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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS LYNEKER PEREIRA DA SILVEIRA INTEGRAÇÃO DE MODELO DIGITAL DE ELEVAÇÃO E IMAGENS MULTIESPECTRAIS APLICADA AO MAPEAMENTO DO USO DA TERRA NA REGIÃO DE GUAXUPÉ (MG) Alfenas/MG 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

LYNEKER PEREIRA DA SILVEIRA

INTEGRAÇÃO DE MODELO DIGITAL DE

ELEVAÇÃO E IMAGENS MULTIESPECTRAIS

APLICADA AO MAPEAMENTO DO USO DA

TERRA NA REGIÃO DE GUAXUPÉ (MG)

Alfenas/MG 2013

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LYNEKER PEREIRA DA SILVEIRA

INTEGRAÇÃO DE MODELO DIGITAL DE

ELEVAÇÃO E IMAGENS MULTIESPECTRAIS

APLICADA AO MAPEAMENTO DO USO DA

TERRA NA REGIÃO DE GUAXUPÉ (MG)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada como parte dos requisitos para conclusão do Curso de Geografia Bacharelado da Universidade Federal de Alfenas. Área de Concentração: Sensoriamento remoto e geoprocessamento

Orientador: Fernando Shinji Kawakubo

Alfenas/MG 2013

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LYNEKER PEREIRA DA SILVEIRA

INTEGRAÇÃO DE MODELO DIGITAL DE

ELEVAÇÃO E IMAGENS MULTIESPECTRAIS

APLICADA AO MAPEAMENTO DO USO DA

TERRA NA REGIÃO DE GUAXUPÉ (MG)

A Banca examinadora abaixo-assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Alfenas.

Aprovado em: Professora: Dra. Rúbia Gomes Morato Instituição: Universidade Federal de Alfenas Assinatura: Professor: Dr. Fernando Shinji Kawakubo Instituição: Universidade Federal de Alfenas Assinatura: Professor: Dr. Clibson Alves dos Santos Instituição: Universidade Federal de Alfenas Assinatura:

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Dedico à minha família,

meus amigos e algumas

pessoas especiais pelo apoio e

suporte na realização deste

trabalho.

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RESUMO

Atualmente, o Sensoriamento Remoto e o Geoprocessamento têm se mostrado

ferramentas eficientes para o mapeamento do uso do solo devido à gama de

recursos disponíveis, como imagens de satélites e softwares conhecidos como

SIG’s. Os objetivos traçados neste trabalho foram alcançados utilizando estas

ferramentas, pois com o auxílio das mesmas foi possível gerar o mapa de uso

do solo da região de estudo e a matriz de erro correspondente. Uma

classificação sem uma matriz de erro torna os resultados abstratos. Dessa

forma, a matriz de erro se mostrou fundamental para validar os resultados

desta pesquisa. A correção do efeito topográfico foi de grande valia, uma vez

que a região de estudo possui relevo acidentado, tornando a classificação uma

tarefa laboriosa. Os resultados desta pesquisa mostraram a predominância de

café e solo exposto na região. A grande área destinada ao café na região se

explica pelas inúmeras propriedades familiares que cultivam esta cultura,

fomentadas pela presença da maior cooperativa de café do mundo no

município de Guaxupé-MG. As vastas áreas de solo exposto são reflexos da

época em que a imagem foi obtida, mês de agosto, período de início da

preparação do solo para realização do plantio de algumas culturas agrícolas,

como a cana-de-açúcar e milho.

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LISTA DE FIGURAS E TABELAS

Figura 1- Localização da área de estudo.....................................11

Figura 2. Fluxograma das etapas desenvolvidas no

processamento digital das imagens............................................17

Figura 3 – Comparativo: imagem com e sem correção do efeito

topográfico.....................................................................................19

Figura 4. Modelo de elevação digital da área de

estudo.............................................................................................21

Figura 5. Mapa de uso do solo da região de

estudo.............................................................................................23

Tabela 1. Matriz de erro.................................................................24

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SUMÁRIO

Introdução........................................................................................8

Objetivo..........................................................................................9

Justificativa....................................................................................10

Área de estudo...............................................................................11

Revisão bibliográfica.....................................................................13

Materiais e Metodologia................................................................17

Resultados e discussões..............................................................21

Conclusões....................................................................................25

Referências bibliográficas............................................................27

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INTRODUÇÃO

O sensoriamento remoto é hoje uma ferramenta de extrema importância

para o geógrafo. Atualmente é possível adquirir imagens gratuitamente pela

internet assim como programas destinados ao processamento das imagens. O

sensoriamento remoto possuiu inúmeras vantagens em sua utilização: relativo

baixo custo das imagens, a precisão nas informações que serão extraídas, a

periodicidade, a fácil aquisição de informações de locais de difícil acesso e a

rapidez com que são geradas as informações.

