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31/08/2011 1 Aula 1: Conceitos, histórico e necessidade de gestão da biodiversidade LCF 0493: Gestão da Biodiversidade Prof. Pedro H. S. Brancalion Depto. de Ciências Florestais Programa da disciplina e temas a serem abordados 1. 1/08 - Introdução da disciplina: objetivos e metodologia, conceitos sobre biodiversidade (Prof. Pedro Brancalion) 2. 08/08 - Padrões de distribuição da biodiversidade e pri ncipais ameaças (Prof. Silvio Ferraz) 3. 15/08 - Produtos e serviços da biodiversidade (Prof. Pedro Brancalion) 4. 22/08 - Impactos de espécies invasoras e abundantes na biodiversidade – (Prof a . Kátia Ferraz) 5. 29/08 - Biodiversidade em projetos de restauração florestal (Prof. Pedro Brancalion) 6. 12/09 – Viagem de campo: produção de mudas e restauração florestal (Prof. Pedro Brancalion) – definir planejamento 7. 19/09 -Agrobiodiversidadee uso sustentado da biodiversidade (Prof. Paulo Kageyama) 8. 26/09 -Direito intelectual, conhecimento tradicional e políticas públicas -CDB (Prof. Paulo Kageyama) 9. 03/10 -Uso sustentado da biodiversidade –exemplos florestais (Prof. Edson Vidal) 10. 10/10 -Planos de negócios (Prof. Flávio Ramos) 11. 17/10 -Biodiversidade –uma perspectiva econômica (Prof. Luiz Carlos Estraviz) 12. 24/10 -Processos e mecanismos de Certificação (Evelyn Fagundes -Imaflora) 13. 31/10 – Prova 14. 07/11 -Seminários 1 15. 14/11 Seminários 2 16. 21/11 Seminários 3 17. 28/11 Seminários 4 dokuwiki Conceito de biodiversidade (Convenção da Diversidade Biológica) todas as espécies , suas populações, indivíduos e genes , incluindo os ecossistemas em que vivem, assim como suasinterações biológicas Genes Espécies Interações entre espécies Ecossistemas

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Page 1: Primeira aula site - University of São Paulo

31/08/2011

1

Aula 1: Conceitos, histórico e necessidade de gestão da biodiversidade

LCF 0493: Gestão da BiodiversidadeProf. Pedro H. S. BrancalionDepto. de Ciências Florestais

Programa da disciplina e temas a serem abordados

1. 1/08 - Introdução da disciplina: objetivos e metodologia,conceitos sobre biodiversidade (Prof. Pedro Brancalion)

2. 08/08 - Padrões de distribuição da biodiversidade e principaisameaças (Prof. Silvio Ferraz)

3. 15/08 - Produtos e serviços da biodiversidade (Prof. PedroBrancalion)

4. 22/08 - Impactos de espécies invasoras e abundantes na

biodiversidade – (Profa. Kátia Ferraz)

5. 29/08 - Biodiversidade em projetos de restauração florestal(Prof. Pedro Brancalion)

6. 12/09 – Viagem de campo: produção de mudas e restauraçãoflorestal (Prof. Pedro Brancalion) –definir planejamento

7. 19/09 - Agrobiodiversidade e uso sustentado da biodiversidade (Prof. Paulo Kageyama)

8. 26/09 - Direito intelectual, conhecimento tradicional e políticas públicas - CDB (Prof. Paulo Kageyama)

9. 03/10 - Uso sustentado da biodiversidade – exemplos florestais (Prof. Edson Vidal)

10. 10/10 - Planos de negócios (Prof. Flávio Ramos)

11. 17/10 - Biodiversidade – uma perspectiva econômica (Prof. Luiz Carlos Estraviz)

12. 24/10 - Processos e mecanismos de Certificação (EvelynFagundes - Imaflora)

13. 31/10 – Prova

14. 07/11 - Seminários 1 15. 14/11 Seminários 2

16. 21/11 Seminários 3 17. 28/11 Seminários 4

dokuwiki

Conceito de biodiversidade(Convenção da Diversidade Biológica)

todas as espécies, suas populações,

indivíduos e genes, incluindo osecossistemas em que vivem, assimcomo suas interações biológicas Genes

Espécies

Interações entre espécies

Ecossistemas

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Diversidade genética

• Estima-se que já tenha perdido 68% da diversidade genética do mico-leão-dourado (19 linhagens maternas do passado –haplótipos –, contra 4 atuais).

Das sete sub-espécies de tigre (Panthera tigris), três já foram extintas.

Tigre do Cáspio: extinto na década de 70.

Tigre de Bali: extinto na década de 40.

