prevenÇÃo e controle de riscos em mÁquinas, equipamentos e instalaÇÕes

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PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES Editoração e Revisão: Editora Prominas e Organizadores Coordenação Pedagógica INSTITUTO PROMINAS Impressão e Editoração APOSTILA RECONHECIDA E AUTORIZADA NA FORMA DO CONVÊNIO FIRMADO ENTRE UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES E O INSTITUTO PROMINAS. MÓDULO – 2

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Page 1: PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁQUINAS,

EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES

Editoração e Revisão: Editora Prominas e Organizadores

Coordenação Pedagógica

INSTITUTO PROMINAS

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APOSTILA RECONHECIDA E AUTORIZADA NA FORMA DO CONVÊNIO FIRMADO ENTRE UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

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SUMÁRIO

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................... 02 UNIDADE 2 – A ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO ....................................... 05 UNIDADE 3 – PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – MECÂNICAS .......................................... 14 UNIDADE 4 – PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – ELÉTRICAS ........................................... 25 UNIDADE 5 – PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – NA CONSTRUÇÃO CIVIL ..................... 42 UNIDADE 6 - PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, FORNOS ........................................................................ 54 UNIDADE 7 – MANUTENÇÃO PREVENTIVA E ENGENHARIA DE SEGURANÇA ....................................................................................................... 67 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 89 ANEXO ................................................................................................................. 94

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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO

Aumentar a competitividade é hoje uma das condições para que as empresas

continuem sobrevivendo no mercado. Elas geralmente buscam um máximo retorno

financeiro sobre os ativos das instalações industriais, o que é possível aumentando

a disponibilidade para a produção e cuidando adequadamente dos custos da

manutenção. Essas condições nos fazem pensar em riscos, e estes, num primeiro

momento, se passam quase que exclusivamente por retorno financeiro, entretanto, o

caminho é longo entre a eminência de um risco e o retorno financeiro.

Um risco é qualquer ameaça que podemos perceber, é qualquer situação que

poderia causar um dano para as pessoas, portanto, prevenir riscos é prevenir

acidentes e até mesmo algumas doenças.

A gestão de riscos, por sua vez, nada mais é que planejar, organizar, dirigir e

controlar os recursos humanos e materiais de uma organização, no sentido de

minimizar os efeitos dos riscos sobre essa organização ao mínimo possível, ou

ainda, podemos definir como um conjunto de técnicas que visa reduzir ao mínimo os

efeitos das perdas acidentais, enfocando o tratamento aos riscos que possam

causar danos pessoais, ao meio ambiente e à imagem da empresa.

Uma das maneiras de evitarmos os riscos e acidentes no ambiente de

trabalho, quando relacionado a máquinas, equipamentos e instalações seria

fazermos uso da manutenção.

Segundo Branco Filho (2008), manutenção é um conjunto de medidas ou

ações que permitem conservar ou restabelecer um sistema em seu estado de

funcionamento.

Segundo a Norma inglesa BS 3811, seria uma combinação de técnicas e

medidas administrativas com a finalidade de conservar um item em seu estado, ou

restabelecer este estado, no qual ele possa realizar uma determinada função.

Uma função empresarial, da qual se espera o controle constante das

instalações assim como conjunto de trabalhos de reparo e revisão necessários para

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garantir o funcionamento regular e o bom estado de conservação das instalações

produtivas, serviços e instrumentações dos estabelecimentos (OCDE1, 1963).

Dessa maneira, ao longo desta apostila, veremos algumas estratégias de

gerenciamento de manutenção, bem como sua organização, planejamento e

controle. Evidentemente que o primeiro passo é definir manutenção e elaborar um

manual de organização da mesma.

Em detalhes, veremos os riscos em máquinas, equipamentos e instalações,

que por divisão didática ficou assim composto: riscos mecânicos, elétricos, na

construção civil, em caldeiras e vasos de pressão. Não podemos esquecer a

importância das normas regulamentadores, com atenção para as NR 10 (Segurança

em Instalações e serviços em eletricidade); NR 11 (Transporte, movimentação,

armazenagem e manuseio de materiais); NR 12 (Máquinas e equipamentos); NR 13

(Caldeiras e vasos de pressão) e NR 14 (Fornos).

Esperamos que apreciem o material e busquem nas referências anotadas ao

final da apostila subsídios para sanar possíveis lacunas que venham surgir ao longo

dos estudos.

Ressaltamos que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser

científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às

regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem

de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,

deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,

incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma

redação original.

1 Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

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UNIDADE 2 – A ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO

Historicamente, a manutenção, como regra geral, tem apresentado uma

característica marcante: utiliza de forma bastante ineficiente os seus recursos,

principalmente humanos e materiais, acarretando custos elevados e crescentes

(CAMPOS; BELHOT, 1994).

Para os mesmos autores, mão de obra e materiais representam as áreas com

grande potencial para a redução dos custos de manutenção, caracterizando uma

excelente oportunidade de ganhos imediatos, principalmente numa época de crise e

de alta competitividade como a atual. Mais do que isso, se houver manutenção

correta, evitam-se acidentes de trabalho que são onerosos para a organização e

para o Estado, uma vez que acarretam afastamento do trabalhador e custos para

sua recuperação.

Hoje em dia, fica difícil ter uma boa manutenção, sem dispor de informações

acuradas e atualizadas sobre cadastro de equipamentos, histórico de ocorrências,

programação e planejamento de atividades, utilização de mão de obra, cronograma

de paradas, emissão de ordens de serviço e controle de estoque, que auxiliam em

muito a programação, a execução e o controle da “função manutenção” (CAMPOS;

BELHOT, 1994; BRANCO FILHO, 2008).

A aplicação de recursos informatizados, ou sistemas informatizados, dia após

dia vem fazendo surgir a necessidade de se reciclar e treinar a mão de obra

envolvida com manutenção, chegando-se a propor (McDOWELL, 1991) até a

aplicação de testes individuais para levantar e identificar as possíveis deficiências

existentes em termos dessa mão de obra atuante.

Mirshawka e Olmedo (1993, p.14) definem a manutenção como um conjunto

de atividades e recursos aplicados aos sistemas ou equipamentos, visando garantir

a consecução de sua função dentro de parâmetros de disponibilidade, de qualidade,

de prazos, de custos e vida útil adequado.

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A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1971) define

manutenção como sendo o conjunto de todas as ações necessárias para que um

item seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com

uma condição especificada. Essa associação também define defeito como sendo

uma ocorrência no equipamento que não impede seu funcionamento, todavia,

podem, a curto ou longo prazo, acarretar sua indisponibilidade. E as falhas são

definidas como ocorrências que impedem o funcionamento de equipamentos.

A manutenção em um equipamento é uma decisão humana, pois trata-se de

uma intervenção para sanar uma falha. A falha, por sua vez, pode significar a perda

de uma função específica do equipamento, e se constitui numa perda física.

Para se obter a otimização de todos os recursos humanos e materiais

envolvidos no ambiente de manufatura, necessita-se que sejam aplicadas técnicas e

metodologias capazes de auxiliarem no sistema de gestão de manutenção de

equipamentos. Enfim, todo gerenciamento de atividade de manutenção de

equipamentos requer que as ações sejam objetivas, desde o nível técnico até o nível

gerencial.

Surgimento da manutenção

Podemos depositar na invenção do relógio mecânico, o ponto de partida para

o surgimento da manutenção, o que se deu por volta do século XVI na Europa

Central. Com a necessidade da assistência técnica para a manutenção desses

relógios surgiram os primeiros artesões e ao longo da Revolução Industrial a

manutenção evoluiu e se transformou em ciência no decorrer da Segunda Guerra

Mundial. A partir disso surge a engenharia de manutenção para atender as

necessidades das indústrias, que emergiram principalmente na Inglaterra,

Alemanha, Itália e Japão (BEZERRA, 2008).

A busca da melhoria contínua nos processos produtivos tem forçado as

empresas a evitarem que os seus equipamentos se desgastem, evitando assim

graves transtornos como o atraso de pedidos dos seus clientes. Por isso, é

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importante que se realize a conservação do maquinário para evitar possíveis

quebras que causariam a parada da linha de produção.

Segundo Xenos (2004), o conjunto de métodos e funções gerenciais da

manutenção é denominado Sistema de Gerenciamento da Manutenção. Este

sistema é parte da Gestão pela Qualidade Total (GQT), que atua diretamente num

dos meios de produção da organização – os equipamentos. Utilizando bem os

princípios da GQT, é possível atingir metas de melhoria contínua praticando o

“kaizen2”.

Este processo de manutenção de equipamentos tornou-se muito complexo,

devido à grande quantidade de equipamentos e a complexidade dos mesmos. Por

isso, na atualidade, é necessário fazer uso de algum software para realizar a correta

gestão do processo de manutenção. Além disso, é necessário contratar técnicos

capazes de realizar os serviços (BOLGENHAGEN et al, 2011).

O Manual de Organização da Manutenção

O uso dos manuais tem sido disseminado desde que chegaram as normas da

qualidade e surgiu a necessidade de registrar todos os processos de uma empresa.

Eles são uma forma de documentar os procedimentos aceitos, e neles encontramos

descrito os modos como as tarefas devem ser executadas, até mesmo como devem

ser documentadas e registradas. Enfim, como diz Branco Filho (2008), os manuais

registram a filosofia de trabalho da empresa ou de um departamento ou seção.

2 Essa prática de origem oriental visa o bem, não somente da empresa como do homem que trabalha nela. As empresas são municiadas com ferramentas para se organizarem e buscarem sempre resultados melhores. Partindo do princípio de que o tempo é o melhor indicador isolado de competitividade, atua de forma ampla para reconhecer e eliminar os desperdícios existentes na empresa, sejam em processos produtivos já existentes ou em fase de projeto, produtos novos, manutenção de máquinas ou, ainda, processos administrativos. Para o Kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve passar sem que alguma melhoria tenha sido implantada, seja ela na estrutura da empresa ou no indivíduo. Sua metodologia traz resultados concretos, tanto qualitativamente, quanto quantitativamente, em um curto espaço de tempo e a um baixo custo (que, consequentemente, aumenta a lucratividade), apoiados na sinergia gerada por uma equipe reunida para alcançar metas estabelecidas pela direção da empresa.

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Por definição, o Manual é um documento onde se estabelece, dentro do

ambiente da organização, como a manutenção deverá se organizar, quais as

estratégias a serem usadas, bem como o modo como a manutenção será avaliada.

O significado das palavras, os indicadores de capacitação, de desempenho e

performance mínimos necessários, os documentos e formulários que serão usados

para registrar os eventos do dia a dia, o formato dos campos, como serão

preenchidos, todas são questões a se considerar nos manuais.

Podemos classificar os manuais basicamente em:

1. Manual de Treinamento – delineia como uma tarefa deve ser executada,

preocupando-se sobre o que deve ser feito; porque deve ser feito; quando e

onde deve ser feito; quem deve fazer, como deve ser feito. Ele explica e

fornece com detalhes todos os passos e procedimentos, o que possibilita a

confecção da tarefa dentro da qualidade e segurança que se necessita;

2. Manual de Procedimentos – descreve os métodos especiais que devem ser

seguidos para que uma tarefa seja executada;

3. Manual de Políticas – apresenta a política da empresa para garantir sua

perenização;

4. Manual Técnico – trata de determinado assunto ou equipamento;

5. Manual Organizacional – trata sobre a organização de determinada função

na empresa, do funcionamento desta função, sua interação com outras

seções ou funções e do funcionamento dela na empresa ou parte dela.

Os manuais apresentam vantagens diretas e indiretas para a organização. No

primeiro caso, as vantagens são facilmente notáveis:

• eliminam duplicação de esforços;

• eliminam eventuais sobreposições de responsabilidades na organização;

• reduzem o trabalho de papel e formulários;

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• estabelecem mecanismos padronizados de controle para o gerenciamento e

redução de custos de treinamento e retreinamento.

Como vantagens indiretas temos:

• o aumento e a melhoria da organização da manutenção;

• obtenção de uma base para avaliação da manutenção;

• estabelecimento de referência para orientar o gerenciamento e o pessoal da

manutenção e serve como base para uma melhor interação entre executantes

e gerenciamento, da qual usualmente resulta maior satisfação para todos.

Na contramão, temos também algumas desvantagens como, por exemplo, a

inibição da iniciativa dos colaboradores na introdução de melhorias e inovações e a

necessidade de revisões periódicas necessárias para que o manual seja efetivo.

Com certeza, as vantagens sobrepõem-se às desvantagens.

O manual deve ser elaborado por alguém que se dedique em tempo integral

e, claro, com apoio total da gerência e das áreas externas envolvidas. Sua

flexibilidade é muito importante para o caso de eventuais mudanças na política da

empresa ou de seus objetivos e ao mesmo tempo consistente para ser utilizado em

unidades descentralizadas e ao longo do estado ou do país, além de adequado para

os diversos níveis hierárquicos.

Segundo Branco Filho (2008), dar um título claro como “Manual de

Organização da Manutenção” é importante para que este não seja confundido. Por

exemplo: se usar somente Manual de Manutenção poderia estar falando de um

instrumento ou um equipamento em particular e ele é para a organização, ou seja, é

amplo.

O que deve conter um Manual de Organização da Manutenção:

1. Prefácio;

2. Apresentação – como qualquer obra, a apresentação é importante e promove

uma primeira interação na empresa;

3. Objetivos – descreve a que veio e o que se deseja com o manual;

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4. A organização – descreve como a manutenção deverá estar organizada para

atender as necessidades do cliente do manual;

5. As responsabilidades – indica quais as responsabilidade na manutenção na

empresa;

6. A documentação – aqui são citados todos os documentos em uso pela

manutenção, o formato básico de cada um e como é seu uso na empresa;

7. As estratégias e programas de gerenciamento – aqui estarão descritas de

forma sumária, como a manutenção atuará, suas estratégias e programas de

gerenciamento da manutenção;

8. Métodos de avaliação da manutenção;

9. Políticas de sobressalentes;

10. Interface com outras divisões;

11. Relatórios de atividades;

12. Interação da manutenção com ou nos Programas de Segurança Saúde e

Meio Ambiente (SMAS);

13. Programas de treinamento;

14. Programas de melhoria de método de trabalho;

15. Programas de contingência e emergência.

Os tópicos acima são apenas sugestão, pois cada empresa, como possui

cultura própria, tem liberdade de elaborá-lo de acordo com suas necessidades.

Há que ressaltar que depois de elaborado deve ser distribuído aos

interessados e sempre mantido atualizado, valendo como dica, sua editoração em

meio eletrônico, uma vez que diminui-se o seu custo de elaboração, contribui com a

utilização racional do papel e cada colaborador pode acessar do seu terminal de

computador, podendo, a critério, promover as alterações e atualizações necessárias,

estando de acordo com as gerências superiores.

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2.1 Planejamento e Controle da Manutenção – PCM

A manutenção, como função estratégica das organizações, é responsável

direta pela disponibilidade dos ativos, tem importância capital nos resultados da

empresa. Esses resultados serão tanto melhores quanto mais eficaz for a gestão da

manutenção (OTANI; MACHADO, 2008).

Segundo dados estatísticos da Associação das Empresas Brasileiras de

Manutenção (ABRAMAN, 2003), o Brasil tem custo de manutenção por faturamento

bruto de 4,3% do PIB (Produto Interno Bruto) contra a média mundial de 4,1%, isso

significa para um PIB, segundo a Fundação Getúlio Vargas, de US$ 451 bilhões –

19 bilhões são gastos em manutenção. Portanto, esta realidade demonstra que as

organizações devem procurar as melhorias contínuas na sua gestão da

manutenção, buscando-se incessantemente os conhecimentos inovadores e

aplicação das melhores práticas da manutenção já praticadas nas organizações dos

países do primeiro mundo.

Branco Filho (2008) apresenta algumas definições importantes que são:

a) estratégias – arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de

objetivos específicos;

b) planejamento – processo que leva ao estabelecimento de um conjunto

coordenado de ações visando à consecução de determinados objetivos;

c) controle – fiscalização exercida sobre atividades de pessoas ou departamentos

para que não se desviem de normas preestabelecidas. Inclui atividades de correção

de eventual desvio;

d) planejamento e controle de manutenção – conjunto de ações para preparar,

programar, verificar o resultado da execução das tarefas de manutenção contra

valores preestabelecidos e adotar medidas de correção de desvios para a

consecução dos objetivos e missão da empresa, usando os meios disponíveis.

É importante lembrar que as micros e pequenas empresas empregam muitos

colaboradores que delas retiram o seu sustento e de toda a sua família. Neste

sentido, elas cumprem um importante papel social, porém a maioria delas não

possui um programa de manutenção de equipamentos.

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A implantação de tal sistema poderá melhorar o aproveitamento dos mesmos,

melhorando sua produtividade. O primeiro passo para a implantação de uma gestão

de manutenção de equipamentos vimos ao mencionarmos sobre os manuais. O

segundo passo é entender o sistema ou função PCM – Planejamento e Controle de

Manutenção, assunto a ser desenvolvido nesta unidade. Em terceiro lugar, conhecer

com antecedência estratégias que poderão equacionar e resolver problemas em

determinada área, equipamento ou instalações e quarto, compreender os tipos de

manutenção.

Segundo Branco Filho (2008), a decisão de possuir um órgão que execute a

função PCM dependerá de vários fatores. Completando o que já foi definido, o PCM

tem como função preservar o estado funcional de um equipamento ou sistema ou

praticar ações que façam voltar à sua funcionalidade quando acontece algum

sinistro, a fim de que cumpra a função para a qual foi adquirido.

Lembremos que, para tanto, é preciso haver um programador, ou seja, um

responsável pela implementação do conjunto de ações que prepara, programa,

verifica o resultado da execução das tarefas de manutenção. Dentre as vantagens

de termos um programador, podemos citar a sua contribuição para reduzir a perda

de tempo na execução das tarefas, o aumento da eficiência da mão de obra direta, a

diminuição do tempo de parada dos equipamentos e paradas apenas em momentos

adequados.

