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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE UFCG CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL CSTR CAMPUS DE PATOS PB CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA MONOGRAFIA PRINCIPAIS PROBLEMAS DE NUTRIÇÃO E MANEJO DA AVICULTURA INDUSTRIAL DE CORTE NA ATUALIDADE RAIMUNDO CIRINO ARAUJO JUNIOR 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL – CSTR

CAMPUS DE PATOS – PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

MONOGRAFIA

PRINCIPAIS PROBLEMAS DE NUTRIÇÃO E MANEJO DA AVICULTURA

INDUSTRIAL DE CORTE NA ATUALIDADE

RAIMUNDO CIRINO ARAUJO JUNIOR

2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL – CSTR

CAMPUS DE PATOS – PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

MONOGRAFIA

PRINCIPAIS PROBLEMAS DE NUTRIÇÃO E MANEJO DA AVICULTURA

INDUSTRIAL DE CORTE NA ATUALIDADE

RAIMUNDO CIRINO ARAUJO JUNIOR

Graduando

Profª. Dra. Patrícia Araújo Brandão

Orientadora

PATOS – PB

2018

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSRT DA UFCG

A658p

Araújo Júnior, Raimundo Cirino

Principais problemas de nutrição e manejo da avicultura industrial

de corte na atualidade / Raimundo Cirino Araújo Júnior. – Patos, 2018.

33f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina Veterinária) –

Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia

Rural, 2018.

―Orientação: Profa. Dra. Patrícia Araújo Brandão.‖

Referências.

1. Alimentação. 2. Cuidados. 3. Frango de corte. I. Título.

CDU 636.03

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL – CSTR

CAMPUS DE PATOS – PB

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RAIMUNDO CIRINO ARAUJO JUNIOR

Graduando

Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial

para obtenção do grau de Médico Veterinário.

ENTREGUE EM ....../....../........ MÉDIA

BANCA EXAMIDORA

Profª. Dra. Patrícia Araújo Brandão Nota

Orientadora

Prof. Dr. José Morais Pereira Filho Nota

Examinador I

Prof. Dr. Bonifácio Benicio de Souza Nota

Examinador II

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ___________________________________________________ 7

1. AVICULTURA NO BRASIL E NO MUNDO ______________________ 8

2. NUTRIÇÃO _________________________________________________ 11

3. AMBIENTE _________________________________________________ 12

4. ALIMENTAÇÃO _____________________________________________ 13

5.2 Densidade Energética ______________________________________________ 16

5.3 Síndrome da Hipertensão Pulmonar (SHP) ou Ascite ___________________ 17

5.4 Morte Súbita _____________________________________________________ 20

5.5 Síndrome do osso negro (“blackbonesyndrome”) _______________________ 22

5.6 Discondroplasia Tibial _____________________________________________ 24

CONCLUSÕES ___________________________________________________ 26

REFERÊNCIAS __________________________________________________ 27

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RESUMO

O Brasil é um dos maiores exportadores da carne de frango, estando abaixo da China e

Estados Unidos que são líderes. Fonte proteica de grande parte da população, a

produção da avicultura no país exprime crescimento constante na economia por seu

consumo ser em grande escala. Ao superar o consumo de subsistência, a modernização

no setor exigiu e garantiu melhorias relevantes no manejo e consequente qualidade nos

produtos de frango, gerados em menor espaço de tempo. Por empregar técnicas que

poderão garantir bem-estar, sanidade animal, eficiência no fornecimento de uma

alimentação adequada e ambiente propício para a manutenção da temperatura adequada.

Incompatibilidades dos níveis de nutrientes frente às reais necessidades do animal

causam síndromes localizadas ou sistêmicas que põem em risco o rendimento da

produção. A objetividade deste estudo é identificar e sugerir soluções para os principais

problemas relacionados à nutrição e manejo da avicultura industrial de corte na

atualidade, através de revisão bibliográfica, buscando informações relevantes para o

desenvolvimento e alcance do objetivo proposto e concluir sobre a importância de

equilibrar a nutrição animal com produtos de qualidade e técnicas precisas que

proporcionam a eficiência em todas as etapas de produção. A contribuição deste estudo

está direcionada aos pesquisadores e técnicos interessados em melhor conhecer o tema e

melhorar o manejo na criação de frangos de corte.

Palavras-chave: Alimentação, Nutrição, Frangos de corte.

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ABSTRACT

Brazil is one of the largest exporters of chicken meat, being below China and the United

States that are leaders. A source of protein for a large part of the population, poultry

production in the country expresses steady growth in the economy because of its large-

scale consumption. By overcoming subsistence consumption, modernization in the

industry has required and ensured significant improvements in handling and consequent

quality in chicken products, generated in less time. By employing techniques that can

guarantee well-being, animal health, efficiency in providing adequate food and

environment conducive to maintaining the proper temperature. Incompatibilities of

nutrient levels to the actual needs of the animal cause localized or systemic syndromes

that jeopardize the yield of production. The objective of this study is to identify and

suggest solutions to the main problems related to the nutrition and management of

industrial cutting poultry today, through a bibliographical review, seeking information

relevant to the development and achievement of the proposed objective and concluding

on the importance of balancing the animal nutrition with quality products and precise

techniques that provide efficiency at all stages of production. The contribution of this

study is directed to the researchers and technicians interested in better knowing the

subject and to improve the handling in the raising of broilers.

Key words: Feeding, Nutrition, Chicken Cutting.

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INTRODUÇÃO

A carne de frango e seus produtos enriquece a alimentação da população

brasileira e no mundo, de alto valor energético na dieta é também acessível para a maior

parte das famílias. Tanto que, em seu histórico de melhorias estava à intenção de

garantir melhor fortalecimento dos soldados combatentes em guerra (TEIXEIRA,

2017). O percentual dos consumidores de frango abrange os 100%, 99% incluem ovo,

enquanto 85% acreditam que esta é uma das carnes mais benéfica ao organismo

(REVISTA AVICULTURA BRASIL, 2012).

Segundo Takahashi (2013) é possível fazer um comparativo entre os métodos de

criação na avicultura industrial e alternativa. Esta última é mais natural e demanda

maior tempo para obter os resultados de aumento de peso do animal para abate, porém,

fica assegurada melhoria na carne. No entanto, a avicultura industrial é eficiente na

finalização do processo, requer menor prazo e com maior número de aves.

