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PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 49/2015 1 PROCESSO ADMINISTRATIVO ARES-PCJ Nº 164/2015 PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 49/2015 - DFB ASSUNTO: REAJUSTE DAS TARIFAS DE ÁGUA E ESGOTO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS INTERESSADO: SOCIEDADE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO S/A – SANASA CAMPINAS I. DO OBJETIVO Este Parecer Consolidado tem por objetivo apresentar o resultado da análise da solicitação de reajuste dos valores das Tarifas de Água e Esgoto e dos Preços Públicos dos demais serviços praticados pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – SANASA Campinas, conforme solicitação encaminhada à Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí - ARES-PCJ, visando a recomposição tarifária para o reequilíbrio econômico e financeiro do prestador, bem como subsidiar a tomada de decisão da Diretoria da ARES-PCJ, quanto à fixação do índice do Reajuste Tarifário. II. DO FUNDAMENTO LEGAL 1. AGÊNCIA REGULADORA PCJ (ARES-PCJ) A ARES-PCJ - Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Agência Reguladora PCJ) é consórcio público de direito público, na forma de associação pública, criado em conformidade da Lei federal nº 11.107/2005 (Lei dos Consórcios Públicos) para o pleno atendimento dos preceitos da Lei Federal nº 11.445/2007 (Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico) e de seu Decreto regulamentador nº 7.217/2010. Conforme a Cláusula 8ª do seu Protocolo de Intenções, convertido em Contrato de Consórcio Público, a Agência Reguladora PCJ (ARES-PCJ) tem por objetivo realizar a gestão associada de serviços públicos, plena ou parcialmente, através do exercício das atividades de regulação e fiscalização de serviços públicos de saneamento básico, aos municípios consorciados. Dentre as competências emanadas pela Lei Federal nº 11.445/2007, cabe à ARES-PCJ a definição, fixação, reajuste e revisão dos valores das taxas, tarifas e outras formas de contraprestação dos serviços públicos de saneamento básico nos municípios consorciados e conveniados, que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro do prestador como a modicidade tarifária.

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PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 49/2015 1

PROCESSO ADMINISTRATIVO ARES-PCJ Nº 164/2015

PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 49/2015 - DFB

ASSUNTO: REAJUSTE DAS TARIFAS DE ÁGUA E ESGOTO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS

INTERESSADO: SOCIEDADE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO S/A – SANASA CAMPINAS

I. DO OBJETIVO Este Parecer Consolidado tem por objetivo apresentar o resultado da análise da solicitação de reajuste dos valores das Tarifas de Água e Esgoto e dos Preços Públicos dos demais serviços praticados pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – SANASA Campinas, conforme solicitação encaminhada à Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí - ARES-PCJ, visando a recomposição tarifária para o reequilíbrio econômico e financeiro do prestador, bem como subsidiar a tomada de decisão da Diretoria da ARES-PCJ, quanto à fixação do índice do Reajuste Tarifário.

II. DO FUNDAMENTO LEGAL 1. AGÊNCIA REGULADORA PCJ (ARES-PCJ) A ARES-PCJ - Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Agência Reguladora PCJ) é consórcio público de direito público, na forma de associação pública, criado em conformidade da Lei federal nº 11.107/2005 (Lei dos Consórcios Públicos) para o pleno atendimento dos preceitos da Lei Federal nº 11.445/2007 (Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico) e de seu Decreto regulamentador nº 7.217/2010. Conforme a Cláusula 8ª do seu Protocolo de Intenções, convertido em Contrato de Consórcio Público, a Agência Reguladora PCJ (ARES-PCJ) tem por objetivo realizar a gestão associada de serviços públicos, plena ou parcialmente, através do exercício das atividades de regulação e fiscalização de serviços públicos de saneamento básico, aos municípios consorciados. Dentre as competências emanadas pela Lei Federal nº 11.445/2007, cabe à ARES-PCJ a definição, fixação, reajuste e revisão dos valores das taxas, tarifas e outras formas de contraprestação dos serviços públicos de saneamento básico nos municípios consorciados e conveniados, que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro do prestador como a modicidade tarifária.

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2. MUNICÍPIO DE CAMPINAS O Município de Campinas é subscritor do Protocolo de Intenções da ARES-PCJ e o ratificou através da Lei Municipal nº 14.241, de 10/04/2012. Dessa forma, delegou e transferiu à Agência Reguladora PCJ o exercício das atividades de regulação e fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico, prestados pela SANASA Campinas. Em atendimento à Lei Federal nº 11.445, de 05/01/2007 e à Resolução ARES-PCJ nº 01, de 21/11/2011, o Município de Campinas instituiu seu Conselho de Regulação e Controle Social através do Decreto nº 17.775, de 22/11/2012, e nomeou seus membros titulares e suplentes, através da Portaria nº 78.480/2012, com alterações da Portaria nº 83.419/2014. 3. SANASA Em 1974, o Departamento de Água e Esgoto de Campinas, autarquia municipal, se transformou em Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – SANASA Campinas, sociedade de economia mista por ações, de capital aberto, constituída nos termos da Lei Municipal n° 4.356, de 28 de dezembro de 1973, regulamentada pelo Decreto n° 4.437, de 14 de março de 1974, e alterações introduzidas pelas Leis Municipais nº 11.941, de 07 de abril de 2004 e 13.007, de 18 de junho de 2007. A empresa é responsável pelos serviços públicos de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário no Município de Campinas. A Prefeitura do Município de Campinas é a acionista majoritária da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – SANASA Campinas.

III. DA SOLICITAÇÃO Através de correspondência OF – P – nº 193/2015, datada de 30/11/2015, a Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A – SANASA Campinas, encaminhou à ARES-PCJ documentos e informações para análise e emissão de Parecer sobre o reajuste anual de suas tarifas de água e esgoto, a ser aplicado a partir do mês de fevereiro de 2016.

A partir dessa solicitação da SANASA Campinas, foi aberto o Processo Administrativo ARES-PCJ nº 164/2015, para fins de elaboração de estudos técnicos, econômicos e financeiros relativos ao pleito de reajuste tarifário anual.

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IV. DA ANÁLISE TÉCNICA 1. REGISTRO DE OUVIDORIA

Durante o ano de 2015 foram registradas 98 reclamações junto à Ouvidoria da ARES-PCJ. Desse total, 82 (84%) foram atendidas dentro do prazo previsto, 15 (15%) após o prazo (10 dias) e 01 aguarda resposta (recebida no mês 12/2015). Destaca-se que 43 (44%) reclamações foram atendidas no mesmo dia, 74 (75,5%) em até 05 dias e apenas 06 (6%) após 10 dias úteis. A Resolução ARES-PCJ nº 49, de 28/02/2014, estabelece um prazo de 10 dias para atendimento das reclamações recebidas. 2. COBERTURA DOS SERVIÇOS 2.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA TRATADA O Município de Campinas apresenta cobertura de 99,53% com abastecimento de água tratada, através da operação de cerca de 4.583,29 km de redes de distribuição, 65 reservatórios com capacidade de armazenamento de 123.497 m³ e 331.232 ligações de água, de acordo com as informações prestadas pela SANASA Campinas. 2.2. COLETA E AFASTAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO O Município de Campinas apresenta aproximadamente 92,46% de coleta de esgoto, conforme informações prestadas pela SANASA Campinas. 2.3. TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO O Município de Campinas possui 24 Estações de Tratamento de Esgotos - ETEs em operação, responsáveis pelo tratamento de aproximadamente 95% dos esgotos coletados, percentual que foi atingido em 2015 com a entrada em operação das ETEs San Martin Nova América. Para 2016 está previsto o início das obras da ETE Boa Vista, com previsão de término em 18 meses. Com essa obra, Campinas chegará a 100% de capacidade instalada de tratamento de esgoto. 2.4. PLANEJAMENTO 2.4.1. PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) O PMSB de Campinas, elaborado no ano de 2013, apresenta diversas ações a serem realizadas no abastecimento de água do município, com previsão de orçamento de R$ 811.119.000,00 até 2022. São metas contínuas (ao longo de 20 anos), imediatas (até 2014), curto prazo (até 2018), médio prazo (até 2022) e longo prazo (até 2033). O horizonte de projeto é de 20 anos e os objetivos a serem alcançados para o abastecimento de água estão relacionados na tabela abaixo:

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RELAÇÃO DE OBRAS E AÇÕES (PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO)

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Para o esgotamento sanitário, a previsão de orçamento de R$ 641.724.000,00 até 2022. Os objetivos a serem alcançados para esse sistema estão relacionados na tabela abaixo:

Os objetivos propostos, tanto para os sistemas de abastecimento de água quanto para o esgotamento sanitário, têm sido atingidos até o momento.