Voltando aos fatores que falamos serem necessários para a função PCM,

temos:

a) O porte da empresa – mesmo que não seja de praxe ter PCM nas empresas

de pequeno porte, Branco Filho (2008) recomenda que seja realizado por

uma pessoa que possua outras atribuições, para que todos comecem a

perceber a sua importância;

b) A organização da empresa – em função de termos organizações com

estrutura centralizada e outras com estrutura descentralizada, aqui

recomenda-se observar o organograma da mesma, sendo que o PCM em

cada tipo de empresa deverá ser tratado de maneira diferente, caso

contrário, poderá ser oneroso e com resultados incertos;

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c) A aceitação da existência de uma seção PCM – existem empresas que os

funcionários trabalham cada um a sua maneira, portanto, é importante

mostrar-lhes que quanto melhor forem alocados os recursos, havendo

planejamento das tarefas, mais eficiente será a empresa;

d) A necessidade de melhor acompanhamento das atividades de

manutenção e controle dos custos – o PCM permite à organização saber

por meio do registro, como estão suas máquinas, como poderão estar depois

de algum tempo, bem como poderão planejar mão de obra, o que somando

gera informações para nivelar a relação custo-benefício.

Para evitar insucessos no PCM vale a pena prestar atenção em duplicidade

de atribuições; na descrição sem clareza das tarefas solicitadas; na falta de

qualificação e preparação do planejador e/ou programador para o cargo; no

planejador negligente e no tempo que muitas vezes é insuficiente para uma boa

programação. Por outro lado, haverá aumento da produtividade na execução das

tarefas quando o pessoal estiver motivado; quando as tarefas forem bem descritas;

quando as peças e materiais sobressalentes estiverem disponíveis para execução e

utilização; quando a operação e a produção cooperarem na entrega das máquinas;

quando o tempo atribuído para o executante concluir a tarefa for adequado.

Em suma, um bom planejamento e controle das tarefas de manutenção

proporcionam tarefas executadas em menos tempo, menos desgaste tanto de

peças, máquinas quanto de executantes, por conseguinte, maior produção, mais

vendas e mais capital entrando na empresa, garantindo a continuidade da

organização e a manutenção do emprego.

Ao contrário de uma manutenção improvisada que poderá trazer problemas

com paradas de máquinas, produtos fora das conformidades, a implantação de um

PCM, utilizando os conhecimentos teóricos e seguindo a metodologia correta só tem

vantagens a oferecer para todos os segmentos.

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UNIDADE 3 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – MECÂNICAS

3.1 Motores, bombas, veículos industriais, equipamentos de guindar e transportar, ferramentas manuais, motorizadas, pneumáticas

Movimentos nas máquinas consistem basicamente em rotação,

deslizamento e movimentos recíprocos ou a combinação deles. Os movimentos

podem causar ferimentos por enroscamento, aprisionamento, esmagamento,

arrastamento, fricção ou abrasão, corte, cisalhamento, perfuração, compressão,

impacto, etc. Deve-se levar em consideração que certos tipos de máquina e

componentes específicos dela (máquina) podem causar um ou mais tipos de

ferimentos.

Os princípios básicos para a redução dos riscos de acidentes em

equipamentos mecânicos são os seguintes: a) identificação dos riscos; b) eliminação

ou redução dos riscos através de projetos específicos; c) uso de proteções de

segurança; d) uso de práticas seguras de operação.

Motores são máquinas destinadas a transformar em energia mecânica outro

tipo de energia. São classificados em dois grupos: de combustão interna e elétricos.

Nos motores de combustão interna, a transformação de energia calorífica resultante

da queima ou explosão de uma mistura ar-combustível é feita no interior de um dos

órgãos da máquina, o cilindro. Podem ser a gás, a óleos pesados, a gasolina, a

diesel ou a álcool.

Os motores de combustão interna são baseados no princípio de que os

gases se expandem quando aquecidos. Controlando essa expansão dos gases,

pode-se obter pressão, que será utilizada para movimentar algum órgão da

máquina, tendo-se assim a transformação da energia calorífica do combustível em

energia mecânica. Os motores podem variar de tamanho, desde aqueles usados

para aeromodelismo até os motores marítimos ou acoplados a grandes geradores.

Geralmente, os motores pequenos de combustão interna podem ser

acionados por uma simples cordinha, para se dar a partida, como no caso dos

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motores de popa (para barco) ou para bombas. Para dar partida em motores

maiores, é necessário o uso de manivela ou motor elétrico auxiliar (motor de

arranque). Riscos mecânicos; riscos de incêndio; riscos de explosão; riscos de

intoxicação; ruído; calor são alguns dos riscos que esses motores apresentam

durante sua utilização.

Devem-se tomar as seguintes precauções com o uso dos motores de

combustão interna, que nada mais são do que regras de segurança:

• instalá-los em cabine apropriada fora do ambiente de trabalho, com boa

ventilação;

• o sistema de saída de gases deve possuir silenciador, o tubo de escape deve

conduzir os gases para fora do ambiente e acima das edificações e deve ser

devidamente protegido, a fim de evitar queimaduras por eventual contato pelo

operador;

• precaver-se contra o risco de contragolpe, quando o acionamento for a

manivela;

• o sistema de transmissão de força deve possuir um conjunto de embreagens;

• a partida deve ser dada sempre com o motor desengrenado;

• deve-se manter perfeita manutenção periódica, com regulagem correta de

mistura ar-combustível, verificação do sistema de arrefecimento, lubrificação,

etc.

• o tanque de combustível deve ser instalado de maneira que não fique próximo

à saída dos gases, fiação ou chave elétrica;

• as partes girantes, que podem oferecer riscos (hélices, cremalheira e

acoplamento para transmissão de força, eixos, etc.) devem ser devidamente

protegidas;

• deve-se fazer inspeção periódica da bateria, cuidando-se dos riscos

provenientes dos produtos químicos;

• devem-se usar protetores auriculares quando os motores estiverem em

operação.

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Bombas são máquinas hidráulicas capazes de realizar o deslocamento de

um líquido por escoamento. Transformam o trabalho mecânico que recebem para

seu funcionamento em energia, que é comunicada ao líquido sob as formas de

energia de pressão e cinética.

As bombas e todos os seus acessórios, seja por motivo de rendimento, seja

por motivo de segurança, devem sempre garantir um desempenho perfeito. Fuga de

vapores e vazamentos podem ser prontamente localizados em caso de má vedação.

Por esse motivo, as bombas devem ser instaladas em locais adequados, amplos e

bem ventilados. É aconselhável que as tubulações de vedação e respectivas

válvulas sejam colocadas em cubículos fora da sala de bombas, evitando assim um

eventual vazamento dentro do ambiente. O motor elétrico muitas vezes é separado

da bomba por meio de anteparos adequados. Além disso, é aconselhável colocar a

bomba e o seu motor sobre uma base de altura mínima de 30 cm do piso, facilitando

não só a manutenção como também a limpeza. É recomendável também a

existência de drenos.

Os vazamentos podem ser causa até mesmo de quedas de pessoas. Em

qualquer circunstância, devem-se usar sapatos de solado antiderrapante.

Bombas de alta pressão e velocidade não são usadas para o deslocamento

de produtos de baixa viscosidade, a fim de evitar problemas e eletricidade estática.

De qualquer maneira, é necessário termos um perfeito aterramento da bomba, motor

e tubulação.

Para facilitar a operação de manutenção, montagem e reparos da bomba

devem-se manter as áreas de circulação sempre limpas. O espaço destinado a

essas áreas é de acordo com o tamanho da bomba, a fim de facilitar manobras

manuais ou com o auxílio de meios mecânicos.

Um risco na operação de bombeamento é o da alta temperatura atingida

pelo fluido, devido ao desprendimento de calor. No caso de locais confinados, esse

fenômeno é agravado pela pouca ventilação e pela umidade. A medida de ordem

preventiva é representada, antes de tudo, por uma adequada ventilação natural do

local.

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A instalação de um sistema de ventilação geral diluidora, colocado na parte

superior do local de instalação das bombas, e de um sistema de exaustão instalado

na parte inferior se torna aconselhável; esses sistemas devem existir de qualquer

maneira para eliminar os gases e vapores, que são mais pesados que o ar e se

depositam no solo.

A vestimenta para os trabalhadores na sala de bombas deve ser do tipo

leve, devido ao problema de sobrecarga térmica existente nesses locais; é oportuno

distribuir para o pessoal pastilhas de cloreto de sódio ou bebida aromatizada à base

de sal.

Nas salas de bombeamento de petróleo bruto, por exemplo, o nível de ruído

proveniente de bombas de grande potência é elevado. As consequências são bem

conhecidas. O completo isolamento acústico dessas salas é possível, se durante a

fase de projetos e execução forem previstas formas e dimensões adequadas para o

local e o emprego de coberturas e revestimentos acústicos (absorventes); em locais

onde os equipamentos já estão instalados, podemos recorrer à insonorização

localizada dos motores com sistema de enclausuramento. Para a proteção individual

dos trabalhadores, devemos utilizar protetores auriculares.

Segundo a NR 11, os equipamentos utilizados na movimentação de

materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-cargas,

pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores

de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as

necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas

condições de trabalho.

As ferramentas manuais devem ser apropriadas ao uso a que se destinam e

devem ser mantidas em perfeito estado de conservação sendo proibida a utilização

das que não atendam a essas exigências.

Dentre as ferramentas motorizadas temos roçadeiras, motosserras,

biotrituradores e um dos cuidados básicos ao utilizá-las é evitar o contato com

superfícies de aparelhos aterrados tais como canos, radiadores, fogões e geladeiras.

O risco de choque aumenta se o seu corpo for ligado à terra. Não expor ferramentas

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motorizadas à chuva ou condições molhadas, visto que o risco de choque elétrico

aumenta se entrar água na ferramenta motorizada.

As ferramentas pneumáticas são movidas a ar comprimido, incluindo

amortecedores, moedores, pistolas de pregos e de grampos, britadeiras, brocas,

pistolas de rebite, lixadeiras, chaves e picadeiras automáticas.

Todas as ferramentas pneumáticas utilizam compressores de ar. Mangueiras

e acessórios adequados devem ser usados para conectar uma ferramenta

pneumática ao seu compressor de ar. Mangueiras que são feitas para resistir ao

desgaste, esmagamento e a falhas devido à flexão constante devem ser usadas

para reduzir o risco de um acidente

Óculos e equipamentos de segurança devem sempre ser usados em

situações adequadas, enquanto estiver trabalhando com ferramentas pneumáticas.

Limpezas e manutenções regulares devem sempre ser feitas ao longo da vida útil de

qualquer ferramenta. Ferramentas pneumáticas devem ser usadas apenas por

pessoas experientes ou indivíduos treinados.

Seguem-se algumas medidas necessárias à prevenção de acidentes:

� Arrumar cuidadosamente as ferramentas em painéis apropriados, sem

acumular sobre a bancada, nem espalhadas pelo chão. Vistoriar regularmente as

ferramentas, antes do início do trabalho; escolher e usar as adequadas e

encaminhá-las para manutenção, sempre que necessário. Transportá-las em local

adequado e tomar cuidados especiais com aquelas pontiagudas;

� As ferramentas deverão ter cabos corretos, com encaixes justos, de

tamanho apropriado e livre de lascas, mantidas afiadas aquelas necessárias, pois

quando as lâminas estão gastas (rombudas), requerem pressão excessiva e

“marteladas” para funcionarem; movimente a lâmina, sempre, em direção oposta ao

corpo humano;

� A chave de fenda é, das ferramentas manuais caseiras ou de oficina, a

que mais se apresenta como causas de acidentes, devido à sua manutenção

inadequada; na sua afiação, por exemplo, deve-se usar uma lima, ao invés do rebolo

de esmeril;

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� Uma ferramenta para cortar madeira, possui canto de corte fino e deve

ser utilizado para afiá-la, uma pedra de amolar, com um pouco de água;

� Quanto às ferramentas elétricas devem ter proteção contra choques ou

eletrocução; usando luvas e botas apropriadas quando manuseio em áreas

alagadas. Já para as ferramentas motorizadas que usam gasolina, usar todos os EPI

necessários, ler o manual de operações, abastecê-las com cuidado, em áreas

ventiladas, observando o vedamento do tanque.

3.2 Compressores

Os compressores são dispositivos que elevam a pressão do ar, ou seja,

aumentam a admissão comprimindo o ar acima da pressão atmosférica, porém sem

criar um vácuo. Isso faz com que uma quantidade maior de ar seja forçada para

dentro do motor, criando uma sobrealimentação. Com esse ar extra, é possível

injetar mais combustível na mistura, aumentando-se a potência do motor.

Existem três tipos de compressores: Roots, parafuso duplo e centrífugo. A

principal diferença está em como eles jogam o ar para dentro do coletor de

admissão do motor. Os compressores Roots e de parafuso duplo utilizam tipos

diferentes de lóbulos entrelaçados, e o compressor centrífugo utiliza um rotor para

aspirar o ar. Embora todos esses modelos forneçam ar sob pressão, eles diferem

consideravelmente com relação à sua eficiência.

Dentre as recomendações para seu uso correto e prevenção de acidentes

estão a não ultrapassagem da pressão máxima indicada e não alteração da

regulagem da válvula de segurança.

3.3 Soldagem e corte a quente

As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas

por trabalhadores qualificados. Quando forem executadas operações de soldagem e

corte a quente em chumbo, zinco ou materiais revestidos de cádmio, será obrigatória

a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de

solda e corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos.

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O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado

à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou choques no

operador.

Nas operações de soldagem e corte a quente, é obrigatória a utilização de

anteparo eficaz para a proteção dos trabalhadores circunvizinhos. O material

utilizado nesta proteção deve ser do tipo incombustível.

Nas operações de soldagem ou corte a quente de vasilhame, recipiente,

tanque ou similar, que envolvam geração de gases confinados ou semiconfinados, é

obrigatória a adoção de medidas preventivas adicionais para eliminar riscos de

explosão e intoxicação do trabalhador.

As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas

na saída do cilindro e chegada do maçarico. É proibida a presença de substâncias

inflamáveis e/ou explosivas próximo às garrafas de O2 (oxigênio). Os equipamentos

de soldagem elétrica devem ser aterrados. Os fios condutores dos equipamentos,

as pinças ou os alicates de soldagem devem ser mantidos longe de locais com óleo,

graxa ou umidade, e devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes

(NR 18).

3.4 Equipamentos de processos industriais, área de utilidades, Sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual

Os materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em

áreas especificas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor

indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas

externas.

Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados

ao seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e

doenças relacionados ao trabalho.

A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas

características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante

sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação

dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa.

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As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em

torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que

os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais,

movimentem-se com segurança.

Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos

e das áreas de circulação devem:

a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais

que ofereçam riscos de acidentes;

b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas,

óleos e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; e,

c) ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos.

As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e

armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade.

As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua

estabilidade, de modo que não basculem e não se desloquem intempestivamente

por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou

qualquer outro motivo acidental.

3.5 Projeto de proteção de máquinas

Todas as máquinas e equipamentos cujas partes móveis apresentam riscos

de lesão deverão possuir algum tipo de proteção que impeça o contato do operador.

Estas proteções podem ser:

� Proteção fixa – que é mantida em sua posição permanentemente, por

meio de solda ou fixadores, tornando sua remoção ou abertura impossível, sem o

uso de ferramentas;

� Proteção distante – que não cobre completamente a zona de perigo,

mas que impede ou reduz o acesso, em razão de suas dimensões e sua distância

à zona de perigo, como grades de proteção;

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� Proteção móvel – que é geralmente vinculada à estrutura da máquina

ou elemento de fixação adjacente, por meios mecânicos (basculante ou

deslizante) e pode ser aberta sem o auxílio de ferramentas;

� Proteção acionada por energia – uma proteção móvel, acionada por

uma fonte de energia, como a elétrica;

� Proteção com autofechamento – uma proteção móvel, que retorna à

sua posição fechada por meio de gravidade, mola, etc.;

� Proteção de comando – que é associada a um dispositivo de

intertravamento, com ou sem bloqueio, de tal forma que as funções perigosas da

máquina, cobertas por essa proteção, não podem operar, até que a proteção seja

fechada;

� Proteção ajustável – que pode ser fixa ou móvel, mas totalmente

ajustável ou que incorpora parte ajustável.

3.6 Cor, sinalização rotulagem

Segundo a NR – 26 - Sinalização de Segurança, as cores na segurança tem

como função, a prevenção de Acidentes; identificar os equipamentos de segurança;

delimitando áreas; identificação de Tubulações de líquidos e gases advertindo contra

riscos; identificar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores devem ser em

número reduzido e cada uma tem uma função (vide NR 26). Elas são: vermelho;

amarelo; branco; preto; azul; verde; laranja; púrpura; lilás; cinza; alumínio; marrom.

O armazenamento de substâncias perigosas deverá seguir a sinalização de

padrões internacionais.

A rotulagem tem caráter preventivo, geralmente para produtos perigosos ou

nocivos à saúde e devem ser breves, precisas, redigidas em termos simples, de fácil

compreensão, prática, não se baseando somente nas propriedades inerentes a um

produto, mas dirigida de modo a evitar os riscos resultantes do uso, manipulação e

armazenagem do produto.

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3.7 Manutenção mecânica e engenharia de segurança

É necessário:

� Tomar as devidas providências, mediante as irregularidades do

equipamento, levantadas pelo Anexo I – Formulário de Avaliação de Máquinas e

Equipamentos – NR 12;

� Efetuar o bloqueio e sinalização da máquina quando da execução de

serviços de manutenção com o cartão “Equipamentos em Manutenção – Não

Acione” fixado em local adequado;

� Liberar máquinas e equipamentos para operação somente na condição

de não oferecer riscos;

� Recolocar e reativar as proteções eventualmente removidas para

realização de serviços de manutenção;

� Certificar-se, após a retirada do cartão pelo funcionário da manutenção,

que a máquina oferece condições seguras de uso;

� Elaborar e cumprir cronograma de manutenção preventiva para todas

as máquinas;

� Solicitar avaliação dos Técnicos de Segurança em máquinas novas,

transferidas ou reformadas para o processo produtivo;

� Efetuar projetos, aquisições ou reformas de máquinas/equipamentos,

considerando e definindo os dispositivos de proteção necessários para a prevenção

de acidentes e doenças ocupacionais, normas vigentes e demais itens desta norma;

� Solicitar assessoria do setor de Segurança Industrial, quando do

projeto de aquisição, construção ou reforma de máquinas;

� Exigir, quando da aquisição de máquinas, que o fabricante forneça

todas as informações inerentes à operação segura do equipamento.