Para as duas condições, manejo diferenciado e similaridade em ambas as

situações quanto ao aspecto nutricional. A importância de manter excelentes níveis de

vitaminas e minerais no organismo permite bom desenvolvimento do animal com

melhor aproveitamento alimentar e consequente redução de problemáticas nutricionais

(TEIXEIRA, 2017).

Justifica-se, apesar de ser uma área em constante avanço, há certa carência em

estudos científicos na área. A avicultura requer a realização de pesquisas para melhor

aprimorar o manejo e assegurar a evolução de mercado sem comprometer a qualidade

da carne.

Pensando nisso, este estudo tem como objetivo identificar e sugerir soluções

para os principais problemas relacionados à nutrição e manejo da avicultura industrial

de corte na atualidade.

A organização se deu em 4 tópicos, abrangendo assuntos correlacionados. Num

primeiro momento, a apresentação da evolução da avicultura no Brasil sob a influência

das práticas dos Estados Unidos, pioneiros no melhoramento de aves de corte. No

tópico seguinte, relatou-se sobre a relevância da nutrição animal na conversão do peso,

agregando ao manejo alimentar, cuja abordagem está descrita no item seguinte.

O quarto tópico, abordou-se as síndromes: estresse, densidade energética,

hipertensão pulmonar (SHP) ou ascite, morte súbita, síndrome do osso negro (―black

bone syndrome‖) e discondroplasia tibial. Por fim a conclusão, apresentando indicativos

de práticas para solucionar adversidades do manejo na produção aviária.

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1. AVICULTURA NO BRASIL E NO MUNDO

O modelo de produção da avicultura no Brasil foi constituído como meio de

subsistência, as famílias mantinham suas criações para suprir a necessidade alimentar

básica, via consumo ou venda local (BELUSSO, 2010). Para chegar a tal patamar,

alguns empecilhos tiveram que ser superados. Entre eles o modo de criação e cultivo

dos animais. Em épocas remotas o tempo esperado para abate girava em torno de seis

meses. As aves ficavam soltas no campo, o tratamento não era especializado e

direcionado para melhor rendimento produtivo (QUEVEDO, 2013).

Com o crescimento do poder industrial, que promoveu mudanças significativas

no meio agrícola, este modelo foi sendo redefinido para uma escala maior de produção,

que passa a apresentar um perfil mais automático com a finalidade de intensificar o

processo da criação de aves (BELUSSO, 2010).

Pode-se dizer que houve a implantação de um sistema de produção avícola

seletivo, impactou e acabou diminuindo ou até mesmo excluindo o espaço dos pequenos

produtores por vincular-se ao sistema agroindustrial, bem mais amplo que as criações

em âmbito familiar (BELUSSO, 2010).

É sabido dos benefícios e danos causados por tais aceleramentos na criação de

aves. Estas alterações no modo de produção interferem diretamente no desenvolvimento

metabólico e nutricional das aves, levando ao surgimento de patogenias que

comprometem a criação (PETRI, 2000).

Para evitar ou até mesmo superar danos às criações, na década de 1930 o Plano

Nacional de Melhoramento da Avicultura (National Poultry Improvement Plan).

Programa elaborado e inicialmente desenvolvido nos Estados Unidos, cuja proposta,

erradicar o Pullorum doença resultante de infecção causada pela Samonella

(ESPÍNDOLA, 2012). Aos poucos as ações foram estendidas a doenças como

Salmonella tifoidea, Salmonella enteritidis, Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma

sinoviae, Mycoplasma meleagridis e Influenza Aviária (ESPÍNDOLA, 2012).

A Segunda Guerra Mundial foi o pilar para essa busca de evitar doenças das

aves e tornar a qualidade da carne superior ao que já era produzido. O intuito, elevar as

produções em tempo hábil para alimentar os soldados. Os Estados Unidos iniciaram

pesquisas específicas para alcançar este êxito. Compreender as necessidades

nutricionais e desenvolver rações que atendessem as expectativas (TAVARES;

RIBEIRO, 2007).

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A hibridização promovida nos Estados Unidos — o sucesso para o

aprimoramento é oriundo da integração em formato de cooperativa - chegou ao Brasil

para expandir e descentralizar as criações de frangos, já ocorridas em regiões diversas

no país (TAVARES; RIBEIRO, 2007).

A avicultura brasileira foi realmente impulsionada da década de 1960 em diante.

As parcerias formadas entre o polo agroindustrial e produtores apresentou como

resultado, restabelecimento das instalações e nutrição, objetivando aprimorar a genética

dos animais (TAVARES; RIBEIRO, 2007).

Com a vasta experiência Norte Americana, chega ao Brasil equipe técnica para a

organização do Escritório Técnico de Agricultura — ETA, a comissão brasileira foi

constituída na sequência. Reproduzir as ações de sucesso seria garantia para os bons

rendimentos e melhor aproveitamento das criações de aves (FRANÇA, 2000).

Contudo, a abrangência não se limita somente a economia, envolve o social.

Comparando com outras carnes a de frango são financeiramente acessíveis, as pessoas

conseguem criar seus animais e tentar superar momentos de dificuldades sem maiores

sofrimentos sociais (FRANÇA, 2000).

A partir da década de 1970, o mercado da avicultura no Brasil sofreu ampliação,

devido à política de crédito agrícola e associação com o mercado internacional. A

referida política tinha como propósito a modernização do sistema de produção

agropecuário, o Estado pretendia coligar-se com os países de primeiro mundo, acabou

tornando-se inviável a concorrência para os produtores menores (BELUSSO, 2010).

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil, o país brasileiro

tem histórico recorrente de colaboração com a evolução do agronegócio no mínimo há

12 anos, colocando o Brasil como um dos locais com maior consumo e exportação de

frango.

Minas Gerais foi o primeiro estado exportador para boa parte do Brasil. A

região do Sul conduziu o pioneirismo no aumento de indústrias voltadas para a

produção técnica na avicultura. De acordo com dados referentes a 2016 do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatísticas — IBGE, os estados com maior percentual de

produção aviária são Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Segundo informações da Revista AVISITE (2011), atualmente o Japão, Arábia

Saudita e Holanda são os principais importadores de carne de frango brasileira. Tais

informações são o reflexo dos impactos causados pela Revolução Industrial, que

projetou e incentivou novos mecanismos para manejar as aves e seus produtos, assim

como, a forma de administrar o agronegócio da avicultura. A exigência de superar a

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baixa mecanização englobou os conhecimentos técnicos sobre as necessidades

nutricionais, ambientais e reprodutivas dos animais para então obter resultados

significativos (LIMA et al., 2014).