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Cumpre destacar que, de janeiro de 2013 a novembro de 2015, a SANASA Campinas investiu R$ 340.207 mil, sendo R$ 119.084 mil em abastecimento de água, R$ 195.453 mil em coleta, afastamento e tratamento de esgoto e R$ 25.69 mil em outros investimentos. Vale ressaltar que os referidos investimentos possibilitaram ao Município de Campinas melhorar seus índices de coleta e afastamento de esgoto, passando de 88% (dezembro/2012) para 92,46% (outubro/2015), e capacidade instalada de tratamento de esgoto, passando de 80% (dezembro/2012) para 95% (outubro/2015). Em 27/06/2014 foram protocoladas no Ministério das Cidades 2 cartas consultas para universalização do saneamento, totalizando R$ 415.172 mil, sendo R$ 273.419 mil para esgotamento e R$ 141.753 mil para abastecimento. AS referidas cartas consultas foram enquadradas pelo Ministério no último dia 1º/10/2015 e estão em processo de análise técnico-financeira pelo agente financeiro Caixa Econômica Federal para posterior habilitação. 3. CONDIÇÕES GERAIS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS 3.1. QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA A Agência Reguladora PCJ, através de seu Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Distribuída, realiza em cada município associado 01 (uma) coleta mensal de água tratada, com análises básicas (10 parâmetros) e 01 (uma) coleta anual (com 87 parâmetros), totalizando 197 parâmetros analisados anualmente. As coletas são realizadas em locais aleatórios. Das coletas realizadas em 2015 não foram encontradas Não Conformidades.

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3.2. MONITORAMENTO DE PRESSÃO O Programa de Monitoramento da Pressão, da Agência Reguladora PCJ, consistiu na instalação de coletores de dados de pressão on-line. Entre os meses de março e maio/2015 foram instalados 16 (dezesseis) pontos de monitoramento no município de Campinas. Os resultados do Monitoramento da Pressão estão apresentados na tabela abaixo.

TABELA – COMPORTAMENTO DA PRESSÃO

ENDEREÇO PERÍODO TEMPO TOTAL

(H)

PERMANÊNCIA NAS FAIXAS DE PRESSÃO (%)

< 0 MCA

0 A 10 MCA

10 A 50 MCA

> 50 MCA

R. Abílio Fernandes, 99 30/04/15 01/06/15 766 0,49 0,07 99,45 0,00

R. Benedito Moreira Santos Fº, 101 30/04/15 01/06/15 762 0,23 0,36 99,41 0,00

Rua Carlos Gionetti, 43 30/04/15 01/06/15 762 0,00 0,00 100,00 0,00

R. Dom Francisco Campos Barreto, 98 30/04/15 01/06/15 762 0,00 0,00 65,96 34,04

R. Dr. Antonio Pompeo Camargo, 481 30/04/15 01/06/15 765 0,00 6,27 93,73 0,00

R. Estácio de Sá, 2.104 30/04/15 01/06/15 765 0,00 2,61 95,49 1,90

R. Joaquim Cury Filho, 94 30/04/15 01/06/15 766 0,00 0,00 100,00 0,00

R. Maneco Rosa Souza, 1883 30/04/15 01/06/15 762 0,00 0,00 100,00 0,00

R. Odayr Guaraldo, 11 29/04/15 01/06/15 783 2,33 3,16 81,27 13,24

R. Socorro, 40 30/04/15 01/06/15 766 0,26 0,49 99,25 0,00

R. Antônia de Souza Pereira, 63 25/03/15 27/04/15 796 0,00 0,44 99,56 0,00

R. Nísia Floresta Brasileira Augusta, 17 25/03/15 27/04/15 780 0,00 0,77 99,23 0,00

R. Redenção da Serra, 445 25/03/15 27/04/15 795 1,76 6,48 91,76 0,00

R. Dr. Elton Cesar, 121 25/03/15 27/04/15 796 1,60 16,24 82,16 0,00

R. Samanea, 222 25/03/15 27/04/15 798 0,00 22,47 77,53 0,00

Av. Dr. Francisco Mais, 660 25/03/15 27/04/15 790 0,00 0,00 0,11 99,87

3.3. ÍNDICES DE PERDAS FÍSICAS E ECONÔMICAS Os principais indicadores de perdas apresentados pelo Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2013 para o município de Campinas, apontam valores abaixo da média em relação aos municípios associados à ARES-PCJ.

INDICADOR UNIDADE ÍNDICE

MUNICIPAL MÉDIA

ARES-PCJ OBSERVAÇÃO

Índice de Perdas na Distribuição % 19,18 35,40 Fator Positivo

Índice de Perdas Lineares (m³/dia.km) 14,79 24,6 Fator Positivo

Índice de Perdas por Ligação (L/lig.dia) 186,16 336,1 Fator Positivo

A situação dos índices de perdas do Município de Campinas aponta para uma situação favorável em relação à média dos demais prestadores dos municípios associados a ARES-PCJ, mas demanda investimentos e preocupações permanentes. Contudo, a SANASA Campinas tem continuamente desenvolvido programas para diminuir o índice de perdas de água para abastecimento.

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Cumpre destacar também que, em decorrência da situação de escassez hídrica vivenciada em 2014, a SANASA Campinas tem potencializado o investimento em troca de redes, objetivando reduzir ainda mais seus índices de perdas. Até 2013 a SANASA Campinas vinha trocando cerca de 20 Km de redes por ano. Em 2014 foram substituídos 66 km de redes e em 2015 está em execução a troca de 70 km. O objetivo da SANASA Campinas é reduzir seus índices de perdas físicas para menos de 15%. Nos locais onde já ocorreram as trocas, o índice de perdas foi reduzido para menos de 8%. Em 30/06/2014 foram protocoladas 2 cartas consultas no Ministério das Cidades para troca de redes, totalizando R$505 milhões. A carta no valor de R$ 283 milhões foi enquadrada no último dia 1º/10/2015 e está em processo de análise técnico-financeira pelo agente financeiro Caixa Econômica Federal. A carta de valor de R$ 222 milhões será enquadrada posteriormente. 3.4. INDICADORES DE DESEMPENHO 3.4.1. MACROAVALIAÇÃO DA ARES-PCJ Os dados apontados em autodeclaração na ocasião da Macroavaliação dos Sistemas de Saneamento da SANASA Campinas, realizada em maio/2013, permitem a extração de indicadores de desempenho e comparações (benchmarking) com os demais municípios associados à ARES-PCJ, orientando na avaliação da prestação dos serviços no Município de Campinas. a) Autonomia de Reservação (horas) Em termos do abastecimento de água tratada foi possível observar que a capacidade média de reservação de água é de 7,83 horas, demonstrando pouca dificuldade na regularidade e continuidade da distribuição de água tratada. Vale ressaltar que SANASA Campinas tem buscado ampliar ainda mais sua reservação de água tratada, passando das atuais 7,83 horas para 18 horas, ao término de todas as obras de reservação. Do total de reservatórios necessários para a referida ampliação, 5 já estão em construção. Os restantes fazem parte da carta consulta de abastecimento. b) Consumo de Energia Elétrica no Abastecimento de Água (kWh/m³) O consumo específico de energia elétrica no abastecimento de água de Campinas é de 0,61kWh/m³, inferior à média dos municípios associados à ARES-PCJ, que é de 0,63 kWh/m³.

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c) Consumo de Energia Elétrica no Esgotamento Sanitário (kWh/m³) Em relação ao esgotamento sanitário, o Município de Campinas também apresenta um consumo específico de energia elétrica de 0,47 kWh/m³, superior à média dos municípios associados à ARES-PCJ, que é de 0,26 kWh/m³, explicado pelo transporte (coleta e afastamento) e tratamento dos esgotos, mesmo que não em sua totalidade. 3.5. INDICADORES SNIS/ABAR A ARES-PCJ elaborou o Relatório de Avaliação de Desempenho da Prestação dos Serviços de Saneamento - 2014, a fim de acompanhar a evolução da qualidade da prestação dos serviços nos municípios associados, através de dados e indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS, relativos aos últimos cinco anos. Vale ressaltar que os prestadores dos serviços de saneamento informam diretamente seus dados ao SNIS, que após sua tabulação, são divulgados na Internet.

