procedimentos para anÁlise de solicitaÇÃo de … técnicas... · 2020. 11. 4. · nbr 5426...
TRANSCRIPT
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
1
Especificação Para Reforma De Transformador De Distribuição
do Grupo Energisa
ENERGISA/GTD-NRM/Nº043/2020
Norma de Distribuição Unificada NDU – 014 Revisão 3.0 – Outubro/2020
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
2
Apresentação
Esta Norma Técnica apresenta os requisitos mínimos e as diretrizes necessárias
quanto à padrões e procedimentos gerencias e técnicos, para a execução de reformas
em transformadores de distribuição, tipo poste, para a rede aérea de média e baixa
tensão, do Grupo Energisa S.A.
As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.
A presente revisão desta norma técnica é a versão 3.0, datada de outubro de 2020.
Cataguases - MG, Outubro de 2020.
GTD – Gerência Técnica de Distribuição
Esta norma técnica, bem como as alterações,
poderá ser acessada através do código abaixo:
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
3
Equipe Técnica de Elaboração da NDU 014 (Versão 3.0)
Gustavo Machado Goulart Ricardo Campos Rios Grupo Energisa Grupo Energisa
Gustavo Souza dos Anjos Ricardo Machado de Moraes Grupo Energisa
Grupo Energisa
Pedro Bittencourt Ferreira Avila Grupo Energisa
Aprovação Técnica
Ademálio de Assis Cordeiro Jairo Kennedy Soares Perez
Grupo Energisa Energisa Borborema / Energisa Paraíba
Alessandro Brum Juliano Ferraz de Paula
Energisa Tocantins Energisa Sergipe
Amaury Antonio Damiance Paulo Roberto dos Santos
Energisa Mato Grosso Energisa Mato Grosso do Sul
Fernando Lima Costalonga Ricardo Alexandre Xavier Gomes
Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Acre
Fabrício Sampaio Medeiros Rodrigo Brandão Fraiha Energisa Rondônia Energisa Sul-Sudeste
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
4
Sumário
1 INTRODUÇÃO ............................................................6
2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................6
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................7
4 OBJETIVO .................................................................7
5 NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES .................8
5.1 Normas Técnicas Brasileiras e Legislação e Regulamentos
Federais ..................................................................8
5.2 Normas Técnicas Internacionais ................................... 12
6 TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES ..................................... 14
6.1 Transformador ........................................................ 14
6.1.1 Transformador de distribuição ..................................... 14
6.1.2 Transformador em líquido isolante ............................... 14
6.1.3 Transformador monofásico ......................................... 14
6.1.4 Transformador trifásico ............................................. 14
6.2 Comutador de derivação ............................................ 14
6.2.1 Derivação principal ................................................... 14
6.2.2 Derivação superior ................................................... 15
6.2.3 Derivação inferior .................................................... 15
6.3 Degrau de derivação ................................................. 15
6.4 Deslocamento angular ............................................... 15
6.5 Dispositivo de alívio de pressão .................................... 15
6.6 Enrolamento ........................................................... 15
6.6.1 Enrolamento primário ............................................... 15
6.6.2 Enrolamento secundário ............................................ 16
6.6.3 Enrolamento série .................................................... 16
6.7 Ligação estrela ........................................................ 16
6.8 Nível de isolamento .................................................. 16
6.9 Núcleo envolvente ................................................... 16
6.10 Núcleo envolvido ..................................................... 16
6.11 Perdas em vazio ...................................................... 16
6.12 Perdas totais ........................................................... 17
6.13 Polaridade subtrativa [aditiva] ..................................... 17
6.14 Radiador ................................................................ 17
6.15 Terminal ................................................................ 17
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
5
6.16 Ensaios de recebimento ............................................. 17
6.17 Ensaios de rotina ..................................................... 17
6.18 Ensaios de tipo ........................................................ 18
6.19 Ensaios especiais ...................................................... 18
7 CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................. 18
7.1 Homologação de Fornecedores .................................... 18
7.2 Requisitos Mínimos a Serem Atendidos pelo Fornecedor ..... 18
7.2.1 Projetos ................................................................ 18
7.2.2 Máquinas e equipamentos........................................... 19
7.2.3 Materiais Aplicados na Reforma e Manutenção dos
Transformadores ...................................................... 21
7.2.4 Movimentação dos transformadores .............................. 22
7.2.5 Requisitos de Etiquetagem .......................................... 22
7.2.6 Inspeções ............................................................... 22
7.2.7 Entrega do Lote Reformado ........................................ 24
7.2.8 Condições Ambientais/Instalações ................................. 25
7.2.9 Sucatas de Materiais ................................................. 26
7.2.10 Período de Garantia ................................................. 26
7.2.11 Recursos Humanos ................................................... 27
7.3 Triagem ................................................................. 27
7.3.1 Procedimentos para Triagem ....................................... 27
7.3.2 Critérios para Triagem ............................................... 30
7.3.3 Transformadores a Serem Sucateados ............................ 32
8 CONDIÇÕES TÉCNICAS ................................................ 32
8.1 Principais Características Elétricas ................................ 33
8.2 Principais Características e Serviços Mecânicos ................ 34
8.2.1 Descrição dos Principais Serviços .................................. 34
8.2.2 Critérios para Reforma .............................................. 35
9 INSPEÇÕES, TESTES E ENSAIOS ..................................... 43
10 EMBALAGEM, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE ................ 43
11 NOTAS COMPLEMENTARES .......................................... 43
12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO .................... 44
13 VIGÊNCIA ............................................................... 45
14 TABELAS ................................................................ 45
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
6
1 INTRODUÇÃO
Esta norma técnica estabelece os critérios e as exigências técnicas e gerenciais,
mínimas, aplicáveis às reformas totais, bem como os recebimentos, testes e
comissionamentos de transformadores de distribuição, tipo poste, convencionais ou
especiais, de aplicação nas redes aéreas de distribuição monofásica e trifásica, com
potência nominal até 300 kVA, classe de tensão primária até 36,2 kV, imerso em
líquido isolante.
Em divergências e dúvidas, técnicas e gerenciais, quanto ao cumprimento desta
norma, deve-se recorrer prioritariamente a Especificação Técnica Unificada ETU-109
“Transformadores para Linhas Aéreas de Distribuição de Média Tensão” e em segunda
instância à norma NBR-5440 “Transformadores para Redes Aéreas de Distribuição –
Padronização”, ambas em suas últimas revisões.
A presente Norma de Distribuição Unificada – NDU-014, tem sua aplicação para todas
as empresas do Grupo Energisa.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Aplica-se aos projetos de novas extensões, reformas e reforços de rede aéreas de
distribuição, situadas dentro do perímetro urbano de cidades, vilas e povoados,
abrangendo as redes aéreas convencionais, protegidas e isoladas, incluindo os
critérios básicos para levantamento de carga, dimensionamento elétrico e mecânico,
proteção, interligação, seccionamento, além de metodologia para elaboração,
apresentação e aprovação de projetos na Energisa.
Com a emissão deste documento, a Energisa procura atualizar suas normas técnicas,
conforme o que existe de mais avançado no setor elétrico e padroniza os critérios de
projetos nas suas empresas distribuição de energia elétrica:
EAC - Energisa Acre EBO – Energisa Borborema
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
7
EMG – Energisa Minas Gerais EMS – Energisa Mato Grosso do Sul
EMT – Energisa Mato Grosso ENF – Energisa Nova Friburgo
EPB – Energisa Paraíba ERO – Energisa Rondônia
ESE – Energisa Sergipe ESS – Energisa Sul-Sudeste
ETO – Energisa Tocantins
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS
Compete aos órgãos de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos,
elaboração de projetos, construção, ligação, manutenção e operação do sistema
elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.
4 OBJETIVO
Esta norma técnica tem o objetivo de definir os critérios e exigências mínimas para:
1- Homologação de reformadoras;
2- Triagem (definição se os transformadores serão reformados ou sucateados);
3- Desenvolvimento das atividades do processo de reforma (fluxograma);
4- Técnicas mínimas para elaboração do projeto de reforma;
5- Processo de fabricação;
6- Testes e ensaios;
7- Tratamento e cuidados com materiais;
8- Transportes e armazenamentos;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
8
9- Garantias e assistência técnica.
5 NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Na aplicação desta norma técnica é necessário consultar as normas e/ou
documentos, abaixo, na sua última versão.
