principais doenças dos citrus

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Principais Doenças dos Citrus

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Principais Doenças dos Citrus. Estiolamento ( damping-off ) - Principal doença de sementeiras. Causada pelos fungos Rhizoctonia solani , Pythium aphanidermatum , Phytophthora citrophthora , P. nicotianae var. parasitica ou Fusarium spp . - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Principais Doenças dos  Citrus

Principais Doenças dos

Citrus

Page 2: Principais Doenças dos  Citrus

Estiolamento (damping-off)

- Principal doença de sementeiras.

- Causada pelos fungos Rhizoctonia solani, Pythium

aphanidermatum, Phytophthora citrophthora, P.

nicotianae var. parasitica ou Fusarium spp.

Page 3: Principais Doenças dos  Citrus

- Germinação: formam plantinhas com folhas

amareladas, murchas, seguindo-se um

apodrecimento na região do colo, próximo à linha

do solo, provocando seu tombamento e morte.

- 72 horas: generalizado em toda a sementeira.

Page 4: Principais Doenças dos  Citrus

- Medidas preventivas: tratamento do solo com

com Dazomet na dosagem de 2,5 kg por 100 k de

solo.

- Neste caso deve-se esperar por um período de 3

a 6 meses antes de se fazer a semeadura.

Page 5: Principais Doenças dos  Citrus

- Sementes: submentendo-as a 51oC - 52oC durante

10 minutos ou pelo tratamento químico com

Apron 3 gramas por quilo de sementes ou captan,

4 g/k sementes.

- Tratamento preventivo do solo para preparo de

mudas em vasos: recomenda-se o uso de

Quintozene na base de 400g/m3 de solo.

Page 6: Principais Doenças dos  Citrus

Ataque pós-emergente

- Rhizoctonia usam-se produtos à base de PCNB

(Pentacloronitrobenzeno) na dosagem de 300g

para 100 l de água, aplicando-se 2 litros por metro

quadrado de canteiro.

Page 7: Principais Doenças dos  Citrus

- Pythium sp. ou Phytophthora sp. usar fosetyl-Al

(sistêmico) na dosagem de 250g/100 l de água

pulverizando as plantinhas até o ponto de

escorrimento.

Em ambos os casos as plantinhas doentes devem

ser retiradas da sementeira.

Page 8: Principais Doenças dos  Citrus

Antracnose

Agente causal Colletotrichum gloeosporoides

Sintomatologia

Folhas: Lesões deprimidas, firmes e secas de cor

marrom escura a preta, geralmente maiores que

1,5 cm de diâmetro, podendo tomar grandes áreas

do fruto.

Ramos: lesões ocorre após a morte dos tecidos.

Page 9: Principais Doenças dos  Citrus
Page 10: Principais Doenças dos  Citrus

Bolor verde e Bolor azul

Agente causal

Penicillium digitatum Sacc

Penicillium italicum Wehmer

Page 11: Principais Doenças dos  Citrus

Sintomatologia

- sintoma inicial é uma mancha circular de aspecto

encharcado com ligeira descoloração da superfície

do fruto, que evolui para podridão mole, que torna-

se coberta com um crescimento branco.

Sintoma morfológico: podridão

Page 12: Principais Doenças dos  Citrus
Page 13: Principais Doenças dos  Citrus

Cancro Cítrico

Agente causal

Xanthomonas citri

Xanthomonas axonopodis pv. citri

Sintomatologia

- Apresenta lesões salientes.

- Os primeiros sintomas aparecem nas folhas, onde

concentram-se em maior quantidade do que em

frutos e ramos.

Page 14: Principais Doenças dos  Citrus

São lesões inicialmente amarelas que se tornam

marrom.

Sintoma morfológico: mancha

Page 15: Principais Doenças dos  Citrus
Page 16: Principais Doenças dos  Citrus

Clorose-Variegada-dos-Citros (CVC)

Agente causal Xylella fastidiosa

Sintomatologia

- Manchas cloróticas de bordos irregulares em

folhas maduras de ramos isolados, começando pela

parte mediana da copa e expandindo-se por toda a

planta.

Page 17: Principais Doenças dos  Citrus

- Folhas novas ocorre deformação destas com

redução da expansão foliar, afilamento,

encurvamento para cima e clorose.

Sintoma morfológico: mancha

Page 18: Principais Doenças dos  Citrus
Page 19: Principais Doenças dos  Citrus

Declínio

Agente causal Não conhecido

Sintomatologia

-murcha parcial ou total das folhas, devido ao

impedimento do xilema de conduzir água para a

parte superior da planta.

- As folhas tornam-se verde-opacas, sem brilho e

com uma leve distorção.

Sintoma morfológico: mancha

Page 20: Principais Doenças dos  Citrus
Page 21: Principais Doenças dos  Citrus

Fumagina

Agente causal: Capnodium citri; Gloeodespomigena,

Stomiopeltis citri.

Sintomatologia

- Manta miceliana de coloração preta.

O fungo recobre a superfície da folha, formando a

manta miceliana mais espessa na face superior do

que na inferior.

Sintoma morfológico: mancha                            

Page 22: Principais Doenças dos  Citrus
Page 23: Principais Doenças dos  Citrus

Gomose

Phytophthora parasitica e P. citrophthora.

