principe do vento - publique-se · impossível supor tal coisa. porém este símbolo se eu não...

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Capa Moreira Filho PRINCIPE DO VENTO Agradecimentos, Agradeço antes de qualquer outro, (a), ao ETERNO, criador de tudo que há no vasto universo, por mais está grande alegria que se materializa em forma de palavras e papel. Aos grandes amigos que fiz e de quem o destino me aproximou, durante o processo de pesquisa e criação deste trabalho; aos amigos, (a), Marco Antônio, Ufólogo, Paulo Cesar Recchia, proprietário da War Militaria, Carlos Quinelatto, escritor, minha querida amiga Geralda Rocha pereira, professora e responsável pela revisão ortográfica desta obra e Simone de Moraes Cardoso, (resenha). Meu amigo e parceiro Moreira Filho, pela arte da capa. E de uma maneira muito especial, a você que está agora,

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Capa Moreira Filho

PRINCIPE DO VENTO

Agradecimentos,

Agradeço antes de qualquer outro, (a), ao ETERNO, criador

de tudo que há no vasto universo, por mais está grande alegria

que se materializa em forma de palavras e papel. Aos grandes

amigos que fiz e de quem o destino me aproximou, durante o

processo de pesquisa e criação deste trabalho; aos amigos, (a),

Marco Antônio, Ufólogo, Paulo Cesar Recchia, proprietário

da War Militaria, Carlos Quinelatto, escritor, minha querida

amiga Geralda Rocha pereira, professora e responsável pela

revisão ortográfica desta obra e Simone de Moraes Cardoso,

(resenha). Meu amigo e parceiro Moreira Filho, pela arte da

capa. E de uma maneira muito especial, a você que está agora,

Capa Moreira Filho

travando contato com uma porção das minhas ideias, através

desta obra.

Capa Moreira Filho

Prefácio,

Você já parou para pensar como seria, se tudo aquilo que você

tem tomado para si, como verdade, como normal e racional.

Fosse virado de cabeça para baixo? Ou como você reagiria se

se de repente, acordasse de um sono de mais de dois milénios.

Em meio a um mundo totalmente diferente, daquele pelo qual

você lutou para proteger?

Vamos juntos em cada linha, em cada página, que estão por

vir, descobrir essas e muitas outras repostas, em meio a está

aventura, da qual eu te convido a se lançar de alma e

imaginação abertas, para um mundo novo, que na grande

verdade, este mundo, sempre esteve ao nosso alcance, aqui

mesmo em nosso cotidiano “tupiniquim”. Leia divirta-se e

brinque com as referências, dessa trama de aventura e

fantasia, recheada de links e elementos da nossa cultura

recente.

O autor.

Capa Moreira Filho

Pade,

Pade vem do nobre idioma yorubá e significa encontrado. A

língua falada pelos cativos, que cruzaram a contra gosto um

oceano e com suor, lagrimas e sangue, ajudaram a lançar os

alicerces deste grande país.

O autor.

Capa Moreira Filho

PREÂMBULO:

Nossa jornada tem inicio, na primeira metade da

década de 1990, quando uma exploração Anglo-

brasileira, para localizar novas bacias petrolíferas

com o objetivo de localizar novas reservas de

petróleo, realizada no litoral angolano, encontrou

uma estranha massa de gelo sólida e espessa como

uma rocha.

Capa Moreira Filho

Encontrado

“Pade”

Agosto de 1993, coordenadas de localização: latitude: 16

33`53.55``S, longitude: 11 05`38. 75``L, a 30 quilômetros ao

sul da Baia dos Tigres, litoral angolano.

A noite está tranquila, com a brisa sobrando suavemente

anunciando os últimos dias de inverno neste paralelo do

globo.

Em uma das cabines do navio sonda, Petrobrás VIII,

responsável pela pesquisa de uma nova e muito promissora

bacia de petróleo, em parceria com o governo angolano. A

equipe de pesquisa a bordo do Petrobrás VIII, é composta por

especialistas brasileiros e angolanos, entre eles está a doutora

Manis Mocamba, uma angolana de 34 anos, 1,68m de altura e

alguns quilinhos a mais, cabelos curtos e lábios carnudos, pela

escura e aveludada, coxas grossas.

