) Errado

    09. (STJ Cespe 2008) Por lhe competir manifestar-se sobre preliminares arguidas em contestao pelo ru, o advogado do autor de determinada ao retirou os autos do cartrio. Ultrapassado o prazo legal, os autos no foram devolvidos, o que motivou o ru a requerer providncias do juiz. Considerando essa situao, julgue o item que se segue. Independentemente da provocao da parte, o juiz dever determinar a intimao pessoal do advogado que retm os autos para que este os devolva em at 24 horas. Ultrapassado esse prazo, haver no s a perda do direito de vista dos autos fora do cartrio, mas tambm o desentranhamento da pea protocolada em cartrio tempestivamente. a) Certo b) Errado

    10. (OAB Cespe 2008) A respeito das despesas e honorrios, assinale a opo correta. a) Se o ru no arguir fato extintivo do direito do autor, dilatando o julgamento da lide, ser condenado nas custas a partir do saneamento do processo. b) Se o autor decair de parte mnima do pedido, o juiz fixar os honorrios advocatcios de forma equitativa. c) Havendo diversos autores ou diversos rus, todos respondero solidariamente pelos honorrios advocatcios sucumbenciais. d) As despesas dos atos processuais efetuados a requerimento do MP sero pagas pelo autor.

    11. (OAB Cespe 2009) Com base no disposto no CPC a respeito de honorrios advocatcios, assinale a opo correta. a) A verba honorria no devida quando o advogado, ao atuar em causa prpria, for vencedor na demanda. b) Na jurisdio voluntria, as despesas sero pagas exclusivamente pelo requerente.

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    c) Nas causas de pequeno valor, os honorrios sero fixados consoante apreciao equitativa do juiz, levando-se em conta o zelo do advogado, o lugar da prestao do servio, a natureza e importncia da causa e o tempo exigido para o seu servio. d) Os honorrios devem ser fixados entre o mnimo de 10% e o mximo de 20% sobre o valor da causa indicado na petio inicial.

    12. (OAB Cespe 2009 - Adaptada) Determinada ao foi ajuizada por um municpio contra uma empresa de construo, estando o autor, no entanto, representado pelo secretrio de obras, e no, pelo prefeito ou procurador. A ao foi recebida, e a citao do ru, regularmente realizada. Em face dessa situao hipottica, assinale a opo correta. Caso o autor, aps lhe ter sido conferida oportunidade para sanar o vcio de representao detectado, omita-se, deixando de tomar qualquer providncia, sero anulados os atos do processo, sendo este extinto, dada a ausncia de pressuposto processual de validade.

    c) Certo d) Errado

    13. (PGE AL Cespe 2009) Quanto aos deveres das partes previstos no CPC, assinale a opo correta. a) Descumpre um dever de lealdade a parte que aponta a impossibilidade jurdica do pedido formulado pelo autor e, na mesma pea, tece consideraes acerca do mrito, pedindo a improcedncia do pedido. b) No caso de embarao criado pela parte efetivao de um provimento judicial final, estar configurado o descumprimento de um dever da parte, o mesmo no ocorrendo se o provimento for meramente antecipatrio. c) A parte r que alega a decadncia de um dos direitos pleiteados na ao em momento posterior contestao comete ato atentatrio ao exerccio da jurisdio, sujeitando-se a multa de at 20% do valor da causa. d) A formulao de pretenso destituda de fundamento no descumprimento de dever da parte, mas regular exerccio do direito de defesa em sua total amplitude. e) O dever de cumprir com exatido os provimentos mandamentais atinge no s as partes, como tambm todos aqueles que, de alguma forma, participam do processo, ressalvando-se aos advogados sua sujeio exclusiva aos estatutos da OAB.

    14. (TCE RN Cespe 2009) Com relao ao direito processual civil, julgue os itens a seguir.

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    A substituio voluntria das partes, no curso do processo, pode suceder, quando houver concordncia da parte contrria, mesmo que no esteja prevista pela lei.

    a) Certo b) Errado

    15. (TRT ES Cespe 2009) Julgue o item abaixo, acerca das partes e dos procuradores. Em ao que verse a respeito de direito real imobilirio, um cnjuge no pode integrar o polo ativo da lide sem o consentimento do outro, sob pena de configurar-se a sua incapacidade processual e, no, a sua ilegitimidade ad causam.

    a) Certo b) Errado

    GABARITO

    01 Certo 11 C 02 Certo 12 Certo 03 A 13 E 04 Errado 14 Errado 05 Errado 15 Certo 06 E 07 D 08 Errado 09 Errado 10 A

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