O motivo para a avicultura ser uma opção econômica se dá pela sua dinâmica e

viabilidade para pequenas áreas, não exigindo estruturas gigantescas para produtores

iniciantes. A criação de frangos requer menor tempo para conversão esperada para o

abate, a alimentação é bem aproveitada, aumenta o crescimento e peso médio

(ESPÍNDOLA, 2012). Todo o início para a formação do complexo se dá a partir da

recepção e compra de excelentes linhagens vindas das multinacionais. Para atingir o

ápice da produtividade é necessário apropriar cada detalhe referente à criação de aves. O

mercado apresenta considerável progresso em todo seu histórico e permeia até os

tempos atuais (BUTOLO, 2014).

No intuito de superar a competitividade de mercado é significativo acompanhar

cada etapa da criação, desde a postura, seleção das matrizes para garantir excelentes

aves para o corte (BUTOLO, 2014).

Cielo (2015) aponta como avanço tecnológico esboçado no decorrer da década

de 1960 - época em que o desenvolvimento avícola ganha maior espaço no Brasil, à

atualidade - e permeia até os tempos atuais é o melhoramento genético, nutrição

especializada para atender todas as exigências do animal e colaborar com a redução do

tempo para abate, associado ao manejo e meio ambiente.

As instalações não podem ser negligenciadas. Além da estruturação do galpão,

sua localização e controle de luz o monitoramento espaço é de relevância por

influenciar diretamente no desempenho dos animais. Estresse decai a ingestão de

alimento e compromete a saúde das aves e consequentemente a qualidade dos produtos

(PEREIRA, 2011). Sendo que a carne de frango brasileira é bastante consumida não

somente pela população local e principalmente as exportadoras.

De acordo com o Anuário da Avicultura Industrial (2018) em 2017 o consumo

de frango aumentou em relação ao ano anterior. Considera-se vantajosa também os

quantitativos para as exportações, mais de 4 milhões de toneladas de carne. A denotação

desta realidade é a contribuição com a receita e acima de tudo a confiabilidade dos

países estrangeiros com a produção na avicultura Brasileira.

O grande embate em relação às produções nos anos de 2016 e 2017 foram os

valores de investimento. Em 2017 os custos para garantir a produtividade em padrões de

excelência estiveram mais acessíveis (Anuário da Avicultura Industrial, 2018). Para o

ano em curso, esperam-se maiores e melhores avanços.

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2. NUTRIÇÃO

O aspecto nutrição é um dos itens inclusos no conceito bem-estar animal,

descritos pelo Comitê de Bem-estar Animais Agrícolas. Além da dieta apropriada à

disponibilização de água fresca para a manutenção dos níveis de eletrólitos corporais e

excreção das toxinas que poderiam se acumular no organismo e gerar toxicidade

(BROOM, 2011).

Com a produção avícola em seu constante crescimento e aprimoramento foram

adotadas medidas eficientes contra as repercussões ambientais sobre a nutrição das aves.

A estabilidade das vitaminas na dieta é uma prática prudente para conceder reações

metabólicas capazes de manter a homeostasia de metabolização, sintetização e

conversão pelo organismo animal (SOUZA; VIEITES, 2014).

Água e alimentação estão interligados, monitorar este consumo implica em

cuidados essenciais para garantir a sua ingestão. Para cada grau de temperatura elevado,

aumenta-se o consumo de água em percentuais variantes de acordo com a escala térmica

(FERNANDES et al. 2014).

Alguns requisitos nutricionais que implicam diretamente no fator energético são

modificados pelas condições do ambiente. Quando há brusco aumento da temperatura

implica-se na qualidade da proteína, aminoácidos, vitaminas (C, A, E, D3) e tiamina. O

colecalciferol D3, é de origem animal, as aves apresentam melhor rendimento nesta

forma da vitamina. A demanda por minerais como o cálcio, fosforo, sódio e potássio

cresce e sua não regularização afeta a saúde das aves causando o desenvolvimento das

síndromes, afeta o sistema nervoso central de modo incorrigível (FERNANDES et al.

2014).

Como mecanismo de defesa para suavizar estas possibilidades ou até mesmo

evita-las, pode-se reduzir o quantitativo proteico da ração e adicionar óleos e lipídeos. A

geração e produção de ração rica em aminoácidos auxiliam na digestibilidade, exige

menos gasto energético na metabolização alimentar. Potássio e bicarbonato de sódio

para compensar as excreções por estresse ambiental (FERNANDES et al. 2014).

Enfatizando sobre a utilização de gorduras na ração — sebo, banha e gordura

animal — e óleos— de peixes e vegetais — apesar de ser bastante comum a

incrementação destes à alimentação como o objetivo de agregar consistência nutricional

por oferecer ácidos graxos essenciais e vitaminas lipossolúveis e reduzir a consequência

causada por níveis extras de calor, alguns cuidados como a quantidade deste

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ingrediente. Quantidades acima do que é requisitado acarretam deposições de gordura

na carcaça (MACIEL, 2015).

São estes fatores nutricionais que implicam no crescimento muscular,

considerando as aves de corte industriais, espera-se o aceleramento do seu

desenvolvimento em tempo hábil. Animais com tempo para crescimento mais alongado

desenvolve de modo quase sincronizado o esqueleto, musculatura e ganho de peso até o

alcance total da fase madura (SOUZA; VIEITES, 2014).

Contudo, o modo de produção em grande escala acelera este desenvolvimento e

como consequência há desregulação entre estrutura óssea limitada e musculatura

desenvolvida prematuramente. Surgem as doenças estruturais e metabólicas (SOUZA;

VIEITES, 2014). A ascite, morte súbita, síndrome do osso negro e discondroplasia tibial

foram citadas com maiores detalhes a diante para melhor compreensão dos efeitos

causados por deficiência nutricional ou aceleramento do crescimento sem considerar as

particularidades das aves.

O fornecimento de alimentação não balanceada e manejo inadequado são apenas

alguns dos inúmeros itens responsáveis por causar desequilíbrio no desenvolvimento e

crescimento dentro da avicultura (SOUZA; VIEITES, 2014).

