prevenção e controle de riscos em máquinas e equipamentos iii

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Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas e Equipamentos III Belém/PA 2015 Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia - ITEC Faculdade de Engenharia Mecânica Programa de Pós-graduação em Engenharia e Segurança do Trabalho

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Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas e Equipamentos.

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  • Preveno e Controle de Riscos em

    Mquinas e Equipamentos III

    Belm/PA

    2015

    Universidade Federal do Par

    Instituto de Tecnologia - ITEC

    Faculdade de Engenharia Mecnica

    Programa de Ps-graduao em Engenharia e Segurana do Trabalho

  • Preveno e Controle de Riscos em Mquinas e Equipamentos III

    Objeto de Estudo: Elevador despenca em Porto Alegre/RS.

    Professor: Dr. Eduardo Magalhes Braga

    Alunos: Rafael Ribeiro

    Srgio de Sousa

    Junilce Lobato

    Mario Gomes

    Belm/PA

    2015

  • 1. Tema

    Elevador.

    2. Ttulo do Acidente

    Elevador despenca em Porto Alegre/RS.

    3. Dos Fatos

    O acidente ocorreu no incio de dezembro do ano passado, 2014, em Porto

    Alegre, no Rio Grande do Sul. O caso foi investigado. Nove amigos saam de uma

    festa, mas quando o elevador chegou ao trreo, no parou e o susto foi grande para

    todos.

    Uma das vtimas do acidente do elevador comentou: Foram poucos

    segundos, a houve um silncio e depois desse silncio, houve uma gritaria, pessoas

    quebradas, enfim, foi uma sensao muito triste, ela no quis ser identificada.

    Anlise Tcnica:

    O engenheiro eletricista e especialista em elevadores, Joel Coelho, informou

    que os elevadores no devem despencar sem motivos aparentes. O elevador possui

    sistemas de segurana que previnem a queda do elevador. A cabine suspensa por

    cabos que so acionados por um sistema, esse sistema trabalha em conjunto com um

    contrapeso para movimentar os cabos, fazendo um movimento semelhante ao de uma

    gangorra. Se existir algum problema, o elevador possui vrios nveis de segurana: o

    primeiro so os freios duplos, depois disso ns temos os cabos de ao, os quais

    possuem margem de segurana de 12 vezes sua capacidade e, por ltimo, temos um

    sistema embaixo da cabine, o qual totalmente mecnico, ou seja, no precisa de

    energia eltrica, e de nenhum outro comando para que ele atue. Se ele detectar que o

    elevador est com uma velocidade maior que a normal, ele aciona.

  • Figura 1: Estrutura tpica de um elevador

    O especialista ressalta algumas medidas que so importantes para a segurana

    em elevadores:

    a. A vistoria deve ser mensal;

    b. Os passageiros devem respeitar a capacidade estabelecida e ter

    ateno;

    c. Elevadores com portas automticas s abrem quando a cabine est

    no andar, mas sempre bom o usurio ter ateno em todos os

    ngulos quando utilizar o elevador;

    d. Elevadores com portas manuais, como ainda se v em muitos

    prdios, para segurana do usurio fundamental olhar para o cho

    antes de entrar, para ter certeza de que o elevador realmente

    chegou.

  • Moacyr Duarte, especialista em situaes de risco, diz que alguns sinais podem

    indicar futuros problemas: O elevador que range na passagem dos andares, o elevador

    que apresenta algum tipo de vibrao lateral quando est em movimento, o elevador que

    no para nivelado exatamente a cabine do elevador com o cho, um indicativo inicial

    de que problemas vo acontecer. Se isso for verificado, o sndico ou zelador deve

    imediatamente contatar a empresa de manuteno. Ele tambm afirma que embaixo

    do elevador h uma espcie de para-choque: Ele tem um sistema que vai bater

    exatamente sobre uma mola. Isso distribui a carga da pancada na estrutura da cabine.

    Isso feito combinado com a estrutura da cabine para amortecer ao mximo o impacto.

    Esse para-choque no impediu o tranco que os passageiros sentiram no elevador quando

    despencou na cidade de Porto Alegre.