3.8 Normas Regulamentadoras

Dentre todas as normas voltadas para prevenção e controle em máquinas,

equipamentos e instalações mecânicas, devemos atentar principalmente para as

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seguintes: NR 06 – Equipamentos de proteção individual. NR 09 – Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais. NR 11 – Transporte, Movimentação,

Armazenagem e Manuseio de Materiais. NR 12 – Segurança no Trabalho em

Máquinas e Equipamentos. NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho de

Construção. NR 26 – Sinalização de Segurança.

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UNIDADE 4 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – ELÉTRICAS

4.1 Cabines de transformação, aterramento elétrico, para-raios

Choque elétrico é uma perturbação de natureza e efeitos diversos, que se

manifesta no organismo humano quando percorrido, em certas condições, pela

corrente elétrica. É um estímulo rápido e acidental do sistema nervoso do corpo

humano, pela passagem de uma corrente que circulará quando ele se tornar parte

de um circuito elétrico que possua uma diferença de potencial suficiente para vencer

sua resistência elétrica.

Efeitos diretos decorrentes do choque elétrico podem ser a morte, a

fibrilação do coração, as queimaduras, as contrações violentas dos músculos, a

tetanização, a parada respiratória, o formigamento. Efeitos indiretos são as quedas e

as batidas.

A morte ocorre por asfixia se a intensidade da corrente elétrica for de valor

elevado, normalmente acima de 30 mA, e circular por um período de tempo

relativamente pequeno.

Para as frequências industriais (50 Hz-60 Hz), desde que a intensidade seja

inferior ou no máximo igual a 10 mA, o choque, apesar de desagradável, não produz

alterações de consequências graves. Quando a corrente ultrapassar 10 mA, as

contrações musculares tornam-se mais violentas e podem chegar ao ponto de

impedir que a vítima se liberte do contato com o circuito.

Correntes de até 30 mA podem tornar-se muito perigosas se atuarem por

mais de 5 segundos. As correntes da ordem de 100 mA, atuando por mais de 0,5

segundo, podem produzir fibrilação ventricular e, dificilmente, poderão ser detidas. A

morte ocorre na quase totalidade dos casos.

Correntes de alguns amperes produzem, além de asfixia pela paralisação

dos centros nervosos, queimaduras extremamente graves, em geral com necrose

dos tecidos, e não produzem, na maioria dos casos, fibrilação ventricular.

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Aterramento elétrico é a Ligação intencional à terra através da qual correntes

elétricas podem fluir. O aterramento pode ser considerado uma ligação elétrica e de

baixa resistência à terra. Tem como finalidade conduzir as correntes elétricas

indesejáveis para a terra e estabelecer o mesmo potencial entre massas para evitar

um choque elétrico. É utilizado, também, para escoar as descargas elétricas

atmosféricas para a terra.

A terra (sob) pode ser considerada um condutor através do qual a corrente

elétrica pode fluir. Por convenção o seu potencial é zero.

Os aterramentos podem ser de três tipos:

• Aterramento funcional – é a ligação à terra de um dos condutores do

sistema, geralmente o neutro;

• Aterramento de proteção – é a ligação à terra de massas (partes metálicas

de equipamentos ou instalações que não fazem parte dos circuitos elétricos),

visando à proteção contra choques elétricos por contato indireto;

• Aterramento temporário – é a ligação provisória à terra de circuitos

elétricos desenergizados visando a ações seguras de manutenção em partes das

instalações normalmente sob tensão, postas fora de serviço.

Os para-raios são equipamento para proteger edificações de descargas

elétricas.

A NBR nº 5.410/2004 fixa as condições a que devem satisfazer as

instalações elétricas, até uma tensão igual ou inferior a 1.000 V AC (frequência

inferior a 400 Hz) ou 1.500 V CC, a fim de garantir seu funcionamento adequado, a

segurança de pessoas e animais e a conservação dos bens.

Com o objetivo de salvaguardar a vida das pessoas e dos animais, essa

norma prescreve as condições das instalações elétricas para proteção contra

choques elétricos e contra os efeitos térmicos, conforme se segue:

a) proteção básica (isolação básica ou separação básica; barreira ou

invólucro; limitação de tensão);

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b) proteção supletiva (equipotencialização, seccionamento automático da

alimentação, isolação suplementar, separação elétrica).

4.2 Ambientes especiais, eletricidade estática, instalações elétricas provisórias

São recomendações para os componentes das instalações em ambientes

especiais:

a) Os transformadores e capacitores localizados no interior de edificações ou

em espaços confinados deverão ser instalados em locais bem ventilados,

construídos de materiais incombustíveis e providos de portas corta-fogo de

fechamento automático;

b) Todas as edificações devem ser protegidas contra descargas elétricas

atmosféricas de acordo com as exigências da NBR nº 5.419, Proteção de estruturas

contra descargas atmosféricas;

c) Os condutores e suas conexões devem ser instalados considerando as

prescrições referentes a isolamento, dimensionamento, identificação e aterramento;

d) Os circuitos elétricos com finalidades diferentes, como telefonia,

sinalização, controle e tração elétrica devem ser instalados, observando-se os

circuitos especiais, quanto à sua separação física e identificação;

e) As baterias fixas de acumuladores devem ser instaladas em locais

providos de piso de material resistente a ácidos e dotados de meios que permitam a

exaustão de gases.

Para equipamentos de utilização de energia elétrica:

a) As instalações elétricas e de ferramentas elétricas portáteis, nos locais de

trabalho, devem possuir dispositivos que permitam o aterramento do equipamento.

Caso tenham de entrar em contato direto ou indireto com a água, devem possuir

dispositivos especiais que permitam a sua blindagem, estanqueidade e isolamento;

b) É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada

de corrente, com o emprego de acessórios que aumentem o número de saídas,

salvo se a instalação for projetada com essa finalidade;

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c) Todo motor elétrico deve possuir dispositivo que desligue

automaticamente, toda vez que, por funcionamento irregular, represente risco

iminente de acidente;

d) Os equipamentos de iluminação devem sem especificados e mantidos

durante sua vida útil, de forma a garantir os níveis de iluminamento contidos na NBR

nº 5.413, Iluminâncias de interiores — Procedimento, e posicionados de forma a

garantir condições seguras de manutenção;

e) As lâmpadas elétricas portáteis serão utilizadas onde não possa ser

conseguida uma iluminação direta dentro dos níveis de iluminamento previstos na

NBR nº 5.413. Essas lâmpadas deverão possuir punho isolante cobrindo os fios de

chegada da corrente e o punho oco, e um protetor que, fixado ao cabo, protegerá o

usuário contra eventual explosão da ampola, resultante de uma energização sob

tensão muito elevada;

f) A instalação de equipamentos elétricos somente deve ser realizada por

profissionais capacitados e deve estar de acordo com as prescrições da NBR nº

5.410, Instalações elétricas de baixa tensão, da ABNT, e da NR 10, Instalações e

serviços em eletricidade, da Portaria nº 3.214, do MTE.

Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular

eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga

elétrica.

4.3 Equipamentos e dispositivos elétricos. Área de utilidades. Subestações.

As instalações elétricas das máquinas e equipamentos devem ser projetadas

e mantidas de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico,

incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto na NR 10.

Uma Subestação é uma instalação elétrica de alta potência, contendo

equipamentos para transmissão, distribuição, proteção e controle de energia elétrica.

Funciona como ponto de controle e transferência em um sistema de transmissão

elétrica, direcionando e controlando o fluxo energético, transformando os níveis de

tensão e funcionando como pontos de entrega para consumidores industriais.

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Durante o percurso entre as usinas e as cidades, a eletricidade passa por

diversas subestações, onde os transformadores aumentam ou diminuem a sua

tensão. Ao elevar a tensão elétrica no início da transmissão, os transformadores

evitam a perda excessiva de energia ao longo do caminho e faz com que o sistema

possa transmitir uma maior quantidade de energia. Já ao rebaixarem a tensão

elétrica perto dos centros urbanos, permitem a distribuição da energia por toda a

cidade.

Apesar de mais baixa, a tensão utilizada nas redes de distribuição primária

ainda não está adequada para o consumo residencial imediato. A instalação de

transformadores menores reduz ainda mais a tensão da energia que vai diretamente

para as residências, comércios e outros locais de consumo.

Têm-se no Brasil diversos modelos de subestações, sejam elas elevadoras

ou abaixadoras de tensão. Podem ser desprotegidas ao tempo, chamadas de

subestação desabrigada como podem ser protegidas do tempo, chamadas de

subestações abrigadas, em alvenaria ou no interior de cubículo metálico (invólucro

metálico), ou até mesmo constituídas apenas, por um transformador instalado no

topo do poste.

Devem ser aterrados, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as

instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das máquinas e

equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que possam ficar

sob tensão.

As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou

possam estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos devem

ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem,

estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrência de

acidentes.

Os condutores de alimentação elétrica das máquinas e equipamentos devem

atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:

a) oferecer resistência mecânica compatível com a sua utilização;

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b) possuir proteção contra a possibilidade de rompimento mecânico, de

contatos abrasivos e de contato com lubrificantes, combustíveis e calor;

c) localização de forma que nenhum segmento fique em contato com as

partes móveis ou cantos vivos;

d) facilitar e não impedir o trânsito de pessoas e materiais ou a operação das

máquinas;

e) não oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localização; e,

f) ser constituídos de materiais que não propaguem o fogo, ou seja,

autoextinguíveis, e não emitirem substâncias tóxicas em caso de aquecimento.

Os quadros de energia das máquinas e equipamentos devem atender aos

seguintes requisitos mínimos de segurança:

a) possuir porta de acesso, mantida permanentemente fechada;

b) possuir sinalização quanto ao perigo de choque elétrico e restrição de

acesso por pessoas não autorizadas;

c) ser mantidos em bom estado de conservação, limpos e livres de objetos e

ferramentas;

d) possuir proteção e identificação dos circuitos; e,

e) atender ao grau de proteção adequado em função do ambiente de uso.

As ligações e derivações dos condutores elétricos das máquinas e

equipamentos devem ser feitas mediante dispositivos apropriados e conforme as

normas técnicas oficiais vigentes, de modo a assegurar resistência mecânica e

contato elétrico adequado, com características equivalentes aos condutores elétricos

utilizados e proteção contra riscos.

As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que utilizem energia

elétrica fornecida por fonte externa devem possuir dispositivo protetor contra

sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de consumo do circuito.

As máquinas e equipamentos devem possuir dispositivo protetor contra

sobretensão quando a elevação da tensão puder ocasionar risco de acidentes.

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31

Quando a alimentação elétrica possibilitar a inversão de fases de máquina

que possa provocar acidentes de trabalho, deve haver dispositivo monitorado de

detecção de sequência de fases ou outra medida de proteção de mesma eficácia.

São proibidas nas máquinas e equipamentos:

a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada;

b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; e,

c) a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam

energia elétrica.

As baterias devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:

a) localização de modo que sua manutenção e troca possam ser realizadas

facilmente a partir do solo ou de uma plataforma de apoio;

b) constituição e fixação de forma a não haver deslocamento acidental; e,

c) proteção do terminal positivo, a fim de prevenir contato acidental e curto-

circuito.

Os serviços e substituições de baterias devem ser realizados conforme

indicação constante do manual de operação.

4.4 Manutenção preventiva e engenharia de segurança

Durante a manutenção de instalações elétricas próximas de instalações sob

tensão, devem ser tomados cuidados especiais quanto ao risco de contatos

eventuais e de indução elétrica, sendo alguns deles:

a) Quando forem necessários serviços de manutenção em instalações

elétricas sob tensão, eles deverão ser planejados e programados, determinando

todas as operações que envolvam riscos de acidentes, para que possam ser

estabelecidas as medidas preventivas necessárias;

b) São proibidos o acesso e a permanência de pessoas não autorizadas em

ambientes próximos a partes das instalações elétricas que ofereçam riscos de danos

às pessoas e às próprias instalações;

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32

c) Os serviços de manutenção ou reparo em partes de instalações elétricas

que não estejam sob tensão só podem ser realizadas quando elas estiverem

liberadas. Entende-se por instalação elétrica liberada para estes serviços aquela

cuja ausência de tensão pode ser constatada com dispositivos específicos para tal

finalidade (detectores de tensão);

d) Para garantir a ausência de tensão no circuito elétrico, durante todo o

tempo necessário para o desenvolvimento desses serviços, os dispositivos de

comando devem estar sinalizados e bloqueados, e o circuito elétrico, aterrado;

e) Os serviços de manutenção e ou reparos em panes de instalações

elétricas sob tensão só podem ser executados por profissionais qualificados,

devidamente treinados, em cursos especializados e com emprego de ferramentas e

equipamentos especiais;

f) Nas partes das instalações elétricas sob tensão, sujeitas a risco de contato

durante os trabalhos de manutenção, ou sempre que for julgado necessário à

segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência,

bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco;

g) Quando os dispositivos de interrupção ou de comando não puderem

manobrados, por questão de segurança, devem ser cobertos pelo Cartão

impedimento, com letreiro visível a olho nu em uma distância de cinco metros;

h) Os espaços dos locais de trabalho situados nas vizinhanças de partes

elétricas expostas não devem ser utilizados como passagem;

i) É proibido guardar objetos estranhos às instalações próximos de suas

partes;

j) Manter sempre uma distância segura entre componentes energizados e

equipamentos elétricos, respeitando as distâncias de segurança estabelecidas pela

NR 10, da Portaria nº 598, de 7-12-2004, do MTE.

Em situação de emergência, todo profissional, para instalar, operar,

inspecionar ou reparar instalações elétricas, deve estar apto a manusear e operar

equipamentos de combate a incêndio utilizados nessas instalações e a prestar

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primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio das técnicas de

reanimação cardiorrespiratória.

Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem

possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia

elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas,

de acordo com o estabelecido na NR 10.

O controle médico do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

(PCMSO) deverá levar em conta, além dos riscos elétricos, os demais riscos

presentes na atividade.

Pontos principais a serem observador no setor de construção civil:

• Manter atualizados os diagramas elétricos das instalações;

• Manter atualizados e de fácil acesso, os diagramas elétricos de força,

comando e os intertravamentos elétricos entre todos os quadros e

equipamentos da instalação (quadros de distribuição, quadros para bombas

de recalque, quadros para bombas de piscina e incêndio, etc.);

• Manter em bom estado os equipamentos e instalações elétricas (Garantia de

segurança para os trabalhadores);

• Contratação de empresa especializada para fazer manutenção periódica (em

situação normal, podemos considerar uma frequência anual) nos principais

pontos das instalações elétricas, especificamente nos quadros elétricos,

subestações, transformadores, sistema de equipotencialização (aterramento)

e nas instalações de SPDA (para-raios). Assim garantimos a operação e

manutenção segura para os trabalhadores e usuários dos riscos

característicos da eletricidade. Na contratação destes serviços, deve ser

verificada a comprovação da habilitação profissional do Técnico ou

Engenheiro, bem como sua regularidade junto ao CREA e a comprovação de

sua experiência profissional, ou seja, se este profissional ou empresa está

apta para execução dos serviços;

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• Manter um prontuário (caderno para anotações) exclusivo para instalações

elétricas (obrigatório somente para instalações acima de 75 KW). Neste

prontuário, dois itens relevantes são os documentos das inspeções e

medições dos aterramentos e relatórios comprovando as manutenções

periódicas, bem como as condições de segurança das instalações elétricas.

Todas as informações relevantes devem ser descritas neste prontuário pelo

profissional responsável e legalmente habilitado (Item da Norma –

10.2.3/10.2.4/10.3.9/10.4.4) .

OBS: Os trabalhos com eletricidade em 13,8 kv (média tensão) ou acima de

1000 V devem ser executados por trabalhadores autorizados através de curso

específico, conforme determina a NR-10.

4.5 Riscos na eletrificação rural

Todos sabem que a atividade agrícola, muitas vezes, está sujeita a raios e

trovoadas. A abordagem ambiental sob a ótica da Ergonomia, é centrada no ser

humano e abrange tanto o critério da saúde quanto os de conforto e desempenho.

Assim, com relação ao posto de trabalho, principalmente nos ambientes cobertos

(residência, galpão, escritório, fábrica, armazém, silo, etc.), devem ser observados

os cuidados construtivos e operativos necessários para propiciar ao trabalhador:

conforto térmico, acústico, luminosidade, instalações sanitárias e locais para

dessedentarão e descanso.

4.6 Acidentes com cercas energizadas

A norma específica que determina os requisitos básicos a serem adotados

pelos fabricantes de equipamentos eletrificadores de cercas é a ABNT NBR IEC

60335-2-76, que em sua formulação classifica este tipo de equipamento como um

“eletrodoméstico”, e que, portanto, deve também obedecer as determinações da

norma NBR 335-1:1996, que trata particularmente da segurança construtiva de

aparelhos eletrodomésticos.

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Recomenda-se, portanto, aos usuários deste tipo de equipamento que, para

garantir sua segurança, exijam das empresas instaladoras equipamentos que

estejam de acordo com as normas.

Salienta-se ainda que existem vários outros componentes utilizados na

instalação de um sistema de cerca elétrica, como placas de advertência, hastes,

fios, cabos de alta-isolação, etc. Mesmo uma instalação que utilize um eletrificador

que atenda aos requisitos da norma, para ser considerada uma instalação segura e

de qualidade, os outros componentes da instalação devem ser sempre de boa

qualidade, de preferência os recomendados pelo fabricante do eletrificador.

4.7 Medidas e equipamentos de proteção coletiva e individual

Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser

previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis,

mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a

segurança e a saúde dos trabalhadores.

As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a

desenergização elétrica conforme estabelece a NR 10 e, na sua impossibilidade, o

emprego de tensão de segurança.