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3.5.1. INDICADORES DA SANASA - CAMPINAS

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A metodologia utilizada para definir os intervalos de classificação dos indicadores foi baseada nos dados dos prestadores de serviço de saneamento regulados pela ARES-PCJ, e publicados pelo SNIS. Com estes dados, foi calculada a média dos valores e o desvio padrão, e posteriormente foram divididos e classificados, pela ARES-PCJ, em: Insatisfatório, Regular, Satisfatório, Bom e Ideal. Dessa forma é possível notar que alguns índices podem ser melhorados, como a margem da despesa de exploração, índice de produtividade de pessoal total, a despesa média anual por empregado, a incidência de análises de coliformes totais fora do padrão e o extravasamento de esgoto por extensão de rede. Vale ressaltar que os dados mais recentes do SNIS são de 2013, por isso alguns resultados não condizem com a situação atual. O exemplo disso pode ser observado no Índice de Coleta de Esgoto, que era de 64,67%, em 2013 e que atualmente se encontra em 92,46%, conforme informações prestadas pela SANASA Campinas. 4. RESULTADOS DAS INSPEÇÕES DE FISCALIZAÇÃO Até o presente momento foram realizadas fiscalizações nos seguintes sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município de Campinas:

Captações 1, 2, 3 e 4 (Rio Atibaia)

Estações de Tratamento de Água 1, 2, 3, 4 e Capivari

Laboratório Central

Estação Elevatória de Água Tratada – Capivari

Centro de Reservação e Distribuição – ETA DIC

Estação de Tratamento de Esgoto – Anhumas

Estação de Tratamento de Esgoto – Capivari

Estação de Tratamento de Esgoto – EPAR (Capivari II)

Estação de Tratamento de Esgoto – Piçarrão Em todas as fiscalizações realizadas não foram encontradas Não Conformidades, conforme Resolução ARES-PCJ nº 48, de 28 de fevereiro de 2014.

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5. INVESTIMENTOS E OBRAS

TABELA DE INVESTIMENTOS PREVISTOS (FEV/2016 a JAN/2017)

OBRAS FINANCIADAS

FONTE DO RECURSO OBRA VALOR

(Fluxo de Caixa)

FGTS

SANEAMENTO PARA TODOS – ÁGUA (SALDO) R$ 3.131.885

RDC 03/2014-LOTE3 – SÃO BERNARDO-DIC R$ 7.223.832

RDC 06/2014 – LOTE4 – RESERVATÓRIOS METÁLICOS

R$ 3.647.588

SES PQ. DOS POMARES R$ 3.262.516

SES SATÉLITE IRIS II e III R$ 2.911.869

SISTEMA DE ESGOTAMENTO ETE BOA VISTA R$ 34.197.121

PAC SES Taubaté – 1ª Etapa R$ 18.264.660

COBRANÇAS PCJ/OGU

São Quirino R$ 2.440.072

Vl. Nova R$ 1.657.823

Vl. Modesto – Troca de Redes R$ 3.949.481

Vl. Afife – Troca de Redes R$ 2.621.594

TOTAL OBRAS FINANCIADAS R$ 83.308.442

OBRAS NÃO FINANCIADAS

FONTE DO RECURSO OBRA VALOR

PRÓPRIO

Aquisição de Bens (Diversos)

R$ 6.107.308 Travessias

Outras Obras + Complemento

TOTAL OBRAS NÃO FINANCIADAS R$ 6.107.308

RESUMO DOS VALORES

VALOR GLOBAL DE OBRAS (FINANCIADAS + NÃO FINANCIADAS) R$ 89.415.750

TOTAL RECURSOS EXTRA ORÇAMENTÁRIOS R$ 61.447.870

TOTAL RECURSOS PRÓPRIOS (SANASA) R$ 27.967.880

Conforme a tabela de investimentos apresentada pela SANASA Campinas, o montante a ser investido com recursos próprios, no período de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017, será de R$ 27.967.880. Os investimentos previstos encontram-se em consonância com o Plano Municipal de Saneamento Básico.

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V. DA ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

1. SOLICITAÇÃO DE REAJUSTE A SANASA-Campinas, ao solicitar reajuste tarifário em conformidade com a Resolução ARES-PCJ nº 20, de 08 de abril de 2013, encaminhou à Agência Reguladora PCJ uma série de documentos, com informações contábeis, econômicas, financeiras, dentre outras. Com base nesses documentos, a Coordenadoria de Contabilidade Regulatória da ARES-PCJ realizou estudos e análises contábeis e econômicas, a fim de subsidiar a Diretoria Executiva da ARES-PCJ na tomada de decisão, quanto à aplicação de reajuste nas tarifas de água e esgoto praticadas pela SANASA Campinas. a) Últimos Reajustes As Tarifas de água e Esgoto, praticadas pela SANASA Campinas, foram majoradas duas vezes em 2015, sendo: - Resolução ARES-PCJ nº 73, de 29 de dezembro de 2014, autorizou a aplicação de 11,98% de reajuste nas tarifas de água, esgoto e preços públicos. - Resolução ARES-PCJ nº 93, de 16 de julho de 2015, autorizou extraordinariamente o percentual de 15% nas tarifas de água e esgoto, em função da crise hídrica. b) Inflação Acumulada A inflação acumulada nos últimos 12 meses (de novembro/2014 a outubro/2015), medida pelo: - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA / IBGE = 9,93%; - Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC / IBGE = 10,33%; - Índice do Custo de Vida – ICV / DIEESE = 10,62%. c) Inadimplência A inadimplência dos últimos 12 meses foi de 3,34%, conforme tabela abaixo.

TABELA DE INADIMPLÊNCIA (novembro/2014 a outubro/2015)

INADIMPLÊNCIA

CATEGORIA FATURAMENTO INADIMPLÊNCIA %

RESIDENCIAL 338.735.029 12.307.050 3,63

PÚBLICA 65.695.739 2.349.738 3,58

COMERCIAL 151.410.762 3.974.550 2,63

INDUSTRIAL 15.412.264 448.899 2,91

TOTAL 571.253.796 19.080.237 3,34

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2. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Foram analisados os demonstrativos contábeis e relatórios encaminhados pela SANASA Campinas, referentes ao exercício de 2014 e dos meses de janeiro a outubro/2015. 2.1 – ANÁLISE DO FATURAMENTO O faturamento está diretamente relacionado ao Volume Faturado. Desta forma, serão demonstrados os volumes faturados de água (m³) e, na sequência, os valores do faturamento tarifário de água e esgoto. a) Demonstrativo e Comparativo do Volume Faturado de Água

VOLUME FATURADO DE ÁGUA

PERÍODO

2013 2014 2015 VAR.

2013 x 2014

VAR. 2014 x 2015

VAR. 2013 x 2015

VOLUME VAR.

MENSAL

VOLUME VAR.

MENSAL

VOLUME VAR.

MENSAL FATURADO FATURADO FATURADO

(m³) (m³) (m³)

JANEIRO 7.266.159 - 7.881.313 -1,02% 6.775.409 -5,03% 8,47% -14,03% -6,75%

FEVEREIRO 7.675.373 5,63% 7.687.807 -2,46% 6.508.978 -3,93% 0,16% -15,33% -15,20%

MARÇO 7.313.789 -4,71% 7.401.969 -3,72% 6.228.246 -4,31% 1,21% -15,86% -14,84%

ABRIL 7.411.290 1,33% 7.492.998 1,23% 6.661.312 6,95% 1,10% -11,10% -10,12%

MAIO 7.314.622 -1,30% 6.705.731 -10,51% 6.360.630 -4,51% -8,32% -5,15% -13,04%

JUNHO 6.989.763 -4,44% 7.025.142 4,76% 6.436.144 1,19% 0,51% -8,38% -7,92%

JULHO 7.013.638 0,34% 6.666.325 -5,11% 6.380.146 -0,87% -4,95% -4,29% -9,03%

AGOSTO 7.160.313 2,09% 6.603.291 -0,95% 6.383.020 0,05% -7,78% -3,34% -10,86%

SETEMBRO 7.302.736 1,99% 6.664.938 0,93% 6.559.461 2,76% -8,73% -1,58% -10,18%

OUTUBRO 7.267.279 -0,49% 6.656.560 -0,13% 6.781.322 3,38% -8,40% 1,87% -6,69%

SUBTOTAL (1) 72.714.962 - 70.786.074 - 65.074.668 - -2,65% -8,07% -10,51%

NOVEMBRO 7.795.761 7,27% 6.724.891 1,03%

DEZEMBRO 7.962.651 2,14% 7.134.462 6,09%

SUBTOTAL (2) 15.758.412 - 13.859.353 - 0 - - - -

TOTAL (1+2) 88.473.374 - 84.645.427 - 65.074.668 - - - -

Verifica-se que houve queda no Volume Faturado de Água de 8,07% no período de janeiro a outubro/2015, com relação ao mesmo período de 2014, representando uma média mensal de queda de 571.141 m³. O Volume Faturado de Água de janeiro a outubro/2015, comparado ao mesmo período de 2013 apresenta uma queda ainda maior, de 10,51%, que equivale a uma média mensal de queda de 764.029 m³, trazendo um grande impacto negativo nas receitas e resultados da SANASA.

