princípios filosóficos - kodaly - uemg

8/10/2019 Princpios Filosficos - Kodaly - UEMG

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

FACULDADE DE MSICA

LICENCIATURA EM MSICA

MALA LIMA DA SILVA

SAULO LARA COIMBRA

ZOLTAN KODALY

PRINCPIOS FILOSFICOS E PEDAGGICOS DA EDUCAO MUSICAL

BELO HORIZONTE

NOVEMBRO/2014


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INTRODUO

Este trabalho foi elaborado a partir do estudo das propostas para a educao

musical. So diversos msicos pedagogos comprometidos com o ensino da msica.

Dentre eles, Zoltan Kodaly, nos chamou ateno, pois, para ele a emoo e

personalidade das pessoas podem ser desenvolvidas atravs da msica. Idealizou e

desenvolveu uma proposta de educao musical que dirigida para todas as

pessoas, trazendo a msica para o cotidiano, nos lares e nas atividades de lazer e

pelo seu interesse em buscar msicas que seria apreciada e executada por qualquer

pessoa.

ZOLTAN KODALYVIDA E OBRAZoltn Kodly nasceu em 16 de dezembro de 1882 em Kecskemt - Hungria, e

morreu em 6 de maro de 1967 em Budapeste - Hungria Foi compositor,

etnomusiclogo, linguista, filsofo e pesquisador, embora tenha ficado reconhecido

internacionalmente pelo seu legado como educador. erroneamente reconhecido

como autor do famoso Mtodo Kodly, embora no seja o idealizador desta

compilao essa tarefa foi realizada por seus alunos e seguidores. Foi o

responsvel, juntamente com o compositor Bla Bartok, pela coleta, transcrio,anlise e organizao de mais de 100 mil melodias dentre canes lricas e

litrgicas, baladas, lamentos fnebres, canes infantis e msica instrumental

popular. Este trabalho foi iniciado em 1905 com sua primeira expedio pela

Hungria e se consolidou a partir de 1906, quando realizava sua tese de doutorado.

Intitulada A Estrutura das estrofes na cano popular magiar, a obra baseada no

acervo do Museu Etnogrfico de Budapeste e particularmente na coleo de

canes folclricas gravadas por Bla Vikar. Seu interesse pela msica iniciou-se nainfncia, provavelmente influenciado por seu pai, que era msico amador. Iniciou

estudando violino e cantando na igreja, alm de realizar suas prprias composies

a partir dos 10 anos de idade. Mudou-se para Budapeste em 1900 e entrou na

Academia de Msica Franz Liszt, onde estudou composio com Hans Koessler. Ao

mesmo tempo, realizou estudos acadmicos na Etvs Kollgium e na Universidade

Pter Pzmny. Entre 1906 e 1907, viajou a estudo para Berlim e depois para Paris,

onde entrou em contato com a msica de Claude Debussy. Como compositor ficou

conhecido pela sua obra Psalmus Hungaricus, para coro misto, coro infantil e

orquestra estreada em 1923 em um festival comemorativo do aniversrio de


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Budapeste, embora tenha realizado diversas composies, como canes, peas

para orquestra, peas para piano, peas para coro, peas didticas, peas para

violino, entre outras. Em 1906, estreia sua primeira obra: Noite de Vero. Em 1925,

estreia seu trabalho de composio para coro infantil e, um ano depois, sua pera

Hry Jnos, na Casa de pera de Budapeste. Muitas de suas compilaes

apresentam traos de melodias provenientes do folclore hngaro, advindos de sua

pesquisa etnomusicolgica pelo pas. Foi presidente da Academia Hngara de

Cincias, entre 1946 e 1949, e do Instituto de Pesquisas Musicais Folclricas de

Budapeste, em 1954. Da estreita colaborao com Bla Brtok resultou a

mencionada coleo de melodias folclricas hngaras, intitulada Corpus Musicae

Popularis Hungaricae, qual se ligam os nomes de todos os seus colaboradoresdiretos, e que uma obra de importncia internacional. reconhecido e respeitado

pela reviravolta cultural que realizou em seu pas e pelo seu legado como msico e

educador.

