principe do vento - publique-se · impossível supor tal coisa. porém este símbolo se eu não...
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Capa Moreira Filho
PRINCIPE DO VENTO
Agradecimentos,
Agradeço antes de qualquer outro, (a), ao ETERNO, criador
de tudo que há no vasto universo, por mais está grande alegria
que se materializa em forma de palavras e papel. Aos grandes
amigos que fiz e de quem o destino me aproximou, durante o
processo de pesquisa e criação deste trabalho; aos amigos, (a),
Marco Antônio, Ufólogo, Paulo Cesar Recchia, proprietário
da War Militaria, Carlos Quinelatto, escritor, minha querida
amiga Geralda Rocha pereira, professora e responsável pela
revisão ortográfica desta obra e Simone de Moraes Cardoso,
(resenha). Meu amigo e parceiro Moreira Filho, pela arte da
capa. E de uma maneira muito especial, a você que está agora,
Capa Moreira Filho
Prefácio,
Você já parou para pensar como seria, se tudo aquilo que você
tem tomado para si, como verdade, como normal e racional.
Fosse virado de cabeça para baixo? Ou como você reagiria se
se de repente, acordasse de um sono de mais de dois milénios.
Em meio a um mundo totalmente diferente, daquele pelo qual
você lutou para proteger?
Vamos juntos em cada linha, em cada página, que estão por
vir, descobrir essas e muitas outras repostas, em meio a está
aventura, da qual eu te convido a se lançar de alma e
imaginação abertas, para um mundo novo, que na grande
verdade, este mundo, sempre esteve ao nosso alcance, aqui
mesmo em nosso cotidiano “tupiniquim”. Leia divirta-se e
brinque com as referências, dessa trama de aventura e
fantasia, recheada de links e elementos da nossa cultura
recente.
O autor.
Capa Moreira Filho
Pade,
Pade vem do nobre idioma yorubá e significa encontrado. A
língua falada pelos cativos, que cruzaram a contra gosto um
oceano e com suor, lagrimas e sangue, ajudaram a lançar os
alicerces deste grande país.
O autor.
Capa Moreira Filho
PREÂMBULO:
Nossa jornada tem inicio, na primeira metade da
década de 1990, quando uma exploração Anglo-
brasileira, para localizar novas bacias petrolíferas
com o objetivo de localizar novas reservas de
petróleo, realizada no litoral angolano, encontrou
uma estranha massa de gelo sólida e espessa como
uma rocha.
Capa Moreira Filho
Encontrado
“Pade”
Agosto de 1993, coordenadas de localização: latitude: 16
33`53.55``S, longitude: 11 05`38. 75``L, a 30 quilômetros ao
sul da Baia dos Tigres, litoral angolano.
A noite está tranquila, com a brisa sobrando suavemente
anunciando os últimos dias de inverno neste paralelo do
globo.
Em uma das cabines do navio sonda, Petrobrás VIII,
responsável pela pesquisa de uma nova e muito promissora
bacia de petróleo, em parceria com o governo angolano. A
equipe de pesquisa a bordo do Petrobrás VIII, é composta por
especialistas brasileiros e angolanos, entre eles está a doutora
Manis Mocamba, uma angolana de 34 anos, 1,68m de altura e
alguns quilinhos a mais, cabelos curtos e lábios carnudos, pela
escura e aveludada, coxas grossas.
Capa Moreira Filho
A doutora Manis, está perdida em meios aos sonhos após um
dia repleto de atividades a bordo da embarcação. Um
verdadeiro deleite oferecido por seu subconsciente, nossa
doutora se vê em meio a uma ensolarada planície com uma
vegetação vibrante e o ar docemente úmido.
Debruçada no parapeito da varanda de uma casa de campo.
Correndo em direção à casa um garotinho, mulato com seus 9
anos de idade, ofegante olha para trás e aperta a passada de
sua corrida entre as arvores. Logo atrás do garotinho, surge
uma figura masculina, loiro, 1,79m de altura, em boa forma
física;
Trata-se de Peter, um médico belga, esposo de Manis.