3. AMBIENTE

Conforto no ambiente com espaço o suficiente para toda a população de aves

contidas no aviário, excluindo qualquer condição de estresse gerada por falta de local

adequado, impossibilitando que a ave mantenha seu comportamento natural (BROOM,

2011). Desconsiderar estas circunstâncias pode-se ter alterações na fisiologia animal e

sofrer perdas produtivas.

Um alojamento com boas projeções afeta na performance da produtividade,

devem ser considerados modelo de galpão e sua ventilação para chegar a densidade.

Para galpões fechados a média é de 30 a 35 kg/m2, galpões fechados em torno de 35 a

42 kg/m2. Estes parâmetros são variáveis de acordo com a demanda e realidade local

(COOB, 2008).

É indispensável à uniformidade ambiental no aviário, através da aplicação de

isolantes térmicos, as oscilações nas condições climáticas promovem estresse e

consequentemente reduz o consumo alimentar e como numa cascata vem o gasto

energético e perda de peso e prolongamento do tempo para abate (BROOM, 2011).

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4. ALIMENTAÇÃO

Em decorrência do alto valor nutritivo, o milho é um dos cereais mais utilizados

na alimentação animal. Em nível nutricional é fonte energética de amido (amilose e

amilopectina) e carboidrato de reserva dos vegetais. Têm em sua constituição fibra,

proteínas, lipídeos, minerais e açúcares, além da alta palatabilidade e digestibilidade

(VALADARES, 2014).

O fornecimento de alimentos com baixa qualidade para os animais resulta no

desenvolvimento de doenças e intoxicações nos mesmos, afetando diretamente na

produção, inclusive pelo fator antinutricional que altera diretamente a

biodisponibilidade dos elementos essenciais para a nutrição (VALADARES, 2014).

Apesar de ser excelente fonte de energia, o milho é pobre em lisina, triptofano,

cálcio, riboflavina, niacina e vitamina D. Isto implica diretamente na produção da

avicultura quando os produtores optam por sua utilização sem considerar a deficiência

do cereal em colecalciferol e a necessidade das aves em obter vitamina D, tornando este

tipo dieta limitante (VALADARES, 2014).

Na avicultura o milho tem atuação que unida a outros nutrientes contribui

diretamente para a melhoria na produção. Seus ingredientes são em maior volume na

inclusão na dieta das aves, responsável principalmente pelo aporte energético da ração,

além de contribuir com parte da proteína. Constituindo 60% a 70% da ração

(CARVALHO et al., 2015).

A ingestão de lisina, metionina e triptofano é essencial para aves, o milho é

pobre nestas substâncias, tornando precisa a suplementação alimentar. A lisina é

considerada um aminoácido fisiologicamente essencial para manutenção, crescimento e

tem como principal função a síntese de proteína muscular. Ela é considerada essencial

porque é sintetizado pelo organismo em pequenas quantidades, que não atendem à

necessidade do animal, o que torna necessária a ingestão de proteína intacta do alimento

(ROCHA et al., 2009).

De certo modo há aumento no custo da produção e como alternativa, o sorgo é o

substituto em potencial do milho. Baixo custo e com percentual nutricional similar

(85% a 95%). Em estudo realizado por Carvalho et al (2015), comparou-se os resultados

ao incrementar na dieta das aves milho e sorgo. O percentual de proteína bruta das duas

matérias ficou em torno de 8,6% no milho e 8,5% no sorgo.

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No resultado final da pesquisa, não houve grande diferença no desempenho e

parâmetros dos animais durante a substituição, tornando-se viável para a utilização na

alimentação. Porém, assim como o milho o sorgo tem deficiência em lisina, triptofano e

metionina (CARVALHO et al. 2015).

A formulação de uma ração adequada, composta com os nutrientes muito bem

calculados possibilita melhor aproveitamento no aporte energético e conversão

alimentar pelas aves (SANTOS et al. 2013).

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5. SÍNDROMES

5.1 Estresse

O termo estresse pode ser entendido como o conjunto de respostas e ajustes

fisiológicos efetuados pelo organismo animal em consequência às condições adversas.

Estas respostas, como por exemplo, alterações na frequência cardíaca e respiratória, da

temperatura corporal, da liberação de hormônios e alterações comportamentais

acontecem de forma a tentar garantir a sobrevivência do indivíduo (CARRASCO; VAN

DE KAR, 2003).

Uma grande variedade de agentes possuem capacidades de causar nos animais

um estado de estresse. Tais agentes são de natureza diversa, como físicos, químicos,

biológicos, mecânicos e psicológicos, além de fatores de ordem social, como

dominância ou hierarquia entre grupos de animais (BACCARI JÚNIOR, 1998).

As aves são animais homeotérmicos, assim como os mamíferos possuem um

cetro termorregulador no hipotálamo, mantêm a sua temperatura corporal por meio de

mecanismos fisiológicos e comportamentais. O calor decorrente dos processos

metabólicos e o recebido do ambiente necessitam ser dissipados do corpo da ave para o

meio, com a finalidade de que a homeotermia seja preservada. Um gasto mínimo de

energia é utilizado para que essas trocas de calor sejam realizadas em ambiente

termoneutro onde as aves encontram condições ideais para expressar sua capacidade

produtiva (BROSSI et al., 2008; FURTADO et al., 2006).

Um dos principais desafios da avicultura moderna no Brasil é a adaptação às

condições ambientais, em especial às altas temperaturas que são constantes

praticamente por todo o ano. A temperatura ambiente é o fator físico que mais

influência no desempenho do frango de corte, exerce grande influencia no consumo de

ração, e afeta diretamente o ganho de peso e a conversão alimentar, o estresse por calor

ocasiona um desvio de nutrientes gerando perdas na produção. A ave reduz a ingestão

de ração e aumenta o consumo de água, passa maior parte do tempo deitada o que pode

ocasionar problemas nos membros posteriores e o surgimento de calos no peito

(NAVARINI, 2009; RABELLO, 2008).

Levando em consideração que as aves diminuem voluntariamente a ingestão de

alimentos quando a temperatura ambiente se eleva a um nível superior daquela que

proporcionaria as aves estarem numa zona de conforto térmico, uma ração formulada

para condições de termoneutralidade não poderia ser usada para suprir as exigências

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energéticas das aves em ambiente com condições de estresse térmico (OLIVEIRA et al.,

2000).

Para que se tenha um desempenho adequado em termos de nutrição e

alimentação de frangos de corte é recomendada a manutenção dos animais em

temperaturas ambientais em torno de 20 a 26°C, sendo esta a zona de termoneutralidade

para aves em crescimento (ROSTAGNO et al., 2006).

