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Ricardo Tibola Proposta de Melhorias dos Procedimentos dos Processos de Soldagem de uma Empresa de Médio Porte Horizontina 2013

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Pro Ricardo

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  • Ricardo Tibola

    Proposta de Melhorias dos Procedimentos dos Processos

    de Soldagem de uma Empresa de Mdio Porte

    Horizontina 2013

  • Ricardo Tibola

    Proposta de Melhorias dos Procedimentos dos Processos

    de Soldagem de uma Empresa de Mdio Porte

    Trabalho Final de Curso apresentado como requisito parcial para a efetivao da matrcula para cursar o componente curricular Trabalho Final de Curso do Curso de Engenharia de Produo da Faculdade Horizontina.

    ORENTADOR: Vilmar Bueno Silva, Mestre

    Horizontina

    2013

  • 3

    FAHOR - FACULDADE HORIZONTINA

    CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUO

    A Comisso Examinadora, abaixo assinada, aprova a monografia:

    Proposta de Melhorias dos Procedimentos dos Processos de Soldagem de

    uma Empresa de Mdio Porte

    Elaborada por:

    Ricardo Tibola

    Como requisito parcial para a obteno do grau de Bacharel em

    Engenharia de Produo

    Aprovado em: 03/12/2013 Pela Comisso Examinadora

    ________________________________________________________ Mestre. Vilmar Bueno Silva

    Presidente da Comisso Examinadora Orientador

    _______________________________________________________ Doutor. Ademar Michels

    FAHOR Faculdade Horizontina

    ______________________________________________________ Especialista. Valmir Vilson Beck FAHOR Faculdade Horizontina

    Horizontina

    2013

  • 0

    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho a toda a minha famlia e amigos, que me apoiaram ao longo desta jornada.

  • 9

    AGRADECIMENTO.

    Aos meus pais, Gentil e Nair e meu irmo, pelo exemplo de vida, pelo incentivo e motivao demonstrados em todos os momentos, sempre sonhando com esta conquista.

    Aos professores que me ajudaram no decorrer da graduao, em especial ao professor Vilmar Bueno Silva pelas orientaes, dedicao e pelo apoio prestado durante a elaborao do trabalho.

    Aos colegas de graduao, pela convivncia, amizades realizadas e pelas experincias trocadas no decorrer do curso.

    A todos que colaboraram diretamente ou indiretamente com a realizao deste trabalho, o meu sincero agradecimento.

  • 10

    Tudo o que um sonho precisa para ser realizado algum que acredite que ele possa ser realizado.

    Roberto Shinyashiki

  • 11

    RESUMO

    O elevado grau de competitividade existente no ramo metalrgico exige que as empresas ofeream cada vez mais produtos de qualidade e com preo competitivo, desta forma as melhorias visando a diminuio da perdas dos processos pode contribuir para que as organizaes possam manter-se ativas neste mercado. O presente trabalho apresenta conceitos de vrios autores que auxiliam na compreenso e na percepo da importncia da aplicao de uma instruo de trabalho em um processo produtivo, capaz de auxiliar o operador na realizao das atividades de forma eficiente. Com base nestes dados, tem-se como objetivo principal deste estudo desenvolver e implantar melhorias dos procedimentos dos processos de soldagem em uma empresa de mdio porte localizada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, de modo a garantir a qualidade do processo. Bem como, identificar na reviso de literatura os elementos necessrios relacionados aos processos produtivos e dos procedimentos dos processos de solda; identificar os conjuntos soldados com maior ndice de no conformidade e dependncia dos soldadores; desenvolvimento e criao dos elementos de melhoria; desenvolver e criar procedimento para implantao do procedimento dos processos de solda; treinamento e qualificao das pessoas envolvidas; verificao e atualizao dos roteiros dos processos de solda e aplicao do modelo proposto. Tendo identificado que o maior ndice de no conformidades esta diretamente associada com a mo de obra, desenvolveu-se um modelo de instruo de trabalho, bem detalhada, que visa orientar e facilitar o trabalho do soldador, diminuindo assim no conformidades que possam ser causadas por sua falta de conhecimento ou informao. A aplicao deste modelo foi avaliada e os resultados preliminares encontrados foram muito significativos, comprovando a eficincia deste documento junto ao processo de soldagem, onde identificou-se uma melhora nos ndices das no conformidades, sendo todos os objetivos do presente estudo alcanados com xito.

    Palavras-chaves: No conformidade da solda. Instruo de solda. Melhoria de

    procedimentos.

  • 12

    ABSTRACT

    The high degree of competitiveness in the metal industry requires companies

    increasingly offer quality products and competitive price , thus improvements aiming to reduce the loss of processes can help organizations to remain active in this market.This paper presents concepts of various authors that assist in the understanding and perception of the importance of applying a work instruction in a production process , able to assist the operator in carrying out the activities efficiently . Based on these data , it has been the main objective of this study to develop and implement improvements to the procedures of welding processes in a medium-sized company located in the northwest of the state of Rio Grande do Sul, in order to ensure process quality . As well, the literature review identified the necessary elements related to production processes and procedures of welding processes ; identify weldments with the highest noncompliance and dependence welders , development and creation of elements for improvement , developing and creating procedure to implement the procedure of welding processes , training and qualification of the persons involved , verification and update the roadmaps of welding processes and application of the proposed model . Having identified that the highest rate of noncompliance is directly associated with labor , developed a well detailed model statement of work that aims to guide and facilitate the work of the welder, thus reducing non-conformities that may be caused by their lack of knowledge or information . The application of this model was evaluated and preliminary results were very significant , proving the efficiency of this document by the welding process , which identified an improvement in rates of noncompliance , with all the goals of the present study successfully achieved .

    Keywords:Failure of weld. Welding instruction. Improvement of procedures.

  • 9

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Exemplo folha de processo de operaes.. .......................................................... 22 Figura 2: Exemplo Folha de processo com operaes elementares.. .................................. 23 Figura 3: Eras da Qualidade.. .............................................................................................. 25 Figura 4: Classificao dos processos de junes. .............................................................. 26 Figura 5: Viso transversal de um cordo de solda. ............................................................. 27 Figura 6: Solda oxiacetilnica.. ............................................................................................ 28 Figura 7: Soldagem MIG/MAG.. ........................................................................................... 29 Figura 8: Soldagem TIG.. ..................................................................................................... 30 Figura 9: Empresa ARTEFACTO.. ....................................................................................... 35 Figura 10: Fluxograma do processo de soldagem.. ............................................................. 36 Figura 11: Ordem de produo da empresa ........................................................................ 38 Figura 12: Aparelho de solda.. ............................................................................................. 39 Figura 13: Prateleiras dos dispositivos. ................................................................................ 40 Figura 14: Dispositivo com o cdigo de identificao. .......................................................... 40 Figura 15: Controle de produtos no conformes.. ................................................................ 42 Figura 16: Tabela de quantidades produzidas vs quantidade de no conformidade... ......... 42 Figura 17: Indicador de no conformidades mensal.. ........................................................... 43 Figura 18: No conformidades de Maio e Junho.... .............................................................. 45 Figura 19: Causas de no conformidades... ......................................................................... 47 Figura 20: Instruo de solda ............................................................................................... 48 Figura 21: Antes e depois da aplicao do modelo de instruo.. ........................................ 52

  • 10

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Descrio das no conformidades .................................................................................41

  • 11

    SUMRIO 1 INTRODUO ........................................................................................................... 12

