processo 25 de junho · 2012. 7. 6. · estado• degoiÁs secretaria deestado da fazenda...

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ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA Oficio n° !.I3\ /12-SUPEX Goiânia, :;'6 de ~ de 2012. Palácio Pedro Ludovico Teixeira, 3° Andar, Setor Sul 74015-908 Goiânia - GO Cf cópia para a SEGPLAN Ao Exmo. Sr. ~ . JOSÉ CARLOS SIQUEIRA ~ _ kl.- Q Secretário de Estado-Chefe da Controladoria-Geral do Estado fovvvJ)' _ J24' du~~ .() ~ ("11' I• J .'\1) J.- yVJ ~ Dt& ~vw"U ~~. iI>s"t" E,,,m;,". Oficio" 335112012.9" V.rn (e-'" ""'o''"" ~\':"OO)n.I\,~ Senhor Secretário de Estado-Chefe, ~\~ ~ Encaminho-lhe, para conhecimento, cópia do Ofício nO335/2012-9" Vara, de 21.05.2012, procedente da 9" Vara da Seção Judiciária do Estado de Goiás (Justiça Federal), alusivo ao Processo nO 2000.35.00015297-0/4100, endereçado a esta Secretaria, informando para fins de cumprimento dos termos da condenação, a proibição de MÁRCIO ANTÔNIO DE ANDRADE, CPF nO 130.300.271-04, contratar com o Poder Público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica a qual seja majoritário, pelo prazo de 1 (um) ano, em decorrência de ação de improbidade administrativa. Atenciosamente, RO LUIZ CESAR ~ALVES BEZERRAo SUperi~=traI de Superintendente Executiv ntro Delegação - Portaria ° 011.GSF G4Wtia (00).() 3,.!l1J.B \ À lluperintlInd6n8dePl8venç1o(; ~~1Jf .pC5 ConupçIo. Infonnaç68S Ealrat6g1c , - GoItnia (oo).O.#,,,,tl.1:t. YJ1 F\)\.c1u..L~ iI::>IVi'/J!:;~.1õ N(} ~lE~{~ iltlnlO't\0a6=1\tP de ? 'n=r= ~:en8ll + Su~\enl\$ll8 ~, e rbCl~tltlE- OS Dt_.~1 Z~~ _ s_ffn~ência Executiva . . Av Vereador José Monteiro, n' 2233, Setor Nova Vila, CEP: 74.653.900 - Goiânia - Goiás Telefone (62) 3269.2522 .

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Page 1: PROCESSO 25 DE JUNHO · 2012. 7. 6. · ESTADO• DEGOIÁS SECRETARIA DEESTADO DA FAZENDA SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA Oficio n° !.I3\ /12-SUPEX Goiânia, :;'6 de ~ de 2012. Palácio

•ESTADO DE GOIÁSSECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA

SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA

Oficio n° !.I3\ /12-SUPEXGoiânia, :;'6 de ~ de 2012.

Palácio Pedro Ludovico Teixeira, 3° Andar, Setor Sul74015-908 Goiânia - GO

Cf cópia para a SEGPLAN

Ao Exmo. Sr. ~ .JOSÉ CARLOS SIQUEIRA ~ _ kl.- QSecretário de Estado-Chefe da Controladoria-Geral do Estado fovvvJ)' _

J24' du~~ .() ~("11'I •J .'\1) J.- yVJ ~ Dt&

~vw"U ~~.

iI>s"t" E,,,m;,". Oficio" 335112012.9" V.rn (e-'" ""'o''"" ~\':"OO)n.I\,~Senhor Secretário de Estado-Chefe, ~\~ ~

Encaminho-lhe, para conhecimento, cópia do Ofício nO335/2012-9" Vara, de

21.05.2012, procedente da 9" Vara da Seção Judiciária do Estado de Goiás (Justiça

Federal), alusivo ao Processo nO 2000.35.00015297-0/4100, endereçado a esta Secretaria,

informando para fins de cumprimento dos termos da condenação, a proibição de MÁRCIO

ANTÔNIO DE ANDRADE, CPF nO130.300.271-04, contratar com o Poder Público ou de

receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por

intermédio de pessoa jurídica a qual seja majoritário, pelo prazo de 1 (um) ano, em

decorrência de ação de improbidade administrativa.

Atenciosamente,

RO LUIZ CESAR ~ALVES BEZERRAo SUperi~=traI deSuperintendente Executiv ntro

Delegação - Portaria ° 011.GSF G4Wtia (00).()3,.!l1J.B

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Su~\enl\$ll8 ~,e rbCl~tltlE- OS Dt_.~1Z~~ _

s_ffn~ência Executiva . .Av Vereador José Monteiro, n' 2233, Setor Nova Vila, CEP: 74.653.900 - Goiânia - Goiás

Telefone (62) 3269.2522 .

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PODER JUDICIÁRIOJUSTiÇA FEDERAL

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS9ªVARA

(Rua 19, n' 244 • Centro. 4' andar. fone 62-3226.1898 • GoiânialGO • CEPo74.030-090)-c_!!!!!!Processo nº 2000.35.00.015297-0/4100Ofício nº 335/2012- 9" Vara

Senhor Secretário,

Goiânia, 21 de maio de 2012.

Com objetivo de instruir os autos da ação decumprimento de sentença movida pelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALcontra MÁRCIO ANTÔNIO DE ANDRADE, informo a Vossa Excelência, parafins de cumprimento dos termos da condenação, a proibição do Réu decontratar com o Poder Público ou receber benefício ou incentivos fiscais oucreditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídicaa qual seja majoritário, pelo prazo de 1 (um) ano.

Seguem, em anexo, cópias da petição inicial, dasentença, do relatório, voto, ementa e acórdão, bem como da presente decisão.

Atenciosamente,

Exmo. Sr.SIMÃO CIRINEU DIASSECRETÁRIO DA FAZ A DO ESTADO DE GOIÁSCOMPLEXO FAZEND' 10 MEIA PONTEAVENIDA VEREADOR JOSÉ MONTEIRO, 2233, SETOR NOVA VILACEP 74.623-900GOIÂNIA-GO

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PODER JUDICIÁRIO. JUSTIÇA FEDERALSEÇÃO JUDICIÁRIA DE GOIÁS

9'VARA

Processo 2000.35.00.015297_0Classe

7300 - Ação de Improbidade AdministrativaRequerente MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Requerido MARCia ANTÔNIO DE ANDRADE

DECISÃO

Conclusos os autos em razão da petição de fls. 289-91,na qual o MPF requereu: a) a instauração da fase de cumprimento desentença, nos moldes do art. 475, I, do CPC; b) a intimação do réu, para queefetue o pagamento das importâncias a ele imputadas na decisãocondenatória, sob pena incidência do disposto no art. 475-J do CPC; c) anotificação dos órgãos federais e estaduais competentes, para o registro daproibição de o REQUERIDO contratar com o Poder Público ou receberbenefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, pelo prazo de 01 (um) ano,particularmente a notificação dos seguintes órgãos: Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão, Ministério da Fazenda, Secretaria daFazenda do Estado de Goiás e Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás _TCM.

A ECT, em petição de fI. 300, reiterou os termos darequisição para instauração da fase de Cumprimento de Sentença apresentadapelo MPF.

Decido.

Assiste razão ao MPF ao requerer a instauração da fasede cumprimento de sentença, nos termos do art. 475, I, do CPC, bem como asdemais providências complementares.