5.1 Normas Técnicas Brasileiras e Legislação e Regulamentos
Federais
ETU-109 -Transformadores para Linhas Aéreas de Distribuição de Média
Tensão;
NBR 5034 - Buchas para tensões alternadas superiores a 1kV- Especificação;
NBR 5356-1 -Transformadores de potência – Parte 1: Generalidades;
NBR 5356-2 -Transformadores de potência – Parte 2: Aquecimento;
NBR 5356-3 -Transformadores de potência – Parte 3: Níveis de Isolamento,
ensaios dielétricos e espaçamentos externos em ar;
NBR 5356-4 -Transformadores de potência – Parte 4: Guia para ensaio de
impulso atmosférico e de manobra para transformadores e reatores;
NBR 5356-5 -Transformadores de potência – Parte 5: Capacidade de resistir a
curtos-circuitos;
NBR 5405 (MB-530) -Determinação da Rigidez dos Materiais Isolantes Sólidos
sob Frequência Industrial - Método de Ensaio;
NBR 5426 -(NB-309-01) -Planos de amostragem e procedimentos na inspeção
por atributos - Procedimentos;
NBR 5435 - Bucha para transformadores sem conservador de óleo, tensão
nominal 15 kV e 25,8 kV - 160A – Dimensões;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
9
NBR 5437 - Bucha para transformadores sem conservador de óleo, tensão
nominal 1,3 kV, 160A, 400A e 800A – Dimensões;
NBR 5440 - Transformadores para Redes Aéreas de Distribuição - Padronização;
NBR 5456 -Eletricidade Geral – Terminologia;
NBR 5458 - Transformadores de potência – Terminologia;
NBR 5590 - Tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou
galvanizados – Especificação;
NBR 5915/1 - Chapas e bobinas de aço laminadas a frio - Parte 1: Requisitos;
NBR 5915/2 - Chapas e bobinas de aço laminadas a frio - Parte 2: Aços para
Estampagem;
NBR 5915/3 - Chapas e bobinas de aço laminadas a frio - Parte 3: Aços
isotrópicos e aços estruturais de extrabaixo carbono;
NBR 5915/4 - Chapas e bobinas de aço laminadas a frio - Parte 4: Aços
endurecíveis em estufa;
NBR 5915/5 - Chapas e bobinas de aço laminadas a frio - Parte 5: Aços
refosforados;
NBR 5915/6 - Chapas e bobinas de aço laminadas a frio - Parte 1: Aços
microligados;
NBR 6234 - Método de ensaio para determinação de tensão interfacial de óleo-
água;
NBR 6323 - Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido –
Especificação;
NBR 6529 - Vernizes utilizados para isolação elétrica – Ensaios;
NBR 6649 - Chapas finas à frio de aço-carbono para uso estrutural;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
10
NBR 6650 - Chapas finas a quente de aço-carbono para uso estrutural;
NBR 6869 - Líquidos isolantes elétricos – Determinação da rigidez dielétrica
(eletrodos de disco);
NBR 7034 - Materiais isolantes elétricos – Classificação térmica;
NBR 7277 - Transformadores e reatores – Determinação do nível de ruído;
NBR 8094 - Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por
exposição a nevoa salina;
NBR 9119 - Produtos laminados planos de aço para fins elétricos de grão
orientado;
NBR 10025 - Elastômero vulcanizado – Ensaio de deformação permanente à
compressão;
NBR 10443 - Tintas e vernizes – Determinação da espessura de película seca
sobre superfícies rugosas – Método de ensaio;
NBR 10710 - Líquido isolante elétrico – Determinação do teor de água;
NBR 11003 - Tintas – Determinação da aderência;
NBR 11341 - Derivados de petróleo – Determinação dos pontos de fulgor e de
combustível em vaso aberto Cleveland;
NBR 11407- Elastômero vulcanizado – Determinação das alterações das
propriedades físicas, por efeito de imersão em líquidos – Método de ensaio;
NBR 11888 - Bobinas finas e chapas finas a frio e a quente de aço carbono e
de aço de baixa liga e alta resistência - Requisitos gerais;
NBR 12133 - Líquidos isolantes elétricos – Determinação do fator de perdas
dielétricas e da permissividade relativa (constante dielétrica – Método de
Ensaio);
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
11
NBR 13182- Líquidos isolantes elétricos – Determinação do teor de bifenilas
policloradas (PCB);
NBR 14724- Equipamento elétrico – Determinação da compatibilidade de
materiais empregados com óleo mineral isolante;
NBR 14248- Produtos de petróleo – Determinação do número de acidez e de
basicidade – Método do indicador;
NBR 15121- Isolador para alta tensão – Ensaio de medição da
radiointerferência;
NBR 15422- Óleo vegetal isolante para equipamentos elétricos;
NBR 15688- Redes de Distribuição Aérea com condutores nus;
NBR 15992- Redes de Distribuição Aérea com cabos cobertos fixados em
espaçadores para tensões até 36,2kV;
NBR NM IEC 60811-4-1 - Métodos de ensaios comuns para materiais de isolação
e de cobertura de cabos elétricos – Parte 4 – Capítulo 1;
NBR ISO 724 - Rosca métrica ISO de uso geral – Dimensões básicas;
NBR IEC 60156 - Líquidos isolantes – Determinação da rigidez dielétrica à
frequência industrial – Método de ensaio;
NBR 8371- Ascarel para transformadores e capacitores - Características e
riscos;
NBR 7500/2004- Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos;
NBR 7501/2003- Transporte terrestre de produtos perigosos – Terminologia;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
12
DECRETO N°5472-Promulga o texto da Convenção de Estocolmo sobre
Poluentes Orgânicos Persistentes, adotada, naquela cidade, em 22 de maio de
2001;
PB 47- Bucha para transformadores sem conservador de óleo – tensão nominal
15 e 25,8kV – 160A – Dimensões – padronização;
PB 936 - Bucha para transformadores sem conservador de óleo – tensão
nominal 38kV – 160A – Dimensões – padronização.
5.2 Normas Técnicas Internacionais
ASTM A900- Standard test method for lamination factor of amorphous
magnetic strip;
ASTM A901- Standard specification for amorphous magnetic core alloys,
semi-processed types;
ASTM D92- Standard test methods for flash and fire points by Cleveland
open cup tester;
ASTM D297- Standard test methods for rubber products-chemical analysis;
ASTM D412- Standard test methods for vulcanized rubber and thermoplastic
rubber and thermoplastic elastomers –Tension;
ASTM D471- Standard test method for rubber property – Effect of liquids;
ASTM D523- Standard test for specular gloss;
ASTM D870- Standard practice testing water resistance of coatings using
water immersion;
ASTM D877- Standard test method for dielectric breakdown voltage of
insulating liquids using disk electrodes;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
13
ASTM D924- Standard test method for dissipation factor (or power factor)
end relative permittivity (dielectric constant) of electrical insulating liquids;
ASTM D971- Standard test method for interfacial tension of oil against water
by the ring method;
ASTM D974- Standard test method for acid and base number by color-
indicator titration;
ASTM D1014- Standard practice for conducting exterior exposure tests of
paints and coatings on metal;
ASTM D1533- Standard test method for water in insulating liquids by
coulometric karl fischer titration;
ASTM D1619- Standard test method for carbon black – Sulfur contente;
ASTM D1735- Standard practice for testing water resistance of coatings using
water fog apparatus;
ASTM D2240- Standard test method for rubber property - Durometer hardness;
ASTM D2247- Standard practice for testing water resistance of coatings in 100%
relative humidity;
ASTM D3349- Standard test method for absorption coefficient of ethylene
polymer material pigmented with carbon black;
DIN 50018- Testing in satured atmosphere in the presence of sulfur dioxide;
IEC 60214-1- Tap-chargers – Part 1 – Performance requirements and test
methods;
ISO 179-2- Plastics – Determination of Charpy impact properties – Part 2:
Instrumented impact test;
SlS-05-5900- Pictorial surface preparation standard for painting steel surfaces.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
14
6 TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES
A terminologia e as definições adotadas nesta norma técnica, corresponde a das
normas ABNT NBR 5356-1, ABNT NBR 5440 e ABNT NBR 5458, complementadas pelos
seguintes termos:
6.1 Transformador
Equipamento elétrico estático que, por indução eletromagnética, transforma tensão
e corrente alternadas entre dois ou mais enrolamentos, sem mudança de frequência.
6.1.1 Transformador de distribuição
Transformador de potência utilizado em sistemas de distribuição de energia elétrica.
