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70 CIÊNCIA HOJE • vol. 34 • nº 199 PRIMEIRA LINHA animal de que trata este artigo é um dos mais populares da fauna brasileira. Ele tem seu O ZOOLOGIA Animais com características particulares, os tatus são úteis para a ciência Por que tatu? Com suas armaduras resistentes e sua grande habilidade para escavar o solo, os tatus formam um grupo à parte entre os mamíferos. Tais animais, muito conhecidos no Brasil, têm outras características espe- ciais, que os tornam úteis para a ciência e estimulam pesquisas sobre sua biologia. Por Hélio Rubens J. Pereira Jr., da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Botucatu) (doutorando), William Jorge, do Departamento de Biologia Geral (Instituto de Ciências Biológicas) da Universidade Federal de Minas Gerais, e Eduardo Bagagli, do Departamento de Microbiologia (Instituto de Biociências) da Unesp-Botucatu. nome e imagem facilmente lembrados pela popula- ção e é associado até a figuras folclóricas, como o personagem Jeca Tatu, do escritor Monteiro Lobato. Sua carne ainda é consumida, principalmente na área rural, por muitas pessoas, e sua carapaça é usa- da para fabricar utensílios. A palavra tatu vem da língua tupi e significa animal de couro duro (ta = duro, escama; e tu = espesso). Este texto é dedicado à biologia desses animais, cujas peculiaridades esti- mulam a pesquisa. marsupiais (sem placenta e com parte da gestação em uma bolsa no abdômen) e os monotremados (ornitorrinco e equidna). As 20 espécies viventes de tatus fazem parte da ordem Xenarthra e da família Dasypodidae, que abrange oito gêneros. Essa ordem (ver ‘Por que Xenarthra e não Edentata’) inclui outros três grupos: preguiças (arborícolas e terrícolas), tamanduás e gliptodontes. Preguiças terrícolas e gliptodontes são formas fósseis, e os últimos se parecem com os tatus atuais (ver ‘Poucas diferenças’). POR QUE XENARTHRA E NÃO EDENTATA Durante muito tempo, o grupo Xenarthra foi chamado de Edentata (que significa sem dentes), devido à ausência de dentes verdadei- ros nesses animais. Na verdade, somente os tamanduás são total- mente desprovidos de dentes. As preguiças não têm alguns tipos de dentes (incisivos e pré-molares) e os existentes não têm esmalte (a camada dentária mais rígida e externa). Os tatus só têm os molares (sem esmalte). O nome Xenarthra foi proposto em 1945 pelo pa- leontólogo George G. Simpson (1902-1984). Na época, poucos taxo- nomistas aceitaram essa nomenclatura, baseada em uma caracte- rística única desse grupo: a presença de uma articulação extra nas vértebras, que torna o eixo esquelético mais resistente. A partir da década de 1970, porém, a nova denomi- nação vem substituindo a antiga (Edentata). O tatu-peba (Euphractus sexcinctus) é uma das espécies de tatu que vivem no Brasil Os tatus são mamíferos placen- tários, ou seja, o desenvolvimento dos embriões é auxiliado por uma estrutura específica (a placenta) e ocorre integralmente dentro do útero (gestação completa). Entre os mamíferos vivos, os placentá- rios (que incluem o homem) são o maior grupo – os demais são os 70 CIÊNCIA HOJE • vol. 34 • nº 199

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animal de que trata este artigo é um dos maispopulares da fauna brasileira. Ele tem seuO

ZOOLOGIA Animais com características particulares, os tatus são úteis para a ciência

Por que tatu?Com suas armaduras resistentes e sua grande habilidade para escavar o solo, os tatus formam um grupo à

parte entre os mamíferos. Tais animais, muito conhecidos no Brasil, têm outras características espe-

ciais, que os tornam úteis para a ciência e estimulam pesquisas sobre sua biologia. Por Hélio Rubens J.

Pereira Jr., da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Botucatu) (doutorando), William Jorge, do

Departamento de Biologia Geral (Instituto de Ciências Biológicas) da Universidade Federal de Minas Gerais,

e Eduardo Bagagli, do Departamento de Microbiologia (Instituto de Biociências) da Unesp-Botucatu.

nome e imagem facilmente lembrados pela popula-ção e é associado até a figuras folclóricas, como opersonagem Jeca Tatu, do escritor Monteiro Lobato.Sua carne ainda é consumida, principalmente naárea rural, por muitas pessoas, e sua carapaça é usa-da para fabricar utensílios. A palavra tatu vem dalíngua tupi e significa animal de couro duro (ta =duro, escama; e tu = espesso). Este texto é dedicadoà biologia desses animais, cujas peculiaridades esti-mulam a pesquisa.

marsupiais (sem placenta e com parte da gestaçãoem uma bolsa no abdômen) e os monotremados(ornitorrinco e equidna).