Na edição 427ª da conceituada revista britânica “Nature”, Doug Richardson

descreve a geotecnologia como sendo uma área emergente. A ascensão da

geotecnologia se reflete em pesquisas acadêmicas e no mercado de trabalho.

Empresas privadas estão em busca de mão de obra qualificada, aquela que

saiba lidar com as informações e geoprocessá-las nos devidos sistemas de

informações geográficas profissional.

Tradicionalmente, a interpretação de imagens é feita utilizando os

elementos de reconhecimento da foto-interpretação (CERON: DINIZ, 1966).

Com os avanços da computação e das técnicas de processamento digital de

imagens, a interpretação de imagens de sensoriamento remoto tem sido feita

cada vez mais apoiada por análises numéricas.

Várias áreas do conhecimento tem se beneficiado com os avanços nas

técnicas de interpretação de imagens e de processamento dos dados, que tem

permitido tornar mais rápidos os processos de mapeamento e realce dos alvos

de interesse da imagens. Vários trabalhos publicados na literatura

especializada têm mostrado o potencial do sensoriamento remoto nas

pesquisas relacionadas à identificação de culturas agrícolas (DUARTE, 2007) e

na agricultura de precisão (RUDORFF, 2004).

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OBJETIVO

Realizar a classificação do uso da terra na região da carta topográfica

1:50.000 (IBGE) de Guaxupé (MG) por meio de processamento digital de

imagens e avaliar a exatidão do mapeamento.

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JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento e o aprimoramento de técnicas de extração de

informação temática são de suma importância para a aplicação do

sensoriamento remoto porque diminui o custo do empreendimento e permite a

geração de mapas de uso da terra de maior confiabilidade.

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ÁREA DE ESTUDO

A área em estudo localiza-se na porção sudoeste de Minas Gerais, mais

precisamente entre as cidades de Guaxupé, Muzambinho e Juruaia (figura 1).

Corresponde ao retângulo envolvente compreendido pela carta topográfica

Guaxupé (Folha SF-23-V-C-III-4) de escala 1: 50 000 do IBGE (1970). Entre as

coordenadas geográficas de 21º15’ e 21º30’ de latitude sul e 46º30’ e 46º45’ de

longitude oeste de Greenwich.

Figura 1. Localização da área de estudo.

A geomorfologia da região é caracterizada por um relevo acidentado,

com altitudes que variam entre 700 metros e 900 metros. O clima de região é

do tipo tropical de altitude, sofrendo influência da massa de ar tropical atlântica.

No inverno, geadas são comuns na região devido às frentes frias originadas da

massa polar atlântica.

Em relação à geologia, a região está localizada na Nappe Socorro-

Guaxupé, uma espessa lasca neoproterozóica, organizada em uma pilha

alóctone de três distintas unidades de crosta continental profunda: a Unidade

Granulítica Basal, a Unidade Diatexítica Intermediária e a Unidade Migmatítica

Superior. A estrutura alóctone encontra-se segmentada em dois lobos,

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Guaxupé a norte e Socorro a sul, separados por rampas laterais de alto ângulo.

(NETO et. al., 2004).

O Maciço de Guaxupé é constituído por granulitos migmatizados e

intrudidos por granitos. Segundo MELO et al. (1993), corresponde a terrenos

antigos de alto grau metamórfico, de natureza predominantemente alóctone,

bordejados por uma faixa de dobramentos mais jovens. Suas rochas são

polideformadas e de evolução policíclica, estando afetadas por migmatização e

anatexia do Proterozóico Superior, e encaixam rochas granitóides intrusivas

tardi a pós-tectônicas do Proterozóico Médio a Eopaleozóico (NETO et. al.,

2004).