6.1.2 Transformador em líquido isolante
Transformador cuja parte ativa é imersa em líquido isolante.
6.1.3 Transformador monofásico
Transformador constituído de apenas um enrolamento de fase em cada tensão.
6.1.4 Transformador trifásico
Transformador cujos enrolamentos primário e secundário são polifásicos.
6.2 Comutador de derivação
Dispositivo para mudança de ligação de derivação de um enrolamento de um
transformador.
6.2.1 Derivação principal
Derivação à qual é referida a característica nominal de um enrolamento.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
15
6.2.2 Derivação superior
Derivação cuja tensão de derivação é superior à tensão nominal do enrolamento.
6.2.3 Derivação inferior
Derivação cuja tensão de derivação é inferior à tensão nominal do enrolamento.
6.3 Degrau de derivação
Diferença entre as tensões de derivação de duas derivações adjacentes, expressas
em porcentagem da tensão nominal do enrolamento.
6.4 Deslocamento angular
Diferença angular entre os fasores que representam as tensões entre o ponto neutro
(real ou fictício) e os terminais correspondentes de dois enrolamentos, quando um
sistema de tensões de sequência positiva é aplicado aos terminais do enrolamento
de mais média tensão, em ordem de sequência alfabética, se eles forem identificados
por letras ou em sequência numérica, se identificados por números. Convenciona-se
que os fasores giram em sentido anti-horário.
6.5 Dispositivo de alívio de pressão
Dispositivo de proteção para transformadores em líquido isolante que alivia a sobre
pressão interna anormal.
6.6 Enrolamento
Conjunto das espiras que constituem um circuito elétrico, monofásico ou polifásico,
de um transformador.
6.6.1 Enrolamento primário
Enrolamento que recebe energia.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
16
6.6.2 Enrolamento secundário
Enrolamento que fornece energia.
6.6.3 Enrolamento série
Conjunto das espiras que pertencem a um dos enrolamentos apenas, primário ou
secundário.
6.7 Ligação estrela
Ligação de um enrolamento polifásico em que uma das extremidades de mesma
polaridade dos diversos enrolamentos de fase, é ligada a um ponto comum.
6.8 Nível de isolamento
Conjunto de valores de tensões suportáveis nominais.
6.9 Núcleo envolvente
Núcleo é constituído por colunas interligadas pelos jugos, das quais algumas não
atravessam as bobinas dos enrolamentos.
6.10 Núcleo envolvido
Núcleo é constituído por colunas interligadas pelos jugos, todas elas atravessando as
bobinas dos enrolamentos.
6.11 Perdas em vazio
Potência ativa absorvida por um transformador quando alimentado por um de seus
enrolamentos, com os terminais dos outros enrolamentos em circuito aberto.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
17
6.12 Perdas totais
Soma das perdas em vazio e das perdas em cargas de um transformador.
6.13 Polaridade subtrativa [aditiva]
Polaridade dos terminais de um transformador monofásico, tal que, ligando-se um
terminal primário a um terminal secundário correspondente [não correspondente] e
aplicando-se tensão a um dos enrolamentos, a tensão medida entre os terminais não
ligados seja igual à diferença [soma] das tensões dos enrolamentos.
6.14 Radiador
Dispositivo que aumenta a superfície de irradiação, para facilitar a dissipação de
calor.
6.15 Terminal
Parte condutora de um transformador destinada à sua ligação elétrica a um circuito
externo.
6.16 Ensaios de recebimento
O objetivo dos ensaios de recebimento é verificar as características de um material
que podem variar com o processo de fabricação e com a qualidade do material
componente. Estes ensaios devem ser executados sobre uma amostragem de
materiais escolhidos aleatoriamente de um lote que foi submetido aos ensaios de
rotina.
6.17 Ensaios de rotina
O objetivo dos ensaios de rotina é eliminar materiais defeituosos, devendo ser
executados durante o processo de fabricação, sendo executados em todos os
materiais.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
18
6.18 Ensaios de tipo
O objetivo dos ensaios de tipo é verificar as principais características de um material
que dependem de seu projeto. Os ensaios de tipo devem ser executados somente
uma vez para cada projeto e repetidos quando o material, o projeto ou o processo
de fabricação do material for alterado ou quando solicitado pelo comprador.
6.19 Ensaios especiais
O objetivo dos ensaios especiais é avaliar materiais com suspeita de defeitos,
devendo ser executados quando da abertura de não-conformidade, sendo executados
em 5 (cinco) unidades, recolhidas em cada unidade de negócio.
7 CONSIDERAÇÕES GERAIS
Neste item são tratados todos os assuntos relativos aos processos de reforma que não
são referentes a partes integrantes do produto final, tais como: homologações,
triagem, sucatas, processo fabril e de testes, etc.
7.1 Homologação de Fornecedores
O fornecedor para ser homologado pelo Grupo Energisa, deverá atender
integralmente as exigências descritas nesta norma. O fluxo para o processo de
homologação é apresentado no MQF – Manual de Gestão da Qualidade de
Fornecimento que pode ser encontrado no site da Energisa.
Toda a documentação ou quaisquer informações deverão ser tratadas com
confidencialidade entre as partes.
7.2 Requisitos Mínimos a Serem Atendidos pelo Fornecedor
7.2.1 Projetos
O fornecedor deverá possuir profissional responsável pelo projeto e um processo de
projeto que possua uma estrutura mínima que permita o cálculo do transformador
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
19
(bobina, núcleo, refrigeração, partes construtivas, etc.) através de software
específico e adequado para realizar cálculo dos projetos das reformas com
otimização das perdas e características construtivas das bobinas de MT e BT e na
apresentação final do projeto executivo, possibilitar o confronto com os resultados
esperados nos laudos de aceitação e conforme da especificação ETU-109 e normas
ABNT, ambas em suas últimas revisões
Este processo de elaboração de projeto deverá ser capaz de realizar os cálculos com
as condições atuais de perdas referente ao projeto original do transformador a ser
reformado, considerando os limites de elevação de temperatura do projeto original,
e sempre com aplicação de papel isolante termo estabilizado. O fornecedor pode
propor um papel isolante de qualidade superior, desde que não haja acréscimo de
custo.
Não serão aceitos a aplicação de papeis isolantes do tipo Kraft.
O processo de elaboração de projetos deverá ser capaz de disponibilizar todas as
informações a serem verificadas e confrontadas nos testes e ensaios de recebimento
a serem acompanhados pela ENERGISA.
7.2.2 Máquinas e equipamentos
O fornecedor deverá possuir, no mínimo, as máquinas e equipamentos a seguir, em
plenas condições de operações e, com capacidades e disponibilidades para atender
aos prazos especificados em contrato:
Máquina de solda compatível com o processo e adequada para soldas contínuas
e soldas ponto de acordo com a estrutura dos tanques, tampas e acessórios;
Bobinadeiras para enrolamentos de média e baixa tensão, preferencialmente
sem ações manuais, e adequada aos enrolamentos das classes de potência e
tensão, com sistema de tracionamento do fio que garanta o controle do
tracionamento a fim de evitar trincas no verniz e trações longitudinais
excessivas, instaladas em ambientes controlados contra contaminações,
poeiras, umidade excessiva e intempéries;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
20
Sistema de tratamento das superfícies, tais como, jateamento e pintura
(derramamento ou imersão), que atendam totalmente as exigências do Grupo
Energisa, e que sejam realizados em ambientes controlados, contra
contaminações, poeiras, umidade excessiva e intempéries, e devem estar de
acordo com a especificação ETU-109, do Grupo Energisa, em sua última
revisão;
Processo de secagem através de estufas controladas contra poeira,
contaminações, gases, umidade, e outras condições nocivas ao processo, e
respeitando o critério de tempo de secagem em função da massa e materiais
das partes ativas dos transformadores, bem como as outras peças pintadas dos
transformadores;
Sistema de enchimento do óleo isolante através de vácuo com uso de
campânula de vácuo;
Laboratórios de atendam às exigências do Grupo Energisa, e compatíveis com
os ensaios exigidos pelas normas técnicas, quanto aos ensaios descritos na
especificação ETU-109, do Grupo Energisa, com equipamentos
preferencialmente digitais, que permitam registros dos valores de ensaios,
com aferição e calibração válidas no momento dos ensaios, bem como,
propiciar total segurança à equipe do grupo ENERGISA, durante os ensaios e
inspeções;
O fornecedor deverá dispor, no mínimo, dos seguintes equipamentos em
perfeitas condições de utilização e com certificados de aferição, quando
exigíveis, atualizados, de forma a registrar todas as medições realizadas
durante os trabalhos:
o Medidor de resistência de isolamento (Megôhmetro), com tensão
mínima de saída de 5000 Volts;
o Equipamento para medição da relação de transformação (TTR);
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
21
o Equipamento para ensaio de tensão suportável (HIPOT ou TP), 60 Hz,
com tensão de saída que atenda os ensaios normalizados;
o Equipamento para ensaio de tensão induzida, com tensão de saída que
atenda o ensaio normalizado, frequência 120 Hz para os trifásicos e
acima de 196 Hz para os monofásicos;
o Fonte de alimentação para ensaios a vazio, ensaio de curto circuito,
corrente de excitação, impedância e demais equipamentos associados
(voltímetros, amperímetros, wattímetros etc.);
o Equipamento para medição da resistência ôhmica dos enrolamentos
(método de ponte ou de queda de tensão);
o Medidor de espessura da camada de pintura;
o Equipamentos para ensaio mínimo do óleo isolante;
o Equipamento para execução do ensaio de estanqueidade (pressão de
0,07 Mpa);
o Termômetro, higrômetro.
