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PROBLEMAS AMBIENTAIS CAUSADOS PELOS RESÍDUOS SÓLIDOS, POLUIÇÃO DAS ÁGUAS, ATERRO SANITÁRIO E DESTINAÇÃO CORRETA DO LIXO. Michael Menezes Machado 1 Alcione Adame 2 RESUMO Este presente artigo tem por objetivo, apresentar os problemas relacionados ao uso incorreto dos resíduos sólidos e a devida condução, destinação e tratamento correto, que em síntese, é um tema de grande relevância e preocupação que tem por objetivo chamar a atenção de toda a sociedade e as autoridades competentes. Pois ainda é deficiente a maneira pelas quais as informações chegam até o leitor. Dar um destino correto ao lixo além de ser uma obrigação, também é um assunto que diz respeito a toda a sociedade em geral, pois se os resíduos estão sendo tratado, significa dizer que tem-se uma melhor qualidade de vida, sendo, portanto, estar livre de doenças causadas pelas substâncias que contêm os resíduos sólidos sem contar, a poluição do ar, do solo, dos rios e a quantidade de pragas que o lixo traz. Além disso informar também a importância em termos financeiros que os resíduos sólidos traz para aquele que ver o lixo não só apenas como algo descartável e que apenas agride o meio ambiente. É também uma grande fonte de renda, pois grande parte dos resíduos sólidos podem ser reaproveitado para o nosso benefício. Pois existem muitas indústrias que utilizam o lixo como matéria prima para a fabricação de determinados produtos como: papel, plástico, brinquedos, roupas, adubos com o material orgânico, e muitos outros. Palavras-Chave: Poluição das Águas; Resíduos Sólidos; Coleta; Consequência; Sustentabilidade. ABSTRACT This article aims to present the problems related to the misuse of solid wastes and proper driving, correct treatment and disposal, which in synthesis, is a topic of great importance and concern that aims to draw the attention of the whole society and the competent authorities. Because it is still deficient the way in which the information come 1 Machado, Michael Menezes. Graduando do X Termo do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena. E-mail: [email protected]. 2 Adame, Alcione. Possui graduação em Turismo pela PUC - (2004) e Graduação em Direito pela PUC- (2005). Especialista em Direito Processual pela PUC (2006), Mestre em Direito Ambiental pela UniSantos (2008) e Doutoranda em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Biopirataria, Politica Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Conhecimentos Tradicionais, Áreas Úmidas e Convenção de Ramsar, Recursos. E-mail: [email protected]

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PROBLEMAS AMBIENTAIS CAUSADOS PELOS RESÍDUOS SÓLIDOS,

POLUIÇÃO DAS ÁGUAS, ATERRO SANITÁRIO E DESTINAÇÃO CORRETA DO

LIXO.

Michael Menezes Machado1

Alcione Adame2

RESUMO

Este presente artigo tem por objetivo, apresentar os problemas relacionados ao

uso incorreto dos resíduos sólidos e a devida condução, destinação e tratamento correto, que

em síntese, é um tema de grande relevância e preocupação que tem por objetivo chamar a

atenção de toda a sociedade e as autoridades competentes. Pois ainda é deficiente a maneira

pelas quais as informações chegam até o leitor. Dar um destino correto ao lixo além de ser

uma obrigação, também é um assunto que diz respeito a toda a sociedade em geral, pois se os

resíduos estão sendo tratado, significa dizer que tem-se uma melhor qualidade de vida, sendo,

portanto, estar livre de doenças causadas pelas substâncias que contêm os resíduos sólidos

sem contar, a poluição do ar, do solo, dos rios e a quantidade de pragas que o lixo traz. Além

disso informar também a importância em termos financeiros que os resíduos sólidos traz para

aquele que ver o lixo não só apenas como algo descartável e que apenas agride o meio

ambiente. É também uma grande fonte de renda, pois grande parte dos resíduos sólidos

podem ser reaproveitado para o nosso benefício. Pois existem muitas indústrias que utilizam o

lixo como matéria prima para a fabricação de determinados produtos como: papel, plástico,

brinquedos, roupas, adubos com o material orgânico, e muitos outros.

Palavras-Chave: Poluição das Águas; Resíduos Sólidos; Coleta; Consequência;

Sustentabilidade.

ABSTRACT

This article aims to present the problems related to the misuse of solid wastes and

proper driving, correct treatment and disposal, which in synthesis, is a topic of great

importance and concern that aims to draw the attention of the whole society and the

competent authorities. Because it is still deficient the way in which the information come

1 Machado, Michael Menezes. Graduando do X Termo do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Contábeis

e Administração do Vale do Juruena. E-mail: [email protected].

2 Adame, Alcione. Possui graduação em Turismo pela PUC - (2004) e Graduação em Direito pela PUC- (2005).

Especialista em Direito Processual pela PUC (2006), Mestre em Direito Ambiental pela UniSantos (2008) e

Doutoranda em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Tem experiência na área de

Direito, com ênfase em Direito Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Biopirataria, Politica

Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Conhecimentos Tradicionais, Áreas Úmidas e Convenção de

Ramsar, Recursos. E-mail: [email protected]

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to the reader. Give a correct destination to the trash as well as being an obligation, it is also

a subject that concerns all of society in General, because if the wastes are being treated,

means that one has a better quality of life and thus be free from diseases caused by

substances that contain solid wastes without counting, air pollution, soil , rivers and the

amount of pests that the trash brings. In addition inform the importance in financial terms

that the solid waste brings that to see the litter not only as something disposable and that

only environmentally friendly. It is also a major source of income, because a large part of

the solid waste can be reused for our benefit. Because there are many industries that use

waste as raw material for the manufacture of certain products such as: paper, plastic, toys,

clothing, fertilizers with organic material, and many others.