Sintomas: podem variar dependendo da espécie

ou cultivar de citros,

- idade da planta,

- órgãos onde ocorre o ataque

- condições ambientais prevalecentes.

Page 24: Principais Doenças dos  Citrus

Viveiros: fungo pode atacar os tecidos da região

do colo das plantinhas, com lesões deprimidas de

cor escura que aumentam de tamanho e acabam

provocando a morte das mudas.

- O fungo pode ainda infectar sementes e causar

podridões antes mesmo da germinação.

Page 25: Principais Doenças dos  Citrus

Viveiros:

- desinfestar o solo,

- tratar as sementes com fungicidas ou com calor

(10 minutos a temperatura de 51,7ºC);

- tratar a água de irrigação com sulfato de cobre

20ppm);

- evitar adubações nitrogenadas pesadas;

- pulverizar periodicamente as mudas com

fungicidas (Fosetyl-Al);

Page 26: Principais Doenças dos  Citrus

- colocar no solo da sementeira entre as linhas o

fungicida Metalaxyl na formulação granulada;

- não repetir o viveiro na mesma área.

Sintomas Plantas adultas:

- exsudação de goma,

- escurecimento dos tecidos localizados abaixo da

casca.

Page 27: Principais Doenças dos  Citrus
Page 28: Principais Doenças dos  Citrus

Sintomas reflexos da parte aérea: como clorose

intensa das folhas correspondendo ao lado do

tronco ou das raízes principais onde ocorrem as

lesões.

Frutos: mais próximos ao solo podem ser

contaminados apresentando podridão seca de

cloração marrom-parda que apresentam forte

cheiro acre.

Page 29: Principais Doenças dos  Citrus

Controle

a) Utilizar mudas sadias

b) Fazer plantio em solos profundos, bem

drenados, porosos e em terrenos altos;

c) Utilizar porta-enxertos mais resistentes, como o

Poncirus trifoliata, citranges, tangerineiras

Cleópatra e Sunki e limão cravo, que apresenta

média resistência;

Page 30: Principais Doenças dos  Citrus

d) Evitar danos mecânicos ao tronco e às raízes;

e)Evitar excesso de nitrogênio;

f) Nas plantas atacadas, fazer raspagem e pincelar o

local com fungicidas específicos, até

desaparecerem os sintomas.

Page 31: Principais Doenças dos  Citrus

Greening***

Agente causal Candidatus liberibacter spp.

Sintomatologia

- O greening causa sintomas nas folhas, ramos e

frutos.

Sintomas iniciais: amarelecimento de ramos e

folhas.

Page 32: Principais Doenças dos  Citrus

Folhas: apresentam manchas irregulares de cor

amarela pálida e pode ser observados

engrossamento e clareamento das nervuras das

folhas que ficam com aspecto corticoso.

Sintoma morfológico: mancha

Disseminação: multiplica-se nos vasos do floema e

é transmitida pela Diaphorina citri, um psilídeo

comum nos pomares.

Page 33: Principais Doenças dos  Citrus

Diaphorina citri

Page 34: Principais Doenças dos  Citrus

- Diaphorina citri, um pequeno inseto de coloração

cinza e com manchas escuras nas asas medindo de

2 a 3 milímetros de comprimento.

- Esse inseto é comum nos pomares brasileiros, se

hospedando em todas as variedades cítricas

e,também, na planta ornamental conhecida como

falsa murta - Murraya paniculata

Page 35: Principais Doenças dos  Citrus

- A identificação do inseto pode ser facilitada pelo

fato de ser visível a olho nu e também pela sua

posição ao se alimentar, levantando a parte

posterior do corpo em um ângulo de aproximado

45°.

- Os adultos do psilídeo se alimentam tanto em

folhas maduras como em brotos novos e a bactéria

persiste neles em todas as suas formas.

Page 36: Principais Doenças dos  Citrus

- uso de borbulhas retiradas de plantas infectadas,

que originam mudas contaminadas, importante

meio de disseminação da bactéria a longas

distâncias.

Page 37: Principais Doenças dos  Citrus
Page 38: Principais Doenças dos  Citrus

Medidas de Convivência

Para os Estados em que a doença já está relatada,

estão sendo recomendadas as medidas de

controle utilizadas por países em que a doença já

se instalou há mais tempo.

Inspeção do pomar – fazer inspeções constantes,

planta a planta, pelo menos quatro vezes por ano;

Page 39: Principais Doenças dos  Citrus

Monitoramento do inseto vetor - O

monitoramento de Diaphorina citri pode ser

realizado por meio de armadilhas adesivas e pela

observação de brotos novos.

- As armadilhas devem ser posicionadas em

pontos estratégicos da propriedade para detectar

a presença e movimentação do inseto vetor.

Page 40: Principais Doenças dos  Citrus

- Devem ser vistoriados de 3 a 5 ramos novos por

planta, observando a presença de ovos, ninfas

e/ou adultos.

- O controle químico, com a aplicação de

inseticidas, deve ser realizado quando for

observada a presença do vetor.

Page 41: Principais Doenças dos  Citrus

Aquisição de mudas sadias – essa é a medida

preventiva de maior importância: as mudas devem

ser adquiridas em viveiros protegidos e que sigam

a legislação fitossanitária.