KODALYFILOSOFIA

Dentre as vrias propostas filosficas de Kodaly, destacamos;

Outras so citadas no decorrer do trabalho.... toda criana que frequentou a escola primria ser capaz de ler msica

fluentemente. Isso no uma conquista tremenda. No entanto, ser apenas o sinal

externo daquilo que seguramente se ter desenvolvido at ento, e que ser

chamado com justeza de cultura musical hngara

... Todas as pessoas capazes de falar uma lngua so tambm capazes de dominar

um idioma musical;

... O canto o melhor fundamento para a tcnica musical;

... A instruo musical mais eficaz comea com a criana muito nova;

... As canes populares da prpria herana lingstica de uma criana constituem

uma lngua musical materna, e devem conseqentemente ser o veculo para toda a

instruo posterior;

... Apenas a msica d valor artstico mais elevado: folclrica e tradicional e devem

ser usadas no ensino;

... Msica deve fazer parte do curriculum educacional, um assunto essencial como

base para a educao.


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KODALY - PENSAMENTO

A passagem do sculo XIX para o XX foi de mudanas intensas, que atingiram o

mundo todo. Com uma nova reestruturao do territrio e da populao na Hungria,

fazia-se necessrio a reforma das ideias e dos aspectos que caracterizavam esta

nao. Era preciso remapear a cultura, atravs de pesquisas e lanar novas ideias

que definissem a atual Hungria. A partir da Kodly expressa sua nova proposta de

ensino musical com base em suas expedies etnomusicolgicas.

Como a maioria dos educadores da primeira gerao, Kodaly tambm compartilhava

do pensamento de que s atravs da educao a realidade do mundo moderno

poderia mudar qualitativamente. Para ele era preciso ensinar msica e canto naescola de uma maneira que no seja tortura, mas sim uma alegria para o aluno;

incutir nele uma sede por msica boa, uma sede que ir durar por toda a vida.

Kodaly afirma que o intelecto, as emoes e a personalidade de todas as pessoas

podem ser desenvolvidas e trabalhadas atravs da msica. Dessa forma, a msica

deveria ser acessvel a todos, de maneira simples, porm sem perder a qualidade

musical. Para encontrar uma msica que pudesse ser apreciada e executada por

todas as pessoas que quisessem, Kodly iniciou uma vasta pesquisa, que teve seufoco direcionado em especial para a msicafolclricaHngara.Ele acreditava que o

estudo de msica com as crianas devia partir das canes folclricas e dos

conhecimentos musicais que podiam ser explorados em seu estudo e atravs

dessas canes ir expandindo o universo musical at alcanar a compreenso da

literatura musical universal. No caso da Hungria, em que a insero da msica nas

escolas era fato consumado e cotidiano, a vivncia musical se tornava acessvel,

sendo aplicado de maneira progressiva conforme a idade e escolaridade da criana.Kodaly produziu exerccios para leitura e canto, e comps corais que fizeram

renascer o movimento de msica coral no pas. Com palestras, artigos e concertos,

lanou uma batalha contra o analfabetismo musical e o que entendia ser uma

educao incompleta. Suas idias sobre educao cristalizaram-se naquilo que se

tornou conhecido como o mtodo Kodly, com material tomado da msica

folclrica e de composies no estilo folclrico. Todos os recursos utilizados formam

um conjunto de ferramentas que se completam e que tm como objetivos principais:

a afinao, a leitura fluente e o desenvolvimento da musicalidade e do interesse pela

msica na criana. Kodly no tinha pretenses de sistematizar nada, embora se
http://pt.wikipedia.org/wiki/Folcl%C3%B3ricohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hungriahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hungriahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Folcl%C3%B3rico


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preocupasse com que todos tivessem acesso msica e tambm, para isso,

tivessem acesso sua abordagem de ensino. Que a msica pertena a todos

uma de suas frases mais conhecidas. Preocupava-se, contudo, em disseminar suas

descobertas etnomusicolgicas muitas delas realizadas em parceria com Bla

Brtok registrando e classificando as canes coletadas. Chegou a escrever

diversos livros sobre suas pesquisas, cada qual realizado em um perodo especfico,

durante os muitos anos em que duraram suas expedies pela Hungria, e por pases

vizinhos.

