primeiros socorros

17
MÓDULO V: PRIMEIROS SOCORROS 2012 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL: “NORTEADORES PARA UMA EDUCAÇÃO INFANTIL DE QUALIDADE” SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTES AV. CONDESSA DE VIMIEIROS, 1.131 - CENTRO - ITANHAÉM - SP - TEL.: (13) 3421.1700 - CEP 11740-000

Upload: farinha12

Post on 21-Nov-2015

36 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Atendimento inicial de crianças em situação emergencial

TRANSCRIPT

  • MDULO V: PRIMEIROS SOCORROS

    2012

    PROGRAMA DE

    DESENVOLVIMENTO

    DOS PROFISSIONAIS DE

    EDUCAO INFANTIL:

    NORTEADORES PARA

    UMA EDUCAO

    INFANTIL DE

    QUALIDADE [Digite o subttulo do documento]

    Suely

    SECRETARIA DE EDUCAO, CULTURA E ESPORTES AV. CONDESSA DE VIMIEIROS, 1.131 - CENTRO - ITANHAM - SP - TEL.: (13) 3421.1700 - CEP 11740-000

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    2

    MDULO V

    Primeiros Socorros

    Este Mdulo pretende propiciar condies para que os Profissionais de

    Educao Infantil:

    Compreendam a importncia que os primeiros socorros tem para um

    reestabelecimento da criana sem traumas;

    Conheam as principais aes necessrias em acidentes com crianas

    pequenas;

    Entendam a seriedade de auxiliar rapidamente situaes de acidentes;

    Contribuam para o avano da produo de conhecimentos sobre a

    temtica;

    Ao final do Mdulo espera-se que os Profissionais possam:

    Adquirir conhecimentos relevantes sobre primeiros socorros;

    Auxiliar as crianas de forma assertiva quando envolvidas em acidentes.

    Contedos:

    Primeiros Socorros;

    Implicaes de acidentes com crianas;

    Normas e Condutas.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    3

    Criana

    Crianas do mundo inteiro

    Pequeninas criaturas inocentes

    Merecem ateno e respeito:

    Nunca deixar morrer

    Foram escolhidas por Deus

    Alegram os lares, do vida.

    Amar... Amar as crianas

    Fazem bem, enriquecem a alma

    Toda criana esperana.

    Sem elas, perde o sentido

    o incio dos seres humanos

    Um processo da gerao.

    Vamos sempre proteger

    Dando amor e educao

    Rezar para no errar o caminho

    Se tornar um grande irmo.

    Maria de Ftima Lcia Santana

    "Aqueles que amparamos constituem nosso sustentculo. O corao que

    socorremos converter-se- agora ou mais tarde em recurso a nosso favor. Ajudando

    seremos ajudados. Dando, receberemos: esta a lei Divina." (Jesus Cristo)

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    4

    Primeiros Socorros

    Os primeiros socorros servem para aliviar a dor e estabilizar o estado da criana,

    favorecendo um ndice maior de reestabelecimento sem traumas, para subsidiar aes

    assertivas colocaremos informaes importantes quanto as principais aes necessrias

    em acidentes com crianas pequenas.

    muito importante manter a calma para transmitir segurana criana,

    conversar com ela perguntando sobre seu estado de forma cuidadosa em qualquer

    situao de acidente (pergunte afetuosamente se ela est tonta, enjoada, onde di, se

    sente sono, o que estava fazendo quando bateu a cabea, se estava em p, sentado,

    correndo, tentar saber de qual altura e de onde caiu, em que parte da cabea foi a

    pancada e como foram as reaes, essas informaes so muito importante e sero

    solicitadas pelo atendimento mdico) importante ter em mente que a criana j vai

    estar assustada e acalm-la far com que voc possa avaliar a situao.

