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PROBLEMAS AMBIENTAIS CAUSADOS PELOS RESÍDUOS SÓLIDOS,
POLUIÇÃO DAS ÁGUAS, ATERRO SANITÁRIO E DESTINAÇÃO CORRETA DO
LIXO.
Michael Menezes Machado1
Alcione Adame2
RESUMO
Este presente artigo tem por objetivo, apresentar os problemas relacionados ao
uso incorreto dos resíduos sólidos e a devida condução, destinação e tratamento correto, que
em síntese, é um tema de grande relevância e preocupação que tem por objetivo chamar a
atenção de toda a sociedade e as autoridades competentes. Pois ainda é deficiente a maneira
pelas quais as informações chegam até o leitor. Dar um destino correto ao lixo além de ser
uma obrigação, também é um assunto que diz respeito a toda a sociedade em geral, pois se os
resíduos estão sendo tratado, significa dizer que tem-se uma melhor qualidade de vida, sendo,
portanto, estar livre de doenças causadas pelas substâncias que contêm os resíduos sólidos
sem contar, a poluição do ar, do solo, dos rios e a quantidade de pragas que o lixo traz. Além
disso informar também a importância em termos financeiros que os resíduos sólidos traz para
aquele que ver o lixo não só apenas como algo descartável e que apenas agride o meio
ambiente. É também uma grande fonte de renda, pois grande parte dos resíduos sólidos
podem ser reaproveitado para o nosso benefício. Pois existem muitas indústrias que utilizam o
lixo como matéria prima para a fabricação de determinados produtos como: papel, plástico,
brinquedos, roupas, adubos com o material orgânico, e muitos outros.
Palavras-Chave: Poluição das Águas; Resíduos Sólidos; Coleta; Consequência;
Sustentabilidade.
ABSTRACT
This article aims to present the problems related to the misuse of solid wastes and
proper driving, correct treatment and disposal, which in synthesis, is a topic of great
importance and concern that aims to draw the attention of the whole society and the
competent authorities. Because it is still deficient the way in which the information come
1 Machado, Michael Menezes. Graduando do X Termo do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Contábeis
e Administração do Vale do Juruena. E-mail: [email protected].
2 Adame, Alcione. Possui graduação em Turismo pela PUC - (2004) e Graduação em Direito pela PUC- (2005).
Especialista em Direito Processual pela PUC (2006), Mestre em Direito Ambiental pela UniSantos (2008) e
Doutoranda em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Tem experiência na área de
Direito, com ênfase em Direito Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: Biopirataria, Politica
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Conhecimentos Tradicionais, Áreas Úmidas e Convenção de
Ramsar, Recursos. E-mail: [email protected]
to the reader. Give a correct destination to the trash as well as being an obligation, it is also
a subject that concerns all of society in General, because if the wastes are being treated,
means that one has a better quality of life and thus be free from diseases caused by
substances that contain solid wastes without counting, air pollution, soil , rivers and the
amount of pests that the trash brings. In addition inform the importance in financial terms
that the solid waste brings that to see the litter not only as something disposable and that
only environmentally friendly. It is also a major source of income, because a large part of
the solid waste can be reused for our benefit. Because there are many industries that use
waste as raw material for the manufacture of certain products such as: paper, plastic, toys,
clothing, fertilizers with organic material, and many others.
Keywords: Pollution; Solid Waste; Collecting; Consequence; Sustainability.
SUMÁRIO
1 Introdução; 2 Poluição por resíduos sólidos; 3 Eliminação dos rejeitos perigosos; 4 Urbanização e o lixo
urbano; 5 Natureza Jurídica do lixo; 6 Destino dos resíduos sólidos; 6.1 Depósito a céu a abeto; 6.2 Depósito
em aterros sanitários; 6.3 Usina de Compostagem; 6.4 Usina de reciclagem; 6.5 Usina de incineração; 6.6
Usina de incineração; 7 Gestão integrada de resíduos sólido e sustentabilidade; 7.1 Sustentabilidade; 8 Do
Plano Nacional de Resíduos Sólidos; 9 Coleta seletiva; 10 Educação Ambiental; 11 Aspectos Gerais dos
Resíduos Sólidos; Conclusão
1. INTRODUÇÃO
Na atualidade os problemas relacionado a devida condução e tratamento dos
resíduos sólidos, tem-se grande relevância e que ainda é deficiente a maneira pela quais as
informações chegam até o leitor. Deve-se dar um destino correto ao lixo, em se tratando de
um assunto que diz respeito a toda a sociedade em geral. Pois se os resíduos estão sendo
tratado ou não, porém se for adequadamente tratado, chegara-se a conclusão de que isto
significa dizer que tem - se uma melhor qualidade de vida, sendo, portanto, esta livre de
doenças causadas pelas substâncias que contêm os resíduos sólidos sem contar, a poluição
do ar e a quantidade de pragas que o lixo traz ao meio ambiente urbano, em seguida etapas
de eliminação dos rejeitos perigosos, urbanização e o lixo urbano, natureza jurídica do lixo,
quais devem ser o destino dos resíduos sólidos, o que é deposito a céu aberto e sua
diferença do deposito em aterro sanitário, a função das usinas de compostagem, como se da
o procedimento da usina de reciclagem e por derradeiro os benefícios e malefícios da usina
de incineração para o meio ambiente.