ISSO POSTO, defiro os pedidos do Ministério PúblicoFederal (fls. 289-91) para determinar a instauração da fase de execução,bem como o imediato cumprimento das penas impostas ao requerido.

Determino à Secretaria que proceda à reclassificação daa ão na classe 4100, sem a necessidade de inversão de polos, bem como ocá ulo das custas processuais, para Oportunacobrança.

Após, intime-se o Executado para pagamento da quantia(quinze) dias, sob pena de cominação de multa no

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PODER Jl.!DICIÁRIOJUSTIÇA FEDERÂl_ 9a VaraProcesso 2000.35.00.D15297_0

percentual de 10% (dez por cento) e expedição de mandado de penhora eavaliação, nos termos do art. 475-J do CPC.

Caso não efetue o pagamento, e sem prejuízo daincidência da multa prevista no art. 475-J do CPC, intime-se, ainda, para, nomesmo prazo, indicar quais são e onde se encontram os bens de suapropriedade sujeitos à penhora e seus respectivos valores, sob pena de restarcaracterizado ato atentatório à dignidade da justiça, Com incidência de multa aser fixada pelo juízo, nos termos dos arts. 600, IV, 601, do CPC.

Determino, ainda, que a Secretaria proceda às seguintesdiligências, com envio de cópia da sentença e acórdão de fls. 231-244 e 273-280:

1) oficie-se o Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão, Ministério da Fazenda, Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás eTribunal de Contas dos Municípios de Goiás - TCM (endereço às fls. 290-291),para fins de cumprimento dos termos da condenação, pelo prazo de 01 (um)ano (fi. 244, alinea "c");

2) inclua-se o nome da parte REQUERIDA no CadastroNacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativa (CNCIA doSTJ), na forma da Resolução CNJ 44/2007 e atos conexos.

Oportunamente, juntem-se informações do cumprimentodas referidas medidas.

Para todos os efeitos, levando-se em conta inclusive asopções pré-determinadas constantes do sistema CNCIA do CNJ, deve serconsiderada a duração da sanção a partir do trânsito em julgado dacondenação, ou seja, 09/08/2011 (certidão de fI. 285), data que deverá constardos ofícios expedidos.

Após, intimem-se as partes para ciência dos atospraticados, Oportunidade em que deverão verificar a exatidão docadastramento e dos demais atos de cumprimento de sentença.

Faculto às RÉS requerer as retificações ou modificaçõesque forem entendidas devidas. A omissão será interpretada como concordânciacom os atos executivos praticados.

I.

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MINISrERIO PUBLICO FEDERAL '!>~

PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM GOlAs '.•,.

EXMOSR. DR. JUIZ FEDERAL DA VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DOESTADO DE GOIÁS, .

11111/1111111111112000.3500.015297-0

O Ministério Público Federal vem, respeitosamente, àinclita presença de Vossa Excelência, com base no processo administrativo emanexo e com fundamento nos artigos 37, ~ 4° e 129, III e IX da Constituição daRepública; artigo 6°, VII, "b", e XIV, "f" da Lei Complementar 75/93 e artigo 17da Lei 8.429/92 propor a presente:

AÇÃO CNIL DE RESPONSABILIDADEPOR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATN A

em face de Márcio Antônio de Andrade, brasileiro;executante operacional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos _ ECT;agência de Planaitina/GO; matrícula 8.130.584-2; portador da CI nO 548182 _SSP/DF e CPF n° 244682821-34;com endereço à Q. 12,MR-03, Casa 32 _SetorNorte; Planaitina/GO; pelos fatos e fundamentos de direito a seguir aduzidos.

pip5209-!JO-88.doc I

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•MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA OA REPÚBLICA EM GOIÁS

suMÁRIO

Pretende o Ministério Público Federal, por meio destaação, ver aplicadas ao réu as sanções civis e administrativas previstas na Lei8.429/92 pela prática de ato de improbidade administrativa, qualificado pelaviolação aos princípios da legalidade,moralidade e impessoalidade, consistente naretenção indevida de numerários da agência em que trabalhava, durante o períodode 26/03/95 a 04/10/95, em razão das provas que compõem O processoadministrativo n° 1.18.000.005209/2000-88 (em anexo).

DA LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

A Constituição da República de 1988, em seu artigo 129,inciso m, engtu o Ministério Público à condição de guardião do patrimôniopúblico, conferindo-lhe, como uma de suas atribuições institucionais, a promoçãodo inquérito civil e da ação civilpública.

Já em seu artigo 37, ~ 4°, previu a punição e os efeitosdos atos de improbidade administrativa, a serem formalizados e terem suagradação previstas em lei.

Para dar aplicabilidade ao preceito constitucional, a LeiComplementar 75/93 prevê, em seu artigo 6°, XIV, "f" a possibilidade de oMinistério Público Federal ajuizar ação civil de responsabilidade por improbidadeadministrativa.

A seu turno, a Lei 8429/92, que prevê as hipóteses e assanções decorrentes da prática de ato que configure improbidade administrativa,dispõe em seu artigo 17:

"Art. 17. A ação principal, que tecá o rito ordinário,secápcoposta pelo Ministério Público ou pela pessoajuódica interessada, dentro de trinta dias daefetivaçãoda medida cautelar.(...)~ 4.- O Ministério Público, se não interner no

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM GOIÁS

processo como parte, atuará obrigatoriamente, comofiscal,sob pena de nulidade."

DO PÓLO PASSIVO

o seguinte:A Constituição da República, em seu art.37, ~ 4° estatui

"Art. 37- A administrativa públicá direta, indireta oufundacional, de qualquer dos poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípiosobedecerá aos princípios de legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiênciae, também, ao seguinte:(...)~ 4°-Os atos de improbidade importarão a suspensãodos direitos políticos, a perda da função pública, aindisponibilidade dos bens e o ressarcimento aoerário, na forma e gradação prevista em lei, semprejuízo da ação penal cabível.(...)"

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L

Dando regulamentação material à norma constitucional,prevendo as condutas ímprobas e as respectivas sanções, a Lei 8429/92 dispõe,em seu artigo 10, que serão responsabilizados todos aqueles que, na qualidade deagentes públicos, servidores ou não, pratiquem ato de ímprobidade contra aadministração em todas as suas esferas. .

Para fins desta lei, considera-se agente público todoaquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,nomeação, designação, contratação ou qualquer outro vínculo, mandato, cargo,emprego ou função em qualquer entidade pública ou mesmo privada, desde quenesta última hipótese o Estado concorra com mais da metade de seu patrimônio(artigos 1° e 2°).

Neste conceito (de agente público autor da infração),está inserido o réu, que praticou os fatos no exerácio de emprego público na

~

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MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL

PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM GOIÁS

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.

DOS FATOS

Conforme consta nos autos, o Ministério PúblicoFederal recebeu da S" Câmara de Coordenação e Revisão (patrimônio Público eSocial) oficio (fI. 01) contendo cópias da instrução procedimental e outrosdocumentos pertinentes ao réu, com o fito de solicitar ao órgão ministerialprovidências e investigações acerca da existência de possíveis irregularidadescometidas por ele na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT - naAgência de Planaltina de Goiás/GO.