    Sempre que a criana leva um tombo grande (do trocador, do bero ou do

    cadeiro, por exemple) necessrio examin-la com ateno para ver se no h

    nenhuma leso mais sria (ossos quebrados ou leses internas), principalmente se ele

    tiver batido as costas ou a cabea no cho, as principais aes so:

    1. Colocar imediatamente gelo (envolvido em pano) sobre a zona do

    traumatismo para que no fique muito inchado;

    2. Manter a criana acordada por pelo menos 60 minutos para observar o

    aparecimento de algum sintoma;

    3. Apresentando vmito, sonolncia, corte com sangramento ou perda de

    conscincia deve ser levada a atendimento mdico;

    4. Uma fratura craniana em bebs necessita sempre de hospitalizao

    podendo ser necessrio interveno cirrgica para elevao dos fragmentos sseos

    e preveno de leses cerebrais.

    A maioria das crianas com traumatismos cranianos simples, desenvolve uma

    inflamao no local e posteriormente um hematoma que se dissipa com o tempo.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    5

    Os sintomas a seguir se relacionam a um traumatismo craniano grave, por isso se

    uma criana apresenta qualquer um dos seguintes sintomas depois de bater com a

    cabea, deve ser imediatamente levada ao hospital para ser avaliada:

    Perda da conscincia;

    Incapacidade de mover ou sentir parte do corpo;

    Incapacidade de reconhecer pessoas ou o ambiente;

    Incapacidade de falar ou de enxergar;

    Incapacidade de manter o equilbrio;

    Perda de um lquido transparente atravs do nariz ou da boca;

    Dor de cabea intensa.

    Quedas podem ser graves em crianas, mas a boa notcia que os ossos delas

    so mais flexveis, portanto no se quebram to fcil. Se a criana parece estar bem,

    agindo normalmente, o mais provvel que a queda no tenha tido consequncias mais

    graves. Mas fique de olho nela durante as 24 horas seguintes, especialmente se ela tiver

    batido a cabea. Prefira sempre a precauo: se voc acha que a queda foi muito grande,

    e que no possvel que a criana no tenha se machucado, ou se a criana estiver

    muito irritado ou agindo estranho, leve-a para assistncia mdica.

    Os casos das paradas cardacas e respiratrias de crianas devem demandar

    especial ateno, e normalmente so ocasionados por acidentes de intoxicao,

    aspirao de um corpo estranho, quedas, picadas de inseto, podendo ainda ocorrer o mal

    sem causa definida que acomete crianas at um ano de idade (sndrome da morte

    sbita). Caso a criana tenha desmaiado e no esteja respirando necessrio executar a

    manobra de ressuscitao.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    6

    Reanimao Crdio Pulmonar (manobras de Ressuscitao) Escrito para o BabyCenter Brasil. Aprovado pelo Conselho Mdico do BabyCenter Brasil.

    A ressuscitao cardiopulmonar composta de respirao boca-a-boca e compresses no peito

    (massagem cardaca), e pode salvar a vida da criana enquanto o socorro mdico no chega. A

    respirao boca-a-boca e a massagem cardaca fazem com que o sangue circule pelo corpo, levando

    algum oxignio aos rgos, enquanto a criana no atendida por mdicos com equipamentos

    especficos. A medida pode evitar a morte e/ou leses cerebrais, que podem ocorrer em poucos minutos.

    No difcil fazer as manobras de ressuscitao o importante manter a calma.

    1 - Verifique o estado da criana

    Em casos de quedas que ocasionam cortes e sangramento, deve-se pressionar o ferimento com um pano

    e gelo. Se a criana estiver inconsciente verifique sinais de movimento ou de respirao, mas no

    demore mais de 10 segundos fazendo isso. Coloque o ouvido perto da boca da criana, buscando o som

    da respirao, e veja se o peito dela sobe e desce, caso contrrio execute a manobra de ressuscitao e

    pea para algum chamar uma ambulncia, tente acord-la sem mov-la do lugar, caso seja necessrio

    mov-la faz-lo com muito cuidado, precisa-se de quatro pessoas para que uma segure a cabea; a outra,

    o tronco; a terceira, o quadril e a quarta, os membros, movendo-a em um nico bloco, o ideal coloca-la

    sobre uma tbua a fim de transport-la providenciando um transporte at o hospital imediatamente.

    2: Abra as vias areas da criana Com a criana de barriga para cima, incline a cabea dela para cima, levantando um pouco o queixo,

    verifique se no tem nenhum objeto bloqueando a passagem de ar, se houver procure retir-lo.