    2 REVISO DA LITERATURA ..................................................................................... 14

    2.1 PROCESSOS DE FABRICAO E PLANEJAMENTO DO PROCESSO ......................................... 14

    2.1.1 INFORMAES BSICAS PARA O PLANEJAMENTO DO PROCESSO ............................................... 15

    2.1.1.1 DESENHO E ESPECIFICAES DA PEA .......................................................................... 15

    2.1.1.2 MATRIA-PRIMA .................................................................................................... 15

    2.1.1.3 VOLUME DE PRODUO ............................................................................................ 16

    2.1.1.4 EQUIPAMENTO DE PRODUO .................................................................................... 16

    2.1.2 DOCUMENTAO NO PLANEJAMENTO DO PROCESSO ............................................................. 17

    2.1.2.1 FOLHA DE PROCESSO ................................................................................................ 17

    2.1.3 PROCESSOS NO ESTRUTURADOS ...................................................................................... 19

    2.2 PRODUTIVIDADE ............................................................................................................. 20

    2.3 QUALIDADE ..................................................................................................................... 21

    2.4 PROCESSO DE JUNO ..................................................................................................... 22

    2.4.1 PROCESSO DE JUNO POR SOLDAGEM ............................................................................... 22

    2.4.1.1 PRINICPAIS PROCESSOS DE SOLDAGEM .......................................................................... 24

    2.4.1.1.1 SOLDA OXIACETILNICA ..................................................................................... 24

    2.4.1.1.2 SOLDAGEM A ARCO ELTRICO (MIG/MAG) ............................................................ 25

    2.4.1.1.3 SOLDAGEM A ARCO ELTRICO (TIG) ...................................................................... 25

    2.4.2 PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM O PROCESSO ........................................................... 26

    3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 27

    3.1 MTODOS E TCNICAS ..................................................................................................... 27

    4 APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS .......................................... 30

    4.1 HISTRICO E CARACTERIZAO DA EMPRESA ................................................................. 30

    4.2 ESTUDO DO PROCESSO PRODUTIVO ATUAL ...................................................................... 31

    4.2.1 DESCRIO DO PROCESSO .............................................................................................. 31

    4.2.2 INDICADORES DE QUALIDADE DO PROCESSO ........................................................................ 37

    4.2.3 NO CONFORMIDADES CAUSADAS PELO OPERADOR ............................................................... 39

    4.3 PROPOSTA DE UM NOVO PROCEDIMENTO PARA O PROCESSO DE SOLDAGEM .................... 42

    4.3.1 IDENTIFICAO DA CAUSA RAIZ ....................................................................................... 42

    4.3.2 DESCRIO DO NOVO PROCEDIMENTO PARA O PROCESSO DE SOLDAGEM ................................... 43

    4.4 RESULTADOS QUANTITATIVOS OBTIDOS DO PROJETO ...................................................... 47

    5 CONCLUSES .......................................................................................................... 49

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................. 50

  • 12

    1 INTRODUO

    As grandes mudanas que vm ocorrendo nas empresas tanto em aspectos

    ambientais, sociais, tecnolgicos e, sobretudo no comportamento do consumidor,

    trazem para as organizaes ameaas sua sobrevivncia, sendo que o principal

    ponto a ser destacado a perda de competitividade pelos mais variados motivos.

    Uma forma de contornar essa situao experimentada pelas empresas a

    implantao constante de melhoria e aperfeioamento de seus processos

    produtivos, com a finalidade de aumentar a sua produtividade, reduzir as suas

    perdas, e consequentemente aumentar a sua eficincia.

    De acordo com Contador (1998), o conceito de produtividade muito

    importante nos dias atuais. Unindo qualidade e produtividade apresenta-se possvel

    um sistema mais eficaz, o qual se torna competitivo para a empresa, pois a

    produtividade de uma organizao medida atravs da relao entre os resultados

    obtidos na produo e o total de cada recurso produtivo.

    Diante tambm da elevada concorrncia entre as empresas, as perdas nos

    processos produtivos acabam refletindo diretamente no posicionamento competitivo

    da organizao. Visando reverter esse cenrio, a empresa tem como foco

    aperfeioar e agregar maior valor ao processo produtivo, eliminar perdas e

    retrabalhos e principalmente maximizar a qualidade e eficincia dos processos.

    A empresa estudada de origem familiar e iniciou seus trabalhos no ramo

    metalomecnico h poucos anos, ampliando assim suas oportunidades de negcios.

    Devido ao seu pequeno histrico nesse segmento, a organizao tem algumas

    dificuldades nos processos de soldagem, que acabam impactando na qualidade dos

    seus produtos. Salienta-se que os principais fatores que vm contribuindo para este

    cenrio so a falta de padronizao dos procedimentos, e a falta de domnio de

    conhecimento sobre os processos aplicados, sendo que os mesmos no esto

    procedimentados.

    Desta forma, foi definido que para o presente trabalho o problema de

    pesquisa seria identificar se a implantao de algumas melhorias nos procedimentos

    do processo de soldagem poderia garantir a qualidade dos produtos soldados.

  • 13

    O desenvolvimento desse trabalho de grande importncia, pois tem como

    objetivo desenvolver e implantar melhorias dos procedimentos dos processos de

    soldagem em uma empresa de mdio porte, de modo a garantir a qualidade dos

    mesmos. Alm de identificar na reviso de literatura os elementos necessrios

    relacionados aos processos produtivos e dos procedimentos dos processos de

    soldagem, identificar os conjuntos soldados com maior ndice de no conformidade e

    dependncia dos soldadores, desenvolvimento e criao dos elementos de melhoria,

    desenvolver e criar procedimento para implantao do procedimento dos processos

    de soldagem, treinamento e qualificao das pessoas envolvidas, verificao e

    atualizao dos roteiros dos processos de soldagem, aplicar o modelo proposto.

    A motivao para elaborao desse assunto poder aplicar os conceitos

    adquiridos durante a graduao, mais especificamente na rea de processos, por

    questes de identificao com o assunto e afinidade, com a finalidade de contribuir

    para o crescimento e desenvolvimento da organizao.

    Para o acadmico em Engenharia de Produo a realizao da pesquisa na

    rea de processos de soldagem possibilita melhorias e ganhos para a empresa,

    alm de proporcionar o conhecimento de todos os processos dos produtos em

    questo, aumentando o desenvolvimento pessoal e crescimento profissional dos

    mesmos, tambm disponibilizando este estudo para utilizao em estudos futuros.

    Com a implantao dos procedimentos de soldagem, a organizao ter

    grandes benefcios, pois o mesmo ajudar na organizao dos processos e

    consequentemente no aumento da produtividade. Sendo assim, esse trabalho de

    fcil aplicao, realizao e concluso.

  • 14

    2 REVISO DA LITERATURA

    Neste capitulo ser apresentado s referencias bibliogrficas pertinentes

    relacionadas ao assunto escolhido para o trabalho, para criar embasamento e

    adquirir melhor conhecimento sobre o tema pesquisado.

    2.1 PROCESSOS DE FABRICAO E PLANEJAMENTO DO PROCESSO

    O processo de manufatura de uma indstria consiste basicamente na

    combinao dos processos envolvidos na converso de matria-prima ou de

    produtos semiacabados em produtos finais (LORINI, 1993).

    Ainda Segundo Lorini (1993), existem vrios processos de fabricao usados

    para converter matria-prima em peas acabadas como a estampagem, usinagem,

    soldagem, tratamentos trmicos, tratamentos qumicos, e outros. Dentre estes, os

    processos de soldagem desempenham um papel muito importante na fabricao de

    peas, como em todos os outros processos. Para que se alcance a qualidade

    desejada de uma pea, so necessrios planos de processo bem estabelecidos.