Tigre de Java: extinto na década de 80.

FlorestaFloresta

OmbrófilaOmbrófilaDensaDensa

FlorestaFloresta

Estacional Estacional SemidecidualSemidecidual

FlorestaFloresta

OmbrófilaOmbrófilaDensaDensa

FlorestaFloresta

Estacional Estacional SemidecidualSemidecidual

Transplante recíproco de juçara (Euterpe edulis)

• tamanhotamanho efetivoefetivo dada populaçãopopulação ((NeNe)):: tamanho quegarante a representatividade genética de uma populaçãocoletada em relação a população parental.

Ne de 50 a 100 cons. genética de 10 gerações

Ne de 500 a 1000 cons. genética de >100 gerações

Espécies conhecidas: de 170 a 210 mil espécies (9,5% do total do mundo!)

Espécies estimadas: de 1,4 a 1,8 milhões (13% do total).

Diversidade de espécies

Avaliação da comunidade bacteriana presente na filosfera de espécies arbóreas da Mata Atlântica por meio de métodos genéticos

• Milhares de espécies novas, e com alta especificidade com hospedeiros.

• Se esse padrão se repetir para as 20.000 espécies na Mata Atlântica, teríamos entre 2 e 13 milhões de novas espécies de bactérias (1,74 milhões atuais de espécies no mundo)

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Pesquisa realizada em uma cratera de vulcão em Papua Nova Guiné em 2008:

Mais de mil novas espécies! (580 invertebrados, 218 plantas, 134 anfíbios, 71 peixes, 43 répteis, 12 mamíferos e 2 pássaros novos)

Bicudinho-do-brejo-paulista: espécie nova descoberta de ave em banhados de Mogi das Cruzes.

What escapes the eye...

is a much more insidious kind of extinction:the extinction of ecological interactions.

Daniel Janzen

Interações entre espécies

265 ESPÉCIES(Árvores e Lianas)

A BELHAS

44%

MOSCAS

10%

BESOUROS1%

BORBOLETA S

5%

VESPAS3% VENTO

2%

MORCEGOS

5%

MAR IPOSA S

7%BEIJA-FLORES

4%

OUTROS I NSETOS

19%

98% da polinização é feita por animais!

Coevolução

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Almeida-Neto et al., 2008

endo

zooc

oria

Dispersão de sementes Janzen, D.H. 1970. Herbivores and the number of tree species in tropical forests.

COEXISTÊNCIA DE ESPÉCIES TROPICAIS E HIPÓTESE DE JANZEN/CONNELL

• 20 espécies arbóreas (10 pares congenéricos), sendo 10 espécies típicas de solo

arenoso e 10 de solo argiloso (gênero A spp. 1 vsgênero A spp. 2);

• Transplante de todas as espécies nos dois tipos de solo. Parcelas com e sem

proteção contra herbivoria;

• espécies típicas de solos argilosos cresceram mais rápido nos dois tipos de solo.

Contudo, elas foram mais atacadas por pragas quando em solo arenoso;

• Resultado: quando não protegidas contra herbívoros, as espécies de solo

argiloso dominaram a comunidade vegetal em solo argiloso, e as espécies de solo arenoso dominaram a comunidade vegetal em solo arenoso;

• Trade-off entre crescimento e proteção.

Biodiversidade: produtos da evolução, nas suas mais diferentes formas Como tem sido a gestão da biodiversidade no Brasil?

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Expulsão dos agricultores do litoral e montanhas pelos guerreiros tupis

Todo o território tupi (principalmente baixada litorânea) teria sido queimado em apenas 55 anos (600 pessoas por aldeia de 70 km2, e 0,2 ha de floresta por pessoa) - em 1.000 anos de ocupação tupi, suas áreas teriam sido queimadas pelo menos 19 vezes!!!

Agricultura itinerante de corte e queima

Fonte: http:/ / www.painet.com.br/ joubert/ Seussy.html

Fonte: http:/ / pt.wikipedia.org/wiki/Antropofagia

Fonte: http:/ / www.banrepcultural.org/ blaavirtual/ faunayflora/ orinoco/ orinoco13a.htm

Mata primária ou secundária

Queimada da vegetação

Cultivos agrícolas no solo com húmus e cinza

Redução acentuada da produção e abandono dos campos

Sucessão secundária em áreas cultivadas (~40 anos)

Agricultura migratória de corte e queima

“Um dos primeiros atos dos marinheiros portugueses que, a 22 de abril de 1500 foi derrubar uma árvore. Do tronco desse sacrifício ao machado de aço, confeccionaram uma cruz rústica, símbolo da salvação da humanidade”. Warren Dean

Início do ciclo do pau-brasil

Os tupis foram os principais aliados dos

portugueses na exploração do pau-brasil. Trocavam pau-brasil por artefatos de ferro.