2. POLUIÇÃO POR RESÍDUOS SÓLIDOS
A poluição por resíduos sólidos é aquela causada pelas descargas de materiais
sólidos, e também por resíduos sólidos de materiais provenientes de operações industriais,
comerciais e agrícolas e de atividades da comunidade.
A importância em tela em respeito a poluição do solo segundo (Lívia
Gaigher Bósio Campello), a poluição do solo é causada por resíduos
sólidos, rejeitos perigosos, agrotóxicos, queimada, atividade de mineração,
cemitério horizontais etc. Assim a disposição inadequada dos resíduos
sólidos, como por exemplo: o lixo doméstico, industrial, hospitalar e
nuclear, pois poderá causar danos ao solo, ao subsolo, ao ar atmosférico, ás
águas subterrâneas e superficiais, á flora, á fauna e á saúde humana.
O mau uso dos agrotóxicos e de rejeitos perigosos pode também contaminar
o solo e os recursos de águas ribeirinhas. Tudo isso, aliado ao
desmatamento, ás queimadas, ao uso inadequado do solo da terra e á seca,
pode levar á desertificação. É um problema bastante comum pois a
sociedade como todo, esquecem do real problema gerado pelo mal uso de
agrotóxicos e como podem influenciar em nossas vidas. Tal fato leva a crer
que foi constatado por dados suficientemente pesquisados que indicaram
que a situação mundial sobre processos de desertificação recai sobre 33%
da Terra, onde vivem aproximadamente 2,6 bilhões de pessoas, números
que corresponde a 42% da população mundial. 3
A disposição sobre as espécies de poluição tem gerado bastantes pré-
questionamentos, pois a forma de como é recolhido esses agentes causadores da poluição
do solo bem como sua forma de tratamento, pois nota-se uma grande deficiência no
controle desses resíduos sólidos.
Sendo portanto, este estudo identifica as grandes irregularidades em respeito a
poluição do solo, poderíamos agir de forma progressiva de modo a chamar a atenção das
autoridades competente, pois se não buscarmos uma solução para o controle desses
resíduos sólidos que prejudicam não só o solo mais também a população em geral e a fauna
e a flora. Poderíamos fazer a diferença com campanhas pacíficas para chamar a atenção
das autoridades competentes, que nem sempre tem agido da melhor forma, para que
pudesse achar respostas que vão de encontro aos propósitos da sociedade.
3 Lívia Gaigher Bósio Campello, O problema da desertificação, RDA, 45:129, jan./mar.2007.
Este estudo se diferencia do demais por utilizar de métodos que buscam uma
maneira relativa e inteligente que pode ser usados nas organizações que buscam o controle
dos resíduos sólidos que serão apresentados no seguimento do presente artigo.
Por isso gera um fator que de acordo com a (Livia Gaigher Bósio Campello), que
mostram os detalhes suficientes que vão de encontro com os objetivos elencados e
conveniências nos aspectos apresentados bem como a maneira adequada de utilização dos
resíduos como maior segurança, e com menos agressividade para com o solo.
3. ELIMINAÇÃO DOS REJEITOS PERIGOSOS
É um meio de proteção muito utilizado que serve para a eliminação do resíduo
muito perigoso industrial que é extremamente eficiente e sofisticado. Muitos desses
resíduos precisa ser eliminados em aterros sanitários devidamente licenciados pela
CETESB mediante utilização de EPIA/RIMA.
Como nos mostra (Marcus Vinicius Marinho), que nos diz que esse aterro
deve conter: uma camada de impermeabilização de base, com a utilização
de manta de polimento de alta densidade (PEAD), de dois milímetros de
espessura; um sistema de drenagem de líquidos percolados, com a aplicação
de mantas geotêxtis, britas e tubos de PEAD; um sistema de drenagem de
águas pluviais, com a construção de canaletas de concreto e estruturas
flexíveis com a utilização de gabões nos dispositivos de vazão, sedimentado
e dissipação das águas; e um sistema de tratamento de líquidos percolados.
A manutenção do sistema de eliminação desses resíduos deve ser mediante
controle de admissão de resíduos sólidos, fechamento e segurança das
glebas, formação de um cinturão verde (árvores nativas) e monitoramento
de águas superficiais e subterrâneas. 4
Esta previsto na Lei. 12.305/2010 que Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, esta lei vem como peça chave para mostrar o principais mecanismo de utilização
desses resíduos, e suas principais diretrizes relativas a gestão com parceria com o poder
público e o privado.
Art. 10 Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo
sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as
diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos
4 Marcus Vinícius Marinho, Nova bactéria é arma contra poluição do solo, Folha de S. Paulo, 3 jul.2003, p.A-14.
sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do
poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
§ 10 Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou jurídicas,
de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, pela
geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à
gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.