    Sempre que um novo produto projetado, deve-se efetuar o planejamento do

    processo para a fabricao dos seus componentes, que Pereira (2010), define como

    uma atividade de engenharia que transforma as informaes de projeto em

    sequncia de operaes. um dos pontos chaves para garantir a integrao, obter

    produtividade e alta qualidade na engenharia.

    Lorini (1993) cita ainda como principais decises que so tomadas no

    planejamento do processo de soldagem:

    Seleo da matria-prima;

    Seleo dos processos de usinagem das superfcies das peas;

    Determinao da sequncia de operaes;

    Determinao do mtodo de fixao da pea para cada operao;

    Seleo dos equipamentos e ferramentas para as operaes de

    usinagem;

    Determinao das cotas e tolerncias de fabricao para as operaes

    de usinagem;

  • 15

    Seleo das condies de usinagem e determinao dos tempos

    padres para cada operao.

    A qualidade dos planos de processo, o documento resultante do

    planejamento, influencia diretamente no trabalho preparatrio para a manufatura, e

    consequentemente na sua durao, na qualidade das peas e produtos fabricados,

    no grau de complexidade da programao da produo e nos custos de produo.

    Por isso, o planejamento do processo fundamental para a manufatura (GASPAR,

    2009).

    2.1.1 Informaes bsicas para o planejamento do processo

    No planejamento dos processos, devem ser feitas anlises pormenorizadas

    da estrutura da pea, especificaes do material, volume de produo e condies

    de fabricao, para que se tomem decises de forma apropriada quanto fabricao

    da pea (FERREIRA, 2002).

    2.1.1.1 Desenho e especificaes da pea

    Segundo Lorini (1993), o desenho e as especificaes tcnicas da pea so

    informaes bsicas para o planejamento do processo. Essas informaes podem

    estar em desenho ou em arquivo de CAD, onde devem estar explcitas informaes

    como:

    Formas e dimenses da pea;

    Cotas e tolerncias dimensionais e geomtricas;

    Acabamentos superficiais;

    Tipo de matria prima, propriedades do material.

    2.1.1.2 Matria-prima

    Existem diferentes tipos de matria-prima, como fundidos, forjados, laminados

    a quente, a frio, entre muitas outras, bem como diferentes espessuras e

    classificaes de acordo com as qualidades (FERREIRA, 2002).

  • 16

    Entretanto, a seleo da matria-prima deve levar em considerao o material

    solicitado no desenho da pea, alm das exigncias de propriedades mecnicas e o

    custo da pea, pois dependendo das caractersticas mecnicas dos materiais das

    peas pode haver limitaes para a escolha do processo. Como por exemplo, pode-

    se citar a obteno de eixos de ferro fundido que limitam a utilizao de processos

    de conformao (BENEDETTI, 2008).

    2.1.1.3 Volume de produo

    de grande importncia no planejamento do processo produtivo conhecer a

    quantidade de peas a serem fabricadas num intervalo de tempo definido e a data

    de entrega, para que assim se alcancem as exigncias de eficincia e eficcia na

    produo dos itens e nos custos da manufatura. Assim tambm, pode-se identificar a

    necessidade de mtodos alternativos, mquinas e ferramentas que devem ser

    selecionadas para suprir essas exigncias. Portanto, o volume de produo de uma

    pea determina o seu tipo de produo, e por consequncia o seu plano de processo

    (FERREIRA, 2002).

    Segundo Paranhos Filho (2007), os produtos podem ser iguais e servirem

    para a mesma finalidade, mas a tecnologia de produo pode ser diferente em

    funo das quantidades e serem produzidas.

    Paranhos Filho (2007, p. 4) cita ainda que:

    O baixo volume de produo implica organizaes simples e processos pouco padronizados, j o grande volume de produo exige organizaes complexas, altos nveis de padronizao de processos e do produto, alm de mquinas especiais, tudo para viabilizar economicamente a alta produo.

    2.1.1.4 Equipamento de produo

    Muitas vezes a modernizao de algumas mquinas necessria, visando

    melhorar as suas funes e aumentar a produtividade, porm nem sempre a melhor

    alternativa necessariamente aquela que emprega as mquinas mais avanadas.

    Segundo Ferreria (2002), a escolha dos equipamentos que sero utilizados na

    fabricao das peas, necessrio analisar alguns critrios bsicos, como por

  • 17

    exemplo o nmero de ferramentas necessrias, tamanho do lote, preciso,

    capacidades, tempos de preparao, ajustes e custo hora.

    2.1.2 Documentao no planejamento do processo

    De acordo com Ferreira (2002), depois que o planejamento do processo

    estiver efetuado, documentos descrevendo o processo devem ser arquivados. Estes

    documentos servem para guiar a organizao da produo no ambiente de fbrica,

    inclusive a programao da produo, e para o operador realizar as operaes.

    2.1.2.1 Folha de processo

    Estes documentos, geralmente na forma de tabelas, so chamados de folha

    ou plano de processos ou de operaes. Estas folhas de processo podem conter

    informaes sobre operaes, ou detalhamento das operaes elementares

    (FERREIRA, 2002).

    A primeira folha contm uma descrio genrica do processo de manufatura a

    ser executado. Incluem-se neste plano as operaes do processo, o equipamento a

    ser utilizado em cada operao, o ferramental e o tempo padro estimado para cada

    operao. Na Figura 1 ilustra-se um exemplo de folha de processo de operaes.

  • 18

    Figura 1 - Exemplo de folha de processo de operaes

    Fonte: Ferreira (2002).

    J a folha de processos de operaes elementares contm o detalhamento

    destas operaes e utilizada para direcionar o operador para a forma que deve

    executar corretamente a operao. Neste plano incluem-se informaes como o

    mtodo de fixao da pea, contedo e sequncia das operaes, equipamento e

    ferramental utilizado, condies do processo, estimativas de tempos padres, entre

    outras. Como o objetivo desta folha de processo descrever claramente cada

    operao ao operador, faz-se necessrio que haja um desenho de fabricao da

    pea nesta folha (FERREIRA, 2002).

    A Figura 2 ilustra um exemplo de plano de processo para operaes

    elementares.

  • 19

    Figura 2 - Exemplo de Folha de processo com operaes elementares

    Fonte: Ferreira (2002).

    2.1.3 Processos no estruturados

    comum identificar nas pequenas e mdias empresas processos no

    estruturados adequadamente e a maneira de execut-los s est clara para quem o

    faz e s est registrada na memria das pessoas. Alm disto, se vrias pessoas

    executam o mesmo trabalho, normalmente cada uma faz de uma maneira diferente.

    Portanto, de fundamental importncia montar um plano de produo bem

    estruturado para que se resolva este problema. Como principal vantagem de ter um

    processo bem estruturado assegurar que os produtos ou servios sejam

  • 20

    padronizados, com as mesmas caractersticas de qualidade e satisfao as

    exigncias dos clientes (GONALVES, 2000).

    2.2 PRODUTIVIDADE

    Em sua definio mais abrangente, produtividade uma medida da relao

    entre o nvel de produo e o uso de insumos. Severiano Filho (1999) cita que a

    definio de produtividade e eficincia est intimamente associada, e Macedo (2002)

    complementa dizendo que o panorama competitivo vivenciado pelas organizaes

    sem produtividade ou sem a eficincia do processo produtivo, dificulta para que

    estas sejam bem-sucedidas ou at mesmo para que sobrevivam no mercado.

    Zaccarelli (1990) cita que nos ltimos anos descobriu-se que o foco da

    produtividade havia mudado, pois as empresas bem-sucedidas passaram a

    perseguir um aumento constante da produtividade, no apenas para reduzir o custo

    da mo-de-obra, mas principalmente para obter vantagens competitivas.