Foi instaurada tomada de contas especial pela auditoriainterna da Diretoria Regional da ECT em desfavor do réu por atos praticados nosperíodos de 26/03 a 08/06/95; 12/09 a 21/09/95 e 02/10 a 04/10/95; relativos avalores apropriados da entrega de reembolsos postais sem emissão de notificaçãode recebimento; à correção monetária sobre valores retidos de entrega dereembolsos postais sem a correspondente emissão de notificação de recebimento;a taxas de armazenagem não cobradas e à apropriação de valores recebidos deprestações de camês do "Baú da Felicidade".

Foram verificadas e comprovadas as irregularidades,com apropriação e retenção indevidas de valores da ECT.

o réu assinou termo de compromisso e a confissão dedívida dos débitos em 19/10/95 (fi. 38), comprometendo-se a quitar o valor de R$5.577,42 (cinco mil, quinhentos e setenta e sete reais e quarenta e dois centavos);porém, não o fez. Foi demitido por justa causa na data de 01/11/95.

Os autos da tomada de contas especial conduzida pelaauditoria de controle interno da ECT foram enviados ao Tribunal de Contas daUnião, onde também foi instaurada tomada de contas especial.

f4

No decorrer da tomada de contas que tramitou noTCU, foi aberta a oportunidade para o réu apresentar sua defesa ou recolher odébito que lhe foi imputado. No entanto, apesar de devidamente citado, o réumanteve-se tnerte.

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OC..

Cc

~~ ...MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM GOIÁS

As contas foram julgadas irregulares devido ao desviodos recursos públicos e o réu, o responsável, condenado ao pagamento da quantiadevida.

DO DIREITO

A conduta do réu está tipificada no artigo 9°, XI da Lein° 8.429/92, que preceitua:

"Art. 9°_ Constitui ato de improbidadeadministrativaimportando enriquecimentoilícito auferir qualquer tipo de vantagempatrimonial indevida em razão do exercíciode cargo, mandato, função, emprego ouatividade nas entidades mencionadas noart. 1° desta Lei, e notadamente:(...)XI- incorporar, por qualquer forma, a seupatrimônio bens, rendas, verbas, ouvalores integrantes do acervo patrimonialdas entidades mencionadas no art. 1°desta Lei;(...)."

do mesmo diploma legal:As sanções correspondentes estão previstas no art.12, I

"Art. 12- Independentemente das sanções penais,civis e administrativas, previstas na legislaçãoespecífica, está o responsável pelo ato deimprobidade sujeito às seguintes cominações:1- na hipótese do art. 9°, perda dos bens ouvalores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,ressarcimento integral do dano, quando houver,perda da função pública, suspensão dos direitospoliticos de oito a dez anos, pagamento de multacivil de até três vezes o valor do acréscimo

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PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM GOIÁS

patrimonial e proibição de contratar com o PoderPúblico ou receber benefícios ou incentivos fiscaisou creditícios, direta ou indiretamente, ainda quepor intermédio de pessoa jurídica da qual sejasócio majoritário, pelo prazo de dez anos; (_..)"

Como se vê, o réu, como empregado da agência deCorreios/apropriou-se de quantia determinada, pertencente ao patrimônio público,passando a desfrutar como se integrasse seu patrimônio pessoal, invertendoilegalmentea titularidade da posse.

DO PEDIDO

Tais as circunstâncias, o Ministério Público Federalrequer:

a) seja a presente ação recebida, autuada e processada naforma e no rito preconizado no art.17 da Lei 8429/92;

b) seja o réu citado pessoalmente por oficial de justiçapara responder aos termos desta ação no prazo legal,sob pena de revelia;

--'< c) seja o réu condenado às seguintes sanções CIVIS epolíticas previstas no artigo 12, inciso I da Lei 8.429/92: "perda dos bens ou valoresacrescidosilicitamente ao patnmônio, ressarczmentointegral do dano, quando houver, perda dafunção pública, suspensão dos direitospoliticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil deaté três vezes o valor do acrésczmopatrimonial eproibição de contratar com o Poder Público oureceber beneftcios ou incentivos fiscais ou creditíczos, direta ou indiretamente, ainda que porintermédio depessoajurídica da qual seja sóczomqjoritário, pelo prazo de dez anos", devendoincidir juros e correção monetária sobre o valor a ser ressarcido ao erário;

d) seja a Empresa Brasileira de Correios eTelégrafos - ECT /Regional de Brasília/DF - cientificadada presente ação para osfins do artigo 17, ~ 30 da Lei 8429/92;

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MINISTERIO PUBLICO FEDERAL

PROCURADORIA DA REPÚBUCA EM GOIÁS

Protesta por todos os meios de prova admitidos emnosso ordenamento juridico, inclusive pericial e testemunhal.

Dá-se á causa o valor de R$ 6.095,40 (seis mil, noventa ecinco reais e quarenta centavos).

(

Goiânia, 10 de sete

GUSTAVO PESSANHA VEL .~Procurador da República

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PODERJUDICIÁRIOJUSTiÇA FEDERAL

SEÇÃOJUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS9" VARA

PROCESSO

CLASSE

REQUERENTE

REQUERIDO

2000.35.00.015297_0

7300 - AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVAMINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

MÁRCIO ANTONIO DE ANDRADE

SENTENÇA

RELATÓRIO

Cuida-se de AÇÃO DE IMPROBIDADEADMINISTRATIVA ajuizadapelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL em face de MÁRCIO ANTONIO DE

ANDRADE objetivando, dentre outras cominações, seja o requeridoresponsabilizado pela prática de atos caracterizados como improbidadeadministrativa, mediante a imposição de sanções civis e políticas queenumera.

O requerente alega que o Ministério Público Federal é partelegítima para propor a presente ação, na qualidade de guardião do

patrimônio público, com fundamento no artigo 37, ~ 4°, e 129, 111,da

COO"ltulçãoFed.",I, bem "'mo 00 ''''go 6", XIV, t, d. LCo" 7S/93~

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•PODER JUDICIÁRIOJUSTiÇA FEDERALProcesso 2000.35.00.015297-0

artigo 17 da lei n° 8.429/92.

Aduz que o requerido praticou os fatos no exercício de emprego

público na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECTe, portanto,

insere-se dentre os agentes públicos destinatários das sanções da Lei8.429/92.

Ressaltaque a 5. Câmara de Coordenação e Revisão (PatrimônioPúblico e Social) enviou ofício ao Ministério Público Federal contendo

cópias da instrução procedimental e outros documentos pertinentes ao

requerido, com o fito de solicitar ao órgão ministerial providências e

investigações acerca da existência de possíveis irregularidades cometidaspor ele na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Informa que foi instaurada tomada de contas especial pelaauditoria interna da Diretoria Regional da ECTcontra o requerido por atos

praticados nos períodos compreendidos entre 26/03/95 a 08/06/95,

12/09 a 21/09/95 e 02/1 0/95 a 04/1 0/95, consistentes na apropriaçãode entrega de reembolsos postais sem emissão de notificação derecebimento; à correção monetária sobre valores retidos de entrega dereembolsos postais sem a correspondente emissão de notificação derecebimento; a taxas de armazenagem não cobradas e à apropriação devalores recebidos de prestações de carnês do "Baú da Felicidade";

Afirma ter o requerido assinado termo de compromisso econfissão de dívida dos débitos em 19/1 0/95, comprometendo-se a quitar

o valor de RSS.577,42 (cinco mil, quinhentos e setenta e sete reais equarenta e dois centavos) - mas não o fez e foi demitido por justa causaem 01/11/95.