    Por ltimo, o especialista afirma que, apesar do acidente, o elevador um

    transporte seguro, estando entre os mais seguros do mundo.

    Solues

    Os especialistas Joel Coelho e Moacyr Duarte propuseram diversas solues para

    que os problemas no voltem a ocorrer, dentre elas a mais importante a aplicao de um

    plano de manuteno, segundo Joel Basicamente, as atividades de manuteno existem

    para evitar a degradao dos equipamentos e instalaes causada pelo seu desgaste

    natural e pelo uso e ou para recuperar a boa funcionalidade e confiabilidade dos

    equipamentos. Esta degradao se manifesta de diversas formas, desde a aparncia

    externa ruim dos equipamentos at perdas de desempenho e paradas da produo, at a

    fabricao de produtos de m qualidade e a poluio ambiental.

    Moacyr completa que A fim de maximizar os benefcios de tais servios, as

    manutenes de elevadores devem ser combinadas com as inspees dos mesmos. Isso

    ir garantir que a manuteno esteja em dia, seguindo padres, e que nada foi deixado

    ao acaso. A inspeo dos elevadores poder ser executada com a prpria empresa de

    manuteno ou contratando uma empresa terceirizada de consultoria em elevadores

    para faz-lo, para que voc obtenha um relatrio. Com isso, as manutenes e inspees

    garantiro o funcionamento perfeito de seus elevadores, e voc nunca ter que gastar

    muito em grandes reparos (manuteno corretiva). Estas medidas, tambm atuam como

    uma salvaguarda legal, se um acidente vier a acontecer. Estes cuidados sero capazes

    de atenuar a responsabilidade legal do sndico ou administrador predial por qualquer

    acidente. Uma empresa de Manuteno de Elevadores realiza reparos e faz a

  • manuteno preventiva de elevadores, sendo, portanto, responsvel pela segurana de

    passageiros e cargas que so transportados verticalmente em edifcios comerciais,

    residenciais, docas, hospitais, escolas, etc., bem como dos equipamentos que realizam

    esse transporte - os elevadores. Os clientes da Empresa de Manuteno de Elevadores

    comumente so os condomnios, que por fora de leis devem celebrar contratos de

    manuteno com as empresas especializadas em elevadores. O trabalho realizado

    basicamente no prdio onde est instalado o elevador. Na oficina da empresa se faz

    apenas reparos em pequenas peas.

    Foram listadas, tambm, diversas recomendaes ao sndico,

    principalmente no que tange a aspectos estruturais dos componentes do elevador,

    entre elas:

    Ateno ao surgimento de infiltraes na casa de mquinas, caixa e poo

    do elevador.

    Figura 02: Cabos expostos ao tempo

    Evite lavagem de piso ou paredes em halls e corredores prximos s

    portas;

    Realize a troca imediata de vidros na casa de mquinas no caso de quebra.

    Manter a porta da casa de mquinas sempre fechada. O acesso casa de

    mquinas ou ao poo do elevador s deve ser permitido a pessoas

    habilitadas, de preferncia apenas a empresa de manuteno. A chave que

    permite o acesso a esses locais deve permanecer com o zelador ou

    administrador do prdio.

  • Figura 03: Casa de mquina com livre acesso

    A abertura da porta de pavimento, com chave especial, deve ser feita

    apenas por pessoas habilitadas, de preferncia da prpria conservadora ou

    o Corpo de Bombeiros;

    Mantenham sempre orientados os ocupantes do prdio a no utilizarem os

    elevadores em caso de incndio. O abandono do edifcio deve ser feito

    pelas escadas. Os elevadores devem ser conduzidos ao pavimento trreo e

    depois desligados com as portas abertas;

    Se o elevador parar entre andares, as pessoas retidas em seu interior devem

    ser orientadas atravs do interfone;

    Sempre que houver necessidade de transportar cargas pesadas, como

    cofres, convocar a firma conservadora para orientar e acompanhar a

    operao.