Que controlando seus passos propositalmente para não
alcançar o garotinho, seu filho enquanto o admira à
distância... Essa cena, universal e milenar brincadeira entre
pai e filho, trata se da brincadeira de pega-pega.
Aproximando se da casa, o garotinho abre os braços, como se
estivesse festejando sua vitória sobre seu pai.
- Mamãe, mamãe, ganhei do papai! - Sou um caçador
valente!
-Sou um caçador muito forte!
Doutora Manis desce as escadas da varanda, de braços abertos
para abraçar seu filho ...
Tudo está tão belo, perfeitamente belo, as cores do dia, o sol,
o garotinho vindo em sua direção... Tudo está perfeitamente
belo, belo como a ausência de revezes e reviravoltas as quais
todos os seres vivos se encontrão, covardemente expostos, em
todos os rincões do vasto universo...
Capa Moreira Filho
Manis sente seu corpo tremer a cada degrau da escada, mais
perto do abraço, mais perto do momento perfeito do seu
deleite, ofertado a ela por Morfeu...
Deleite este bruscamente interrompido, pelas incessantes
batidas na porta da cabine:
- Doutora, doutora! – Temos novidades...
Insiste a voz do adolescente de Henrique, o seu estagiário, que
mais parece um fiel escudeiro, desses saídos das páginas dos
livros ou das mídias de desenhos animados infantis.
A planície se foi, as árvores, o garotinho, seu marido todos se
diluíram juntamente com seu despertar...
- “Sim, você é um caçador”, balbucia a jovem doutora
enquanto desperta.
- Já vou, um minuto, Henrique já vou.
Diz Manis, enquanto se levanta tateando o chão da cabine à
procura de seus óculos com uma das mãos enquanto a outra
agarra uma calça de moletom cinza, também depositada
harmoniosamente em desarranjo no chão da cabine de 5,40
metros quadrados.
-Doutora, o Brant 3, encontrou uma caverna à cerca de 3 mil
metros de profundidade, no campo Z. Diz Henrique enquanto
caminham para a sala de operações da Petrobrás VIII, que fica
na torre de proa do navio logo abaixo da sala de navegação e
controle da embarcação.
Capa Moreira Filho
Trata-se de uma sala de controle e informação de todo o
processo de pesquisa do navio sonda, onde os técnicos e
pesquisadores brant são operados a distância de dentro da sala
de controle.
18 de agosto de 1993, 03:48 da manhã, doutora Manis, entra
na sala de controle do Petrobrás VIII e senta-se ao lado do
engenheiro chefe da equipe do turno da noite.
Bom dia! Vamos ver a tela do brant 3. Na tela do brant
3, as imagens em preto e branco mostram a entrada de
uma caverna submarina a três mil metros de
profundidade.
- O brant estava fixando na base para um dos dutos de sucção,
quando o braço de manutenção esquerdo e esbarrou em uma
vegetação, na verdade um emaranhado de algas que cobriam
um pequeno monte de rocha e areia, descobrindo assim a
entrada da caverna.
Diz o engenheiro de plantão à doutora Manis.
Interessante, essas imagens estão em tempo real,
certo?
Pergunta a doutora, ajeitando seus óculos no rosto, um hábito,
para não dizer um verdadeiro tique, que Manis cultiva desde a
pré-adolescência, quando manifestava interesse por algo ou
alguma coisa a intrigava.
Ok Manis, o que me intriga, e por isso pedi para te
chamar. Você está vendo esses entranhes aqui na parte
direita superior da entrada da caverna?
Continua o engenheiro...
Eu ampliei e mandei imprimir a imagem para você,
Manis, senta aqui e dê uma olhada.