Na impossibilidade de implementação do estabelecido no subitem 10.2.8.2.

ou seja, desenergização elétrica, devem ser utilizadas outras medidas de proteção

coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização,

sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento

automático.

O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme

regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve

atender às Normas Internacionais vigentes.

Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção

coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos,

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devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados

às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.

As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo

contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas. É

vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em

suas proximidades.

Quando, no desenvolvimento dos serviços, os sistemas de proteção coletiva

forem insuficientes para o controle de todos os riscos de acidentes pessoais, devem

ser utilizados Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de

Proteção Individual (EPI).

São indicados os seguintes EPC São indicados os seguintes EPI

� protetor isolante de borracha tipo mangueira;

� capuz isolante de borracha;

� manta isolante de borracha;

� tapete isolante de borracha;

� detector de tensão para alta e baixa tensão;

� conjunto de aterramento temporário.

� bota de segurança sem implementos metálicos;

� luva de borracha isolante;

� manga de borracha isolante;

� luva protetora da luva de borracha isolante;

� luva de raspa;

� capacete de segurança;

� cinto de segurança para trabalhos em altura;

� óculos escuros para proteção da radiação e contra impactos.

As ferramentas manuais utilizadas nos serviços com instalações elétricas

devem ser eletricamente isoladas, merecendo especiais cuidados as ferramentas e

outros equipamentos destinados a serviços em instalações elétricas sob tensão.

As ferramentas manuais mais utilizadas são: alicate de corte universal

isolado; bainha para alicate; chave de fenda com cabo e hastes isolados; alicate de

bico redondo isolado; bastões e varas de manobra; sacola para conduzir materiais.

As ferramentas elétricas portáteis não devem apresentar: fios partidos

devido a dobras; maus contatos nos terminais; tomadas partidas; interruptores em

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37

mau estado; motor sobrecarregado; motor deficiente; escovas produzindo faíscas;

falta de ligação à terra; falta de isolamento do bobinado do motor para carcaça.

As ferramentas em geral devem ser mantidas em boas condições e sempre

limpas. Sua ilação deve ser protegida contra o contato com o óleo, superfícies

quentes ou substâncias químicas. Não se devem utilizar ferramentas elétricas onde

houver gases ou vapores inflamáveis. Não se devem ainda usar trenas metálicas ou

tecidas com fios metálicos em serviços com eletricidade; ou ainda escadas metálicas

em serviços com eletricidade (nesse caso, usar apenas escadas de madeira ou de

fibra de vidro).

Não permitir a qualquer operário que trabalhe sozinho em circuitos elétricos.

4.8 Legislação e normas relativas à proteção contra choques elétricos e geral

Encontramos na NR 10, os requisitos e condições mínimas objetivando a

implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a

segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em

instalações elétricas e serviços com eletricidade. Dentre elas temos medidas de

controle, medidas de proteção coletiva, medidas de proteção individual, segurança

em projetos, segurança na construção, montagem, operação e manutenção.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) dispõe várias outras

normas, dentre elas:

• NBR IEC 61643-1 - Dispositivos de proteção contra surtos em baixa

tensão - Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de

energia de baixa tensão - Requisitos de desempenho e métodos de ensaio;

• NBR 60335-2-76 - Aparelhos eletrodomésticos e aparelhos elétricos

similares - Segurança - Parte 2-76: Requisitos específicos para eletrificadores de

cerca.

As normas estão classificadas para condutores, proteção simples e de

sistemas, para instalações elétricas de baixa e alta tensão, iluminação,

equipamentos e segurança. Sugere-se uma vista ao link abaixo onde todas elas

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estão disponíveis de maneira simples e concisa.

http://www.miomega.com.br/miomega/html/normas/nbr/

NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

A NR 10 dispõe sobre as diretrizes básicas para a implementação de medidas

de controle e sistemas preventivos, destinados a garantir a segurança e a saúde dos

trabalhadores que direta ou indiretamente interajam em instalações elétricas e

serviços com eletricidade nas fases de geração, transmissão, distribuição e

consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação,

manutenção das instalações elétricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas

proximidades.

Tem foco na gestão de segurança e saúde em instalações e serviços com

energia elétrica e nas responsabilidades dos envolvidos no processo desde a

produção até ao consumo.

Dentre os principais avanços e impactos da Nova NR-10, temos:

• Ampliação no campo de aplicação da Norma;

• Integração das medidas de segurança e saúde;

• Complementação com Normas técnicas oficiais;

• Documentação das instalações elétricas;

• Critérios de aplicabilidade da Norma;

• Qualificação, habilitação, capacitação, treinamento e autorização dos

trabalhadores;

• Procedimentos com instruções de segurança;

• Direito de recusa;

• Responsabilidades solidárias;

• Aplicação do instituto de embargo e interdição pelo MTE (AMÂNCIO, 2006).

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A nova NR-10 publicada no DOU de 08 de dezembro de 2004, altera a NR-10

aprovada pela Portaria nº 3214/78, promovendo sua atualização frente às

necessidades provocadas pelas mudanças introduzidas no setor elétrico e nas

atividades com eletricidade, especialmente quanto à nova organização do trabalho,

à introdução de novas tecnologias e materiais, à globalização e, principalmente, pela

responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego em promover a redução de

acidentes envolvendo esse agente de elevado risco – ENERGIA ELÉTRICA.

Conteúdo da NR 10

10.1.OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO

10.2.MEDIDAS DE CONTROLE

10.3.SEGURANÇA EM PROJETOS

10.4.SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO, MONTAGEM, OPERAÇÃO E

MANUTENÇÃO

10.5.SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES DESENERGIZADAS

10.6.SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES ENERGIZADAS

10.7.TRABALHO ENVOLVENDO ALTA TENSÃO

10.8.HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DOS

TRABALHADORES

10.9.PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÃO

10.10.SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

10.11.PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

10.12.SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

10.13.RESPONSABILIDADES

10.14. DISPOSIÇÕES FINAIS

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GLOSSÁRIO

ANEXO II -ZONA DE RISCO E ZONA CONTROLADA

ANEXO III –TREINAMENTO

ANEXO IV –PRAZOS PARA CUMPRIMENTO

→ Estabelece diretrizes básicas para implementação das medidas de

controle e sistemas preventivos ao risco elétrico;

→ Cria o “prontuário das instalações elétricas” de forma a organizar todos

os documentos das instalações e registros;

→ Estabelece o relatório técnico das inspeções de conformidade das

instalações elétricas;

→ Obriga a introdução de conceitos de segurança no projeto das

instalações elétricas;

→ Estende a regulamentação às atividades realizadas nas proximidades

de instalações elétricas.

Impactos da nova NR-10

� Cria as zonas de “risco”e “controlada” no entorno de pontos ou conjuntos

energizadas;

� Estabelece a proibição de trabalho individual para atividades com AT ou no

SEP;

� Torna obrigatória a elaboração de procedimentos operacionais contendo,

passo a passo, as instruções de segurança;

� Define o entendimento de desenergização;

� Cria a obrigatoriedade de certificação de equipamentos, dispositivos e

materiais destinados à aplicação em áreas classificadas;

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� Define o entendimento quanto a “profissional qualificado e habilitado”, “pessoa

capacitada”e “autorização”;

� Estabelece responsabilidades aos empregadores contratantes e contratados

e aos trabalhadores;

� Torna obrigatório o curso de treinamento para profissionais autorizados a

intervir em instalações elétricas: básico (min. 40 hs) e complementar (min. 40

hs);

� Complementa-se com as Normas Técnicas oficiais;

� Apresenta um glossário contendo conceitos e definições claras e objetivas;

� Estabelece ações para situações de emergência (PEREIRA, 2005).

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UNIDADE 5 - PREVENÇÃO E CONTROLE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – NA CONSTRUÇÃO

CIVIL

5.1 Localização industrial, Arranjo físico, Layout, ordem e limpeza

Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação

devem ser devidamente demarcadas e em conformidade com as normas técnicas

oficiais. Organização e Limpeza são as primeiras medidas de segurança do trabalho

para evitar acidentes.

O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desimpedido,

principalmente nas vias de circulação, passagens e escadarias. O entulho e

quaisquer sobras de materiais devem ser regularmente coletados e removidos,

sendo proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de

obras. A regra básica é que lugar limpo não é aquele que mais se limpa, e sim,

aquele que menos se suja.

As vias principais de circulação nos locais de trabalho e as que conduzem às

saídas devem ter, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura. Os

materiais em utilização no processo produtivo devem ser alocados em áreas

específicas de armazenamento, devidamente demarcadas com faixas na cor

indicada pelas normas técnicas oficiais ou sinalizadas quando se tratar de áreas

externas.

Os espaços ao redor das máquinas e equipamentos devem ser adequados ao

seu tipo e ao tipo de operação, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes e

doenças relacionados ao trabalho.

A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas

características e aplicações, deve garantir a segurança dos trabalhadores durante

sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação

dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa.

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As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno

de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os

trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais,

movimentem-se com segurança.

Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e

das áreas de circulação devem:

a) ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais

que ofereçam riscos de acidentes;

b) ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos

e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; e,

c) ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos.

As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e

armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade, conforme já

foi citado na unidade 4.

As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua

estabilidade, de modo que não basculem e não se desloquem intempestivamente

por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou

qualquer outro motivo acidental (NR 12).

5.2 Características da construção civil: riscos principais, prazo, custo,

segurança e qualidade

Na construção civil, os riscos principais decorrem da inexistência de

treinamento, métodos incorretos de trabalhar, improvisação de ferramentas,

desatenção ao executar a atividade, ferramentas danificadas e falta do uso de EPI.

Todos podem ser combatidos ou minimizados quando da constituição de um

Sistema de Gestão de Segurança. Os programas PPRA e PCMAT são responsáveis

pelo levantamento destes riscos, contudo é na elaboração dos procedimentos do

sistema o momento em que devem ser apresentadas, estudadas e discutidas as

ações de intervenção, bem como os métodos de controle e monitoramento para

utilizados para garantir o sucesso do modelo.

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44

5.3 Análise de programas convencionais de segurança, controle de risco e

programas de segurança na construção civil

A formação da CIPA, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

(PPRA), o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção (PCMAT) são alguns dos programas convencionais de segurança,

controle de risco na construção civil.

É importante lembrar que a segurança e a saúde no trabalho começam pela

organização e limpeza.

O PCMAT visa:

• Garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores;

• Evitar ações ou situações perigosas por falta de prevenção;

• Definir atribuições, responsabilidade e autoridade ao pessoal que administra,

desempenha e verifica atividades que influem na segurança e que intervém

no processo produtivo;

• Determinar as medidas de proteção e prevenção;

• Fazer a previsão dos riscos que derivam do processo de execução da obra

• Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível estes riscos.

5.4 Análise dos subsistemas: pessoal, equipamento, material e ambiente.

Definição de responsabilidades e atribuições.

O processo de seleção e admissão de pessoal deve ser criterioso

objetivando o êxito da meta de produção com segurança. Para admissão dos

funcionários devem ser analisadas as condições de experiências anteriores em

serviços similares, bem como as condições de saúde disciplinadas pela NR 7, da

Portaria Nº 3214/78, do MTb.

Todos os funcionários devem ser submetidos aos exames médicos

admissional, periódico, de mudança de função, de retorno ao trabalho, por conta da

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45

empresa, nas condições especificadas pela NR 7 da Portaria nº 3214/78 do MTb.

Todos os empregados devem receber treinamento admissional e periódico, visando

garantir a execução de suas atividades com segurança, este treinamento deve ter

carga horária mínima de 06 (seis) horas, ser ministrado dentro do horário de

trabalho, antes do trabalhador iniciar suas atividades.

No PCMAT encontramos as atribuições, responsabilidades e autoridade ao

pessoal que administra, desempenha e verifica atividades que influem na segurança

e intervêm no processo produtivo.

Ao gerente da obra cabe:

• Cumprir e fazer cumprir as normas regulamentadoras da portaria nº 3214 / 78

do Ministério do Trabalho, bem como os procedimentos internos da Empresa

quanto à Segurança e Medicina do Trabalho (PCMAT e PCMSO);

• Apoiar moral e financeiramente os Programas de Segurança e Medicina do

Trabalho da Empresa (PCMAT e PCMSO);

• Acompanhar os resultados dos programas de Segurança do Trabalho.

Ao Engenheiro da obra cabe:

• Cumprir e fazer cumprir as normas regulamentadora da Portaria nº 3214/78

do Ministério do Trabalho, bem como os procedimentos internos da Empresa;

• Exigir de seus subordinados o uso obrigatório dos equipamentos de proteção

individual;

• Instruir sua equipe de trabalho sobre as normas e regulamentos de segurança

para cada serviço a ser executado;

• Cumprir e fazer cumprir, rigorosamente, procedimentos de segurança

estabelecido pela Empresa;

• Providenciar correção das situações de riscos verificadas na sua área de

atuação;

• Comunicar a ocorrência de acidentes ou incidentes, ocorridos no canteiro de

obra;

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• Planejar a execução das tarefas, de modo a prevenir falhas que possam

causar perdas humanas, materiais e/ou financeiras;

• Divulgar este manual a todos os funcionários envolvidos direta ou

indiretamente com as diversas atividades do canteiro de obra, bem como

zelar e obrigar o cumprimento das norma estabelecidas;

• Providenciar tudo o que for necessário para o cumprimento das normas

estabelecidas neste manual;

• Solicitar treinamento ao Departamento de Segurança da Empresa para todos

os funcionários.

5.5 Edificações, estruturas, superfícies de trabalho, cor, sinalização rotulagem

A NR 8 estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados

nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.

Os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao teto, pé direito, de acordo

com as posturas municipais, atendidas as condições de conforto, segurança e

salubridade.

Os andares acima do solo, tais como terraços, balcões, compartimentos

para garagens e outros que não forem vedados por paredes externas, devem dispor

de guarda-corpo de proteção contra quedas.

As edificações devem possuir cabo-guia para que seja possível a fixação

dos cintos de segurança durante os trabalhos de troca de telha, luminárias e outros

tipos de manutenção nas edificações envolvendo altura maior que dois metros. Deve

ser proibida a circulação em telhados sem o uso de cinto de segurança, pois é real a

possibilidade de acidente fatal.

As partes externas, bem como todas as que separem unidades autônomas

de uma edificação, ainda que não acompanhem em sua estrutura, devem

obrigatoriamente observar as normas técnicas oficiais relativas à resistência ao fogo,

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isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência estrutural e

impermeabilidade.

Os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser, sempre que

necessário, impermeabilizados e protegidos contra a umidade. As coberturas dos

locais de trabalho devem assegurar proteção contra as chuvas. As edificações dos

locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo a evitar insolação

excessiva ou falta de insolação.

A sinalização nos ambientes de trabalho alerta trabalhadores e visitantes

sobre os riscos existentes e a necessidade de utilização dos equipamentos de

proteção. Esta sinalização tem por objetivo chamar a atenção, de forma rápida e

inteligível, para objetos ou situações que comportem riscos ou possam estar na

origem de perigos. Estes sinais podem ser classificados como:

� Sinais de Obrigação – indicam comportamentos ou ações específicas e

a obrigação de utilizar equipamento de proteção individual (EPI);

� Sinais de Perigo – indicam situações de atenção, precaução,

verificação ou atividades perigosas;

� Sinais de Aviso – indicam atitudes proibidas ou perigosas para o local;

� Sinais de Emergência – indicam direções de fuga, saídas de

emergência ou localização de equipamento de segurança.

Utiliza-se normalmente sinalização permanente para: proibições; avisos;

obrigações; meios de salvamento ou de socorro; equipamento de combate a

incêndios; assinalar recipientes e tubulações; riscos de choque ou queda; vias de

circulação; etc.

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Quadro 1 – Características dos Pictogramas para Sinalização de Segurança

As placas de sinalização devem obedecer a características mínimas como:

corresponder às especificações normativas de cor e dimensões mínimas; serem

simples e resistentes; serem visíveis e compreensíveis; e se for o caso, serem

retiradas quando o risco desaparecer.

Certas formas de sinalização devem ser utilizadas em conjunto como os

sinais luminosos e sinais acústicos – quando o risco for eminente ou em caso de

acidente.

Os sinais luminosos devem possuir as seguintes características: um

contraste luminoso apropriado, isto é, em função do ambiente, sem provocar

encadeamento pela sua intensidade excessiva ou má visibilidade com uma cor

uniforme e harmonizada.

Devem ser utilizados da seguinte forma:

• Sinal contínuo ou intermitente – indica um perigo ou uma emergência;

• Duração da intermitência – para assegurar uma boa percepção da mensagem

e para evitar confusões entre diferentes sinais;

• Utilização acompanhada de um código acústico.

Os sinais acústicos devem possuir as seguintes características: ter um nível

sonoro nitidamente superior aos níveis do ruído ambiente, sem ser doloroso ou

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excessivo; ser facilmente reconhecível pela sua duração, por emissões sonoras

intermitentes e pelas suas características bem distintas dos outros ruídos ambientes

e sinais acústicos, sendo que o som de um sinal de evacuação deve ser contínuo

(COSTA, LOCK; PEREIRA, 2006).

5.6 Tanques, silos e tubulações

Cada setor econômico possui vários tipos de espaços considerados

confinados. Na construção civil além de tanques, silos e tubulações temos poços,

valas, esgotos, caixões, forros, escavações.

Conforme a NR 33, Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não

projetado para ocupação humana contínua; que possua meios limitados de entrada

e saída; cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde

possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Os trabalhos em áreas confinadas são uma das maiores causas de

acidentes graves em funcionários. Seja por ocorrência de explosão, por incêndio ou

asfixia, estes acidentes em muitos casos têm consequências fatais. Pesquisas

realizadas pela OSHA (Norma Americana) revela que 90% do acidentes são

causados por falta de oxigênio, ou seja por riscos atmosféricos.