Keywords: Pollution; Solid Waste; Collecting; Consequence; Sustainability.

SUMÁRIO

1 Introdução; 2 Poluição por resíduos sólidos; 3 Eliminação dos rejeitos perigosos; 4 Urbanização e o lixo

urbano; 5 Natureza Jurídica do lixo; 6 Destino dos resíduos sólidos; 6.1 Depósito a céu a abeto; 6.2 Depósito

em aterros sanitários; 6.3 Usina de Compostagem; 6.4 Usina de reciclagem; 6.5 Usina de incineração; 6.6

Usina de incineração; 7 Gestão integrada de resíduos sólido e sustentabilidade; 7.1 Sustentabilidade; 8 Do

Plano Nacional de Resíduos Sólidos; 9 Coleta seletiva; 10 Educação Ambiental; 11 Aspectos Gerais dos

Resíduos Sólidos; Conclusão

1. INTRODUÇÃO

Na atualidade os problemas relacionado a devida condução e tratamento dos

resíduos sólidos, tem-se grande relevância e que ainda é deficiente a maneira pela quais as

informações chegam até o leitor. Deve-se dar um destino correto ao lixo, em se tratando de

um assunto que diz respeito a toda a sociedade em geral. Pois se os resíduos estão sendo

tratado ou não, porém se for adequadamente tratado, chegara-se a conclusão de que isto

significa dizer que tem - se uma melhor qualidade de vida, sendo, portanto, esta livre de

doenças causadas pelas substâncias que contêm os resíduos sólidos sem contar, a poluição

do ar e a quantidade de pragas que o lixo traz ao meio ambiente urbano, em seguida etapas

de eliminação dos rejeitos perigosos, urbanização e o lixo urbano, natureza jurídica do lixo,

quais devem ser o destino dos resíduos sólidos, o que é deposito a céu aberto e sua

diferença do deposito em aterro sanitário, a função das usinas de compostagem, como se da

o procedimento da usina de reciclagem e por derradeiro os benefícios e malefícios da usina

de incineração para o meio ambiente.

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2. POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS

A poluição por resíduos sólidos é aquela causada pelas descargas de materiais

sólidos, e também por resíduos sólidos de materiais provenientes de operações industriais,

comerciais e agrícolas e de atividades da comunidade.

A importância em tela em respeito a poluição do solo segundo (Lívia

Gaigher Bósio Campello), a poluição do solo é causada por resíduos

sólidos, rejeitos perigosos, agrotóxicos, queimada, atividade de mineração,

cemitério horizontais etc. Assim a disposição inadequada dos resíduos

sólidos, como por exemplo: o lixo doméstico, industrial, hospitalar e

nuclear, pois poderá causar danos ao solo, ao subsolo, ao ar atmosférico, ás

águas subterrâneas e superficiais, á flora, á fauna e á saúde humana.

O mau uso dos agrotóxicos e de rejeitos perigosos pode também contaminar

o solo e os recursos de águas ribeirinhas. Tudo isso, aliado ao

desmatamento, ás queimadas, ao uso inadequado do solo da terra e á seca,

pode levar á desertificação. É um problema bastante comum pois a

sociedade como todo, esquecem do real problema gerado pelo mal uso de

agrotóxicos e como podem influenciar em nossas vidas. Tal fato leva a crer

que foi constatado por dados suficientemente pesquisados que indicaram

que a situação mundial sobre processos de desertificação recai sobre 33%

da Terra, onde vivem aproximadamente 2,6 bilhões de pessoas, números

que corresponde a 42% da população mundial. 3

A disposição sobre as espécies de poluição tem gerado bastantes pré-

questionamentos, pois a forma de como é recolhido esses agentes causadores da poluição

do solo bem como sua forma de tratamento, pois nota-se uma grande deficiência no

controle desses resíduos sólidos.

Sendo portanto, este estudo identifica as grandes irregularidades em respeito a

poluição do solo, poderíamos agir de forma progressiva de modo a chamar a atenção das

autoridades competente, pois se não buscarmos uma solução para o controle desses

resíduos sólidos que prejudicam não só o solo mais também a população em geral e a fauna

e a flora. Poderíamos fazer a diferença com campanhas pacíficas para chamar a atenção

das autoridades competentes, que nem sempre tem agido da melhor forma, para que

pudesse achar respostas que vão de encontro aos propósitos da sociedade.

3 Lívia Gaigher Bósio Campello, O problema da desertificação, RDA, 45:129, jan./mar.2007.

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Este estudo se diferencia do demais por utilizar de métodos que buscam uma

maneira relativa e inteligente que pode ser usados nas organizações que buscam o controle

dos resíduos sólidos que serão apresentados no seguimento do presente artigo.

Por isso gera um fator que de acordo com a (Livia Gaigher Bósio Campello), que

mostram os detalhes suficientes que vão de encontro com os objetivos elencados e

conveniências nos aspectos apresentados bem como a maneira adequada de utilização dos

resíduos como maior segurança, e com menos agressividade para com o solo.