§ 2º Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por
legislação específica.5
A manutenção dos diversos e grandes sistemas de eliminação desses resíduos, se
deve mediante um grande controle de admissão de resíduos sólidos, tem-se o fechamento e
a seguranças faz glebas que são uma espécies de formação de cinturão verdes de árvores
nativas, que possui um grande monitoramento de águas superficiais e subterrâneas. Uma
grande forma de manutenção periódica viabiliza não só as espécies de monitoramento que
norteia o sistema de controle dos resíduos, mais sim as unidades de coletas que são
responsáveis por grande parte do mapeamento de onde os principais resíduos que mais
prejudicam o solo, a água e os grandes recursos minerais e a grande importância das
unidades de coletas dos resíduos.
4. URBANIZAÇÃO E O LIXO URBANO
Quando se falar em Urbanização, poderia dizer que consiste em uma forma pela
qual a população urbana cresce em proporção muito superior á população rural. Pois sendo
que, não esta levando em conta a forma do crescimento das cidades, mais sim o fenômeno
de concentração urbana. Percebemos que a sociedade em determinado país, quando recebe
o digamos, a forma urbanizada, é quando a população urbana ultrapassa a 50% em relação
a população rural. Por isso, um dos índices, mostrados pelos grandes economistas, que para
definir um país que se desenvolve, revela que tem que esta no seu grau de urbanização. A
partir do controle de coleta, dos diversos resíduos sólidos, poderia mudar os problemas
causados por estes sistemas, pois com base nas campanhas de controle do lixo, a forma
correta de armazenamento pode muito ser considerada uma conduta social ligada ao
fenômeno da produção e controle dos resíduos.
5 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010. Disponível
em ᐳ www.jusbrasil.com.br ᐸ. Acessado em 12/04/2015.
A revolução industrial em um breve histórico, foi o grande marco impulsionador
do fenômeno da urbanização, sendo por muitos considerada a transformação social
mais importante do século XX.
No Brasil, o fenômeno da urbanização intensificou-se nos idos da década de 60. Na
de 70, o crescimento da população urbana superou o da população total, enquanto
nos idos de 80 cresceu mais de 40%, sendo que o aumento total da população
brasileira foi de 27%.
A migração para os grandes centros é ocasionada pelo abandono do meio rural com
a ilusão de que eles proporcionarão soluções para os problemas da população rural.
Todavia, verificamos que fato distinto é o que ocorre, uma vez que os migrantes,
sem qualificação profissional, acabam desenvolvendo, na maioria dos casos,
fenômenos outros, como o do subemprego. Com isso, o resultado é o aumento das
favelas, da pobreza e da criminalidade.
Esses fatos, associados aos problemas econômicos-sociais dos grandes centros
urbanos, agravam as condições de vida nestes com a contínua degradação do meio
ambiente, trazendo implicações á saúde e deterioração dos serviços e do próprio
tratamento dos resíduos sólidos. Além disso, a má distribuição do parcelamento e
ocupação do solo urbano constitui fator de depreciação da qualidade de vida.
Com tudo isso, o lixo urbano está inserido no fenômeno da urbanização e atinge de
forma considerável os valores ambientais.6
Estima-se a inexistência em diversos locais por serem adequados para a
disposição do lixo grandemente gerado nas grandes cidades, o que acaba exigindo que se
faça em áreas inadequadas ou explorando os limites técnicos que regulam a vida dos
aterros sanitários.
Dessa forma, lixo e consumo são espécies de fenômenos indissociáveis,
porquanto o aumento da sociedade de consumo, associado ao desordenado processo de
urbanização, proporciona maior acesso aos produtos (os quais têm sua produção
impulsionada por técnicas avançadas.
6 Conforme noticiou o Jornal O Estado de S. Paulo (21-8-2010), mais de 70% das cidades brasileiras despejam
lixo em locais que não são adequados: vazadouros a céu aberto e aterros controlados. Somente 27,7% dão o
destino correto aos resíduos sólidos, em aterros sanitários. A forma mais irregular de destinação, os lixões, foi a
que menos cresceu nos últimos oito anos, mas ainda é a opção de cinco em cada dez prefeituras (50,8%).
Entre os municípios com serviços de coleta, o uso dos lixões foi maior nos Estados das Regiões Nordeste e Norte
(89,3% e 85,5%). O Estado que mais usa este destino é o Piauí (97,8%), seguindo o Maranhão (96,1%). Os
Estados que apresentaram menor proporção de municípios que usam lixões são os das Regiões Sul e Sudeste
(15,8% e 18,7%).
Dessa forma, o lixo urbano atinge de forma mediata e imediata os valores
relacionados com saúde, habitação, lazer, segurança, direito ao trabalho e tantos outros
componentes de uma vida saudável e com qualidade. Além de atingir o meio ambiente
urbano, verificamos que o lixo é um fenômeno que agride também o próprio meio
ambiente natural (agressão do solo, da água, do ar), bem como o cultural, desconfigurando
valores estéticos do espaço urbano.
De um modo geral o lixo tem suas características baseada dos eventuais eventos
de crescimento urbanísticos, assim como, uma cidade que cresce na maioria das vezes
desordenadamente devido ao fluxo de pessoas que deixam digamos sua pequena terra
nada, e passa assim a lotar os grandes centros urbanos que a cada dia vem crescendo e
recendo milhares de pessoas.