    Figura 04: Transporte de carga pesada sem acompanhamento

    Os condminos e usurios devero obedecer s instrues da empresa de

    manuteno na realizao de trabalhos de manuteno e/ ou inspeo,

    isolando reas, mantendo acesso restrito casa de mquinas e avisos nos

    quadros de alimentao eltrica das mquinas e etc.

  • Uso correto dos Elevadores

  • Informaes e estatsticas

    Instalaes existentes no Brasil:

    Total de Elevadores: 320.000

    Total de Elevadores de passageiros: 295.000

    Total de Elevadores de Carga: 25.000

    (Fonte: The ELEVATOR WORLD Vertical Transportation Industry Profile

    2012 Edition).

    4. Importncia da Manuteno dos Elevadores

    A manuteno definida como a combinao de aes tcnicas e

    administrativas, incluindo as de superviso, destinadas a manter ou recolocar um

    item em um estado no qual possa desempenhar uma funo requerida.

    Basicamente, as atividades de manuteno existem para evitar a

    degradao dos equipamentos e instalaes causada pelo seu desgaste natural ou pelo

    uso e/ou para recuperar a boa funcionalidade e confiabilidade dos equipamentos. Esta

    degradao pode se manifestar de vrias maneiras, desde a aparncia externa ruim

    dos equipamentos at perdas de desempenho e paradas da produo, at a fabricao

    de produtos de m qualidade e a poluio ambiental.

    Existem basicamente 3 tipos de manutenes:

  • Manuteno Corretiva: Manuteno efetuada aps a ocorrncia de uma

    parte destinada a recolocar um item em condies de executar uma funo

    requerida.

    Manuteno Preventiva: Manuteno efetuada em intervalos

    predeterminados, ou de acordo com critrios prescritos, destinada a reduzir

    a probabilidade de falha ou a degradao do funcionamento de um item.

    Manuteno Preditiva: Manuteno que permite garantir uma qualidade

    de servio desejada, com base na aplicao sistemtica de tcnicas de

    anlise, utilizando-se de meios de superviso centralizados ou de

    amostragem, para reduzir ao mnimo a manuteno preventiva e diminuir

    a manuteno corretiva.

    Com isso, a fim de maximizar os benefcios de tais servios, as

    manutenes de elevadores devem ser combinadas com as inspees dos mesmos.

    Isso ir garantir que a manuteno esteja em dia, seguindo padres, e que nada foi

    deixado ao acaso.

    A inspeo dos elevadores poder ser executada com a prpria empresa de

    manuteno ou contratando uma empresa terceirizada de consultoria em elevadores

    para faz-lo, para que se obtenha um relatrio.

    Com isso, as manutenes e inspees garantiro o funcionamento perfeito

    do elevador, e reduzir os custos com grandes reparos (manuteno corretiva).

    Vale ressaltar que, essas medidas, tambm atuam como salvaguarda legal, se um

    acidente vier a acontecer. Estes cuidados sero capazes de atenuar a responsabilidade

    legal do sndico ou administrador predial por qualquer acidente.

    Uma empresa de manuteno de elevadores realiza reparos e faz a

    manuteno preventiva de elevadores, sendo, portanto, responsvel pela segurana

    de passageiros e cargas que so transportados verticalmente em edifcios comerciais,

    residenciais, docas, hospitais, escolas, etc., bem como dos equipamentos que

    realizam esse transporte os elevadores.

    5. Aspectos Documentais e Jurdicos

    A responsabilidade pela contratao da empresa para execuo de servio

    para a conservao de elevadores do sndico ou proprietrio da edificao.

    Quando o elevador apresenta defeitos e provoca acidentes, a

    responsabilidade perante terceiros, e at em relao aos condminos e seus

  • familiares, ser sempre do condomnio, atravs de seu representante legal, o sndico.

    Entretanto, havendo prova de que o acidente ocorreu por defeito de servios

    prestados pela empresa de manuteno, ou por vcio de fabricao do fornecedor do

    elevador, ou mesmo da empresa que construiu o prdio, o condomnio poder propor

    ao contra os responsveis (ao de regresso).