3. ELIMINAÇÃO DOS REJEITOS PERIGOSOS

É um meio de proteção muito utilizado que serve para a eliminação do resíduo

muito perigoso industrial que é extremamente eficiente e sofisticado. Muitos desses

resíduos precisa ser eliminados em aterros sanitários devidamente licenciados pela

CETESB mediante utilização de EPIA/RIMA.

Como nos mostra (Marcus Vinicius Marinho), que nos diz que esse aterro

deve conter: uma camada de impermeabilização de base, com a utilização

de manta de polimento de alta densidade (PEAD), de dois milímetros de

espessura; um sistema de drenagem de líquidos percolados, com a aplicação

de mantas geotêxtis, britas e tubos de PEAD; um sistema de drenagem de

águas pluviais, com a construção de canaletas de concreto e estruturas

flexíveis com a utilização de gabões nos dispositivos de vazão, sedimentado

e dissipação das águas; e um sistema de tratamento de líquidos percolados.

A manutenção do sistema de eliminação desses resíduos deve ser mediante

controle de admissão de resíduos sólidos, fechamento e segurança das

glebas, formação de um cinturão verde (árvores nativas) e monitoramento

de águas superficiais e subterrâneas. 4

Esta previsto na Lei. 12.305/2010 que Institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, esta lei vem como peça chave para mostrar o principais mecanismo de utilização

desses resíduos, e suas principais diretrizes relativas a gestão com parceria com o poder

público e o privado.

Art. 10 Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo

sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as

diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos

4 Marcus Vinícius Marinho, Nova bactéria é arma contra poluição do solo, Folha de S. Paulo, 3 jul.2003, p.A-14.

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sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do

poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

§ 10 Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas,

de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela

geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à

gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.

§ 2º Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por

legislação específica.5

A manutenção dos diversos e grandes sistemas de eliminação desses resíduos, se

deve mediante um grande controle de admissão de resíduos sólidos, tem-se o fechamento e

a seguranças faz glebas que são uma espécies de formação de cinturão verdes de árvores

nativas, que possui um grande monitoramento de águas superficiais e subterrâneas. Uma

grande forma de manutenção periódica viabiliza não só as espécies de monitoramento que

norteia o sistema de controle dos resíduos, mais sim as unidades de coletas que são

responsáveis por grande parte do mapeamento de onde os principais resíduos que mais

prejudicam o solo, a água e os grandes recursos minerais e a grande importância das

unidades de coletas dos resíduos.

4. URBANIZAÇÃO E O LIXO URBANO

Quando se falar em Urbanização, poderia dizer que consiste em uma forma pela

qual a população urbana cresce em proporção muito superior á população rural. Pois sendo

que, não esta levando em conta a forma do crescimento das cidades, mais sim o fenômeno

de concentração urbana. Percebemos que a sociedade em determinado país, quando recebe

o digamos, a forma urbanizada, é quando a população urbana ultrapassa a 50% em relação

a população rural. Por isso, um dos índices, mostrados pelos grandes economistas, que para

definir um país que se desenvolve, revela que tem que esta no seu grau de urbanização. A

partir do controle de coleta, dos diversos resíduos sólidos, poderia mudar os problemas

causados por estes sistemas, pois com base nas campanhas de controle do lixo, a forma

correta de armazenamento pode muito ser considerada uma conduta social ligada ao

fenômeno da produção e controle dos resíduos.

5 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010. Disponível

em ᐳ www.jusbrasil.com.br ᐸ. Acessado em 12/04/2015.

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A revolução industrial em um breve histórico, foi o grande marco impulsionador

do fenômeno da urbanização, sendo por muitos considerada a transformação social

mais importante do século XX.

No Brasil, o fenômeno da urbanização intensificou-se nos idos da década de 60. Na

de 70, o crescimento da população urbana superou o da população total, enquanto

nos idos de 80 cresceu mais de 40%, sendo que o aumento total da população

brasileira foi de 27%.

A migração para os grandes centros é ocasionada pelo abandono do meio rural com

a ilusão de que eles proporcionarão soluções para os problemas da população rural.

Todavia, verificamos que fato distinto é o que ocorre, uma vez que os migrantes,

sem qualificação profissional, acabam desenvolvendo, na maioria dos casos,

fenômenos outros, como o do subemprego. Com isso, o resultado é o aumento das

favelas, da pobreza e da criminalidade.

Esses fatos, associados aos problemas econômicos-sociais dos grandes centros

urbanos, agravam as condições de vida nestes com a contínua degradação do meio

ambiente, trazendo implicações á saúde e deterioração dos serviços e do próprio

tratamento dos resíduos sólidos. Além disso, a má distribuição do parcelamento e

ocupação do solo urbano constitui fator de depreciação da qualidade de vida.

Com tudo isso, o lixo urbano está inserido no fenômeno da urbanização e atinge de

forma considerável os valores ambientais.6

Estima-se a inexistência em diversos locais por serem adequados para a

disposição do lixo grandemente gerado nas grandes cidades, o que acaba exigindo que se

faça em áreas inadequadas ou explorando os limites técnicos que regulam a vida dos

aterros sanitários.

Dessa forma, lixo e consumo são espécies de fenômenos indissociáveis,

porquanto o aumento da sociedade de consumo, associado ao desordenado processo de

urbanização, proporciona maior acesso aos produtos (os quais têm sua produção

impulsionada por técnicas avançadas.