Dessa forma o lixo inserido na grande urbanização, fica cada vez mais difícil o
modo de absorção e controle desses resíduos, pois sendo que a sociedade produzem
milhões de toneladas de lixo por mês, e dessa forma o Estado fica numa sai justa, pois
inúmeras vezes o lixo urbano é levado para outros aterros em diversas cidades por não ter
espaço suficiente e locais, para então assim aderir e controlar os resíduos sólidos.
Isso ressalta como uma idêntica maneira de que precisamos nos organizar e não
esperar somente para que o ente público execute no que é de direito, por sua vez, se
tivéssemos consciência e então assim separar os resíduos sólidos de maneira correta, sem
via de dúvida os grande centros urbanos não sofreriam com tamanha destruição por força
da natureza e não seríamos tão agredidos por apenas dar destino correto ao lixo.
5. NATUREZA JURÍDICA DO LIXO
Nos moldes do art.3º, III, da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei
n.6.938/81), o lixo urbano possui a natureza jurídica de poluente. Como sabemos,
determina aludido dispositivo que a poluição existe quando há degradação da
qualidade ambiental resultante das atividades que direta ou indiretamente:
prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições
adversas ás atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota;
afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou
energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.7
7 Fiorillo, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental brasileiro / Celson Antonio Pacheco Fiorillo. –
12. ed. Ver., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2011. pp. 352
Diante do exposto, podemos entender que o lixo urbano, a partir do momento em
que é produzido, já possui a natureza jurídica de poluente, pois, quando assume o papel de
resíduo urbano, deverá ser submetido a um processo de tratamento que, por isso só,
constitui, mediata ou imediatamente, forma de degradação ambiental.
Vale ressaltar que o lixo apesar de uma classificação própria, sendo: I – resíduos
perigosos e classe II – não inertes; em prosseguimento, mesmo adiante, não desnatura o
seu papel de poluente. Na verdade, a causa de existência de resíduos sólidos tendo como
níveis aceitáveis de poluição e determina-se de modo que terá um tratamento do lixo de
acordo com as normas estabelecidas.
Considerando resíduo o lixo urbano que não consegue reintegrar-se com o meio e
tendo a natureza jurídica de poluente, poderíamos afirmar, nesta linha de
raciocínio, que todos nós somos seres poluidores, porquanto, atrelados ás nossas
funções vitais, possuímos um sistema excretor. Deve-se verificar, a título de
exemplo, que os excrementos humanos constituem parcela notável do lixo urbano.8
6. DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
De acordo com o autor Luiz Paulo Sirvinskas, é um tema de grande relevância,
pois dar destino aos resíduos sólidos é uma questão de saúde publica, e tem como
competência a Engenharia Sanitária na utilização dos critérios adequados para dar destino
final e correto para os resíduos. Vejamos aqui as mais a maneira mais conhecida e formas
de utilização dos resíduos sólios: depósito a céu aberto; depósito em aterro sanitário; usina
de compostagem; usina de reciclagem; usina de incineração; usina verde.
6.1 DEPÓSITO A CÉU ABERTO
Segundo o autor Luiz Paulo Sirvinskas, o depósito a céu aberto é a disposição do
lixo em local inadequado para essa finalidade, causando danos ao ar atmosférico, ao solo e
subsolo, ao lençol freático, aos rios e mananciais, á flora, a fauna e, principalmente, á
saúde humana, além de atrair como: ratos9 e pulga (leptospirose, peste bubônica, tifo
murinho); mosca (febre tifoide, cólera, amebíase); mosquito (malária, febre amarela,
dengue, leishmaniose); barata (febre tifoide, cólera, giardíase), gado e porco (teníase,
8 Fiorillo, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental brasileiro / Celson Antonio Pacheco Fiorillo. –
12. ed. Ver., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2011. pp. 353 9 O rato de esgoto gesta 4 a 6 vezes por ano, com 8 a 12 filhos por cria, e aos 2 a 3 meses alcançam sua
maturidade sexual.
cisticercose); cão e gato (toxoplasmose). O lixão é comumente utilizado na periferia e tem
sido um dos maiores problemas enfrentados pelas prefeituras.
6.2 DEPÓSITO EM ATERROS SANITÁRIOS
O aterro sanitário é a forma de disposição do lixo mais adequada e econômica. A
escolha do local deverá ser submetida ao estudo de impacto ambiental
(EPIA/RIMA) para constatar a viabilidade da implantação do aterro. Todas as
alternativas devem ser analisadas para evitar o menor impacto ambiental possível.