    O sndico somente responder pessoalmente pelos danos em se

    comprovando sua culpa, por negligncia ou imprudncia, claramente, definidas em

    processo judicial. Nos casos comuns a responsabilidade ser sempre do condomnio.

    Sobre a manuteno de elevadores h no Cdigo Civil vrios itens que

    abordam o assunto, so eles: Art.1.348 - II - representar, ativa e passivamente, o

    condomnio, praticar, em juzo ou fora dele, os atos necessrios defesa dos

    interesses comuns; V - diligenciar a conservao e a guarda das partes comuns e

    zelar pela prestao dos servios que interessem aos possuidores; IX - realizar o

    seguro da edificao.

    Alm desse artigo h no Cdigo Civil os Art. 186, 187, 667 e 927. O

    Cdigo Penal tambm no Arts: 13 e 132. Portanto, o sndico o responsvel pela

    manuteno de toda a edificao e, desta forma, pode responder civil e criminalmente

    em casos de acidentes ou qualquer tipo de prejuzo causado por negligncia ou

    omisso de sua parte.

    Enfim, cabe ao sindico atentar-se para os itens abaixo:

    Estar atento s legislaes federais, estaduais e municipais referentes a

    elevadores;

    Manter um contrato regular com uma empresa de manuteno de

    elevadores;

    Exija da empresa de manuteno uma cpia da ART - Anotao de

    Responsabilidade Tcnica emitida pelo Crea - Conselho Regional de

    Engenharia e Agronomia, que o instrumento jurdico de que um

    engenheiro responde pelo equipamento no que tange sua conservao e

    segurana;

    O engenheiro responsvel e a empresa de manuteno devem ser

    registrados no Crea;

  • Todos os elevadores devem possuir afixados na cabine, em locais de fcil

    visualizao, uma placa contendo informaes de capacidade mxima

    indicada pelo nmero de pessoas ou peso;

    Em algumas cidades obrigatria uma placa como a inscrio da empresa

    de manuteno na Prefeitura com os respectivos contatos na empresa;

    O condomnio deve possuir seguro com cobertura para a responsabilidade

    civil do condomnio e sndico;

    Em algumas cidades necessria a existncia de RIA - Relatrio de

    Inspeo Anual. O RIA um relatrio que deve ser emitido anualmente

    pela empresa de conservao dos elevadores. Nele, devem constar todas

    as informaes da vistoria, indicando as condies tcnicas de

    funcionalidade e segurana. O RIA deve ser assinado pelo engenheiro da

    empresa contratada e uma cpia deve ser enviada ao condomnio;

    Exigir sempre da empresa conservadora uma cpia da ficha de

    atendimento de todas as ocorrncias preventivas e corretivas realizadas

    para que o condomnio tenha um histrico de todos os servios realizados;

    Estar atento norma ABNT NBR 15.597 que foi publicada em 2010,

    visando definir regras de segurana para proteger as pessoas e os objetos

    contra riscos de acidentes relacionados com as operaes, manuteno e

    as situaes de emergncia em elevadores.

    6. A Legislao e Normas Tcnicas Pertinentes

    Portaria N. 224 de 06 de maio de 2011 do Ministrio do Trabalho e

    Emprego.

    Cdigo do Direito do Consumidor: Lei n. 8.078 de 11 de setembro de

    1990: Dispe sobre proteo do consumidor e d outras providncias. O

    Cdigo de Defesa do Consumidor deixa bem claro: se existirem normas

    tcnicas para qualquer produto ou servio colocado no mercado de

    consumo, obrigatria a conformidade destes produtos ou servios com

    os requisitos da norma sob pena de responsabilidade para o fornecedor.

    Legislao do Sistema CONFEA/CREA: Deciso Normativa N. 36 de

    31 de julho de 1991 Dispe sobre a competncia em atividades relativas

    a elevadores e escadas rolantes.

  • Belo Horizonte: Lei 7.647 de 23 de fevereiro de 1999 - Dispe sobre

    instalao, conservao, reforma, modernizao, funcionamento e

    fiscalizao de elevadores e outros aparelhos de transporte.