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PODERJUDICIÁRIOJUSTIÇA FEDERALProcesso 2000.35.00.015297_0

Destaca que os autos da tomada de contas especial conduzidapela auditoria de controle interno da ECT foram enviados ao Tribunal deContas da União, onde uma tomada de contas especial foi instaurada, naqual não interveio o requerido, mesmo aberta a Oportunidade.

Sustenta que a conduta do requerido está tipificada no artigo 90,Xl. da lei nO 8.429/92, pois fez "incorporar ... a seu patrimônio bens,rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidadesmencionadas no artigo 10 ... ".

Ressalta que a sanção correspondente ao fato praticadoencontra-se prevista no artigo 12, I, da referida lei, consistindo em perdados bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimentointegral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticosde oito a dez anos, pagamento de multa civil até três vezes o valor doacréscimo.

o requerente requer: a) seja recebida a ação; b) seja o requeridocitado; c) seja o requerido condenado às seguintes sanções civis e políticasprevistas no artigo 12, inciso I, da lei 8.429/92, isto é, perda dos bens ouvalores acrescidos iliCitamente ao patrimônio, ressarcimento integral dodano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito adez anos, pagamento de multa civil até três vezes o valor do acréscimopatrimonial e prOibição de contratar com o Poder Público ou receberbenefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio m<ijoritário,pelo prazo de dez anos; seja a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafoscientificada da presente ação, para os fins do artigo 17, 9 3°, da Lei8.429/92.

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•PODERJUDICIÁRIOJUSTiÇA FEDERALProcesso 2000.35.00.015297-0

A EMPRESABRASILEIRADE CORREIOSETELÉGRAFOS - ECT, emmanifestação de fls. 113-7, a par de pedir sua admissão no feito, ao lado

do MPF, com fundamento nos artigos 17, 5 3°, da Lei 8.429/92, c/c artigo6°, 53° da lei n° 4.717 /6S, aduziu que seu interesse em atuar no processo

ao lado do requerente decorre da preservação de seu patrimônio e de suaimagem em face dos fatos narrados, pois titula o monopólio dos serviços

postais, em âmbito nacional, considerando que a conduta ilícita narradana inicial afeta o bom funcionamento de seus serviços.

Sustenta a ECT que os documentos relativos às notificações de

recebimento foram confrontados, no curso da Sindicância instaurada

perante a mesma, em outubro de 1995, com os dados do Livro de Entrega

de Reembolsos Postais, verificando-se a entrega de 5S reembolsos postais

sem a respectiva emissão de NR, levando a omissão de receita.

Informa que também se constatou a retenção de S9 reembolsos,cuja prestação de contas, por meio de emissão de Nrs, somente ocorreu

três meses depois, o que levou ao prejuízo de R$5.S77,42 (cinco mil,quinhentos e cinqüenta e sete reais e quarenta e dois centavos) para a ECT.

Noticia que também se apurou o prejuízo de R$217,SO (duzentose dezessete reais e cinqüenta centavos) decorrente de omissão referentea 39 (trinta e nove) prestações de carnês do Baú da Felicidade.

Ratifica que apesar de notificado o requerido para restituir à ECTos valores desviados, não o fez.

Embora citado pessoalmente, o requerido não apresentouresposta no prazo de lei (Certidão de fI. 177).

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PODERJUDICIÁRIOJUSTiÇA FEDERALProcesso 2000.35.00.015297-0

Em manifestação de fls. 179-183, o MPF, ora requerente,

assevera que, em virtude da revelia, consideram-se os efeitos da confissão

ficta, bem como dispensa-se de intimação os atos posteriores, devendo orequerido receber os autos no estado em que se encontram (arts. 319 e

322 do CPC),bem como argumenta que a simples omissão defensiva não

implica confissão ficta quanto aos pontos que tratam de direitos

indisponíveis, como o caso da pretensão de imposição de penalidades

restritivas de direitos políticos - quanto a esse tema, deve-se considerar

o conjunto probatório juntado aos autos.

Acrescenta que, além da suspensão dos direitos políticos do

requerido, a presente ação visa à cominação de sanções de caráter civil,

sobre as quais incidem os efeitos da revelia.

Requer, o MPF,o julgamento antecipado da lide.

A sentença de fls. 189-93 decretou extinto o processo, porcarência de interesse de agir, quanto ao pedido de ressarcimento do Erário,

considerando que a União possui, quanto a esses valores, título executivolíquido (acórdão TCUde fI. 13). No mérito, julgou parcialmente procedente

o pedido do requerente e condenou o requerido a pagar a multa civilequivalente a uma vez o valor do dano, bem como à proibição de contratarcom o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou

creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa

jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de um ano, em face dapequena proporção do dano.

O MPFinterpôs recurso de apelação da sentença (fls. 197-202),

alegando que não foi corretamente apreciado o pedido de suspensão de

d;";tos polit;,o,do".",,;do - nafundamentaçaoda ,entença,e a:lo

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PODERJUDICIÁRIOJUSTIÇAFEDERALProcesso 2000.35.00.015297-0

a existência da lesão ao patrimônio público, contudo, não se aplica a

sanção em razão da revelia, considerando a indisponibilidade do direito

respectivo - conforme o artigo 12 da Lei 8.429/92, independentemente

das sanções administrativas, penais e civis, o responsável pela práticaímproba permanece sujeito à suspensão dos direitos políticos.

A apelação foi recebida em ambos os efeitos (fI. 204).

Em acórdão de fls. 220-224, o E. TRF da 1a Região anulou asentença apelada, por se tratar de decisão citra petita, e determinou o

retorno dos autos à Vara de origem, para que outra fosse proferida com o

integral exame do pedido, considerando a perda dos bens ou valores

acrescidos ilicitamente ao patrimônio; a perda da função pública e asuspensão dos direitos políticos.

As partes foram intimadas do acórdão (fls. 225 e 227).

É o relatório, no necessário.

Passoa decidir.

FUNDAMENTAÇÃO.

Encontram-se presentes os pressupostos de constituição e dedesenvolvimento válido e regular do processo bem como as condições daação.

As irregularidades e o débito imputados ao requeridoencontram-se devidamente caracterizados e comprovados por cópia do

pn"edlmento adm;nl'I,.t1vo dena.,O<Iopela ECTe do p,o<e-,o:;{)

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Tomada de Contas Especial (TC nO001.075/1997-7).

Também pelo Termo de Compromisso firmado pelo requerido,este confessou ser de sua inteira responsabilidade o débito de R$5.577,42, relativo à não prestação de contas de reembolsos postais.

Os valores imputados ao requerido são, em suma, os contidos noAcórdão 144/2004, da Tomada de Consta Especial TCU 0001.075/97-7,

e consistem em: a) R$ 5.582,42 relativos a valores apropriados da entrega

de reembolsos postais sem emissão de Notificação de Recebimento no

período de 12/09 a 21/0909/95; b) RS170,48 relativos à correção

monetária sobre valores retidos de entrega de reembolsos postais sem a

correspondente emissão de NR, no período de 26/03 a 08/06/95; c)

R$125,OOrelativos a taxas de armazenagem não cobradas no períOdo de

26/03 a 08/06/1995; d) RS217,50 relativos à apropriação de valores derecebimento de prestações de carnês do Baú da Felicidade.