Atualmente, na área de estudo, o café é a cultura com a maior área

plantada, prevalecendo em relação às outras culturas como a cana-de-açúcar,

citrus e milho. Outra atividade marcante na região é a atividade pecuária, que

ocupa uma vasta extensão territorial.

O município de Guaxupé possui a maior Cooperativa de Café do mundo,

a Cooxupé (Cooperativa de Cafeicultores). É notável o papel do café na

economia da região. Em 2008 a Cooxupé recebeu mais de quatro milhões de

sacas de café e movimentou a cifra de 1, 747 bilhão de reais (ROLLO, 2009).

Contudo, outra cultura que vem dividindo espaço com o café é a cana-

de-açúcar. A produção desta cultura vem se expandindo rapidamente na região

sendo motivada pela instalação de uma usina de álcool e açúcar no município

de Guaranésia - MG. Praticamente toda a produção de cana-de-açúcar na

região está ligada a esta usina.

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Vários estudos têm mostrado o potencial do sensoriamento remoto

orbital na extração de informações relacionadas ao uso da terra, como por

exemplo, Tardin e Assunção (1992), Azevedo e Mangabeira (2001), Vieira et al.

(2003), Moreira et al. (2004), e Moreira et al. (2007).

Numa tentativa de sistematizar o mapeamento de áreas cafeeiras no

Estado de Minas Gerais, Moreira et al. (2007) definiram quatro etapas que

devem ser seguidas no mapeamento desta cultura. O primeiro passo é a coleta

de dados censitários sobre o cultivo de café no estado e espacialização desses

dados por município numa base cartográfica. O segundo passo é a

estruturação do banco de dados geográfico; a terceira etapa consiste na

preparação das imagens para a interpretação; finalmente, o quarto passo é o

mapeamento das áreas de café e quantificação da área plantada por município.

Tardin et al.(1992) mapearam diferentes tipos de uso da terra numa área

experimental localizada no sul de Minas Gerais utilizando os canais 3, 4, 5 e 7

do Landsat TM numa área de aproximadamente 100Km2. Os autores (op cit),

concluíram que a melhor época para diferenciar a pastagem das culturas de

café e de citrus (em estágio de desenvolvimento intermediário) é o período

seco, pois é nesta época que as pastagens perdem o vigor vegetativo.

Em trabalho realizado no município de Santa Bárbara D’Oeste - SP, com

objetivo de realizar o mapeamento do uso da terra com o auxílio de imagens

orbitais TM/LANDSAT-5 nas bandas 3,4 e 5 e composição colorida 3B/4G/5R,

na escala 1: 100.00, BORGES et. al. (1993) concluíram que a banda 3 e a

composição colorida 3/4/5 (escala1: 100.000) do TM/LANDSAT-5, foram as

que melhor se apresentaram para o mapeamento do uso da terra, observando

que durante o período de 1978 a 1991, na região de estudo, a área de

ocorrência da cana-de-açúcar permaneceu a mesma, as áreas de mata e

pastagem diminuíram, enquanto que as áreas de reflorestamento e urbana

aumentaram.

Azevedo e Mangabeira (2001) realizaram estudos na região de

Campinas - SP utilizando imagens multiespectrais do sensor TM para

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discriminar áreas com diferentes tipos de culturas. De acordo com os autores

(op cit), o café é uma cultura perene com resposta espectral muito próxima da

cultura de citrus, o que força uma checagem de campo muito rigorosa para

diferenciação destas culturas utilizando imagens de satélite. A cana – de –

açúcar é uma cultura com talhões bem definidos na imagem de satélite, com

atributos de textura facilmente interpretados em relação aos padrões de matas,

por ser mais homogêneo e contínuo.

Vieira et al. (2003) estudaram o comportamento espectral da cultura do

café nas regiões de Patrocínio e Machado - MG utilizando imagens Landsat

TM. Os estudos mostraram que os valores de reflectância na banda 5 (canal

infravermelho médio) foram mais altos nos cafezais em formação. Alem disto,

os valores de refletância variam de acordo com a capacidade de retenção da

água no solo.