A implantação do aterro deverá observar os seguintes requisitos: a área deverá ser
totalmente impermeabilizada para proteger o solo e subsolo; o lixo depositado será
coberto por uma camada de terra no final, impedindo a proliferação e emanação do
odores do aterro á vizinhança (estudo da direção do vento durante o ano todo; os
gases (gás metano) serão queimados por meio de queimadores próprios; o chorume
(líquido proveniente da decomposição dos resíduos do lixo) deverá ser armazenado
em poços apropriados e tratados em estação de esgoto.10
Portanto, um aterro sanitário terá que atender as exigências dos órgãos públicos
para que ela se estabeleça, visando uma, um local seguro que não gerará um
impacto degradante ao meio ambiente. Estima-se que o aterro sanitário dure pouco
tempo devido a grande quantidade de resíduos sólidos produzidos a cada dia. São
Paulo é o maior produtor de resíduos sólidos, do país, com mais 17 mil toneladas
de lixo diariamente.11
Os impactos ambientais causados pela má destinação do lixo, pois é muito
preocupante, devido inúmeras vezes pessoas até então separarem o lixo dentro de casa.
Mas quando passa os colhedores acabam misturando tudo, ou seja, aquela preocupação que
tinha em cuidar do lixo e dos resíduos sólidos, acabou não prosperando. Quando não da
uma destinação correta, a cidade sofre as consequências da natureza, pois o lixo espalhado
pela rua, principalmente quando chove, acabam entupindo bueiros, impedindo a passagem
da água e provocando enchentes e inundações.
10
Sirvinskas, Luis Paulo. Manual de direito ambiental / Luis Paulo Sirvinskas. – 9. ed. Ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Saraiva, 2011. Pp. 350 11
Programa mais você com Ana Maria Braga, no canal da Globo. visto no dia 13/04/2015, segunda-feira as
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“Portanto, o aterro sanitário é o método mais adequado e barato, e não coloca em
risco a saúde, a segurança pública e o meio ambiente desde que implantado da maneira
correta e dentro dos padrões da vigilância sanitária. ”12
6.3 Usina de Compostagem
Compostagem segundo Luiz Paulo Sirvinskas, é o processo pelo qual os resíduos
sólidos domésticos são transformados em composto para a utilização como adubo no setor
agrícola. Esse processo ocorre no interior das usinas de compostagem com a transformação
da matéria orgânica em composto. A usina necessita de grande espaço para a instalação do
equipamento e para a cura (secagem) e estocagem dos compostos. Vale ressaltar ainda que
o processo de compostagem não elimina os agentes patogênicos ou os parasitas e, por essa
razão, pode contaminar os alimentos adubados por esse composto. Não existe ainda uma
legislação que discipline os critérios para a utilização da usina de compostagem com a
finalidade de evitar essa contaminação.
O material usado como adubo nas plantações, material este de origem de resíduos
sólidos, é bastante gratificante, mais que ainda pode ser muito perigoso como dito acima
pelo autor, que os produtos colhidos nas plantações podem esta contaminados, uma vez
que os critérios de compostagem não elimina os resíduos perigoso que esta contido nos
adubos, podendo gerar problemas de saúde.
6.4 Usina de reciclagem
Segundo o autor Luis Paulo Sirvinskas, a reciclagem é o método de
reaproveitamento de determinados materiais como, por exemplo, vidro, papel, papelão,
jornal, alumínio, plástico, metal etc. Trata-se de uma coleta seletiva. Pois no Brasil, em que
o lixo é colocado em compartimentos próprios para cada tipo de material (papel, vidro, lata
etc). Essa coleta procura separar o lixo orgânico dos materiais inorgânicos. Há muitas
cooperativas que funcionam no Brasil utilizando-se somente de coleta seletiva. A usina de
reciclagem só de desenvolverá por meio da educação ambiental ministrada, principalmente
nas escolas.
Por esta razão, uma vez que a partir do momento que é levado para a sala de aula,
fica mais fácil a conscientização, sendo que mostrando o problema, e a forma para que
12
Sirvinskas, Luis Paulo. Manual de direito ambiental / Luis Paulo Sirvinskas. – 9. ed. Ver., atual. e ampl. – São
Paulo : Saraiva, 2011. Pp. 351
possamos ter uma qualidade de vida melhor, começa com a educação, pois só assim
poderemos melhorar a qualidade de vida, e dar destino correto aos resíduos sólidos.
6.5 Usina de incineração
A incineração é um dos processos mais eficazes, mas economicamente custoso.
Esse processo segundo o autor Luis Paulo Sirvinskas, esse processo transforma a queima
dos resíduos sólidos em material inerte, reduzindo, sobremaneira, o espaço ocupado. A
usina de incineração deve ser utilizada mais para a queima de lixo hospitalar.
A instalação da usina de incineração deve seguir critérios técnicos adequados
para evitar a poluição do ar atmosférico. Normalmente isso é feito com a instalação de
precipitadores eletrostáticos ou sistema com base em cortinas de água para evitar a
poluição do ar atmosférico.
O CONAMA, mediante a Resolução n.6, de 19 de setembro de 1991, dispõe sobre a
incineração de resíduos sólidos utilizados por estabelecimentos de saúde, portos e
aeroportos.
6.6 Usina de incineração
É a nova tecnologia disponível para o tratamento do lixo, transformando-o em
energia. Foi criada uma usina verde experimental no interior do Campus da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para apurar sua eficiência e custo.