    Decreto 10.042, de 28 de outubro de 1999 - Regulamenta a Lei n 7.647,

    de 23 de fevereiro de 1999, que dispe sobre instalao, conservao,

    reforma, modernizao, funcionamento e fiscalizao de elevadores e

    outros aparelhos de transporte.

    Decreto 11.601 de 9 de janeiro de 2004 - Regulamenta a lei n 8.616, de

    14 de julho de 2003, que contm o cdigo de posturas do municpio de

    Belo Horizonte.

    So Paulo: Lei 10.348 de 04.09.87 - Dispe sobre instalao e

    funcionamento de elevadores e outros aparelhos de transporte, e d outras

    providncias.

    Rio de Janeiro: LEI N. 2.743 DE 07 DE JANEIRO DE 1999 - Dispe

    sobre a Instalao e Conservao de Aparelhos de Transporte.

    Porto Alegre: LEI COMPLEMENTAR N 12 - Institui posturas para o

    Municpio de Porto Alegre e d outras providncias.

    Em 18/08/2009 a ABNT publicou a norma ABNT NBR 15.597:

    Requisitos de segurana para a construo e instalao de elevadores

    - Elevadores existentes - Requisitos para melhoria da segurana dos

    elevadores eltricos de passageiros e elevadores eltricos de

    passageiros e cargas. Esta norma visa estabelecer regras para melhoria da

    segurana dos elevadores e tcnicos em elevadores instalados antes da

    Norma ABNT NM 207 e as edificaes, de um modo geral, no podem

    estar defasados em relao s novas tecnologias. Com o projeto,

    desempenho e segurana do elevador atualizado de acordo com as novas

    normas tcnicas, o funcionamento do conjunto ter ainda mais qualidade.

    Um exemplo que na primeira norma publicada de elevadores (ABNT

    NB 30: 1963) no era obrigatria a instalao de iluminao de

    emergncia, no caso de ausncia de energia da concessionria, e na norma

    atual (ABNT NBR NM 207) obrigatria, como na ABNT NBR 15.597.

    A norma ABNT NBR 15.597 tambm estabelece o nvel de segurana de

    seu elevador atual e o Cdigo de Defesa do Consumidor preconiza em seu

  • artigo Art. 8: Os produtos e servios colocados no mercado de consumo

    no acarretaro riscos sade ou segurana dos consumidores, exceto os

    considerados normais e previsveis em decorrncia de sua natureza e

    fruio, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hiptese, a dar as

    informaes necessrias e adequadas a seu respeito.

    ABNT NBR NM 207:2009 Elevadores eltricos de passageiros

    Requisitos de segurana para construo e instalao.

    ABNT NBR 15.597:2010 Requisitos de segurana para a construo e

    instalao de elevadores Elevadores existentes Requisitos para

    melhoria de segurana dos elevadores eltricos de passageiros e

    elevadores eltricos de passageiros e cargas.

    ABNT NBR 16.083:2012 Manuteno de elevadores, escadas rolantes

    e esteiras rolantes Requisitos para instrues de manuteno.

    ABNT NBR 16.042:2012 Elevadores eltricos de passageiros

    Requisitos de segurana para construo e instalao de elevadores sem

    casa de mquinas.

    ABNT NBR 12.892:2009 Elevadores unifamiliares ou de uso restrito

    pessoa com mobilidade reduzida Requisitos de segurana para

    construo e instalao.

    ABNT NBR NM 313:2007 Elevadores de passageiros Requisitos de

    segurana para construo e instalao Requisitos particulares para a

    acessibilidade das pessoas, incluindo pessoas com deficincia.

    ABNT NBR NM 267:2002 Elevadores hidrulicos de passageiros

    Requisitos de segurana para construo e instalao.

    ABNT NBR 14.712:2001 Elevadores eltricos Elevadores de carga,

    monta-cargas e elevadores de maca Requisitos de segurana para

    projeto, fabricao e instalao.

    ABNT NBR 14.364:1999 Elevadores e escadas rolantes Inspetores de

    elevadores e escadas rolantes Qualificao.