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b) Demonstrativo e Comparativo do Faturamento de Água e Esgoto Serão demonstrados os valores faturados de água e esgoto, do exercício de 2014 e do período de janeiro a outubro/2015.

VALORES FATURADOS DE ÁGUA E ESGOTO

PERÍODO 2014 2015

VARIAÇÃO 2014 x 2015 VALOR

(R$) VARIAÇÃO

MENSAL VALOR

(R$) VARIAÇÃO

MENSAL

JANEIRO 36.383.569 - 38.271.200 -11,71% 5,19%

FEVEREIRO 54.853.727 50,77% 48.206.851 25,96% -12,12%

MARÇO 50.547.785 -7,85% 48.239.401 0,07% -4,57%

ABRIL 52.586.538 4,03% 45.332.155 -6,03% -13,80%

MAIO 49.407.415 -6,05% 50.471.038 11,34% 2,15%

JUNHO 44.687.721 -9,55% 45.552.255 -9,75% 1,93%

JULHO 44.202.705 -1,09% 46.246.762 1,52% 4,62%

AGOSTO 45.686.366 3,36% 49.999.035 8,11% 9,44%

SETEMBRO 45.969.147 0,62% 55.615.621 11,23% 20,98%

OUTUBRO 43.697.836 -4,94% 58.554.025 5,28% 34,00%

SUBTOTAL (1) 468.022.809 - 486.488.343 - 3,95%

NOVEMBRO 47.128.112 7,85% - - -

DEZEMBRO 43.344.843 -8,03% - - -

SUBTOTAL (2) 90.472.955 - 0 - -

TOTAL (1+2) 558.495.764 - 486.488.343 - -

Verifica-se que houve um aumento de 3,95% nos Valores Faturados de janeiro a outubro/2015, com relação ao mesmo período de 2014, representando um aumento médio mensal de R$ 1.846.553,00. 2.2 - ANÁLISE DAS RECEITAS LÍQUIDAS E CUSTOS/DESPESAS OPERACIONAIS Os demonstrativos abaixo contêm as receitas operacionais líquidas e os custos e despesas operacionais, apresentados na Demonstração de Resultados da empresa, que de forma geral refletem os resultados operacionais, bem como sua evolução, no exercício de 2014 e de janeiro a outubro de 2015.

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2.3 - RECEITAS a) Comparativo das Receitas x Custos/Despesas Operacionais (2014)

EXERCÍCIO DE 2014

PERÍODO RECEITAS OPERAC.

LÍQUIDAS CUSTOS E DESPESAS

OPERAC. SALDO

JANEIRO 39.201.957 42.399.979 -3.198.022

FEVEREIRO 55.160.146 42.734.497 12.425.649

MARÇO 51.719.433 45.963.277 5.756.155

ABRIL 53.060.119 54.857.685 -1.797.565

MAIO 51.155.828 49.576.566 1.579.262

JUNHO 45.761.335 46.825.200 -1.063.864

JULHO 46.662.930 46.297.928 365.002

AGOSTO 46.708.283 51.126.536 -4.418.252

SETEMBRO 45.270.865 52.624.143 -7.353.278

OUTUBRO 43.640.925 51.293.561 -7.652.636

SUBTOTAL (1) 478.341.823 483.699.372 -5.357.549

NOVEMBRO 46.725.698 52.194.019 -5.468.321

DEZEMBRO 42.831.515 63.905.855 -21.074.340

SUBTOTAL (2) 89.557.213 116.099.874 -26.542.661

TOTAL (1+2) 567.899.036 599.799.246 -31.900.210

b) Comparativo das Receitas x Custos/Despesas Operacionais (Janeiro a Outubro/2015)

EXERCÍCIO DE 2015

PERÍODO RECEITAS OPERAC.

LÍQUIDAS CUSTOS E DESPESAS

OPERACIONAIS SALDO

JANEIRO 41.363.004 49.182.137 -7.819.133

FEVEREIRO 48.148.114 43.007.436 5.140.678

MARÇO 48.271.581 54.905.073 -6.633.492

ABRIL 45.249.446 54.186.718 -8.937.272

MAIO 51.803.975 54.026.750 -2.222.776

JUNHO 46.128.953 52.034.839 -5.905.886

JULHO 48.975.652 53.653.374 -4.677.722

AGOSTO 50.448.039 55.263.543 -4.815.504

SETEMBRO 57.290.430 54.442.761 2.847.669

OUTUBRO 58.215.596 54.749.075 3.466.521

SUBTOTAL (1) 495.894.791 525.451.708 -29.556.917

NOVEMBRO - - -

DEZEMBRO - - -

SUBTOTAL (2) - - -

TOTAL (1+2) 495.894.791 525.451.708 -29.556.917

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c) Comparativo das Receitas x Custos/Despesas Operacionais (2014 x 2015)

EXERCÍCIO DE 2015

PERÍODO RECEITAS OPER.

LÍQUIDAS VARIAÇÃO

2014 x 2015 CUSTOS E DESP. OPERACIONAIS

VARIAÇÃO 2014 x 2015

SALDO

JANEIRO 41.363.004 5,51% 49.182.137 16,00% -7.819.133

FEVEREIRO 48.148.114 -12,71% 43.007.436 0,64% 5.140.678

MARÇO 48.271.581 -6,67% 54.905.073 19,45% -6.633.492

ABRIL 45.249.446 -14,72% 54.186.718 -1,22% -8.937.272

MAIO 51.803.975 1,27% 54.026.750 8,98% -2.222.776

JUNHO 46.128.953 0,80% 52.034.839 11,13% -5.905.886

JULHO 48.975.652 4,96% 53.653.374 15,89% -4.677.722

AGOSTO 50.448.039 8,01% 55.263.543 8,09% -4.815.504

SETEMBRO 57.290.430 26,55% 54.442.761 3,46% 2.847.669

OUTUBRO 58.215.596 33,40% 54.749.075 6,74% 3.466.521

SUBTOTAL (1) 495.894.791 3,67% 525.451.708 8,63% -29.556.917

NOVEMBRO - - - - -

DEZEMBRO - - - - -

SUBTOTAL (2) - - - - -

TOTAL (1+2) 495.894.791 - 525.451.708 - -

Comparando os valores do período de janeiro a outubro/2015 com relação ao mesmo período de 2014, apura-se que houve um aumento nas receitas de 3,67% e um aumento nos custos/despesas de 8,63%. Em análise das receitas mensais, verifica-se que houve queda nas receitas nos meses de fevereiro a abril/2015, e também se nota um aumento a partir de setembro/2015, referente à nova tarifa (Resolução ARES-PCJ nº 93). Nota-se que no exercício de 2014 o saldo entre as receitas operacionais líquidas e os custos/despesas operacionais foi negativo de R$ 31.900.210, sendo R$ 21.074.340 somente no mês de dezembro/2014. No período de janeiro a outubro/2014 o saldo negativo foi de R$ 5.357.549, e de janeiro a outubro/2015 o saldo negativo foi de R$ 29.556.917.

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2.4 - DESPESAS a) Demonstrativo e Comparativo das Despesas com Pessoal As Despesas com Pessoal abrangem todas as despesas com funcionários próprios e comissionados e correspondem aos salários, encargos, gratificações, benefícios, dentre outros, relativos à folha de pagamento. O quadro abaixo refere-se às despesas com pessoal do exercício de 2014 comparadas ao período de janeiro a outubro/2015.

DESPESAS COM PESSOAL

PERÍODO 2014 2015

VARIAÇÃO % 2014 x 2015 VALOR

(R$) VARIAÇÃO %

MENSAL VALOR

(R$) VARIAÇÃO %

MENSAL

JANEIRO 22.617.315 - 25.862.659 -11,29% 14,35%

FEVEREIRO 23.610.223 4,39% 26.796.441 3,61% 13,50%

MARÇO 24.211.922 2,55% 26.872.861 0,29% 10,99%

ABRIL 23.277.631 -3,86% 27.292.937 1,56% 17,25%

MAIO 27.845.673 19,62% 31.597.117 15,77% 13,47%

JUNHO 26.232.124 -5,79% 29.408.912 -6,93% 12,11%

JULHO 27.996.093 6,72% 29.038.500 -1,26% 3,72%

AGOSTO 27.008.668 -3,53% 29.517.710 1,65% 9,29%

SETEMBRO 26.686.676 -1,19% 29.335.400 -0,62% 9,93%

OUTUBRO 27.589.976 3,38% 29.268.712 -0,23% 6,08%

SUBTOTAL (1) 257.076.300 - 284.991.249 - 10,86%

NOVEMBRO 26.768.897 -2,98% - - -

DEZEMBRO 29.155.741 8,92% - - -

SUBTOTAL (2) 55.924.638 - - - -

TOTAL (1+2) 313.000.938 - 284.991.249 - -

Nota-se um aumento nos gastos com pessoal de 10,86% de janeiro a outubro/2015, se comparado com o mesmo período do ano anterior.