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Jonas, o engenheiro plantonista, um senhor calvo, já com seus
58 anos, em bom estado de conservação, como a forma física
de um verdadeiro fã de churrasco, pizza e do tradicional
chopinho carioca. Ele se levanta, vai até a impressora
instalada no outro lado da sala e apanha a folha de papel A4,
com a imagem impressa, entregando-a para a doutora.
-Bom, deixa eu dar uma olhadinha com calma, Jonas.
Diz a doutora, enquanto corre os olhos e os dedos pela folha
de papel. Deixando sua atenção se prender por um símbolo no
qual Jonas, circundou com uma caneta vermelha.
Doutora, este que eu marquei foi o que me chamou
mais a atenção, parece que foi entranhado à mão, mas
nessa profundidade? Diz o engenheiro, em um tom de
curiosidade e ao mesmo tempo desconfiança.
Na verdade, realmente a essa profundidade, é
impossível supor tal coisa.
Porém este símbolo se eu não estiver enganada, tem a
ver com a linguagem de sinais e simbologia das
antigas tribos que habitavam este continente.
- Momento arqueológico. Fala Henrique, o estagiário da
doutora, em tom de brincadeira “nerdiana”.
Todos riem na sala.
- Vamos comprar um chapéu de Indiana Jones para a doutora.
Diz um dos técnicos.
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Mais risos que são interrompidos pela própria doutora.
Ok, ok, e eu prometo que lhes dou a varinha do
Aprendiz de Feiticeiro, no final do seu estágio...
Diz a doutora, profunda conhecedora dos gostos de seu
pupilo, pelos personagens do livro do jovem bruxo e por
quadrinhos e mangas dos mais curiosos títulos...
- Gente, e aí? Vamos entrar na caverna ou não?
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Despertar
“Ji”
Brasil, 21 de junho de 2005, terça – feira, quinze para as
cinco da tarde, um dia normal de expediente, como outro
qualquer, até que...
Uma figura corre pelos corredores do centro de pesquisas
militares, a cada metro percorrido o solado amazonas do
padrão para sapato social militar, derrapa forçando seu dono a
demonstrar habilidades dignas de um hábil skatista ou um
esquiador.
“Correr com sapato fino nesses corredores do nível um, é
saco”! Pensa consigo mesmo, o sargento fuzileiro naval,
Carlos Nóbrega, conhecido em todo o complexo de pesquisas
navais, por Sargento Nóbrega, que desde criança sonhava com
o corpo de fuzileiros navais, profissão de seu falecido tio
Rubens.
Quando criança o então garoto, magrelo e de óculos, cujos
joelhos sempre e sempre mesmo ostentavam raladas
produzidas pelo encontro brutal dos seus joelhos com o
quintal cimentado de sua casa.
Este garotinho, Carlos, esgotava toda sua energia fazendo
uma verdadeira sabatina de perguntas para seu tio, sobre o
corpo de fuzileiros e sua rotina.
Capa Moreira Filho
O prazer da realização profissional, o sentimento juvenil de
aventura, de vivenciar os exercícios trazidos a sua imaginação
infantil, por seu tio. Sobre como deveria ser os movimentos
dos veículos de desembarque, o vai e vem das ondas ou da
vida a bordo do navio de transporte de tropas, a ação das
operações anfíbias; duraram apenas os períodos de formação
militar.
Afinal, uma vez que logo que concluiu o curso de formação
de sargentos fuzileiros navais, o agora sargento Nóbrega, fora
transferido para o Centro Tecnológico da Marinha, conhecido
pela sigla LABMAT. Isso graças a sua graduação em análise
de sistemas, antigo curso superior de processamento de dados,
e também pela sua intimidade com redes e sistemas de
informação. Unidade devidamente localizada na estrada
Sorocaba – Iperó, interior do Estado de São Paulo, altura do
km 12. Onde o caro Sargento Nóbrega recebeu a grata função
de ajudante de ordens do Capitão de Fragata Antunes,
comandante do complexo.