Capa Moreira Filho

A doutora Manis, está perdida em meios aos sonhos após um

dia repleto de atividades a bordo da embarcação. Um

verdadeiro deleite oferecido por seu subconsciente, nossa

doutora se vê em meio a uma ensolarada planície com uma

vegetação vibrante e o ar docemente úmido.

Debruçada no parapeito da varanda de uma casa de campo.

Correndo em direção à casa um garotinho, mulato com seus 9

anos de idade, ofegante olha para trás e aperta a passada de

sua corrida entre as arvores. Logo atrás do garotinho, surge

uma figura masculina, loiro, 1,79m de altura, em boa forma

física;

Trata-se de Peter, um médico belga, esposo de Manis.

Que controlando seus passos propositalmente para não

alcançar o garotinho, seu filho enquanto o admira à

distância... Essa cena, universal e milenar brincadeira entre

pai e filho, trata se da brincadeira de pega-pega.

Aproximando se da casa, o garotinho abre os braços, como se

estivesse festejando sua vitória sobre seu pai.

- Mamãe, mamãe, ganhei do papai! - Sou um caçador

valente!

-Sou um caçador muito forte!

Doutora Manis desce as escadas da varanda, de braços abertos

para abraçar seu filho ...

Tudo está tão belo, perfeitamente belo, as cores do dia, o sol,

o garotinho vindo em sua direção... Tudo está perfeitamente

belo, belo como a ausência de revezes e reviravoltas as quais

todos os seres vivos se encontrão, covardemente expostos, em

todos os rincões do vasto universo...

Capa Moreira Filho

Manis sente seu corpo tremer a cada degrau da escada, mais

perto do abraço, mais perto do momento perfeito do seu

deleite, ofertado a ela por Morfeu...

Deleite este bruscamente interrompido, pelas incessantes

batidas na porta da cabine:

- Doutora, doutora! – Temos novidades...

Insiste a voz do adolescente de Henrique, o seu estagiário, que

mais parece um fiel escudeiro, desses saídos das páginas dos

livros ou das mídias de desenhos animados infantis.

A planície se foi, as árvores, o garotinho, seu marido todos se

diluíram juntamente com seu despertar...

- “Sim, você é um caçador”, balbucia a jovem doutora

enquanto desperta.

- Já vou, um minuto, Henrique já vou.

Diz Manis, enquanto se levanta tateando o chão da cabine à

procura de seus óculos com uma das mãos enquanto a outra

agarra uma calça de moletom cinza, também depositada

harmoniosamente em desarranjo no chão da cabine de 5,40

metros quadrados.

-Doutora, o Brant 3, encontrou uma caverna à cerca de 3 mil

metros de profundidade, no campo Z. Diz Henrique enquanto

caminham para a sala de operações da Petrobrás VIII, que fica

na torre de proa do navio logo abaixo da sala de navegação e

controle da embarcação.

Capa Moreira Filho

Trata-se de uma sala de controle e informação de todo o

processo de pesquisa do navio sonda, onde os técnicos e

pesquisadores brant são operados a distância de dentro da sala

de controle.

18 de agosto de 1993, 03:48 da manhã, doutora Manis, entra

na sala de controle do Petrobrás VIII e senta-se ao lado do

engenheiro chefe da equipe do turno da noite.

Bom dia! Vamos ver a tela do brant 3. Na tela do brant

3, as imagens em preto e branco mostram a entrada de

uma caverna submarina a três mil metros de

profundidade.

- O brant estava fixando na base para um dos dutos de sucção,

quando o braço de manutenção esquerdo e esbarrou em uma

vegetação, na verdade um emaranhado de algas que cobriam

um pequeno monte de rocha e areia, descobrindo assim a

entrada da caverna.

Diz o engenheiro de plantão à doutora Manis.

Interessante, essas imagens estão em tempo real,

certo?

Pergunta a doutora, ajeitando seus óculos no rosto, um hábito,

para não dizer um verdadeiro tique, que Manis cultiva desde a

pré-adolescência, quando manifestava interesse por algo ou

alguma coisa a intrigava.