Dos documentos que instruem os autos, conclui-se que os atosnarrados, de autoria do requerido, além da eiva de ilicitude, forampraticados com dolo, dadas a intenção e premeditação, tendo o fatoconfigurado justa causa para a demissão do empregado.

Diante dessa conclusão, vê-se configurada a hipótese do artigo9°, XI, da lei n° 8.429/92, pois mesmo diante da possibilidade de restituiradministrativamente os valores confessadamente desviados, permaneceuinerte.

O MPFpede a condenação do requerido nas penas do art. 12, Ida lei 8.429/92, entre as quais ressarcimento integral do dano.

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Ao juízo da presente ação compete dispor a respeito do"ressarcimento integral do dano", porque é o juiz da ação de improbidade

administrativa o competente para avaliar a necessidade de condenação àreferida pena e a integralidade do eventual pagamento efetuado na viaadministrativa.

Em razão dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade,não está ojuiz obrigado a cominar todas as penalidades referidas no art.

12 da lei 8.429/92, mas apenas aquelas suficientes para aplicar, com

justiça, o Direito ao presente caso concreto, sem, contudo, prestigiar aimpunidade.

A posição jurisprudencial e doutrinária prevalente é no sentidode possibilitar ao juiz verificar a sanção ou sanções adequadas a um

determinado caso concreto em homenagem ao princípio daproporcionalidade.

Destaco precedente do Tribunal Regional Federal da 1. Regiãonesse sentido:

"ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE IMPROBIDADE. LEI N. 8.429/92.

ENRIQUECIMENTO ILIClTO. PRElIMINARES DE SUPRESSÃO DE

FASE PROCESSUAL E CERCEAMENTO DE DEFESA R(lEITADAS.

VIOLAÇÃO DOS PRINClplOS DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E IN

DUBlO PRO REO. INOCORRÊNCIA. PERDA DO CARGO PÚBLICO.

IMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO LITERAL DO ART. 12 DA LEI

N° 8.429/92. NÃO APLICAÇÃO DAS PENAS DE PERDA DO

PATRIMÓNIO AUFERIDO ILICITAMENTE, SUSPENSÃO DOS

DIREITOS POÚTICOS E PAGAMENTO DE MULTA CIVIl. PRINCíPIO

DA PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA PARCIALMENTE

REFORMADA.

D

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1. Desnecessária a instauração de inquérito civil se existenteselementos de convicção suficientes à propositura da ação.

2. Não há que se falar em cerceamento de defesa se arequerente foi regularmente intimada de todos os atos doprocesso, não tendo o seu advogado alegado qualquernulidade.

3. A condenação da requerida teve por base a robusta provados autos, pelo que não se justifica a alegação decontrariedade aos princípios da presunção de inocência e indubio pro reo.

4. O artigo 12 da lei n° 8.429{92 não contempla a hipótese daperda de cargo público, mas tão-só a perda da função pública.

5. As normas que descrevem infrações administrativas ecominam penalidades não podem sofrer interpretaçãoconducente a uma ampliação das sanções nelas previstas,devendo a norma indicada ser interpretada de forma literal,uma vez que não é dado ao intérprete estabelecer distinçõesnão estatuídas pelo legislador.

6. Embora existam documentos apontando descompasso entrea evolução patrimonial da requerida e a renda por eladeclarada, não há evidência de relação direta entre esse fato ea irregular concessão dos aludidos benefícios previdenciários.

7. Doutrina e Jurisprudência inclinam-se pela adoção doprincípio da proporcionalidade, de modo a evitar sançõesdesarrazoadas em relação ao ato Ilícito, sem, contudo,privilegiar a impunidade.

8. Preliminares rejeitadas.

9. Apelação do Ministério Público improvida. Apelação da ré

D

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parcialmente provida.

10. Sentença parcialmente reformada." (AC

1998.37.01.000785-5/MA, Relator Desembargador FederalHilton Queiroz, 4" Turma, DJde 18/05/2005, p. 17).

A Lei de Improbidade prevê, em seu artigo 12, a aplicaçãocumulativa das sanções que comina tais como a perda dos bens ou valores

acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano,

perda da função púlbica, suspensão dos direitos políticos, pagamento de

multa civil, proibição de contratar com o Poder Público ou receberbenefícios ou incetivos fiscais ou creditícios.

O referido diploma legal somente difencia as sanções aplicáveisde acordo com a natureza do ato de improbidade (enriquecimento ilícito,danos ao Erário e violação aos princípios administrativos).

Entretanto, a despeito de a lei não fazer distinção, entendo queo JUIZ deve não somente avaliar a extensão do dano para graduar adosagem da pena, mas também para eleger as sanções aplicáveis ao casoconcreto.

Em alguns casos, nos quais resulte provada apenas a culpasimples do acusado, a aplicação de todas as sanções ,referidas no art. 12,

I do mencionado diploma legal caracterizaria a materialização da injustiça,pois o juiz deve cuidar para que a pena não seja maior do que a culpa,

Atenta à razoabilidade da aplicação das penas previstas no incisoI do art. 12 da lei em comento, tenho, inicialmente, com relação à 'perdada função pública', a impossibilidade jurídica do pedido, em razão de orequerido já haver sido demitido por justa causa.

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O artigo 12 da Lei nO8.429/92 não contempla a hipótese daperda de cargo público, mas tão-só a perda da função pública.

Todavia, na mesma oportunidade da demissão, o requerido foiexonerado da função gratificada de Quebra de Caixa, que exercia desde09/09/1993.

Não há notícia nos autos de que o requerido esteja ocupandoatualmente alguma função gratificada ou cargo em comissão.

Quanto à "perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente aopatrimônio", não comprovou o MPFa existência de bens adquiridos como produto do enriquecimento ilícito.

Ao contrário, os depoimentos do requerido deixam entrever queo mesmo desviara recursos da ECTpor encontrar-se acossado por agiotas.

Não havendo o mínimo de prova da agregação ao patrimônio dorequerido de bens decorrentes da atividade ímproba, descabe acondenação em pena de perdimento.

A penalidade de "suspensão dos direitos políticos" parece-meexagerada e inadequada para o caso em apreço.

Como já mencionado, a aplicação das penalidades restritivas dedireitos deve observar a proporcionalidade diante da extensão dos danosao erário.

o princIpIo da proporcionalidade está relacionado com a

necessidade de se aplicar a medida justa ao caso concreto, de se buscar a

JO

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adequação entre o meio mais idôneo ou que imponha a menor restriçãopossível a um bem protegido pela Constituição (direitos políticos).

É mister considerar que o ilícito foi cometido entre 26/03/1995e 04/1 0/1995, desde então, em razão desses fatos, instaurou-se aSindicância n° 052/95 perante a ECT, uma Tomada de Contas Especial na

Agência dos Correios de P1ilnaltina-GO - DR/BSBe processo administrativonO1.18.000.005209/2000-88, o que consistiu em imposição ao requeridode quase dez anos de procedimentos de apuração.

Outrossim, impende levar em conta a pequena extensão dosdanos, pois os valores desviados, totalizados em 01 /09/2000, importavamR$6.095,40 (seis mil, noventa e cinco reais e quarenta centavos).

