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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA A PREVIC NÍVEL SUPERIOR E NÍVEL MÉDIO LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 5 www.pontodosconcursos.com.br 1 Hoje, nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Existem muitas regras específicas, detalhes e exceções envolvendo esse assunto. Como o nosso curso é de exercícios, tentarei abordar os principais casos do ponto de vista do Cespe por meio das questões extraídas de provas anteriores. Começarei pelos casos de concordância verbal e terminarei com exercícios sobre concordância nominal. 1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os primeiros homens em contato com a natureza. A imensa 4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo, fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...) José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações). 1. (Cespe/Antaq/Especialista Economista/2009) Preservam-se a coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros. Comentário Proceda à substituição: Os inúmeros corpos e acontecimentos que nos envolvem gerou... Notou a incorreção gramatical? É isso mesmo! Agora, o termo que funciona como sujeito do verbo “gerou” tem como núcleo o substantivo plural “inúmeros”. Antes, o núcleo do sujeito era o substantivo singular “variedade”. Tal transformação deve levar o verbo a flexionar-se em terceira pessoa do plural: geraram, o que não ocorreu. Resposta – Item errado.

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Hoje, nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Existem

muitas regras específicas, detalhes e exceções envolvendo esse assunto.

Como o nosso curso é de exercícios, tentarei abordar os principais casos do

ponto de vista do Cespe por meio das questões extraídas de provas

anteriores. Começarei pelos casos de concordância verbal e terminarei com

exercícios sobre concordância nominal.

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente

difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os

primeiros homens em contato com a natureza. A imensa

4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem

gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo,

fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...)

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

1. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Preservam-se a

coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se

substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros.

Comentário – Proceda à substituição: Os inúmeros corpos e

acontecimentos que nos envolvem gerou... Notou a incorreção gramatical? É

isso mesmo! Agora, o termo que funciona como sujeito do verbo “gerou”

tem como núcleo o substantivo plural “inúmeros”. Antes, o núcleo do sujeito

era o substantivo singular “variedade”. Tal transformação deve levar o verbo

a flexionar-se em terceira pessoa do plural: geraram, o que não ocorreu.

Resposta – Item errado.

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2. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento

apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de

S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.

O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas

previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o

maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em

2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a

recessão atingir outros países.

Comentário – O trecho apresenta erro de concordância verbal. Não há

concordância entre o sujeito simples “o maior mercado da Europa” e a

forma verbal “sofrerão”, flexionada na terceira pessoa do plural. Eis a forma

correta: “o maior mercado da Europa sofrerá”.

Resposta – Item errado.

(...) Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa

Nacional mostram que a entrada do país resultará em um

bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de

13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e

comércio global superior a US$ 300 bilhões.

(...)

Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008.

3. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11)

está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10).

Comentário – O verdadeiro núcleo do sujeito simples “Dados da Comissão

de Relações Exteriores e Defesa Nacional” é o termo “Dados”, que pode ser

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representado pelo pronome “eles”, terceira pessoa do plural. Por isso a

forma verbal “mostram” está no plural.

Resposta – Item errado.

4. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte

é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010.

Julgue-o quanto à correção gramatical.

A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente

pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem à

disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e

desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões

civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a

disputa.

Comentário – Conseguiu encontrar o erro? É a forma verbal “põem”,

flexionada incorretamente na terceira pessoa do plural. O sujeito “Internet”

(simples e no singular) obriga o verbo pôr (note a manutenção do acento

circunflexo para diferenciá-lo da preposição por) a se flexionar na terceira

pessoa do singular: “a Internet põe”. O examinador tentou tirar proveito da

semelhança existente nas pronúncias de põe e põem.

Resposta – Item errado.

5. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “‘Buscamos levar mais

informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a

cultura que existe sobre transplantes. O aumento é um reflexo dessa

mudança; dos investimentos feitos pela SES, que tem priorizado a

CTPE; e do trabalho feito nos hospitais’, afirma.”

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Se a expressão das operações de transplante fosse incluída logo

após ‘aumento’, a forma verbal ‘é’ deveria, necessariamente, ser

flexionado no plural.

Comentário – Vejamos como ficaria: O aumento das operações de

transplante... Então, qual é o núcleo desse termo? O substantivo singular

aumento, certo? Sendo assim, o verbo ser deve continuar flexionada na

terceira pessoa do singular.

Resposta – Item errado.

(...)

7 A participação popular e o controle popular do poder

guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e

racional, com vistas à conquista de algum bem. A política

10 é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto.

A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de

expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder

13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas

e executadas de modo legítimo. (...)

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência

& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).

6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela

estrutura verbal “guardam a ideia” (l.8) cria o pressuposto de ser falsa

a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9).

Comentário – A estrutura verbal foi empregada na terceira pessoa do plural

(“guardam”) porque concorda com o sujeito composto “A participação

popular e o controle popular do poder”, que a antecede. É descabido o que

afirma o examinador. Pelo pequeno fragmento, já dá para você entender

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que é verdadeiro o pressuposto de que “o exercício da política é coletivo e

racional”.

Resposta – Item errado.

7. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são

fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de

responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos,

tanto os governos estaduais como a União não poupou recursos

financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.

Comentário – Do último período, vamos destacar a oração “...tanto os

governos estaduais como a União não poupou recursos...”. Estamos diante

de sujeito composto cujos núcleos (“governos” e “União”) estão ligados pela

expressão correlativa “tanto... como”. A norma gramatical estabelece que o

verbo vá para o plural quando os núcleos do sujeito composto estiverem

ligados por essa ou por outras expressões afins. Exemplos:

a) “Não só a nação mas também o príncipe estariam

pobres.” (Alexandre Herculano”

b) “Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto

inocentes.” (Alexandre Herculano)

c) Tanto ele quanto ela parecem guardar segredo.

Resposta – Item errado.

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8. (CESPE/TCU/AFCE-TI/2010) “Nas sociedades modernas, somos

diariamente confrontados com uma grande massa de informações. As

novas questões e os eventos que surgem no horizonte social

frequentemente exigem, por nos afetarem de alguma maneira, que

busquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que já

conhecemos.”

O uso da flexão de terceira pessoa do plural em “afetarem” estabelece a

relação desse verbo com “novas questões e os eventos”.

Comentário – O sujeito composto “novas questões e os eventos” foi

explicitado na oração principal do período (“As novas questões e os

eventos... frequentemente exigem”). Na oração subordinada “por nos

afetarem de alguma maneira”, a concordância do verbo leva em

consideração esse termo.