KODALYMETODOLOGIA

A experincia musical precede o simblicodo som para o signo, do concreto parao abstrato; os conceitos so estruturados, segundo o desenvolvimento da criana; o

repertrio nacional precede o internacional; a ordem para cada aula segue: escutar,

cantar, analisar, sintetizar, escrever, ler e criar. Esse sistema de ensino musical

passa pelas seguintes etapas: os alunos aprendem as canes de ouvido, ao

mesmo tempo adquirem o conhecimento das relaes principais, concernentes aos

valores de durao (ritmo), altura (melodia), dinmica e timbre; simultaneamente, o

ouvido aperfeioa-se: ao cantar, os alunos passam por experincias intelectuais,emocionais e estticas; desenvolve-se a conscincia da experincia musical, a

aptido para o canto, a tcnica respiratria e a fala. Assim, os alunos adquirem

conhecimentos musicais, e pela prtica apropriam-se da faculdade de discernir a

msica, aprendem a escrev-la e a reproduz-la. Kodly desenvolveu um vasto

material para sustentar este processo. No inovador, j que muitas propostas

foram criadas por outros educadores musicais. Porm, com atividades prazerosas,

ldicas e de qualidade musical, Kodaly reformula e adapta as propostas para seadequarem a seu objetivo. Ele estava convencido de que o canto em grupo, e no a

habilidade instrumental seria a base de uma cultura musical ampla e seu objetivo era

uma alfabetizao musical em larga escala. A ludicidade e as atividades envolvendo

a criatividade da criana so constantes dentro do mtodo, que insiste por realizar

um aprendizado natural e progressivo, de acordo com o desenvolvimento de cada

criana. A utilizao de cnones e atividades de pergunta-resposta desenvolve

esses aspectos, assim como as canes de roda, demais atividades vocais, jogos

rtmicos e meldicos. Desde cedo ocorre a introduo do solfejo, utilizando-se de

recursos gestuais e visuaiscomo a manossolfae da leitura relativa tonic solfa


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(d mvel). Evitam-se semitons e trtonos no incio da aprendizagem, por serem de

entoao mais difcil. Os exerccios comeam com dois sons, e da o material se

amplia gradualmente. O aprendizado meldico iniciado com o uso da escala

pentatnica, por conta da familiaridade com seus usos no folclore local e com a

insero de canes presentes tambm no folclore. A base do mtodo est no

ensino do canto, em sua forma mais simples e natural, e no desenvolvimento da

afinao. Para o solfejo, utiliza-se um sistema de alturas relativas (solmizao

relativa ou d mvel). Aproveitam-se canes j conhecidas das crianas, e

usam-se movimentos corporais para trabalhar o ritmo em conjunto com a palavra.

Kodly dava muita ateno ao trabalho sobre a expresso lingstica e o idioma

ptrio. Um sistema especfico de silabao no ritmo e no solfejo tambm foiproduzido para os exerccios. Os instrumentos usados para a aplicao das

ferramentas apresentadas so o canto e o corpo, como um todo. O corpo faz parte

da exteriorizao do ritmo e das sensaes causadas pela atividade musical, uma

representao visual dos acontecimentos sonoros. Enquanto isso, o canto o

instrumento mais expressivo, nico (cada pessoa possui um timbre diferente) e

acessvel. o primeiro instrumento a ser desenvolvido pelo ser humano e tambm

o principal dentro desta abordagem. De acordo com Kodly somente o esprito docanto pode nos salvar deste destino, referindo-se ao caos em que se encontrava a

sociedade capitalista do incio do sculo XX.

O mtodo foi introduzido no Brasil por George Geszti, em 1957, e depois divulgado

por seu filho, Ian Guest, fundador da escola CIGAM, no Rio de Janeiro. Ian lembra

que originalmente o trabalho no apenas vocal e inclui um elemento ldico, com

percusso e flauta doce. Educado na Hungria, o professor diz que, segundo Kodly,para ser cidado, a msica fundamental; ela acompanha o estudo do primrio ao

secundrio, com aulas no mnimo duas vezes por semana.