6 Conforme noticiou o Jornal O Estado de S. Paulo (21-8-2010), mais de 70% das cidades brasileiras despejam

lixo em locais que não são adequados: vazadouros a céu aberto e aterros controlados. Somente 27,7% dão o

destino correto aos resíduos sólidos, em aterros sanitários. A forma mais irregular de destinação, os lixões, foi a

que menos cresceu nos últimos oito anos, mas ainda é a opção de cinco em cada dez prefeituras (50,8%).

Entre os municípios com serviços de coleta, o uso dos lixões foi maior nos Estados das Regiões Nordeste e Norte

(89,3% e 85,5%). O Estado que mais usa este destino é o Piauí (97,8%), seguindo o Maranhão (96,1%). Os

Estados que apresentaram menor proporção de municípios que usam lixões são os das Regiões Sul e Sudeste

(15,8% e 18,7%).

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Dessa forma, o lixo urbano atinge de forma mediata e imediata os valores

relacionados com saúde, habitação, lazer, segurança, direito ao trabalho e tantos outros

componentes de uma vida saudável e com qualidade. Além de atingir o meio ambiente

urbano, verificamos que o lixo é um fenômeno que agride também o próprio meio

ambiente natural (agressão do solo, da água, do ar), bem como o cultural, desconfigurando

valores estéticos do espaço urbano.

De um modo geral o lixo tem suas características baseada dos eventuais eventos

de crescimento urbanísticos, assim como, uma cidade que cresce na maioria das vezes

desordenadamente devido ao fluxo de pessoas que deixam digamos sua pequena terra

nada, e passa assim a lotar os grandes centros urbanos que a cada dia vem crescendo e

recendo milhares de pessoas.

Dessa forma o lixo inserido na grande urbanização, fica cada vez mais difícil o

modo de absorção e controle desses resíduos, pois sendo que a sociedade produzem

milhões de toneladas de lixo por mês, e dessa forma o Estado fica numa sai justa, pois

inúmeras vezes o lixo urbano é levado para outros aterros em diversas cidades por não ter

espaço suficiente e locais, para então assim aderir e controlar os resíduos sólidos.

Isso ressalta como uma idêntica maneira de que precisamos nos organizar e não

esperar somente para que o ente público execute no que é de direito, por sua vez, se

tivéssemos consciência e então assim separar os resíduos sólidos de maneira correta, sem

via de dúvida os grande centros urbanos não sofreriam com tamanha destruição por força

da natureza e não seríamos tão agredidos por apenas dar destino correto ao lixo.

5. NATUREZA JURÍDICA DO LIXO

Nos moldes do art.3º, III, da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei

n.6.938/81), o lixo urbano possui a natureza jurídica de poluente. Como sabemos,

determina aludido dispositivo que a poluição existe quando há degradação da

qualidade ambiental resultante das atividades que direta ou indiretamente:

prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições

adversas ás atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota;

afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou

energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.7

7 Fiorillo, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental brasileiro / Celson Antonio Pacheco Fiorillo. –

12. ed. Ver., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2011. pp. 352

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Diante do exposto, podemos entender que o lixo urbano, a partir do momento em

que é produzido, já possui a natureza jurídica de poluente, pois, quando assume o papel de

resíduo urbano, deverá ser submetido a um processo de tratamento que, por isso só,

constitui, mediata ou imediatamente, forma de degradação ambiental.

Vale ressaltar que o lixo apesar de uma classificação própria, sendo: I – resíduos

perigosos e classe II – não inertes; em prosseguimento, mesmo adiante, não desnatura o

seu papel de poluente. Na verdade, a causa de existência de resíduos sólidos tendo como

níveis aceitáveis de poluição e determina-se de modo que terá um tratamento do lixo de

acordo com as normas estabelecidas.

Considerando resíduo o lixo urbano que não consegue reintegrar-se com o meio e

tendo a natureza jurídica de poluente, poderíamos afirmar, nesta linha de

raciocínio, que todos nós somos seres poluidores, porquanto, atrelados ás nossas

funções vitais, possuímos um sistema excretor. Deve-se verificar, a título de

exemplo, que os excrementos humanos constituem parcela notável do lixo urbano.8

6. DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com o autor Luiz Paulo Sirvinskas, é um tema de grande relevância,

pois dar destino aos resíduos sólidos é uma questão de saúde publica, e tem como

competência a Engenharia Sanitária na utilização dos critérios adequados para dar destino

final e correto para os resíduos. Vejamos aqui as mais a maneira mais conhecida e formas

de utilização dos resíduos sólios: depósito a céu aberto; depósito em aterro sanitário; usina

de compostagem; usina de reciclagem; usina de incineração; usina verde.

6.1 DEPÓSITO A CÉU ABERTO

Segundo o autor Luiz Paulo Sirvinskas, o depósito a céu aberto é a disposição do

lixo em local inadequado para essa finalidade, causando danos ao ar atmosférico, ao solo e

subsolo, ao lençol freático, aos rios e mananciais, á flora, a fauna e, principalmente, á

saúde humana, além de atrair como: ratos9 e pulga (leptospirose, peste bubônica, tifo

murinho); mosca (febre tifoide, cólera, amebíase); mosquito (malária, febre amarela,

dengue, leishmaniose); barata (febre tifoide, cólera, giardíase), gado e porco (teníase,

8 Fiorillo, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental brasileiro / Celson Antonio Pacheco Fiorillo. –

12. ed. Ver., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2011. pp. 353 9 O rato de esgoto gesta 4 a 6 vezes por ano, com 8 a 12 filhos por cria, e aos 2 a 3 meses alcançam sua

maturidade sexual.