A umidade relativa do ar e a temperatura do ambiente são os efeitos ambientais

que mais atuam para que as aves entrem em um estado de estresse térmico, quando

submetidas a um quadro de estresse, e a partir daí respostas compensatórias são ativadas

para que o animal restabeleça uma zona de conforto térmico. O estresse térmico nas

aves de corte além de interferir no consumo de ração e de água ocasionam alterações na

carne de frangos, prejudicando a industrialização dos produtos cárneos, devido a

alterações na capacidade de retenção de agua, cor e maciez, ocasionando maior rejeição

dos consumidores (VAZ, 2012; CAIRES et al., 2008).

5.2 Densidade Energética

Na avicultura moderna, com o incremento de linhagens de frangos de corte com

alto potencial genético para ganho de peso e conversão alimentar, passou a buscar dietas

formuladas com alta densidade energética, com o intuito de satisfazer as exigências para

crescimento, conversão alimentar e consequentemente melhor rendimento de carcaça

(MURAKAMI, 2010).

Os óleos vegetais e as gorduras de origem animal possuem mais energia que os

carboidratos tornam- se opções válidas para formulações de dietas com alta densidade

enérgica a baixo custo por unidade de energia. O uso dos mesmos nas formulações de

dietas de frango de corte tem mostrado bastante eficaz no desenvolvimento destas aves,

observando o efeito biológico melhor que o esperado (ALMEIDA, 2007).

Os níveis energéticos das rações juntamente com a temperatura ambiente

exercem forte influência no desempenho e na composição de carcaças de frango de

corte, por isso estes dois quesitos devem ser tratados como um conjunto, fatores

dietéticos e climáticos. Mesmo estando em ambientes com diferentes temperaturas, o

consumo de energia depende de vários fatores, entre eles, a necessidade primária das

aves, dos ingredientes que irão compor a dieta e do nível de dietética. A densidade

calórica exerce forte influência no consumo de alimentos, tanto nas fases iniciais como

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finais, além de que a elevação da densidade calórica concorrer para com o consumo de

proteína e outros nutrientes (SILVA JÚNIOR et al., 2002)

A densidade nutricional das dietas constitui uma alternativa para atender as

necessidades nutricionais das aves, além disso, pode minimizar alguns problemas

decorrentes da diminuição do consumo de ração, como por exemplo, o que ocorre em

climas quentes (JUNQUEIRA, 1999).

5.3 Síndrome da Hipertensão Pulmonar (SHP) ou Ascite

A ascite é uma patologia descrita nos sistemas de produção em empresas de

vários países que produzem frangos de linhagens melhoradas em escala comercial. No

Brasil ocorre em todo o território nacional, independente da altitude ou época do ano.

No entanto, observa-se maior gravidade na região sul e sudeste devido as características

climáticas, como elevadas e baixas temperaturas nos meses de inverno (JAENISCH et

al., 2001).

A ascite é responsável por elevadas perdas econômicas em decorrência da

mortalidade de frangos, tanto no período de produção, como o alto índice de

mortalidade que ocorre durante o transporte e condenações em abatedouro, devido ao

aspecto desagradável nas carcaças afetadas. Avanços tecnológicos obtidos nas diversas

áreas permitiram que as linhagens de frango de corte atingissem altas taxas de

crescimento, alcançando em poucas semanas peso ideal para abate (JAENISCH et al.,

2001).

Deve-se salientar que na década de setenta, o peso médio ao abate (1,5 Kg) para

frangos de corte era conseguido em 70 dias e na atualidade o peso de abate (2,2 Kg) é

atingido em 42 dias. Pintinhos que nascem com aproximadamente 42g atinge 4 vezes o

peso inicial ao final de 1 semana de vida (GIROTTO; SANTOS, 2012; JAENISCH et

al., 2001).

A ascite caracteriza-se pelo extravasamento de líquido dos vasos sanguíneos e

seu acúmulo na cavidade abdominal do animal. É considerada uma síndrome porque é

consequência de um conjunto de fatores com características clínicas oriundas de

desordens metabólicas e fisiológicas agregadas com a rápida taxa de crescimento.

Inicia-se em uma progressão fisiopatológica em que há uma hipertensão pulmonar

ocasionando à hipertrofia, dilatação, falha cardíaca direita congestiva, congestão venosa

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e central, dano hepatocelular (edema e fibrose) e transudação de fluído para a cavidade

abdominal (MACARI; FURLAN; MAIORKA, 2004; ROSARIO et al., 2004).

Em relação a sua etiologia, até o momento, não há uma única razão para a

problemática. Porém há evidências de que o principal fator que contribui para a

ocorrência da ascite é o limitefisiológico do sistema cardiorrespiratório dos frangos,

permitindo o desenvolvimento de um quadro de hipertensão pulmonar, e

progressivamente, de hipóxia sistêmica e celular. O quadro é agravado por um aumento

da resistência ao fluxo sanguíneo no pulmão, desequilíbrio entre necessidade e

fornecimento de oxigênio e insuficiência cardíaca direita, entre outros fatores

(MACARI; FURLAN; MAIORKA, 2004; BATAIER NETO, 2008).

A fisiopatologia que leva ao desencadeamento de um quadro de ascite pode ter

início em virtude do aumento da taxa metabólica, com a origem da hipóxia sistêmica,

vasodilatação nos tecidos periféricos e aumento do retorno venoso para o coração. Com

o retorno venoso elevado, há necessidade de maior débito cardíaco para o sistema

vascular do pulmão, cuja musculatura já encontra - se distendida. A consequência é uma

hipertrofia da artéria pulmonar e aumento da pressão arterial pulmonar. Ocorre maior

dificuldade de passagem do sangue através dos capilares pulmonares e, com isso, reduz-

se a perfusão pulmonar, com menor troca gasosa e hipóxia progressiva (GONZALES;

MACARI, 2000; HERNANDES et al., 2002).

A deficiência de oxigênio causa aumento na concentração de hemoglobina e no

número de eritrócitos, com consequente aumento da viscosidade sanguínea. À medida

que aumenta a pressão arterial pulmonar, ocorre hipertrofia cardíaca do lado direito.

Como o coração não é capaz de bombear todo o sangue que retorna dos órgãos e tecidos

periféricos há um aumento da pressão venosa tanto no ventrículo como no átrio direito.