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b) Demonstrativo e Comparativo das Despesas com Materiais Para as Despesas com Materiais são consideradas as despesas relativas aos materiais de consumo, produtos químicos, combustíveis, dentre outras. Segue abaixo comparativo de 2014 com o período de janeiro a outubro/2015.

DEPESAS COM MATERIAIS

PERÍODO 2014 2015

VARIAÇÃO 2014 x 2015 VALOR

(R$) VARIAÇÃO

MENSAL VALOR

(R$) VARIAÇÃO

MENSAL

JANEIRO 3.690.448 - 4.521.501 14,49% 22,52%

FEVEREIRO 4.349.432 17,86% 3.476.886 -23,10% -20,06%

MARÇO 3.855.253 -11,36% 4.478.151 28,80% 16,16%

ABRIL 4.132.779 7,20% 4.584.921 2,38% 10,94%

MAIO 4.131.203 -0,04% 2.907.402 -36,59% -29,62%

JUNHO 4.080.669 -1,22% 3.912.986 34,59% -4,11%

JULHO 4.397.628 7,77% 4.389.174 12,17% -0,19%

AGOSTO 4.526.285 2,93% 5.173.243 17,86% 14,29%

SETEMBRO 5.168.665 14,19% 4.376.285 -15,41% -15,33%

OUTUBRO 5.367.143 3,84% 3.973.551 -9,20% -25,97%

SUBTOTAL (1) 43.699.506 - 41.794.100 - -4,36%

NOVEMBRO 5.882.432 9,60% - - -

DEZEMBRO 3.949.231 -32,86% - - -

SUBTOTAL (2) 9.831.663 - - - -

TOTAL (1+2) 53.531.169 - 41.794.100 - -

Nota-se uma queda 4,36% nos gastos com materiais durante o exercício de 2015 se comparado com o mesmo período do ano anterior, com destaque para os meses de setembro e outubro/2015 em que as variações foram negativas em 15,33% e 25,97%, respectivamente, com relação a 2014.

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c) Demonstrativo e Comparativo das Despesas com Energia Elétrica Consideram-se como Despesas com Energia Elétrica todos os gastos relativos a esse item nas instalações administrativas e operacionais, tais como: estações de tratamento de água, estações de tratamento de esgoto, estações elevatórias, bombeamentos, dentre outras. Trata-se de um custo/despesa que, de forma geral, muito impactou nos resultados dos prestadores de serviço de saneamento básico. Sendo assim, o comparativo abaixo demonstra a evolução destes valores no exercício de 2014 e de janeiro a outubro/2015.

DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA

PERÍODO 2014 2015

VARIAÇÃO 2014 x 2015 VALOR (R$)

VARIAÇÃO MENSAL

VALOR (R$) VARIAÇÃO

MENSAL

JANEIRO 2.149.756 - 2.355.615 9,12% 9,58%

FEVEREIRO 2.374.351 10,45% 2.979.789 26,50% 25,50%

MARÇO 2.132.536 -10,18% 2.645.311 -11,22% 24,05%

ABRIL 1.864.535 -12,57% 3.762.661 42,24% 101,80%

MAIO 2.664.856 42,92% 4.035.739 7,26% 51,44%

JUNHO 2.222.515 -16,60% 3.529.985 -12,53% 58,83%

JULHO 2.433.820 9,51% 4.299.927 21,81% 76,67%

AGOSTO 2.336.725 -3,99% 3.949.281 -8,15% 69,01%

SETEMBRO 2.512.814 7,54% 4.004.494 1,40% 59,36%

OUTUBRO 2.359.842 -6,09% 4.021.645 0,43% 70,42%

SUBTOTAL (1) 23.051.751 - 35.584.447 - 54,37%

NOVEMBRO 2.625.883 11,27% - - -

DEZEMBRO 2.158.703 -17,79% - - -

SUBTOTAL (2) 4.784.585 - - - -

TOTAL (1+2) 27.836.337 - 35.584.447 - -

No período de janeiro a outubro/2015 houve um aumento médio nos gastos com energia elétrica de 54,37%, o que representa um valor gasto a maior de R$ 12.532.696. Durante todo o exercício de 2015, verificam-se aumentos constantes nos valores de energia elétrica, chegando a 101,80% em abril, 76,67% em julho e 70,42% em outubro/2015, com relação a 2014.

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Apesar do aumento da Despesa com Energia Elétrica de 54,37% em 2015, comparado ao ano de 2014, no quadro abaixo nota-se uma redução de 4,70% no consumo de energia elétrica (em quilowatts) durante o exercício de 2015, comparado ao mesmo período de 2014.

CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

PERÍODO 2014 2015

VARIAÇÃO 2014 x 2015 QUILOWATTS

VARIAÇÃO MENSAL

QUILOWATTS VARIAÇÃO

MENSAL

JANEIRO 7.818.700 - 7.237.012 2,97% -7,44%

FEVEREIRO 8.395.533 7,38% 7.690.201 6,26% -8,40%

MARÇO 8.182.835 -2,53% 7.104.539 -7,62% -13,18%

ABRIL 7.408.489 -9,46% 6.917.408 -2,63% -6,63%

MAIO 7.950.506 7,32% 7.297.816 5,50% -8,21%

JUNHO 7.208.297 -9,34% 6.789.515 -6,97% -5,81%

JULHO 7.458.813 3,48% 7.367.782 8,52% -1,22%

AGOSTO 7.306.299 -2,04% 7.426.886 0,80% 1,65%

SETEMBRO 7.577.700 3,71% 7.668.997 3,26% 1,20%

OUTUBRO 7.384.462 -2,55% 7.584.322 -1,10% 2,71%

SUBTOTAL (1) 76.691.634 - 73.084.478 - -4,70%

NOVEMBRO 7.806.820 5,72% - - -

DEZEMBRO 7.028.168 -9,97% - - -

SUBTOTAL (2) 14.834.988 - 0 - -

TOTAL (1+2) 91.526.622 - 73.084.478 - -

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2.5 - CÁLCULO DO CUSTO MÉDIO ATUAL E DA DEFASAGEM TARIFÁRIA Para o Cálculo do Custo Médio Atual foi considerado o período de fevereiro de 2015 a janeiro de 2016, em virtude da data de início de vigência da nova tarifa. Dessa forma, de fevereiro a outubro/2015 têm-se valores realizados e de novembro/2015 a janeiro/2016 valores projetados. a) Despesas Realizadas O quadro abaixo demonstra as Despesas e os Investimentos realizados no período de fevereiro a outubro/2015, e projetados de novembro/2015 a janeiro/2016.

DESCRIÇÃO REALIZADO PROJETADO TOTAL

FEV/2015 A OUT/2015

NOV/2015 A JAN/2016

VALOR TOTAL (R$)

%

1. Despesas de Exploração 455.843.841 152.303.081 608.146.922 65,31

1.1 Pessoal 259.128.590 90.736.370 349.864.961 37,57

1.2 Materiais 37.272.599 13.196.437 50.469.036 5,42

1.3 Serviços de Terceiros 65.011.040 17.733.272 82.744.312 8,89

1.4 Energia Elétrica 33.228.831 12.013.483 45.242.314 4,86

1.5 Outras 61.202.780 18.623.519 79.826.299 8,57

2. DAP 140.159.935 37.631.310 177.791.245 19,09

2.1 Depreciação - - - -

2.2 Amortização 134.484.141 33.886.174 168.370.314 18,08

2.3 Provisões 5.675.795 3.745.136 9.420.931 1,01

3. Investimentos Realizados 108.189.508 37.039.376 145.228.884 15,60

Total 704.193.284 226.973.767 931.167.051 100,00

b) Defasagem Tarifária Com o cálculo da defasagem tarifária é possível identificar se a Tarifa Média praticada pelo prestador é suficiente para cobrir os custos praticados. Para o cálculo da defasagem tarifária, utilizam-se os valores do Custo Médio e da Tarifa Média praticada pelo prestador. Neste estudo, a demonstração da defasagem tarifária, será dividida em dois períodos, para demonstrar os resultados antes e depois da aplicação da nova tarifa, sendo: Período 1: De fevereiro a agosto/2015, período em que o prestador utilizou a tarifa de acordo com a Resolução ARES-PCJ n° 73. Período 2: De setembro/2015 a janeiro/2016, período em que o prestador aplicou a tarifa da Resolução ARES-PCJ n° 93.