Vieira et. al. (2003), afirmaram que a banda 3 (0,63-0,69 µm) tem a

sensibilidade para vegetação verde, densa e uniforme. Apresenta grande

absorção, ficando escura, permitindo bom contraste entre as áreas ocupadas

com vegetação e aquelas sem vegetação. Permite o mapeamento da

drenagem através da visualização da mata galeria e entalhe dos cursos dos

rios em regiões com pouca cobertura vegetal. A banda 4 (0,76-0.90 µm)

permite que a vegetação verde densa e uniforme reflita muita energia

aparecendo bem clara sendo portanto a mais recomendada para estudos de

resposta espectral de áreas vegetadas. A banda 5 (1,55-1,75 µm) permite

observar o teor de umidade nas plantas e detectar possíveis estresses na

vegetação causados por falta de água.

Moreira et al. (2004) ressalta a importância da aplicação de uma

retificação radiométrica quando imagens multitemporal são empregadas no

mapeamento de mudanças de culturas agrícolas. Ainda segundo o mesmo

autor, a melhor banda para diferenciar a cultura de café das áreas de mata e

pastagem corresponde a banda 4 do Landsat TM (infravermelho próximo) e a

melhor época é o período seco.

Rudorff et al. (2007) ressalta que para classificar uma área de cana-de-

açúcar é necessário adquirir duas imagens de satélite: uma entre os meses de

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janeiro e fevereiro (período 1) e outra entre os meses de março e abril (período

2). A imagem do período 1 permite identificar as áreas de cana em expansão

plantadas no ano anterior, pois caracteriza-se por uma área sem o cultivo da

cana-de-açúcar e é possível identificar as soqueiras que foram colhidas do

início ao meio da safra do ano anterior e que nas imagens do período 1 já

estão bem desenvolvidas. As imagens do período 2 têm como finalidade

confirmar a presença da cana no início do ano-safra, quando todas as lavouras

de cana estão suficientemente desenvolvidas, para que sejam bem

identificadas nas imagens.

Através de uma pesquisa realizada em quatro municípios do Estado de

Minas Gerais, onde o objetivo foi delimitar áreas favoráveis ao

agroecossistema cafeeiro, BARROS et. al. (2007), utilizaram o processo

analítico hierárquico (AHP) como técnica para a obtenção do resultado e

concluíram que, em relação às variáveis drenagem e matas ciliares, o espaço

onde há drenagem ou área sob preservação permanente é desfavorável à

cafeicultura. Se tratando da variável solo, os de maior favorabilidade ao

agroecossistema cafeeiro são os Latossolos. A variável declividade foi

analisada considerando a possibilidade de mecanização e seguindo as

seguintes classes de declividade: 0-20%, favorável à mecanização e acima de

20%, impróprio à mecanização. No que se refere à orientação de vertentes,

recomenda-se o plantio de cafezais em vertentes orientadas a norte, nordeste

e noroeste, pois, no hemisfério sul, as vertentes a nordeste recebem maior

radiação solar durante a manhã, e vertentes a noroeste, maior radiação à

tarde, restringindo o plantio nas vertentes ao sul, sudeste e sudoeste, em razão

da maior suscetibilidade a ventos frios e eventos climáticos adversos. Em

relação à altimetria, recomenda-se o plantio de cafezais em Minas Gerais, em

faixa de altimetria entre 500m e 1.200m.

Campos et. al. concluíram através de um trabalho, cujo objetivo foi

analisar o uso das terras em dez microbacias ocorrentes na bacia hidrográfica

do Rio Capivara, Botucatu – SP e como resultado a predominância da classe

“Uso Agrícola”, que as imagens do satélite LANDSAT 5 – TM permitiram o

mapeamento do uso da terra da bacia de maneira rápida, além de fornecer um

banco de dados para a classificação supervisionada e para futuros

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planejamentos nessa área, e, o uso de um SIG permite constatar a

classificação digital do uso da terra e modelo matemático com rapidez.

Campos et. al. comentam que em um trabalho cujo objetivo é estudar a

evolução do uso da terra tendo como fonte de dados imagens orbitais,

inicialmente é importante elaborar uma composição falsa-cor com a

combinação das bandas 3; 4 e 5, nas cores azul, verde e vermelha,

respectivamente, pois essa apresenta uma considerável discriminação visual

dos alvos, possibilitando a identificação dos padrões de uso da terra mais

facilmente. Essa composição apresenta os corpos d’água em tons azulados, as

florestas e outras formas de vegetação em tons esverdeados e os solos

expostos em tons avermelhados.