    3: Faa duas respiraes boca-a-boca Se a criana no estiver respirando, inspire, guarde o ar e cubra a boca e o nariz da criana com a sua

    boca. Caso a criana seja maior, voc pode cobrir s a boca e tampar o nariz dela com seu polegar e seu

    indicador, vedando as narinas. Sopre devagar o ar, tomando cuidado para ele no escapar, at observar

    que o peito dela sobe.

    Lembre-se que os pulmes do beb so muito menores que os seus, por isso no necessrio soprar

    muito. Soprar muito forte ou muito rpido pode prejudic-lo

    Se o peito no subir, isso quer dizer que as vias areas esto obstrudas, e a criana est engasgada. Se o

    peito subir, faa duas respiraes seguidas, fazendo uma pausa entre elas para deixar o ar sair.

    4: Faa 30 compresses cardacas Trace uma linha imaginria entre os mamilos da criana e coloque dois ou trs dedos juntos um pouco

    abaixo dela. Faa presso firme para baixo, afundando o peito da criana cerca de 2 cm.

    Faa 30 compresses rpidas, mas no bruscas (cada uma deve durar menos de 1 segundo). Quando

    completar as 30, faa mais duas respiraes (como no item 3, acima).

    5: Repita a massagem e as respiraes Repita o ciclo de 30 compresses e duas respiraes, at conseguir ajuda. Se algum estiver levando

    vocs para o pronto-socorro, prossiga com as manobras durante o transporte. Mesmo que a criana

    acorde e parea bem, leve-a ainda assim ao hospital.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    7

    Se houver sinais de fratura: brao ou perna desalinhados, um pulso meio torto,

    ou se a criana d indcios de que sente dor quando apoia o brao no cho ou faz algum

    movimento o primeiro passo a imobilizao da regio. A imobilizao alivia a dor e

    ajuda a no agravar o quadro. Mesmo que no haja fratura e tenha ocorrido apenas um

    deslocamento ou desvio, uma tala simples internamente revestida por material poroso

    deve ser colocada para evitar que o membro ferido se movimente. Se no houver uma

    tala disponvel, vrios cadernos de jornal amarrados com uma faixa so suficientes para

    envolver e imobilizar o brao ou perna acidentados e encaminhar a atendimento mdico.

    Na Crise convulsiva

    Mantenha a calma;

    No coloque qualquer objeto na boca, (enrolar a lngua trata-se de mito);

    Lateralize a criana;

    Coloque-a em local confortvel;

    Proteja a cabea e os membros, evitando possveis leses pelo atrito com

    o cho ou objetos prximos;

    No impea os movimentos tpicos da crise, apenas proteja de leses;

    Administrar oxignio, se disponvel;

    Durante ou aps a crise no oferea qualquer tipo de alimento ou bebida,

    nem soluo para cheirar. normal aps a crise um perodo de desorientao;

    Encaminhar ao PS.

    Sinais

    Lbios e dedos azulados (cianose);

    Tremores (movimentos tnico-clnicos);

    Salivao excessiva (sialorreia).

    Perda de conscincia;

    Incontinncia urinria e fecal.

    Febre

    Observar a atividade da criana, se ficar muito quieta, com muito frio ou

    apresentar temperatura da pele acima de 37,5 C, atentar para possibilidade de pico

    febril.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    8

    A temperatura deve ser verificada colocando-se o termmetro na axila

    por 3 a 5 minutos.

    Buscar no pronturio admissional e dirio, patologias, medicaes e

    alergias.

    Medicar conforme prescrio, se houver no pronturio dirio.

    Encaminhar para banho morno, a fim de baixar a temperatura por 3 a 5

    minutos, (preferencialmente banho de imerso), vesti-la com roupas leves, reavaliar a

    temperatura a cada 2 horas e comunicar o responsvel pela criana.

    Encaminhar ao PS se necessrio.

    Epistaxe (Sangramento nasal)

    Manter a criana em repouso, sentada com o tronco levemente inclinado

    para frente, sem deit-la.

    Se o sangramento for espontneo, sem histria de trauma, comprimir o

    nariz com o polegar e indicador at chegada de apoio.

    Utilize compressas frias.

    Aps parar o sangramento, no permita que a criana assoe o nariz, que

    poder voltar a sangrar.