Resposta – Item certo.

(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade

vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade

13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a

fluidez das relações interpessoais. (...)

Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial.

In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações).

9. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “surge”

(l.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de

concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração

anterior.

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sujeito

Comentário – Esse verbo concorda atrativamente com o núcleo (em

negrito) mais próximo do sujeito composto “a flexibilidade do mundo do

trabalho e a fluidez das relações interpessoais”.

Resposta – Item errado.

1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no

mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava

quatrocentas e noventa. (...)

Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra

completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.

10. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha

1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se

no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas”

(L.1).

Comentário – Tentou-se induzir os candidatos a admitirem também o verbo

ter como impessoal, a exemplo do verbo haver quando empregado no

sentido de existir. Vamos esclarecer o comportamento de cada um desses

verbos no que diz respeito à concordância verbal.

Em primeiro lugar, o verbo existir é naturalmente pessoal, o

que significa dizer que possui sujeito e com ele concordara em número e

pessoa.

Existem bons alunos neste curso.

Em segundo lugar, o verbo haver – conforme já foi dito

anteriormente – não possui sujeito quando é impessoal, ou seja, quando é

empregado com o sentido de existir.

Há bons alunos neste curso.

obj. direto

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Finalmente, o verbo ter, de acordo com a norma culta, só

pode ser empregado na oração quando possuir sujeito. Se, no entanto, não

possuir, deverá ser substituído pelo verbo haver no sentido de existir.

O aluno não teve aula. – conforme a norma culta

Não tem aula. – desvio da norma culta

Não há aula. – conforme a norma culta.

Tornando a analisar a questão, percebe-se que o verbo ter foi

empregado corretamente com o sentido de possuir e como verbo pessoal,

cujo sujeito é o pronome pessoal eu, oculto no período. Além disso, o termo

“vinte aranhas” funciona como complemento direto desse verbo.

Resposta – Item errado.

11. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70%

no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de

2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50

mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior

número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes

chegou a 31.510 pessoas.

Comentário – Observe atentamente a oração “onde haviam 50 mil casos

registrados”. Notou a flexão do verbo haver? Como ele foi usado com a

sentido de existir, é impessoal, não tem sujeito e deve se manter na

terceira pessoa do singular (“havia”).

sujeito

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Resposta – Item errado.

12. (Cespe/Sefaz-ES/Consultor do Executivo – Ciências Econômica/2010)

“Faz tempo que estava amadurecendo a polêmica sobre esses

indicadores — crescimento econômico e emprego.”

Se a palavra “tempo” fosse substituída pela expressão dois anos, a

forma verbal “faz” deveria ser substituída por fazem.

Comentário – Nas indicações de tempo, fazer é outro verbo impessoal, sem

sujeito, devendo ser mantido invariavelmente na terceira pessoa do

singular. Então, mesmo que a palavra “tempo” fosse substituída pela

expressão dois anos, a forma verbal “faz” não sofreria variação.

Resposta – Item errado.

1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao

mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande

observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo

4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de

novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca

da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,

7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem

eliminar. (...)

Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.

Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.

13. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Caso a expressão “aqui se fez”

(L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção

gramatical do período.

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Comentário – Não gera prejuízo a troca sugerida pela banca examinadora.

Originalmente, tem-se voz passiva sintética; posteriormente, voz passiva

analítica. Mas o que deve chamar nossa atenção aqui é a concordância

estabelecida entre o verbo e o seu sujeito. Nas duas estruturas, o verbo

fazer mantém-se em terceira pessoa do singular para concordar com

“eleição”, antecedente do pronome relativo “que” e pelo qual se faz

representar na função de sujeito. Caso o termo estivesse pluralizado

(eleições), o verbo deveria ser empregado também no plural.

Resposta – Item errado.

1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois

níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada.

Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de

4 um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que

classificar por extremos não reflete a complexidade de classes

da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. (...)

Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São

Paulo: Fapesp & Annablume, p. 62 (com adaptações).

14. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O uso da forma verbal “se

trata” (l.3), no singular, atende às regras de concordância com o termo

“um corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os

argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no

plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no

plural: se tratam.

Comentário – O verbo tratar-se é, quanto à regência, transitivo indireto e

possui sujeito indeterminado. Portanto o termo “de um corte epistemológico”

é o objeto dele e nenhuma concordância entre eles deve ser mantida.

Resposta – Item errado.

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(...) Os meus pupilos não são os

31 solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um

povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das

nações seculares. (...)

Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra

completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.

15. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) A forma verbal

“formam” (L.31) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar

com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (L.32) expressa.

Comentário – Embora haja a possibilidade de o verbo concordar com a

ideia de coletividade que o substantivo traz consigo, conforme expliquei

acima, esse não é o caso aqui. O verbo “formam” foi empregado na terceira

pessoa do plural por concordar com a expressão “Os meus pupilos”, que

funciona sintaticamente como seu sujeito.

A questão é interessante por comprovar que o Cespe, assim

como nós, também está atento a mais este caso particular de concordância

verbal.

Resposta – Item errado.

(...) A reação dos

indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram

4 robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à

paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa

superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta

7 que a economia americana perderá força no segundo semestre.

(...)

Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).

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16. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Se o verbo da oração “mas a

maioria dos analistas aposta” (L.6) estivesse flexionado no plural —

apostam —, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a

prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa

natureza, deve ser feita com o termo “maioria”.

Comentário – Quando o sujeito é representado por expressões partitivas (a

maioria de, um grande número de, por exemplo) seguido de substantivo

no plural, o verbo pode flexionar-se no singular ou no plural.

Resposta – Item errado.

7 (...) Hoje, uma dezena de sítios na Internet usa

o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos

negócios. (...)

Veja, 20/8/2008 (com adaptações).

17. (Cespe/Serpro/Analista/2008) O desenvolvimento das idéias do texto

permite que se substitua “uma dezena de” (L.7) pela expressão cerca

de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os

argumentos.

Comentário – Que tal reescrevermos a passagem já com a substituição que

a banca examinadora propôs? Veja como fica: Hoje, cerca de dez sítios

na Internet usa o mesmo princípio em benefício da inovação no

mundo dos negócios. Já deu para perceber o prejuízo gramatical? Sem

fazer outras modificações, o período torna-se incorreto. O verbo usa deveria

ser, agora, flexionado no plural (usam) para concordar com o substantivo

sítios.