    O autor cita ainda um exemplo, no qual se a empresa que escolhe competir

    com novos produtos, precisa de agilidade para projetar, preparar prottipo, construir

    ferramental, divulgar o novo produto, estudar processos, preparar mquinas e

    fabricar. E a empresa s alcana esses atributos, necessrios competio no

    campo escolhido se tiver alta produtividade e em virtude disso que muitos autores

    como Severiano Filho e Macedo falam que a alta produtividade condio para

    alcanar vantagens competitivas.

    Severiano Filho (1999) faz uma anlise mais clssica sobre produtividade, e

    toma como referncia trs definies:

    Produtividade de Fator simples: quando utiliza apenas um dos insumos

    usados no processo produtivo como medida, tais como capital, mquina, energia,

    homem;

    Produtividade de Valor Agregado: medido pela relao entre o valor

    agregado e os diversos recursos de produo utilizados;

    Produtividade de Fator Total: quando so considerados mais de um

    insumo ao mesmo tempo, geralmente mo-de-obra e capital.

  • 21

    Severiano Filho (1999) foi quem criou o conceito de produtividade mltipla dos

    fatores, onde designa a relao entre alguma medida de produo e os possveis

    fatores de produo: capital, trabalho, matrias-primas, energia.

    2.3 QUALIDADE

    Dentro do contexto mundial, a busca da competitividade tem exercido um

    papel relevante para o aprimoramento e conquista de novos mercados e assim a

    qualidade est sendo visualizada como uma forma de gerenciamento que, quando

    implementada, melhora de modo contnuo o desempenho organizacional (VERAS,

    2009).

    A evoluo da qualidade passou por trs grandes eras, conforme mostrado na

    Figura 3.

    Figura 3 - Eras da Qualidade

    Fonte: Maximiano (2000) apud Oliveira (2006).

    No planejamento do processo, a qualidade pea fundamental, e quando um

    plano de processo implementado, este deve considerar que todas as exigncias de

    qualidade sejam atingidas, sem depender da habilidade do operador (FERREIRA,

    2002).

    Para complementar a justificativa da importncia da qualidade no

    planejamento do processo produtivo, cita-se a definio que CROSBY (1998 p.31)

    fez da qualidade, "Qualidade a conformidade do produto s suas especificaes".

    As necessidades devem ser especificadas no planejamento do processo, e a

    qualidade possvel quando essas especificaes so obedecidas sem ocorrncia

    de defeitos.

  • 22

    2.4 PROCESSO DE JUNO

    O processo que consiste na ligao permanente ou contato de duas ou mais

    peas, denominado de juno, conforme Martins (2009). Este processo classifica-

    se de acordo com a forma de juno empregada, podendo ser direto, como por

    exemplo, a soldagem e brasagem, ou ainda pela ao de elementos adicionais de

    fixao, como parafusos e rebites. A Figura 4 mostra o esquema da classificao

    das junes.

    Figura 4 - Classificao dos processos de junes.

    Fonte: Martins (2009).

    2.4.1 Processo de juno por soldagem

    Segundo SENAI (1996, p.5):

    A soldagem pode ser definida como uma unio de peas metlicas, cujas superfcies se tornaram plsticas ou liquefeitas, por ao de calor ou de presso, ou mesmo de ambos. Poder ou no ser empregado metal de adio para se executar efetivamente a unio.

    Na soldagem, os materiais das peas a serem soldadas devem ser se

    possveis iguais, ou no mnimo semelhantes em termos de composio, assim como

    tambm o material de adio, que deve ser igual em termos de caractersticas, pois

    os materiais se fundem na regio da solda. O metal de adio deve ter uma

  • 23

    temperatura de fuso prxima quela do metal-base ou, ento, um pouco abaixo

    dela, para que no ocorra deformao plstica (SENAI, 1996).

    A Figura 5 mostra uma viso transversal de um cordo de solda.

    Figura 5 - Viso transversal de um cordo de solda

    Fonte: Felizardo (S/D).

    Martins (2009) cita como principais vantagens das junes soldadas

    comparadas com outros processos, tais como rebitagem e parafusamento:

    Reduo do peso;

    Economia de tempo;

    Melhor fluxo da fora;

    Menores exigncias de limpeza das superfcies;

    Sem envelhecimento;

    Suporte de elevadas solicitaes mecnicas, tanto quanto a pea.

  • 24

    2.4.1.1 Principais processos de soldagem

    2.4.1.1.1 Soldagem oxiacetilnica

    Conforme Marques et al (2007) a soldagem oxiacetilnica consiste no

    processo de unio de peas pela fuso localizada do metal por uma chama gerada

    na reao entre o oxignio e o acetileno. O material de adio, na forma de fio ou

    barra, quando utilizado, aplicado pelo soldador com uma das mos, enquanto que,

    com a outra, ele manipula o maarico, como se pode observar na Figura 6.

    Figura 6 - Solda oxiacetilnica

    Fonte: Marques et al (2007).

    A temperatura alcanada com a chama oxiacetilnica de 3200C na ponta

    do cone. A soldagem oxiacetilnica utiliza equipamento simples e de baixo custo e

    pode ser usada para a soldagem de diversos tipos de metais. Marques (2007, p.)

    comenta ainda que:

    O mesmo equipamento, com pequenas alteraes no maarico, pode ser utilizado para corte, brasagem e tratamento trmico de pequenas peas. Contudo, devido sua baixa intensidade de calor e, consequemente, baixa produtividade, a soldagem oxi-acetilnica foi largamente suplantada pelos processos de soldagem a arco, sendo atualmente mais usada em manuteno e soldagem de chapas e tubos de parede fina.

  • 25

    2.4.1.1.2. Soldagem a arco eltrico (MIG/MAG)

    O processo de soldagem MIG/MAG considerado um processo

    semiautomtico, pois utiliza como material de adio o arame eletrodo de

    alimentao contnua, no qual o soldador precisa apenas controlar a velocidade de

    avano durante a operao, mantendo a distncia do bico de contato pea

    constante. Tambm so utilizados gases inertes ou ativos para proteger a regio de

    solda. (SOLCI, 2012).

    A Figura 7 ilustra o processo.

    Figura 7 - Soldagem MIG/MAG

    Fonte: ESAB (2005).

    Na soldagem MIG/MAG, a altura do arco eltrico controlada pela diferena

    de potencial (voltagem) aplicada entre os eletrodos.

    ESAB (2005) cita como principais vantagens da soldagem MIG,MAG a

    possibilidade de ser efetuada em todas as posies, no haver a necessidade de

    remoo de escria, altas velocidades de soldagem e menos distoro das peas.

    2.4.1.1.3 Soldagem a arco eltrico (TIG)

    A soldagem TIG (tungstnio-inerte-gs), conforme SENAI (1996) uma das

    que requer maior treinamento e habilidade do soldador, o calor necessrio para essa

    soldagem provm de um arco eltrico estabelecido entre um eletrodo de tungstnio,

    e o metal-base, mostrado na Figura 8.

  • 26

    Figura 8 - Soldagem TIG

    .

    Fonte: SENAI (1996).

    por no consumir o eletrodo que o processo TIG se diferencia da soldagem

    convencional e do MIG/MAG, sendo que quando necessrio utilizar metal de adio,

    procede-se como na solda oxiacetilnica, onde se utiliza a vareta, mas no se

    devem estabelecer comparaes entre os dois processos (ASM TREINAMENTOS,

    2013).