Esse aumento da pressão venosa é verificado no sistema porta-hepático e, como o

epitélio dos sinusóides hepáticos são fenestrados, em consequência do aumento da

pressão, ocorre o extravasamento de plasma para o espaço intersticial e acúmulo na

cavidade abdominal (GONZALES; MACARI, 2000; HERNANDES et al., 2002).

Devido aos avanços tecnológicos, em especial na genética e nutrição,

responsáveis pela atual taxa de crescimento corporal, o que determina uma elevada

demanda sanguínea tecidual por causa da alta taxa metabólica. Entretanto, o sistema

cardiorrespiratório tornou-se ineficiente para oxigenar adequadamente toda massa

muscular, determinando assim transtornos em diversos órgãos. Porém, outros fatores

são frequentemente correlacionados com a ocorrência da ascite em frangos de corte,

como: baixas temperaturas, variações bruscas de temperatura e baixo nível de

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ventilação, criação em altitudes elevadas, elevados níveis de amônia e gás carbônico

dentro dos aviários e doenças respiratórias (MACARI; FURLAN; MAIORKA, 2004).

Considerando que a indução da ascite está na dependência do aumento da

atividade metabólica, ou seja, maior necessidade de oxigênio para atender a demanda do

metabolismo oxidativo, a interação entre temperatura ambiente, nível de energia da

ração e curva de crescimento da linhagem podem influenciar a incidência da ascite. Em

uma mesma temperatura ambiente com nível energético idêntico, o aparecimento da

ascite estará na dependência da linhagem, ou seja, frangos com crescimento rápido nas

primeiras semanas de vida (3ª e 4ª) serão mais susceptíveis à ascite na fase inicial e

frangos com crescimento rápido, no período final de criação terão maior

susceptibilidade entre a 5ª e 7ª semana de vida (MACARI; LUCHETTI, 2002).

Moreira et al. (2011), relataram que o clima é de fundamental importância para o

desenvolvimento da síndrome ascítica, como também, correlacionaram maior índice de

mortalidade de frangos de corte, em decorrência da ascite entre a 2ª e 4ª semana de vida.

A susceptibilidade ao desenvolvimento da ascite pode também ser verificada

pelo valor de hematócrito e pela viscosidade sanguínea. Frangos machos, selecionados

para alta taxa de crescimento, apresentam valores de hematócrito e viscosidade do

sangue superior, especialmente quando submetidos a ambientes estressantes como o frio

(MACARI; FURLAN; MAIORKA, 2004).

Neto et al (2004) realizaram um estudo que teve como objetivo avaliar à

susceptibilidade à síndrome ascítica de machos e fêmeas em linhagens comerciais de

frango de corte. Durante o experimento todas as aves foram suplementadas com ração

ad libitum com 3.050 kcal/ME e as linhagens comerciais comparadas foram Cobb,

Hubbard e Ross, machos e fêmeas. Pode – se observar, que não houve interação

significativa entre linhagem e sexo em nenhuma das características estudadas. Os

machos consumiram significativamente cerca de 8% a mais de ração, apresentando

cerca de 10% a mais no ganho de peso, quando comparado às fêmeas no final do

experimento e, consequentemente, demonstraram uma tendência maior para casos de

síndrome ascítica, que ocorreu de forma significativa apenas na sexta semana.

Acredita-se que a maior incidência da síndrome ascítica em machos, neste caso,

seja pela maior demanda de oxigênio requerida pelos machos, pois com uma elevada

taxa de crescimento iniciam-se os distúrbios metabólicos e fisiológicos e são agravadas

as situações em que ocorrem diminuição da disponibilidade (deficiência de ventilação

do galpão) e/ou aumento da demanda de oxigênio (taxas rápidas de crescimento, em

altos consumos e em alta densidade de nutrientes na dieta, em consequência a

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necessidade de metabolizar tais nutrientes). Na relação entre síndrome ascítica e a

mortalidade total, os machos apresentaram 52,24% a mais de mortalidade do que as

fêmeas. Os resultados revelaram que a incidência de ascite independe da linhagem

comercial dos frangos de corte, entretanto, os machos foram mais suscetíveis (NETO

EMANUEL; CAMPOS, 2004).

Segundo Gonzales et al. (2010), pode-se notar diminuição do metabolismo

energético em portadores da síndrome ascítica, evidenciado, pelo decréscimo dos níveis

de glicose, colesterol e triglicerídeos, além de hipoproteinemia, hipocalcemia e aumento

de ácido úrico. Acredita-se, que isto, esteja correlacionado à perda de apetite gradativa

que acontece devido a pressão causada pelo edema abdominal (ascite).

Sugere – se, ainda, que a hipoproteinemia é ocasionada emconsequência ao

edema crônico, com passagem de albumina e líquido intravascular para os tecidos,

característica presente em aves com anasarca e ascite, atrelado a isto, ocorre a

hopocalcemia, isto porque um terço do cálcio plasmático está ligado a proteínas, em

especial, a albumina. A elevação dos níveis de ácido úrico plasmático, advém de uma

provável falha renal, já que o mesmo é o produto final do metabolismo das aves,

devendo ser excretado na urina (GONZALES et al., 2010)

5.4 Morte Súbita

A síndrome da morte súbita, também denominada síndrome da morte aguda,

ataque cardíaco ou edema pulmonar, é hoje considerada de ocorrência cosmopolita,

comprometendo o rendimento econômico de lotes de frangos bem manejados em

diversas partes do mundo (GONZALES; MACARI, 2000). Embora, não haja

consistência em relação a idade em que, acontencem as maiores perdas em

consequência a morte súbita, tem-se observado maior incidência nas aves entre a 2ª e 4ª

semana de idade, podendo ser observada desde a primeira semana de vida, ou seja, um

período de rápido crescimento dos animais (MACARI; FURLAN; MAIORKA, 2004).

A etiologia dessa síndrome ainda é desconhecida. Entretanto, sabe-se que não é

de origem infecciosa, uma vez que não se identificou patôgenos, virais, bacterianos ou

fúngicos envolvidos. Acredita-se em uma falência circulatória, que causa as mortes em

função de uma anormalidade metabólica que dispara a fibrilação atrial ou ventricular

(MACARI; FURLAN; MAIORKA, 2004).