Resposta – Item errado.

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(...) Não precisamos usar a

22 superfície para explicar o mundo, porque ela mesma é

parte do mundo que exige explicação. Ela é um dado da

realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode

25 ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.

Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.

In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

18. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal

“exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o

pronome “ela” (L.22), que, por sua vez, retoma, por coesão,

“superfície” (L.22).

Comentário – De fato, o pronome pessoal “ela” faz referência ao

substantivo “superfície”. Entretanto, o sujeito da forma verbal “exige” é o

pronome relativo “que”, representante semântico da expressão “parte do

mundo”, que – por encontrar-se no singular – obriga o verbo a se mantaer

também no singular.

Resposta – Item errado.

(...)

Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que

13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais

primitivo, e que evoluíram por meio das especulações

filosóficas até as modernas investigações científicas, que as

16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma

unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

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19. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das

ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento

das coisas” (L.13).

Comentário – É importante perceber que, ao se admitir como verdade a

assertiva da banca examinadora, surge instantaneamente um erro de

concordância entre o sujeito e o verbo: nosso conhecimento das coisas

evoluíram... Note que o núcleo do sujeito faz-se representar pela terceira

pessoa do singular (ELE) e que isso obriga o verbo a flexionar-se igualmente

em número e pessoa (EVOLUI), o que não acontece. Então, qual é o

verdadeiro antecedente do pronome relativo? Acertou se você disse “ideias”,

de acordo com a linha argumentativa do texto e em observância às normas

gramaticais.

Resposta – Item errado.

(...) O que há são relações de

10 poder heterogêneas e em constante transformação. O poder

é, portanto, uma prática social constituída historicamente.

(...)

Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações

humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).

20. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e

coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (R.9) for substituída

por existe.

Comentário – Você já sabe que o verbo haver pode substituir o verbo

existir, e vice-versa. O detalhe é que o primeiro é impessoal (não tem

sujeito) e o segundo, pessoal (possui sujeito, com o qual deve concordar em

numero e pessoa). Para saber se a forma existe pode mesmo substituir a

forma “há”, você precisa identificar que termo funcionará como sujeito

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daquele verbo. Sintaticamente, o pronome relativo “que” é o sujeito. Diz a

regra gramatical que, nesse caso, a concordância deve ser feita com o

antecedente do relativo: o pronome demonstrativo “O” (= Aquilo), terceira

pessoa do singular.

Resposta – Item certo.

21. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue

do tipo 1, são fatores que determina o aumento do número de casos.

Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados

anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos

encarregados do combate a dengue.

Comentário – Antecipo a você que meu comentário, aqui, se restringirá ao

que diz respeito à concordância, em virtude do propósito desta aula.

Observe o segmento “são fatores que determina o

aumento”. Agora atente para a oração (subordinada adjetiva restritiva)

iniciada pelo pronome relativo “que”: “que determina o aumento”.

Responda-me qual é o sujeito da forma verbal “determina”. Sua resposta

deve ter sido o pronome relativo “que”, certo? O que diz mesmo a regra de

concordância quando o sujeito for o pronome relativo que? Ela diz que,

nesse caso, a concordância deve ser feita com o antecedente do relativo: o

substantivo plural “fatores”. Portanto o verbo determinar deve ser

flexionado na terceira pessoa do plural: “são fatores que determinam o

aumento”

Resposta – Item errado.

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(...)

13 Os EUA tornaram-se o saco de pancadas nessa

cúpula. Raúl Castro não foi o único a responsabilizar os

EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do

16 crédito, que está comprometendo muitas outras economias.

(...)

Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O

Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

22. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16)

vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15).

Comentário – A concordância é feita com a expressão “crise do crédito”,

semanticamente substituída pelo pronome relativo “que”.

Resposta – Item errado.

1 Vale a apena rever certas crenças que se têm

multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. (...)

Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).

23. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A substituição de “se têm”

(l.1) por tem altera as relações entre os argumentos do texto, mas

preserva sua coerência e correção gramatical.

Comentário – Primeiramente, vamos entender o porquê do acento na

forma original. Pergunte-se o que tem sido multiplicado: “certas crenças”.

Esse termo é substituído pelo pronome relativo “que”, o qual exerce a

função sintática de sujeito do verbo ter. Já disse anteriormente que, nos

casos semelhantes, a concordância deve ser feita com o antecedente do

relativo. Como o antecedente está no plural, o verbo ter também vai para o

plural. O plural desse verbo é indicado pelo acento circunflexo (que foi

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mantido pelo novo Acordo) para diferenciar da forma singular: (ele) tem.

Portanto a troca sugerida pela banca (“certas crenças que se tem

multiplicado”) traz prejuízos ao texto.

Resposta – Item errado.

(...) Além

16 disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas

teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos

fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma

19 descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou

espiritual do humano.

Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a

ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo

Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

24. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 16, na concordância

com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam”

reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria

gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada uma”,

empregando-se o referido verbo no singular.

Comentário – A flexão de plural em “fundamentam” decorre da

concordância com “essas teorias políticas e individuais”, sujeito da forma

verbal. A expressão “cada uma das ideologias” concorda com o verbo

“constitui”.

Resposta – Item errado.

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25. (Cespe/TCU/AFCE-TI/2010) “A cada um deles correspondem maneiras

pessoais de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo compartilha

com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade.”

A flexão de plural em “correspondem” mostra que, pela concordância,

se estabelece a coesão com “maneiras”; mas seria igualmente correto e

coerente estabelecer a coesão com “cada um”, enfatizando este termo

pelo uso do verbo no singular: corresponde.

Comentário – Novamente entrou em cena a expressão cada um. Como ela

não integra o sujeito da oração e constitui o objeto indireto do verbo

“correspondem”, é impossível a concordância com ela. Se você reescrever o

período na ordem direta (sujeito, verbo e objeto), notará melhor as relações

entre os termos da oração: Maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus

social que o indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura

de sua personalidade, correspondem a cada um deles. Parece que em 2010

a banca “brincou” com essa expressão (repare a questão anterior).

Resposta – Item errado.

O que é o que é?

1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma

pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da

4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...)

Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

26. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no

plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?”

(L.4), tendo como resultado como se chamam (...).