    Se o sangramento persistir por mais de 10 minutos, ou pare e volte,

    encaminhe-a ao PS.

    Hrnia Inguinal e Umbilical

    um caroo ou inchao, que pode estar localizado na virilha ou no umbigo,

    normalmente aparece aos esforos como choro, tosse ou evacuaes.

    O tratamento cirrgico.

    Manter repouso e encaminhar para servio especializado.

    Parafimose

    Parafimose o estrangulamento da glande (cabea do pnis) quando a criana

    tenta exp-la, o prepcio (pele que recobre a glande), garroteia essa regio causando

    inchao e dor.

    Manter repouso.

    Proteger com gaze estril ou pano limpo.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    9

    Solicitar servio de emergncia.

    Sndrome do Beb Chiador

    Trata-se de um sintoma de vrias afeces do sistema respiratrio. Diz respeito

    ao chiado no peito da criana, causado pelo estreitamento na passagem do ar.

    Diminuir a exposio a fatores alergnicos como, caros, pelos de

    animais e pelos.

    Quando em crise, oferecer alimentao em pequena quantidade,

    respeitando o tempo respiratrio da criana para prevenir engasgamento.

    Encaminhar para o PS quando estiver em crise.

    Vmitos

    Pode ser originado por vrios motivos, como:

    Quantidade alimentar excessiva.

    Alimentao imprpria para criana.

    Mastigao insuficiente.

    Algumas patologias (intoxicao, meningite, etc...)

    O que fazer:

    Mantenha a criana sentada ou deitada de lado.

    No oferea qualquer alimentao logo aps o episdio, poder provocar

    outros.

    Quando iniciar com a alimentao oferea pequenas quantidades.

    Retorne alimentao com lquidos e slidos leves, d preferncia aos

    lquidos.

    Deve-se usar o SRO (Soro de Reidratao Oral) em doses pequenas.

    Caso os episdios de vmitos persistam, encaminhe ao PS.

    Diarria

    Caracteriza-se pelo aumento do volume e da frequncia de evacuaes , com

    fezes mais moles ou at mesmo lquidas.

    Troque as fraldas logo que acontea a evacuao.

    Lave a regio genital com gua e sabo.

    Lave as suas mos e a da criana antes e aps a troca das fraldas.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    10

    No interrompa a alimentao, d preferncia aos alimentos que

    prendam o intestino como: arroz, peito de frango, batata e ma.

    Oferea SRO em pequenas quantidades.

    Comunique aos familiares

    Encaminhe ao servio mdico caso a criana fique aptica.

    Meningite

    Crianas com queixa de cefaleia (dor de cabea), vmitos em jato (rpidos e

    fortes), rigidez de nuca, febril, abatida, sonolenta, com pouca resposta aos estmulos,

    manchas de sangue escuro pelo corpo e choro persistente, podem estar com meningite.

    SEMPRE QUE HOUVER SUSPEITA DE MENINGITE SOLICITAR

    SERVIO ESPECIALIZADO.

    Dengue

    Os sintomas so muito semelhantes aos da gripe:

    Febre alta

    Dor muscular e nos membros.

    Dor nos olhos.

    Cefaleia

    Dor abdominal

    Falta de apetite

    Nuseas e vmitos

    Apatia

    O tratamento sintomtico e conforme prescrio mdica. contra-indicado

    o uso de cido acetilsaliclico.

    Urticria

    Tem aparecimento inesperado de incio sbito com bolinhas

    avermelhadas (ppulas), inchao avermelhado e comumente acompanhada de prurido

    (coceira)

    Deve-se solicitar apoio mdico; no coar para evitar leses.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    11

    Afogamento

    Estimular a criana com toque e verbalmente.

    Verificar respirao.

    Solicitar servio especializado.

    Caso no respire iniciar dois ventilaes de resgate.

    Se no houver pulso carotdeo (pescoo), iniciar RCP enquanto aguarda

    apoio especializado.

    Corpo estranho

    NO OLHO:

    Lave bem com soro fisiolgico, se no houver leso.

    Se no houver melhora da irritao, encaminhe ao PS.