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cisticercose); cão e gato (toxoplasmose). O lixão é comumente utilizado na periferia e tem

sido um dos maiores problemas enfrentados pelas prefeituras.

6.2 DEPÓSITO EM ATERROS SANITÁRIOS

O aterro sanitário é a forma de disposição do lixo mais adequada e econômica. A

escolha do local deverá ser submetida ao estudo de impacto ambiental

(EPIA/RIMA) para constatar a viabilidade da implantação do aterro. Todas as

alternativas devem ser analisadas para evitar o menor impacto ambiental possível.

A implantação do aterro deverá observar os seguintes requisitos: a área deverá ser

totalmente impermeabilizada para proteger o solo e subsolo; o lixo depositado será

coberto por uma camada de terra no final, impedindo a proliferação e emanação do

odores do aterro á vizinhança (estudo da direção do vento durante o ano todo; os

gases (gás metano) serão queimados por meio de queimadores próprios; o chorume

(líquido proveniente da decomposição dos resíduos do lixo) deverá ser armazenado

em poços apropriados e tratados em estação de esgoto.10

Portanto, um aterro sanitário terá que atender as exigências dos órgãos públicos

para que ela se estabeleça, visando uma, um local seguro que não gerará um

impacto degradante ao meio ambiente. Estima-se que o aterro sanitário dure pouco

tempo devido a grande quantidade de resíduos sólidos produzidos a cada dia. São

Paulo é o maior produtor de resíduos sólidos, do país, com mais 17 mil toneladas

de lixo diariamente.11

Os impactos ambientais causados pela má destinação do lixo, pois é muito

preocupante, devido inúmeras vezes pessoas até então separarem o lixo dentro de casa.

Mas quando passa os colhedores acabam misturando tudo, ou seja, aquela preocupação que

tinha em cuidar do lixo e dos resíduos sólidos, acabou não prosperando. Quando não da

uma destinação correta, a cidade sofre as consequências da natureza, pois o lixo espalhado

pela rua, principalmente quando chove, acabam entupindo bueiros, impedindo a passagem

da água e provocando enchentes e inundações.

10

Sirvinskas, Luis Paulo. Manual de direito ambiental / Luis Paulo Sirvinskas. – 9. ed. Ver., atual. e ampl. – São

Paulo : Saraiva, 2011. Pp. 350 11

Programa mais você com Ana Maria Braga, no canal da Globo. visto no dia 13/04/2015, segunda-feira as

08:30.

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“Portanto, o aterro sanitário é o método mais adequado e barato, e não coloca em

risco a saúde, a segurança pública e o meio ambiente desde que implantado da maneira

correta e dentro dos padrões da vigilância sanitária. ”12

6.3 Usina de Compostagem

Compostagem segundo Luiz Paulo Sirvinskas, é o processo pelo qual os resíduos

sólidos domésticos são transformados em composto para a utilização como adubo no setor

agrícola. Esse processo ocorre no interior das usinas de compostagem com a transformação

da matéria orgânica em composto. A usina necessita de grande espaço para a instalação do

equipamento e para a cura (secagem) e estocagem dos compostos. Vale ressaltar ainda que

o processo de compostagem não elimina os agentes patogênicos ou os parasitas e, por essa

razão, pode contaminar os alimentos adubados por esse composto. Não existe ainda uma

legislação que discipline os critérios para a utilização da usina de compostagem com a

finalidade de evitar essa contaminação.

O material usado como adubo nas plantações, material este de origem de resíduos

sólidos, é bastante gratificante, mais que ainda pode ser muito perigoso como dito acima

pelo autor, que os produtos colhidos nas plantações podem esta contaminados, uma vez

que os critérios de compostagem não elimina os resíduos perigoso que esta contido nos

adubos, podendo gerar problemas de saúde.

6.4 Usina de reciclagem

Segundo o autor Luis Paulo Sirvinskas, a reciclagem é o método de

reaproveitamento de determinados materiais como, por exemplo, vidro, papel, papelão,

jornal, alumínio, plástico, metal etc. Trata-se de uma coleta seletiva. Pois no Brasil, em que

o lixo é colocado em compartimentos próprios para cada tipo de material (papel, vidro, lata

etc). Essa coleta procura separar o lixo orgânico dos materiais inorgânicos. Há muitas

cooperativas que funcionam no Brasil utilizando-se somente de coleta seletiva. A usina de

reciclagem só de desenvolverá por meio da educação ambiental ministrada, principalmente

nas escolas.

Por esta razão, uma vez que a partir do momento que é levado para a sala de aula,

fica mais fácil a conscientização, sendo que mostrando o problema, e a forma para que

12

Sirvinskas, Luis Paulo. Manual de direito ambiental / Luis Paulo Sirvinskas. – 9. ed. Ver., atual. e ampl. – São

Paulo : Saraiva, 2011. Pp. 351

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possamos ter uma qualidade de vida melhor, começa com a educação, pois só assim

poderemos melhorar a qualidade de vida, e dar destino correto aos resíduos sólidos.

6.5 Usina de incineração

A incineração é um dos processos mais eficazes, mas economicamente custoso.

Esse processo segundo o autor Luis Paulo Sirvinskas, esse processo transforma a queima

dos resíduos sólidos em material inerte, reduzindo, sobremaneira, o espaço ocupado. A

usina de incineração deve ser utilizada mais para a queima de lixo hospitalar.