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O distúrbio metabólico parece estar correlacionado a uma susceptibilidade

intrínseca dos frangos à hipoxemia, possivelmente influenciada pelo menor crescimento

relativo dos sistemas respiratório e cardíaco, em uma época de rápido crescimento das

aves. Dessa forma, o crescimento muito rápido poderia aumentar a sensibilidade do

miocárdio à predispor a fibrilação ventricular (MACARI; FURLAN; MAIORKA,

2004).

Segundo Gonzales e Macari (2000), a fibrilação atrial associada ao infarto do

miocárdio cardioembólico do miocárdio ou apoplexia são mecanismos fisiopatológicos

prováveis como desencadeadores da morte súbita. De um modo geral, não se observam

lesões macroscópicas e as lesões histológicas do coração e pulmão não são específicas.

As alterações normalmente encontradas na morte súbita são: aparência normal da ave,

bom desenvolvimento pela idade, a ave é encontrada normalmente na posição dorsal,

trato digestório (papo e moela) com alimento recentemente ingerido, vesícula biliar

pequena ou vazia e ventrículos contraídos e átrios dilatados e cheios de sangue.

Estudos realizados por Gonzales et al. (2010), discutiram o stress calórico como

causa de morte súbita sobre os perfis bioquímicos. Os perfis bioquímicos do soro

sanguíneo mostrou que aves acometidas com sinais clínicos compatíveis com a

síndrome da morte súbita se caracterizavam por hiperproteinemia que provavelmente,

ocorre em consequência, ao edema agudo com saída de líquido do espaço vascular,

ocasionando uma hemoconcentração e consequentemente elevação das proteínas totais

do plasma. Aumento nos níveis de ácido úrico plasmático, fósforo e magnésio, ureia e

creatina também foram citados e presume que seja em decorrência a falha renal em

concordância com a desidratação. A azotemia pré – renal juntamente com a retenção de

compostos de excreção são ocorrências comuns, em virtude a oligúria. Podendo também

ser observado choque hipovolêmico e acidose metabólica pela produção excessiva de

ácido lático.

Segundo Azadmanesh e Jahanian (2014), altos níveis de densidade energética na

dieta estão relacionados com a incidência da morte súbita, pois, eleva a frequência

cardíaca e consequentemente a taxa metabólica das aves.

A morte súbita assim como a ascite é uma doença irreversível, após o processo

ser desencadeado, não existe fórmula para impedir a sua evolução. Porém alguns fatores

podem ser citados para prevenir tais doenças em lotes de frangos, como: adoção de

outras normas de manejo, como melhoria da qualidade do ar, redução de toxinas

alimentares, prevenção de doenças respiratórias e insistência de receber pintinhos de

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primeira qualidade dos incubatórios podem reduzir a incidência dessas doenças nos

frangos de corte (MACARI; FURLAN; MAIORKA, 2004).

A principal diferença entre a ascite e morte súbita é a forma como acontece a

falência cardiorespiratória. Na ascite o processo ocorre de forma crônica, ou seja, mais

lentamente, enquanto que na morte súbita o processo é agudo, causando a morte do

animal rapidamente (JESUS, 2016).

5.5 Síndrome do osso negro (“blackbonesyndrome”)

Também conhecida como ―blackbonesyndrome‖ ou ―bonedarkening‖, a

síndrome do osso negro caracteriza-se pelo escurecimento da carne adjacente ao osso,

tal processo é desencadeado devido ao extravassamento de sangue da medula óssea para

a carne, sendo causada pela deficiente ossificação intramebranosa, o que torna o osso

mais poroso. Embora pouco se saiba a respeito dos fatores predisponentes, acredita-se

que a idade, sexo, linhagem e dieta das aves podem estar relacionadas com a incidência

(KORVER, 2010).

Esta patologia, afeta aproximadamente cerca de 30% das coxas e sobrecoxas de

frangos de corte do mundo inteiro, em especial os que apresentam rápido

desenvolvimento muscular e ocasionalmente mineralização óssea deficiente. As coxas e

sobrecoxas de frango de corte são as partes anatômicas mais afetadas pela síndrome do

osso negro, isso ocorre devido à abundância de sangue nestas regiões (VÁZQUEZ;

SOTO-SALANOVA, 2009).

A conservação é um dos procedimentos mais utilizados com a finalidade de

elevar a vida útil dos alimentos, no entanto, a qualidade da carne pode ser alterada com

as condições de processamento e armazenamento. O congelamento parece ser o fator

que mais interfere no grau de escurecimento, pois compele a formação de cristais de

gelo que rompem as células da medula óssea e leva o sangue advindo deste processo em

direção ao osso e à carne adjacente (BALDO et al., 2014; WHITEHEAD, 2010)

Deve-se salientar, que durante o descongelamento e cozimento, ocorre

extravasamento da hemoglobina presente na medula, principalmente em ossos frágeis

ou porosos. Além do congelamento a cocção também contribui para que tal evento

ocorra, além de escurecer o sangue extravasado na musculatura (WHITEHEAD, 2010).

O túnel de congelamento (refrigeração e manutenção) deve mostrar – se, a

temperatura de -35° a -40°C, com tempo de retenção da maioria dos produtos de quatro

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horas, para que o produto atinja a temperatura de -18°C e seja bem conservado. No

entanto, vale ressaltar que a partir de – 18°C inicia – se, o processo de formação dos

cristais de gelo e a conservação em temperaturas inferiores a – 18°C predispõe ao

crescimento microbiológico indesejável, podendo tornar a carne inviável a

comercialização (PRADO, 2009).

Zanatta et al. (2008), observaram que a suplementação da enzima fitase na dieta

de frangos de corte minimizou fraturas em ossos da tíbia. Ressalta – se, que a enzima

fitase aumenta a disponibilidade do fósforo complexado ao ácido fítico nos ingredientes

de origem vegetal e também de outros minerais essenciais como o cálcio.

Souza e Vieites (2014), afirma que o incremento da vitamina D3 e seus

metabólitos na dieta de frangos de corte melhora a utilização do fósforo, enriquece o

teor mineral dos ossos, aumentando a qualidade óssea das aves. Porém, os valores a

serem suplementados recomendados de cada forma da vitamina D3 a as suas diferentes

idades, ainda não são bem elucidados e não há consenso entre as pesquisas, fazendo – se

necessário, estudos que demostrem os níveis que poderão ser empregados pelos

avicultores, de modo a assegurar o atendimento das exigências nutricionais e o

adequado desenvolvimento ósseo das aves, com o intuito de diminuir a incidência da

síndrome do osso negro.