Calcula-se que foram extraídas cerca de 2 milhões de árvores de pau-brasil no

primeiro século de exploração, o que teria

afetado 600.000 ha de Mata Atlântica.

Fonte: http:/ / www.ipco.org.br/ home/ tag/santa-missa-no-bras il

http:/ / csm7anoa.pbworks .com/ w/ page/ 32491235/Escravid%C3%A3o

Sistema de sesmarias

Iniciado em 1530, consistia da distribuição de

terras públicas a particulares para a produção.

Apenas pessoas influentes na sociedade recebiam esses títulos de terra.

Na prática, o sistema de sesmarias estimulou intensamente a degradação. “Tendo

consumido toda a floresta primária mais promissora de uma sesmaria, um donatário costumava vendê-la por uma ninharia e pedir outra, que normalmente obtinha sem

dificuldade.” (Warren Dean) – ver pg. 163 e 167.

Fo n te : h ttp ://www.o ve rmu n d o .co m.b r/o ve rb lo g/p e d ro -mi l i tao-

e -a-me mo ria-d as-se smarias-n o -rn

Ciclo da cana-de-açúcar (séc. XVI e XVII)

• cultura escolhida para marcar a ocupação e

exploração da nova colônia pelos portugueses;

• O impacto extra pela extração de madeira para alimentar os fornos de fervura.

• Fundação do primeiro engenho em 1532.

Estados do Nordeste como maiores produtores;

Ciclo do ouro (séc. XVI e XVII)

• Descoberta da primeira jazida aos pés do Monte

Itacolomi, em 1690;

• O volume total de ouro obtido durante o séc. XVIII

(cerca de 2 milhões de ton.) teria revirado 400.000 ha da região da Mata Atlântica. Essa exploração

concentrou-se principalmente ao longo do leito de

riachos.

Fonte: http:/ / www.portalsaofrancisco.com.br/ alfa/ bras il-colonia/ brasil-colonia-4.php

http:/ / www.infoescola.com/bras il-colonia/ ciclo-do-ouro/

Relatos de viajantes europeus:“era difícil acreditar que no período

breve de 120 anos, tinha havido mãos e engenho suficiente para dar ao solo

sua atual aparência esburacada”

Alexander Caldcleugh

“Por todos os lados, tínhamos sob os

olhos os vestígios aflitivos das lavagens, vastas extensões de terra

revolvida e montes de cascalho”.

“ tanto quanto a vista alcança, está a terra toda revolvida por mãos

humanas, de tanto que o sonhado

lucro excitou o desejo de trabalhar”.

Auguste de Saint-Hilaire

No séc. XVIII , mineração, lavoura e

engorda de gado no sudeste podem ter eliminado 3.000.000 ha de florestas.

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O café desalojaa floresta

Lavra do café – Cândido Portinari (1939)Fonte: http://200anos .fazenda.gov.br/linha-do-tempo/1800-1899/1830-ciclo-do-cafe

CAFÉ - São Paulo 1900

Fo n te : h ttp ://www.imigracao jap o n e sa.co m.b r/n o ssah isto ria2 .h tml

“Acreditava-se que o café tinha de ser plantado

em solo coberto por floresta virgem”. À medida que a produtividade se reduzia, novas faixas de

floresta eram convertidas em cafezais.

Fotografia Marc Ferrez Fo n te : h ttp ://www.p o rtalsao

fran cisco .co m.b r al fa/ciclo -d o -cafe /ciclo -d o -cafe -7 .p h p

Fo n te : h ttp ://www.h isto riad e tu d o .co m/ciclo -

cafe .h tml

Plantios morro abaixo, cultivo rudimentar, e manutenção do solo descoberto contribuíam para a baixíssima produtividade e longevidade de cafezais. Resultado? Pg. 199

“A riqueza de uma plantação cons is te, portanto, menos na grande

extensão de seus cafezais que nas terras disponíveis para o plantio futuro da rubiáceae” H ermann von Burmeister

100 anos de devastação (Mauro Victor)

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Em 1854, o Vale do Para íba , que produzira 77% dototal do café do Estado, passa em 1886 a produz ir20% do total, perdendo em termos rela tivos para asregiões Central, Mogiana e Paulista.

De 1890 a 1900, o número de cafeeiros mais queduplica, passa ndo de 220 para 520 milhões de pés.A safra de 1901 atinge perto de 8 milhões de sacas,crescendo quase cinco vezes em apenas cinco anos!