A instalação da usina de incineração deve seguir critérios técnicos adequados

para evitar a poluição do ar atmosférico. Normalmente isso é feito com a instalação de

precipitadores eletrostáticos ou sistema com base em cortinas de água para evitar a

poluição do ar atmosférico.

O CONAMA, mediante a Resolução n.6, de 19 de setembro de 1991, dispõe sobre a

incineração de resíduos sólidos utilizados por estabelecimentos de saúde, portos e

aeroportos.

6.6 Usina de incineração

É a nova tecnologia disponível para o tratamento do lixo, transformando-o em

energia. Foi criada uma usina verde experimental no interior do Campus da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para apurar sua eficiência e custo.

Ela processa cerca de 30 toneladas de resíduos diariamente convertidos em 440

kilowatts de energia consumida pela própria Universidade. O processamento do

lixo pode ser feito em pequenas unidades instaladas em uma área equivalente a um

campo de futebol. Sua capacidade é de 150 toneladas por dia, que pode gerar até

2,6 megawatts de energia.13

7. GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDO E SUSTENTABILIDADE

Segundo o autor, o modelo de gestão integrada de resíduos sólidos pode ser

entendido como “um conjunto de referências político – estratégicas, institucionais,

legais, financeiras, sociais e ambientais capaz de orientar a organização do setor”.

São elementos indispensáveis na composição de um modelo de gestão:

reconhecimento dos diversos agentes sociais envolvidos, identificando os papéis por

eles desempenhados e promovendo sua articulação; integração dos aspectos

13

César de Oliveira, Usina verde também é opção, Mogi News, 6 de maio 2007, Suplemento Especial – Mogi

versus Lixão, p.12. ᐳ www.fld.com.br/catadores/pdf/politica_residuos_solidos.pdf ᐸ, pp. 18 a 19.

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técnicos, ambientais, sociais, institucionais e políticos para assegurar a

sustentabilidade; consolidação da base legal necessária e dos mecanismos que

viabilizem a implementação das leis; mecanismos de financiamento para a auto

sustentabilidade das estruturas de gestão e do gerenciamento; informação à

sociedade, empreendida tanto pelo poder público quanto pelos setores produtivos

envolvidos, para que haja controle social; sistema de planejamento integrado,

orientando a implementação das políticas públicas para o setor (Lima, 2001).14

Sendo portanto que a maneira pelo qual o Sistema de Gestão Integrada se torna

um processo de longa duração, que a princípio segue todos os acordos dos participantes que

privilegia com os diversos setores da administração publica e da sociedade para que então

assim o plano possa respeitar as características dos hábitos e a espécie de cultura dos

moradores. A participação de todos os segmentos e classe de toda a sociedade faz com que o

plano seja de todos e permita então a implantação e manutenção de um sistema sustentável

que atenda de fato às demandas da comunidade.

Pelo Sistema de Gestão Integrada, a sociedade deverá buscar meios para que os

torne suficiente planejados, assim sendo que todos estão agindo para um interesse único, que

é a forma de sustentação dos hábitos e qualidade de vida dos indivíduos.

7.1 SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade do processo segundo o autor, está assentada no atendimento às

dimensões ecológica, ambiental, cultural, demográfica, social, institucional, política,

econômica, legal e ética. A relação destas dimensões com a elaboração e

implementação do plano de gestão e com a garantia da continuidade e da qualidade

do sistema de gestão integrada que se deseja, é descrita a seguir, juntamente com

algumas ações práticas que ajudam a garantir a sustentabilidade do processo.

ECOLÓGICA: é a base física do processo de crescimento e tem como objetivo

conservar e usar racionalmente os recursos naturais. AMBIENTAL: considera a

capacidade de suporte dos ecossistemas de absorver ou se recuperar da degradação

causada pela ação antrópica e busca o equilíbrio entre as taxas de geração de

resíduos e a recuperação da base natural de recursos. É necessária uma preocupação

constante com o aperfeiçoamento das matrizes de produção e de consumo. Na

matriz de produção, devem ser buscadas a melhoria da qualidade dos produtos e a

otimização das embalagens, visando diminuir a quantidade de materiais

desnecessários agregados na cadeia produtiva. Na matriz de consumo, os usuários

podem fazer uma grande diferença, tratando e se relacionando com seus resíduos de

14

Mesquita Júnior, José Maria de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos / José Maria de Mesquita Júnior.

Coordenação de Karin Segala. – Rio de Janeiro: IBAM, 2007.

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forma responsável. Essa atuação passa por um consumo com viés ecológico,

privilegiando produtos com selo verde ou selo social, que tragam garantia de pouca

ou nenhuma geração de resíduos, com embalagens retornáveis e recicláveis15

.