    Na soldagem TIG a altura do arco eltrico controlada pela distncia eletrodo

    pea, diferentemente da soldagem MIG, MAG.

    As principais vantagens da soldagem TIG que solda todos os metais, tem

    bom controle da penetrao, tambm possibilita ser efetuada em todas as posies

    e possui baixos nveis de Hidrognio (ASM TREINAMENTOS, 2013).

    2.4.2 Principais fatores que influenciam o processo

    Segundo Bracarense (2004) existem vrios fatores que influenciam

    diretamente a qualidade da soldagem, dentre os quais podemos citar como mais

    importantes:

    Espaamento entre eletrodos;

    Condies dos materiais;

    Uniformidade dos pontos de solda;

    Rebarbas e ondulaes;

  • 27

    Aquecimento;

    Tempo;

    Presso;

    Resistncia mecnica.

    Porm, Bracarense no cita um fator relevante no processo de soldagem, que

    Santos e Mainier (2006) descrevem como sendo o fator humano. Quando o

    processo de soldagem no automtico (executado por robs), o processo

    realizado por operadores, e chamado de manual. Os processos manuais so

    influenciados diretamente pela ao do homem e podem estar sujeitos a erros mais

    frequentes.

    Com a disponibilizao aos operadores de instrues detalhadas para

    execuo das atividades, esses erros tendem a serem menos frequentes. Essas

    informaes podem estar contidas em um documento chamado de plano de

    processo. Uma vez definidas as atividades de cada operador, este responsvel por

    realizar as suas soldagens conforme o plano de processo, nas especificaes e no

    tempo definido pela rea de planejamento de processo.

  • 28

    3 METODOLOGIA

    Tendo definidos os objetivos da pesquisa e executado o embasamento terico

    para a proposta do estudo, define-se ento o procedimento metodolgico de

    pesquisa, que tem a funo de definir os parmetros utilizados no desenvolvimento

    do estudo, bem como aspectos relevantes neste processo para que se alcancem os

    objetivos finais.

    Desta forma, para o presente estudo definiu-se a pesquisa-ao como

    mtodo. Segundo Gil (2002), este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar

    maior familiaridade com o problema, com vistas a torn-lo mais explcito ou a

    constituir hipteses.

    O estudo foi realizado em uma empresa metalrgica de mdio porte situada

    no municpio de Horizontina RS, com o objetivo de propor melhorias atravs de

    estudos bibliogrficos e aplicaes junto empresa, podendo assim definir que a

    pesquisa torna-se de natureza aplicada e descritiva, pois os procedimentos esto

    detalhados aos procedimentos da mesma.

    3.1 MTODOS E TCNICAS

    O trabalho inicia com a etapa exploratria, com a pesquisa de campo, no qual

    se buscou identificar em outras indstrias, formas de conter as no conformidades

    da soldagens, quais documentos e instrues as mesmas utilizam, e que benefcios

    tm com a utilizao dos mesmos.

    Concluda a pesquisa preliminar, iniciou-se uma pesquisa aprofundada do

    assunto, caracterizada pela busca de conhecimentos especializados na rea de

    estudo, atravs de livros, peridicos e artigos, que contribuam com o embasamento

    necessrio para fazer a proposta de um modelo de instruo de soldagem.

    Em seguida, concentrou-se no estudo detalhado do processo realizado

    atualmente pela empresa, e buscou-se conferir in loco a realizao do trabalho, os

    procedimentos utilizados, informaes que os operadores tm e quais as

    dificuldades encontradas pelos mesmos.

  • 29

    A partir de levantamentos de dados junto ao setor de qualidade da empresa,

    pode-se analisar os indicadores existentes para o processo, descrio de no

    conformidades e principais variveis que afetam estes indicadores e a partir da

    anlise destes dados detectaram-se os principais causadores dos problemas

    relacionados soldagem, definindo o problema de pesquisa do trabalho.

    Na sequncia, descreveu-se o modelo de instruo de soldagem proposto,

    utilizando fotos dos dispositivos e das peas, descrevendo como foi elaborado, que

    informaes este documento contm e de que forma ele deve ser utilizado e

    atualizado.

    Como fase final do trabalho, as melhorias esperadas com a implantao da

    instruo de soldagem proposta foram abordadas. Utilizando trs itens considerados

    os mais crticos em nvel de no conformidades, avaliaram-se os ndices de

    problemas antes e depois da aplicao da instruo, na qual se pode constatar uma

    considervel reduo dos problemas relacionados soldagem.

  • 30

    4 APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS

    Nos resultados e discusses sero apresentados os processos estudados na

    reviso da literatura, com base nos requisitos e orientaes para a elaborao do

    procedimento do processo de soldagem, bem como os estudos do processo atual e

    fatores que influenciam este processo, sendo que na sequncia, ser apresentada a

    proposta de um modelo de procedimento para o processo de soldagem da empresa,

    seguido dos resultados quantitativos da aplicao deste projeto.

    4.1 HISTRICO E CARACTERIZAO DA EMPRESA

    Criada em 1985, a Artefacto uma empresa de origem familiar que atua no

    ramo metalomecnico e est situada na regio Noroeste do Rio Grande do Sul.

    Inicialmente, a empresa fabricava apenas brinquedos e embalagens em madeira que

    eram utilizadas principalmente para o transporte de peas e componentes.

    A partir de 2003, a empresa passa a fabricar tambm peas metlicas e

    introduz um processo inovador no mercado brasileiro, o emborrachamento de peas

    metlicas, sendo uma das nicas empresas do Brasil a possuir este processo. Por

    volta de 2003, identificando a necessidade de atender um mercado cada vez mais

    exigente, a Artefacto implementa mais dois processos diferenciados, no segmento

    de proteo superficial, o processo de galvanoplastia, ou seja, zincagem, e o

    processo de pintura a p e liquida, alm de investir na melhoria dos processos de

    corte com a aquisio de uma mquina de corte a laser.

    Em 2005 a organizao, auxiliada pelo SEBRAE, inicia seus trabalhos

    voltados qualidade, participando no Programa Gacho de Qualidade, e investe

    esforos para, em fevereiro de 2008, obter a certificao ISO 9001:2000 atravs da

    Bureau Veritas Certification, e passar em 2009 a ser a primeira empresa do interior

    do estado a obter certificao ISO 9001:2008.

    Por volta de 2009, a Artefacto buscou inserir-se em um novo mercado

    consumidor, onde identificou grande potencial de crescimento, o mercado

    marmorista. Atravs da realizao de estudos, com o intuito de identificar as

    expectativas das empresas marmoristas, desenvolveu o projeto de uma mquina

  • 31

    polidora de rochas, (mrmores e granitos) a qual tem por objetivo facilitar o processo

    de polimento de tais rochas e incluir a empresa no segmento de mquinas do setor.

    No ano de 2010, a empresa identifica a necessidade de setorizar os seus

    diferentes ramos de atuao, separando assim o segmento de madeira e de metal

    em duas fbricas distintas, montando uma estrutura nica para a fabricao de itens

    de madeira e outra para a alocao dos processos de fabricao em metal.

    A partir do ano de 2010 at os dias atuais, a empresa vem vivenciando um o

    crescimento constante das demandas, alm da expanso de sua carteira de clientes,

    formada hoje principalmente pelas maiores montadoras do setor de mquinas

    agrcolas. Desta forma, a Artefacto vem investindo cada vez mais na aquisio de

    novos equipamentos, maquinrios, melhorias em infraestrutura e principalmente na

    melhoria constante de seus processos de fabricao, para que desta forma possa

    continuar atendendo de forma eficaz a todas as expectativas dos seus clientes, na

    Figura 9, encontra-se uma imagem rea da estrutura da empresa.