Os instrumentos deverão ser de classe 0,5% ou melhor, bem como possuir certificado
de aferição executado em laboratório oficial, devendo ser renovado periodicamente,
de acordo com as necessidades comprovadas. As condições acima estabelecidas serão
verificadas na visita de inspeção de homologação, pelo inspetor da Energisa.
7.2.3 Materiais Aplicados na Reforma e Manutenção dos Transformadores
Todos os materiais e matérias-primas que forem substituídos devem ser novos,
excluindo qualquer aplicação de materiais reaproveitados do próprio transformador
a ser reformado.
O fornecedor deverá apresentar certificados de homologação dos materiais e
matérias-primas empregadas, e este devem ser de origem confiável e reconhecida
no mercado nacional e internacional.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
22
7.2.4 Movimentação dos transformadores
Os equipamentos de movimentação de cargas utilizados para a movimentação dos
transformadores (talhas, pórticos, pontes rolantes, paleteiras, etc.), deverão ser
adequados aos serviços, estar em perfeitas condições de funcionamento e possuir
capacidades compatíveis com o peso dos produtos transportados.
Em casos de acidentes, no processo de movimentação dos transformadores, as partes
afetadas deverão ser substituídas por produtos novos, não serão aceitos reparos e
reformas.
7.2.5 Requisitos de Etiquetagem
De acordo com a Portaria de Nº 378/2010 do INMETRO e a especificação ETU-109, do
Grupo Energisa, o fornecedor deverá obrigatoriamente estar em conformidade com
os requisitos estabelecidos pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) para
Transformadores de Distribuição em líquidos isolantes recondicionados.
Todos os transformadores a serem apresentados para inspeção deverão possuir as
etiquetas.
7.2.6 Inspeções
O fornecedor será responsável pela realização de todos os testes, e deverá convocar
o Grupo Energisa para o acompanhamento para a inspeção, com antecedência
mínima de 10 (dez) dias úteis, e garantir que os transformadores estarão totalmente
finalizados para a realização da inspeção, e ainda preencher o Relatório/Planilha de
Serviço e Orçamento e envio para o Grupo Energisa, para análise e aprovação,
podendo o fornecedor realizar, sem a presença dos inspetores do Grupo Energisa,
os ensaios de rotina, exceto os ensaios considerados destrutivos.
A inspeção para recebimento dos transformadores será no laboratório do fornecedor,
quando serão processados todos os ensaios de recebimento em 100% do lote.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
23
Os ensaios dielétricos, para transformadores considerados como “Reforma Geral”,
deverão ser realizados com 100% dos seus valores originais e de acordo com a
especificação ETU-109, do Grupo ENERGISA.
Para transformadores considerados “Reforma” (pequenos reparos), onde não há
substituição da parte ativa, deverão ser realizados com 75% dos seus valores originais
e de acordo com a norma NBR: 5440, em sua última atualização.
Em qualquer condição, não serão permitidos a realizações de testes e ensaios
considerados destrutivos ou que causem desgastes nos transformadores, tais como,
“tensão aplicada” e “tensão induzida”, entre outros, sem a presença dos inspetores
do Grupo Energisa.
Caso a inspeção venha a ser dispensada pelo grupo Energisa, o fornecedor deverá
realizar os ensaios sem a presença do inspetor da Energisa e encaminhar os relatórios
para a área solicitante e em caso que o grupo Energisa considere os relatórios
inadequados, o grupo Energisa, sob justificativa técnica, poderá solicitar novas
inspeções e testes, sem ônus para o grupo Energisa.
O Grupo Energisa irá escolher aleatoriamente uma peça do lote, para realizar o
ensaio de Aquecimento.
As Normas Técnicas citadas no item 5, desta norma NDU-014, deverão estar à
disposição do inspetor da Energisa, no local da inspeção.
O Grupo Energisa se reserva o direito de enviar inspetores devidamente credenciados
com o objetivo de acompanhar qualquer etapa do orçamento e da reforma e, em e
especial, presenciar os ensaios de recebimento, devendo o fornecedor garantir, aos
Inspetores do Grupo ENERGISA, livre acesso a laboratórios e dependências.
O fornecedor deverá assegurar, aos inspetores do Grupo ENERGISA, o direito de se
familiarizarem com as instalações e os equipamentos a serem utilizados, as
instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar os ensaios, conferir
resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e exigir a repetição de
qualquer ensaio.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
24
O fornecedor deverá apresentar ao Grupo Energisa, certificados de aferição dos
instrumentos a serem utilizados nas medições e ensaios, emitidos por Órgão
homologado pelo INMETRO – Instituto Brasileiro de Normalização, Metrologia e
Qualidade Industrial ou por organização oficial similar em outros países. A
periodicidade máxima dessa aferição deverá ser de acordo com o plano de
calibração, o não cumprimento dessa exigência, pode acarretar a desqualificação do
laboratório, sendo que períodos diferentes do especificado poderão ser aceitos,
mediante acordo prévio entre o Grupo Energisa e o fornecedor.
Os custos da visita do Inspetor do Grupo Energisa (locomoção, hospedagem,
alimentação, homem-hora e administrativo) correrão por conta do fornecedor nos
seguintes casos:
Se o lote não estiver preparado na data agendada para a inspeção, impedindo
a conclusão dos trabalhos no prazo acordado;
Se o ensaio de recebimento do lote for rejeitado, havendo necessidade de
reavaliação.
O lote de transformadores aprovados de acordo com os critérios desta norma NDU-
014 e da especificação ETU-109, ambas do Grupo Energisa, e serão liberados, pelo
inspetor do Grupo Energisa, mediante relatório de ensaios assinados com visto de
aceitação.
7.2.7 Entrega do Lote Reformado
Após a aprovação do lote, o fornecedor deverá providenciar o envio ao Grupo
Energisa, no prazo definido no contrato.
Os transformadores deverão ser enviados com o comutador sem tensão na posição
(tap) correspondente à tensão nominal e deverão ser embalados de acordo com o
item 8 desta norma.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
25
7.2.8 Condições Ambientais/Instalações
As condições ambientais da área de trabalho deverão ser adequadas e dispor de um
bom nível de:
Aeração;
Iluminação;
Limpeza;
Temperatura.
O acesso as áreas de bobinamento deve ser controlado, a fim de minimizarem a
possibilidade de contaminação ao local. Em especial, o fornecedor deverá dispor, em
todas as etapas do processo, de grupo completo de proteção contra possíveis
vazamentos de óleos, de forma a garantir a eliminação de possíveis contaminações
do meio ambiente.
O fornecedor deverá cumprir a Legislação Ambiental dentro de suas instalações,
sendo responsável pelo pagamento de multas e pelas ações decorrentes de práticas
lesivas ao meio ambiente, que possam incidir sobre as distribuidoras do Grupo
Energisa, quando derivadas de condutas praticadas na prestação de serviços.
Em todas as etapas da reforma dos transformadores, inclusive nos processos
utilizados no revestimento anticorrosivo e de acabamento de superfícies, deverá ser
rigorosamente cumprida a Legislação Ambiental, especialmente, os instrumentos
legais e demais Legislações Estaduais e Municipais aplicáveis.