As 20 espécies viventes de tatus fazem parte daordem Xenarthra e da família Dasypodidae, queabrange oito gêneros. Essa ordem (ver ‘Por queXenarthra e não Edentata’) inclui outros três grupos:preguiças (arborícolas e terrícolas), tamanduás egliptodontes. Preguiças terrícolas e gliptodontes sãoformas fósseis, e os últimos se parecem com os tatusatuais (ver ‘Poucas diferenças’).

POR QUE XENARTHRA E NÃO EDENTATA

Durante muito tempo, o grupo Xenarthra foi chamado de Edentata(que significa sem dentes), devido à ausência de dentes verdadei-ros nesses animais. Na verdade, somente os tamanduás são total-mente desprovidos de dentes. As preguiças não têm alguns tipos dedentes (incisivos e pré-molares) e os existentes não têm esmalte (acamada dentária mais rígida e externa). Os tatus só têm os molares(sem esmalte). O nome Xenarthra foi proposto em 1945 pelo pa-leontólogo George G. Simpson (1902-1984). Na época, poucos taxo-nomistas aceitaram essa nomenclatura, baseada em uma caracte-rística única desse grupo: a presença de uma articulação extra nasvértebras, que torna o eixo esquelético mais resistente. A partir da

década de 1970, porém, a nova denomi-nação vem substituindo a antiga

(Edentata).

O tatu-peba (Euphractussexcinctus) é uma das espéciesde tatu que vivem no Brasil

Os tatus são mamíferos placen-tários, ou seja, o desenvolvimentodos embriões é auxiliado por umaestrutura específica (a placenta)e ocorre integralmente dentro doútero (gestação completa). Entreos mamíferos vivos, os placentá-rios (que incluem o homem) sãoo maior grupo – os demais são os

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As características peculiaresdos tatus são:1. Corpo coberto por bandas (ou

cintas) móveis e justapostas,formadas por estruturas ós-seas originadas de tecido dér-mico (osteodermos). Nos tatus,a carapaça é dividida em cin-co regiões: ‘bandas cefálicas eescapulares’, não móveis, quecobrem a cabeça e os ombros;‘bandas lombares’, que cobrema região mediana do corpo, emgeral móveis, usadas para o re-conhecimento das espécies;e ‘bandas pélvicas e caudais’,que recobrem a região do ossoda bacia e a cauda e têm mobi-lidade na região de ligação en-tre o corpo e a cauda. A cara-paça é uma especialização queprotege os tatus dos seus pre-dadores.

2. Articulações extras nas vér-tebras, das quais vem o nomeXenarthra (de xenon = estra-nho, e arthros = articulação).Encontradas em todas as espé-

de rejeição (um aumento da atividade imunoló-gica na região do transplante, para expulsar o te-cido de origem desconhecida), evidenciando quehá diferenças entre eles, provavelmente devido aestímulos do ambiente intra-ute-rino, já que cada indivíduo da ninha-da tem sua própria placenta.

4. Implantação tardia, fenômeno emque o ciclo de desenvolvimento dacélula-ovo e sua implantação na pa-rede do útero são retardados por certotempo. Assim, no D. novemcinctus,a implantação da célula-ovo no úte-ro e o reinício do seu desenvolvimen-to demoram cerca de quatro meses.

5. Temperatura corporal variável entre30ºC e 35ºC, com sistema imu-nológico regulado pela temperatu-ra, o que os torna menos ativos e commetabolismo mais lento em relação aos demaismamíferos placentários.Os tatus são importantes para pesquisas biomé-

dicas, pois, graças a algumas de suas características,são mais suscetíveis a inúmeros patógenos huma-nos. O tatu de nove-bandas é o único animal queserve de modelo experimental para a doença deHansen (hanseníase, ou lepra), causada pelo baciloMycobacterium leprae. No tatu, a doença forma as

POUCAS DIFERENÇAS

Os tatus e os extintos gliptodontes pertencem à mesma infra-ordem(Cingulata) da ordem Xenarthra, sendo bastante confundidos porleigos no assunto. Esses dois grupos de animais têm duas dife-renças marcantes: 1. tatus têm as bandas móveis divididas em qua-tro regiões (cefálica, escapular, lombar e pélvica/caudal), e suacoluna vertebral é independente delas, enquanto os gliptodontestinham carapaça corporal única, não móvel, dividida em três re-giões: cefálica, corporal e caudal, e tanto a coluna vertebral como ascinturas escapular e pélvica eram ligadas à carapaça; e além disso;2. os tatus são carnívoro-onívoros (comem tanto vegetais quantocarnes), e às vezes preferencialmente insetívoros, enquanto osgliptodontes eram herbívoros pastadores. Os gliptodontes podiamatingir mais de 3 m de comprimento (incluindo a cauda), e 1,5 m dealtura. Embora tatus e gliptodontes sejam muito semelhantes etenham convivido em tempos passados, apenas os tatus conti-nuam vivos. Isso talvez se deva, em parte, a essas característicasdiferenciais.