Ok Manis, o que me intriga, e por isso pedi para te

chamar. Você está vendo esses entranhes aqui na parte

direita superior da entrada da caverna?

Continua o engenheiro...

Eu ampliei e mandei imprimir a imagem para você,

Manis, senta aqui e dê uma olhada.

Capa Moreira Filho

Jonas, o engenheiro plantonista, um senhor calvo, já com seus

58 anos, em bom estado de conservação, como a forma física

de um verdadeiro fã de churrasco, pizza e do tradicional

chopinho carioca. Ele se levanta, vai até a impressora

instalada no outro lado da sala e apanha a folha de papel A4,

com a imagem impressa, entregando-a para a doutora.

-Bom, deixa eu dar uma olhadinha com calma, Jonas.

Diz a doutora, enquanto corre os olhos e os dedos pela folha

de papel. Deixando sua atenção se prender por um símbolo no

qual Jonas, circundou com uma caneta vermelha.

Doutora, este que eu marquei foi o que me chamou

mais a atenção, parece que foi entranhado à mão, mas

nessa profundidade? Diz o engenheiro, em um tom de

curiosidade e ao mesmo tempo desconfiança.

Na verdade, realmente a essa profundidade, é

impossível supor tal coisa.

Porém este símbolo se eu não estiver enganada, tem a

ver com a linguagem de sinais e simbologia das

antigas tribos que habitavam este continente.

- Momento arqueológico. Fala Henrique, o estagiário da

doutora, em tom de brincadeira “nerdiana”.

Todos riem na sala.

- Vamos comprar um chapéu de Indiana Jones para a doutora.

Diz um dos técnicos.

Capa Moreira Filho

Mais risos que são interrompidos pela própria doutora.

Ok, ok, e eu prometo que lhes dou a varinha do

Aprendiz de Feiticeiro, no final do seu estágio...

Diz a doutora, profunda conhecedora dos gostos de seu

pupilo, pelos personagens do livro do jovem bruxo e por

quadrinhos e mangas dos mais curiosos títulos...

- Gente, e aí? Vamos entrar na caverna ou não?

Capa Moreira Filho

Despertar

“Ji”

Brasil, 21 de junho de 2005, terça – feira, quinze para as

cinco da tarde, um dia normal de expediente, como outro

qualquer, até que...

Uma figura corre pelos corredores do centro de pesquisas

militares, a cada metro percorrido o solado amazonas do

padrão para sapato social militar, derrapa forçando seu dono a

demonstrar habilidades dignas de um hábil skatista ou um

esquiador.

“Correr com sapato fino nesses corredores do nível um, é

saco”! Pensa consigo mesmo, o sargento fuzileiro naval,

Carlos Nóbrega, conhecido em todo o complexo de pesquisas

navais, por Sargento Nóbrega, que desde criança sonhava com

o corpo de fuzileiros navais, profissão de seu falecido tio

Rubens.

Quando criança o então garoto, magrelo e de óculos, cujos

joelhos sempre e sempre mesmo ostentavam raladas

produzidas pelo encontro brutal dos seus joelhos com o

quintal cimentado de sua casa.

Este garotinho, Carlos, esgotava toda sua energia fazendo

uma verdadeira sabatina de perguntas para seu tio, sobre o

corpo de fuzileiros e sua rotina.

Capa Moreira Filho

O prazer da realização profissional, o sentimento juvenil de

aventura, de vivenciar os exercícios trazidos a sua imaginação

infantil, por seu tio. Sobre como deveria ser os movimentos

dos veículos de desembarque, o vai e vem das ondas ou da

vida a bordo do navio de transporte de tropas, a ação das

operações anfíbias; duraram apenas os períodos de formação

militar.

Afinal, uma vez que logo que concluiu o curso de formação

de sargentos fuzileiros navais, o agora sargento Nóbrega, fora

transferido para o Centro Tecnológico da Marinha, conhecido

pela sigla LABMAT. Isso graças a sua graduação em análise

de sistemas, antigo curso superior de processamento de dados,

e também pela sua intimidade com redes e sistemas de

informação. Unidade devidamente localizada na estrada

Sorocaba – Iperó, interior do Estado de São Paulo, altura do

km 12. Onde o caro Sargento Nóbrega recebeu a grata função

de ajudante de ordens do Capitão de Fragata Antunes,

comandante do complexo.