    Figura 9 Empresa Artefacto

    4.2 ESTUDO DO PROCESSO PRODUTIVO ATUAL

    4.2.1 Descrio do processo

    O processo de soldagem realizado na empresa consiste no processo de MIG

    MAG, o qual j foi citado anteriormente como sendo um processo que utiliza como

  • 32

    material de adio o arame eletrodo de alimentao contnua, e no qual o soldador

    precisa apenas controlar a velocidade de avano durante a operao de soldagem.

    A empresa conta atualmente com 03 operadores realizando este processo e

    esta mo de obra que se torna a principal preocupao dos gestores. Em virtude de

    a rotatividade neste setor ser alta e do desenvolvimento deste processo exigir

    habilidade de quem o executa, a qualidade e a produtividade tm grande tendncia

    de diminuir, j que o volume de trabalho torna praticamente impossvel para o

    operador concluir o perodo de adaptao e treinamento, vindo a soldar os itens de

    produo antes mesmo de possuir o conhecimento mnimo dos procedimentos da

    empresa.

    Quanto s instrues e procedimentos de soldagem que a empresa possui,

    todos os conjuntos soldados possuem roteiro de produo, no qual constam as

    informaes referentes regulagem dos aparelhos de solda, bem como o desenho

    da pea. A seguir, segue o fluxograma do procedimento para a realizao da solda.

    Figura 10- Fluxograma do processo de soldagem

  • 33

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Segue o detalhamento do fluxograma do processo de soldagem apresentado.

    a) O operador recebe a ordem de produo do supervisor. A ordem a

    forma que ele tem para visualizar qual item deve ser produzido, em que

    quantidade, qual o cdigo do dispositivo que ele deve utilizar e o desenho tcnico

    do item, que deve conter as informaes sobre os cordes de solda a serem

    feitos. A Figura 11 mostra um exemplo de ordem de produo utilizada hoje pela

    empresa, onde as informaes referentes solda do item esto localizadas logo

    abaixo da descrio dos componentes.

  • 34

    Figura 11 - Ordem de produo da empresa

    Fonte: Adaptado pelo autor.

    b) O operador verifica se a voltagem, a amperagem e a vazo de gs

    esto conforme especificado na Ordem de Produo, e se algum destes no

    estiver conforme estipula a OP, deve ser feita a regulagem do aparelho de solda

    para que o mesmo esteja de acordo com o especificado. Na Figura 12 tem-se

    uma imagem dos equipamentos utilizados pela empresa para a soldagem

    (aparelho de solda e o cilindro de gs).

  • 35

    Figura 12 - Aparelho de solda.

    Fonte: Elaborado pelo Autor.

    c) O operador verificar na OP o cdigo do dispositivo de solda que deve

    ser utilizado e aps buscar o mesmo na prateleira dos dispositivos. Todas as

    ferramentas e dispositivos de solda so identificados com um cdigo e ficam

    armazenados em prateleiras prximas s cabines de solda. Porm, devido ao

    tempo de uso de alguns dos dispositivos, os cdigos podem acabar caindo ou

    sendo danificados, ou ainda devido falta de organizao, o processo de

    procurar os dispositivos nestas prateleiras acaba se tornando algo demorado,

    alm de muitas vezes o operador no encontrar o que precisa. As Figuras 13

    mostra de que forma esto dispostos os dispositivos e ferramentas nas

    prateleiras e como a identificao dos cdigos.

  • 36

    Figura13 - Prateleiras dos dispositivos

    A Figura 14, mostra a identificao do cdigo do dispositivo preso junto ao

    mesmo, da mesma forma como identificado o local onde o mesmo fica

    armazenado na prateleira.

    Figura 14 - Dispositivo com o cdigo de identificao

    d) Operador analisa o desenho que est anexado atrs da O.P e verifica

    os cordes de solda que ele deve executar. A empresa possui muitos itens que

    necessitam de soldagem, e alguns com particularidades prprias quanto forma

    de fazer o cordo, medidas, entre outros, ficando assim em certos itens

  • 37

    dependncia direta da empresa com o operador que, por tempo maior de

    empresa e prtica, conhece bem o processo, por isso da grande preocupao da

    gesto com a rotatividade de funcionrios. Normalmente quando ocorre de o

    operador no encontrar a informao que necessita para executar a soldagem,

    ele recorre engenharia, que por sua vez o auxilia na identificao de

    dimenses, desenhos atualizados, formas de cordes, entre outras.

    e) Tendo todas as informaes necessrias para o desenvolvimento do

    trabalho, o operador solda a 1 pea do lote, comunica o inspetor da qualidade

    para que faa a verificao da pea, para garantir que a mesma esteja conforme

    a especificao. Alm da verificao executada na primeira pea, realizada

    outra checagem a cada 30 peas soldadas, evitando que, caso tenha alguma no

    conformidade com o processo, o lote inteiro fique incorreto.

    f) Aps soldar todo o lote das peas, o operador responsvel por

    encaminhar as mesmas para o setor de respingos, pois diferentemente de

    algumas empresas onde o prprio soldador retira os respingos resultantes da

    soldagem, a Artefacto possui um setor em que h operadores especificamente

    para realizar esta tarefa. Aps passar por este processo, a pea segue no fluxo

    normal, seja para a pintura, zincagem ou direto para o estoque.

    4.2.2 Indicadores de qualidade do processo

    A empresa possui controle rgido dos seus processos de fabricao. Desta

    forma, todas e quaisquer no conformidades encontradas durante a produo, ou

    mesmo no estoque, so contabilizadas. De forma detalhada, o setor da qualidade

    toma nota destas no conformidades, nas quais mantm registros de todos os

    meses do ano, e de anos anteriores tambm, uma vez que o indicador destas no

    conformidades utilizado como parmetro para a bonificao que a empresa

    oferece ao final de cada ano. A planilha utilizada para o controle destes dados segue

    na Figura 15.

  • 38

    Figura 15 Controle de produtos no conformes

    Fonte: Adaptado pelo autor.

    Os dados que so coletados para gerar o indicador de no conformidades so

    basicamente a quantidade da OP a ser produzida e quantas destas no esto em

    conformidade, que podem muitas vezes ser um lote inteiro ou no. A Figura 16

    mostra a forma como estes dados so contabilizados, para a gerao do indicador.

    Figura 16 Tabela de quantidades produzidas vs quantidade de no conformidade

    Fonte: Adaptado pelo autor.

    O indicador gerado a partir destes dados, que segue na Figura 17, e tem

    como mtrica Partes Por Milho, ou seja, divide-se a quantidade de no conformes

    pela quantidade produzida, levando em considerao todos os problemas

    relacionados soldagem naquele ms, e o resultado desta diviso multiplicado por

    1 milho. O indicador tem como meta 5000 Partes Por Milho mximas de no

    conformidades mensais.

  • 39

    Figura 17 Indicador de no conformidades mensal

    Fonte: Adaptado pelo autor.

    Como se pode verificar no grfico da Figura 17, a meta de 5000 PPM no

    vem sendo alcanada desde dezembro de 2012, quando j ultrapassava os 20000

    PPM. No ms de janeiro h uma pequena reduo neste ndice, porm ainda assim

    ultrapassa a meta, j o ms de abril teve o pior desempenho dos seis meses, onde o

    PPM de no conformidades atingiu 64710 PPM, ou seja, um nmero 12 vezes maior

    que o parmetro aceitvel. Analisando-se estes dados, percebe-se a necessidade da

    avaliao das causas que esto levando a ndices no aceitveis de no

    conformidades.