E sob a supervisão do Capitão Antunes está um projeto no
mínimo curioso e diferente, o qual se desenrola a quase uma
década nos confins do nível sete. O agora suado e ofegante
Sargento Nóbrega retoma sua passada normal, respira fundo
para conter e refazer seu ritmo cardíaco. Mais alguns passos à
frente, Nóbrega para responder a continência de alguns
subordinados que passam por ele, ajeita seu fardamento. O
uniforme 6.3, uniforme bege de inverno regulamentar para
sargentos e suboficiais do Corpo de Fuzileiros da armada
brasileira. Nóbrega dá mais alguns passos até que chega às
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portas do gabinete do comandante e diz, já com o fôlego
recobrado:
-Senhor, temos novidades do nível sete.
O oficial comandante capitão de fragata Antunes está
sentado em sua mesa, uma cena convencional e corriqueira
para seu ajudante de ordens, de um lado da mesa, o monitor
do seu computador ligado, o comandante apertou na tela um
documento no word a ser respondido, nada além de relatórios
cotidianos para um oficial. Logo abaixo, minimizada, uma
janela da rede de defesa nacional, uma ferramenta de
comunicação entre os diversos comandos de defesa nacional.
O Capitão Antunes ainda pressiona algumas teclas, como
alguém que compõe uma melodia ao piano, encerrando assim
um pensamento no texto aberto na tela. Ele faz isso antes de
se levantar da sua cadeira e apertar seus passos em direção ao
elevador que o leva até o nível sete, algo não muito comum
para se ver, haja vista a forma física do oficial, que de longe
lembra seus tempos de subalterno e embarcado em navios da
armada brasileira. O agora, capitão de fragata de 1,75m muito,
digo muito acima do seu peso, calvo, não lembra o guarda-
marinha, vencedor de inúmeros torneios de judô.
A destreza demonstrada pelo oficial em seus passos rápidos,
não está relacionada pela importância, que este dá ao trabalho
do nível sete. Muito pelo contrário, seus passos possuem
motivações domésticas, afinal o sofá e a TV o aguardam,
ainda mais em dia de jogo importante na Champions Liage,
evento este que já está comprado pelo pay-per-view pelo
cliente da operadora de TV à cabo, senhor Antunes, com uma
semana de antecedência.
Capa Moreira Filho
Em alguns minutos o elevador desce para no nível sete
reservado para a pesquisa sobre um estranho bloco de gelo
com mais de dois metros de extensão e um metro de largura e
um provável fóssil preso em seu interior. Desde a sua
descoberta, em de agosto de 1993, no litoral angolano.
Ao chegar ao nível sete, a porta do elevador se abre sendo o
capitão e seu ajudante de ordens recebidos pela equipe de
pesquisa e sua chefe, Dra Manis Mocamba, nossa conhecida
amiga angolana, doutora em biologia marinha, prestes a
dirigir a palavra ao visivelmente desinteressado e descrente
capitão.
O nível sete fica localizado a trinta metros logo abaixo do
LABMAT, seu projeto original, era para servir de local para
manipulação de materiais radioativos e nucleares. Como
atividade meio para o futuro projeto do submarino nuclear
brasileiro, mas com a estranha descoberta em mares
angolanos sua função mudou. O lugar se parece muito com
uma pequena fábrica, como um galpão enterrado com suas
paredes de concreto e vigas de aço expostas, umas poucas
divisórias, riscam o espaço, onde se acomodam uma pequena
sala de reunião, a sala da doutora, uma sala com mais quatro
mesas, uma para cada pesquisador da equipe, dois banheiros e
um espaço isolado climatizado, onde repousa o estranho bloco
gelado, além de um túnel de cinco metros de largura por três
de altura que leva até a superfície.
O nível sete havia se convertido em um verdadeiro
mausoléu gelado para um estranho bloco de gelo recheado por
um material ainda não revelado. Melhor, ainda não revelado
para aqueles que não faziam parte da equipe de pesquisas da
senhora Mocamba...