Page 42: Principais Doenças dos  Citrus

Medidas de Exclusão

Considerando que:

i - o greening é a doença dos citros mais grave e

destrutiva no mundo, e em função da dificuldade

de controle e da sua rápida disseminação;

ii - todos os estados brasileiros produzem cítricos e

que em 88% das microregiões brasileiras essa

produção é uma atividade comercial;

Page 43: Principais Doenças dos  Citrus

iii – atualmente, cerca de 33% dos plantios de

cítricos no Brasil, estão fora da região infectada

pela doença (SP, PR e MG)

iv - todas as regiões do país, produzem e fornecem

frutas cítricas para os mercados locais, o que

caracteriza a cultura como de grande importância

socioeconômica, deve-se adotar medidas de

controle por exclusão e em sentido absoluto, quais

sejam:

Page 44: Principais Doenças dos  Citrus

- Proceder o levantamento e diagnose da

presença da doença em áreas indenes (área onde

não se tem relato de ocorrência da doença

específica), pelo menos duas vezes por ano,

estabelecendo-se prioridades para Estados com

citricultura mais importante e propriedades mais

tecnificadas; nesta, a introdução de material

contaminado é mais esperada;

Page 45: Principais Doenças dos  Citrus

• Consolidar medidas na Legislação Fitossanitária

por meio de Decretos e Leis com proibição de

entrada de qualquer material vegetal, oriundo de

áreas infectadas;

• Prover meios suficientes para uma efetiva

fiscalização, interceptação e destruição do

material apreendido.

Page 46: Principais Doenças dos  Citrus

Leprose

Agente causal Citrus leprosis virus (CiLV)

Sintomatologia

Folhas: lesões ocorrem em ambas as faces e

apresentam formato arredondado, aspecto liso e

com uma coloração variando de verde-pálida a

marrom no centro, com um halo amarelo.

Estágios avançados: verifica-se desfolha prematura

das folhas.

Page 47: Principais Doenças dos  Citrus

Ramos novos: lesões amareladas que evoluem para

a cor marrom-avermelhada, ficando escamadas

com uma casca grossa.

Vetor: Ácaro da leprose (Brevipalpus phoenicis)

Page 48: Principais Doenças dos  Citrus
Page 49: Principais Doenças dos  Citrus

Melanose

Agente causal

Diaporthe citri (Fawc.) Wolf

Phomopsis citri Fawc.

Sintomatologia

Os sintomas podem ocorrer em ramos, folhas e

frutos, atacando somente órgãos verdes, no início

de florescimento.

Page 50: Principais Doenças dos  Citrus

Sintomas

Folhas: pequenas crostas levantadas

superficialmente, ásperas ao tato, freqüentemente

dispostas em linhas, curvas e anéis.

As lesões parecem ser de cera, apresentando cor

café ambaraté, café-escura ou quase negra.

Sintoma morfológico: mancha

Page 51: Principais Doenças dos  Citrus
Page 52: Principais Doenças dos  Citrus

Morte Súbita dos Citrus (MSC)

Sintomatologia

- diminuição no tamanho, peso e quantidade de

frutos.

Folhas: perdem o brilho e se tornam pálidas em

toda a copa, seguido de perda de turgidez,

desfolha parcial e amarelecimento das nervuras.

Page 53: Principais Doenças dos  Citrus

- apodrecimento do sistema radicular ocorre

devido ao bloqueio do fluxo de seiva no floema

que pode acontecer antes de aparecerem os

sintomas na copa.

Page 54: Principais Doenças dos  Citrus

Controle

Envolve alguns riscos fazer afirmações para o

controle ou a prevenção de uma doença, cuja

causa, ainda não está cientificamente

comprovada.

As recomendações são baseadas no que foi

observado até agora durante pesquisas realizadas

desde o aparecimento da MSC.

Page 55: Principais Doenças dos  Citrus

Medida mais importante: é não transportar

mudas, borbulhas e cavalinhos das regiões

contaminadas para aquelas onde a doença ainda

não foi constatada.

Nas áreas afetadas: subenxertia com porta-

enxertos tolerantes - de tangerina Cleópatra, Sunki

ou citrumelo swingle - em árvores sobre limão

Cravo.

Plantar mudas: porta-enxertos tolerantes

Page 56: Principais Doenças dos  Citrus

Medida: não transportar mudas, borbulhas e

cavalinhos das regiões contaminadas para aquelas

onde a doença ainda não foi constatada.

Áreas afetadas: recomenda-se a subenxertia com

porta-enxertos tolerantes - de tangerina

Cleópatra, Sunki ou citrumelo Swingle - em

árvores sobre limão Cravo.

Produzir e plantar mudas em diferentes porta-

enxertos tolerantes,

Page 57: Principais Doenças dos  Citrus

Pinta preta

Agente Causal: Guignardia citricarpa

Disseminação: dissemina com muita facilidade

dentro e entre os pomares.

Sintomas: tanto em frutos quanto em folhas, são

mais freqüentes nas áreas da planta que ficam

mais expostos ao sol.

Page 58: Principais Doenças dos  Citrus

Frutos:

-mancha marrom ou mancha dura (lesões escuras

com bordas salientes marrom-escuras, centro

deprimido contendo pequenas pontuações

negras);

- mancha sardenta (lesões pequenas com

minúsculas pontuações negras ao seu redor);

Page 59: Principais Doenças dos  Citrus
Page 60: Principais Doenças dos  Citrus

-mancha virulenta ou mancha negra (lesões

grandes, irregulares com o centro acinzentado e

bordas salientes marrom-escuras ou vermelho-

escuras);

- pinta preta ou falsa melanose (lesões pretas, quase

sempre numerosas, pouco deprimidas, com o centro

pardacento, apresentando pontuações pretas,

medindo entre 2 a 6 milímetros de diâmetro,

assemelhando-se aos sintomas da melanose.).