A fim de minimizar e, se possível, eliminar tais acidentes, o trabalho em

áreas confinadas foi normatizado através da ABNT 14.787 que, entre outras

providências, exige a adequada ventilação dos espaços confinados. A exaustão e/ou

insuflamento dos ambientes confinados tem como objetivo principal reduzir a

concentração de substâncias tóxicas e/ou perigosas presentes na atmosfera do

ambiente confinado, seja antes do início dos trabalhos seja no decorrer destes. Vale

salientar que a ventilação é mais eficiente do que a exaustão, no caso deste

segundo deve-se aplicar na fonte geradora, por exemplo em um serviço com solda,

enquanto isso a ventilação fará a retirada de um todo no espaço, para este caso

chamamos de sistemas combinados.

5.7 Obras de construção, demolição e reformas

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A legislação previdenciária considera como obra de construção civil, a

construção, a demolição, a reforma ou a ampliação de edificação, de instalação ou

de qualquer outra benfeitoria agregada ao solo ou ao subsolo.

Para execução dos serviços de demolição, devem ser instaladas plataformas

essenciais de proteção com inclinação de 45º e dimensão mínima de 2,50m em todo

o perímetro da obra. E obrigatório o uso de tapumes, galerias e plataformas de

proteção, nas obras de construção, demolição ou reparo, de acordo com a

legislação vigente.

Os andaimes devem dispor de guarda-corpo de 0,90m a 1,20m e rodapé de

0,20m de altura mínima, inclusive nas cabeceiras. Os operários que trabalhem em

obras de demolição, construção e reforma estarão devidamente calçados com botas,

com roupa adequada e sempre presos por cintos de segurança quando exercendo

trabalhos suspensos.

Em toda obra de construção, demolição e reparo devem existir instalações

sanitárias e refeitório compatíveis com o número de trabalhadores. Todo e qualquer

empregado que trabalhe e, qualquer empresa de qualquer ramo de atividade, deverá

ter, a partir do 10 dia de trabalho, a carteira profissional devidamente assinada e

carimbada pelo empregador.

5.8 Sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual

A utilização de equipamentos de proteção individual na construção civil é

necessário pelo risco de acidente que o trabalhador está propenso em uma obra.

Normalmente a falta da utilização do EPI por parte do empregado ocasiona

acidentes com ferimentos mais graves e que necessitem de maiores cuidados

médicos.

A prática de segurança deve ser realizada em todas as etapas da obra,

evitando assim acidentes com o impacto de objetos, quedas, ruídos, produtos

químicos, biológicos e a ergonomia, ou seja, o trabalhador está sujeito a danos

internos e externos ao seu corpo.

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Definido o tipo de EPI a ser utilizado, o Engenheiro de Segurança deverá

fazer um trabalho de orientação e conscientização sobre a importância do seu uso.

Os protetores podem assim ser divididos:

• Capacete – proteção contra impacto no crânio;

• Óculos – proteção para os olhos;

• Protetor auricular – proteção para o ouvido;

• Mascará para proteção contra pó da obra e químico – proteção para as vias

respiratórias;

• Trajar roupas como calça e camisa comprida;

• Luvas de couro ou de plástico – proteção contra material corrosivo ou tóxico e

contra materiais que possam provocar cortes;

• Botas ou botinas – proteção contra produtos químicos, materiais perfurantes e

impactos;

• Cinto de segurança – proteção contra queda.

5.9 Manutenção e engenharia de segurança

A NR 18 disciplina a manutenção e segurança na construção civil, incluindo

as atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de

edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção,

inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo. Além de estabelecer

diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam

a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos

processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da

Construção.

A manutenção deve ser executada por trabalhador qualificado, sob

supervisão de profissional legalmente habilitado, da mesma maneira os serviços de

instalação, montagem, desmontagem e manutenção devem ser executados por

profissionais qualificados e sob a supervisão de profissional legalmente habilitado.

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A qualificação do montador e do responsável pela manutenção deve ser

atualizada anualmente e os mesmos devem estar devidamente identificados.

Toda empresa fabricante, locadora ou prestadora de serviços em instalação,

montagem, desmontagem e manutenção, seja do equipamento em seu conjunto ou

de parte dele, deve ser registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura

e Agronomia – CREA – e estar sob responsabilidade de profissional legalmente

habilitado com atribuição técnica compatível.

Os elevadores tracionados a cabo, fabricados após doze meses da

publicação deste item, devem ter os painéis laterais, os contra-ventos, a cabine, o

guincho de tração e o freio de emergência identificados de forma indelével pelo

fabricante, importador ou locador (Redação inclusa pela Portaria SIT 224/2011).

Toda empresa usuária de equipamentos de movimentação e transporte de

materiais e ou pessoas deve possuir o seu “Programa de Manutenção Preventiva”

conforme recomendação do locador, importador ou fabricante.

O Programa de Manutenção Preventiva deve ser mantido junto ao Livro de

Inspeção do Equipamento.

5.10 Normas regulamentadoras

A legislação abarca os programas: PPRA, PCMAT, NR 8, NR 12, NR 18, NR

33, ABNT 14.787 e muitas outras.

O Comitê Brasileiro 02 (CB-02) é o responsável pela elaboração das normas

técnicas de componentes, elementos, produtos ou serviços, utilizados na construção

Civil, abrangendo seus aspectos referentes ao planejamento, projeto, execução,

métodos de ensaio, armazenamento, transporte, operação, uso e manutenção e

necessidades do usuário, subdivididas setorialmente.

O âmbito de atuação do CB-02 abrange: cerâmica vermelha e para

revestimento; argamassa; pisos; gesso para construção civil; pedras naturais;

componentes de fibrocimento; produtos de cimento; blocos sílico calcáreo; sistemas

e componentes pré-fabricados de concreto; aparelhos e componentes sanitários;

plásticos, plásticos reforçados e materiais sintéticos para construção civil;

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componentes de borracha; tintas e vernizes para construção civil; forros, divisórias e

pisos elevados; esquadrias de ferro, aço e alumínio e seus componentes, incluindo

fechaduras e acessórios; aplicação de vidros em edificações; aplicação de

esquadrias de madeira e seus componentes em edificações; projeto estrutural;

alvenaria estrutural; estruturas metálicas, de concreto e de madeira; propriedades

dos solos e rochas; obras geotécnicas e de fundação; produtos e processos

geossintéticos, construção metro-ferroviária; portos; rodovias e vias públicas;

engenharia de avaliações; perícias na construção civil; conforto ambiental e energia

nas edificações; desempenho de edificações e seus componentes; topografia;

urbanização; projetos urbanísticos e de arquitetura; gerenciamento e custos na

construção civil; engenharia de manutenção; ferramentas na construção, segurança

e condições de trabalho; tratamento e abastecimento de água; coleta e tratamento

de esgotos; componentes para saneamento básico; componentes e tubulações de

aço; ferro fundido e ferro galvanizado para saneamento; sistemas prediais

hidráulico-sanitários; sistemas prediais de automação e comunicação; no que

concerne a terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades.

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UNIDADE 6 - PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, FORNOS

6.1 Considerações gerais: caldeiras a vapor e vasos sob pressão

Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor

sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia,

excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de

processo.

O vapor pode ser usado em diversas condições, tais como: baixa pressão,

alta pressão, saturado, superaquecido, etc. Ele pode ser produzido também por

diferentes tipos de equipamentos nos quais estão incluídas as caldeiras com

diversas fontes de energia.

Para efeito da NR-13, serão considerados, como “caldeiras” todos os

equipamentos que simultaneamente geram e acumulam vapor de água ou outro

fluido. Unidades instaladas em veículos como caminhões e navios deverão respeitar

a esta Norma Regulamentadora nos itens que forem aplicáveis e para os quais não

exista normalização ou regulamentação mais específica.

Não deverão ser entendidos como caldeiras os seguintes equipamentos:

1. Trocadores de calor do tipo Reboiler, Kettle, Refervedores, TLE, etc., cujo

projeto de construção é governado por critérios referentes a vasos de pressão;

2. Equipamentos com serpentina sujeita a chama direta ou gases aquecidos e

que geram, porém não acumulam vapor, tais como: fornos, geradores de circulação

forçada e outros;

3. Serpentinas de fornos ou de vasos de pressão que aproveitam o calor

residual para gerar ou superaquecer vapor;

4. Caldeiras que utilizam fluido térmico, e não o vaporizam.

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Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna

ou externa e estão sempre submetidos simultaneamente à pressão interna e à

pressão externa. Mesmo vasos que operam com vácuo estão submetidos a essas

pressões, pois não existe vácuo absoluto. O que usualmente denomina-se vácuo é

qualquer pressão inferior à atmosférica. O vaso é dimensionado, considerando-se a

pressão diferencial resultante que atua sobre as paredes, que poderá ser maior

interna ou externamente.

Há casos em que o vaso de pressão deve ser dimensionado pela condição

de pressão mais severa, a exemplo de quando não exista atuação simultânea das

pressões interna e externa.

Vasos de pressão podem ser construídos de materiais e formatos

geométricos variados em função do tipo de utilização a que se destinam. Dessa

forma, existem vasos de pressão esféricos, cilíndricos, cônicos, etc., construídos em

aço carbono, alumínio, aço inoxidável, fibra de vidro e outros materiais.

Os vasos de pressão podem conter líquidos, gases ou misturas destes.

Algumas aplicações são: armazenamento final ou intermediário, amortecimento de

pulsação, troca de calor, contenção de reações, filtração, destilação, separação de

fluidos, criogenia, etc.

A NR-13 aplica-se a vasos de pressão instalados em unidades industriais, e

outros estabelecimentos públicos ou privados, tais como: hotéis, hospitais,

restaurantes, etc.

Sendo regulamentadora da Lei nº 6.514, 23 de dezembro de 1977, da CLT,

esta norma também é aplicável a equipamentos instalados em navios, plataformas

de exploração e produção de petróleo, desde que não exista legislação em contrário.

6.2 Princípios de termodinâmica e transferência de calor

A primeira lei da termodinâmica não é o princípio de conservação da energia

aplicado a um sistema de muitíssimas partículas. A cada estado do sistema

corresponde a uma energia interna U. Quando o sistema passa do estado A ao

estado B, sua energia interna varia em: DU=UB-UA.

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A energia interna U do sistema depende unicamente do estado do sistema,

em um gás ideal depende somente de sua temperatura. Enquanto que a

transferência de calor ou o trabalho mecânico dependem do tipo de transformação

ou caminho seguido para ir do estado inicial ao final.

Pressão Máxima de Trabalho Permitida (PMTP), ou Pressão Máxima de

Trabalho Admissível (PMTA), é o maior valor de pressão compatível com o código

de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e

seus parâmetros operacionais.

A PMTA é calculada ou determinada utilizando-se fórmulas e tabelas

disponíveis no código de projeto da caldeira. Essas fontes levam em consideração:

1. As dimensões e geometria de cada parte específica da caldeira (por

exemplo: diâmetro, espessura, etc.);

2. Resistência dos materiais (valores de tensão máxima admissível

dependentes da temperatura);

3. Outros fatores específicos para cada situação.

É importante destacar que valor da PMTA pode alterar-se ao longo da vida da

caldeira em função da redução da resistência mecânica dos materiais, redução de

espessuras dos diferentes componentes, etc. A atualização dos valores da PMTA

deve ser feita, em conformidade com procedimentos escritos existentes no

prontuário da caldeira.

Quando ocorrer alteração no valor da PMTA da caldeira deverão ser

executados os ajustes necessários nas pressões de abertura das válvulas de

segurança, na placa de identificação e outros elementos de controle dependentes

deste valor (BRASIL, 2006).

6.3 Riscos decorrentes de deterioração, avarias e explosão

Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:

a) Válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou

inferior à PMTA;

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b) Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;

c) Injetor ou outro meio de alimentação de água, independentemente do

sistema principal, em caldeiras a combustível sólido;

d) Sistema de drenagem rápida de água, em caldeiras de recuperação de

álcalis;

e) Sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que

evite o superaquecimento por alimentação deficiente.

As válvulas de segurança, mesmo que ajustadas para abertura na PMTA,

deverão:

1. Ser adequadamente projetada;

2. Ser adequadamente instaladas;

3. Ser adequadamente mantidas.

Para casos onde estas premissas não forem atendidas, a válvula de

segurança será considerada como inexistente.

A quantidade e o local de Instalação das válvulas de segurança deverão

atender aos códigos ou normas técnicas aplicáveis.

O acréscimo de pressão, permitido durante a descarga da válvula de

segurança, deve ser no máximo o recomendado no código de projeto do

equipamento.

No caso específico do código ASME, Seção I, caldeiras com superfície de

aquecimento superior a 47m2 devem possuir duas válvulas de segurança. Nesse

caso, é permitido acréscimo de pressão durante a descarga, com as duas válvulas

abertas de no máximo 6% da PMTA.

A existência de pelo menos um instrumento que indique a pressão do vapor

acumulado pressupõe que este esteja corretamente especificado, instalado e

mantido. O mostrador do instrumento indicador de pressão pode ser analógico ou

digital e poderá ser instalado na própria caldeira ou na sala de controle.

Entende-se por sistema de indicação de nível de água qualquer dispositivo

com função equivalente aos visores de coluna de água. Caso a coluna de água não

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consiga ser lida corretamente por problemas de vazamento ou bloqueio, deverá ser

imediatamente acionado o procedimento de paralisação da caldeira.

Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:

a) Válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura

ajustada em valor igual ou inferior a PMTA, instalada diretamente no vaso ou no

sistema que o inclui;

b) Dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando

esta não estiver instalada diretamente no vaso;

c) Instrumento que indique a pressão de operação.

Entende-se por “outro dispositivo” de segurança dispositivos que têm por

objetivo impedir que a pressão interna do vaso atinja valores que comprometam sua

integridade estrutural. São exemplos de “outros dispositivos”: discos de ruptura,

válvulas quebra-vácuo, plugues fusíveis, etc.

Válvulas de segurança-piloto operadas podem ser consideradas como “outro

dispositivo”, desde que mantenha a capacidade de funcionamento em qualquer

condição de anormalidade operacional.

As válvulas de segurança devem abrir em pressão estabelecida pelo código

de projeto. No caso do Código ASME VIII, este valor é igual ou inferior à PMTA.

Após a abertura, a pressão da caldeira poderá elevar-se pouco acima da PMTA, até

a atuação plena da válvula. Essa sobrepressão é definida pelo código de projeto, e

não deve ser ultrapassada.

O dispositivo de segurança é um componente que visa aliviar

automaticamente e sem o concurso do operador à pressão do vaso,

independentemente das causas que provocaram a sobrepressão. Dessa forma,

pressostatos, reguladores de pressão, malhas de controle de instrumentação, etc.,

não devem ser considerados como dispositivos de segurança.

Vasos com temperatura de operação inferior a 0ºC e que operem em

condições nas quais a experiência mostra que não ocorre deterioração, ficam

dispensados do Teste Hidrostático periódico, sendo obrigatório exame interno a

cada 20 anos e exame externo a cada dois anos.

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Os vasos de pressão que operam abaixo de 0ºC, vasos criogênicos,

raramente estão sujeitos a deterioração severa. A inspeção interna frequente e o

Teste Hidrostático poderão provocar fenômenos que comprometam sua vida útil.

Dessa forma, a NR-13 não prevê a obrigatoriedade da execução do teste e

estabelece prazos para inspeção interna de até 20 anos, valor este compatível com

o previsto em outras legislações internacionais.

6.4 Inspeção de segurança em caldeiras e vasos depressão

As caldeiras devem ser submetidas a Inspeções de Segurança Inicial,

periódica e extraordinária, sendo considerado, condição de risco grave e iminente o

não-atendimento dos prazos estabelecidos nesta NR.

A Inspeção de Segurança Inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da

entrada em funcionamento, no local de operação, devendo conter exame interno e

externo, teste hidrostático e de acumulação.

Exames internos, externos e teste hidrostático, efetuados nas dependências

do fabricante da caldeira são importantes e necessários, porém não constituem a

Inspeção de Segurança Inicial, uma vez que os componentes da caldeira podem

sofrer avarias durante seu transporte, armazenamento e montagem no local

definitivo. A inspeção de segurança só poderá, portanto, ser realizada quando a

caldeira já estiver instalada em seu local definitivo.

O teste de acumulação deve ser executado em conformidade com normas

técnicas vigentes, recomendações dos fabricantes da caldeira e dos fabricantes de

válvulas de segurança ou ainda em conformidade com procedimentos estabelecidos

por PH.

A Inspeção de Segurança Periódica, constituída por exame interno e

externo, deve ser executada nos seguintes prazos máximos:

a) Doze meses para caldeiras das categorias “A”, “B” e “C”;

b) Doze meses para caldeiras de recuperação de álcalis de qualquer

categoria;

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c) Vinte e quatro meses para caldeiras da categoria “A”, desde que, aos 12

meses, sejam testadas as pressões de abertura das válvulas de segurança;

d) Quarenta meses para caldeiras especiais.

A abrangência da Inspeção de Segurança Periódica, bem como as técnicas

a serem utilizadas deverão ser definidas pelo PH em função do histórico da caldeira

e das normas técnicas vigentes.

Os prazos definidos nesse item devem ser considerados como máximos. O

prazo real deverá ser estabelecido pelo PH em função da experiência anterior

disponível, devendo ser contados a partir da última inspeção completa executada na

caldeira.

Os vasos de pressão devem ser submetidos a Inspeções de Segurança

Inicial, periódica e extraordinária. A Inspeção de Segurança Inicial deve ser feita em

vasos novos, antes de sua entrada em funcionamento, no local definitivo de

instalação, devendo possuir exame externo, interno e teste hidrostático,

considerando as limitações.

Não serão aceitos como Inspeção de Segurança Inicial exames internos,

externos e teste hidrostático efetuados nas dependências do fabricante do vaso de

pressão. Esses exames são importantes e necessários, porém não constituem a

Inspeção de Segurança Inicial, uma vez que seus componentes podem sofrer

avarias durante o transporte, armazenamento e montagem no local definitivo. A

Inspeção de Segurança Inicial só poderá ser realizada quando o vaso de pressão já

estiver instalado em seu local definitivo.