O fornecedor deverá apresentar, ao Grupo Energisa, garantias de destinação
adequada para todos os materiais sucateados (fio, papel, porcelana, borracha, ferro,
resíduo de óleo isolante e outros).
No transporte dos transformadores, deverão ser atendidas as exigências do Ministério
dos Transportes e dos Órgãos Ambientais competentes, especialmente, as relativas
à sinalização da carga e adequado transporte de materiais poluentes.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
26
O fornecedor deverá possuir área de armazenamento de transformadores com
plataforma de concreto impermeabilizado, com canaletas e caixa de captação e
separação de óleo.
7.2.9 Sucatas de Materiais
O fornecedor deverá apresentar, ao Grupo Energisa, garantias de destinação
adequada para todos os materiais sucateados (fio, papel, porcelana, borracha, ferro,
resíduo de óleo isolante e outros), contaminados ou não com PCB, de acordo com as
condições ambientais mencionadas no item 7.2.8, com apresentação de documentos
e certificados que comprovem a correta destinação.
O descarte dos óleos isolante mineral ou vegetal, com ou sem PCB, deverá receber
a destinação correta pela reformadora.
7.2.10 Período de Garantia
A garantia de perfeito funcionamento dos transformadores, a ser ofertada pelo
fornecedor, deverá ser de, no mínimo, 18 meses da entrega ou 12 meses da
instalação, prevalecendo o que ocorrer primeiro, tendo como data de referência a
data de emissão da nota de faturamento de entrega do lote de transformadores para
o Grupo Energisa.
O certificado de garantia, emitido para cada equipamento do lote, deverá conter as
seguintes informações:
Número de série do transformador;
Número patrimonial do transformador;
Potência;
Número de fases;
Número de patrimônio;
Tipo ou modelo;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
27
Prazo de garantia;
Data da recuperação;
Data da emissão.
7.2.11 Recursos Humanos
O fornecedor deve emitir, através de documentos, as informações quanto aos
responsáveis técnicos da empresa de reforma, contendo no mínimo as informações
abaixo:
Nomes;
Registros do CREA vigente;
Registros e quitações relacionados a pessoas físicas e jurídicas;
Certidões cabíveis à execução de suas funções.
7.3 Triagem
7.3.1 Procedimentos para Triagem
Os procedimentos para triagem ficarão estabelecidos como:
Deve estar de acordo com o fluxograma a seguir:
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
28
Transformador com Falha
Análise Interna da ENERGISA
Critério: Dados da Rede no
Momento da Falha
Reformar?
ENERGISA Envia o Transformador
para Reformadora
ENERGISA Descarta o
Transformador
Reformadora executa a reforma o Transformador e Convoca a ENERGISA para
Ensaios e Testes
Análise Interna da ENERGISA
Aprovado?
Reformadora recebe o Transformador e Envia
Orçamento Para ENERGISA
ENERGISA e Reformadora realizam os Ensaios e
Testes
Aprovado?
Reformadora envia o Transformador para
ENERGISA
Reformadora envia o Transformador para
ENERGISA
Não
Sim
Não
Sim
Sim
Não
Fluxograma – Processo de Reforma
Reformadora envia o Transformador para
ENERGISA
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
29
Deve-se identificar, após verificação e análises em cada transformador de forma a
permitir a classificação do estado, através de marcação ou adesivos, da seguinte
maneira:
“RG” = Reforma Geral;
“R” = Reforma;
"S" = Sucata;
"G" = Garantia.
Reforma geral “RG” é a indicação de que o transformador deve ter seus enrolamentos
de baixa tensão e média tensão substituídos, independente do estado, e deve ser
avaliado a necessidade de substituição de buchas, tanque, radiadores etc.
Reforma “R” (pequenos reparos) é a indicação de que o transformador deve receber
apenas manutenção sem substituição de elementos internos, incluindo óleo isolante.
Empresas que possuírem oficina interna ou contratos” in company” podem utilizar a
identificação “PR = Pequenos Reparos”, no momento da triagem.
Sucata “S” é a indicação que o transformador não atende aos requisitos desta norma,
e deverá ser sucateado e com destinação definida e correta.
Garantia “G” é a indicação de que o transformador está em período de garantia.
O fornecedor deve elaborar planilha de orçamentos para cada transformador,
contendo:
Todos os dados de cada transformador e serviços que devem ser realizados
segundo inspeção visual;
Se o fornecedor executar serviços que não foram citados, o fornecedor
apresentar justificativa técnica com fotográficas, para análise do Grupo
Energisa, e caso a justificativa não for apresentada ou recusada, o Grupo
Energisa pode não faturar o serviço realizado;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
30
Enviar relatório para o responsável do Grupo Energisa.
7.3.2 Critérios para Triagem
A triagem deverá levar em consideração os seguintes critérios, e as informações
devem estar presentes na planilha de orçamentos do fornecedor:
Transformadores que segundo inspeção visual apresentarem indícios de terem
sofrido forte sobrecarga, possuírem carcaça altamente deformada ou que
tiveram o núcleo danificado deverão ser sucateados;
Transformadores fabricados antes de julho de 2000, seguindo NBR 5440/1999
que forem reprovados no teste do TTR ou indicados para reforma geral devem
ser sucateados;
Transformadores monofásicos com potência igual ou menor a 10 kVA tirados
de campo em obras de aumento de carga podem ser devolvidos ao
almoxarifado se atenderem aos seguintes requisitos:
o Passar por inspeção visual minuciosa onde se deve averiguar se o
transformador não possui isoladores avariados, vazamentos, sinais de
sobrecarga ou carcaça deformada;
o Ser aprovado no teste do TTR;
o Ter ficado menos de 5 anos em campo.
Para os transformadores que possuírem código fora do padrão, a reformadora
deverá realizar uma análise de viabilidade de padronização, para verificar se
eles são passíveis de se adequarem aos critérios e exigências da especificação
ETU-109 do Grupo Energisa. Caso isso não possa ser feito, o transformador
deverá ser sucateado.
Transformadores que não puderem se enquadrar nos padrões apontados na
especificação ETU-109 do Grupo Energisa, e/ou não atenderem aos níveis de
perdas do projeto original, devem ser sucateados;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
31
Transformadores que passarem por mais de 6 meses nos almoxarifados
esperando reforma podem ser sucateados desde que em comum acordo entre
área técnica, almoxarifado e planejador;
Valor da reforma não deve ser superior ao dado pela seguinte equação:
o Custo da Reforma < Valor do Transformador Novo – Valor da Sucata.
Definição do tipo de reforma que deve ser realizada:
o Transformadores monofásicos:
Aceitos no teste do TTR e com mais de 7 anos de fabricação ou
de sua última reforma geral devem sofrer reforma geral;
Reprovados no teste do TTR e com mais de 3 anos de fabricação
ou de sua última reforma geral devem sofrer reforma geral;
Transformadores monofásicos com potência igual ou inferior a
10 kVA reprovados no teste do TTR ou com mais de 7 anos de
fabricação devem ser sucateados.
o Transformadores Trifásicos com potência igual ou inferior a 45 kVA:
Aceitos no teste do TTR e com mais de 10 anos de fabricação ou
de sua última reforma geral devem sofrer reforma geral;
Reprovados no teste do TTR e com mais de 5 anos de fabricação
ou de sua última reforma geral devem sofrer reforma geral.
o Transformadores Trifásicos com potência superior a 45 kVA:
Aceitos no teste do TTR e com mais de 12 anos de fabricação ou
de sua última reforma geral devem sofrer reforma geral;
Reprovados no teste do TTR e com mais de 5 anos de fabricação
ou de sua última reforma geral devem sofrer reforma geral.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
32
A reformadora deverá realizar uma análise para quaisquer transformadores e
verificar se eles são passíveis de se adequarem aos critérios e exigências da
especificação ETU-109 do Grupo Energisa, e em caso contrário, o
transformador deverá ser sucateado.
Transformadores dos fabricantes listados na tabela 03 e que estiverem dentro
dos critérios estabelecidos na mesma, deverão ser considerados como sucatas.
7.3.3 Transformadores a Serem Sucateados
Quando for verificada, após a abertura de todo lote contratado, a existência de
unidades que não apresentem condições técnicas de reforma, o fornecedor deverá
comunicar por escrito ao Grupo Energisa, indicando o número de patrimônio da
empresa do transformador, número de série, fabricante, e justificativa técnica
detalhada por unidade, inclusive com fotos, sobre os problemas verificados.