Page 61: Principais Doenças dos  Citrus

- Suscetibilidade dos frutos vai desde a fase

chumbinho até cinco meses após a queda das

pétalas (pingue-pongue).

Folhas: o centro da lesão tem cor cinza, as bordas

são salientes, marrom-escuras com um halo

amarelado ao redor.

- São raros em laranjas e mais comuns em limões e

tangerinas.

Page 62: Principais Doenças dos  Citrus

Controle: recomendam-se a retirada dos frutos

temporões infectados,

-recobrir as folhas infectadas caídas cobrindo-as

com o mato existente na linha previamente

controlado com um herbicida pós emergente,

- evitar o trânsito de frutas de regiões onde há

ocorrência da doença,

- evitar a utilização de material de colheita de

outras propriedades em regiões afetadas.

Page 63: Principais Doenças dos  Citrus

Controle químico: usando-se duas pulverizações

em intervalo de 8 semanas, sendo a primeira logo

após a queda das pétalas das flores.

Page 64: Principais Doenças dos  Citrus

Os produtos mais indicados são: triazois (25g/i.a.)

+ Mancozeb (160g/i.a.) + Óleo (0,5%) em 100 litros

de água.

- Uma alternativa é a aplicação de Oxicloreto de

cobre (90g/i.a.) + Óleo (0,5%) em 100 litros de água

ou Difenoconazole (10g/i.a.) em 100 litros de água.

Page 65: Principais Doenças dos  Citrus

Estrelinha ou queda de frutos jovens

Agente Causal: Colletotrichum acutatum

- Infecta os tecidos de flores e frutos jovens,

provocando a queda prematura desses frutos.

- Flores infectadas: os primeiros sintomas

aparecem, nas pétalas, sob a forma de lesões

encharcadas de coloração alaranjada.

Page 66: Principais Doenças dos  Citrus

- Pétalas afetadas adquirem uma consistência

rígida e ficam firmemente aderidas ao disco basal.

- Quando as condições são favoráveis os sintomas

podem aparecer antes mesmo que a flor se abra.

- Após o florescimento: os frutinhos recém-

formados amarelecem, destacam-se da base do

pedúnculo e caem, deixando os discos basais, os

cálices e as sépalas aderidos.

Page 67: Principais Doenças dos  Citrus

-Os cálices continuam crescendo, tranformando-se

numa estrutura dilatada, com as sépalas salientes,

semelhantes a estrelas, daí a denominação da

doença de "estrelinha".

- desenvolvendo-se deformados, e pequenos,

menores que 1 cm de diâmetro.

Page 68: Principais Doenças dos  Citrus
Page 69: Principais Doenças dos  Citrus

- Praticamente todas as variedades de laranja doce

- limões verdadeiros, as limas ácidas Taiti e Galego

e a laranja Pera.

-Entre as variedades menos afetadas destacam-se

as tangerinas, os tangores e a laranja Hamlim.

Page 70: Principais Doenças dos  Citrus

Controle químico: proteção das flores com com

um fungicida sistêmico do grupo dos triazois,

intercalados com chlorotalonil ou Mancozeb

(obedecendo um esquema de controle que

proteja a flor desde a fase palito de fósforo até o

fruto no tamanho bola de ping-pong).

Page 71: Principais Doenças dos  Citrus

Rebulose

Agente causal

Erythricium salmonicolor Berk. & Br

Necator decretus Massee.

Sintomatologia

- As primeiras lesões surgem nas axilas de galhos e

ramos.

- Favorecida com a maior umidade.

Page 72: Principais Doenças dos  Citrus

- Inicialmente os ramos são cobertos por micélio

branco, brilhante, em leque, que adquire uma

coloração rósea que desaparece posteriormente.

Sintoma morfológico: mancha

Page 73: Principais Doenças dos  Citrus

- Destacando no ataque às tangerinas, limas doces e

pomelos.

- morte dos ramos com o aparecimento de lesões

que, geralmente, se iniciam nas forquilhas dos

ramos principais.

Page 74: Principais Doenças dos  Citrus

Medidas de Controle:

-melhorar as condições de aeração da planta por

meio de poda de ramos secos, improdutivos e mal

posicionados (a operação deve ser realizada após a

colheita principal);

- cortar os ramos atingidos cerca de 30 cm abaixo da

margem inferior das lesões;

Page 75: Principais Doenças dos  Citrus

- pincelar o corte dos troncos e ramos principais,

especialmente as forquilhas com uma pasta cúprica;

destruir pelo fogo todo o material podado.

Page 76: Principais Doenças dos  Citrus

Químico:

- pulverização sobre as plantas nas zonas de

forquilhas, Chlorotalonil na dosagem de 300g/100 L

de água, em 3 pulverizações, obedecendo um

intervalo de 15 dias.

Page 77: Principais Doenças dos  Citrus
Page 78: Principais Doenças dos  Citrus

Sorose

- Doença causada por um complexo de virus causa

sintomas na copa das plantas, especialmente um

intenso descascamento em áreas próximas a

forquilha principal.