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Comentário – Notou que temos uma construção característica de voz

passiva sintética em “como se chama essa mágoa e esse rancor?” Essa

passagem equivale-se a seguinte estrutura de voz passiva analítica: “como é

chamada essa mágoa e esse rancor?”. Pois bem, você sabe que toda voz

passiva possui sujeito, certo? Analise o trecho com mais calma e perceba

que a expressão “essa mágoa e esse rancor” constitui o sujeito composto da

forma verbal “chama”. Perceba ainda que os núcleos “mágoa” e “rancor” são

substantivos sinônimos, o que permite ao verbo manter-se no singular em

concordância atrativa com o núcleo mais próximo, ou se flexionar para

concordar com todos os núcleos: “como se chamam essa mágoa e esse

rancor?” ou “como são chamados essa mágoa e esse rancor?”.

Resposta – Item certo.

27. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “O maior destaque foram os

transplantes renais, que passaram de 150 para 162 cirurgias feitas.”

Uma vez que a regra geral de concordância com o verbo ser estabelece

que ele deve concordar com o sujeito, a forma verbal “foram” poderia

ser alterada para foi, em concordância com “O maior destaque”.

Comentário – Para explicar o que o examinador disse e o que ele esperava

como resposta, vou estender-me um pouco no comentário. Preste muita

atenção na letra “d”, pois ela representa o fundamento para a resposta

certa.

Em muitas situações, o verbo ser deixa de concordar com o

sujeito para concordar com o predicativo; em outras, pode concordar com

um ou com outro, de acordo com o termo que se quer enfatizar.

a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto.

Maria era as esperanças de todos.

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O mundo são os homens.

b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome.

Os culpados éramos nós.

“O Estado sou eu”.

c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro

pronome.

Quem és tu?

Tudo são flores.

ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos

pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a

concordância com o pronome.

Tudo é flores.

d) O plural tem precedência sobre o singular.

A casa eram umas folhas.

A sua paixão eram filmes de terror.

e) O verbo ser mantém-se na terceira pessoa do singular nas expressões

que indicam preço, valor, medida, peso.

Dois quilos é pouco.

Vinte mil cruzeiros é demais.

Três metros é mais do que preciso.

f) Nas indicações de distância, horas e datas, o verbo ser concorda com

estas.

Da Tijuca à Barra são oito quilômetros.

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Era uma hora e cinquenta e nove segundos.

Hoje são 21 de maio.

Resposta – Item errado.

(...)

16 Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala

mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de

biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do

19 petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o

aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;

a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise

22 norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento

dos preços de alimentos em fundos de hedge.

(...)

O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro.

23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações).

28. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que

levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em

fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem

manteria a correção gramatical do texto.

Comentário – A flexão do infinitivo para concordar com o sujeito da oração

é assunto que gera muitas discussões entre estudantes, sejam eles

professores ou alunos. Em geral podemos seguir as orientações abaixo.

I. Flexiona-se o infinitivo quando há sujeito claro, explícito na

mesma oração em que surge o verbo no infinitivo.

Não é necessário [vocês chegarem cedo].

sujeito

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II. Mesmo não estando explícito o sujeito, pode-se flexionar o

infinitivo para evitar ambiguidade.

Está na hora [de começar o trabalho]. (Quem: eu, você?)

Está na hora [de (nós) começarmos o trabalho].

III. Quando o sujeito do infinitivo for diferente do sujeito da

oração anterior, também ocorrerá a flexão.

[Vejo] [(vocês) estarem atrasados novamente].

IV. Sendo os sujeitos iguais, a flexão é facultativa.

[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os

problemas da empresa]. – o sujeito comum das orações é nós.

V. Atente agora para a estrutura formada por PREPOSIÇÃO A

+ INFINITIVO, pois o Cespe aceita tanto a flexão como a não flexão.

O rapaz ajudava as garotas a se superar/superarem

VI. Com a voz passiva, a flexão é obrigatória.

As tarefas a serem feitas são essas.

Resposta – Pelo que foi explicado anteriormente, em especial no item V, o

item está certo. A forma verbal “apostar” pode flexionar-se em terceira

pessoa do plural para concordar com o seu sujeito: “investidores”, mesmo

diante da preposição “a”.

1 A ideia de democracia tem seu nascedouro nas

cidades-Estados gregas e consubstancia-se na tomada de

sujeito

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decisões mediante a participação direta dos cidadãos. Como se

4 pode depreender, o conceito era restrito, pois excluía, por

exemplo, as mulheres e os escravos. Na trajetória da Grécia,

com sua experiência de democracia primária ou de assembleia,

7 ao mundo moderno, alguns fatores se apresentaram como

inviabilizadores da participação política direta: número de

cidadãos, extensão territorial e tempo (noção cada vez mais

10 modificada diante dos avanços tecnológicos).

Diante da impossibilidade de reunião de todos os

envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os

13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais

urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se

a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a

16 democracia representativa, com seus prós e contras.

A rigor, em uma sociedade composta de milhares de

pessoas, apenas mediante a representação por um grupo

19 escolhido é possível que os diferentes interesses se façam

presentes no momento de decidir; porém, é certo que nem

sempre esse grupo representa os interesses do todo e nem

22 sempre todos os interesses de uma sociedade plural chegam a

ter representantes, ficando alguns alijados do processo

decisório. Um governo que se propõe como democrático busca

25 estabelecer mecanismos para que sejam garantidas ao máximo

as possibilidades de os cidadãos participarem das decisões

políticas, mas há um “lado sombrio”, identificado por Robert

28 Dahl nos seguintes termos: “sob um governo representativo,

muitas vezes os cidadãos delegam imensa autoridade arbitrária

para decisões de importância extraordinária.”. Segundo o autor,

31 as eleições periódicas garantem certo compromisso dos

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representantes com os representados, obrigam as elites a

“manter um olho na opinião do povo”. Apesar do “lado

34 sombrio”, a democracia alicerçada sobre o pilar da eleição

periódica de representantes é a única viável nos Estados

contemporâneos. Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para

a inclusão social rumo à concretização do estado democrático

e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).

29. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) Considerando as

estruturas do texto, assinale a opção correta no que diz respeito à

concordância.

A) A inserção da forma verbal manterem no lugar de “manter”, em

“manter um olho na opinião do povo” (l.33), acarretaria prejuízo

sintático ao texto.

B) A oração existia alguns fatores inviabilizadores parafraseia de

modo gramaticalmente correto o trecho “alguns fatores se

apresentaram como inviabilizadores” (l.7-8).