Através de um trabalho realizado no município de Araguari – MG, cuja

finalidade era a identificação e mapeamento das áreas ocupadas pela

cafeicultura no município de Araguari, utilizando técnicas de sensoriamento

remoto e geoprocessamento, DUARTE et. al. puderam concluir que, havendo

contraste entre as áreas de culturas anuais e café, é possível identificar os

talhões da cultura cafeeira através da classificação supervisionada por máxima

verossimilhança, havendo confusão entre as áreas de mata e café uma vez

que a assinatura espectral destes dois alvos é semelhante. E, a identificação

das áreas de café através da classificação não-supervisionada não apresentou

qualidade no mapeamento.

Segundo Congalton (1991), o uso de uma matriz de erro para

representar a acurácia de um mapeamento tem sido recomendado por muitos

pesquisadores, dado a sua capacidade de incluir uma grande variedade de

dados para a avaliação dos resultados. Até recentemente, a idéia de avaliar a

precisão da classificação de dados de sensoriamento remoto era tratada como

algo sem importância. Assim, muitos estudos apresentavam um único número

para expressar a exatidão da classificação, o que na maioria dos casos

superestimava a precisão dos trabalhos desenvolvidos no início da década de

1980. Tendo este problema sido reconhecido, muitas avaliações de precisão

foram realizadas usando um conjunto de dados, sendo a matriz de erro a

maneira mais comum de representação.

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MATERIAIS E METODOLOGIA

O processamento das imagens foi feito utilizando os programas ILWIS

(ITC-Holanda), SPRING (INPE) e ENVI. Estes softwares encontram-se

disponível no laboratório de Geoprocessamento da Unifal-MG. Os

procedimentos adotados são apresentados na figura 2.

Figura 2. Fluxograma das etapas desenvolvidas no processamento digital das

imagens.

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O mapeamento do uso da terra foi feito utilizando as seis bandas

refletivas do satélite Landsat TM (bandas 1 a 5 e 7 referente a órbita 219 ponto

75 adquirida no dia 18/08/2008 – período seco). Também foi utilizada a carta

topográfica folha Guaxupé, escala 1: 50 000 publicada pelo IBGE. Para a

validação do mapeamento, construiu-se uma matriz de erro. Matriz de erro é

uma matriz quadrada de números estabelecidos em linhas e colunas, que

expressam o número de unidades de amostras referentes às categorias

mapeadas. As colunas representam os dados de referencia, enquanto as linhas

indicam a classificação gerada a partir de uma imagem orbital. A matriz de erro

é necessária para avaliar a acurácia do mapeamento (Congalton, 1991).

Inicialmente, as informações como curva de nível, sistema viário e

drenagem (extraídas da carta topográfica do IBGE) foram digitalizadas

utilizando o programa de vetorização semi-automático R2V. Esse processo de

digitalização se fez necessário uma vez que os arquivos se encontravam no

formato raster. Estes arquivos foram implementados em forma de planos de

informação (PIs) e ajustados em relação a um sistema de coordenadas.

Para corrigir o efeito atmosférico, foi aplicado o método de subtração do

pixel escuro desenvolvido por Chaves (1988). Este método minimiza os efeitos

causados pelo espalhamento atmosférico, pois, considera que em cada cena

existem objetos escuros cuja radiância chega próxima de zero e devido ao

efeito atmosférico, ao invés do sensor captar sinal próximo de zero nessa área,

ele capta alguma radiância que é gerada por partículas da atmosfera. O

método do DOS (Dark Object Subtraction) identifica estes valores no

histograma e os subtrai.

A correção geométrica foi feita selecionando pontos de controle

identificados na imagem e na base cartográfica. Em seguida, as imagens foram

re-amostradas com o método de interpolação por vizinho mais próximo. Em

função do efeito topográfico bastante expressivo na região, foi aplicado um

simples modelo de correção do efeito topográfico (JENSEN, 1996) (Figura 3).

Para isto, a partir das curvas de nível extraídas da carta topográfica, foi gerado

um modelo digital do terreno (MDT). A partir deste modelo, a correção das

imagens foi feita com uma simples função do co-seno. Neste método, assume-

se que a superfície do terreno tem um comportamento de espalhamento

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Lambertiano. Ou seja, a radiação se espalha em todas as direções da maneira

constante.