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c) Custo Médio Atual (CMA) Para se apurar o Custo Médio Atual, a ARES-PCJ utiliza a seguinte Fórmula Paramétrica: CMA = (DEX + DAP + INR) x (RPS) – OR – RPI

VF Onde:

CMA = Custo Médio Atual a ser coberto com as tarifas DEX = Despesas de Exploração / Correntes DAP = Despesas com Depreciação, Amortizações e Provisões INR = Investimento Realizado no período RPS = Remuneração do Prestador dos Serviços OR = Outras Receitas RPI = Recursos para Investimentos (externos) VF = Volume Faturado

Período 1 (P1) - fevereiro a agosto/2015

CMA = (354.165.406 + 113.236.082 + 80.522.300) x (1,00) – 29.954.755 – 101.395.576

83.268.186

CMA = 416.573.457

83.268.186

CMA(P1) = 5,0028

Período 2 (P2): setembro/2015 a janeiro/2016

CMA = (253.981.516 + 64.555.163 + 64.706.584) x (1,00) – 39.642.042 – 14.656.282

62.980.234

CMA = 328.944.939

62.980.234

CMA(P2) = 5,2230

Período Total (PT): fevereiro/2015 a janeiro/2016

CMA = (608.146.922 + 177.791.245 + 145.228.884) x (1,00) – 44.611.037 – 141.037.618

146.248.420

CMA = 745.518.396

146.248.420

CMA(PT) = 5,0976

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d) Tarifa Média Praticada (TMP)

TMP = RTF

VF Onde: TMP = Tarifa Média Praticada RTF = Receita Tarifária (Faturamento) VF = Volume Faturado Período 1 - fevereiro a agosto/2015

TMP(P1) = 334.047.496

83.268.186

TMP = 4,0117

Período 2: setembro/2015 a janeiro/2016

TMP(P2) = 284.591.758

62.980.234

TMP = 4,5187

Período Total (PT): fevereiro/2015 a janeiro/2016

TMP = 618.639.255

146.248.420

TMP(PT) = 4,2301

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e) Cálculo da Defasagem Tarifária A defasagem tarifária é calculada por meio da divisão do Custo Médio Atual (CMA) pela Tarifa Média Praticada (TMP), sendo: Defasagem Tarifária = ( CMA - 1 ) x 100 TMP Onde: CMA = Custo Médio Atual TMP = Tarifa Média Praticada Período 1 - fevereiro a agosto/2015 Defasagem Tarifária(P1) = ( 5,0028 - 1 ) x 100 4,0117

Defasagem Tarifária(P1) = 24,71%

Defasagem Tarifária (P1) = fevereiro a agosto/2015

DESCRIÇÃO FEV/2015 A AGOSTO/2015

1. Despesas de Exploração 354.165.406

2. DAP 113.236.082

3. Investimentos Realizados 80.522.300

4. Receita Tarifária (Faturamento) 334.047.496

5. Receita Tarifária (Arrecadação) 328.781.815

6. Recursos para Investimentos (Externos) 101.395.576

7. Outras Receitas 29.954.755

8. Volume Faturado (m³) 83.268.186

9. Remuneração do Prestador 1

10. Custo Médio Atual (R$/m³) 5,0028

11. Tarifa Média Praticada (R$/m³) 4,0117

DEFASAGEM TARIFÁRIA (%) 24,71

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Período 2 - setembro/2015 a janeiro/2016 Defasagem Tarifária(P2) = ( 5,2230 - 1 ) x 100 4,5187

Defasagem Tarifária(P2) = 15,59%

Defasagem Tarifária (P2) = setembro/2015 a janeiro/2016

DESCRIÇÃO SET/2015 A JAN/2016

1. Despesas de Exploração 253.981.516

2. DAP 64.555.163

3. Investimentos Realizados 64.706.584

4. Receita Tarifária (Faturamento) 284.591.758

5. Receita Tarifária (Arrecadação) 261.333.096

6. Recursos para Investimentos (Externos) 39.642.042

7. Outras Receitas 14.656.282

8. Volume Faturado (m³) 62.980.234

9. Remuneração do Prestador 1

10. Custo Médio Atual (R$/m³) 5,2230

11. Tarifa Média Praticada (R$/m³) 4,5187

DEFASAGEM TARIFÁRIA (%) 15,59

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Período Total (PT): fevereiro/2015 a janeiro/2016 Defasagem Tarifária(PT) = ( 5,0976 - 1 ) x 100 4,2301

Defasagem Tarifária(PT) = 20,51%

Defasagem Tarifária (PT) = fevereiro/2015 a janeiro/2016

DESCRIÇÃO FEV/2015 A JAN/2016

1. Despesas de Exploração 608.146.922

2. DAP 177.791.245

3. Investimentos Realizados 145.228.884

4. Receita Tarifária (Faturamento) 618.639.255

5. Receita Tarifária (Arrecadação) 590.114.911

6. Recursos para Investimentos (Externos) 141.037.618

7. Outras Receitas 44.611.037

8. Volume Faturado (m³) 146.248.420

9. Remuneração do Prestador 1

10. Custo Médio Atual (R$/m³) 5,0976

11. Tarifa Média Praticada (R$/m³) 4,2301

DEFASAGEM TARIFÁRIA (%) 20,51

f) Resumo da Defasagem Tarifária Considerando todos os cálculos demonstrados, segue resumo da Defasagem Tarifária.

Resumo da Defasagem Tarifária

PERÍODO CUSTO MÉDIO

ATUAL TARIFA MÉDIA

PRATICADA DEFASAGEM TARIFÁRIA

P1 – fev/2015 a ago/2015 R$ 5,0028 R$ 4,0117 24,71%

P2 - set/2015 a jan/2016 R$ 5,2230 R$ 4,5187 15,59%

PT - fev/2015 a jan/2016 R$ 5,0976 R$ 4,2301 20,51%

Antes da nova tarifa, a defasagem apurada foi de 24,71%, e nos meses seguintes foi reduzida para 15,59%, em função do aumento da Tarifa Média Praticada de 4,0117/m³ para 4,5187/m³. A Tarifa Média Praticada corresponde à divisão da Receita Tarifária (Faturamento) pelo Volume Faturado.

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2.6 - CÁLCULO DO REAJUSTE TARIFÁRIO Para o cálculo do Reajuste Tarifário, o prestador apresentou planilha de cálculo com projeção de despesas e receitas para o período de fevereiro/2016 a janeiro/2017, período de início de vigência da nova tarifa. A projeção de investimentos para o próximo período, de fevereiro/2016 a janeiro/2017, é de R$ 89.415.750, sendo R$ 61.447.870 com recursos externos e R$ 27.967.880 com recursos próprios. O quadro abaixo demonstra as despesas realizadas e projetadas pelo prestador:

Despesas Realizadas e Projetadas (fevereiro/2015 a janeiro/2017)

DESCRIÇÃO FEV/2015 A JAN/2016 FEV/2016 A JAN/2017

DIFERENÇA (REALIZ. E PROJETADA) (PROJETADA)

1. DESPESAS DE EXPLORAÇÃO 608.146.922 660.088.222 8,54%

1.1 PESSOAL 349.864.961 390.150.015 11,51%

1.2 MATERIAIS 50.469.036 55.586.596 10,14%

1.3 SERVIÇOS DE TERCEIROS 82.744.312 91.134.586 10,14%

1.4 ENERGIA ELÉTRICA 45.242.314 49.829.885 10,14%

1.5 OUTRAS 79.826.299 73.387.141 -8,07%

2. DAP 177.791.245 122.518.610 -31,09%

2.1 DEPRECIAÇÃO - - -

2.2 AMORTIZAÇÃO 168.370.314 112.223.206 -33,35%

2.3 PROVISÕES 9.420.931 10.295.403 9,28%

3. INVESTIMENTOS A REALIZAR 145.228.884 89.415.750 -38,43%

TOTAL 931.167.051 872.022.582 -6,35%

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2.7 - TARIFA MÉDIA A Tarifa Média Necessária é calculada com a seguinte fórmula matemática: a) Tarifa Média Necessária Para o cálculo da Tarifa Média Necessária a ARES-PCJ utiliza a seguinte Fórmula Paramétrica:

(t1,4) [(DEXt + DAPt + IRt) . RPSt – ORt – RPIt + VTCt] / (1+i)t TMN = _____________________________________________________

(t1,4) VFt / (1+i)t Onde:

TMN = Tarifa Média Necessária DEXt = Despesas de Exploração projetadas para os períodos “t” DAPt = Depreciação, Amortizações e Provisões para os períodos “t” DEXt = Despesas de Exploração projetadas para os períodos “t”

IRt = Investimentos a serem realizados nos períodos “t” RPSt = Taxa de Remuneração do Prestador do Serviço para os períodos “t” ORt = Outras Receitas previstas para os períodos “t” RPIt = Recursos Externos Previstos para Investimentos para os períodos “t”

VTCt = Variação Tarifária a Compensar (Superávit/Déficit), para os períodos “t” VFt = Volume Faturado nos períodos “t”

t = Período até próxima revisão tarifária, variando de 1 a 4 i = Taxa de Desconto do Fluxo de Caixa

Temos:

TMN = [((660.088.222 + 122.518.610 + 89.415.750) x 1,00) – 42.491.115 – 61.447.870 + 0] / (1+0)¹

145.986.226 / (1+0)¹

TMN = 768.083.596

145.986.226

TMN = 5,2613

b) Tarifa Média Praticada Para cálculo do Reajuste Necessário será utilizada a Tarifa Média Praticada (P2) apurada no período de setembro/2015 a janeiro/2016, no valor de R$ 4,5187, ou seja, considerando o início da vigência da Resolução ARES-PCJ n° nº 93 com a revisão extraordinária já incorporada à Tarifa Média.

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2.8 - REAJUSTE NECESSÁRIO Após o cálculo da Tarifa Média Necessária (TMN) e da Tarifa Média Praticada (TMP), é possível calcular o Percentual do Reajuste Necessário por meio da seguinte fórmula: Percentual de Reajuste = ( TMN - 1 ) x 100 TMP Onde: TMN = Tarifa Média Necessária TMP = Tarifa Média Praticada Percentual de Reajuste = ( 5,2613 - 1 ) x 100 4,5187

Percentual de Reajuste = 16,43 %

Considerando as projeções apresentadas, e de acordo com o cálculo da Fórmula Paramétrica adotada pela ARES-PCJ, o Percentual de Reajuste Necessário apurado é de 16,43% (dezesseis inteiros e quarenta e três centésimos por cento) sobre os atuais valores das Tarifas de Água e Esgoto praticadas pela SANASA - Campinas.

Despesas Realizadas e Projetadas (fevereiro/2015 a janeiro/2017)

DESCRIÇÃO FEV/2015 A JAN/2016 FEV/2016 A JAN/2017

(REALIZ. E PROJETADA) (PROJETADA)

1. Despesas de Exploração 608.146.922 660.088.222

2. DAP 177.791.245 122.518.610

3. Investimentos a Realizar 145.228.884 89.415.750

4. Outras Receitas 44.611.037 42.491.115

5. Recursos para Investimentos (Externos) 141.037.618 61.447.870

6. Variações Tarifárias a Compensar 0 0

7. Volume Faturado (m³) 146.248.420 145.986.226

8. Remuneração do Prestador 1 1

9. Taxa de Desconto 0,00 0,00

10. Faturamento Atual 618.639.255

11. Tarifa Média Praticada (R$/m³) 5,2613

12. Tarifa Média Necessária (R$/m³) 4,5187

REAJUSTE NECESSÁRIO (%) 16,43

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Conforme cálculo da fórmula paramétrica adotada pela ARES-PCJ, o reajuste necessário nas Tarifas de Água e Esgoto praticadas pela SANASA Campinas é de 16,43% (dezesseis inteiros e quarenta e três centésimos por cento). Porém, a fim de diminuir o impacto desse reajuste junto à população do Município de Campinas, a ARES-PCJ propõe que o índice de reajuste seja de 10,95% (dez inteiros e noventa e cinco centésimos por cento), a ser aplicado linearmente em todas as Categorias e Faixas de Consumo. A Agência Reguladora PCJ entende que o reajuste de 10,95% (dez inteiros e noventa e cinco centésimos por cento), condiz com a expectativa da inflação acumulada no ano de 2015, e por representar 2/3 (dois terços) do índice originalmente apurado, de 16,43% (dezesseis inteiros e quarenta e três centésimos por cento), busca a modicidade tarifária. Para completar seu equilíbrio econômico e financeiro, a SANASA Campinas deverá aumentar suas receitas com outros negócios, como fornecimento de água de reuso, bem como redução de seus custos e despesas. 3 - PREÇOS PÚBLICOS Para fins de cálculo do reajuste dos valores dos Preços Públicos dos demais serviços prestados pela SANASA Campinas, a ARES-PCJ propõe o mesmo índice de 10,95% (dez inteiros e noventa e cinco centésimos por cento) a ser aplicado nas Tarifas de Água e Esgoto.

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VI. DAS CONCLUSÕES Segundo a Lei Federal nº 11.445/2007, a regulação tem por objetivo definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico-financeiro do prestador de serviços de saneamento como a modicidade tarifária proporcionada aos usuários, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços. Dessa forma, para que haja recuperação dos custos incorridos no período considerado, devendo a Companhia estabelecer metas de gestão que assegurem o equilíbrio econômico-financeiro, a ARES-PCJ propõe: a) Reajuste de 10,95% (dez inteiros e noventa e cinco centésimos por cento) para as Tarifas de Água e Esgoto (em todas as faixas e categorias de consumo), a partir de fevereiro de 2016, conforme disposto no Anexo I, deste Parecer. b) Reajuste de 10,95% (dez inteiros e noventa e cinco centésimos por cento), para os Demais Serviços, a partir de fevereiro de 2016. Dessa forma, com o reajuste apresentado prevê-se que a SANASA Campinas deverá estabelecer mecanismos de gestão que assegurem os recursos necessários para os investimentos previstos para o exercício de 2016, visando a continuidade da boa prestação de seus serviços.

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VII. DAS RECOMENDAÇÕES A ARES-PCJ recomenda que a SANASA Campinas: a) Dê continuidade ao trabalho de orientação à população do município de Campinas no tocante ao uso consciente da água, através de folhetos explicativos e campanhas educacionais; b) Reduza as isenções das Tarifas de Água e Esgoto, caso existam, a fim de aumentar a receita operacional da empresa; c) Identifique, nas contas entregues aos usuários, que é fiscalizada e regulada pela Agência Reguladora PCJ, conforme inciso XIII, art. 90, da Resolução ARES-PCJ nº 50/2014, e que esta dispõe de Ouvidoria, através do telefone: 0800-77-11445 e e-mail: [email protected];

d) Em função da demanda futura, considere e informe a ARES-PCJ, os valores a serem praticados e arrecadados com a comercialização da “Água de Reuso”;

e) Capacite funcionários para detecção de vazamentos nas redes de distribuição de água tratada, a fim de reduzir as perdas físicas;

f) Institua política de substituição dos hidrômetros usados, com vida útil superior a 5 (cinco) anos, para reduzir as perdas não físicas de água e promova a instalação de macromedidores precisos e confiáveis, a fim controlar a produção e distribuição da água tratada;

g) Atualize, através da composição de custos, os valores dos Preços Públicos dos demais serviços praticados e encaminhe à ARES-PCJ para análise e aplicação no próximo reajuste ordinário;

h) Implante políticas e ações de gestão, visando a ampliação das receitas e redução dos custos operacionais;

i) Observe as recomendações apontadas nos Relatórios de Fiscalização da ARES-PCJ; j) Avalie a eficiência energética nos sistemas de tratamento de água e esgotamento sanitário.

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VIII. DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente Parecer Consolidado deverá ser analisado pelos membros do CRCS - Conselho de Regulação e Controle Social do Município de Campinas, conforme a Cláusula 61ª do Protocolo de Intenções da ARES-PCJ, convertido em Contrato de Consórcio Público e a Resolução ARES-PCJ nº 01, de 21 de novembro de 2011, a fim de dar ciência e promover análise pelos Conselheiros. Após a reunião do CRCS - Conselho de Regulação e Controle Social de Campinas, na qual será analisado o conteúdo deste Parecer, incluindo a proposta de reajuste das tarifas, a ARES-PCJ encaminhará resolução específica à SANASA Campinas, para as providências legais e administrativas, visando à aplicação do reajuste tarifário. Para fins de divulgação e publicidade, os novos valores das Tarifas de Água e Esgoto a serem praticados pela SANASA Campinas somente entrarão em vigor 30 (trinta) dias após a publicação de resolução específica da ARES-PCJ e, se necessário, de Ato Administrativo específico da empresa, na imprensa oficial do Município de Campinas, conforme determina o Art. 39, da Lei Federal nº 11.445/2007. A SANASA Campinas obedecerá ao prazo de 30 (trinta) dias da publicação da resolução para iniciar as leituras e medições, bem como as emissões das respectivas Contas/Faturas, com os novos valores autorizados pela ARES-PCJ. Este é o parecer.