C) Ainda que o vocábulo “necessidade” (l.15) estivesse flexionado no

plural, a forma verbal “identificou” (l.14) deveria permanecer no

singular.

D) A alteração de “sejam garantidas” (l.25) para seja garantido não

interfere na correção gramatical do período.

E) As formas verbais “garantem” (l.31) e “obrigam” (l.32) concordam com

“eleições periódicas” (l.31).

Comentário – Alternativa A: a forma verbal em negrito agora foi usada no

infinitivo pessoal, por isso ela se flexionou para concordar em número e

pessoa com o sujeito “as elites” (l. 32). Sobre a flexão do infinitivo, leia o

que eu disse no item V do comentário da questão anterior. Conclui-se,

então, que não há prejuízo sintático para o texto.

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Alternativa B: O verbo existir é pessoal (diferentemente do

verbo haver usado no mesmo sentido). Sendo assim, ele tem sujeito, com o

qual deve concordar em número e pessoa. Conforme a proposta da banca

examinadora, esse sujeito é o termo “alguns fatores inviabilizadores”

(terceiras pessoa do plural = eles). Isso leva o verbo existir a flexionar-se

da seguinte maneira: “existiam” (terceira pessoa do singular). Portanto a

opção está errada.

Alternativa C: o verbo identificar está na voz passiva

sintética, auxiliado pelo pronome apassivador “se”. Toda voz passiva possui

sujeito (mas pode não possuir agente da passiva). No texto, o substantivo

“necessidade” é o núcleo desse termo sintático. A pluralização dele deve

levar, também, o verbo para o plural: “identificaram-se as necessidades”.

Com a voz passiva analítica, é mais fácil perceber a necessidade de

concordância entre sujeito e verbo: “as necessidades foram identificadas”.

Logo o item está errado.

Alternativa D: estamos às voltas com a voz passiva, mas

agora é a analítica (verbo auxiliar flexionado + verbo principal no particípio):

“sejam garantidas”. O verbo auxiliar flexiona-se em número é pessoa para

concordar com o sujeito; o verbo principal flexiona-se em gênero e número

pelo mesmo motivo. Repare bem: “...sejam garantidas... as

possibilidades...”. Talvez, a posposição do sujeito ao verbo tenha dificultado

sua análise. É bom ficar atento! A alteração indicada pelo Cespe causa

incorreção gramatical.

Alternativa E: sim, nada mais natural do que a concordância

de número e pessoa entre sujeito e verbo.

Resposta – E

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1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso

da técnica, com transformações profundas das noções de espaço

e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse

4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no

homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento

de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. (...)

Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto

Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia

das Letras, p. 14-5 (com adaptações).

30. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) O deslocamento de “dominar no

homem” (l.4-5) para o final do período sintático em que ocorre, depois

de “humanismo” (l.6), preserva as relações de significação entre os

termos e a correção gramatical do texto, desde que seja usada uma

vírgula depois de “humanismo”.

Comentário – Eis o que o examinador propôs: “...vemos o encolhimento

das fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais que

fundam o humanismo, dominar no homem”.

Estariam preservadas as relações de significação e a

correção gramatical se a vírgula não fosse inserida. Se você está se

perguntando se o verbo “dominar” deveria ir para o plural, esclareço-lhe

que:

a) é facultativa a flexão do infinitivo (“dominar”) se o

sujeito não for representado por pronome átono (“o encolhimento das

fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais”) e se o

verbo da oração determinada pelo infinitivo (“vemos”) for causativo

(mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir). Veja um exemplo:

Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos.

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b) flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for

diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem

sensitivo. Veja um exemplo: Esperei saírem todos.

Mas a tal vírgula causou separação indevida entre o sujeito e o

verbo. Por isso a proposição está errada.

Resposta – Item errado.

(...) Em comunicado, o grupo

considerou a medida como parte complementar do corte

anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em

7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do

petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...)

O Globo, 18/12/2008.

31. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6)

concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino

singular.

Comentário – Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se

comportar como um adjetivo, os verbos no particípio flexionam-se em

gênero e número para concordar com o substantivo a que se referem. É

possível os verbos no particípio surgirem acompanhados de outros verbos

(auxiliares), formando com eles uma locução verbal. Nesses casos, os

verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, fica) flexionam-se em pessoa,

número, tempo e modo. Exemplos:

Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. (inadequado)

Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. (adequado)

...[sujeito: as visitas diurnas]

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...[núcleo do sujeito: visitas]

...[visitas: substantivo feminina plural]

Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado)

Foi corrigido o valor das moedas locais (adequado)

...[sujeito: o valor das moedas locais]

...[núcleo do sujeito: valor]

...[valor: substantivo masculino singular

Resposta – Item certo.

1 Toda a questão do conhecimento, como desejo

de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,

organização e seu funcionamento, pode ser pensada a

4 partir do que se deve denominar uma filosofia de

superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e

analiticamente o mundo das superfícies. (...)

Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.

In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

32. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de

feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica”

(L. 2).

Comentário – O vocábulo “pensada”, que surge em forma de adjetivo-

-particípio, concorda com o substantivo feminino singular “questão”, núcleo

do sujeito “Toda a questão do conhecimento”.

Resposta – Item errado.

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33. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Quanto à correção gramatical e às

exigências da redação oficial, julgue o fragmento de texto apresentado

a seguir, transcrito e adaptado de www.stf.gov.br.

A consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme

adotados pelo STF, em certos casos, evita o surgimento de

ações semelhantes e a multiplicação de processos para

apreciação em todos os níveis de jurisdição.

Comentário – Todo texto escrito em linguagem formal deve ser pautado

nas regras gramaticais vigentes. Isso também se aplica à redação oficial.

Portanto, o adjetivo “adotados” deveria flexionar-se no feminino singular

para concordar com o substantivo “consolidação”, núcleo da expressão “A

consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme”.

Resposta – Item errado.

(...) Como nada ainda deu certo no planeta, a

7 internacionalização só será aceitável quando se cumprirem

duas premissas. (...)

Roberto Pompeu de Toledo. Amazônia: premissas

para sua entrega. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações).

34. (Cespe/STJ/Analista judiciário/2008) Preservam-se a correção

gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a

expressão “se cumprirem” (L.7) por forem cumpridas.