Figura 3 – Comparação entre imagens com e sem correção do efeito

topográfico. Os segmentos sobrepostos às imagens correspondem ao

resultado da segmentação utilizando os limiares de Similaridade = 14 e Área

(Pixel) = 16.

As imagens foram contrastadas com o aumento linear de contraste e

composições coloridas RGB foram criadas com diferentes arranjos de bandas.

A imagem classificada foi a resultante da composição 543 em RGB. Para

realizar a classificação, as imagens foram inicialmente segmentadas com o

algoritmo por crescimento de regiões. O método se baseia em agrupar pixels

com características semelhantes, formando regiões homogêneas. Assim, a

imagem foi segmentada em regiões que se caracterizam por apresentar pixels

similares e o resultado foram áreas diferentes umas das outras, devido às

características espectrais de cada uma. Após a segmentação, as regiões foram

agrupadas com o classificador não supervisionado por regiões batizado de

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ISOSEG. Este classificador consiste em um algoritmo de agrupamento

(clustering) que procura regiões a partir de uma medida que comprove a

similaridade entre as regiões. Essa medida consiste na medida de

Mahalanobis, que é a distância entre uma região (a de maior área) e outras

regiões, que são ordenadas em ordem decrescente, candidatas a se

agruparem com esta de maior área. Para agrupar as regiões, foram tomados

os parâmetros estatísticos da região de maior área como sendo os parâmetros

da primeira classe e associa-se a esta classe todas as regiões cuja distancia

de Mahalanobis for inferior a distancia definida da primeira região. Os clusters

gerados em cada etapa foram identificados e rotulados visualmente na tela do

computador.

A última etapa do mapeamento consistiu na validação da classificação.

Pontos aleatórios foram identificados no ILWIS para determinar os diferentes

tipos de uso e cobertura vegetal. Esses pontos foram comparados com a

classificação realizada no SPRING. Em seguida, uma matriz erro foi montada

para avaliar o desempenho da classificação. Outro método que foi empregado

para realizar a validação da classificação foi o trabalho de campo. Pontos

previamente captados em laboratório foram visitados em campo para a

averiguação da informação obtida na imagem. Em um estudo realizado em

2010, MOREIRA et. al. destacaram a importância da ferramenta Google Earth,

onde é possível observar a área de estudo a partir de imagens de alta-

resolução, tornando a classificação mais próxima do real, pois, consultando

essa ferramenta é possível diferenciar com muita clareza áreas de café com

áreas de capoeira, e outros tipos de vegetação e culturas presentes na área.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

A figura 4 ilustra o modelo de elevação digital ou modelo digital do

terreno da área de estudo. Conforme pode ser observado, a região apresenta

grande amplitude topográfica variando de 720 a 1240 metros. Esta rugosidade

topográfica influenciou de maneira significativa no comportamento de

iluminação da imagem. Este efeito, por sua vez, tornou a classificação da

imagem mais complexa.

Figura 4. Modelo de elevação digital da área de estudo.

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A correção topográfica reduziu a variabilidade espectral causada pela

disposição do relevo. Conforme pode ser observado na figura 4, após a

correção, as imagens se tornaram menos rugosas, o que indica que o

procedimento surgiu efeito.

Através da avaliação do mapa de uso do solo (Figura 5) é possível notar

que na região de estudo, a área dedicada ao cultivo de café é indiscutivelmente

maior que as áreas de outras culturas. Solo exposto e pastagem também

ocupam grande área da região mapeada. A presença da pastagem se explica

pela atividade pecuária constante na região. A Fazenda Bela Vista ocupa

aproximadamente 1.400 hectares de terra entre Guaxupé e Tapiratiba (SP),

sendo a maior parte da propriedade destinada à criação de gado leiteiro

(Fazenda Bela Vista, 2013). Nos trabalhos de campo foi possível identificar

inúmeras pequenas propriedades destinadas à criação dos rebanhos, tanto

para o corte quanto para o leite.

Áreas com cana-de-açúcar também foram possíveis de serem

identificadas. Isso se explica pela presença da Usina Alvorada do Bebedouro,

que arrenda porções de terra de pequenos proprietários para o plantio da cana

e o período em que a imagem foi obtida coincidiu com o período de pré-colheita

da planta, possibilitando assim a identificação da cultura na imagem.