-normalmente, apresenta sintomas após o quarto

ano plantio definitivo.

Page 79: Principais Doenças dos  Citrus

Disseminação: mudas formadas por borbulhas

retiradas de árvores que não apresentem os

sintomas.

Controle: utilização de material de propagação -

borbulhas - limpas da doença por termoterapia,

microenxertia ou pelo uso de clones nucelares.

Page 80: Principais Doenças dos  Citrus

Exocorte

Doença causada po viróides que circulam na seiva

da planta, e são disseminados pelas mudas.

Sintomas: ocorrem nos porta-enxertos, com

descascamento dos tecidos superficiais seguidos

de um acentuado nanismo.

Page 81: Principais Doenças dos  Citrus

Cachexia (Xiloporose)

- causada por um viroide e transmitida por

borbulhas.

- As plantas afetadas ficam intensamente

ananizadas e as folhas com intensa clorose que

descolore inteiramente as folhas, porém são

reversíveis com a adubações específicas.

Page 82: Principais Doenças dos  Citrus

Sintomas no tronco do porta-enxerto: são

pequenas saliências semelhantes a porosidades

na superfície do xilema, logo abaixo da casca.

-Sem aparecer externamente, formam-se bolsas

de goma que são maiores ou menores em função

da suscetibilidade das variedades e idade das

plantas.

Controle: microenxertia ou por meio da obtenção

de clones nucelares.

Page 83: Principais Doenças dos  Citrus
Page 84: Principais Doenças dos  Citrus

Tristeza

Agente causal CTV Citrus tristeza virus

Sintomatologia

Tristeza clássica ou declínio rápido: Profundas

mudanças anatômicas na região da enxertia é a

característica principal nesse tipo.

-Há a formação de células cromáticas, colapso e

morte dos tubos crivados.

Page 85: Principais Doenças dos  Citrus

- Ocorrem degradação e superprodução de células

do floema, acúmulo e invasão de floema não

funcional no córtex, que interrompem o fluxo de

seiva e acabam por apodrecer e matar as radicelas.

- Posteriormente, as folhas ficam descoloridas,

bronzeadas, quebradiças, com amarelecimento da

nervura principal, ou amarelecimento total das

folhas velhas.

Page 86: Principais Doenças dos  Citrus

Canelura: Se caracteriza por depressões

longitudinais que se formam no lenho das plantas,

associado com virescência.

Page 87: Principais Doenças dos  Citrus
Page 88: Principais Doenças dos  Citrus
Page 89: Principais Doenças dos  Citrus
Page 90: Principais Doenças dos  Citrus

Verrugose

- é a mais frequente tanto em sementeiras e

viveiros como em pomares, afetando somente

frutos de laranjas doces.

- Causada por três espécies de fungos: na laranja

Azeda, pomelos, limões verdadeiros, limão Cravo,

Volkameriano, Rugoso é causada pelo fungo

Sphaceloma fawceti;

Page 91: Principais Doenças dos  Citrus

- tangerinas é causada por S. fawceti var. scabiosa,

nestes casos afetando folhas ramos e frutos

- laranjas doces afetando somente os frutos e

causada por S. australis.

Sementeiras e viveiros: afetando os principais

porta-enxertos utilizados na citricultura, os tecidos

jovens são preferencialmente atacados, causando

deformações em folhas e ramos novos com lesões

salientes e ásperas.

Page 92: Principais Doenças dos  Citrus

- Os sintomas iniciais nas folhas ainda

transparentes são pequenas manchas pontuais

brilhantes e aquosas.

- Controle: preventivo

Page 93: Principais Doenças dos  Citrus

Pomares:

-laranjas doces, o fungo afeta somente os frutos

durante os 3 primeiros meses de vida, sendo que as

lesões no fruto maduro serão maiores quanto mais

cedo o fruto for atacado.

- As lesões são corticosas, salientes e irregulares,

medindo em torno de 1,0 a 3,0 mm de diâmetro

podendo agruparem-se prejudicando grandes áreas

do fruto.

Page 94: Principais Doenças dos  Citrus

- Neste caso, o período mais importante para o

controle é na floração, na fase de frutos chumbinho,

(em início de formação).

- Recomenda-se a primeira aplicação preventiva

quando 2/3 das pétalas tiverem caído com um

fungicida sistêmico do grupo dos triazois,

Page 95: Principais Doenças dos  Citrus

- segunda aplicação 20 a 30 dias após a primeira, ou

mais cedo se o período for chuvoso com um

produto à base de cobre (oxido cuproso 100 g/ 100

L de água ou oxicloreto de cobre 150-300 g/ 100 L

de água) ou mancozeb (250g/ 100 L de água ).

-Como o uso de fungicidas pode favorecer o

aparecimento de cochonilhas, recomenda-se a

adição de óleo emulsionável à calda fungicida nas

dosagens recomendadas.

Page 96: Principais Doenças dos  Citrus

- As aplicações em mistura com óleo mineral

emulsionável não devem ser feitas sobre os frutos já

desenvolvidos para evitar sintomas fitotóxico de

mancha estrelada.

Page 97: Principais Doenças dos  Citrus

Principais Doenças da Goiabeira

Page 98: Principais Doenças dos  Citrus

Considerações iniciais

A goiabeira, Psidium guajava, pertence à família Myrtaceae e é uma espécie originária da América do Sul, cujo cultivo vem se expandindo a cada ano, em virtude de sua grande aceitação na indústria de sucos, doces e no mercado de frutas in natura (CARRARO & CUNHA, 1994).