Ela processa cerca de 30 toneladas de resíduos diariamente convertidos em 440
kilowatts de energia consumida pela própria Universidade. O processamento do
lixo pode ser feito em pequenas unidades instaladas em uma área equivalente a um
campo de futebol. Sua capacidade é de 150 toneladas por dia, que pode gerar até
2,6 megawatts de energia.13
7. GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDO E SUSTENTABILIDADE
Segundo o autor, o modelo de gestão integrada de resíduos sólidos pode ser
entendido como “um conjunto de referências político – estratégicas, institucionais,
legais, financeiras, sociais e ambientais capaz de orientar a organização do setor”.
São elementos indispensáveis na composição de um modelo de gestão:
reconhecimento dos diversos agentes sociais envolvidos, identificando os papéis por
eles desempenhados e promovendo sua articulação; integração dos aspectos
13
César de Oliveira, Usina verde também é opção, Mogi News, 6 de maio 2007, Suplemento Especial – Mogi
versus Lixão, p.12. ᐳ www.fld.com.br/catadores/pdf/politica_residuos_solidos.pdf ᐸ, pp. 18 a 19.
técnicos, ambientais, sociais, institucionais e políticos para assegurar a
sustentabilidade; consolidação da base legal necessária e dos mecanismos que
viabilizem a implementação das leis; mecanismos de financiamento para a auto
sustentabilidade das estruturas de gestão e do gerenciamento; informação à
sociedade, empreendida tanto pelo poder público quanto pelos setores produtivos
envolvidos, para que haja controle social; sistema de planejamento integrado,
orientando a implementação das políticas públicas para o setor (Lima, 2001).14
Sendo portanto que a maneira pelo qual o Sistema de Gestão Integrada se torna
um processo de longa duração, que a princípio segue todos os acordos dos participantes que
privilegia com os diversos setores da administração publica e da sociedade para que então
assim o plano possa respeitar as características dos hábitos e a espécie de cultura dos
moradores. A participação de todos os segmentos e classe de toda a sociedade faz com que o
plano seja de todos e permita então a implantação e manutenção de um sistema sustentável
que atenda de fato às demandas da comunidade.
Pelo Sistema de Gestão Integrada, a sociedade deverá buscar meios para que os
torne suficiente planejados, assim sendo que todos estão agindo para um interesse único, que
é a forma de sustentação dos hábitos e qualidade de vida dos indivíduos.
7.1 SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade do processo segundo o autor, está assentada no atendimento às
dimensões ecológica, ambiental, cultural, demográfica, social, institucional, política,
econômica, legal e ética. A relação destas dimensões com a elaboração e
implementação do plano de gestão e com a garantia da continuidade e da qualidade
do sistema de gestão integrada que se deseja, é descrita a seguir, juntamente com
algumas ações práticas que ajudam a garantir a sustentabilidade do processo.
ECOLÓGICA: é a base física do processo de crescimento e tem como objetivo
conservar e usar racionalmente os recursos naturais. AMBIENTAL: considera a
capacidade de suporte dos ecossistemas de absorver ou se recuperar da degradação
causada pela ação antrópica e busca o equilíbrio entre as taxas de geração de
resíduos e a recuperação da base natural de recursos. É necessária uma preocupação
constante com o aperfeiçoamento das matrizes de produção e de consumo. Na
matriz de produção, devem ser buscadas a melhoria da qualidade dos produtos e a
otimização das embalagens, visando diminuir a quantidade de materiais
desnecessários agregados na cadeia produtiva. Na matriz de consumo, os usuários
podem fazer uma grande diferença, tratando e se relacionando com seus resíduos de
14
Mesquita Júnior, José Maria de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos / José Maria de Mesquita Júnior.
Coordenação de Karin Segala. – Rio de Janeiro: IBAM, 2007.
forma responsável. Essa atuação passa por um consumo com viés ecológico,
privilegiando produtos com selo verde ou selo social, que tragam garantia de pouca
ou nenhuma geração de resíduos, com embalagens retornáveis e recicláveis15
.
8. DO PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 15. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, o
Plano Nacional de Resíduos Sólidos, com vigência por prazo indeterminado e
horizonte de vinte anos, a ser atualizado a cada quatro anos, tendo como conteúdo
mínimo: I – diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos; II – proposição de
cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas; III – metas de
redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a quantidade
de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente
adequada; IV – metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas
unidades de disposição final de resíduos sólidos; V – metas para a eliminação e
recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis; VI – programas, projetos e ações
para o atendimento das metas previstas; VII – normas e condicionantes técnicas
para o acesso a recursos da União, para a obtenção de seu aval ou para o acesso a
recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidade federal, quando
destinados a ações e programas de interesse dos resíduos sólidos; VIII – medidas
para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resí- duos sólidos; IX –
diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resí- duos sólidos
das regiões integradas de desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem
como para as áreas de especial interesse turístico; X – normas e diretrizes para a
disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos; Política Nacional de
Resíduos Sólidos 2ª edição 19 XI – meios a serem utilizados para o controle e a
fiscalização, no âmbito nacional, de sua implementação e operacionalização,
assegurado o controle social. Parágrafo único. O Plano Nacional de Resíduos
Sólidos será elaborado mediante processo de mobilização e participação social,
incluindo a realização de audiências e consultas públicas16
.