8. DO PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 15. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, o

Plano Nacional de Resíduos Sólidos, com vigência por prazo indeterminado e

horizonte de vinte anos, a ser atualizado a cada quatro anos, tendo como conteúdo

mínimo: I – diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos; II – proposição de

cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; III – metas de

redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade

de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente

adequada; IV – metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas

unidades de disposição final de resíduos sólidos; V – metas para a eliminação e

recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de

catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; VI – programas, projetos e ações

para o atendimento das metas previstas; VII – normas e condicionantes técnicas

para o acesso a recursos da União, para a obtenção de seu aval ou para o acesso a

recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade federal, quando

destinados a ações e programas de interesse dos resíduos sólidos; VIII – medidas

para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resí- duos sólidos; IX –

diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resí- duos sólidos

das regiões integradas de desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem

como para as áreas de especial interesse turístico; X – normas e diretrizes para a

disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos; Política Nacional de

Resíduos Sólidos 2ª edição 19 XI – meios a serem utilizados para o controle e a

fiscalização, no âmbito nacional, de sua implementação e operacionalização,

assegurado o controle social. Parágrafo único. O Plano Nacional de Resíduos

Sólidos será elaborado mediante processo de mobilização e participação social,

incluindo a realização de audiências e consultas públicas16

.

O presente plano tem por objetivo, o controle pelos órgãos responsáveis pelo

departamento ao qual esta inserido, e também os métodos utilizados para uma melhor

elucidação no que diz respeito ao plano de manejo, ao métodos a serem usados para uma

melhor forma de tratamento desses resíduos considerados poluentes e prejudicial para a

saúde. Através deste plano, o Estado passou a interagir com a sociedade, mostrando

15

Mesquita Júnior, José Maria de Gestão integrada de resíduos sólidos / José Maria de Mesquita Júnior.

Coordenação de Karin Segala. – Rio de Janeiro: IBAM, 2007.pp. 16 16

Câmara dos Deputados. Centro de Documentação e Informação – CEDI. POLÍTICA NACIONAL DE

RESÍDUOS SÓLIDOS. ed 2º, Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. Disponível no em

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interesse para que a sociedade tenha uma melhor qualidade de vida, e que os resíduos

sólidos possam esta controlado.

9. COLETA SELETIVA

A coleta seletiva, por definição, consiste na coleta de resíduos sólidos previamente

segregados, conforme sua constituição ou composição (art. 3º, inciso V), como já

ocorre em algumas localidades com os resíduos de plásticos, papel, vidro, metal e

orgânicos.

Com efeito, a segregação e a coleta seletiva de resíduos sólidos, além de aumentar

o seu valor agregado, permitem reduzir os custos dos processos voltados ao seu

reaproveitamento.

A coleta seletiva deve integrar os Planos de Resíduos Sólidos, em especial aos

Municipais, e constitui instrumento essencial para se atingir a meta de disposição

final ambientalmente adequada dos rejeitos prevista na PNRS.17

Por meio da coleta seletiva é possível dar destinação final adequada aos resíduos

sólidos, possibilitando não só a reciclagem, mas também eventual reutilização, recuperação

e aproveitamento energético, ou até mesmo a sua destinação para a compostagem. Além

disso, permite a identificação dos resíduos sólidos não passíveis de tratamento e

recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis e, bem

assim, a disposição final desses rejeitos em aterros.

Os resíduos hospitalares, segundo Edis Milaré, são comparados aos domiciliares,

por serem mais, menos ou igualmente perigosos? A literatura sobre o assunto tende a

minimizar a periculosidade, mais especificamente, a condição infecciosa dos resíduos

hospitalares. Nos Estados Unidos, até 1986 a EPA “afirmava que não existia definição

universalmente aceita para resíduos infecciosos”. Além disso a EPA “ainda não estabeleceu

regulamentação para gerenciamento de resí- duos infecciosos, que teria efeito de lei, nem

trouxe a público qualquer evidência de que haveria de fato uma relação entre o gerenciamento

ou o mau gerenciamento de resíduos hospitalares infecciosos e doenças infecciosas

produzidas na população que tenha estado em contato com tais resíduos” (Dugan, 1992: 348).

10. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

17

Milaré, Édis. Direito do ambiente : a gestão ambiental em foco : doutrina, jurisprudência, glossário / Édis

Milaré; prefácio Ada Pelegrini Grinover. – ed. Ver., atual. e reform. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,

2011. Lei 12.205/2010, art.24 e §2º.

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Por certo considerando o nível de envolvimento e engajamento exigido da

coletividade para a implantação dos mecanismos previsto em lei, nada mais seria

apropriado do que lembranças do legislador de incluir a educação ambiental em

instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Neste sentido, além do que já prevê a Lei 9.795 de 27.04.2010, a educação que

instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, cabe destacar o que dispôs o

Regulamento da PNRS acerca da educação ambiental na gestão de resíduos

sólidos.

O fato de haver previsão legal de mecanismos de educação ambiental a exime aa

responsabilidade prevista em lei dos fornecedores quanto a lei prestar informações

adequadas aos consumidores no que toca ao cumprimento dos sistemas de logística

reserva e coleta seletiva instituídos.18

11. ASPECTOS GERAIS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A fundamentação do requisito abaixo retrata a forma como os centro urbanos que

ao mesmo tempo que produz grande quantidade de resíduos que são capazes de gerar

transtorno para a população, também poderá ser reutilizado de modo que não prejudique o

ambiente ao qual esta inserido. Muitas das alternativas tem-se levado bastante discussão

sobre a forma correta de lidar com os grandes centros urbanos que são os grandes causadores

de produção de resíduos sólidos que que muitas dessas matéria prima, pode ser útil se der

destinação correta.