Inspeção de Segurança Periódica, constituída por exame externo, interno e

teste hidrostático, deve obedecer aos seguintes prazos máximos estabelecidos a

seguir:

Para estabelecimentos que não possuam Serviço Próprio de Inspeção de

Equipamentos, conforme citado no Anexo II:

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61

Para estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de Inspeção de

Equipamentos, conforme citado no Anexo II:

6.5 Normas aplicadas a Caldeiras

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62

a) Manter instrumentos calibrados e instalados de forma que não haja

improvisações.

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63

b) Testar os controles regularmente para assegurar que a operação está a

contento;

c) Estabelecer um plano de manutenção preditiva e preventiva e prover o

equipamento de manutenção corretiva de emergência, se necessário.

A segurança de caldeiras compreende a segurança na origem e na

operação (CAMPOS; TAVARES; LIMA, 2010).

6.6 Normas Regulamentadoras

NR 13 – CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO

A Norma Regulamentadora 13, cujo título é Caldeiras e Vasos de Pressão,

estabelece todos os requisitos técnicos e legais relativos à instalação, operação e

manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a ocorrência

de acidentes do trabalho. A NR 13 tem a sua existência jurídica assegurada, em

nível de legislação ordinária, nos artigos 187 e 188 da Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT).

O profissional habilitado para aplicar a NR-13 é aquele que tem competência

legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto

de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e

supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a

regulamentação profissional vigente no país. Devem ser observados os seguintes

aspectos:

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64

� Conselhos federais, tais como o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura

e Agronomia (CONFEA) e o Conselho Federal de Química (CFQ), são

responsáveis, nas suas respectivas áreas, pelos esclarecimentos de dúvidas

referentes à regulamentação profissional;

� A Resolução nº 218/73, as Decisões Normativas nº 029/88 e 045/92 do

CONFEA estabelecem como habilitados os engenheiros mecânicos e navais,

bem como engenheiros civis com atribuições do Art. 28, do Decreto Federal

nº 23.569/33, que tenham cursado as disciplinas de Termodinâmica e Suas

Aplicações e Transferências de Calor, ou equivalentes com denominações

distintas, independentemente dos anos transcorridos desde sua formatura;

� O registro nos conselhos regionais de profissionais é a única comprovação

necessária a ser exigida do profissional habilitado;

� Os comprovantes de inscrição emitidos, anteriormente, para este fim pelas

Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs) / MTE não possuem mais validade;

� Engenheiros de outras modalidades, que não citadas anteriormente, devem

requerer ao respectivo conselho regional, caso haja interesse pessoal, que

estude suas habilidades para inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em

função de seu currículo escolar;

� Laudos, relatórios e pareceres terão valor legal quando assinados por

profissional habilitado;

� Conforme estabelecido pelo CONFEA e o Conselho Regional de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia (CREA), as empresas prestadoras de serviço que se

propõem a executar as atividades prescritas neste subitem são obrigadas a

se registrarem nos respectivos conselhos, indicando o responsável técnico

legalmente habilitado;

� O profissional habilitado pode ser um consultor autônomo, empregado de

empresa prestadora de serviço ou empregado da empresa proprietária do

equipamento;

� O Art. 188 da CLT foi escrito quando os conselhos profissionais faziam parte

da estrutura do Ministério do Trabalho. Atualmente são independentes.

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65

São documentos complementares:

� ABNT NBR 5413 – Iluminância de interiores;

� ABNT NBR 12177 – Inspeção de segurança de caldeiras estacionárias

aquotubular e flamotubular a vapor;

� ABNT NBR 12228 – Tanque estacionário destinado à estocagem de gases

altamente refrigerados: inspeção periódica;

� Capítulo V do Título II da CLT – Refere-se à Segurança e Medicina do

Trabalho;

� NR 13 – Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão. Editado pelo

Ministério do Trabalho e Emprego;

� Portaria MTb/SSST nº 23, de 27/12/94 – Determina os prazos para adaptação

dos empregadores e penalidades (SESI, 2008).

NR 14 – FORNOS

A NR 14 tem como objetivo orientar os trabalhadores quanto a operações

com Segurança em Caldeiras. Essa NR estabelece os procedimentos mínimos,

fixando construção sólida, revestida com material refratário, de forma que o calor

radiante não ultrapasse os limites de tolerância, oferecendo o máximo de segurança

e conforto aos trabalhadores.

Os fornos, para qualquer utilização, devem ser construídos solidamente,

revestidos com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os

limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora – NR 15. Os fornos

devem ser instalados em locais adequados, oferecendo o máximo de segurança e

conforto aos trabalhadores de forma a evitar acúmulo de gases nocivos e altas

temperaturas em áreas vizinhas.

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As escadas e plataformas dos fornos devem ser feitas de modo a garantir aos

trabalhadores a execução segura de suas tarefas.

Os fornos que utilizarem combustíveis gasosos ou líquidos devem ter

sistemas de proteção para:

a) não ocorrer explosão por falha da chama de aquecimento ou no

acionamento do queimador;

b) evitar retrocesso da chama.

Os fornos devem ser dotados de chaminé, suficientemente dimensionada

para a livre saída dos gases queimados, de acordo com normas técnicas oficiais

sobre poluição do ar.

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UNIDADE 7 – MANUTENÇÃO PREVENTIVA E ENGENHARIA DE SEGURANÇA

A manutenção de equipamentos pode ser classificada em diversos tipos. Isso

tem provocado confusão em sua caracterização, por isso, é importante entender

claramente cada tipo existente e como surgiram.

As equipes de manutenção passaram a existir no início do século XX,

quando, por ocasião da proximidade da Primeira Guerra Mundial, as fábricas tiveram

a necessidade de se empenharem em um programa de produção mínima (BALDIM,

1982 e VALE, 1978 apud BRANCO FILHO, 2008).

O advento da eletricidade quase que concomitante, substituiu as instalações

de iluminação a gás e os motores elétricos usados trouxeram os eletricistas para as

equipes de manutenção. Após a guerra de 1914, acompanhando a evolução da

indústria, a manutenção passou a existir em quase todas as unidades fabris, em

atividades desenvolvidas após a quebra das peças ou parada das máquinas em

falha. Era o que hoje conhecemos por manutenção corretiva.

Esta situação perdurou até finais da década de 1930, quando a Segunda

Guerra trouxe a necessidade do aumento de produção e do cumprimento de metas,

trazendo ao pessoal à realidade de que alguns equipamentos não podiam parar

durante certas tarefas.

A Administração Industrial forçava as equipes de manutenção a se

preocuparem em sanar rapidamente as falhas e a efetuarem serviços que evitassem

e prevenissem a ocorrência das falhas nos equipamentos mais importantes.

O avanço das indústrias aeronáuticas, com métodos desenvolvidos para

garantir que um avião voaria um tempo mínimo em bom estado de funcionamento,

reforçou o desenvolvimento de técnicas e métodos de trabalho que atualmente

chamamos de Manutenção Preventiva porque não é possível efetuar reparos na

maior parte dos equipamentos de uma aeronave em voo.

Por volta dos anos de 1950 até 1960, em resposta à necessidade de garantir

o funcionamento de uma máquina, foi criado um órgão, uma equipe especializada,

que efetuava estudos sobre o quão confiável era o equipamento e o que fazer para

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68

que fosse mais confiável. Estudos em torno de como efetuar reparos mais rápidos,

estudos para tornar as equipes mais eficientes, de melhores métodos de trabalho

em manutenção, de quantidade adequada de sobressalentes, de melhoria de locais

de trabalho, e também das características das falhas e sua repetição, passaram a

ser desenvolvidos e encontram-se agrupados em torno do título “Engenharia de

Manutenção”.

Devido ao desenvolvimento dos computadores, a Engenharia de Manutenção

passou a desenvolver processos mais sofisticados de controle e análise, utilizando-

se de fórmulas complexas visando predeterminar os períodos mais econômicos de

execução da Manutenção Preventiva.

A manutenção preventiva, aliada ao uso de medições e acompanhamento

periódico nos equipamentos, com o uso de instrumentos sofisticados e até

monitoração remota, introduziu já na década de 1960/1970 o conceito de

Manutenção Preditiva ou “Controle Preditivo de Manutenção”, que é a manutenção

efetuada apenas quando se detecta a aproximação de uma condição instável ou de

uma falha. Se não existe a condição instável, o equipamento fica em funcionamento

até que a proximidade de falha seja detectada. Por outro lado, o controle estatístico

de falhas ocorridas, poderá indicar quando, provavelmente, o equipamento falhará.

O método estatístico é uma valiosa ferramenta para a determinação da aproximação

de uma condição de falha.

Em 1970, o Ministério de Tecnologia da Grã-Bretanha criou o conceito de

terotecnologia, relacionado com a facilidade de manutenção das máquinas,

equipamentos e sistemas. A terotecnologia consistia na participação dos operadores

finais na fase de concepção dos projetos de sistemas, serviços ou equipamentos,

para que se pensasse na facilidade de sua manutenção.

Ao longo de sua evolução, a manutenção tem perdido o seu caráter corretivo

e assumido cada vez mais uma postura preventiva. Esta evolução vem ao encontro

da atual tendência econômica de globalização e canibalização de profissões, que

não deixa muito espaço para um sistema produtivo estigmatizado por falhas

frequentes.

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Hoje, a tendência é levar em conta a confiabilidade e a facilidade de

manutenção do sistema, serviço ou equipamento ao projetá-lo, visto que os sistemas

de produção estão cada vez mais complexos e interdependentes. Esta tendência é

confirmada pelo uso crescente de uma nova filosofia de gerenciamento de

manutenção, podendo aumentar a vida útil dos equipamentos, e redução na

quantidade de peças sobressalentes, em cargas de trabalho na manutenção

programada e nos custos de manutenção (RAMIREZ; CALDAS; SANTOS, 2002).

A área de manutenção nas empresas é na atualidade encarada como

estratégica. Termos como terotecnologia, ainda não conhecidos para muitos

engenheiros, pode ser encarado como uma filosofia básica para a área de

manutenção A definição de terotecnologia diz respeito a uma combinação de

gerenciamento, economia, engenharia, habilidades e outras práticas voltadas para

aumentar a eficiência durante o ciclo de vida dos equipamentos e máquinas.

Ao longo do tempo, a manutenção tem mudado substancialmente, talvez mais

que outras atividades que envolvem gerenciamento. O incremento destas mudanças

pode ser observado a partir do número e do ritmo de evolução das instalações e

equipamentos, com projetos cada vez mais complexos a serem mantidos. Com

estas mudanças, o desenvolvimento da engenharia nos últimos tempos tem sido

surpreendente e a necessidade de formação complementar abrangente de

atualização em suas especialidades passou a ser essencial para aprimoramento do

conhecimento e das habilidades dos profissionais que atuam em manutenção

(FORTES et al, 2010).

Como exemplo de manutenção preditiva por acompanhamento, cita-se a

análise cromatográfica de óleos lubrificantes; detecção de ruído em rolamentos;

vibração em máquinas rotativas; detecção do aumento de temperatura em alguns

pontos (mancais, trocadores de calor, etc.); queda lenta e progressiva de pressão de

lubrificantes em máquinas devido a maiores folgas; medições de folgas e

tolerâncias; medições de rigidez dielétrica; técnicas de ultrassom, etc.

Observe o esquema abaixo e na sequência leia com atenção sobre os

diferentes tipos de manutenção:

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70

Fonte: BRANCO FILHO (2008, p. 37)

7.1 Manutenção corretiva

A manutenção corretiva caracteriza-se pela atuação no fato já ocorrido, onde

não existe tempo para a preparação do serviço, o que implica elevados custos desta

manutenção. Além disso, quebras inesperadas podem desencadear novas quebras.

Segundo Xenos (2004), a opção pela manutenção corretiva em partes menos

críticas pode ser adotada, porém considerando alguns recursos indispensáveis

(peças de reposição, mão de obra e ferramental) deve-se agir rápido. Em certos

casos pode ser vantajoso ter peças de reposição disponíveis, mas ainda assim

existe a parada de produção. Outro ponto a ser frisado é que a manutenção

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71

corretiva, mesmo sendo a escolha mais vantajosa, não deve causar uma

acomodação na empresa, pois a causa deve ser identificada e bloqueada para que

não aconteçam novas falhas.

7.2 Manutenção preventiva

A manutenção preventiva é um conjunto de ações planejadas para prevenir a

quebra ou falha de um equipamento. A meta principal da manutenção preventiva é

evitar a falha de um equipamento antes dela ocorrer. Isso é feito para prevenir e

melhorar a confiabilidade do equipamento através da troca dos componentes

desgastados antes de uma falha real.

A manutenção preventiva inclui checagens no equipamento, revisões parciais

ou gerais em prazos determinados, trocas de óleo, lubrificação, etc. Além disso, os

colaboradores podem acompanhar o desgaste do equipamentos e assim determinar

quando uma peça desgastada deve ser trocada antes que ela cause um dano maior

no equipamento.

Xenos (2004) afirma que se for feita uma comparação na relação

custo/benefício, a manutenção preventiva é mais cara do que a corretiva, pois há

necessidade de novas peças para a substituição. Em contrapartida, as quebras do

equipamento diminuem junto com as interrupções de produção aumentando a

disponibilidade do equipamento. Levando-se em consideração estas duas

vantagens, a manutenção preventiva se torna mais lucrativa por evitar as paradas de

produção através da antecipação de uma possível falha.

Várias empresas acreditam ter uma manutenção preventiva bem estruturada,

mas o que se tem visto é que o tempo de equipamento com parada programada é

negligenciado em relação às falhas que ocorrem no dia-a-dia. O que acaba

acontecendo é que a manutenção preventiva fica em segundo plano em relação à

manutenção corretiva. Este fato ocorre porque a manutenção preventiva necessita

de procedimentos que envolvem a elaboração de relatórios e levantamento de

dados necessários a execução da mesma.

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7.3 Manutenção preditiva

Este tipo de manutenção consiste em se ter um conhecimento do

equipamento ou instalação através de uma análise sistemática de vários itens do

mesmo. É considerada uma das manutenções de maior custo devido aos

equipamentos necessários para fazer esta análise.

Em contrapartida, esta análise quando efetuada de maneira correta pode ser

realizada com a linha de produção em funcionamento, gerando parâmetros seguros

sobre possíveis falhas ou quebras de equipamento (KARDEC; NASCIF, 1998;

XENOS 2004).

A manutenção preditiva é muitas vezes confundida com a manutenção

preventiva, visto que a manutenção preventiva também é programada, mas consiste

na parada total do equipamento de tempos em tempos previamente determinado. Na

preditiva a parada não é total, é parcial, pois com a análise do equipamento ou

instalação criam-se parâmetros dos itens que necessitam serem modificados ou

substituídos, ao contrário da manutenção preventiva onde é realizada a parada total

e feita a troca ou substituição de itens do equipamento que poderiam possuir uma

vida útil ainda mais longa.

As empresas costumam criar equipes específicas para realizar este tipo de

manutenção. Essas equipes são treinadas especificamente para as suas próprias

instalações, em que se tem um grau de experiência e conhecimento mais elevado.

Muitas dessas equipes acabam por criar métodos e ferramentas específicas e

dedicados a uma determinada linha de equipamentos (KARDEC; NASCIF, 1998).

Do sistema de monitoração até sua implantação tem-se um custo estimado

em torno de 1% do valor agregado do equipamento. Quando associado ao custo de

operação do equipamento seu custo final é considerado baixo (KARDEC; NASCIF,

1998).

7.4 Custos da manutenção

Segundo Souza (2009), as empresas tem buscado incessantemente a

redução do seu custo com manutenção e para conseguir atingir isso muitas delas

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tem tomado uma série de ações. Dentre elas, a mais importante é a redução do

estoque de peças de reposição, outra seria a melhora dos índices de produtividade e

qualidade dos produtos da empresa.

O custo das atividades envolvidas na manutenção é fundamental na decisão

de realizá-la ou não. Ele se constitui no fator principal para a tomada de decisão

sobre qual programa de manutenção deve ser executado. Um dos quesitos que irá

reduzir o número de paradas de um equipamento é o nível de investimento realizado

na manutenção.

A manutenção dos equipamentos deve ser vista como uma atividade de apoio

para o setor produtivo e não apenas como um custo em si. Quando a manutenção é

bem realizada ela melhora a produtividade e qualidade dos produtos, em

decorrência, a empresa se torna mais competitiva no mercado.

A indisponibilidade do equipamento torna-se um custo invisível para uma

empresa, pois nela estão agregados os custos provenientes das perdas de

produtividade e da má qualidade dos produtos idealizados. Segundo Cattini (1992),

os custos envolvidos pela indisponibilidade e a depreciação dos equipamentos são a

consequência da falta de realização de uma manutenção.

Na manutenção corretiva, nenhuma ação é tomada até que ocorra uma falha

do equipamento. Esse método é conhecido como produzir até quebrar. Os

problemas causados por esse método, geralmente, resultam em interrupções não

planejadas na produção e baixa na qualidade dos produtos, em consequência, pode-

se elevar os custos de manutenção.

A manutenção preventiva implica na realização de serviços, talvez

desnecessários de manutenção no equipamento ou em parte do mesmo,

independente das condições reais das partes. Embora esse método seja melhor do

que deixar a máquina funcionar até quebrar, a manutenção preventiva torna-se cara

por causa das interrupções excessivas da produção para realização de manutenção.

Essa atividade acaba por elevar o custo com reposição de peças ainda em

condições de uso.

Como vimos, a manutenção preditiva é o processo através do qual

determinam-se as condições operacionais das máquinas através de sua

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monitoração ou inspeções periódicas. Esse método permite a realização de reparos

dos componentes com problemas antes da ocorrência de uma falha. O

monitoramento das condições de uma máquina permite reduzir a possibilidade de

ocorrência de uma falha, além de possibilitar a solicitação antecipada de peças ou

mão de obra necessárias a execução da manutenção. Outra vantagem do

monitoramento de um equipamento é a escolha do momento correto para realizar a

interrupção da produção e assim possibilitar a realização de reparos.

Segundo Xenos (2004), a manutenção é o alvo preferido na aplicação de

medidas com relação à redução de custos, entretanto, algumas dessas medidas

podem ter uma abrangência exagerada e acabam comprometendo a produção da

empresa. Geralmente as empresas costumam deixar o plano de manutenção

preventiva de lado devido aos custos envolvidos, tendo como consequência paradas

de equipamentos causadas por quebras inesperadas. Tudo isso acaba causando

atraso e diminuição de produção dos produtos da empresa.