O presente plano tem por objetivo, o controle pelos órgãos responsáveis pelo
departamento ao qual esta inserido, e também os métodos utilizados para uma melhor
elucidação no que diz respeito ao plano de manejo, ao métodos a serem usados para uma
melhor forma de tratamento desses resíduos considerados poluentes e prejudicial para a
saúde. Através deste plano, o Estado passou a interagir com a sociedade, mostrando
15
Mesquita Júnior, José Maria de Gestão integrada de resíduos sólidos / José Maria de Mesquita Júnior.
Coordenação de Karin Segala. – Rio de Janeiro: IBAM, 2007.pp. 16 16
Câmara dos Deputados. Centro de Documentação e Informação – CEDI. POLÍTICA NACIONAL DE
RESÍDUOS SÓLIDOS. ed 2º, Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. Disponível no em
interesse para que a sociedade tenha uma melhor qualidade de vida, e que os resíduos
sólidos possam esta controlado.
9. COLETA SELETIVA
A coleta seletiva, por definição, consiste na coleta de resíduos sólidos previamente
segregados, conforme sua constituição ou composição (art. 3º, inciso V), como já
ocorre em algumas localidades com os resíduos de plásticos, papel, vidro, metal e
orgânicos.
Com efeito, a segregação e a coleta seletiva de resíduos sólidos, além de aumentar
o seu valor agregado, permitem reduzir os custos dos processos voltados ao seu
reaproveitamento.
A coleta seletiva deve integrar os Planos de Resíduos Sólidos, em especial aos
Municipais, e constitui instrumento essencial para se atingir a meta de disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos prevista na PNRS.17
Por meio da coleta seletiva é possível dar destinação final adequada aos resíduos
sólidos, possibilitando não só a reciclagem, mas também eventual reutilização, recuperação
e aproveitamento energético, ou até mesmo a sua destinação para a compostagem. Além
disso, permite a identificação dos resíduos sólidos não passíveis de tratamento e
recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis e, bem
assim, a disposição final desses rejeitos em aterros.
Os resíduos hospitalares, segundo Edis Milaré, são comparados aos domiciliares,
por serem mais, menos ou igualmente perigosos? A literatura sobre o assunto tende a
minimizar a periculosidade, mais especificamente, a condição infecciosa dos resíduos
hospitalares. Nos Estados Unidos, até 1986 a EPA “afirmava que não existia definição
universalmente aceita para resíduos infecciosos”. Além disso a EPA “ainda não estabeleceu
regulamentação para gerenciamento de resí- duos infecciosos, que teria efeito de lei, nem
trouxe a público qualquer evidência de que haveria de fato uma relação entre o gerenciamento
ou o mau gerenciamento de resíduos hospitalares infecciosos e doenças infecciosas
produzidas na população que tenha estado em contato com tais resíduos” (Dugan, 1992: 348).
10. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
17
Milaré, Édis. Direito do ambiente : a gestão ambiental em foco : doutrina, jurisprudência, glossário / Édis
Milaré; prefácio Ada Pelegrini Grinover. – ed. Ver., atual. e reform. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2011. Lei 12.205/2010, art.24 e §2º.
Por certo considerando o nível de envolvimento e engajamento exigido da
coletividade para a implantação dos mecanismos previsto em lei, nada mais seria
apropriado do que lembranças do legislador de incluir a educação ambiental em
instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Neste sentido, além do que já prevê a Lei 9.795 de 27.04.2010, a educação que
instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, cabe destacar o que dispôs o
Regulamento da PNRS acerca da educação ambiental na gestão de resíduos
sólidos.
O fato de haver previsão legal de mecanismos de educação ambiental a exime aa
responsabilidade prevista em lei dos fornecedores quanto a lei prestar informações
adequadas aos consumidores no que toca ao cumprimento dos sistemas de logística
reserva e coleta seletiva instituídos.18
11. ASPECTOS GERAIS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
A fundamentação do requisito abaixo retrata a forma como os centro urbanos que
ao mesmo tempo que produz grande quantidade de resíduos que são capazes de gerar
transtorno para a população, também poderá ser reutilizado de modo que não prejudique o
ambiente ao qual esta inserido. Muitas das alternativas tem-se levado bastante discussão
sobre a forma correta de lidar com os grandes centros urbanos que são os grandes causadores
de produção de resíduos sólidos que que muitas dessas matéria prima, pode ser útil se der
destinação correta.