A goiaba no Brasil há algumas décadas se encontram em um momento especial, com excelentes possibilidades de melhorar o setor industrial e de mercado in natura (PIEDADE NETO, 2002). As exportações de goiaba e seus produtos industrializados ainda são pequenos, o que faz a produção brasileira ser voltada exclusivamente para o mercado interno (PIEDADE NETO et al., 2006).

Page 99: Principais Doenças dos  Citrus

No entanto a grande demanda por mudas e outros materiais de propagação por parte de fruticultores de todas as regiões do país tem favorecido a disseminação de doenças causadas por bactérias, fungos e nematóides, por meio de mudas contaminadas (JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

Um dos fatores limitantes ao cultivo de goiabeira em algumas regiões brasileiras são as doenças que afetam a cultura, causando prejuízos econômicos ou ainda, inviabilizando o cultivo em certos locais, como é o exemplo da bacteriose ou seca dos ponteiros.

Page 100: Principais Doenças dos  Citrus

Bacteriose ou seca dos ponteiros (Erwinia psidii Rodrigues Neto et al.)

A seca dos ponteiros foi descrita em 1982, nos municípios paulistas de Valinhos e Pindamonhangaba (RODRIGUES NETO et al., 1987). Posteriormente, foi registrada em Minas Gerais (Romeiro et al., 1994), no Espírito Santo (Oliveira et al., 2000) e no Distrito Federal (Lima et al., 1999; Junqueira et al., 2001; Uesugi et al., 2001). A doença é favorecida por temperaturas elevadas e alta umidade relativa. Não foram encontrados relatos de resistência genética em Psidium guajava à bactéria, e as medidas de controle recomendadas são o corte e a destruição de ramos atacados. Deve-se evitar poda ou colheita quando a planta estiver umedecida e recomenda-se a pulverização com cúpricos após as podas e a partir da floração (RIBEIRO et al., 1985). Essa estratégia, entretanto, não tem garantido um controle da doença (Romeiro et al., 1994), levando-se em conta que o uso de cúpricos pode provocar fitotoxicidade em frutos jovens (25 a 35 mm de diâmetro), inviabilizando-os para a comercialização destinada ao mercado de frutas frescas (GOES et al., 2004).

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Não há registros da ocorrência da bacteriose em outros países e, apesar da sua importância para a cultura da goiabeira no Brasil, não há estudos sobre sua biologia, características de distribuição e prevalência da doença nas áreas de cultivo. Os testes de patogenicidade existentes são longos e dispendiosos, considerando-se o tempo necessário à obtenção de mudas provenientes de sementes ou do enraizamento de estacas. E. psidii não sobrevive por muito tempo em cultura, sendo necessárias repicagens sucessivas que podem levar os isolados a perder a patogenicidade ou se tornarem atípicos.

Esta doença tem grande importância devido à mumificação dos frutos jovens. A seca-dos-ponteiros da goiabeira é uma doença conhecida só no Brasil, existindo registros em várias regiões do estado de São Paulo e no Distrito Federal. Erwinia psidii é um patógeno exclusivo da goiabeira (JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

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Sintomas:

Os sintomas típicos da doença são a seca dos ponteiros e a mumificação dos frutos recém-formados.

Em folhas o ataque da bactéria ocorre apenas nas mais jovens, mostrando-se murchas, avermelhadas e irregulares na lâmina foliar, evoluindo para uma coloração bronzeado-escura tanto nas folhas quanto nos ramos do ponteiro; as nervuras tornam-se marrons, secam e ficam penduradas nos ponteiros mortos (UESUGI et al., 2001).

As flores podem ser afetadas diretamente pela bactéria, tornando-as escuras e provocando o aborto das mesmas (LIMA et al., 1999).

Os frutos jovens são infectados diretamente pela bactéria, daí ser comum encontrar frutos mumificados em ponteiros totalmente assintomáticos (JUNQUEIRA et al., 2001). Quando se faz um corte nos raminhos dos ponteiros, observa-se um ligeiro escurecimento da medula, acompanhado da destruição dos tecidos, os quais, ao serem comprimidos, escorrem um líquido claro e denso (LIMA et al., 1999). A bactéria sobrevive nos ponteiros, folhas mortas e nos frutos mumificados que persistem na planta por muito tempo (Figura 1).

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Disseminação:

A disseminação da doença a longa distância ocorre através das mudas e borbulhas utilizadas para as enxertias, assim como pelas ferramentas de poda. Dentro do pomar, o principal veículo de dispersão da bactéria são os respingos da água da chuva ou da irrigação por aspersão e os insetos que visitam as flores e os frutos infectados. Períodos chuvosos prolongados, umidade relativa e temperaturas altas são condições que favorecem o desenvolvimento da doença (JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

As variedades de polpa vermelha mostram-se mais tolerantes a E. psidii do que as de polpa branca.