A produção e a manutenção devem ser vistas com o mesmo foco, a

produtividade e o lucro. Se a manutenção fosse encarada apenas como um custo

seria fácil resolver o problema, bastaria eliminá-la para aumentar os lucros (XENOS,

2004). A manutenção deve estar em um processo contínuo de avaliação das

oportunidades de melhoria dos equipamentos.

7.5 A introdução da robótica

Segundo Vilela (2000), com a introdução da robótica e das novas tecnologias

nas grandes empresas dos países industrializados, os riscos mecânicos vem sendo

gradativamente superados e substituídos por outros riscos mais diretamente

relacionados à organização do trabalho. Um grande número de indústrias com

utilização de tecnologias e máquinas obsoletas tem sido exportado para os países

em desenvolvimento. Nos processos tecnológicos mais avançados, onde ocorre a

introdução da robótica, são os trabalhadores de manutenção os mais expostos aos

riscos mecânicos. Estes riscos estão presentes ainda em setores de serviço, na

indústria do lazer, onde a automação tem ainda pequena influência, e é nas

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75

pequenas empresas e industrias mais antigas que permanecem os problemas

tradicionais de segurança em máquinas.

Neste contexto, estes riscos estão ficando menos visíveis e menos óbvios,

reforçando a necessidade de maior atenção e uma melhor identificação dos

mesmos.

Para a segurança em máquinas, é possível descrever risco de acidente como

sendo a chance de um acidente particular ocorrer em determinado período de

tempo, associado com o grau ou severidade da lesão resultante (RAAFAT, 1989

apud VILELA, 2000).

Infelizmente, o termo “acidente” utilizado na nossa língua sugere que este

evento ocorre por obra do destino, como algo imprevisível, uma “fatalidade” fora do

controle das ações humanas. Pior ainda, pois sugere que é um evento impossível de

ser evitado. Mas sabemos que os acidentes ocorrem devido a uma interação de

vários fatores que estão presentes no ambiente ou na situação de trabalho muito

antes do seu desencadeamento. São, portanto, eventos previsíveis. Uma vez

eliminados estes fatores, que dão origem aos acidentes se pode eliminar ou reduzir

a ocorrência desses eventos (VILELA, 2000).

Assim, a seleção e aplicação das diferentes técnicas de segurança em

máquinas requer um envolvimento e participação dos diferentes atores que

participam da cadeia produtiva. Além das empresas que compram e dos

trabalhadores que operam com as máquinas, nesta cadeia participam ainda os

setores de fabricação e projeto, de venda, dos serviços de instalação e de

manutenção.

Do ponto de vista da segurança, os fabricantes e projetistas tem um papel

privilegiado, pois podem interferir neste ciclo, assegurando que a máquina nasça

com segurança desde o berço. A adaptação de proteções, com a máquina já em

funcionamento, é muito mais difícil e onerosa. Os trabalhadores usuários das

máquinas, por conhecer de perto o sistema de produção e a atividade a ser

desenvolvida, tem uma grande contribuição na escolha e acompanhamento do

funcionamento dos mecanismos de segurança.

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76

É uma questão que exige a participação de todos envolvidos e mais uma vez

o engenheiro de segurança pode iniciar o movimento de integrar empresas e

colaboradores no processo de escolha da máquina, pois todos terão a ganhar:

menos manutenção, menos estragos, menos acidentes de trabalho, maior

produtividade.

7.6 Máquinas e equipamentos obsoletos ou inseguros – um estudo documental do MPAS

Em 2001, o Ministério da Previdência e Assistência Social elaborou um

Manual para ampliar a compreensão da complexa problemática provocada pela

utilização e comercialização de máquinas inseguras e obsoletas, visto que o

problema das máquinas e equipamentos obsoletos e inseguros são responsáveis

por cerca de 25% dos acidentes do trabalho graves e incapacitantes registrados no

País.

Os acidentes de trabalho têm um elevado ônus para toda a sociedade, sendo

a sua redução um anseio de todos: governo, empresários e trabalhadores. Além da

questão social, com morte e mutilação de operários, a importância econômica

também é crescente. Além de causar prejuízos às forças produtivas, os acidentes

geram despesas como pagamento de benefícios previdenciários, recursos que

poderiam estar sendo canalizados para outras políticas sociais. Urge, portanto,

reduzir o custo econômico mediante medidas de prevenção.

O manual é resultado de um estudo realizado pelo professor doutor René

Mendes e colaboradores, desenvolvido por solicitação da Secretaria de Previdência

Social (SPS/ MPAS), com o apoio do Banco Mundial e do Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e outras parcerias.

A operação dessas máquinas está associada à incidência de acidentes do

trabalho graves e incapacitantes, com óbvios impactos na saúde e no bem-estar dos

trabalhadores e no Seguro Social.

Com esta publicação, busca-se abordar um aspecto do problema, melhorando

sua compreensão e procurando encontrar estratégias que possam ser eficazes no

tocante à questão da utilização segura de maquinário.

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O manual apresenta:

• uma relação de maquinário obsoleto e inseguro, gerador de acidentes graves

e incapacitantes, em pequenas e médias empresas, sua incidência e

participação no parque industrial brasileiro;

• um relatório técnico-documental sobre máquinas e equipamentos alternativos

seguros, que contêm especificações técnicas, adequação tecnológica,

acordos ou negociações coletivas já desenvolvidas em áreas específicas,

custo e condições de aquisição;

• disposições legais que favoreçam a prevenção de acidentes por meio da

adequação da base tecnológica.

Focaremos nesta unidade, as máquinas e equipamentos analisados sob os

seguintes aspectos: por que são consideradas obsoletas ou inseguras e sua

operação segura, ou seja, como reduzir os riscos ocupacionais.

1) Prensas mecânicas:

Prensa excêntrica com embreagem a chaveta – Uma máquina dotada desse

tipo de embreagem está sujeita à ocorrência do repique, por uma falha mecânica

nesse dispositivo. Há a descida da mesa móvel como se ela tivesse sido acionada,

podendo provocar acidentes graves envolvendo as mãos do trabalhador, por

exemplo, na retirada ou colocação de material para prensar.

Esse risco é aumentado quando não há um programa de manutenção

adequado para o equipamento. Por isso, a Convenção Coletiva de Trabalho para

Melhoria das Condições de Trabalho em Prensas Mecânicas e Hidráulicas

(SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO PAULO e outros, 1999) define como

obrigatória, para esse tipo de máquina, a adoção de recursos que garantam o

impedimento físico ao ingresso das mãos do operador na zona de prensagem,

dentre eles:

� ferramenta fechada;

� enclausuramento da zona de prensagem, com fresta que permita apenas o

ingresso do material, e não da mão humana;

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� mão mecânica;

� sistema de gaveta;

� sistema de alimentação por gravidade e remoção pneumática;

� sistema de bandeja rotativa (tambor de revólver);

� transportador de alimentação ou robótica.

Prensa excêntrica com embreagem tipo freio/fricção – Nesse tipo de máquina,

pode haver riscos relacionados ao tipo de acionamento adotado. No acionamento

por pedais, as mãos ficam livres para o acesso à zona de prensagem, podendo

haver acidente por um movimento descoordenado, ou até mesmo por um esbarrão.

No acionamento por botoeira simples (há um botão de acionamento), uma das mãos

fica livre para o acesso à zona de prensagem.

O uso de comando bimanual (o operador tem de pressionar dois botões

simultaneamente para haver a prensagem). Esse tipo de equipamento torna o risco

de acidente substancialmente menor, desde que tal sistema de acionamento seja

adequadamente projetado e executado. Faz-se necessária a instalação de tantos

comandos bimanuais quanto o número de trabalhadores que operam

simultaneamente a prensa.

Uma cortina de luz (sistema de proteção baseado em feixes e sensores

ópticos que interrompe ou impede a prensagem quando a mão ou outra parte do

corpo adentra a zona de prensagem) eleva ainda mais o nível de segurança do

equipamento, protegendo, inclusive, terceiros contra acidentes. Barreiras móveis,

que interrompem ou impedem a prensagem quando abertas (interbloqueio)

produzem o mesmo efeito.

A Convenção Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condições de Trabalho

em Prensas Mecânicas e Hidráulicas estabelece o uso de comandos bimanuais com

simultaneidade e autoteste, que garanta a vida útil do comando, como uma forma de

cumprir os requisitos básicos de segurança para prensas mecânicas com

embreagem a freio/fricção pneumáticos, exceto quando houver a necessidade de o

operador ingressar na zona de prensagem. Estabelece também requisitos para esse

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sistema de embreagem. Assim, não haveria necessidade da instalação de

dispositivos como cortinas de luz ou barreiras móveis com interbloqueio nesse caso.

Independentemente do tipo de embreagem da prensa, ela pode apresentar

riscos de acidentes em suas partes móveis de transmissão de força (polias, correias,

engrenagens, volante, etc.), caso esses não estejam adequadamente cobertos por

proteções fixas.

2) Prensas hidráulicas

Uma discussão básica sobre os riscos de acidentes em prensas hidráulicas é

similar a das prensas mecânicas com embreagem tipo freio/fricção. Nas prensas

hidráulicas, o risco de esmagamento é, geralmente, menor, pois a velocidade de

descida da mesa móvel também é menor. No Reino Unido, o uso do comando

bimanual não é recomendado, salvo quando não há formas práticas e viáveis de

serem utilizadas proteções físicas (MENDES, 2001). Sua utilização é criticada nos

seguintes termos: O controle bimanual não proverá um nível adequado de proteção

para uma máquina classificada como sendo de alto risco (como a prensa hidráulica,

por exemplo). Esses dispositivos de segurança (se trabalharem de forma

apropriada) somente fornecem proteção ao usuário da máquina e não a terceiros.

Eles são geralmente fáceis de apresentar defeitos e podem ser facilmente burlados.

A Convenção Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condições de Trabalho

em Prensas Mecânicas e Hidráulicas (Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e

outros, 1999) estabelece o uso de comandos bimanuais com simultaneidade e

autoteste, que garanta a vida útil do comando, como uma forma de cumprir os

requisitos básicos de segurança para prensas hidráulicas, exceto nos casos em que

houver a necessidade de o operador ingressar na zona de prensagem. Exemplos de

complementos ao comando bimanual, para maior diminuição do risco de acidente,

seriam as barreiras móveis com interbloqueio ou cortinas de luz. Um outro risco

existente na operação desse tipo de equipamento é a queda da mesa móvel por

gravidade após um defeito, como, por exemplo, vazamento de óleo. Para evitá-lo, o

equipamento deve ser dotado de dispositivo de proteção específico.

3) Máquinas cilindros de massa

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São máquinas utilizadas para sovar e laminar a massa de pão. Na sua

operação, na maior parte do tempo, o trabalhador fica posicionado na sua região

frontal, passando a massa por cima dos cilindros para que ela retorne pelo vão entre

eles.

Assim, sem as devidas proteções, ela oferece riscos importantes de

acidentes, na região de convergência dos cilindros e também nas partes móveis de

transmissão de força.

Essas máquinas devem obedecer aos seguintes requisitos de segurança, de

modo a tornar esses riscos insignificantes3:

1. Possuir cilindro obstrutivo que dificulte a aproximação das mãos do

trabalhador da região de convergência dos cilindros;

2. Possuir chapa de fechamento do vão que tem a finalidade de impedir a

introdução das mãos entre o cilindro obstrutivo e o cilindro superior;

3. Possuir proteção lateral fixa com o objetivo de impedir acesso à região de

convergência dos cilindros pela lateral da máquina;

4. Respeitar as dimensões mínimas necessárias para evitar alcance das

mãos à região de convergência dos cilindros;

5. Possuir botão de parada de emergência da máquina bem posicionado na

lateral;

6. Possuir proteção fixa metálica ou similar na região de transmissão de força

da máquina;

7. Não deve haver possibilidade de inversão do sentido de rotação dos

cilindros.

Com isso, será eliminada a possibilidade de surgimento de uma nova região

de risco.

4) Máquinas de trabalhar madeiras: serras circulares

3 Anexo II, NR 12.

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O risco nesse equipamento ocorre quando não existem os dispositivos

necessários para proporcionar proteção básica ao operador: o cutelo divisor e a

coifa ou cobertura de proteção.

A função do primeiro é prevenir o rejeito ou retrocesso da madeira. Essa

rejeição, invariavelmente brutal, é provocada quando a peça que está sendo cortada

comprime a parte traseira do disco. Lamoureux e Trivin (1987 apud MENDES, 2001)

apresentam um exemplo de instalação desses dispositivos. A figura abaixo, baseada

nesse exemplo, também ilustra uma instalação possível. Esses dispositivos devem

acompanhar a lâmina quando ela for inclinável.

Já a coifa, destina-se a reduzir a possibilidade de contato de parte do corpo

com a lâmina.

Complementarmente, pode haver um dispositivo para empurrar a peça de

madeira, cuja finalidade é manter distante as mãos dos dentes da serra quando a

operação se aproxima de seu término.

5) Máquinas de trabalhar madeiras: desempenadeiras

O maior risco que essas máquinas oferecem é o contato de partes do corpo

(mãos e dedos, sobretudo) com as ferramentas de corte, o que pode causar seu

esmagamento ou amputação.

Segundo o Instituto Nacional de Seguridade e Higiene do Trabalho do

Governo espanhol (1984 apud MENDES, 2001), isso raramente ocorre na parte das

ferramentas posterior à guia. Em geral, ocorre na zona de operação da máquina,

após um retrocesso violento da peça trabalhada, devido à presença de nós ou

outras irregularidades nela. Nesses casos, as mãos que empurram e apoiam as

peças podem entrar em contato com a ferramenta, principalmente com a sua

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extremidade não coberta pela própria peça. O risco desse tipo de acidente é

aumentado se o porta-ferramentas for de seção quadrada, ao invés de circular.

A peça retrocedida pode atingir o operador, operadores de outras máquinas

próximas ou algum transeunte. Esse evento tem sua ocorrência potencializada pelo

mau estado da mesa de trabalho, com a presença de dentes ou outras

irregularidades em suas arestas.

Ainda segundo o mesmo instituto, a proteção indicada para o primeiro risco

citado é uma cobertura para a parte do porta-ferramentas não coberta pela peça,

regulável manualmente, conforme as dimensões da peça a ser trabalhada, ou

autorretrátil. Mendes considera a última mais adequada, pois não depende da ação

do operador para funcionar plenamente, além de possibilitar a cobertura do porta-

ferramentas durante todo o tempo.

O porta-ferramentas também deve ser protegido no seu trecho posterior à

guia sendo sua utilização uma forma interessante de prevenção.

6) Máquinas guilhotinas para chapas metálicas

Em sua configuração mais representativa, essas máquinas possuem

capacidade para cortar chapas de pequena espessura e acionamento por pedal.

Nesses casos, sua operação oferece risco de acidentes graves quando o

equipamento permite acesso das mãos ou dedos à linha de corte ou de

esmagamento pela prensa-chapa.

A proteção segura, simples e de baixo custo, é a de tipo fixo, cobrindo a parte

frontal em toda a extensão da região de risco, dimensionada de forma a permitir

apenas o acesso do material a ela, isto é, de acordo com padrões estabelecidos

para abertura e distância dessa região. Sua presença não deve criar outras regiões

de risco. Também deve haver proteção do tipo fixo na parte traseira da máquina,

para impedir o acesso à linha de corte por essa área.

7) Máquinas guilhotinas para papel

Nesse tipo de máquina não são utilizadas proteções fixas, pois a espessura

do maço de papel a ser cortado é elevada, tornando inviável a utilização dessas

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proteções, baseadas no princípio de deixar entrar na região de risco o material, mas

não alguma parte das mãos.

Uma concepção aceitável para esse tipo de máquina, desde que bem

projetada e instalada, é aquela similar às prensas mecânicas, em que se utiliza um

comando bimanual sincronizado em máquinas dotadas de embreagem de revolução

parcial.

Assim, as duas mãos do operador estarão ocupadas durante os movimentos

de prensagem e corte do papel. Havendo a interrupção do apoio sobre um dos

comandos, deve haver a parada da lâmina e do prensador em seu movimento

descendente, antes que o operador tenha tempo de alcançar a região de risco. Uma

proteção fixa para a parte traseira da máquina é necessária. Como no caso das

prensas, uma cortina de luz elevaria ainda mais o nível de segurança do

equipamento, protegendo terceiros contra acidentes.

8) Impressoras off-set a folha

De acordo com recomendação elaborada pelo Comitê Técnico Nacional das

Indústrias do Livro da França (Machines, 1993 apud MENDES, 2001), essas

máquinas podem oferecer riscos de esmagamento de mãos e braços entre os

cilindros e rolos dos grupos de impressão, principalmente durante intervenções

próximas às suas regiões de convergência. Há também riscos de esmagamento,

cisalhamento e choque (mecânico) nos dispositivos mecânicos dos sistemas de

alimentação e recepção de folhas (correntes, transportadores). Esses riscos existem,

sobretudo, na execução de funções de regulagem, limpeza e manutenção.

Ainda de acordo com a mesma recomendação, as regiões de convergência

formadas pelos cilindros e rolos devem ter acesso impedido por proteções (grades

metálicas, por exemplo) móveis e fixas.

Durante a execução de funções que necessitam a abertura das proteções:

� quando as zonas de convergência descobertas são equipadas com barras

fixas ou sensíveis, o funcionamento da máquina só será permitido em marcha

lenta contínua. Deve haver um comando de parada próximo à proteção

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aberta. Essa marcha lenta só deve ser possível com as grades metálicas

abertas em apenas um grupo impressor;

� quando as zonas de convergência descobertas não estiverem equipadas com

barras fixas ou sensíveis, o funcionamento da máquina deve se dar à

velocidade mais reduzida possível, associada à manutenção da pressão de

um dedo sobre um botão.

Também de acordo com a recomendação francesa, devem-se instalar

proteções fixas e móveis, impedindo fisicamente o acesso a correntes e

transportadores da alimentação e recepção das folhas, cuja abertura implique a

parada da máquina.