Outros tipos de culturas como citrus e leguminosas não foram

detectadas com clareza na classificação. Porém, não significa que na região

não haja esses tipos de culturas. A explicação para a ausência dessas culturas

no mapa é o fato da imagem utilizada ter resolução espacial de 30 metros no

terreno e as áreas cobertas por essas culturas serem muito pequenas. Assim,

a missão de conseguir identificar estes tipos de culturas se torna extremamente

difícil em virtude da escala adotada e confusão espectral com a classe

dominante que é pastagem.

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Figura 5. Mapa de uso do solo da região de estudo.

Através da matriz de erro (Tabela 1), foi possível determinar a proporção

de acertos (exatidão e confiabilidade) e erro (exclusão e inclusão) obtidos na

classificação.

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Café Cana Eucalip. Mata Pastag. Solo E.

Urban

o

Água Total Acurac

(%)

Café 39 1 4 4 15 11 0 0 74 53

Cana 9 3 0 0 0 2 0 0 14 21

Eucalip 0 0 6 0 1 0 0 0 7 86

Mata 36 4 1 13 21 4 0 0 79 16

Pastag 10 2 0 0 22 5 1 0 62 35

Solo E. 2 1 0 1 20 212 6 0 242 88

Urbano 0 0 0 0 0 6 10 0 16 63

Água 0 0 0 0 1 1 0 5 7 71

Total 96 11 11 18 80 263 17 5 501

Confiab

ilidade

41 27 55 72 27 81 59 100

Tabela 1. Matriz de erro.

Para a construção da matriz de erro, foi necessário coletar uma amostra

aleatória de 501 pontos na imagem 5, 4, 3 em RGB. Esse número se mostrou

suficientemente capaz de tornar a avaliação da precisão estatisticamente

válida.

Conforme observado na tabela 1, a exatidão global foi de 62%, enquanto

a média da exatidão e da confiabilidade foram respectivamente 54% e 58%.

Fatores como relevo acidentado, relativa baixa resolução da imagem TM e alta

variabilidade espectral das classes mapeadas foram os principais responsáveis

pela queda da exatidão.

A classe que teve a maior acurácia foi a de Solo Exposto com 88%,

seguido pela classe Eucalipto com 86%. Observou-se confusão principalmente

entre Solo Exposto e Pastagem. Com relação à classe Eucalipto, houve

pequena confusão com Pastagem. As classes com menor exatidão foram

Mata, Cana e pastagem.

Observou-se uma grande confusão entre Mata e Café. Isto se deve à

similaridade espectral entre as duas classes e em razão do efeito topográfico

que alterou a radiância dos alvos. A classe Cana foi confundida principalmente

com a classe Café em estágio inicial de desenvolvimento. A classe pastagem

foi confundida com Solo Exposto devido ao período do ano, que corresponde à

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época seca, onde as áreas de Pastagem encontram-se secas e com

comportamento similar às áreas de Solo Exposto. Com isso, a classe

Pastagem teve sua confiabilidade reduzida.

Com relação à confiabilidade, as classes Água e Mata foram as que

apresentaram os melhores desempenhos. Os maiores erros de confiabilidade

foram encontrados com as classes Cana e Pastagem.

A classe Cana foi confundida com áreas de Mata, que se encontram

principalmente em áreas de relevo acentuado.

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CONCLUSÕES

A imagem Landsat 5 TM se mostrou capaz de ser classificada, porém

não é isenta de erro. O uso de imagens com maiores resoluções talvez tornaria

o mapeamento mais eficaz.

O modelo de correção do efeito topográfico se mostrou bastante eficaz

para eliminar as sombras causadas pelo relevo acidentado nas áreas com

maiores altitudes. Assim, foi possível reduzir as confusões entre água, sombra

e mata.

O mapa mostra a dominância do cultivo de café na região, sendo a

maior parte composta por pequenas propriedades familiares e algumas poucas

fazendas de maior porte.

A construção da matriz de erro se fez necessária para avaliar a exatidão

e confiabilidade da classificação, validando os resultados.

Através da matriz de erro, constatou confusão considerável entre os

tipos de uso Pastagem e Solo Exposto e entre os usos Mata e Café.

O Google Earth teve papel importante na hora de identificar os pontos

coletados aleatoriamente na imagem, quando a identificação através da

imagem não era possível.

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