    Se houver leso, oclua com gaze estril os dois olhos, isso evita que ela

    tente abrir a vista lesionada.

    Encaminhe para atendimento emergencial.

    NOS OUVIDOS OU NARIZ:

    Nunca tente retirar o objeto, para evitar introduzi-lo mais

    profundamente.

    NA BOCA:

    extremamente importante retirar o corpo estranho da cavidade oral,

    pois pode causar obstruo das vias areas, caso ocorra, utilize manobras de

    desobstruo e solicite servio especializado.

    No caso de engasgamento, realizar manobras de desobstruo de vias

    areas, como Heinlich:

    Heinlich: crianas at 1 ano coloc-la com o peito sobre a palma da mo,

    com o brao apoiado sobre o joelho fletido e aplicar 5 tapas firmes compatveis com o

    biotipo da criana, com a mo espalmada, entre as escpulas

    (fig 1), virar de barriga para cima e verificar a boca, caso permanea

    com a obstruo, aplicar 5 compresses entre os mamilos do beb

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    12

    (fig2), repetir a sequncia at desobstruo. Em crianas maiores aplicar

    a manobra logo abaixo do trax, com a mo fechada e a outra sobre a primeira.

    Aplicar em p conforme a fig 3 ou com a criana deitada de barriga para

    cima. Repetir at desobstruo.

    Choque eltrico

    O principal dano causado a queimadura, porm pode haver leses internas,

    mais graves que as externas, como cardacas, pulmonares e neurolgicas.

    Afast-la da fonte eltrica cortando a energia ou com algum material

    isolante, como por exemplo, madeira.

    Observe a respirao, caso no possua, inicie duas ventilaes de resgate

    e RCP (reanimao crdio pulmonar) se necessrio.

    Solicite apoio especializado.

    Objeto empalado transfixado

    No retir-lo, exceto se estiver na cavidade oral, nesse caso lateraliz-la.

    Manter o objeto fixo no local.

    Repouso at auxilio especializado.

    Ferimento aberto

    Quando for um ferimento superficial, realizar limpeza com gaze estril e

    soro fisiolgico.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    13

    Caso seja um ferimento extenso, com sangramento ativo (sangue

    vermelho vivo), realizar curativo compressivo, at a chegada de servio especializado.

    Se a gaze ou o pano limpo usado para comprimir o ferimento ficar

    ensopada de sangue, colocar outra por cima da primeira sem retir-la, pois isso evita a

    retirada do cogulo em formao.

    Evite falar, tossir ou espirar sobre o ferimento e sempre lave as mos

    antes de depois da assistncia.

    Maus tratos

    Aproxime-se da criana para tentar descobrir os fatos.

    Aproxime-se dos pais ou responsveis para saber o que est ocorrendo.

    Comunique sua chefia para que ela o ajude a esclarecer o problema e

    solucion-lo.

    Acione o conselho tutelar mesmo que no seja constatado por voc os

    maus tratos, pois ele pode acompanhar essa famlia e auxili-los.

    Acidente com animais

    Existem cuidados gerais com esse tipo de intercorrncia, so eles:

    Lavar a rea afetada com gua corrente e sabo.

    Se houver ferimento aberto, cobrir com gaze estril aps limpeza com

    soro fisiolgico.

    Caso ocorra sangramento ativo, conter com presso local.

    Tentar identificar o agente agressor.

    Manter repouso.

    O membro lesado no deve ficar para baixo.

    Encaminhar ao PS, se necessrio e caso no haja necessidade de

    encaminhar, observar evoluo.

    Nunca fazer:

    Garroteamento do membro lesado.

    Torniquete

    Incises para retirar o veneno.

    Aplicar qualquer substncia (sal, acar, p de caf, lcool, gua

    sanitria, etc...)

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    14

    Sinais e sintomas

    INSETOS: sua picada pode causar inchao discreto, coceira, vermelhido e dor

    local discreta, em casos mais graves como reaes alrgicas, podem-se apresentar

    erupes e os sinais anteriores por todo o corpo, nos casos gravssimos a reao

    alrgica pode ser fatal.