O Grupo Energisa, a seu critério, poderá realizar perícia técnica para confirmação
dos problemas levantados nessas unidades.
Á critério, do Grupo ENERGISA, os transformadores e seus componentes sucateados,
inclusive o óleo isolante, poderão ser negociados com o fornecedor em condições a
serem acordadas entre as partes.
8 CONDIÇÕES TÉCNICAS
Os transformadores deverão ser reformados para operar nas suas condições originais,
ou seja, de acordo com a especificação ETU-109, do grupo Energisa, em sua última
revisão e com os níveis de perdas do projeto original do transformador:
Sistema de distribuição;
Instalação aérea;
Resfriamento natural;
Frequência nominal: 60 Hz;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
33
Polaridade subtrativa para os transformadores trifásicos de classe 15, 25 e
36,2kV;
Polaridade subtrativa para os transformadores monofásicos classe 15, 25 e
36,2kV;
Deslocamento angular dos transformadores trifásicos deve ser de 30º, com
fases do lado de tensão inferior atrasada em relação às fases correspondentes
do lado de tensão superior;
Os transformadores deverão ter derivações em Média tensão;
Altitude até 1000m;
Temperatura do meio de resfriamento máxima de 40ºC e média diária não
superior a 30ºC.
8.1 Principais Características Elétricas
Todas as características elétricas devem estar de acordo com a especificação ETU-
109, do Grupo Energisa, ressaltando que:
A elevação de temperatura deverá ser conforme projeto original, sendo
obrigatório o uso de papel termo estabilizado;
As perdas devem ser de acordo com o projeto original do transformador a ser
reformado, podendo ter as tolerâncias conforme especificação ETU-109, do
Grupo Energisa;
O fornecedor deverá cumprir e atender ao nível de perdas estabelecido no
projeto original do transformador;
A potência nominal do transformador reformado deve ser igual a potência
nominal do projeto original do transformador.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
34
8.2 Principais Características e Serviços Mecânicos
8.2.1 Descrição dos Principais Serviços
Serviços de Triagem:
o Reconhecimento;
o Abertura;
o Inspeção visual.
Serviços de projeto;
o Projeto;
o Simulações.
Serviços de produção;
o Montagem da parte ativa;
o Montagem de tampa;
o Montagem do tanque e enchimento de óleo;
o Serviços de caldeiraria e pintura.
Serviços de ensaios e testes
o Ensaios de rotina;
o Elaboração de relatórios.
Serviços de Embalagem e Transporte.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
35
8.2.2 Critérios para Reforma
8.2.2.1 Geral
O fornecedor deve cumprir com todas as exigências e critérios estabelecidos na
especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão.
O transformador deverá ser reformado para operar hermeticamente selado, devendo
suportar variações de pressão interna, bem como o seu próprio peso quando içado
através das alças de suspensão.
O número de série deverá ser marcado em baixo relevo na placa de identificação,
em uma das barras de aperto superior do núcleo, na tampa principal e no tanque,
preferencialmente na orelha de suspensão que fica à direita de um observador
voltado para o lado da baixa tensão. Não se permitirá que os transformadores venham
com numerações diferentes.
Os componentes relacionados a seguir poderão ser mantidos se estiverem em boas
condições, não comprometendo os ensaios do transformador, bem como, seu
perfeito funcionamento.
Sendo necessária à confecção de alguns desses componentes, estes deverão estar de
acordo com a especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão e
ainda:
Tanque – Deverá possuir, preferencialmente, seção transversal, elíptica ou
circular;
Estrutura de Apoio – Deverão ser constituídas de barras de ferro chatas ou
quadrada, soldados à chapa do fundo, ou prolongamentos de toda a superfície
lateral do tanque, no caso de transformadores de seção transversal circular;
A parte inferior do tanque deverá possuir uma estrutura de apoio que assegure
uma distância mínima de 10 mm entre a chapa e o fundo e o plano de apoio
do transformador;
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
36
A espessura da chapa de aço para o tanque e tampa deverá estar de acordo
com a especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão;
Radiadores - Tanto no caso de tubos ou aletas, deverá ser observado, com
especial cuidado, o estado das chapas em relação às soldas e à corrosão. Esses
componentes deverão ser substituídos por outros, de mesmas características,
nos casos em que o estado atual assim o exigir;
Os radiadores substituídos e os radiadores que irão ser reutilizados, devem se
submeter ao processo de limpeza com ácidos, graxas ou outros processos
químicos;
A espessura mínima da chapa dos radiadores deverá ser de 1,2mm, e a
espessura mínima dos tubos deverão ser de 1,6mm, desde que sua fabricação
resista aos ensaios previstos na especificação ETU-109, do Grupo Energisa em
sua última revisão.
8.2.2.2 Ferragens
8.2.2.2.1 Preparação de Superfícies
O tanque e a tampa, qualquer outra peça metálica que poderá ser reutilizada, deverá
ser lavada para remoção de impurezas e vestígios de óleo, através de processo
adequado, verificando os limites legais para descarte dos líquidos efluentes do
processo conforme a Resolução CONAMA 357/2005 Classificação de Águas e Padrões
para Lançamento de Efluentes e Resolução CONAMA 397/2008 Novos padrões para
descarte de efluentes.
Após o processo de lavagem, todas as peças internas e externas, deverão ser
submetidas ao processo de jateamento abrasivo à metal base, de acordo com o
padrão visual Sa 2 1/2 Norma SIS-05.5900.
Os flanges das buchas, presilhas externas (sistema de fixação das tampas), parafusos,
porcas e arruelas deverão receber tratamento superficial de zincagem por imersão a
quente conforme NBR 6323, ou zincagem eletrolítica apassivada (bicromatização
amarela), com espessura mínima de 25μm, conforme NBR 10476 e quando da
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
37
substituição ou instalação de ferragens, as mesmas deverão estar de acordo com a
ETU-109.
Todas as peças metálicas internas e externas que receberão pintura, deverão possuir
os processos de acordo com a especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua
última revisão.
8.2.2.2.2 Janelas de Inspeção
Quando o transformador a ser reformado possuir janelas de inspeção, as mesmas
deverão ser soldadas.
8.2.2.2.3 Suporte de Para Raios
Todos os transformadores reformados conter suportes de para raios, em número igual
ao de buchas de MT (Média Tensão), conforme a especificação ETU-109, do Grupo
Energisa em sua última revisão.
8.2.2.2.4 Dispositivo para Adequação da Válvula de Alívio de Pressão
O dispositivo de fixação da válvula deverá ser instalado na horizontal, e conforme a
especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão.
8.2.2.2.5 Dispositivo para Alívio Automático de Pressão Interna
Deverá ser instalado uma válvula de alívio de pressão interna, de acordo com a
especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão.
Os transformadores que possuírem o dispositivo de alívio de pressão interno de
acordo com a especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão,
deverão ser ensaiados durante a inspeção, e de acordo com os critérios de ensaio da
referida especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão.
8.2.2.2.6 Juntas de Vedação
Todas as juntas de vedação deverão ser trocadas por novas e não deverão apresentar
sinal de pintura.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
38
Todas as juntas de vedação deverão estar de acordo com a especificação ETU-109,
do Grupo Energisa em sua última revisão.
8.2.2.2.7 Barras de Aperto
I. Em Aço
Deverão receber limpeza completa. Ao serem remontadas deverão estar
completamente desprovidas de impurezas, películas de tinta soltando, sinais de
ferrugem ou qualquer outra substância que possa contaminar o óleo isolante.
Caso apresentem as falhas acima descritas, as barras deverão ser desengraxadas,
lixadas e pintadas novamente.
A tinta a ser usada nas barras de aperto deverá ser a mesma usada para pintura da
superfície interna do transformador.
II. Em Madeira
A barra de aperto que se apresentar quebrada, lascada, com trincas ou rachaduras
deverá ser substituída por outra de dimensão ou projeto idêntico. Antes de cortada,
a peça deve sofrer secagem em estufa durante o tempo necessário. Depois de
cortada, feitos todos os entalhes, furos etc., a peça deverá voltar à estufa, agora
imersa em óleo isolante, para retirada de toda a resina da madeira e de modo que a
mesma fique impregnada pelo óleo isolante. Em seguida a peça deverá voltar à estufa
para nova secagem. Somente após receber este tratamento, ela poderá ser utilizada
no transformador;
As barras de aperto que se apresentam em bom estado deverão passar por uma
limpeza completa, seguida de secagem em estufa durante um período de tempo
conveniente. Somente depois de passarem por esse processo poderão ser reutilizadas
no transformador.