Repito, não se pode perder de vista que as sanções do artigo 12,da Lei 8.429/92 não são necessariamente cumulativas, cabendo ao

magistrado a sua dosimetria, aliás, como deixa claro o parágrafo único do

mesmo dispositivo (Primeira Turma do STJ- RESP505068/PR; RECURSO

ESPECIALnO 2003/0041973-1, Relator Ministro LUIZ FUX, Sessão de09/09/2003, publicado do DJde 29.09.2003, p. 164).

Restaanalisar o cabimento da aplicação de multa civil e proibiçãode contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivosfiscais ou creditícios.

A premeditação do ilícito, a conduta do requerido em omitir-seem pagar o débito quando lhe foi oportunizado e de manter-se inertequanto à prestação das contas na entidade administrativa competente são

fatores que justificam a sua condenação em sanção pecuniária e

Impedim.n'od. oonr"".,<omaMmln'",",,,, POblka,'ob''',do q"n-p

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o requerido é confesso.

Não há notícia que outras contas do requerido tivessem sidoomitidas ou reprovadas.

É razoável e adequada a condenação do requerido aoressarcimento dos danos conforme apurado pelo TCU na

TCE-001.075/1997-7 e no processo administrativo nO

1.18.000.005209/200-88, às penas de multa civil equivalente a uma vez

o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber

benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoajurídica da qual seja sócio majoritário,pelo prazo de um ano, em face da pequena proporção do dano.

Considero, para todos os efeitos, a expressão pecuniária do danocomo o valor atualizado da quantia apropriada pelo requerido e apuradana Tomada de Contas Especial, atualizada na data do ajuizamento(01/09/2000), em R$6.095,40 (seis mil e noventa e cinco reais e quarenta

centavos), devidamente acrescida de juros, na forma da Súmula 54-STj. Y

DISPOSITIVO

Peloexposto, julgo procedentes, em parte, os pedidos e condenoo requerido:

\, ..

./ a) a ressarcir integralmente os danos provocados ao erário,

apurados em R$6.095,40 (seis mil, noventa e cinco reais e quarentacentavos), acrescidos de juros de mora de 196(um por cento) ao mês,

contados desde a data dos danos (Súmula 54-STJ e artigos 405 e 407 doCódigo Civil);

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b) a pagar multa civil equivalente a uma vez o valor do dano;

c) à proibição de contratar com o Poder Público ou receberbenefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,

ainda que por intermédio de pessoajurídica da qual seja sócio majoritário,pelo prazo de um ano.

Condeno o requerido ao pagamento das custas.

Sem condenação em honorários de advogado (art. 18 da lei n07.347/85 c/c art. 4° da lei 9.289/96).

Sentençasujeita ao necessário duplo grau de jurisdição (art. 475,li, do CPC).

Registre-se. Publique-se. Intimem-se.

Goiânia, 3 de novembro de 2005.

POLLYAN~~';;'t.;E1ROS MARTINSALVESJuíza Federal Substituta

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y-' .POOER JUDICIÁRIO '--'TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1" REGIÃO

APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N° 0015234-33.2000.4.01.3500 (2000.35.00.015297-0)/GO

RELATÓRIO

IZ FEDERAL MARCUS VINíCIUS REIS BASTOS (RELATOR CONVOCADO):

'A sentença de fls. 231/244, da Juíza Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves,da 9" Vara a Seção Judiciária de Goiás, julgou procedente, em parte, os pedidos do Ministério

eral em face de MÁRCIO ANTÓNIO DE ANDRADE e condenou-o às seguintes sanções:

"a) a ressarcir integralmente os danos provocados ao erário, apurados em R$6.095,40 (seis mil, noventa e cinco reais e quarenta centavos), acrescidos dejuros de mora de 1% (um por cento) ao mês, contados desde a data dosdanos (Súmula 54-STJ e artigos 405 e 407 do Código Civil);b) a pagar multa civil equivalente a uma vez o valor do dano;c) à proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ouincentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que porintermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de umano." (fls. 243/244).

O requerido foi condenado, ainda, ao pagamento de custas.

Houve remessa oficial.

Inconformado, o Ministério Público Federal apela (fls. 251/255). Requer a condenaçãodo requerido à pena de suspensão dos direitos políticos pelo período mínimo previsto em lei (oitoanos), bem como seja aumentado o prazo de proibição de contratar com o poder público para dezanos.

Nesta instância, o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ProcuradorRegional da República Odim Brandão Ferreira, opinou pelo provimento parcial do recurso.

É o relatório.

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TRF.l' REGIÃOIIMP.15-02~DElSE. S

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1" REGIÃO

APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N° 0015234-33.2000.4.01.3500 (2000.35.00.015297-0)/GO

VOTO

O EXM/LOSR. UIZ FEDERAL MARCUS VINíCIUS REIS BASTOS (RELATOR CONVOCADO):

Consta da fundamentação da sentença:

"Encontram-se presentes os pressupostos de constituição e dedesenvolvimento válido e regular do processo bem como as condições daação.

As irregularidades e o débito imputados ao requerido encontram-sedevidamente caracterizados e comprovados por cópia do procedimentoadministrativo deflagrado pela ECT e do processo de Tomada de ContasEspecial (TC n° 001.075/1997-7).

Também pelo Termo de Compromisso firmado pelo requerido, este confessouser de sua inteira responsabilidade o débito de R$ 5.577,42, relativo à nãoprestação de contas de reembolsos postais.

Os valores imputados ao requerido são, em suma, os contidos no Acórdão144/2004, da Tomada de Contas Especial TCU 001.075/97-7, e consistemem: a) R$ 5.582,42 relativos a valores apropriados da entrega de reembolsospostais sem emissão de Notificação de Recebimento no periodo de 12/09 a21/09/95; b) R$ 170,48 relativos à correção monetária sobre valores retidosde entrega de reembolsos postais sem a correspondente emissão de NR, noperíOdo de 26/03 a 08106/95; c) R$ 125,00 relativos a taxas de armazenagemnão cobradas no períOdo de 26/03 a 08106/1995; d) R$ 217,50 relativos àapropriação de valores de recebimento de prestações de carnês do Baú daFelicídade.

Dos documentos que instruem os autos, conclui-se que os atos narrados, deautoria do requerido, além da eiva de ilicitude, foram praticados com dolo,dadas a intenção e premeditação, tendo o fato configurado justa causa para ademissão do empregado.

Diante dessa conclusão, vê-se configurada a hipótese do artigo 9°, XI, da Lein° 8.429/92, pois mesmo diante da possibilidade de restituiradministrativamente os valores confessadamente desviados, permaneceuinerte.

O MPF pede a condenação do requerido nas penas do art. 12, I da Lei8.429/92, entre as quais ressarcimento integral do dano.

Ao Juízo da presente ação compete dispor a respeito do 'ressarcimentointegral do dano', porque é o juiz da ação de improbidade administrativa ocompetente para avaliar a necessidade de condenação à referida pena e aintegralidade do eventual pagamento efetuado na via administrativa.Em razão dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, não está o Juizobrigado a cominar todas as penalidades referidas no art. 12 da lei 8.429/92,mas apenas aquelas suficientes para aplicar, com justiça, o Direito aopresente caso concreto, sem, contudo, prestigiar a impunidade.

A posição jurisprudencial e doutrinária prevalente é no sentido de possibilitarao juiz verificar a sanção ou sanções adequadas a um determinado casoconcreto em homenagem ao princípio da proporcionalidade.