    ARANHAS: dor intensa, inchao discreto, coceira, hematoma (roxo) e

    vermelhido, podem ocorrer ainda nuseas, pitose palpebral (plpebras semiabertas),

    dores de cabea e dor muscular generalizada. O mesmo se aplica com reao s reaes

    alrgicas.

    COBRAS: dor moderada, hematoma, vermelhido, sangramento no local da

    leso e mucosas (gengiva, nariz, etc...), edema acentuado, aumento da temperatura

    local, viso dupla, pitose palpebral, dificuldade para engolir e desconforto respiratrio,

    o mesmo se aplica com reao s reaes alrgicas.

    Para aliviar a coceira da picada, pode-se fazer o seguinte:

    Compressas frias, de gelo ou com um pano molhado com gua gelada, aliviam a

    coceira e reduzem o inchao.

    Se surgir alguma bolha no local (coisa que acontece s vezes com picadas de formiga),

    no a estoure.

    Voc pode passar pomadas especiais no local para aliviar a dor, a irritao e a coceira.

    H cremes que tambm evitam infeco, no caso de a criana coar muito a rea e criar

    uma ferida.

    No aplique cremes e pomadas que contenham cnfora em crianas de menos de 2

    anos. E nunca use cremes ou pomadas antialrgicas sem indicao mdica, porque

    alguns desses produtos podem desencadear reaes locais graves, especialmente quando

    h exposio ao sol.

    Se as picadas estiverem muito inchadas e coando demais, um anti-histamnico por via

    oral pode aliviar o desconforto. Mas s d remdios que tenham sido receitados pelo

    pediatra.

    Cuidado, porque certas pomadas para aliviar a coceira podem arder se a pele estiver

    ferida.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    15

    Mantenha as unhas da criana bem curtas para ela no se arranhar muito, e tente evitar

    que ela coce demais as picadas, mantendo-as cobertas por roupas, por exemplo.

    Aprender a dar o suporte bsico de vida a uma criana em situao de

    emergncia salvar-lhe de danos maiores. Em alguns acidentes sem socorro adequado

    nos primeiros dois a dez minutos, nem toda a parafernlia do socorro profissional

    [resgate] ajudar. As informaes aqui contidas no substituem o treinamento em

    suporte bsico de socorros, o ideal que o profissional da educao busque realizar

    cursos nesta temtica, pois algumas manobras, se mal executadas, trazem risco.

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    16

    SECRETARIA DE EDUCAO, CULTURA E ESPORTES DE ITANHAM

    Idealizao

    Cilene Clia Rodrigues Forssell

    Secretria de Educao, Cultura e Esportes

    Coordenao Pedaggica

    Maria de Lourdes Carvalho Secretria Adjunta

    Coordenao EAD

    Valeria Caviquioli Martins

    Colaboradores

    NuED/Santos

    Parcerias

    Secretaria da Sade

    SAMU

    Vigilncia Sanitria

    [email protected]

  • PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL NORTEADORES PARA UMA EDUCAO INFANTIL DE

    QUALIDADE

    SECE/2012

    17

    Bibliografia

    BRASIL. MEC/SEF. Referencial curricular nacional para a educao infantil (RCNEI).

    Braslia, 1998. 1 v.

    Referencial curricular nacional para a educao infantil (RCNEI). Braslia, 1998. 2 v.

    BRASIL. Mec/sef. Referencial curricular nacional para a educao infantil (RCNEI). Braslia,

    1998. 1 v.

    SNCHEZ, Pilar Arnaiz; MARTNEZ, Marta Rabadn; PEALVER, Iolanda Vives. A

    psicomotricidade na educao infantil: uma prtica preventiva e educativa.Porto Alegre:

    Artmed, 2003.

    MIGUEL, Ana Silva B.. Cuidar e Educar: um novo olhar para a educao infantil. Bebedouro:

    FAFIBE, 2005.

    http://www.portaldosempreendedores.com.br/files/10_cuidados_essenciais_para_prevencao_de_acidentes.pdf http://200.141.78.79/dlstatic/10112/1053798/DLFE-203708.pdf/ManualdeOrientacoesSMEfinaleducacaoinfantil.pdf http://drauziovarella.com.br/wiki-saude/primeiros-socorros-2/

    http://www.mundojovem.pucrs.br/poesias-poemas/crianca/criancas