As barras de aperto deverão ser montadas e apertadas corretamente, de modo a
evitar vibração do núcleo e aumento do nível de ruído.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
39
As roscas dos tirantes das barras de aperto não deverão ser pintadas, mas
necessitarão ser limpas e não apresentar sinais de oxidação.
8.2.2.2.8 Pintura
Os processos de pintura internas e externas deverão estar totalmente de acordo com
a especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão.
Os transformadores que originalmente receberam o processo de pintura para:
Área normal: devem receber o processo de pintura para área normal;
Área de maresia: Devem receber o processo de pintura para área de maresia.
8.2.2.2.9 Parte Ativa
A parte ativa completa (enrolamentos, núcleo, isolamentos, derivações, calços,
resistência mecânica, condutores do comutador etc.) deve estar de acordo com a
especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão.
O sistema de fixação da parte ativa poderá ser mantido conforme o original do
transformador a ser reformado, e em caso de se usar formas de fixações atuais
deverá estar de acordo com a especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua
última revisão e possuir dois olhais localizados na parte superior da parte ativa,
preferencialmente nas barras de aperto, construídos de maneira que não danifiquem
os componentes da parte ativa quando do seu levantamento.
8.2.2.2.10 Canais de Circulação do Óleo
A parte ativa deverá possuir canais de refrigeração que atenda as exigências da
especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão, e suas as normas
oficiais referenciadas.
8.2.2.2.11 Núcleo
Os núcleos deverão estar de acordo com a especificação ETU-109, do Grupo Energisa
em sua última revisão, aonde aplicável.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
40
A reutilização do núcleo somente será permitida diante as seguintes condições:
As lâminas do núcleo deverão passar por uma limpeza completa, de forma que
fiquem isentas de quaisquer impurezas que possam contaminar o líquido
isolante;
Depois de limpas, deverão ser remontadas convenientemente, não devendo
sofrer dobras ou amassamentos de espécie alguma em nenhum ponto, sem
perda do revestimento;
Os núcleos deverão ser aterrados ao tanque por intermédio da barra de aperto
e da fixação da parte ativa ao tanque;
Os núcleos enrolados ou com construção similar, que possuam fitas de aço
para fixação das barras de aperto e dos enrolamentos, deverão ter as fitas
substituídas por outras que possuam tratamento químico superficial e
resistência mecânica de igual qualidade;
Os apertos deverão ser feitos de forma a assegurar a rigidez mecânica do
conjunto núcleo-enrolamento, sem causar danos aos canais de circulação de
óleo;
O núcleo deverá estar montado sem “gaps”, assegurando um fechamento
correto, sem dobras e amassamentos das chapas;
Transformadores que forem identificados tendo núcleo danificado não
deverão ser reformados.
8.2.2.2.12 Óleos Isolantes
O óleo isolante deverá ser novo e estar de acordo com a especificação ETU-109, do
Grupo Energisa em sua última revisão.
Não serão aceitos óleos isolantes usados, mesmo que tenham sido recondicionados
ou regenerados.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
41
O transformador a ser reformado deverá receber o óleo isolante do seu projeto
original, com exceção de óleos parafínicos, desta forma, temos:
Transformador a ser reformado, recebido com óleo isolante mineral, tipo
naftênico ou parafínico, deverá receber óleo isolante novo, do tipo naftênico;
Transformador a ser reformado, recebido com óleo vegetal, deverá receber
óleo isolante novo, do tipo vegetal.
Os óleos dos transformadores devem ser isentos de PCB. A reformadora deve
encaminhar um documento (certificado) por lote de transformador, certificando que
o referido lote está isento de PCB. A reformadora deve manter uma cópia (segunda
via) desse certificado para eventuais consultas da Energisa.
8.2.2.2.13 Sistemas de Comutação de Tensões
Os comutadores de tensão devem estar de acordo com a especificação ETU-109, do
Grupo Energisa em sua última revisão.
Os transformadores que possuírem comutador com comando interno deverão ter o
comando substituído por um externo de acordo com a especificação ETU-109, do
Grupo Energisa em sua última revisão, caso não seja possível, o transformador deve
ser descartado.
O fornecedor poderá propor a reutilização do comutador de tensão, desde que
garanta a sua qualidade em função da vida útil do transformador reformado, e que
o comutador de tensão esteja de acordo com a especificação ETU-109, do Grupo
Energisa em sua última revisão.
8.2.2.2.14 Buchas, Terminais e Conectores de MT e BT
As buchas, terminais e conectores devem estar de acordo com a especificação ETU-
109, do Grupo Energisa em sua última revisão.
As buchas reaproveitadas deverão passar por processo de limpeza completa seguida
de secagem em estufa ficando totalmente isentas de substâncias ou corpos estranhos
que possam alterar seu nível de isolamento.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
42
As buchas deverão ser substituídas quando apresentarem trincas, quebra das saias e
sinais de fuga de corrente.
As buchas de média tensão, caso tenham que ser substituídas, deverão estar de
acordo com a especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão, e
suas normas oficiais, e fixadas conforme projeto original.
Para montagem das buchas de média tensão e baixa tensão com fixação externa,
deverá ser colocado um anel de vedação, entre os flanges e as buchas com objetivo
de se evitar o contato direto das duas superfícies.
8.2.2.2.15 Placa de Identificação
A placa de identificação e a placa adicional devem estar totalmente de acordo com
a especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão.
No campo de observações da placa adicional, deve-se indicar a característica do
serviço de reforma, tais como:
"Reforma Geral": Quando o transformador tiver o enrolamento de MT e BT
substituídos;
"Reforma sem substituição de enrolamento": Quando o transformador não
tiver os enrolamentos substituídos.
Figura 1 – Modelo de Placa de Identificação de Reforma
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
43
O transformador reformado deve ter uma placa referente a última reforma geral
sofrida, caso já tenha acontecido, e se o transformador sofrer uma reforma parcial
(sem substituição de enrolamentos), mas já tiver sofrido uma reforma total no
passado, o fornecedor deverá manter a placa da reforma geral antiga, ou gerar uma
nova placa com as mesmas informações.
8.2.2.2.16 Número de patrimônio e Data Final de Garantia
Deverá ser inserida no tanque a data final da garantia (data de manutenção acrescido
dos meses de contrato), cujas marcações deverão estar de acordo com a
especificação ETU-109, do Grupo Energisa em sua última revisão. (Exemplo: Garantia
até agosto de 2016 – Pintar no transformador: G – 08/16).
No caso de última reforma, os dados a serem pintados deverão ser os dizeres “ÚLTIMA
REFORMA”.
9 INSPEÇÕES, TESTES E ENSAIOS
Os transformadores reformados deverão ser submetidos a todos as inspeções, ensaios
e testes, com os mesmos critérios e definições, descritas na especificação ETU-109,
do grupo Energisa, em sua última revisão.
10 EMBALAGEM, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE
Os transformadores reformados deverão ser submetidos a todos as exigências
descritas na especificação ETU-109, do grupo Energisa, em sua última revisão.
11 NOTAS COMPLEMENTARES
Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta norma poderá sofrer
alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica e/ou devido às
modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados deverão,
periodicamente, consultar a Concessionária.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
44
Os casos não previstos nesta norma, ou aqueles que pelas características exijam
tratamento à parte, deverão ser previamente encaminhados à Concessionária,
através de seus escritórios locais, para apreciação conjunta da área de projetos/área
de estudos.
12 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO
Data Versão Descrição das Alterações Realizadas
12/12/2017 2.0
5.3 Critérios para Triagem;
7.1.8. Requisitos de Etiquetagem;
9.2.3. Alteração do termo orelhas de suspensão por alças.
9.3. Inclusão do afastamento de no mínimo 20 mm entre
o corpo do transformador e qualquer parte da placa;
Definição da observação da placa;
9.8.2. Inclusão da especificação técnica
As impurezas devem ser removidas por processo químico
ou jateamento abrasivo ao metal quase branco, padrão
visual Sa 2 ½ da SIS-05-5900, logo após a fabricação do
tanque”;
Inclusão nítrica (Acrilonitrilla-37% á 41%), conforme
STMD297;
9.14 Transformadores que forem identificados tendo
núcleo problemático não deverão ser reformados;
9.16. Ao sofrerem reforma, transformadores que
possuírem comando interno do comutador deverão ter o
comando substituído por um externo de acordo com NDU-
008;
Tabela 01 e 02 atualizadas;
Inclusão 9.17 Especificações técnicas de Óleos isolantes;
Tabela 03. Óleo de base naftênica ou parafínica, inibido
ou não, após recondicionamento, antes ou após contato
com equipamento.