    4.2.3 No conformidades causadas pelo operador

    Feita a anlise dos dados e tendo a informao de que o maior ndice de no

    conformidades surge em virtude de falhas do operador, realizou-se uma anlise de

    todas as no conformidades ocasionadas por falha humana nesses primeiros seis

    meses de 2013, das quais as mais recorrentes seguem descritas na Tabela 1.

  • 40

    Tabela 1 Descrio das no conformidades

    Descrio da NC Componentes soldados fora do esquadro ou desalinhados

    Qtde total de NC 53 peas

    Status 22 - Retrabalho 31 Sucata

    Descrio da NC Excesso de solda

    Qtde total de NC 134 peas

    Status 125 - Retrabalho 9 Sucata

    Descrio da NC Falta de penetrao da solda

    Qtde total de NC 23 peas

    Status 23 Retrabalho

    Descrio da NC Excesso de respingo

    Qtde total de NC 215 peas

    Status 215 - Retrabalho

    Fonte: Elaborado pelo autor.

  • 41

    A expectativa quanto aplicao do modelo se no eliminar, reduzir

    drasticamente os ndices de no conformidades existentes atualmente na empresa.

    Para que se pudesse fazer uma anlise preliminar dos resultados desta aplicao,

    observaram-se nos meses de maio e junho os itens que se destacaram mais pelas

    quantidades de no conformidades. Foram escolhidos os trs itens com os mais

    altos ndices de defeitos de soldagem, elaborando-se os grficos a seguir que sero

    comparados mais tarde com os resultados obtidos aps a aplicao do modelo.

    Figura 18 No conformidades de maio e junho

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    O grfico da Figura 18 mostra os trs itens que foram escolhidos como

    parmetro para o estudo das melhorias da instruo de soldagem proposta. Os

    mesmos apresentavam um elevado ndice de no conformidades, como se pode

    constatar comparando a quantidade produzida com a quantidade de itens com

    problemas conforme o grfico. O item 71407659 teve 100 peas, das 170

    produzidas, com problemas. J o 71431069 foram 123 peas no conformes de 165

    produzidas, mas o item que mais se destacou foi o DQ71833 que teve todo o lote

    condenado, ou seja, 100% dos itens no conformes.

  • 42

    4.3 PROPOSTA DE UM NOVO PROCEDIMENTO PARA O PROCESSO DE

    SOLDAGEM

    Com o objetivo de contribuir com a melhoria contnua nos processos da

    Artefacto e buscando um atendimento mais eficiente aos requisitos do cliente,

    estudaram-se formas de aprimoramento para o processo de soldagem realizado pela

    empresa. Primeiramente, buscou-se investigar o que outras empresas do ramo

    estavam utilizando como instruo aos seus operadores, e que vantagens as

    mesmas vinham lhes trazendo. Diferentes modelos foram analisados, layouts e

    informaes que estes documentos deveriam conter, para serem eficientes,

    buscando um melhor entendimento do operador quanto as suas atividades; bem

    como padronizar a forma de realizar as tarefas e propor uma viso mais organizada

    e produtiva do processo. A partir deste estudo, desenvolveu-se um modelo de folha

    de processo, ou instruo de soldagem, contemplando as necessidades especficas

    do processo de soldagem realizado na empresa, que ser apresentado a seguir.

    4.3.1 Identificao da causa raiz

    Para identificar a causa raiz destes problemas de qualidade na soldagem,

    avaliaram-se as informaes dos seis primeiros meses do ano de 2013 listadas na

    planilha de controle de no conformes da qualidade. Esta avaliao foi feita reunindo

    os dados da planilha e identificando as causas mais recorrentes, onde se

    evidenciaram dois fatores principais que afetam o processo, como mostra a Figura

    19. Faz-se necessrio saber que nos dados apresentados no grfico a seguir esto

    o nmero de registros na planilha, e no o nmero de peas no conformes,

    podendo um registro abranger uma quantidade variada de vrias peas com

    problemas.

  • 43

    Figura 19 Causas de no conformidades

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    Este grfico demonstra uma informao muito relevante para este estudo, e

    foi com base na matriz de priorizao, feita inicialmente pela empresa, e nos

    resultados desta avaliao que o presente estudo direcionou seus esforos. E por

    isso se evidenciou que, apesar de o ndice de contribuio da engenharia e de

    variveis do processo em si tambm serem altos, o operador o grande agente

    influenciador neste caso, sendo o maior ndice de no conformidades associado

    diretamente com a mo de obra. Dentre as causas das no conformidades

    especificadas pela qualidade, as mais recorrentes foram a falta de ateno ou de

    treinamento do operador.

    4.3.2 Descrio do novo procedimento para o processo de soldagem

    O conjunto de informaes enviado aos operadores de mquinas, atualmente,

    impresso junto ordem de produo, como j foi colocado anteriormente, porm

    identificou-se que as informaes de como fabricar o produto no esto sendo

    eficientes. Desta forma, o modelo de instruo de soldagem que ser apresentado

    agora, utiliza uma sistemtica um pouco diferente, e busca principalmente

    complementar as informaes que j existem hoje.

  • 44

    Utilizou-se como exemplo o item 6269532M91, o qual tem relatos de um

    grande nmero de no conformidades, relacionadas posio dos itens no

    dispositivo, falta de solda, soldas desalinhadas, entre outros. A Figura 20 mostra o

    exemplo da instruo de solda proposta para a empresa. A seguir, ser feito seu

    detalhamento.

    Figura 20 Instruo de solda

  • 45

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    O exemplo apresentado na Figura 20 mostra primeiramente, os dados gerais

    da instruo de soldagem, ou seja, os que devem ser informados em todas as

    instrues. Porm, este modelo pode variar um pouco de acordo com o item a ser

    soldado, j que dependendo da complexidade da pea so necessrias informaes

    adicionais ou mais detalhadas.

    a) Descrio: refere-se ao item a ser soldado, sua descrio, como o

    mesmo identificado, e seu nome;

  • 46

    b) Cdigo: o nmero de identificao, cada item produzido tem um nmero

    nico de identificao;

    c) Cliente: refere-se a quem o item ser produzido, que empresa fez o

    pedido e espera pela entrega do mesmo;

    d) Gabarito: este campo deve ser preenchido com o cdigo do dispositivo a

    ser utilizado nesta soldagem;

    e) ITS: cada instruo recebe um cdigo de identificao, e este cdigo deve

    estar descrito na ordem de produo, para que o operador que necessite desta

    informao saiba qual das instrues deve seguir;

    f) Proprietrio: nome da empresa proprietria do dispositivo.

    g) Reviso: trata-se da reviso do desenho da pea. Este dado tem a funo

    de garantir que todas as informaes estejam sempre atualizadas e na ltima

    verso.

    Estes so os dados gerais que devem estar descritos no documento. A partir

    do preenchimento destas informaes, segue-se para o prximo passo, no qual se

    observa o desenvolvimento da instruo de trabalho em si. Nesta etapa do

    documento, as informaes so organizadas de acordo com os passos que cada

    item exige para o desenvolvimento da sua soldagem, mas que devem seguir o

    padro de formatao.

    a) Foto do dispositivo: a primeira informao que se julgou importante

    conter neste documento, foi a foto e o cdigo do dispositivo a ser utilizado, pois a

    empresa possui muitos dispositivos de solda e alguns destes so

    consideravelmente parecidos, podendo confundir o operador. Assim, alm de

    economizar tempo na identificao e procura do mesmo, ele tem a certeza de

    estar utilizando o equipamento correto.

    b) 1 e 2 Passo: Neste exemplo, definiu-se como 1 passo, posicionar os

    componentes a serem soldados. Para facilitar, foram colocados os cdigos dos

    itens que devem ser montados para a soldagem, alm da foto dos mesmos, que

    auxilia na visualizao e evita que seja feita de outra forma, a no ser a que est

    descrita;

  • 47

    c) 3 Passo: no passo trs, inicia-se a instruo dos pontos de soldagem das

    peas. Com o auxlio da foto e das indicaes, o operador tem bem claro como

    deve realizar o trabalho, evitando soldagens fora de posio e empenamentos.