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Medidas para o convívio/controle:

As mudas devem ser sadias, procedentes de viveiros estabelecidos sob estrito controle da doença. Realizar podas de limpeza freqüentes para retirar do campo todos os ponteiros secos e os frutos mumificados, os quais devem ser coletados em sacos plásticos e logo queimados. As ferramentas de poda devem ser desinfetadas com hipoclorito de sódio 1%, solução de amônia quaternária, ou submergidas em álcool e logo flambadas, ao passar de uma planta ou plantação para outra. Igualmente, os operários devem lavar e desinfetar as mãos após a manipulação de cada planta. As podas devem ser realizadas preferencialmente em horário sem a presença orvalho ou água livre sobre as plantas e durante as horas mais quentes do dia. Realizar podas de condução de maneira a garantir a formação de uma copa aberta que permita uma boa circulação do ar. Planejar a implantação de sistema de irrigação localizada (micro-aspersão ou gotejamento), visando evitar um microclima favorável ao patógeno. As adubações nitrogenadas devem ser equilibradas, baseando-se nas análises de solo e foliar. Pulverizações preventivas com oxicloreto de cobre a cada 15 dias dão bons resultados no controle da bacteriose (LIMA et al., 1999; UESUGI et al., 2001; JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

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Ferrugem (Puccinia psidii Wint.)

A segunda doença mais importante da goiabeira, nas nossas condições, é a Ferrugem, causada por P. psidii Wint. O fungo afeta tecidos novos de órgãos em desenvolvimento, tais como folha, botões florais, frutos e ramos. Produz manchas necróticas, circulares, de diâmetro variável até um centímetro. As manchas necróticas se recobrem rapidamente por uma densa massa pulverulenta, de cor amarelo-viva, podendo causar, em ataques intensos, perdas na ordem de 80 a 100% dos frutos (PICCININ & PASCHOLATI, 1997). Este fungo também causa prejuízos semelhantes em eucalipto, araçá-boi, araçá, jambo, jabuticaba e pitanga (PICCININ & PASCHOLATI, 1997).

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Sintomas:

O fungo P. psidii ataca indistintamente todos os tecidos novos das plantas em desenvolvimento. Em plantas adultas, inicialmente aparecem pequenas pontuações amareladas e necróticas, que evoluem para manchas circulares, necróticas, de coloração amarela, recobertas por uma densa e pulverulenta massa, de coloração amarelo-viva, formada pelos uredósporos e teliósporos do fungo. Com o tempo, essa massa amarela desaparece, permanecendo somente a área necrótica e seca, freqüentemente apresentando rachaduras. Em condições favoráveis, as lesões coalescem, provocando a morte do limbo foliar e conseqüente queda das folhas (GONZAGA NETO & SOARES, 1994). Os frutos são atacados desde as primeiras fases de desenvolvimento, e caem em grande quantidade. Os frutos infectados que permanecem na planta mumificam-se (GONZAGA NETO & SOARES, 1994). Flores e botões florais atacados na fase inicial de desenvolvimento apresentam lesões circulares, de diâmetro variável, recobertas por uma massa pulverulenta de esporos do fungo, de coloração amarela (MANICA et al., 2000). O fungo Puccinia psidii ataca várias plantas da família Myrtaceae, tanto cultivadas quanto nativas, as quais podem servir de hospedeiros alternativos. Alta umidade relativa e temperaturas moderadas favorecem a ocorrência da doença (PICCININ & PASCHOLATI, 1997).

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Práticas Culturais de Controle:

Promover um melhor arejamento e insolação do pomar através de podas e desfolhas. Realizar a poda em períodos com condição climática desfavorável à ocorrência da doença. Realizar adubação adequada, de acordo com a análise do solo, evitando excesso de adubação nitrogenada. Erradicar das proximidades do pomar variedades muito susceptíveis e/ou Myrtaceas que possam servir de fonte de inóculo permanente, e, se possível instalar o pomar em locais que apresentem baixa umidade relativa ou menor período chuvoso (PICCININ & PASCHOLATI, 1997).

Controle Químico:

Pulverizações preventivas com fungicidas cúpricos podem ser realizadas em frutos com até 3 cm de diâmetro. Após este tamanho, os frutos são sensíveis ao cobre. Quando as pulverizações preventivas não controlarem a doença, realizar pulverizações curativas com o uso de produtos à base de oxicloreto de cobre, hidróxido de cobre, óxido cuproso e calda bordalesa (PICCININ & PASCHOLATI, 1997).

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Antracnose (Colletotrichum gloeosporioides Penz.)

Também conhecida como mancha chocolate, a antracnose da goiabeira é causada pelo fungo C. gloeosporioides Penz, e causa danos medianos a severos, principalmente em pomares velhos, fechados e mal cuidados. Característica doença de pós-colheita, o fungo afeta frutos em estádio de maturação adiantada. O fungo C. gloeosporioides (Penz.) Sacc. tem como teleomorfo (fase sexuada) Glomerella cingulata (Stonem) Spauld. et Schrenk (MENDES, et al., 1998). Esta doença causa danos considerados entre medianos a severos e ocorre com maior incidência em pomares velhos, fechados e mal cuidados, e os sintomas podem aparecer nas fases de florescimento, maturação e pós-colheita (JUNQUEIRA, 2000). A antracnose é uma doença comum da goiabeira em toda a América do Sul, América Central e sul dos Estados Unidos, também existem registros da doença na Índia e África do Sul. No Brasil, existem registros publicados apenas no Distrito Federal e no Ceará, neste último é considerada a doença que causa maior prejuízo nas frutas maduras; acredita-se que a doença esteja presente em todas as regiões produtoras de goiaba do país (JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

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Colletotrichum gloeosporioides é um patógeno onívoro, com um amplo círculo de hospedeiros, capaz de atacar diversas espécies das famílias Amaranthaceae, Chenopodiacea, Cucurbitaceae, Dioscoreacea, Leguminosae, Malvaceae, Solanaceae, Rosaceae, entre outras (PICCININ & PASCHOLATI, 1997).

