processo administrativo disciplinar nº 0001918 78.2014.2.00.0000 corporativista e patrimonialista...

5

Upload: leandro-santos-da-silva

Post on 06-Jun-2015

73 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Processo administrativo disciplinar nº 0001918 78.2014.2.00.0000 corporativista e patrimonialista do cnj-conselho nacional de justiça
Page 2: Processo administrativo disciplinar nº 0001918 78.2014.2.00.0000 corporativista e patrimonialista do cnj-conselho nacional de justiça

: ì

.ì .-. I

!

Co*selho. ïr(àç.i onat d* Jy*tiça'-

RECLÃMAçÃO DISCIPLINAR * ffiO 1 91 g-7g. 20tutosl, ,-,

.'\

' : ..\ i

ì.,': ^

deJ

Page 3: Processo administrativo disciplinar nº 0001918 78.2014.2.00.0000 corporativista e patrimonialista do cnj-conselho nacional de justiça
Page 4: Processo administrativo disciplinar nº 0001918 78.2014.2.00.0000 corporativista e patrimonialista do cnj-conselho nacional de justiça

Gil Ferreira/Agência CNJ

Conselheiro Jefferson Kravchychyn, relator

Magistrada é punida por omissão em processo

11/06/2013 - 19h12

A juíza Lira Ramos deOliveira, do Tribunal deJustiça do Estado do Ceará(TJCE), recebeu a pena deadvertência do ConselhoNacional de Justiça (CNJ)por ter se negado a apreciaruma medida de urgência quevisava assegurar a umacidadã vaga na Unidade deTerapia Intensiva (UTI) deum hospital público. Amagistrada alegou que opedido havia sido julgado noplantão judicial do diaanterior e que, em razão deato normativo do próprioCNJ, não poderia analisá-lonovamente. No entanto, por

maioria de votos, os conselheiros entenderam que a juíza foi omissa na condução do caso.

A medida foi solicitada por Maria Alves de Araújo que, desde 29 de outubro de 2009, encontrava-se na sala depós-operatório do Hospital Municipal Instituto Dr. José Frota, apesar de os médicos terem prescrito a urgência datransferência dela para uma UTI. No sábado, dia 7 de novembro daquele ano, o advogado da parte propôs uma açãode obrigação de fazer com pedido de antecipação dos efeitos de tutela contra o município de Fortaleza, com vistas aassegurar a mudança da paciente para a Unidade de Terapia Intensiva. O pedido fora deferido pelo juiz Manoel CefasFonteles Tomaz, que estava de plantão naquele dia.

O hospital, no entanto, se recusou a realizar a transferência. No dia seguinte, domingo, 8 de novembro, o advogadoretornou ao plantão judiciário e protocolou, então, novo pedido, dessa vez para requerer o cumprimento da decisão emum prazo de três horas, sob pena de prisão em flagrante do administrador daquela unidade médica e a aplicação demulta diária.

Lira Ramos era a magistrada de plantão naquele dia. No entanto, ela não se encontrava presente no fórum. Oadvogado foi recebido por uma servidora, que entrou em contato com a juíza. Por telefone, ela orientou a funcionária adizer que seria impossível a reapreciação da decisão judicial, proferida no plantão do dia anterior, em razão daResolução CNJ n. 71. O artigo 1º da norma estabelece que o “plantão judiciário não se destina à reinteração depedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão anterior”.

A ação foi então distribuída para a 8ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza, que a deferiu na segunda-feira, 9 de novembro. A ordem foi cumprida às 14 horas, no entanto a parte autora não resistiu à espera e veio afalecer às 15 horas daquele mesmo dia.

O conselheiro Jefferson Kravchychyn, relator do caso, julgado no Processo Administrativo Disciplinar0004931-56.2012.2.00.0000, considerou a ocorrência de omissão por parte da magistrada.

Portal CNJ - Magistrada é punida por omissão em processo http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/25064-magistrada-e-punida-por-omi...

1 de 2 05/05/2014 22:43

LEANDRO
Realce
LEANDRO
Realce
Page 5: Processo administrativo disciplinar nº 0001918 78.2014.2.00.0000 corporativista e patrimonialista do cnj-conselho nacional de justiça

www.cnj.jus.br/n2cd

Palavras-chave: sessao 171, juiza tjce, advertencia, medida de urgência, vaga uti, hospitalpúblico

O conselheiro Lucio Munhoz requereu vista regimental do processo. Na sessão desta terça-feira (11/6), ele apresentouseu voto no sentido de absolver a magistrada. Foi vencido, em conjunto com o conselheiro Silvio Rocha e JoséRoberto Neves Amorim, que o acompanharam na advertência.

Os demais conselheiros, no entanto, votaram com o relator. “Primeiramente, cabe assentar que o trágico fato ocorridocom a parte não é, de forma alguma, responsabilidade da magistrada, uma vez que a decisão do juiz plantonistaprolatada em dia anterior já vinha sendo descumprida pelo estabelecimento hospitalar. E não há nada nos autos apto ainferir que eventual decisão da magistrada, ante a constatação de descumprimento da decisão anterior, traria melhorsorte a Sra. Maria Alves de Araújo, que veio a óbito no dia seguinte. Também não é absurdo pensar que, ainda que amagistrada tivesse prolatado a decisão naquele plantão, a parte poderia ter vindo a óbito, em face do seu estado desaúde”, afirmou Kravchychyn, em seu voto.

“Dessa forma concluo que a responsabilidade por essa morte não é da magistrada e a ela não se pode imputarqualquer penalidade por essa consequência. Contudo, em relação ao fato de a magistrada não ter apreciado o pedidodo advogado, merece uma consequência diversa. A interpretação da Resolução CNJ n. 71 obtida pela magistradadeu-se pela incompreensão total do pedido, tendo em vista a falta de cuidado de conhecer a fundo as razões quelevaram a parte a se socorrer novamente do plantão judicial. O fato de ter deixado de atender pessoalmente ou atépor telefone o advogado, como a falta de despacho nos autos, impediram a sua compreensão dos fatos, assim comoo ingresso de eventual recurso pelo causídico. Não se tratava de mera reiteração de pedido, como insiste amagistrada, mas sim de um pedido diverso do anterior, embora houvesse certa conexão entre eles”, completou oconselheiro.

Giselle SouzaAgência CNJ de Notícias

Siga o CNJ:

Portal CNJ - Magistrada é punida por omissão em processo http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/25064-magistrada-e-punida-por-omi...

2 de 2 05/05/2014 22:43

LEANDRO
Realce