9) Injetoras de plástico

O principal risco que esse equipamento pode oferecer é de esmagamento de

mãos e braços durante o fechamento do molde. Isso também pode ocorrer no

mecanismo de fechamento, mostrado no desenho abaixo.

Destacam-se ainda outros riscos:

� esmagamento de mãos ou dedos introduzidos no cilindro dotado de rosca

sem fim onde o plástico é derretido e homogeneizado. Essa introdução pode-

se dar pela abertura para entrada do plástico;

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� queimadura provocadas pelo contato com o cilindro citado desprovido de

isolamento térmico;

� espirramento de material plástico quando esse for injetado no molde pelo bico

de injeção.

Para impedir o acesso aos movimentos de risco na área do molde, bem como

na área do mecanismo de fechamento, a fim de que seja eliminado o risco de

esmagamento das mãos ou membros do trabalhador, a NBR 13.536/95 (ABNT,

1995) estabelece o seguinte:

� a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de

injeção pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteção

móvel (proteção frontal) dotada de três dispositivos de segurança, a saber:

a) um elétrico, com dois sensores de posição, que atua no sistema de

controle da injetora;

b) um hidráulico, com uma válvula que atua no sistema de potência hidráulico

ou pneumático da injetora, ou um elétrico com um contato, que atua no sistema de

potência elétrico da injetora;

c) um mecânico autorregulável.

� a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de

injeção não pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma

proteção móvel (proteção traseira) dotada de dois dispositivos de segurança:

um que atua no sistema de controle e o outro no sistema de potência da

injetora;

� a área do mecanismo de fechamento da prensa, que não permite o acesso ao

molde, deve ser protegida por meio de uma proteção móvel dotada de um

dispositivo de segurança elétrico, contendo dois sensores de posição que

atua no sistema de controle (vale tanto para a proteção frontal como a

traseira).

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Quanto aos dois sensores de posição (ou micros) do dispositivo de segurança

elétrico, enquanto um micro deve operar no modo positivo4, o outro deve operar no

modo negativo5.

Os dispositivos de segurança de cada proteção móvel devem operar

simultaneamente, interrompendo o funcionamento da injetora, assim que ela (a

proteção) seja aberta.

Cada um dos dispositivos de segurança da área de acesso ao molde deve ser

monitorado pelo menos uma vez após cada fechamento de cada proteção móvel, de

forma que uma falha em um dispositivo de segurança seja automaticamente

reconhecida e seja impedido qualquer movimento de risco posterior.

A NBR 13.536/95 exige, também, proteções superiores às áreas de acesso

ao molde e do mecanismo de fechamento da prensa, bem como proteções fixas

adicionais.

10) Cilindros misturadores para borracha

Esse equipamento pode oferecer risco de acidente muito grave quando existir

a possibilidade de aprisionamento das mãos na região de convergência do par de

cilindros metálicos. São comuns máquinas com cilindros de cerca de 30cm de

diâmetro, de grande inércia, podendo, por isso, provocar esmagamento

extremamente grave em mãos e braços.

A proteção adequada para esse tipo de equipamento é mostrada na figura

abaixo.

Proteção adequada para cilindros misturadores para borracha

4 Se a proteção móvel estiver na posição fechada, o micro que opera no modo positivo ficará somente sob a ação de uma mola que fechará os contatos elétricos do dispositivo de segurança, permitindo que a injetora funcione normalmente. Nesse caso, uma ruptura da mola implicará uma abertura dos contatos elétricos, paralisando imediatamente a injetora. Por outro lado, se a proteção móvel estiver na posição aberta, o micro ficará pressionado, opondo-se à ação da mola, fazendo com que os contatos elétricos fiquem positivamente abertos, o que impede o funcionamento da injetora. 5 Se a proteção móvel estiver na posição fechada, o micro que opera no modo negativo ficará pressionado, fechando os contatos elétricos por oposição à ação da mola, permitindo o funcionamento da injetora. Por outro lado, se a proteção móvel estiver na posição aberta, os contatos elétricos ficarão negativamente abertos, isto porque estão exclusivamente sob a ação da mola, e haverá interrupção do funcionamento da injetora; entretanto, uma falha na mola poderá manter os contatos fechados, ainda que a proteção móvel esteja na posição aberta.

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Ela é apresentada em fascículo do Rubber Advisory Committee, da Inglaterra

(1991). É constituída por uma barra, localizada na altura do tórax do operador, que,

ao ser pressionada, interrompe o funcionamento do motor do equipamento e aciona

um freio para os cilindros. Se dimensionada corretamente, quando as mãos do

operador se aproximarem da região de risco, seu tórax irá pressionar a barra,

provocando a parada dos cilindros. Uma proteção fixa impede o acesso por baixo da

barra.

Outros requisitos também são definidos nesse fascículo, como tipo e

quantidade de chaves de fins de curso, requisitos para os freios, necessidade de

também impedir o acesso à região de risco pelas laterais ou parte traseira da

máquina, etc. (MENDES, 2001).

11) Calandras para borracha

Potencialmente, esse equipamento apresenta risco bastante semelhante ao

dos cilindros para borracha, isto é, aprisionamento e esmagamento de mãos e

braços na região de convergência de cilindros metálicos de grande rigidez. Uma

calandra com três cilindros dispostos verticalmente (a mais comum) apresenta duas

regiões de convergência: uma do lado da alimentação, entre os cilindros superior e

intermediário. A outra na parte traseira da máquina, entre os cilindros intermediário e

inferior.

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A altura e dimensões da mesa de rolos impossibilitam o acesso à região de

convergência superior. Além disso, a barra horizontal, quando pressionada,

interrompe o funcionamento da calandra e aciona um freio para os cilindros. Deve

haver uma fresta de no máximo 6mm entre a mesa de rolos e o cilindro

intermediário.

A região de convergência inferior pode ser protegida por meio de barra fixa,

como mostrado em desenho para as impressoras off-set. Nos casos em que, devido

ao tipo de trabalho a ser executado na máquina, uma barra fixa não puder ser

utilizada, outros tipos de proteção devem ser adotados.

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REFERÊNCIAS

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CAMPOS, Armando; LIMA, Valter; TAVARES, José da Cunha. Prevenção e controle de risco em máquinas, equipamentos e instalações. 5 ed. São Paulo: SENAC, 2009.

TAVARES, José da Cunha. Parte 3: Movimentação, transporte, manuseio de materiais e arranjo físico. Movimentação, transporte, manuseio e armazenamento de materiais Arranjo físico. In: CAMPOS, Armando; LIMA, Valter; TAVARES, José da Cunha. Prevenção e controle de risco em máquinas, equipamentos e instalações. 5 ed. São Paulo: SENAC, 2009.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES ABNT - TB - 19 Grupo 05: Termos fundamentais de eletricidade, 1971.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Máquinas injetoras de plásticos e elastômeros. requisitos técnicos de segurança para o projeto, construção e utilização. NBR 13536, 1995.

ABRAMEQ/SEBRAE-RS Cartilha de Segurança em Máquinas e Equipamentos para Calçados - Requisitos Mínimos de Segurança - Novo Hamburgo (RS), 2010.

ALMEIDA, I. M. Construindo a culpa e evitando a prevenção: caminhos da investigação de acidentes do trabalho em empresas de município de porte médio, Botucatu, São Paulo, 1997. São Paulo, 2000. Tese de doutoramento, Faculdade de Saúde Pública da USP.

ARCURI FILHO, Rogério. A importância estratégico-institucional da manutenção para a sustentabilidade das organizações (2008). Disponível em: http://www.indicadoresdemanutencao.com.br/v1/content?id=5

ARDANUY, T. P. Accidentes de trabajo en la industria de la madera. Salud y trabajo, 48:10-7, 1985.

AVILA, J. B. C. e CASTRO, M. C. Metodologia para cálculo de indicadores de acidente de trabalho e critérios para avaliação do enquadramento dos ramos de atividade econômica por grau de risco. 1996. Brasília: MPAS, 1998.

BEZERRA, Carlos André Dias. Desenvolvimento de Competências e de Especialistas em Tecnologia e Gestão do Biodiesel. Observatório Tecnológico –

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BOLGENHAGEN, Andrea et al. Gestão da manutenção de equipamentos em micro e pequenas empresas via web. Revista Qualidade Emergente, 2011, v.2 n.1: 30-45.

BRASIL. Decreto nº 1.255, de 29 de setembro de 1994. Promulga a Convenção nº, 119, da Organização Internacional do Trabalho, sobre Proteção de Máquinas, concluída em Genebra, em 25 de junho de 1963.

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CAMPOS, Armando. Parte 2: Equipamentos e produtos químicos. Caldeiras Segurança na soldagem oxicombustível e elétrica Produtos químicos. In: CAMPOS, Armando; LIMA, Valter; TAVARES, José da Cunha. Prevenção e controle de risco em máquinas, equipamentos e instalações. 5 ed. São Paulo: SENAC, 2009.

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CAMPOS, Fernando Celso de; BELHOT, Renato Vairo. Gestão de manutenção de frotas de veículos: uma revisão. Gest. Prod., São Carlos, v. 1, n. 2, ago. 1994 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X1994000200004&lng=pt&nrm=iso>.

CATTINI, Orlando. Derrubando os mitos da manutenção. São Paulo: STS Publicações e Serviços Ltda., 1992.

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ANEXOS

NORMA REGULAMENTADORA 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

A Norma Regulamentadora NR-11, cujo título é Transporte, Movimentação,

Armazenagem e Manuseio de Materiais, estabelece os requisitos de segurança a

serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à

movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma

mecânica, quanto manual, de modo a evitar acidentes no local de trabalho.

Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes, causados pelos

equipamentos de içamento e transporte de materiais, ocorridos com a crescente

mecanização das atividades que motivaram um aumento da quantidade de materiais

movimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem a sua existência jurídica

assegurada no nível de legislação ordinária, nos artigos 182 e 183 da Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT) e nas seguintes normas:

� ABNT NBR 5418 – Instalações elétricas em atmosferas explosivas;

� ABNT NBR 6327 – Cabo de aço para uso geral: requisitos mínimos;

� ABNT NBR 7500 – Identificação para transporte terrestre, manuseio,

movimentação e armazenamento de produtos;

� ABNT NBR 9518 – Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas;

� ABNT NBR 11900 – Extremidades de laços de cabos de aço;

� ABNT NBR 13541 – Movimentação de carga: laço de cabo de aço –

especificação;

� ABNT NBR 13542 – Movimentação de carga: anel de carga;

� ABNT NBR 13543 – Movimentação de carga: laços de cabo de aço –

utilização e inspeção;

� ABNT NBR 13544 – Movimentação de carga: sapatilho para cabo de aço;

� ABNT NBR 13545 – Movimentação de carga: manilhas;

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� Capítulo V do Título II da CLT – Refere-se à Segurança e Medicina do

Trabalho;

� Convenção OIT 127 – Peso máximo das cargas que podem ser transportadas

por um só trabalhador;

� Portaria MTE/GM nº 86, de 3/3/05 – Aprova o texto da NR 31, relativa à

segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura,

exploração florestal e aquicultura;

� Portaria MTE/SIT/DSST nº 56, de 17/09/03 – Aprova e inclui na NR 11 o

Regulamento Técnico de Procedimentos para Movimentação, Armazenagem

e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e Outras Rochas;

� Resolução ANTT nº 420, de 12/02/04 – Instruções complementares ao

Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos (SESI, 2008).

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NORMA REGULAMENTADORA 12 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Recente pesquisa nacional divulgada pela Consultoria Lima Walter,

especializada em gestão de serviços, manutenção e facilities, mostra que para a

maioria esmagadora das empresas brasileiras a implantação e efetiva aplicação da

NR-12 está muito distante da realidade de seu dia a dia.

Essa norma regulamentadora é, de longe, a mais extensa (73 páginas) das 34

NR do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) em vigor e, na opinião de

profissionais especializados, a que mais profundamente atinge e implica em

responsabilidade direta da Manutenção. Pior do que não ter nada implementado é

simplesmente desconhecer que a Norma existe e, como tem força de lei, pode trazer

sérios prejuízos à empresa pelas penalidades imputáveis. E é o que declaram 21%

do público pesquisado, ao assinalarem que desconhecem o que essa NR contém.

É grande a preocupação dos profissionais da Manutenção. Para 72% deles

há pouco ou nenhum incentivo da empresa em cumprir o que prevê a norma.

Como a norma busca o resguardo da saúde e segurança dos trabalhadores

pela via de uma manutenção organizada e efetiva, esse “gap” entre o necessário e o

que vem sendo realizado é mesmo preocupante. Somente 30% das empresas

afirmam ter a NR-12 bem atendida em suas instalações e serviços.

O título da N-12 não deixa dúvida de sua aplicabilidade: Segurança no

Trabalho em Máquinas e Equipamentos. A íntegra da norma, incluindo sua última e

grande alteração, está no endereço

http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DDC2FF4012DE27B8E752912/NR-

12%20(atualizada%202010).pdf

No preâmbulo da norma fica bem claro que é muito difícil encontrar nas

instalações das empresas, qualquer empresa, alguma instalação ou equipamento

que não seja alcançado pelo que dispõe a regulamentação.

Essa norma que é de 1978, foi revista, ampliada e atualizada em dezembro

de 2010.

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Na pesquisa realizada, as respostas vieram de um público qualificado que

inclui gerentes (37%) e diretores (6%). A pesquisa apontou que a maioria

esmagadora das nossas empresas ainda não se deram conta do impacto que esse

dispositivo tem sobre o que são as garantias mínimas de segurança que os

trabalhadores tem que ter, quase 100% delas ligadas direta ou indiretamente ao que

é obrigação da Manutenção. Da área de Manutenção.

Ainda segundo a pesquisa (que faz parte do calendário anual da Rede

Brasileira de Manutenção, disponível em

http://www.indicadoresdemanutencao.com.br/v1/, falta qualificação de mão de obra,

ou seja, faltam profissionais legalmente habilitados, capacitados e qualificados para

aplicação correta da NR-12, sendo difícil cumprir a lei sem esse pessoal

tecnicamente condicionado.

A nova NR 12 promete revolucionar a proteção dos trabalhadores em relação

às máquinas. Uma primeira olhada sobre o conteúdo já chama atenção pelo

tamanho. Enquanto a versão anterior contava com um texto base de seis itens

principais e mais dois anexos, um para motosserras e outro para cilindros de massa,

a nova tem texto base com 19 itens principais, três apêndices, sete anexos e um

glossário. Dessa forma, traz explicações bem mais detalhadas sobre instalações e

dispositivos de segurança. Para uma norma que vigorou de 1978 até 2010, as

inovações são muitas e necessárias, principalmente porque a tecnologia avançou

sobremaneira.

Criada pela Portaria nº 3214/ 1978, a NR 12 sofreu uma primeira alteração em

1983. Em 1994, a norma ganhou o anexo de motosserras e, em 1996, o de cilindros

de massas. Mais duas pequenas mudanças ocorreram em 1997 e em 2000. Já a

publicação da nova NR 12 traz uma transformação total, alcançada de forma

tripartite. O nome da norma também mudou. Agora chama-se NR 12 – Segurança

no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. O mais importante da nova versão são

as informações mínimas para que a máquina seja concebida de forma segura.

Já para os trabalhadores, há avanços em toda a concepção da norma.

Modernizada, buscou contemplar a maioria dos diferentes modelos de máquinas e

equipamentos inseridos nos distintos processos de trabalho. Ela se ateve aos rumos

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da globalização, com visão atual alinhada às normas – nacionais e internacionais –

mais recentes; e vislumbrou proteger, de fato, os envolvidos no processo de

fabricação, envolveu compradores e usuários, e vislumbrou a segurança no

ambiente ao redor da máquina (REIMBERG; RANGEL, 2010).

São documentos complementares da nova NR-12:

� ABNT NB 033 – Uso, cuidados e proteção das ferramentas abrasivas: código

de segurança;

� ABNT NBR 13536 – Máquinas injetoras para plásticos e elastômeros -

requisitos técnicos de segurança para o projeto, construção e utilização;

� ABNT NBR 13543 – Movimentação de carga - laços de cabo de aço -

utilização e inspeção;

� ABNT NBR 13579 – Colchão e colchonete de espuma flexível de poliuretano

– parte 1: bloco de espuma;

� ABNT NBR 13758 – Segurança de máquinas - distâncias de segurança para

impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores;

� ABNT NBR 13760 – Segurança de Máquinas - folgas mínimas para evitar

esmagamento de partes do corpo humano;

� ABNT NBR 13761 – Segurança de máquinas - distâncias de segurança para

impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores;

� ABNT NBR 13865 – Cilindros para massas alimentícias - requisitos de

segurança, instalação, operação de segurança e manutenção de máquinas e

equipamentos de padaria, confeitaria, pizzaria e pastelaria;

� ABNT NBR 13868 – Telecomunicação - equipamento radiodigital em 23 GHz,

com capacidade de transmissão de 8x2 Mbit/s, 16x2 Mbit/s ou 34 Mbit/s;

� ABNT NBR 13929 – Segurança de máquinas - dispositivos de intertravamento

associados a proteções - princípios para projetos e seleção;

� ABNT NBR NM 272 – Segurança de máquinas - proteções - requisitos gerais

para o projeto e construção de proteções fixas e móveis;

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� Capítulo V do Título II da CLT – Refere-se à Segurança e Medicina do

Trabalho;

� Convenção OIT 119 - Decreto nº 1.255, de 29/09/94 – Proteção das

máquinas;

� Portaria MTb/SSMT nº 12, de 06/06/83 – Altera a redação original da NR 12,

já efetuada no texto;

� Portaria MTb/SSMT nº 13, de 24/10/94, edição 11/94 da SST – Altera a

redação original acrescentando o Anexo I e o subitem 12.3.9, já efetuada no

texto;

� Portaria MTb/SSST nº 25, de 03/12/96 – Altera a redação original

acrescentando o Anexo II e o subitem 12.3.10, já efetuada no texto;

� Portaria MTE/SIT/DSST nº 09, de 30/03/00 – Altera a NR 12, acrescentando

os subitens 12.3.11 e 12.3.11.1 já inseridos no texto.