Comentário – A passagem original constitui voz passiva sintética. Nela, o

verbo “cumprem” concorda em número e pessoa com o sujeito “duas

premissas”. A substituição proposta faz surgir voz passiva analítica ou verbal

(verbo auxiliar + verbo principal), em que o verbo principal (“cumpridas”)

assume a forma nominal de particípio. Como já disse, o particípio concorda

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em gênero e número com o substantivo a que se refere: “premissas”,

feminino plural.

Resposta – Item certo.

1 A criação da ABIN, em 1995, proporcionou ao

Estado brasileiro institucionalizar a atividade de inteligência,

mediante ações de coordenação do fluxo de informações

4 necessárias às decisões de governo, no que diz respeito ao

aproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e às

ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da

7 sociedade e do país. (...)

Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).

35. (Cespe/ABIN/Agente de Inteligência/2008) A substituição do termo

“necessárias” (L.4) por necessário mantém a correção gramatical do

texto.

Comentário – Observe que, originalmente, o adjetivo “necessárias”

qualifica o substantivo “informações”. Note que ambos concordam em

gênero (feminino) e número (plural). A substituição sugerida pela banca

examinadora muda a referência para o substantivo “fluxo” (“fluxo de

informações necessário”). Apesar de causar leve desvio na linha

argumentativa do texto, a alteração não traz prejuízo à correção gramatical

do texto.

Resposta – Item certo.

36. (Cespe/TCU/AFCE-TI/2010) “Faz-se necessário frisar que o imaginário

social acompanha lentamente essa evolução, nem sempre aceitando o

rompimento dos costumes fortemente arraigados.”

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A flexão de masculino em “necessário” estabelece concordância desse

termo com “imaginário social”; no desenvolvimento da argumentação,

essa relação sintática enfatiza “imaginário social” como o primeiro

termo na comparação com “evolução”.

Comentário – Aqui, a situação é um pouquinho diferente: o adjetivo

“necessário” faz parte de uma expressão formada por VERBO + ADJETIVO

(“Faz-se necessário”). Nesse caso, ele se mantém no masculino singular se o

substantivo com o qual concorda possui sentido genérico (não é precedido

de artigo). A referência dele é a oração subordinada substantiva subjetiva

reduzida de infinitivo “frisar”; é com ela que a concordância é estabelecida.

Veja outro exemplo: É necessário atentar para algumas exceções à regra.

Resposta – Item errado.

(...)

Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que

13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais

primitivo, e que evoluíram por meio das especulações

filosóficas até as modernas investigações científicas, que as

16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma

unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

37. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um

nível mais profundo de síntese” (l.16), a expressão “uma unificação

que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a

argumentação ou a correção gramatical do texto.

Comentário – A primeira coisa a fazer é identificar, no texto original, o

referente do adjetivo “atingida”: “uma unificação” (expressão representada

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semanticamente pelo pronome relativo “que”). O núcleo “unificação” –

feminino singular – levou o adjetivo “atingida” a concordar em mesmo

gênero e número.

Agora, vamos reescrever a passagem como foi sugerido pela

banca examinadora: “...um nível mais profundo de síntese, o que levou

milênios para ser atingida”. Percebeu que o adjetivo “atingida” tem como

referência o pronome demonstrativo “o”? Semanticamente, ele é

representado pelo relativo “que”; como elemento de coesão, retoma a

expressão “um nível mais profundo de síntese”, cujo núcleo é o substantivo

masculino singular “nível”. Observe que tudo contribui para que o adjetivo

“atingida” seja empregado no masculino singular. Como isso não ocorreu,

houve prejuízo.

Resposta – Item errado.

(...) Com ele [o hipertexto], ler o mundo tornou-se virtualmente

10 possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz ubíquo

por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta,

a qualquer hora do dia e por mais de um leitor

13 simultaneamente.

Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In:

L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e

gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações).

38. (Cespe/Serpro/Analista/2008) Na linha 10, a flexão de feminino em

“haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”.

Comentário – A expressão “haja vista” sempre está correta empregada no

singular, independentemente de o termo a que se refere estar no singular ou

no plural. No texto, a referência é toda a oração “que sua natureza imaterial

o faz ubíquo”.

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É importante ressaltar que, mesmo nos casos em que a

flexão é permitida – como foi explicado quando tratamos da concordância

verbal, o segundo elemento da expressão (“vista”) mantém-se invariável.

Parece-me que a banca examinadora tentou confundir os candidatos

induzindo-os a raciocinar em função da concordância nominal que envolve o

emprego da expressão “a olhos vistos”.

Em “haja vista”, o substantivo “vista” é invariável:

Haja vista o silêncio.

Haja(m) vista os barulhentos.

Em “a olhos vistos”, a expressão fica invariável ou a palavra

“vistos” concorda com o substantivo a que se refere:

Ela cresce a olhos vistos.

Ela cresce a olhos vista.

Resposta – Item errado.

Por hoje é só. Bons estudos e que Deus o(a) abençoe! Até a

próxima aula, em que falaremos sobre texto: tipologia, compreensão e

interpretação, processos de coesão, reescritura.

Professor Albert Iglésia

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente

difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os

primeiros homens em contato com a natureza. A imensa

4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem

gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo,

fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...)

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

1. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Preservam-se a

coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se

substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros.

2. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento

apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de

S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.

O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas

previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o

maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em

2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a

recessão atingir outros países.

(...) Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa

Nacional mostram que a entrada do país resultará em um

bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de

13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

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(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e

comércio global superior a US$ 300 bilhões.

(...)

Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008.

3. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11)

está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10).

4. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte

é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010.

Julgue-o quanto à correção gramatical.

A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente

pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem à

disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e

desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões

civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a

disputa.

5. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “‘Buscamos levar mais

informação às pessoas e aos profissionais de saúde para mudar a

cultura que existe sobre transplantes. O aumento é um reflexo dessa

mudança; dos investimentos feitos pela SES, que tem priorizado a

CTPE; e do trabalho feito nos hospitais’, afirma.”

Se a expressão das operações de transplante fosse incluída logo

após ‘aumento’, a forma verbal ‘é’ deveria, necessariamente, ser

flexionado no plural.

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(...)

7 A participação popular e o controle popular do poder

guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e

racional, com vistas à conquista de algum bem. A política

10 é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto.

A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de

expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder

13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas

e executadas de modo legítimo. (...)

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência

& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).

6. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela

estrutura verbal “guardam a ideia” (l.8) cria o pressuposto de ser falsa

a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9).

7. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são

fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de

responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos,

tanto os governos estaduais como a União não poupou recursos

financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.

8. (CESPE/TCU/AFCE-TI/2010) “Nas sociedades modernas, somos

diariamente confrontados com uma grande massa de informações. As

novas questões e os eventos que surgem no horizonte social

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frequentemente exigem, por nos afetarem de alguma maneira, que

busquemos compreendê-los, aproximando-os daquilo que já

conhecemos.”

O uso da flexão de terceira pessoa do plural em “afetarem” estabelece a

relação desse verbo com “novas questões e os eventos”.

(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade

vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade

13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a

fluidez das relações interpessoais. (...)

Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial.

In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações).

9. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “surge”

(l.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de

concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração

anterior.

1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no

mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava

quatrocentas e noventa. (...)

Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra

completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.

10. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha

1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se

no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas”

(L.1).

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11. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70%

no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de

2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50

mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior

número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes

chegou a 31.510 pessoas.

12. (Cespe/Sefaz-ES/Consultor do Executivo – Ciências Econômica/2010)

“Faz tempo que estava amadurecendo a polêmica sobre esses

indicadores — crescimento econômico e emprego.”

Se a palavra “tempo” fosse substituída pela expressão dois anos, a

forma verbal “faz” deveria ser substituída por fazem.

1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao

mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande

observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo

4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de

novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca

da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se,

7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem

eliminar. (...)

Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III.

Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757.

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13. (Cespe/TSE/Analista Judiciário/2007) Caso a expressão “aqui se fez”

(L.4) seja substituída por aqui foi feita, prejudica-se a correção

gramatical do período.

1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois

níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada.

Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de

4 um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que

classificar por extremos não reflete a complexidade de classes

da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. (...)

Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São

Paulo: Fapesp & Annablume, p. 62 (com adaptações).

14. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O uso da forma verbal “se

trata” (l.3), no singular, atende às regras de concordância com o termo

“um corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os

argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no

plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no

plural: se tratam.

(...) Os meus pupilos não são os

31 solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um

povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das

nações seculares. (...)

Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra

completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.

15. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) A forma verbal

“formam” (L.31) está flexionada na 3ª pessoa do plural para concordar

com a idéia de coletividade que a palavra “povo” (L.32) expressa.

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(...) A reação dos

indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram

4 robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à

paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa

superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta

7 que a economia americana perderá força no segundo semestre.

(...)

Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).

16. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Se o verbo da oração “mas a

maioria dos analistas aposta” (L.6) estivesse flexionado no plural —

apostam —, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a

prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa

natureza, deve ser feita com o termo “maioria”.

7 (...) Hoje, uma dezena de sítios na Internet usa

o mesmo princípio em benefício da inovação no mundo dos

negócios. (...)

Veja, 20/8/2008 (com adaptações).

17. (Cespe/Serpro/Analista/2008) O desenvolvimento das idéias do texto

permite que se substitua “uma dezena de” (L.7) pela expressão cerca

de dez, sem prejuízo para a correção gramatical e a coerência entre os

argumentos.

(...) Não precisamos usar a

22 superfície para explicar o mundo, porque ela mesma é

parte do mundo que exige explicação. Ela é um dado da

realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode

25 ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.

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Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.

In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

18. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal

“exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o

pronome “ela” (L.22), que, por sua vez, retoma, por coesão,

“superfície” (L.22).

(...)

Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que

13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais

primitivo, e que evoluíram por meio das especulações

filosóficas até as modernas investigações científicas, que as

16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma

unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

19. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das

ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento

das coisas” (L.13).

(...) O que há são relações de

10 poder heterogêneas e em constante transformação. O poder

é, portanto, uma prática social constituída historicamente.

(...)

Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações

humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).

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20. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e

coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (l.9) for substituída

por existe.

21. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue

do tipo 1, são fatores que determina o aumento do número de casos.

Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados

anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos

encarregados do combate a dengue.

(...)

13 Os EUA tornaram-se o saco de pancadas nessa

cúpula. Raúl Castro não foi o único a responsabilizar os

EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do

16 crédito, que está comprometendo muitas outras economias.

(...)

Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O

Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

22. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16)

vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15).

1 Vale a apena rever certas crenças que se têm

multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. (...)

Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).

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23. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A substituição de “se têm”

(l.1) por tem altera as relações entre os argumentos do texto, mas

preserva sua coerência e correção gramatical.

(...) Além

16 disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas

teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos

fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma

19 descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou

espiritual do humano.

Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a

ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo

Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

24. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 16, na concordância

com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam”

reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria

gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada uma”,

empregando-se o referido verbo no singular.

25. (Cespe/TCU/AFCE-TI/2010) “A cada um deles correspondem maneiras

pessoais de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo compartilha

com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade.”

A flexão de plural em “correspondem” mostra que, pela concordância,

se estabelece a coesão com “maneiras”; mas seria igualmente correto e

coerente estabelecer a coesão com “cada um”, enfatizando este termo

pelo uso do verbo no singular: corresponde.

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O que é o que é?

1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma

pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da

4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...)

Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

26. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no

plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?”

(L.4), tendo como resultado como se chamam (...).

27. (Cespe/SAD-PE/Analista Contábil/2010) “O maior destaque foram os

transplantes renais, que passaram de 150 para 162 cirurgias feitas.”

Uma vez que a regra geral de concordância com o verbo ser estabelece

que ele deve concordar com o sujeito, a forma verbal “foram” poderia

ser alterada para foi, em concordância com “O maior destaque”.

(...)

16 Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala

mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de

biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do

19 petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o

aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;

a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise

22 norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento

dos preços de alimentos em fundos de hedge.

(...)

O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro.

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23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações).

28. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que

levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em

fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem

manteria a correção gramatical do texto.

1 A ideia de democracia tem seu nascedouro nas

cidades-Estados gregas e consubstancia-se na tomada de

decisões mediante a participação direta dos cidadãos. Como se

4 pode depreender, o conceito era restrito, pois excluía, por

exemplo, as mulheres e os escravos. Na trajetória da Grécia,

com sua experiência de democracia primária ou de assembleia,

7 ao mundo moderno, alguns fatores se apresentaram como

inviabilizadores da participação política direta: número de

cidadãos, extensão territorial e tempo (noção cada vez mais

10 modificada diante dos avanços tecnológicos).

