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Processo Administrativo de Apuração de Responsabilidade PAAR IN n° 01/2013/DG

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Page 1: Processo Administrativo de Apuração de Responsabilidade PAAR · Fundamentos •Constituição Federal 1988; •Lei n° 8.666/1993; •Lei n° 10.520/2002; •Lei n° 12.462/2011;

Processo Administrativo de Apuração de Responsabilidade

PAAR

IN n° 01/2013/DG

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Evolução da Normatização

• Norma CA/DNER n° 212/87 e Portaria/DNIT n° 1262 de 5 de Novembro de 2010;

• Instrução de Serviço DG/DIREX n° 01 de 24/10/2013;

• Instrução Normativa n° 01/2013 DG de 25 de Novembro de 2013.

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Objetivos da IN• Padronizar o procedimento Administrativo de

Apuração de Responsabilidade – PAAR em todas unidades do DNIT;

• Garantir cumprimento de item e cláusulas escaradas pela Administração nos Institutos Conveniados e Contratuais;

• Salvaguardar o cumprimento dos princípios que gerem a Administração Pública bem como aqueles norteadores da aplicação de penalidade.

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Fundamentos

•Constituição Federal 1988;•Lei n° 8.666/1993;•Lei n° 10.520/2002;•Lei n° 12.462/2011;•Lei 9784/1999.

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Aplicação de sanção administrativa é uma faculdade ou uma obrigatoriedade?

Trata-se de um Poder Administrativo, um dever-poder, uma prerrogativa inerente ao Poder Disciplinar da Administração, que deve ser exercida.

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Quem é competente para aplicar as sanções?Art.5° [...] §1º Compete ao Chefe do Setor de Cadastro e Licitações de cada unidade regional proferir decisão em primeira instância da aplicação da penalidade imposta à licitante ou contratada nos processos de Apuração de Responsabilidade; §2º Na sede do DNIT, a competência para proferir decisão em primeira instância é do Coordenador-Geral de Cadastro e Licitações;§3º Nas unidades regionais do DNIT, a análise recursal com decisão de instância superior da aplicação das penalidades ficará sob a competência do Superintendente da Regional;§4º Na sede localizada em Brasília, a decisão de instância superior será proferida pelo Diretor Executivo desta Autarquia;[...]§7º Excepcionalmente, a competência para autuação processual e decisão de PAAR, quer em Primeira Instância ou Superior Instância, poderão ser avocadas pela autoridade competente na sede do DNIT, por motivo de caso fortuito ou força maior, quando o Chefe do Setor de Cadastro e Licitações ou o Superintendente Regional do DNIT declinar de sua competência. (Redação dada pela Instrução Normativa nº 03 de 2013)

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Aspectos de sancionamento

• Dever – poder do agente público;• Caráter repressivo/pedagógico;• Necessidade de regulamentação• Consequência de um processo.

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É indispensável que haja a abertura de um processo para aplicação da sanção administrativa?

SimCF/88Art. 5°

LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo; e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes.

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Lei n° 9784/1999

“Art. 2° Administração Pública obedecerá os princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.”

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Espécies de Sanções

• Lei 8.666/1993;Art. 87

• Lei 10.520/2002Art. 7°

• Lei 12.462/2011

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8.666/1993 Art. 87• Advertência;• Multa;• Suspenção temporária;• Declaração de inidoneidade. IN n° 01/2013/DG - arts. 10, 11, 12 e 13.

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12.462/2011 Art.47I - convocado dentro do prazo de validade da sua proposta não celebrar o contrato, inclusive nas hipóteses previstas no parágrafo único do art. 40 e no art. 41 desta Lei;II - deixar de entregar a documentação exigida para o certame ou apresentar documento falso;III - ensejar o retardamento da execução ou da entrega do objeto da licitação sem motivo justificado;IV - não mantiver a proposta, salvo se em decorrência de fato superveniente, devidamente justificado;V - fraudar a licitação ou praticar atos fraudulentos na execução do contrato;VI - comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal; ouVII - der causa à inexecução total ou parcial do contrato.

IN n° 01/2013/DG – art. 14

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10.520/2002 Art.7° Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua

proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentardocumentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamentoda execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar oufraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo oucometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com aUnião, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciadono Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedores a que serefere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco)anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e dasdemais cominações legais.

IN n° 01/2013/DG – art. 15

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Diferenças entre as Sanções de Suspensão de licitar e contratar previsto na 8.666/1993 e Impedimento de Licitar e contratar

previsto nas Leis 10.520/2002 e 12.462/2011

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Acórdão TCU

TCU – Acórdão 2.242/2013 – TC 019.276/2013-3, Relator Ministro José Múcio Monteiro – 21/08/2013“A sanção prevista no art. 87, inciso III da Lei 8.666/1993 produz efeitos apenas em relação ao órgão ou entidade sancionador enquanto a prevista no art. 7° da Lei 10.520/2002 produz efeitos no âmbito do ente federativo que a aplica.”

STJADMINISTRATIVO – MANDADO DE SEGURANÇA – LICITAÇÃO – SUSPENSÃO TEMPORÁRIA – DISTINÇÃO ENTRE ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – INEXISTÊNCIA – IMPOSSIBILIDADE DE PARTICIPAÇÃO DE LICITAÇÃO PÚBLICA – LEGALIDADE – LEI 8.666/93, ART. 87, II – É irrelevante a distinção entre os termos Administração e Administração Pública, por isso que ambas as figuras (suspensão temporária de participar de licitação(inc. III) e declaração de inidoneidade (inc.IV) acarretam ao licitante a não participação em licitações e contratações futuras. – A Administração Pública é uma, sendo descentralizadas as suas funções, para atender o bem comum. – A limitação dos efeitos da “ suspensão de participação de licitação” não pode ficar restrita a um órgão do poder público, pois os efeitos do desvio de conduta que inabilita o sujeito para contratar com a Administração se estendem a qualquer órgão da Administração Pública. – Recurso especial não conhecido”.(STJ, RESP n°151.567/RJ, Rel. Francisco Peçanha Martins, julgado em 25/02/2003.)”