Vale do Paraíba

DEPOIS

ANTES

“A derrubada e queimada da floresta com propósito de assentar cafezais prosseguiu em São Paulo até o séc. XX, em todo o estado e atravessou a fronteira, entrando no Paraná, até consumir totalmente a Mata Atlântica que recobria o que se presumia fossem solos adequados ao café”

Warren Dean

Fonte: http:/ / turismovaledocafe.blogspot.com/ 2010/06/o-ciclo-do-cafe-nas-fazendas .html

Fonte: http:/ / divertidos-e-curiosos .blogspot.com/ 2011/ 01/ nossa-homenagem-ao-aniversario-da.html

Pg. 259Pg. 278

no ano de 1933 a lavoura cafeeira alcança a sua maior extensão, com 1,5 bilhão de pés plantados. A partir de então até a presente data, tal marca não será ultrapassada

As terras do centro e oeste começam a acusar os sinais de exaustão, e estimula o nomadismo que prossegue em direção ao oeste do Estado.

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Pg. 262

Governo militar e industrialização“Que venha a poluição, desde que as fábricas venham com ela!”senador do Nordeste

“Durante a década de 70, a escala e velocidade dos projetos de desenvolvimento militar atingiram um clímax que não resultou apenas em crise econômica, mas também em uma tempestade conjunta de desastres ambientais” Warren Dean

Fonte:http:/ / www.copanema.c om. br/ x15/ h is t%C

3%B3ria/ index.htm

Pró-álcoolGoverno incentivou a grilagem de terras de floresta por usineiros, visando ampliar a produção de álcool

1960196019451945 1990199019731973

Extremo Sul da Bahia

De 1964 a 1985, houve intensa expansão de rodovias...

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Solano José, AE. Altamira, 1972.

Transamazônica

Fonte: www.socioambiental.org/ esp/desmatamento / en/ pas_curb

AC

AM

RO

M T

PA

RRAP

TO

M A

Praticamente uma “França” devastada (600 mil KmPraticamente uma “França” devastada (600 mil KmPraticamente uma “França” devastada (600 mil KmPraticamente uma “França” devastada (600 mil Km2222))))

JÁ PERDEU CERCA DE

17%

Déc. 70: integração da Amazônia e Centro-Oeste à região Centro-Sul

• Construção das rodovias BR-020, 040, 060, 158, 163, 262, 267 e 364, e de Brasília. Agricultura em cerrado;

originaloriginal 20022002

Ano de 2000 Ano de 2007

A história se repete... Usina Hidrelétrica de Belo Monte,Propostas de mudanças do Código Florestal, Política Agrícola...

Brasil #1!!!

Extinções iminentes

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Degradação dos recursos hídricos

Degradação do solo e comprometimento da produção agrícola

Brasil tem cerca de 150 milhões de ha de pastagens degradadas

A área de pastagem no Brasil equivale a 3,5 vezes a soma das áreas ocupadas por todas as outras formas de

produção agrícola

Desastres ambientais

http://antoniocavalcantefilho.blogspot.com/2011/01/as-causas-de-tantos-desastres.html

Ameaça de extinção de espécies de interesse econômico...

Palmito-juçara Euterpe edulis Arecaceae Mata Atlântica

A biodiversidade tem um preço?

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Mas é muito valiosa!!!

Custo daerosão

Perda de bens naturaisCusto da

poluição da água

Custo de enchentes

Custo da poluição

do ar

Perdas agrícolas

Invertimos 6,5 billiones/año (2,5%) para la conservaciόn …

33 trilhões de dólares por ano!

Custo das perdas de ecossistemas: 250 bilhões de dólares por ano!!!(Balmford et al., Science, 2002)

Investimento em conservação: 6,5 bilhões de dólares por ano (2,5%)

Humanity 's Ecological Footprint by Component (1961 - 2003)

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1961 1966 1971 1976 1981 1986 1991 1996 2001

Num

ber

of E

art

hs Built-up land

Energy

Fishing grounds

Forest

Grazing Land

Cropland

(www.footprintnetwork.org)

Custo do tratamento de água (por 1.000 m3):• área conservada: R$ 2,00• área altamente impactada: R$ 500,00

1984

Custo para a recuperação da função do ecossistema e da biodiversidade regional

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Ver animação em http://www.institutoterra.org

2001 Fonte: Instituto Terra 2010 Fonte: Instituto Terra

Mata Atlântica

• menos de 12% da cobertura natural

Fonte: Ribeiro et al., 2009 – Biological Conservation

• 80% dos remanescentes temmenos que 50 ha

• 87% de sua área está inserida empropriedades particulares;

• mais de 80% da população brasileiradepende dos serviços ambientais geradosnesse bioma.