Os gliptodontes (desenhoem selo comemorativo da Argentina)são animais extintosque lembram tatus gigantes

cies de xenartros, elas caracterizam, em conjun-to com membros robustos terminados em garrasfortes, a especialização para escavação.

3. Poliembrionia, sistema reprodutivo em que ape-nas uma célula-ovo dá origem a mais de um indi-víduo (clones naturais). O fenômeno ocorre nogênero Dasypus e é idêntico ao que gera os gê-meos humanos monozigóticos (ou univitelinos).Para verificar se existiam diferenças entre filho-tes da mesma ninhada, pesquisas com transplan-te de pele foram realizadas na espécie Dasypus

novemcinctus (tatu-galinha ou tatu-de-nove-ban-das). Os filhotes que receberam pele de irmãosgeneticamente idênticos apresentaram quadros

A comparaçãodas vértebrasde tatue coelhopermitemostrar aarticulaçãoextra quedá nomeà ordemXenarthra

ESPÉCIES DE TATUS Nº DE FILHOTES

POR PROLE

Dasypus novemcinctus 4

Dasypus. sabanicola 4

Dasypus hybridus 4 a 8

Dasypus septemcinctus 4 a 12

Dasypus kapleri 2 a 12

Dasypus é o único gênero de mamíferosque gera mais de dois filhotes (clones naturais)a partir da mesma célula-ovo

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maximus), que vive no cerrado, na caatinga e nasbordas da mata atlântica e da floresta amazônica; opichiciego-menor (Chlamyphorus truncatus), encon-trado nas planícies argentinas e uruguaias; e o tatu-bola-da-caatinga (Tolypeutes trincinctus), que habi-ta apenas a caatinga.

Os tatus têm hábitos fossoriais-terrestres (vivemem tocas cavadas no solo e na superfície deste),associais (são solitários) e crespusculares/noturnos(são mais ativos no fim da tarde e à noite). Além deabrir tocas, também cavoucam o solo em busca dealimentos. As espécies do gênero Tolypeutes (tatu-bola) são as únicas que não cavam suas tocas, utili-zando as feitas por outros animais. O tatu-de-nove-bandas constrói tocas no solo e também na superfí-cie, com restos de material vegetal (capim, gravetose outros).

Os tatus vivem solitários a maior parte do tempo,e só se encontram com outros da mesma espécie naépoca do acasalamento. São animais territorialistas,ou seja, protegem sua área de vida intensamentecontra a invasão de outros tatus e animais de peque-no porte. Embora prefiram a noite, alguns tambémsão ativos durante o dia, como o tatu-canastra, o tatu-de-nove-bandas, o tatu-bola e o tatu-peba.

Alguns têm hábito fossorial restrito, como opichiciego, que passa a maior parte da vida sob osolo e a serrapilheira, tendo inclusive o corpo seme-lhante ao das toupeiras. Outros vivem quase exclu-sivamente na superfície, como o tatu-canastra, quepassa o dia vagando pelo cerrado, só cavando tocaspara se proteger de predadores e destruir cupinzeirose/ou formigueiros.

Diversidade entre os dasipodídeosAs espécies da família Dasypodidae variam bastan-te em tamanho e peso, desde o tatu-canastra, quetem cerca de 1,8 m de comprimento e 60 kg, aopichiciego-menor, que mede apenas 15 cm e pesa30 g. A distribuição também pode ser muito ampla,como a do tatu-de-nove-bandas, encontrado daPatagônia ao centro-sul dos Estados Unidos, ou mui-to restrita, como a do pichiciego-menor, que viveapenas nas planícies argentinas, e a do tatu-bola-da-caatinga, só encontrado nesse bioma brasileiro.

O pichiciego-menor(Chlamyphorustruncatus)é o menor dostatus (comorevela acomparaçãocom o relógio) etem patasespecializadaspara escavação

O tatu-galinha-pequenoou tatu-de-sete-bandas(Dasypusseptemcinctus),como o nomeindica,tem sete faixasna carapaça,na região lombar

mesmas lesões (lepramatoses) observadas no ho-mem. Como esse bacilo não é cultivável em labora-tório, os tatus são utilizados para multiplicá-lo, oque permite obter material biológico para o diagnós-tico e a pesquisa de uma vacina.