Diante da impossibilidade de reunião de todos os

envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os

13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais

urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se

a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a

16 democracia representativa, com seus prós e contras.

A rigor, em uma sociedade composta de milhares de

pessoas, apenas mediante a representação por um grupo

19 escolhido é possível que os diferentes interesses se façam

presentes no momento de decidir; porém, é certo que nem

sempre esse grupo representa os interesses do todo e nem

22 sempre todos os interesses de uma sociedade plural chegam a

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ter representantes, ficando alguns alijados do processo

decisório. Um governo que se propõe como democrático busca

25 estabelecer mecanismos para que sejam garantidas ao máximo

as possibilidades de os cidadãos participarem das decisões

políticas, mas há um “lado sombrio”, identificado por Robert

28 Dahl nos seguintes termos: “sob um governo representativo,

muitas vezes os cidadãos delegam imensa autoridade arbitrária

para decisões de importância extraordinária.”. Segundo o autor,

31 as eleições periódicas garantem certo compromisso dos

representantes com os representados, obrigam as elites a

“manter um olho na opinião do povo”. Apesar do “lado

34 sombrio”, a democracia alicerçada sobre o pilar da eleição

periódica de representantes é a única viável nos Estados

contemporâneos. Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para

a inclusão social rumo à concretização do estado democrático

e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).

29. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) Considerando as

estruturas do texto, assinale a opção correta no que diz respeito à

concordância.

A) A inserção da forma verbal manterem no lugar de “manter”, em

“manter um olho na opinião do povo” (l.33), acarretaria prejuízo

sintático ao texto.

B) A oração existia alguns fatores inviabilizadores parafraseia de

modo gramaticalmente correto o trecho “alguns fatores se

apresentaram como inviabilizadores” (l.7-8).

C) Ainda que o vocábulo “necessidade” (l.15) estivesse flexionado no

plural, a forma verbal “identificou” (l.14) deveria permanecer no

singular.

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D) A alteração de “sejam garantidas” (l.25) para seja garantido não

interfere na correção gramatical do período.

E) As formas verbais “garantem” (l.31) e “obrigam” (l.32) concordam com

“eleições periódicas” (l.31).

1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso

da técnica, com transformações profundas das noções de espaço

e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse

4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no

homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento

de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. (...)

Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto

Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia

das Letras, p. 14-5 (com adaptações).

30. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) O deslocamento de “dominar no

homem” (l.4-5) para o final do período sintático em que ocorre, depois

de “humanismo” (l.6), preserva as relações de significação entre os

termos e a correção gramatical do texto, desde que seja usada uma

vírgula depois de “humanismo”.

(...) Em comunicado, o grupo

considerou a medida como parte complementar do corte

anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em

7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do

petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...)

O Globo, 18/12/2008.

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31. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6)

concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino

singular.

1 Toda a questão do conhecimento, como desejo

de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,

organização e seu funcionamento, pode ser pensada a

4 partir do que se deve denominar uma filosofia de

superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e

analiticamente o mundo das superfícies. (...)

Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.

In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

32. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de

feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica”

(L. 2).

33. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) Quanto à correção gramatical e às

exigências da redação oficial, julgue o fragmento de texto apresentado

a seguir, transcrito e adaptado de www.stf.gov.br.

A consolidação de precedentes ou de entendimento uniforme

adotados pelo STF, em certos casos, evita o surgimento de

ações semelhantes e a multiplicação de processos para

apreciação em todos os níveis de jurisdição.

(...) Como nada ainda deu certo no planeta, a

7 internacionalização só será aceitável quando se cumprirem

duas premissas. (...)

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Roberto Pompeu de Toledo. Amazônia: premissas

para sua entrega. In: Veja, 28/5/2008 (com adaptações).

34. (Cespe/STJ/Analista judiciário/2008) Preservam-se a correção

gramatical e a coerência da argumentação do texto ao se substituir a

expressão “se cumprirem” (L.7) por forem cumpridas.

1 A criação da ABIN, em 1995, proporcionou ao

Estado brasileiro institucionalizar a atividade de inteligência,

mediante ações de coordenação do fluxo de informações

4 necessárias às decisões de governo, no que diz respeito ao

aproveitamento de oportunidades, aos antagonismos e às

ameaças, reais ou potenciais, para os mais altos interesses da

7 sociedade e do país. (...)

Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).

35. (Cespe/ABIN/Agente de Inteligência/2008) A substituição do termo

“necessárias” (L.4) por necessário mantém a correção gramatical do

texto.

36. (Cespe/TCU/AFCE-TI/2010) “Faz-se necessário frisar que o imaginário

social acompanha lentamente essa evolução, nem sempre aceitando o

rompimento dos costumes fortemente arraigados.”

A flexão de masculino em “necessário” estabelece concordância desse

termo com “imaginário social”; no desenvolvimento da argumentação,

essa relação sintática enfatiza “imaginário social” como o primeiro

termo na comparação com “evolução”.

(...)

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Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que

13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais

primitivo, e que evoluíram por meio das especulações

filosóficas até as modernas investigações científicas, que as

16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma

unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

37. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um

nível mais profundo de síntese” (R.16), a expressão “uma unificação

que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a

argumentação ou a correção gramatical do texto.

(...) Com ele [o hipertexto], ler o mundo tornou-se virtualmente

10 possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz ubíquo

por permitir que seja acessado em qualquer parte do planeta,

a qualquer hora do dia e por mais de um leitor

13 simultaneamente.

Antonio Carlos Xavier. Leitura, texto e hipertexto. In:

L. A. Marcuschi e A. C. Xavier (Orgs.). Hipertexto e

gêneros digitais, p. 171-2 (com adaptações).

38. (Cespe/Serpro/Analista/2008) Na linha 10, a flexão de feminino em

“haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”.

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GABARITO

1. Item errado

2. Item errado

3. Item errado

4. Item errado

5. Item errado

6. Item errado

7. Item errado

8. Item certo

9. Item errado

10. Item errado

11. Item errado

12. Item errado

13. Item errado

14. Item errado

15. Item errado

16. Item errado

17. Item errado

18. Item errado

19. Item errado

20. Item certo

21. Item errado

22. Item errado

23. Item errado

24. Item errado

25. Item errado

26. Item certo

27. Item errado

28. Item certo

29. E

30. Item errado

31. Item certo

32. Item errado

33. Item errado

34. Item certo

35. Item certo

36. Item errado

37. Item errado

38. Item errado