privacidade, dados genéticos e consentimento
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Privacidade, dados genéticos e consentimento. 1) Direito à privacidade e seu desenvolvimento. Privacidade como o direito de ser deixado só ( right to be let alone) . Samuel Warren e Louis Brandeis (1890). - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
PRIVACIDADE, DADOS GENÉTICOS E CONSENTIMENTO
1) Direito à privacidade e seu desenvolvimento
• Privacidade como o direito de ser deixado só (right to be let alone). Samuel Warren e Louis Brandeis (1890).
• Avanços tecnológicos: aumento do fluxo de informações e da capacidade seu de processamento e utilização.
• Informação pessoal passa a ser alvo de maior interesse de entes públicos e privados.
• A privacidade desenvolveu-se para também abranger a prerrogativa da pessoa humana de exercer controle sobre seus dados pessoais e determinar as modalida-des de construção da própria esfera privada (Stefano Rodotà).
• Proteção de liberdades e direitos fundamentais.– Caso de discriminação genética no Brasil (2004)
2) Dados genéticos entre informação pessoal e dispersão do corpo
• Dados genéticos são informações relativas às características hereditárias dos indivíduos, obtidas pela análise de ácidos nucleicos ou por outras análises científicas (DIDGH, art. 2º, i).
• Dados sensíveis. Lei nº 25.326/2000, art. 2º (Argentina); Dec. Leg. nº 196/2003, art. 4º, 1, d (Itália). DIDGH, art. 4º, b.
• Informação genética:i. Primáriaii. Secundária
• A informação genética tem amplitude que ultrapassa o âmbito individual. – Recomendação nº 934/1982, CE; DIDGH, art. 4º, a, i e iv;
CNS, Res. nº 340/2004, item III.1;– Casos de Talassemia no Chipre;– Casos da doença de Tay-Sachs entre judeus Ashkenazi.
• Finalidades de tratamento dos dados genéticos (DIDGH, art. 5º)– Diagnóstico e cuidados de saúde;– Investigação médica e científica;– Fonte de prova em procedimentos civis (investigação de
paternidade/maternidade) e procedimentos penais (investigação penal);
– Outras finalidades compatíveis com a DUGHDH e o sistema internacional de direitos humanos.
• Dispersão do corpo– Exame de DNA a partir da saliva encontrada em guimba
de cigarro
3) O consentimento na tutela dos dados genéticos: funções e limites• Funções do consentimento
i. legitimação da intervenção sobre o corpo da pessoa – com métodos invasivos ou não –, assim como para o tratamento de seus dados pessoais (genéticos);
ii. realização da autodeterminação da pessoa humana.
• Circulação de dados pessoais e caráter procedi-mental do consentimento (v. DUDGH, art. 8º, a)
• Consentimento para tratamento de dados sensíveis
• Revogação do consentimento– DIDGH, art. 9º– Anonimização (anonymisation) de dados pessoais.
• Limites do consentimentoa) Princípio da finalidade– DIDGH, art. 6º, d
b) Interesses relevantes de terceiros e direito à não informação– DIDGH, art. 10º
4) Considerações finais
• A tutela dos dados genéticos deve ter regime restritivo e não focado apenas no indivíduo
• O consentimento para o tratamento dos dados genéticos deve ter regime consciente de seus limites
• Os dados genéticos, ainda que anonimizados irreversivelmente, jamais deixarão envolver elemento corporal do ser humano
Obrigado!
Diego Carvalho [email protected]