E sob a supervisão do Capitão Antunes está um projeto no

mínimo curioso e diferente, o qual se desenrola a quase uma

década nos confins do nível sete. O agora suado e ofegante

Sargento Nóbrega retoma sua passada normal, respira fundo

para conter e refazer seu ritmo cardíaco. Mais alguns passos à

frente, Nóbrega para responder a continência de alguns

subordinados que passam por ele, ajeita seu fardamento. O

uniforme 6.3, uniforme bege de inverno regulamentar para

sargentos e suboficiais do Corpo de Fuzileiros da armada

brasileira. Nóbrega dá mais alguns passos até que chega às

Capa Moreira Filho

portas do gabinete do comandante e diz, já com o fôlego

recobrado:

-Senhor, temos novidades do nível sete.

O oficial comandante capitão de fragata Antunes está

sentado em sua mesa, uma cena convencional e corriqueira

para seu ajudante de ordens, de um lado da mesa, o monitor

do seu computador ligado, o comandante apertou na tela um

documento no word a ser respondido, nada além de relatórios

cotidianos para um oficial. Logo abaixo, minimizada, uma

janela da rede de defesa nacional, uma ferramenta de

comunicação entre os diversos comandos de defesa nacional.

O Capitão Antunes ainda pressiona algumas teclas, como

alguém que compõe uma melodia ao piano, encerrando assim

um pensamento no texto aberto na tela. Ele faz isso antes de

se levantar da sua cadeira e apertar seus passos em direção ao

elevador que o leva até o nível sete, algo não muito comum

para se ver, haja vista a forma física do oficial, que de longe

lembra seus tempos de subalterno e embarcado em navios da

armada brasileira. O agora, capitão de fragata de 1,75m muito,

digo muito acima do seu peso, calvo, não lembra o guarda-

marinha, vencedor de inúmeros torneios de judô.

A destreza demonstrada pelo oficial em seus passos rápidos,

não está relacionada pela importância, que este dá ao trabalho

do nível sete. Muito pelo contrário, seus passos possuem

motivações domésticas, afinal o sofá e a TV o aguardam,

ainda mais em dia de jogo importante na Champions Liage,

evento este que já está comprado pelo pay-per-view pelo

cliente da operadora de TV à cabo, senhor Antunes, com uma

semana de antecedência.

Capa Moreira Filho

Em alguns minutos o elevador desce para no nível sete

reservado para a pesquisa sobre um estranho bloco de gelo

com mais de dois metros de extensão e um metro de largura e

um provável fóssil preso em seu interior. Desde a sua

descoberta, em de agosto de 1993, no litoral angolano.

Ao chegar ao nível sete, a porta do elevador se abre sendo o

capitão e seu ajudante de ordens recebidos pela equipe de

pesquisa e sua chefe, Dra Manis Mocamba, nossa conhecida

amiga angolana, doutora em biologia marinha, prestes a

dirigir a palavra ao visivelmente desinteressado e descrente

capitão.

O nível sete fica localizado a trinta metros logo abaixo do

LABMAT, seu projeto original, era para servir de local para

manipulação de materiais radioativos e nucleares. Como

atividade meio para o futuro projeto do submarino nuclear

brasileiro, mas com a estranha descoberta em mares

angolanos sua função mudou. O lugar se parece muito com

uma pequena fábrica, como um galpão enterrado com suas

paredes de concreto e vigas de aço expostas, umas poucas

divisórias, riscam o espaço, onde se acomodam uma pequena

sala de reunião, a sala da doutora, uma sala com mais quatro

mesas, uma para cada pesquisador da equipe, dois banheiros e

um espaço isolado climatizado, onde repousa o estranho bloco

gelado, além de um túnel de cinco metros de largura por três

de altura que leva até a superfície.

O nível sete havia se convertido em um verdadeiro

mausoléu gelado para um estranho bloco de gelo recheado por

um material ainda não revelado. Melhor, ainda não revelado

para aqueles que não faziam parte da equipe de pesquisas da

senhora Mocamba...