23/09/2020 3.0
Revisão geral em toda a norma, com modificações em
todos os capítulos. Adequação da norma à Especificação
Técnica Unificada (ETU) nº 109 e suas partes.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
45
13 VIGÊNCIA
Esta Norma Técnica entra em vigor na data de 01/01/2021 e revoga as versões
anteriores.
14 TABELAS
Tabela 01. Transformadores monofásicos e trifásicos fabricados após abril de 2014
ou que sofreram troca de enrolamentos de BT e MT (NBR 5440/2014).
Tabela 02. Transformadores monofásicos e trifásicos fabricados até abril de 2014
(NBR 5440/2000).
Tabela 03. Marcas e critérios para sucateamento de transformador de distribuição.
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
46
Tabela 01. Transformadores monofásicos e trifásicos fabricados após abril de 2014
ou que sofreram troca de enrolamentos de BT e MT (NBR 5440/2014)
Transformadores Monofásicos
Tensão máxima do
equipamento (kV eficaz)
Potência nominal (kVA)
Corrente de excitação
máxima Io (%)
Perdas em vazio máximas
Po(W)
Perdas totais máximas
PT(W)
Impedâncias de
curtocircuito a 75 ºC Z (%)
15
5 3,4 35 140
2,5 10 2,7 50 245
15 2,4 65 330
25 2,2 90 480
24,2
5 3,8 40 155
2,5 10 3,3 55 265
15 3 75 365
25 2,8 100 520
36,2
5 4,1 45 160
2,5 10 3,5 60 270
15 3,2 80 380
25 3 105 545
Tensão máxima do
equipamento (kV eficaz)
Potência nominal (kVA)
Corrente de excitação
máxima Io (%)
Perdas em vazio máximas
Po(W)
Perdas totais máximas
PT(W)
Impedâncias de
curtocircuito a 75 ºC Z (%)
15
15 4 85 410
3,5
30 3,6 150 695
45 3,2 195 945
75 2,7 295 1395
112,5 2,5 390 1890
150 2,3 485 2335
225 2,1 650 3260 4,5
300 1,9 810 4060
24,2
15 4,8 95 470
4 30 4,2 160 790
45 3,6 215 1055
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
47
75 3,2 315 1550
112,5 2,8 425 2085
150 2,6 520 2610
225 2,4 725 3605 5
300 2,1 850 4400
36,2
15 5 100 460
4
30 4,4 165 775
45 3,8 230 1075
75 3,4 320 1580
112,5 3 440 2055
150 2,8 540 2640
225 2,5 750 3600 5
300 2,2 900 4450
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
48
Tabela 02. Transformadores monofásicos e trifásicos fabricados até abril de 2014
(NBR 5440/2000)
Transformadores Monofásicos
Tensão máxima do
equipamento (kV eficaz)
Potência nominal (kVA)
Corrente de excitação
máxima Io (%)
Perdas em vazio máximas
Po(W)
Perdas totais máximas
PT(W)
Impedâncias de
curtocircuito a 75 ºC Z (%)
15
5 4,2 50 160
2,5 10 3,5 60 260
15 13 85 355
25 2,7 120 520
24,2
5 4,8 50 170
2,5 10 4 70 285
15 3,6 90 395
25 3,1 130 580
36,2
5 4,8 50 170
3 10 4 70 285
15 3,6 90 395
25 3,1 130 580
Transformadores Trifásicos
Tensão máxima do
equipamento (kV eficaz)
Potência nominal (kVA)
Corrente de excitação
máxima Io (%)
Perdas em vazio máximas
Po(W)
Perdas totais máximas
PT(W)
Impedâncias de
curtocircuito a 75 ºC Z (%)
15
15 4,8 100 440
3,5
30 4,1 170 740
45 3,7 220 1000
75 3,1 330 1470
112,5 2,8 440 1990
150 2,6 540 2450
225 2,3 765 3465 4,5
300 2,2 950 4310
24,2 15 5,7 110 500
4 30 4,8 180 825
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
49
45 4,3 250 1120
75 3,6 360 1635
112,5 3,2 490 2215
150 3 610 2755
225 2,7 820 3730 5
300 2,5 1020 4620
36,2
15 5,7 110 500
4
30 4,8 180 825
45 4,3 250 1120
75 3,6 360 1635
112,5 3,2 490 2215
150 3 610 2755
225 2,7 820 3730 5
300 2,5 1020 4620
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
50
Tabela 03. Marcas e critérios para sucateamento de transformador de distribuição
Análise dos fabricantes de transformadores de distribuição
Fabricante Critérios para o Sucateamento
Aeg Se tanque Fora de Padrão e/ou Núcleo 90° - Sucatear
Alge Sucatear Todos
Allis - Chalmers Sucatear Todos
Asea Sucatear Todos
Balestro Sucatear Todos
Bbc Sucatear Todos
Belima Se Núcleo 90° - Sucatear
Birigui Sucatear Todos
Bonafé Sucatear Todos
Bransformer Sucatear Todos
Breda Sucatear Todos
Centel Sucatear Todos
Cetel Sucatear Todos
Cetemeq Sucatear Todos
Ciibl Sucatear Todos
Cimen Sucatear Todos
Cimetrafo Sucatear Todos
Coemsa Sucatear Todos
Coensa Sucatear Todos
Comtram Sucatear Todos
Contrafo Sucatear Todos
Contran Sucatear Todos
Cta Sucatear Todos
Ctec Sucatear Todos
Dermac Sucatear Todos
Ebs Sucatear Todos
Eerp Sucatear Todos
Eletro Sucatear Todos
Eletro Transformer Sucatear Todos
Eletropar Sucatear Todos
Eletror Sucatear Todos
Eletrotec Sucatear Todos
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
51
Ensa Sucatear Todos
Entel Sucatear Todos
Esa Sucatear Todos
Framar Sucatear Todos
Ge Sucatear Todos
Gordon Sucatear Todos
Grc Sucatear Todos
Hitachi Sucatear Todos
Hoshiba Sucatear Todos
Inbeel Sucatear Todos
Incotraza Se tanque Fora de Padrão e/ou Núcleo 90° - Sucatear
Induselet Se tanque Fora de Padrão e/ou Núcleo 90° - Sucatear
Intel Sucatear Todos
Italba Sucatear Todos
Itam Até 2009 - Sucatear Todos
Itb Se Núcleo 90° - Sucatear
Itz Sucatear Todos
Jumil Sucatear Todos
Kavea Sucatear Todos
Kee Sucatear Todos
Key Sucatear Todos
Kva Sucatear Todos
Leisiung Sucatear Todos
Lepper Sucatear Todos
Line Sucatear Todos
Marangoni Sucatear Todos
Massayuri Sucatear Todos
Mazzarino Sucatear Todos
Metropole Sucatear Todos
Milano Sucatear Todos
Mitrus Se Núcleo 90° - Sucatear
Mtr Sucatear Todos
Mult Volts Sucatear Todos
Prolec Sucatear Todos
Q-Luz Sucatear Todos
R.M Elétrica Sucatear Todos
Roma Sucatear Todos
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
52
São José Sucatear Todos
Serta Sucatear Todos
Setel Sucatear Todos
Siemens Se não possuir idade na Placa - Sucatear
Super Eletric Sucatear Todos
Super Kva Sucatear Todos
Super Watts Sucatear Todos
Torrani Sucatear Todos
Toshiba Se não possuir idade na Placa - Sucatear
Trafotec Sucatear Todos
Transfarmer Sucatear Todos
Transformax Sucatear Todos
Triel Sucatear Todos
Vegam Sucatear Todos
Vijai Sucatear Todos
Witzler Sucatear Todos
Wtw Sucatear Todos
Zago Se tanque Fora de Padrão e/ou Núcleo 90° - Sucatear
Zilmer Sucatear Todos
______________________________________________________________________________________ NDU-014 Versão 3.0 Outubro / 2020
53
Norma de Distribuição Unificada NDU – 014 Revisão 3.0 – Outubro/2020