Esses animais também são hospedeiros e/oureservatórios naturais de fungos patogênicos, co-mo Paracoccidioides brasiliensis, causador da pa-racoccidioidomicose, ou blastomicose sul-ameri-cana, que ataca principalmente pulmões e órgãoslinfáticos. Isolar esse fungo é difícil no ambiente, eo tatu é a única espécie em que isso é possível, o quefacilita o estudo da forma ambiental, como vemfazendo o grupo de um dos autores (Bagagli), naUnesp de Botucatu (SP). Os tatus são também hos-pedeiros de protozoários, como o que causa a leish-maniose, doença capaz de provocar sérias lesões nasvísceras e na pele.

Distribuição geográficaOs tatus atuais são animais exclusivos da fauna neo-tropical (parte da América Central e América doSul), exceto o tatu-de-nove-bandas, introduzido naAmérica do Norte entre os séculos 19 e 20. Hoje, adistribuição geográfica desses animais vai do estrei-to de Magalhães (sul da Patagônia) até o centro-suldos Estados Unidos.

A especialização que gerou a ordem Xenarthrasurgiu após a separação entre os continentes africa-no e sul-americano, no Paleoceno. Esse evento geoló-gico propiciou a estruturação, a adaptação e o esta-belecimento de novos mamíferos na América do Sul,capazes de colonizar os nichos desse ambiente, oque tornou os xenartros, de modo geral, formas ge-nuinamente neotropicais. Quando ocorreu a ligaçãogeográfica entre as Américas do Sul e do Norte, elesse irradiaram para o norte, mas não conseguiram seestabelecer nesse novo continente.

Espécies extintas ou ameaçadasDuas espécies de tatu já estão extintas: são os tatus-de-rabo-mole que existiam na Costa Rica (Cabas-

sous centralis) e no Uruguai (Cabassous tatouay).Também estão ameaçadas espécies da famíliaDasypodidae, como o tatu-canastra (Priodontes

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Dentro dos xenartros, a famí-lia Dasypodidae apresenta aindao maior grau de diferença entre onúmero e o formato dos cromos-somos. Contando as duas cópiasdos cromossomos (2n), o tatu-bola(T. matacus) tem apenas 38, en-quanto outros têm mais de 50,como o tatu-galinha, com 64, e otatu-peba (Euphractus sexcinc-

tus), com 58, sendo isso um dosobjetos de estudo de nosso grupo.

Os tatus podem ser divididos em quatro gru-pos, segundo o item principal de sua alimenta-ção: 1. os dos gêneros Zaedyus (pichi), Euphractus

(tatu-peba) e Chaetophractus (tatu-peludo) são car-nívoro-onívoros, alimentando-se basicamente depequenos vertebrados e invertebrados e às vezesde raízes; 2. os pichiciegos (gênero Chlamyphorus)comem invertebrados do interior do solo (minho-cas, lesmas) e raramente raízes; 3. os do gêneroDasypus (tatueté, tatu-galinha) tem uma dieta com-posta por besouros, formigas, caracóis e outrosinvertebrados da superfície, e raramente carniça,raízes e frutas caídas; 4. os dos gêneros Priodontes

(tatu-canastra), Cabassous (tatu-do-rabo-mole) eTolypeutes (tatu-bola) são mais especializados, ali-mentando-se de formigas e cupins.

O tatu-bola(Tolypeutesmatacus)é bastanteconhecidoporque, parase proteger,enrola o corpo,escondendo-seem suacarapaça

Os tatus são importantes elosintermediários na cadeia alimen-tar, pois comem pequenos seres,como insetos, minhocas e peque-nos vertebrados, além de frutase raízes, e são caçados por pre-dadores de médio e grande portecomo onças, lobos-guarás, jaca-rés e serpentes, entre outros. Elesajudam a equilibrar a populaçãode cupins e formigas na florestae a renovar os nutrientes no solo,

pois introduzem e revolvem a matéria orgânica emseu interior (ao construir tocas), e ainda fragmen-tam grande volume de matéria vegetal, como árvo-res caídas (ao buscar invertebrados em seu inte-rior), o que facilita sua decomposição por fungos ebactérias.

Ainda há muito o que estudar sobre os tatus, quesofreram poucas mudanças desde seu surgimento, oque indica grande adaptação a um estilo de vida.Esse é mais um motivo para conhecê-los melhor, vi-sando sua conservação e preservação. No momento,nosso grupo pesquisa os padrões de evolução e con-servação das espécies da família Dasypodidae, reu-nindo todas as informações já produzidas sobre isso.O que já foi descoberto e o que falta descobrir são asmolas impulsionadoras dessa pesquisa. ■

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