Destaco precedente do Tribunal Regional Federal da 1a Região nessesentido:

'ADMINISTRA TlVO. AÇÃO DE IMPROBIDADE. LEI N. 8.~29/92ENRIQUECIMENTO ILlCITO. PRELIMINARES DE SUPRESSAO DEFASE PROCESSUAL E CERCEAMENTO DE DEFESA REJEITADAS.VIOLAÇÃO DOS PRINClplOS DA PRESUNÇÃO DE INOCÊN~M I~/\.

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TRF-l. REGIÀOIIMP.15-02-04DELSE. S

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA i" REGIÃO

APELAÇÃOIREEXAME NECESSÁRIO N° 0015234-33.2000.4.01.3500 (2000.35.00.015297 -O)/GO

DUBlO PRO REO. INOCORR~NC/A. PERDA DO CARGO PÚBLICOIMPOSSIBILIDADE. INTERPRETAÇÃO LITERAL DO ART. 12 DA LEIN" 8.429/92. NÃO APLICAÇÃO DAS PENAS DE PERDA DOPATRIMÓNIO AUFERIDO ILICITAMENTE, SUSPENSÃO DOSDIREITOS poLfTlcOS E PAGAMENTO DE MULTA CIVIL. PRINCíPIODA PROPORCIONALIDADE. SENTENÇA PARCIALMENTEREFORMADA.1. Desnecessária a instauração de inquérito civil se existenteselementos de convicção suficientes à propositura da ação.2. Não há que se falar em cerceamento de defesa se a requerente foiregularmente intimada de todos os atos do processo, não tendo o seuadvogado alegado qualquer nulidade.3. A condenação da requerida teve por base a robusta prova dos autos,pelo que não se justifica a alegação de contrariedade aos princípios dapresunção de inocência e in dubio pro reo.4. O artigo 12 da Lei n° 8.429/92 não contempla a hipótese da perda decargo público, mas tão-só a perda da função pública.5. As normas que descrevem infrações administrativas e cominampenalidades não podem sofrer interpretação conducente a umaampliação das sanções nelas previstas, devendo a norma indicada serinterpretada de forma literal, uma vez que não é dado ao intérpreteestabelecer distinções não estatuídas pelo legislador.6. Embora existam documentos apontando descompasso entre aevolução patrimonial da requerida e a renda por ela declarada, não háevidência de relação direta entre esse fato e a irregular concessão dosaludidos benefícios previdenciários.7. Doutrina e jurisprudência inclinam-se pela adoção do principioda proporcionalidade, de modo a evitar sanções desarrazoadas emrelação ao ato ilícito, sem, contudo, privilegiar a impunidade.8. Preliminares rejeitadas.9. Apelação do Ministério Público improvida. Apelação da réparcialmente provida.10. Sentença parcialmente reformada.'(AC 1998. 37.01.000785-5/MA, Relator Desembargador Federal HiltonQueiroz, 4" Turma, DJ de 18/0512005,p. 17).

A Lei de Improbidade prevê, em seu artigo 12, a aplicação cumulativa dassanções que comina tais como a perda dos bens ou valores acrescidosilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, perda da funçãopública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil, proibiçãode contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscaisou crediticios.O referido diploma legal somente diferencia as sanções aplicáveis de acordocom a natureza do ato de improbidade (enriquecimento ilícito, danos ao Erárioe violação aos princípios administrativos).Entretanto, a despeito de a lei não fazer distinção, entendo que o JUIZ devenão somente avaliar a extensão do dano para graduar a dosagem da pena,mas também para eleger as sanções aplicáveis ao caso concreto.Em alguns casos, nos quais resulte provada apenas a culpa simples doacusado, a aplicação de todas as sanções referidas no art. 12, I domencionado diploma legal caracterizaria a materialização da injustiça, pois ojuiz deve cuidar para que a pena não seja maior do que a culpa.Atenta à razoabilidade da aplicação das penas previstas no inciso Ido ari. 12da lei em comento, tenho, inicialmente, com relação à 'perda ,~;,.•':::'7(~{ti"

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• PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1" REGIÃO

APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N° 0015234-33,2000.4.01,3500 (2000,35.00,015297-0)/GO

pública'. a impossibilidade jurídica do pedido, em razão de o requerido jáhaver sido demitido por justa causa,O artigo 12 da Lei n° 8.429/92 não contempla a hipótese da perda de cargopúblico, mas tão-só a perda da função pública.Todavia, na mesma oportunidade da demissão. o requerido foi exonerado dafunção gratificada de Quebra de Caixa, que exercia desde 09/09/1993.Não há notícia nos autos de que o requerido esteja ocupando atualmentealguma função gratificada ou cargo em comissão.Quanto à 'perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio'.não comprovou o MPF a existência de bens adquirídos com o produto doenriquecimento ilícito.

Ao contrário, os depoimentos do requerido deixam entrever que o mesmodesviara recursos da ECT por encontrar-se acossado por agiotas.Não havendo o mínimo de prova da agregação ao patrimônio do requerido debens decorrentes da atividade ímproba, descabe a condenação em pena deperdimento.

A penalidade de 'suspensão dos direitos políticos' parece-me exagerada einadequada para o caso em apreço.Como já mencionado, a aplicação das penalidades restritivas de direitos deveobservar a proporcionalidade diante da extensão dos danos ao erário,O princípio da proporcionalidade está relacionado com a necessidade de seaplicar a medída justa ao caso concreto, de se buscar a adequação entre omeio mais idôneo ou que imponha a menor restrição possível a um bemprotegido pela Constituição (direitos políticos).~ mister considerar que o ilícito foi cometido entre 26/03/1995 e 04/10/1995,desde então, em razão desses fatos. instaurou-se a Sindicância n° 052/95perante a ECT, uma Tomada de Contas Especial na Agência dos Correios dePlanaltina-GO - ORlBSB e processo administrativo n° 1.18.000.005209/2000-88, o que consistiu em imposição ao requerido de quase dez anos deprocedimentos de apuração.

Outrossim, impende levar em conta a pequena extensão dos danos, pois osvalores desviados, totalizados em 01/09/2000, importavam R$ 6.095,40 (seismil. noventa e cinco reais e quarenta centavos).Repito, não se pode perder de vista que as sanções do artigo 12, da Lei8.429/92 não são necessariamente cumulativas, cabendo ao magistrado asua dosimetria, aliás" como deixa claro o parágrafo único do mesmodispositivo (Primeira Turma do STJ - RESP 5050681PR; RECURSOESPECIAL n° 2003/0041973-1. Relator Ministro LUIZ FUX, Sessão de09/09/2003, publicado do OJ de 29.09.2003, p. 164).Resta analisar o cabimento da aplicação de multa civil e proibição decontratar com o Poder Público ou receber benefícíos ou incentivos fiscais oucreditícios.

A premeditação do ilícito, a conduta do requerido em omitir-se em pagar odébito quando lhe foi oportunizado e de manter-se inerte quanto à prestaçãodas contas na entidade administrativa competente são fatores que justificam asua condenação em sanção pecuniária e impedimento de contratar com aAdministração Pública, sobretudo quando o requerido é confesso.Não há notícia que outras contas do requerido tivessem sido omitidas oureprovadas.

~ razoável e adequada a condenação do requerido ao ressarcimento dosdanos conforme apurado pelo TCU na TCE-001.07511997-7 e no processoadministrativo nO 1.18.000.005209/2000-88, às penas de multa civilequivalente a uma vez o valor do dano e proibição de contratar com o pOdfJr('L .