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KODALYATIVIDADE (EXEMPLO)

CONCLUSO

Atravs desta pesquisa observamos a importncia de educar msicos antes de

formar instrumentistas, pois, seu ouvido vai-se desenvolver atravs das primeiras

noes de som formadas sem nenhuma ligao com estmulos externos. O canto

um recurso favorvel e efetivo, que possumos, naturalmente, desde que nascemos

e deve ser trabalhado desde cedo j que importante no desenvolvimento e na

formao de crianas. Alm disso, importante utilizar canes caractersticas da

cultura regional para que a linguagem seja familiar criana. A msica deve ser

ensinada de forma a proporcionar experincias prazerosas e no como um exerccio

rotineiro e maante.

Referncias:

- FONTERRADA, Marisa T. Oliveira - "De Tramas e FiOS - UNESP, So Paulo (2005).

-http://arteeducacaoemquestao.blogspot.com.br/2011/08/metodologia-para-o-ensino-da-musica.html

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- http://www2.anhembi.br/html/ead01/pedag_musical/aula5.pdf

- http://www.meloteca.com/pdfartigos/tatiana-dias-teixeira_o-canto.pdf

- http://pt.wikipedia.org/wiki/Zolt%C3%A1n_Kod%C3%A1ly

- http://www.kodaly-inst.hu/kodaly/dates.htm

- http://zealprimeiracasa.com.br/ensino/SobreZoltanKodaly.pdf
http://belasartesjoinville.com.br/modulos/biblioteca/upload/A%20IMPORT__NCIA%252%20%20%20%20%200E%20AS%20CONTRIBUI____ES%20DA%20M__SICA%20EM%20SALA%20DE%20AULA.pdfhttp://belasartesjoinville.com.br/modulos/biblioteca/upload/A%20IMPORT__NCIA%252%20%20%20%20%200E%20AS%20CONTRIBUI____ES%20DA%20M__SICA%20EM%20SALA%20DE%20AULA.pdfhttp://belasartesjoinville.com.br/modulos/biblioteca/upload/A%20IMPORT__NCIA%252%20%20%20%20%200E%20AS%20CONTRIBUI____ES%20DA%20M__SICA%20EM%20SALA%20DE%20AULA.pdfhttp://belasartesjoinville.com.br/modulos/biblioteca/upload/A%20IMPORT__NCIA%252%20%20%20%20%200E%20AS%20CONTRIBUI____ES%20DA%20M__SICA%20EM%20SALA%20DE%20AULA.pdfhttp://www2.anhembi.br/html/ead01/pedag_musical/aula5.pdfhttp://www.meloteca.com/pdfartigos/tatiana-dias-teixeira_o-canto.pdfhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Zolt%C3%A1n_Kod%C3%A1lyhttp://www.kodaly-inst.hu/kodaly/dates.htmhttp://zealprimeiracasa.com.br/ensino/SobreZoltanKodaly.pdfhttp://zealprimeiracasa.com.br/ensino/SobreZoltanKodaly.pdfhttp://www.kodaly-inst.hu/kodaly/dates.htmhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Zolt%C3%A1n_Kod%C3%A1lyhttp://www.meloteca.com/pdfartigos/tatiana-dias-teixeira_o-canto.pdfhttp://www2.anhembi.br/html/ead01/pedag_musical/aula5.pdfhttp://belasartesjoinville.com.br/modulos/biblioteca/upload/A%20IMPORT__NCIA%252%20%20%20%20%200E%20AS%20CONTRIBUI____ES%20DA%20M__SICA%20EM%20SALA%20DE%20AULA.pdfhttp://belasartesjoinville.com.br/modulos/biblioteca/upload/A%20IMPORT__NCIA%252%20%20%20%20%200E%20AS%20CONTRIBUI____ES%20DA%20M__SICA%20EM%20SALA%20DE%20AULA.pdf

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