    ABNT NBR 5565:1983 Verso Corrigida:1987 Clculo do trfego nos

    elevadores.

  • 7. Consideraes Finais

    Elevadores so meios de transporte seguros, se observados os critrios de

    projeto, construo e, principalmente se respeitados os planos de manuteno dos

    mesmos.

    Vale ressaltar os que a conservao e o modo correto de utilizao por

    parte dos usurios, tambm contribuem para um funcionamento bom e seguro dos

    elevadores.

    Outro ponto que importante destacar o da responsabilidade em caso

    de acidentes, a qual recai sobre o sndico ou condomnio em caso de negligncia,

    mas se comprovado falha nos componentes, de instalao ou por falha na

    manuteno, a responsabilidade passa a ser da empresa que presta os servios de

    manuteno e/ou inspeo do elevador.

  • ANEXO

  • MANUTENO PREVENTIVA DOS ELEVADORES

    Objetivando detectar eventuais falhas ou defeitos nos elevadores, a Contratada

    dever instalar, concomitantemente ao incio da prestao do servio, programa de

    autodiagnstico, contendo software e hardware no Quadro de Comando dos Elevadores

    para utilizao especfica dos tcnicos da empresa responsveis pela manuteno.

    O autodiagnstico dever fornecer, no mnimo, informaes sobre os componentes dos

    elevadores, tais como: estado das portas, dos freios, das rguas, alm de parmetros de

    configurao e programao dos elevadores como velocidade e torque. A funo precpua

    do autodiagnstico a de auto-checking no elevador, proporcionando uma soluo rpida

    e eficaz para possveis problemas, de forma a reduzir o tempo de reparo.

    A manuteno preventiva destina-se a reduzir a possibilidade de ocorrncia de defeitos,

    falha ou irregularidades nos elevadores, bem como nas plataformas elevatrias

    inclinadas, devendo o procedimento ser adotado conforme rotina das atividades abaixo

    discriminadas e estabelecidas pelo fabricante, ou em atendimento solicitao da

    Fiscalizao, compondo-se o servio dos seguintes itens, a saber:

    1. ELEVADORES E PLATAFORMAS VERTICAIS - ROTINA DAS ATIVIDADES

    DA MANUTENO PREVENTIVA A SEREM VERIFICADAS NOS ELEVADORES

    A. CABINA INTERNA

    A.1. Painel de Operao

    - Arranhes, amassados, parafusos de fixao e setas de direo se acendem e se no esto

    quebradas;

    - Botoeira mecnica: se o boto da chamada no est danificado/trancando ao ser

    acionado e se acende o auto iluminado;

    Botoeira capacitativa: se o acrlico transparente no est quebrado, se o inox no est mal

    posicionado; se quando ligada a seta, o boto est frouxo no acrlico;

    - Botes abre-porta (AP), fecha-porta (FP) e Alarme (AL) se esto funcionando

    corretamente.

    A.2. Interfone ou intercomunicador:

    - Verificar funcionamento na cabina e portaria.

  • A.3. Iluminao, subteto e ventilador:

    - Verificar o funcionamento das lmpadas, funcionamento do ventilador, fixao e

    limpeza do subteto.

    A.4. Painis de acabamento, frisos e piso:

    - Se esto fixados, sem riscos e amassados, se existem placas indicativas como: No

    Fume, Assistncia Tcnica da Empresa Responsvel pela Manuteno, Modelo do

    Elevador e Capacidade.

    A.5.Guarda-Corpo e Espelho:

    - Fixao, quebra, riscos, amassados e falta de parafuso.

    A.6. Portas, corredias e rguas de segurana:

    - Portas das cabinas: funcionamento e fixao quebram, riscos, amassados e falta de

    parafusos. Com a porta aberta e com a porta fechada deve haver alinhamento das folhas

    entre si e com a coluna (na necessidade de ajuste observar item 3.4);

    - Corredias; pressionando a parte de baixo das portas contra a soleira para verificar folga

    excessiva;

    - Rgua de Segurana: verificao do funcionamento, ajuste mecnico, rudos, limpeza e

    fixao.