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PODER JUDICIÁRIO• TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1" REGIÃO

APELAÇÃOIREEXAME NECESSÁRIO N° 0015234-33.200004.01.3500 (2000.35.00.015297 -O)/GO

Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ouindiretamente, aínda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sóciomajoritário, pelo prazo de um ano, em face da pequena proporção do dano.Considero, para todos os efeitos, a expressão pecuniária do dano como ovalor atualizado da quantía apropriada pelo requerido e apurada na Tomadade Contas Especial, atualizada na data do ajuizamento (01/0912000), em R$6.095,40 (seis mil, noventa e cinco reais e quarenta centavos), devidamenteacrescida de juros, na forma da Súmula 54-SrJ. n (fls. 236/243).

Primeiro, não conheço da remessa oficial. Não há condenação contra a FazendaPública e a LIA não prevê a remessa oficial quando o pedido de condenação for desprovido.

Quanto à apelação, entendo que a aplicação de sanções nas hipóteses decondenação por ato de improbidade administrativa fica sujeita ao disposto no parágrafo único do art,12 da Lei 8.429/92, in verbis:

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"Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará emconta a extensão do dano causado, assim como o proveito patrimonial obtidopelo agente. n

No caso, o valor do dano é de R$ 6.095,40 (seis mil, noventa e cinco reais e quarentacentavos). Assim, as sanções aplicadas pela Juíza mostram-se suficientes para penalizar o apeladopelo ato de improbidade cometido porque a extensão do dano é pequena.

Neste sentido, transcrevo a seguinte ementa:

"PROCESSUAL CIVIL. IMPROBIDADE ADMINISTRA TlVA PROVASCONTUNDENTES DA PRATICA DA CONDUTA DELITUOSA SANÇÕES DOART. 12 DA LEI 8.429/92. DISCRICIONARIEDADE DO JULGADORPRINCípIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. MULTA CIVILEM VALOR EXCESSIVO.I - Em face da robustez das provas documentais acostadas aos autos, deveser mantida a sentença que decretou a ocorrência de atos de improbidadeadministrativa./I - As sanções do art. 12 da Lei 8.429/92 não são necessariamentecumulativas, cabendo ao magistrado, quando da sua individualização, estaratento aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade, sem, contudo,privilegiar a impunidade. Precedentes.111- Afigurando-se excessiva a multa fixada na sentença, justifica-se a suaredução para 1(uma) vez o valor da última remuneração percebida pela ré.IV - Apelação do Ministério Público Federal desprovida.V - Apelação da ré parcialmente provida. n

(AC 2003.41.00.004495-0/RO, Rei. Desembargador Federal Cândido Ribeiro,Terceira Turma, DJ p. 71 de 09/11/2007).

É verdade que a melhor técnica não permite a imposição de sanção menor do que omínimo legal. Contudo, o apelado foi revel e sequer apelou. O ideal seria o afastamento da pena deressarcimento integral do dano, porque já houve condenação por parte do TCU e, também daproibição de contratação com o Poder Público ou de receber incentivos fiscais ou crediticios, diretaou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, peloprazo de um ano.

Necessário esclarecer que o apelado ficará impedido até de obter empréstimosbancários ou fínanciamentos junto aos bancos oficiais. Essa sanção é grave, pois pode acarretardanos irreparáveis ao requerido, se infringida no prazo do inciso I do art, 12 da Lei 8.429/92, que éde 10 (dez) anos.

Assim, em respeito ao princípio da proporcionalidade, e não sendo o caso de penaimposta por crime, mantenho a sentença.

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA i" REGIÃO

APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N° 0015234-33.2000.4.01.3500 (2000.35.00.015297-0)/GO

Diante d7xposto, não conheço da remessa oficial e nego provimento ao apelo.É o voto.

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- TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA la. REGIÃOSECRETARIA JUDICIÁRIACertidão de Julgamento

29" Sessão Ordinária do(a) QUARTA TURMA

Cod: 092.02.006 n"'\{j

3 1:,

26/05/2011 0

mlm Im I ~ IIImll I 11111lii111111Im IlfiPauta de:24/05/2011 Julgado em:24/05/2011 ApReeNec 0015234-33.2000.4.01.3500

(2000.35.00.015297-01/GORelator: Exmo. Sr. JUIZ FEDERAL MARCUS VINICIUS REIS BASTOS (CONV.)Juiz(a) Convocado (a) conforme ATO/PRESI/ASMAG 581 DE 14.04.2011Revisor:Presidente da Sessão: Exmo. Sr. DESEMBARGADOR FEDERAL MARIO CESAR RIBEIROProc. Reg. da República: Exmo(a). Sr(a). Dr(a}. GUILHERME ZANINA SCHELBSecretário(a}: LOCIA HELENA PIRES FERREIRA DE BARROSAPELANTE :MINISTERIO PUBLICO FEDERALPROCUR :HELIO TELHO CORREA FILHOAPELADO :MARCIO ANTONIO DE ANDRADEREMTE :JUIZO FEDERAL DA 9A VARA - GON° de Origem: 2000.35.00.015297-0 Vara: 9Justiça de Origem: JUSTIÇA FEDERAL Estado/Com.: GO

CertidãoQUARTA TURMA

Sessão realizada nesta data,Certifico que a(o) egrégia (o)

ao apreciar o processo em epígrafe, emproferiu a seguinte decisão:A Turma, à unanimidade, não conheceu da remessaapelo do MPF, nos termos do voto do Relator. e negou provimento ao

Participaram do Julgamento os Exmos. Srs. DESEMBARGADOR FEDERAL MÁRIOCÉSAR RIBEIRO e DESEMBARGADOR FEDERAL I'TALO FIORAVANTI SABO MENDES.Ausente, justificadamente, o Exmo. Sr. DESEMBARGADOR FEDERAL HILTONQUEIROZ.

Brasilia, ~011.

tOClA H~l;;IRA DE--BARROS

Secretário(a)

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: EXMO. SR. JUIZ FEDERAL MARCUS VINIcIUS REIS BASTOS (CONVOCADO): MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL: HÉLIO TELHO CORREA FILHO: MARCIO ANTÓNIO DE ANDRADE: JUIZO FEDERAL DA 98 VARA - GO

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃOAPELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO N° 0015234-33.2000.4.01.3500O)/GORELATORAPELANTEPROCURADORAPELADORMETENTE

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(2000.35.00.015297-

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA REMESA OFICIAL. NÃOCONHECIMENTO. DANO AO ERÁRIO DE PEQUENO VALOR. NECESSIDADE DE RESPEITOAO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 12 DA LEI 8.429/92. FALTA DE APELAÇÃO DOREQUERIDO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA

1. Não há a hipótese de remessa oficial.

2. Mesmo em face da revelia do requerido, é mister manter-se a proporcionalidade e razoabilidadena aplicação das sanções previstas para as hipóteses de condenação por ato de improbidade.

3. No caso, o dano é pequeno (R$ 6.095,40). Não se justifica a majoração das sanções aplicadas.4. Remessa oficial não conhecida.

5. Apelação do MPF desprovida.

ACÓRDÃO

unanimidade.

TRF ,. REGIÁ0J!MP,I5-02.(l5DELSE_ S

Decide a Turma não conhecer da remessa e negar provimento ao apelo do MPF, à

48 Turma do T.R.F. da 18 Região - 24/05/2011.

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