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Sintomas:

Os sintomas típicos da doença são o crestamento dos ramos e folhas e as manchas escuras e irregulares em folhas e frutos. As lesões nas folhas são pouco características, aparecendo como manchas irregulares, escuras e secas, com tendência a induzir o crestamento da lâmina foliar. Os órgãos mais afetados são os frutos, podendo ser infectados em qualquer fase do desenvolvimento, mas os sintomas são mais severos nos frutos maduros ou em amadurecimento. As lesões aparecem como manchas deprimidas, arredondadas, tornando-se irregulares, marrom-escuras ou negras. Além do progresso externo da lesão sobre a casca, também progride para o interior da polpa, apodrecendo-a, e os tecidos escurecem e adquirem uma consistência flácida; sob condições favoráveis, a podridão pode ocupar quase todo o fruto. As lesões ocorrem nos ramos verdes, apresentando-se como estrias negras e deprimidas (JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

O fungo sobrevive nos ramos infectados da planta ou nas folhas e ramos infectados cortados ou caídos naturalmente, deixados no solo do pomar.

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Disseminação:

A doença é disseminada a longa distância através das mudas ou das borbulhas para enxertia infectadas; igualmente, os frutos que manifestam a doença depois de armazenados, podem ser comercializados em lugares muito distantes do seu lugar origem e carregar o patógeno, que pode estabelecer-se em outras culturas, dado o caráter onívoro do patógeno. Dentro do pomar, os conídios são disseminados principalmente pelos respingos da água da chuva ou da irrigação por aspersão e pelos insetos que visitam as flores ou os frutos maduros no pé (PICCININ & PASCHOLATI, 1997).

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Condições predisponentes:

Períodos chuvosos prolongados que propiciam a permanência de uma lâmina de água livre sobre os tecidos suscetíveis e temperaturas amenas (18-22 °C), assim como ferimentos ou outros tipos de injúrias superficiais são condições que favorecem o desenvolvimento da doença (MENDES, et al., 1998).

Controle:

Não há referências sobre cultivares de goiabeira com algum tipo de resistência a C. gloeosporioides.

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As mudas devem ser produzidas em locais longe dos pomares com incidência da antracnose para garantir que estejam livres da doença. Vistoriar periodicamente o poma, eliminar e queimar todos os órgãos que apresentem sintomas evidentes da doença na planta e, também, os ramos e folhas no solo. Realizar podas de condução que permitam estabelecer uma copa aberta para melhorar o arejamento e a entrada dos raios solares, visando diminuir a umidade no interior das plantas; igualmente, as plantas devem ser plantadas de maneira que permitam a circulação do ar entre elas. Evitar adubações com excesso de nitrogênio. Evitar o ensacamento dos frutos, prática que facilita o estabelecimento do fungo. Realizar pulverizações com fungicidas protetores para reduzir o potencial de inóculo dentro do pomar (JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

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Verrugose (Agente causal desconhecido)

Esta doença tem sido verificada com certa freqüência em muitos pomares de goiabeira, principalmente nos industriais, e são perdas de até 100% na produção de frutos. Em ataques severos, os frutos podem ficar totalmente deformados, portanto, sem valor comercial (JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

Sintomas:

Esta doença não se manifesta em folhas e brotações. Nos frutos, os sintomas iniciais são caracterizados pelo aparecimento de manchas aquosas e irregulares com tonalidade verde-escura, quando estes apresentam em torno de 1 mm de diâmetro. Botões florais e até frutos em desenvolvimento próximos do ponto de maturação podem ser atingidos, mas é mais freqüente em frutos com diâmetro inferior a 3 cm. Com o tempo, nos locais onde as lesões ou manchas se originaram, ocorre uma reação de cicatrização, formando-se um tecido necrótico e endurecido, podendo atingir de 2 a 5 cm de diâmetro. Aparentemente ocorre uma reação dos tecidos de maneira a promover isolamento das áreas necróticas, possibilitando ser destacados manualmente ou cair naturalmente. Em caso de coalecência das lesões, os frutos podem se tornar completamente deformados e depois cair (PICCININ & PASCHOLATI, 1997).

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Controle:

Realizar podas de limpeza e o controle utilizado para ferrugem e antracnose se mostra bastante eficiente para o controle desta doença (JUNQUEIRA & COSTA, 2002).

Considerações finais

Atualmente, a eficiência do controle das doenças fúngicas e bacterianas não se restringem a simples prática de pulverizações com defensivos e sim, com a implantação de um manejo integrado de doenças, que deve estar baseado em um efetivo planejamento na implantação do pomar, envolvendo: aquisição de mudas certificadas; poda de formação em taça aberta na cv. Pedro Sato, que possui hábito de crescimento vertical; podas sistemáticas de limpeza de ramos na parte interna da copa; trituração dos ramos podados; implantação de sistema de irrigação localizada; horário de poda; adubação equilibrada e eliminação de folhas, ramos e frutos sintomáticos.

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