    A.7. Indicador:

    - Indicador quebrado, mal fixado, com setas soltas, segmentos ou lmpadas queimadas.

    A.8. Comandos cabineiro, ventilador e banqueta:

    - Funcionamento do manual/automtico, comando de lotado, ventilador e banqueta.

    A.9. Sistema de Circuito Interno de TV CFTV

    - Verificar funcionamento da cmera instalada no interior da cabina do elevador e o

    controle do vdeo localizado na Portaria do Prdio, para efetivo monitoramento do

    sistema.

    B. PAVIMENTO

    B.1. Botoeiras e indicadores:

  • - Indicador quebrado, mal fixado;

    - Na manuteno dirigida: funcionamento dos segmentos, das setas, lmpadas e botes

    de chamadas.

    B.2. Portas e Soleiras (PAV/CAB):

    - Fixao e amassados de soleira de pavimento, ferragens, borrachas de marco, ilhs e

    puxadores. Limpar a parte inferior da soleira da cabina.

    B.3. Acelerao / Desacelerao e Nivelamento:

    - Nivelamento do elevador em subida e descida e existncia de rudos;

    - Elevadores sem controle de velocidade mxima de 25 m/mim com controle eletrnico

    de velocidade mxima de aproximadamente 10m/min (adotando-se carga de 01 (uma)

    pessoa);

    - A acelerao e a desacelerao sero medidas pelo conforto (suavidade) sentido pelo

    tcnico na parada do elevador.

    B.4. Fechos eletromecnicos:

    - Se com o elevador nivelado o mesmo no est sem folga;

    - Ajustar e verificar aterramento;

    - Para fecho ACE sem pino acionador, testar com gabarito.

    B.5. Fechos hidrulicos:

    - Fixao de fechos, espelhos e tampas, e existncia de vazamentos;

    - Na manuteno dirigida: efetuar regulagem.

    C. CASA DE MQUINAS:

    C.1. Protees e conexes (Painel de fora), Chaves de Fora, Chave Disjuntora e

    Fusveis do QC:

    - Reapertar fiaes em geral;

    - Condies da fiao de fora que alimenta o quadro, quanto isolao e estado dos

    condutores;

  • - Observar se as conexes no apresentam aquecimento anormal ou oxidao, se

    apresentarem, limp-las;

    - Condies dos fusveis e seus engates - no podem estar curto-circuitados;

    - Funcionamento mecnico (manualmente);

    - Se a denominao da corrente est de acordo com a tabela de fusveis;

    - Proceder ao aperto dos fusveis.

    C.2. Quadro de Comando:

    - Reapertar fiaes em geral;

    - Verificar desgaste dos contatos das chaves contatoras, fixao dos rels, mdulos

    eletrnicos e conexes das chaves e transformadores;

    - Retirar excesso de poeira com pincel.

    C.3. Bateria e fonte de luz de emergncia:

    - Funcionamento (desligar o disjuntor de iluminao da cabina) e nvel de gua da bateria.

    C.4. Mquina e cabos de trao:

    - Nvel do leo da mquina e vazamentos em vedaes (mensal);

    - Verificar (trimestral) o nvel de leo no coletor (se estiver cheio propor troca do retentor)

    e esvaziar a caixa;

    - Rudos e desgaste nos rolamentos / buchas, na coroa sem-fim e acoplamento;

    - Existncia de limalhas de ferro e desgaste nas polias (o cabo no pode estar encostando

    se ao fundo do canal da polia);

    - Existncia de cabos rompidos.

    C.5. Unidade hidrulica:

    - Verificar vazamentos, conexes eltricas e mecnicas, nvel do leo e funcionamento

    da vlvula de emergncia.

    C.6. Motor de induo:

  • - Nvel do leo dos mancais do motor; o anel de lubrificao deve estar trazendo leo

    para a parte superior do mancal e se ao girar o anel estiver seco, acrescentar mais leo;

    - Lubrificar graxeiras;

    - Desgaste das borrachas e rudo no acoplamento do motor.

    C.7. Trocador de calor: - Verificar funcionamento, existncia de vazamentos e limpar.