Arruda et al (2015), relataram a importância da suplementação do cálcio na

alimentação dos frangos de corte para o ganho de peso e desenvolvimento ósseo,

especialmente ossos da tíbia, metatarso, úmero e fêmur. Durante experimento pode

observar deformidades como raquitismo e osteomalácia em animais com deficiência do

mineral.

A aparência da carne, em especial a cor é um quesito de grande importância na

escolha do consumidor na compra de frango de corte. Nos animais que apresentam a

síndrome do osso negro, tem-se uma maior rejeição dos consumidores de carne de

frango. Uma das alternativas criadas pelos restaurantes fast-food foi passar a servir

cortes desossados, com o intuito de evitar reclamações por parte dos clientes

(VÁZQUEZ; SOTO-SALANOVA, 2009).

Como medidas preventivas para esta síndrome, em longo prazo podem estar na

seleção genética de linhagens mais resistentes a este acometimento, visando à obtenção

de animais com uma estrutura óssea mais resistente. Em curto prazo, atenção deve ser

voltada à nutrição e os nutrientes considerados de maior importância para que se tenha

uma melhor consolidação óssea e ocasionalmente os animais não venham a desenvolver

a síndrome, deve-se ser enfatizando nutrientes como cálcio, fósforo e vitamina D, sendo

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foco de muitas pesquisas os níveis e formas de vitamina D adequadas para as aves em

questão (BALDO et al., 2014; KORVER, 2010).

5.6 Discondroplasia Tibial

As patologias ósseas são os principais desafios no desempenho de frangos de

corte. As perdas econômicas relacionadas a este tipo de patologia são bastantes

elevadas, pois aumentam os índices de mortalidade, devido ao número de refugos e

carcaças condenadas. Estudiosos relatam que animais acometidos com a discondroplasia

tibial tem maior probabilidade de apresentar fraturas ósseas durante o abate em relação

as aves saudáveis (KUSSAKAWA; FARIA, 1998).

A Discondroplasia Tibial, também conhecida popularmente como fraqueza das

pernas é uma anormalidade metabólica de frangos de corte em crescimento,

caracterizada pela formação de uma massa anormal de cartilagem, não vascularizada,

dispersamente mineralizada e de tamanho irregular, encontra-se abaixo da placa

epifisária e ocupa a extremidade proximal dos ossos longos, principalmente na tíbia,

podendo estar presente em fêmures e úmeros. Acomete cerca de 2 a 20% das aves (lotes

experimentais e comerciais) ocasionando desconforto e claudicação nos animais e lotes

desuniformes. Observar – se, esse distúrbio mais comumente entre a 3ª e 8ª semana de

vida de frangos e acomete especialmente os machos (BERNARDI, 2011; ALMEIDA

PAZ, 2008).

Segundo Ponso et al. (2012), o ganho de peso médio diário de frangos de corte

cresceu significativamente nas últimas décadas, elevando – se de 20g/dia para mais de

50 g/dia e a idade de abate diminuiu de 12 para 6 semanas. Porém, o crescimento do

tecido ósseo não tem acompanhado estes processos fisiológicos, acarretando a

convergência de adversidades locomotora e fragilidade óssea.

Dessa forma, o melhoramento genético voltado para o alto ganho de peso e altos

níveis de crescimento, convergente com a dieta nutricional (deficiência de proteínas,

aminoácidos, vitaminas e minerais) podem acarretar a incidência dessa patogenia. Vale

salientar, que mesmo linhagens selecionadas para baixa incidência de discondroplasia

tibial podem ter o problema agravado quando associado com balanços nutricionais

inadequados (GONZALES; MENDONÇA, 2006).

A vitamina D3 tem sido bastante usada na avicultura moderna e vem chamando

atenção de pesquisadores, em especial, à sua eficiência de instigar a diferenciação dos

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condrócitos, regular o crescimento ósseo, prevenir o raquitismo e diminuir os índices de

discondroplasia tibial. Pesquisas mostram exigências de vitamina D3 (1,25-

dihidroxicolicalciferol, 1,25(OH)2)na ordem de 6,9 mg/kg para crescimento, 10,1

mg/kg para elevar o conteúdo de cinzas dos ossos, 13,8 mg/kg para elevar o cálcio do

sangue, e 22,6mg/kg para prevenir o raquitismo e acentuada diminuição da incidência

de discondroplasia tibial em frangos alimentados com variáveis níveis de vitamina

D3(PONSO, 2012).

Segundo Gonzales e Mendonça (2006), quando o animal está em um distúrbio

ácido – básico (acidose ou alcalose), os processos metabólicos são direcionados a

regulação homeostática em consequência a perdas na reprodução. A ocorrência de

acidemia leva à diminuição na conversão da vitamina D3 na sua forma biologicamente

ativa (1,25-diidroxicolecalciferol).

Franco et al. (2004), realizaram um experimento sobre o efeito dos Ionóforos

(lasalocida e salinomicina) e do balanço eletrolítico da dieta sobre o desempenho e a

incidência de discondroplasia tibial em frangos de corte na fase inicial e observaram que

as aves que foram submetidas a dieta com lasalocida mostrou redução do desempenho e

ocorreu aumento das áreas ósseas que qualificam a discondroplasia tibial com o

aumento dos níveis de eleltrólitos na dieta. Enquanto que, os frangos que receberam

dieta com salinomicina mostraram maior peso aos 21 dias, sem interferência na

incidência de disconfroplasia tibial, independente dos níveis eletrólitos na dieta.

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CONCLUSÕES

A busca por altos índices de produção tem trazido à avicultura moderna uma

série de problemas que surgem atrelados à elevada capacidade de crescimento dos

animais em um curto período de tempo. Em consequência a isto, destaca-se a

importância da implantação de medidas que visem estabelecer um equilíbrio entre a alta

produtividade, a qualidade do produto ofertado ao mercado consumidor.

A grande problemática são as comorbidades resultantes de falha no manejo e

equilíbrio nutricional. A falta de conhecimento sobre as particularidades do aviário é o

precursor para o agravamento das condições do ambiente e sua influência no resultado

da produção.

Para sanar esta realidade, deve-se considerar o aprofundamento de estudos e a

disseminação das informações junto aos produtores sobre a relevância de atender os

requisitos de uma alimentação e nutrientes em níveis balanceados para o crescimento e

rendimento apropriado das aves.

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