A crescente e diversificada geração de resíduos sólidos nos meios urbanos e a
necessidade de sua disposição final, alinham-se entre os mais sérios problemas
ambientais enfrentados indistintamente por países ricos e industrializados e pelas
sociedade em desenvolvimento. Em face dessa crescente produção de resíduos e da
maior disponibilização dos serviços urbanos de limpeza e coleta, há maiores
preocupações quanto ao destino final dos resíduos. Dentre as alternativas de
destino final, destacam-se: aterro sanitários, incineração, reaproveitamento,
reciclagem e compostagem. Atualmente o aterro sanitário é a solução mais
adotada, devido ao menor custo de investimento e operação em relação a
incineração, por exemplo. No entanto, devido a carência de áreas próprias para a
deposição de resíduos na grande cidades, tem-se implementado outras formas de
tratamento e destino final dos resíduos. A redução na origem é uma forma paliativa
de solução ao problema de geração de resíduos. Essa medida requer modificações
18
Milaré, Édis. Direito do ambiente : a gestão ambiental em foco : doutrina, jurisprudência, glossário / Édis
Milaré; prefácio Ada Pelegrini Grinover. – ed. Ver., atual. e reform. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,
2011.pp. 883
em processos e equipamento de produção de materiais, substituição destes, além de
alterações de hábitos e até produtos a adquirir. As embalagens plásticas, de
papelão, de alumínio, e mistas que tiveram incremento elevado na ultima década.
Em vista destas constatações, tem-se buscado alternativas de reaproveitamento e
reciclagem dos resíduos sólidos urbanos.
A reutilização consiste no aproveitamento do material das condições em que é
descartado submetendo-o a pouco ou a nenhum tratamento, exigindo apenas de
limpeza e colocação de etiquetas, com é o caso de caixas, tambores e garrafa de
vidro. A reciclagem é o processo pelo qual os resíduos retornam ao sistema
produtivo com matéria-prima. A compostagem, ou seja, a arte de fazer composto
orgânicos a partir de resíduos, é um método de decomposição do material
biodegradável existente nos resíduos , sob condições adequadas de forma a obter
compostos orgânico (húmus) para utilização na agricultura. Esse processo, além de
diminuir o volume, fornece como produto final um composto que pode ser
utilizado na fertilização do solo. A contextualização desses procedimentos no
presente texto está caracterizado pelos estudos de compostagem,
vermicompostagem e reaproveitamento de entulhos da construção civil.19
CONCLUSÃO
Sendo assim posso concluir que a forma de controle para o tratamento dos
resíduos que tanto prejudicam o meio ambiente, esta sendo melhorado a cada dia, pois
estudos revelam que de praxe, a melhor alternativa ainda é o aterro sanitário que, acabam
não deixando exposto o lixo a céu aberto. E pela incineração, é bastante usado nos lixo
hospitalares, mais que tem que ter um grande cuidado e controle, pois a fumaça que sai das
chaminés, possui bastante composto químico que prejudicam a saúde, pois quem inalar a
fumaça tóxica poderá ter problemas grave. Mais entre outros o modo de utilização dos
resíduos esta passando por diversas adaptações, pois existem muitas campanhas de
reciclagem, e 35% do resíduos pode ser utilizado para reciclar. Uma grande questão poderia
ser formada, na questão da sustentabilidade, pois o lixo que inúmeras vezes são levado para
os aterros, muitos desses poderiam ser reutilizados, para voltar novamente para a sociedade
na forma de um papel, camisa, móveis e entre outros. Esta é uma grande questão, que não
depende apenas das autoridades competentes para que possamos ter uma vida melhor, sem
problemas por causa dos compostos químicos, sendo que para que houvesse uma mudança
19
FERREIRA, J. A. Solid Waste and Nosocomial Waste: An Ethical Discussion. Cad. Saúde Públ., Rio de
Janeiro, 11 (2): 314-320, Apr/Jun, 1995. Resíduos Sólidos Provenientes de Coletas Especiais. Pp 45
poderíamos mudar a partir das residências que vivemos. Concluindo, queremos reafirmar a
convicção de que precisamos de soluções técnicas para nossos problemas, dentro da
racionalidade de nossas necessidades e possibilidades. Um primeiro passo será ampliarmos
os conhecimentos sobre os resíduos em geral e os hospitalares em particular, para então
desenvolvermos, com mais segurança, uma proposta de gerenciamento adequada à nossa
realidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, J. A. Solid Waste and Nosocomial Waste: An Ethical Discussion. Cad. Saúde Pública.,
Rio de Janeiro, 11 (2): 314-320, Apr/Jun, 1995.
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental brasileiro / Celso Antonio
Pacheco Fiorillo. – 12. Ed. Ver., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2011.
MESQUITA JUNIOR, José Maria de. Gestão integrada de resíduos sólidos / José Maria de
Mesquita Júnior. Coordenação de Karin Segala. – Rio de Janeiro: IBAM, 2007.
Milaré, Édis. Direito do ambiente : a gestão ambiental em foco : doutrina, jurisprudência,
glossário / Édis Milaré; prefácio Ada Pelegrini Grinover. – ed. Ver., atual. e reform. – São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011.
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental / Luís Paulo Sirvinskas. – 9. Ed.
Ver., atual. e ampl. – São Paulo : Saraiva, 2011.
SITE PESQUISADO NA INTERNET:
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei
12.305/2010. Disponível em ᐳ www.jusbrasil.com.br
CÉSAR DE OLIVEIRA, Usina verde também é opção, Mogi News, 6 de maio 2007,
Suplemento Especial – Mogi versus Lixão, p.12. ᐳ
www.fld.com.br/catadores/pdf/politica_residuos_solidos.pdf ᐸ, pp. 18 a 19.