Americana, 04 de dezembro de 2015.

DALTO FAVERO BROCHI Diretor Geral da ARES-PCJ

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ANEXO I

TABELA DE VALORES PROPOSTOS PARA AS TARIFAS DE ÁGUA E ESGOTO – JANEIRO / 2016

CATEGORIA RESIDENCIAL PADRÃO

Faixas de Consumo (m³)

Água Tratada Coleta e Afastamento

de Esgoto Tratamento de Esgoto

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

De 0 até 10 m³/mês 28,74 - 22,99 - 12,36 -

de 11 a 15 5,34 24,66 4,27 19,71 2,29 10,54

de 16 a 20 5,46 26,46 4,36 21,06 2,35 11,44

de 21 a 25 5,58 28,86 4,45 22,86 2,40 12,44

de 26 a 30 6,87 61,11 5,49 48,86 2,95 26,19

de 31 a 50 7,31 74,31 5,85 59,66 3,14 31,89

Acima de 50 11,21 269,31 8,95 214,66 4,82 115,89

CATEGORIA RESIDENCIAL SOCIAL

Faixas de Consumo (m³)

Água Tratada Coleta e Afastamento

de Esgoto Tratamento de Esgoto

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

De 0 até 10 m³/mês 6,80 - 5,45 - 2,92 -

de 11 a 20 0,87 1,90 0,70 1,55 0,37 0,78

de 21 a 30 1,71 18,70 1,36 14,75 0,74 8,18

Observação: Para consumos acima de 30 m³ aplicam-se as Tarifas da Categoria Residencial Padrão

CATEGORIA RESIDENCIAL COM LIGAÇÃO COLETIVA

Faixas de Consumo (m³)

Água Tratada Coleta e Afastamento

de Esgoto Tratamento de Esgoto

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

De 0 até 10 m³/mês 6,80 - 5,45 - 2,92 -

de 11 a 20 0,87 1,90 0,70 1,55 0,37 0,78

de 21 a 50 1,71 18,70 1,36 14,75 0,74 8,18

Acima de 50 3,04 85,20 2,43 68,25 1,30 36,18

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PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 49/2015 36

CATEGORIA RESIDENCIAL COM PEQUENO COMÉRCIO

Faixas de Consumo (m³)

Água Tratada Coleta e Afastamento

de Esgoto Tratamento de Esgoto

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

De 0 até 10 m³/mês 32,56 - 26,04 - 14,00 -

de 11 a 20 5,46 22,04 4,36 17,56 2,35 9,50

de 21 a 30 8,60 84,84 6,89 68,16 3,71 36,70

de 31 a 40 10,19 132,54 8,15 105,96 4,39 57,10

de 41 a 50 11,84 198,54 9,46 158,36 5,09 85,10

Acima de 50 15,07 360,04 12,06 288,36 6,47 154,10

CATEGORIA COMERCIAL

Faixas de Consumo (m³)

Água Tratada Coleta e Afastamento

de Esgoto Tratamento de Esgoto

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

De 0 até 10 m³/mês 59,19 - 47,35 - 25,44 -

de 11 a 20 9,87 39,51 7,90 31,65 4,25 17,06

de 21 a 30 15,72 156,51 12,57 125,05 6,77 67,46

de 31 a 40 18,48 239,31 14,80 191,95 7,97 103,46

de 41 a 50 21,54 361,71 17,21 288,35 9,26 155,06

Acima de 50 25,96 582,71 20,77 466,35 11,16 250,06

CATEGORIA PÚBLICA

Faixas de Consumo (m³)

Água Tratada Coleta e Afastamento

de Esgoto Tratamento de Esgoto

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

De 0 até 10 m³/mês 34,97 - 27,99 - 15,04 -

de 11 a 20 9,87 63,73 7,90 51,01 4,25 27,46

de 21 a 40 16,44 195,13 13,15 156,01 7,07 83,86

de 41 a 50 19,73 326,73 15,79 261,61 8,49 140,66

Acima de 50 25,72 626,23 20,58 501,11 11,06 269,16

CATEGORIA INDUSTRIAL

Faixas de Consumo (m³)

Água Tratada Coleta e Afastamento

de Esgoto Tratamento de Esgoto

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

Tarifa (R$/m³)

Parcela a Deduzir (R$)

De 0 até 10 m³/mês 54,03 - 43,24 - 23,23 -

de 11 a 20 5,85 4,47 4,68 3,56 2,52 1,97

de 21 a 30 11,84 124,27 9,46 99,16 5,09 53,37

de 31 a 40 13,70 180,07 10,96 144,16 5,88 77,07

de 41 a 50 15,89 267,67 12,73 214,96 6,82 114,67

Acima de 50 27,76 861,17 22,20 688,46 11,93 370,17

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CÁLCULO DAS TARIFAS 1) Exemplo de Cálculo das Tarifas de Água e Esgoto 1.1) Exemplo de Cálculo da Fatura de Água: A Tarifa de Água Tratada da SANASA Campinas é cobrada em forma de cascata, ou seja, cada faixa tem um valor em reais. Para facilitar o cálculo, foi apresentada a Parcela a Deduzir que deve ser utilizada como no exemplo abaixo:

Categoria Residencial Padrão Para consumo de água: 15 m³ 15 m³ x R$ 5,34 = R$ 80,10 R$ 80,10 - R$ 24,66 (parcela a deduzir) = R$ 55,44

1.2) Tarifas de Esgoto As Tarifas de Coleta e Afastamento de Esgoto e Tarifas de Tratamento de Esgoto da SANASA Campinas são equivalentes a 80% (oitenta por cento) e 43% (quarenta e três por cento), respectivamente, das tarifas dos serviços de abastecimento de água tratada, observadas as mesmas categorias e faixas de consumo. 1.3) Exemplo de Cálculo de Fatura de Água Tratada + Coleta e Afastamento de Esgoto + Tratamento de Esgoto: Considerando o exemplo acima (consumo de água = 15 m³), a Tarifa Total (água + coleta e afastamento de esgoto + tratamento de esgoto) para Categoria Residencial Padrão seria:

Coleta e Afastamento de Esgoto (Coleta e Afastamento) Consumo de água: 15 m³ 15 m³ x R$ 4,27 = R$ 64,05 R$ 64,05 - R$ 19,71 (parcela a deduzir) = R$ 44,34

Tratamento de Esgoto (Tratamento) Consumo de água: 15 m³ 15 m³ x R$ 2,29 = R$ 34,35 R$ 34,35 - R$ 10,54 (parcela a deduzir) = R$ 23,81

Tarifa Total Tarifa Total = Água Tratada + Coleta e Afastamento de Esgoto + Tratamento de Esgoto Tarifa Total = R$ 55,44 + R$ 44,34 + R$ 23,81 = R$ 123,59

2) Nas ligações que atendam a mais de uma economia/domicílio familiar (Prédios e Condomínios Residenciais) será feita a divisão do consumo total apurado pelo número de economias/domicílios.

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O resultado será aplicado nas faixas da Tarifa Residencial Padrão (observada a Tarifa Mínima de 10 m³) e, após, multiplicado pela quantidade de economias/domicílios que compõem o prédio ou condomínio residencial. 3) As tarifas referentes à categoria Residencial Social serão aplicadas aos consumidores que atenderem integralmente aos seguintes requisitos:

Residência unifamiliar (três economias / domicílio);

Estar cadastrado no Programa Governamental “Bolsa Família” ou atender às condições exigidas pelo programa.

Para recebimento e manutenção do benefício da Tarifa Residencial Social o consumidor deverá observar as seguintes condições:

a) Não possuir débitos em aberto com a SANASA Campinas; b) Assinar termo de declaração e responsabilidade; c) Providenciar a renovação cadastral a cada 12 meses sob pena de descadastramento automático, passando então para a tarifa Residencial Padrão.

O consumidor de Núcleos Não Urbanizados (Residência Unifamiliar) no momento da individualização passará a usufruir automaticamente da Tarifa Residencial Social pelo período de 12 meses. Após esse prazo deverá comprovar os requisitos para o novo cadastro. Casos não contemplados nos itens acima deverão ser analisados pelo Serviço Social da SANASA Campinas para possível enquadramento. 4) No uso de fontes alternativas de abastecimento de água e desde que haja uso de rede coletora de esgotos da SANASA Campinas, a cobrança dos serviços de coleta e afastamento e tratamento de esgoto terá como base o volume total de água utilizado na respectiva categoria.