    Neste caso, s h pontos de solda, mas em casos onde h cordes maiores, este

    passo deve ser dividido em mais etapas, tantas quantas se julgar necessrio para

    que o operador possa compreender perfeitamente como executar a solda.

    Tambm tendo em vista que as informaes dos produtos como desenho,

    medidas, material entre outros, podem sofrer alteraes com o tempo, h uma

    necessidade de estas instrues manterem-se atualizadas. Por este motivo, o

    procedimento de trabalho da engenharia, responsvel pela criao das instrues,

    deve receber um item adicional no qual institui a reviso de todas as instrues uma

    vez ao ano, para garantir que as informaes cheguem sempre atualizadas ao

    ambiente de fbrica.

    Contemplando todas as informaes necessrias, as instrues devem ser

    disponibilizadas em uma pasta protegida que ficar em um pedestal, sempre no

    setor de soldagem na rea da superviso, de forma acessvel a todos os soldadores.

    Apesar de esta instruo ser um documento simples e de fcil entendimento,

    todos os operadores receberam treinamento sobre a mesma, para que saibam o

    significado de cada informao contida neste documento, bem como de que forma

    devem interpretar essas informaes e que vantagens tm com a sua utilizao.

    4.4 RESULTADOS QUANTITATIVOS OBTIDOS DO PROJETO

    Em virtude dos fatos apresentados na explanao do problema, no qual foram

    identificados os trs itens com o mais elevado numero de defeitos, foram feitas as

    instrues de solda, conforme o modelo proposto, para os trs itens e

    disponibilizadas aos operadores j devidamente treinados. Iniciou-se ento o

    monitoramento dos trs itens selecionados e aps dois meses da implantao das

    instrues, pode-se formular um novo grfico com a comparao das no

    conformidades encontradas nos meses de maio e junho, e nos meses aps a

    implantao da nova instruo, julho e agosto.

  • 48

    Figura 21 Antes e depois da aplicao do modelo de instruo

    Fonte: Elaborado pelo autor.

    O grfico demonstra uma situao muito diferente da apresentada naquele

    anterior, pois os trs itens tiveram uma reduo significativa de no conformidades.

    O Item 71407659 apresentou apenas 13 itens com defeitos, enquanto nos

    meses anteriores apresentou 100. O item 71431069 tivera 22 no conformes nos

    ltimos dois meses enquanto que antes tinha apresentado 123. J o item DQ71833,

    que anteriormente tivera o lote todo condenado, apresentou apenas 40 falhas, uma

    reduo de mais de 85% dos problemas, quando comparado aos meses de maio e

    junho.

    Estes dados comprovam a eficincia deste documento junto ao processo de

    soldagem, onde se identificou uma melhora significativa nos ndices das no

    conformidades, sendo todos os objetivos do presente estudo alcanados com xito.

  • 49

    CONCLUSO

    Visto que as organizaes esto inseridas hoje em um cenrio muito

    competitivo e que vlida toda a melhoria que venha a contribuir para mant-la

    neste mercado, evidencia-se inicialmente que o objetivo geral do TFC foi o de

    desenvolver e implantar melhorias nos procedimentos dos processos de soldagem

    em uma empresa metalrgica. O objetivo foi atingido conforme o item 4.4, no qual se

    observou a avaliao realizada na empresa aps a utilizao da instruo.

    Deve-se ressaltar que, atravs do conhecimento adquirido na reviso da

    literatura, da compreenso do processo de produo realizado na empresa, e da

    pesquisa de exemplos utilizados por outras organizaes, foi possvel atravs da

    elaborao do modelo de instruo definir os padres para a realizao de tal

    processo, layout, e demais informaes necessrias. Ainda destaca-se que a partir

    da implantao do novo procedimento de soldagem, dedicaram-se esforos ao

    treinamento e orientao dos operadores, atendendo a todos os objetivos

    especficos definidos inicialmente para o estudo.

    Atravs do presente trabalho, foi possvel proporcionar que a empresa, no que

    diz respeito ao processo de soldagem, estabelecesse um padro das atividades,

    melhorasse o entendimento do operador e facilitasse o acesso s informaes,

    tornando o processo muito mais confivel e reduzindo significativamente as no

    conformidades.

    A partir destes resultados positivos, percebe-se a necessidade de estender a

    aplicao do modelo a outros setores, analisando as particularidades de cada

    processo, visando aumentar a qualidade e produtividade da empresa como um todo.

  • 50

    REFERENCIAS ASM TREINAMENTOS. Soldagem TIG. Disponvel em: http://www.asmtreinamentos.com.br/asm/downloads/soldador/arquivo41.pdf Acessado em: abril de 2013. BRACARENSE, A. Q. Processo De Soldagem Por Resistncia Eltrica Rw. Grupo de Robtica, Soldagem e Simulao da Universidade Federal de Minas Gerais, 2004. CROSBY, P. A gesto pela qualidade. Banas Qualidade, v.8, n. 70, p. 98. Maro/1998. ESAB, Assistncia Tcnica Consumveis. Soldagem MIG/MAG. ltima reviso em 25 de janeiro de 2005. FELIZARDO, I. Processos de fabricao por soldagem. Departamento de Engenharia Mecnica UFMG, S/D. FERREIRA, J. C. E. Conceitos Bsicos Sobre Planejamento do Processo. GRIMA/GRUCON/EMC/UFSC, 2002. GASPAR, M. P. A melhoria continua em processos produtivos, com a utilizao da tecnologia CNC, na indstria metal-mecanica Estudo de caso de maquina CNC de corte laser de tubos metlicos, da empresa Metalrgica GOLIN. Trabalho de concluso de curso _ Faculdade de Tecnologia do Estado da Zona Leste. 2009 GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2002. GONALVES, Jos Ernesto Lima. As empresas so grandes colees de processo. RAE Revista de Administrao de Empresas, v. 40, n. 1, p. 6-19, jan./mar. 2000. LORINI, F.J., Tecnologia de Grupo e Organizao da Manufatura, Editora da UFSC, 1993. MACEDO, M. M. Gesto da produtividade nas empresas. Revista fae business, n.3, set. p. 18 a 23, 2002. MARTINS, W. Introduo aos processos de soldagem. Instituto Federal De Educao, Cincia E Tecnologia Do Maranho, 2009. MARQUES, P. V., MODENESI, P. J., BRACARENSE, A. Q., Soldagem Fundamentos e Tecnologia, 2 Edio, Editora UFMG, 2007. OLIVEIRA. O. Gesto da Qualidade - Tpicos Avanados. Cengage Learning Editores, 2006 - 243 p. PARANHOS FILHO, M. Gesto da produo industrial Curitiba: Ibpex, 2007. 340p. PEREIRA, E. H. CAPP Planejamento de processo auxiliado por computador.Centro Universitrio de Itajub, 2010. SANTOS, F. B. e MAINIER, F. B. Variveis Relevantes para a Qualidade do Processo de Soldagem de Pontos por Resistncia Eltrica Utilizado na Indstria Automobilstica. III SEGeT Simpsio de Excelncia em Gesto e Tecnologia, 2006.

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