A crescente e diversificada geração de resíduos sólidos nos meios urbanos e a

necessidade de sua disposição final, alinham-se entre os mais sérios problemas

ambientais enfrentados indistintamente por países ricos e industrializados e pelas

sociedade em desenvolvimento. Em face dessa crescente produção de resíduos e da

maior disponibilização dos serviços urbanos de limpeza e coleta, há maiores

preocupações quanto ao destino final dos resíduos. Dentre as alternativas de

destino final, destacam-se: aterro sanitários, incineração, reaproveitamento,

reciclagem e compostagem. Atualmente o aterro sanitário é a solução mais

adotada, devido ao menor custo de investimento e operação em relação a

incineração, por exemplo. No entanto, devido a carência de áreas próprias para a

deposição de resíduos na grande cidades, tem-se implementado outras formas de

tratamento e destino final dos resíduos. A redução na origem é uma forma paliativa

de solução ao problema de geração de resíduos. Essa medida requer modificações

18

Milaré, Édis. Direito do ambiente : a gestão ambiental em foco : doutrina, jurisprudência, glossário / Édis

Milaré; prefácio Ada Pelegrini Grinover. – ed. Ver., atual. e reform. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,

2011.pp. 883

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em processos e equipamento de produção de materiais, substituição destes, além de

alterações de hábitos e até produtos a adquirir. As embalagens plásticas, de

papelão, de alumínio, e mistas que tiveram incremento elevado na ultima década.

Em vista destas constatações, tem-se buscado alternativas de reaproveitamento e

reciclagem dos resíduos sólidos urbanos.

A reutilização consiste no aproveitamento do material das condições em que é

descartado submetendo-o a pouco ou a nenhum tratamento, exigindo apenas de

limpeza e colocação de etiquetas, com é o caso de caixas, tambores e garrafa de

vidro. A reciclagem é o processo pelo qual os resíduos retornam ao sistema

produtivo com matéria-prima. A compostagem, ou seja, a arte de fazer composto

orgânicos a partir de resíduos, é um método de decomposição do material

biodegradável existente nos resíduos , sob condições adequadas de forma a obter

compostos orgânico (húmus) para utilização na agricultura. Esse processo, além de

diminuir o volume, fornece como produto final um composto que pode ser

utilizado na fertilização do solo. A contextualização desses procedimentos no

presente texto está caracterizado pelos estudos de compostagem,

vermicompostagem e reaproveitamento de entulhos da construção civil.19

CONCLUSÃO

Sendo assim posso concluir que a forma de controle para o tratamento dos

resíduos que tanto prejudicam o meio ambiente, esta sendo melhorado a cada dia, pois

estudos revelam que de praxe, a melhor alternativa ainda é o aterro sanitário que, acabam

não deixando exposto o lixo a céu aberto. E pela incineração, é bastante usado nos lixo

hospitalares, mais que tem que ter um grande cuidado e controle, pois a fumaça que sai das

chaminés, possui bastante composto químico que prejudicam a saúde, pois quem inalar a

fumaça tóxica poderá ter problemas grave. Mais entre outros o modo de utilização dos

resíduos esta passando por diversas adaptações, pois existem muitas campanhas de

reciclagem, e 35% do resíduos pode ser utilizado para reciclar. Uma grande questão poderia

ser formada, na questão da sustentabilidade, pois o lixo que inúmeras vezes são levado para

os aterros, muitos desses poderiam ser reutilizados, para voltar novamente para a sociedade

na forma de um papel, camisa, móveis e entre outros. Esta é uma grande questão, que não

depende apenas das autoridades competentes para que possamos ter uma vida melhor, sem

problemas por causa dos compostos químicos, sendo que para que houvesse uma mudança

19

FERREIRA, J. A. Solid Waste and Nosocomial Waste: An Ethical Discussion. Cad. Saúde Públ., Rio de

Janeiro, 11 (2): 314-320, Apr/Jun, 1995. Resíduos Sólidos Provenientes de Coletas Especiais. Pp 45

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poderíamos mudar a partir das residências que vivemos. Concluindo, queremos reafirmar a

convicção de que precisamos de soluções técnicas para nossos problemas, dentro da

racionalidade de nossas necessidades e possibilidades. Um primeiro passo será ampliarmos

os conhecimentos sobre os resíduos em geral e os hospitalares em particular, para então

desenvolvermos, com mais segurança, uma proposta de gerenciamento adequada à nossa

realidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRA, J. A. Solid Waste and Nosocomial Waste: An Ethical Discussion. Cad. Saúde Pública.,

Rio de Janeiro, 11 (2): 314-320, Apr/Jun, 1995.

FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental brasileiro / Celso Antonio

Pacheco Fiorillo. – 12. Ed. Ver., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2011.

MESQUITA JUNIOR, José Maria de. Gestão integrada de resíduos sólidos / José Maria de

Mesquita Júnior. Coordenação de Karin Segala. – Rio de Janeiro: IBAM, 2007.

Milaré, Édis. Direito do ambiente : a gestão ambiental em foco : doutrina, jurisprudência,

glossário / Édis Milaré; prefácio Ada Pelegrini Grinover. – ed. Ver., atual. e reform. – São

Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.

SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental / Luís Paulo Sirvinskas. – 9. Ed.

Ver., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2011.

SITE PESQUISADO NA INTERNET:

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei

12.305/2010. Disponível em ᐳ www.jusbrasil.com.br

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CÉSAR DE OLIVEIRA, Usina verde também é opção, Mogi News, 6 de maio 2007,

Suplemento Especial – Mogi versus Lixão, p.12. ᐳ

www.fld.com.br/catadores/pdf/politica_residuos_solidos.pdf ᐸ, pp. 18 a 19.