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Pode o gestor ou fiscal do contrato ser punido por não aplicar as sanções devidas?

“Art. 5° [...] §5º Aquele que, no exercício de suas competências, tiver conhecimentode qualquer irregularidade que possa ensejar a aplicação de sanções previstas nestainstrução e não tomar as medidas cabíveis, retardando ou omitindo-se no seu dever,estará sujeito à apuração de responsabilidade.”“§6º O fiscal do contrato, nomeado nos termos do art. 67 da Lei nº 8.666/1993,deverá informar a autoridade competente qualquer irregularidade identificada naexecução do contrato sob seu acompanhamento, estando sujeito à apuração deresponsabilidade nos termos do parágrafo anterior. “

• A omissão de gestor em aplicar sanções ou suspensão de licitar e contratar a empresa que paralisou a execução de obra, justifica sua apenação com multa do art. 58. II, da Lei n° 8.443/1992 (Acórdão n° 836/2012 – Plenário, 11/04/2012)

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Existe uma regra que deve ser seguida para aplicação das sanções? Primeiro advertência, depois multa, etc.?

NÃO. Embora o sancionamento deva respeitar a razoabilidade e proporcionalidade.

Posição do TCU

“Estipule, em relação aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade penalidades específicas e proporcionais a gravidade dos eventuais descumprimentos contratuais.”(TCU, Acórdão 1453/2009 – Plenário)

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Pode ser aplicada sanção a licitante mesmo depois de anulada o certame?

O Plenário do TCU deliberou no sentido de informar[...]” Sobre a disponibilidade da aplicação de sanção administrativa a licitantes independentemente de vínculo contratual posterior após a correta configuração do ato ilícito, conforme dispõe art. 88, inciso II e art. 87, inciso III e IV, ambas da Lei n° 8.666/93.Precedentes citados: Acórdãos n° 2.077/2007, 2.859/2008 e 790/2009, todos do plenário (TCU, Acórdão n/ 767/2010 – Plenário, Rel. Min. José Jorge, 14/04/2010).

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Principais vícios do processo administrativo sancionador:

• Desrespeito ao devido processo legal;• Desrespeito aos princípios do contraditório e ampla

defesa;• Aplicação por autoridade incompetente;• Incongruência lógica entre a conduta e a sanção.

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Procedimento

• Denúncia/ Informação da irregularidade/possível abertura de processo;

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• Abertura de PAAR;“Art. 7º O procedimento de apuração de responsabilidade de que trata

esta instrução será autuado em processo com numeração única e instruído em sua respectiva unidade regional ou na sede, devendo conter quando necessário, os elementos essenciais prazo, escopo e custo, documento com breve relato das ocorrências indicando a pretensão em aplicar a penalidade “x” ou “y”, determinando a notificação do fornecedor e, no caso de aplicação de multa indicação do valor a ser aplicado, bem como informar quais normas técnicas do DNIT e normas legais deixaram de ser atendidas, observando-se o disposto do art. 5º, e obedecerá a seguinte ordem: (Redação dada pela Instrução Normativa nº 03 de 2013)”

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• Citação do interessado via notificação

“Art.7° [...] I – NOTIFICAÇÃO E DEFESA PRÉVIA: identificada eventualirregularidade na participação em processo licitatório ou execuçãocontratual dos projetos, serviços, obras ou aquisições, o fornecedor seránotificado por escrito para, querendo, apresentar DEFESA PRÉVIA no prazode 05 (cinco) dias úteis contados da data do recebimento da notificação,quanto aos supostos fatos detectados e à eventual aplicação dapenalidade expressamente identificada na notificação;”

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• Apresentação ou não de defesa prévia

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• Nota técnica quando necessária

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• Decisão de 1° Instância

Art. 7°[...] II – INSTRUÇÃO E DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA:decorrido o prazo a que se refere o inciso anterior, com ou semmanifestação da parte interessada, a autoridade competente, emdecisão devidamente fundamentada, decidirá pela aplicação ou não dapenalidade;

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• Publicação no DOU

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• Prazo de 5 dias úteis para apresentar recurso administrativo

Art. 7°[...] III - INTIMAÇÃO DA DECISÃO: proferida a decisão a que se refere o inciso anterior, o fornecedor será intimado por escrito acerca da aplicação ou não da penalidade, garantindo-lhe o prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados da data da publicação da respectiva decisão no Diário Oficial da União. (Redação dada pela Instrução Normativa nº 03 de 2013)

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• Recurso Administrativo para autoridade superior

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• Decisão de Superior Instância

Art. 7°[...] IV - DA ANÁLISE RECURSAL E DECISÃO DE INSTÂNCIA SUPERIOR: utilizando-se o fornecedor do direito que lhe é facultado para interposição do recurso administrativo, serão as razões deste, analisadas pela Administração, que proferirá decisão definitiva, podendo aplicar-lhe as penas de advertência, suspensão temporária, inidoneidade, impedimento ou multa.

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• Registro no SICAF.