    C.8. Freio e contato BK ou CPF:

    - Verificar manualmente o mbolo e a regulagem do contato BK e condies das lonas;

    - Limpar os furos das articulaes e lubrificar (proteger o flange);

    - Ajustar freio eletromecnico;

    - Verificar a regulagem do contato BK.

    C.9. Regulador de velocidade:

    - Desgaste da polia: no regulador instantneo o cabo no pode encostar-se ao fundo do

    canal;

    - Com o carro em movimento, verificar rudo, o funcionamento das peas mveis e

    contatos eltricos (verificao manual);

    - Limpar e lubrificar (no lubrificar a borracha).

    C.10. Intercomunicador:

    - Verificar o funcionamento dos aparelhos da cabina, da sala de controle e da casa de

    mquinas.

    D. CABINA SUPERIOR:

    D.1. Porta e contato de emergncia:

    - Funcionamento do contato de segurana.

    D.2. Corredia superior, suspenso dos cabos de trao, chaves de induo:

    - Estado das corredias, desgaste dos nylons e folga entre as guias (+/6 mm);

    - Lubrificar as graxeiras e limpar;

  • - Tensionamento manual, fixao das castanhas, porcas e contra-porcas, cupilhas e metal

    mongol, distanciadores de cabos e rudos (batidas) entre os chumbadores;

    - Fixao e centralizao das placas nas chaves de induo, fixao das fiaes e se a

    distncia do im suficiente para acionar os contatos eltricos.

    D.3. Aparelhos de segurana:

    - O estado dos componentes, acionamento do contato eltrico manualmente e limpar.

    D.4. Operador de portas:

    - Condies (tenso e desgaste) das correntes, correia e cabo de ao;

    - Desgaste dos roletes do carrinho, funcionamento e folga dos microrruptores, fixao do

    motor, tampa e ajuste do freio magntico;

    - Ajustar a caixa-de-came, roletes, freio do motor operador e tensionamento dos cabos.

    D.5. Teto / Estrutura:

    - Limpar.

    E. CAIXA DE CORRIDA:

    E.1. Polia de Desvio:

    - Fixao, limpeza, lubrificao, desgastes dos canais, eixos e rolamentos.

    E.2. Limites superiores:

    - Verificar limpeza, fixao, lubrificao, posio de acionamento na rampa, exceto

    hidrulico, e acionamento manual.

    E.3. Guias de suportes:

    - Verificar limpeza e lubrificao de suportes e guias;

    - Corredias de nylon: limpar e lubrificar semestralmente;

    - Corredia de rolo: limpar semestralmente.

    E.4. Cabos de manobra e fiaes:

    - Verificar as condies da fiao eltrica e cabos de manobra na caixa de corrida,

    observando se no h linhas rompidas, oxidaes em bornes, obstruo e posio.

  • E.5. Portas de pavimento e fecho eletromecnico:

    - Fixao do dispositivo de arraste, mola, rolete, posio do suporte de acionamento da

    chave de emergncia, cabos e peso de acionamento, tensionamento e lubrificao;

    - Limpar conjunto / fechamento;

    - Interromper manualmente o circuito do trinco, acionando o brao do trinco ou

    dispositivo de arraste (o elevador deve parar). Ajustar fecho eletro- mecnico;

    - Reaperto de fiaes, conexes eltricas e brao acionador.

    E.6. Contrapeso:

    - Fixao dos pesos, verificar empenamento da estrutura em direo s guias e estado das

    corredias;

    - Verificar separador e fixao dos cabos (castanhas, porcas/contraporcas, cupinhas e

    metal mongol);

    - Limpar a estrutura.

    E.7. Pisto hidrulico:

    - Verificar vazamentos, fixao dos suportes dos pistes e conexes.

    E.8. Mangueira hidrulica:

    - Verificar vazamentos.

    E.9. Limitador de reduo na descida:

    - Limpeza, lubrificao, fixao e acionamento (manual e com a rampa).

    F. POO:

    F.1. Limites inferiores:

    - Limpeza, fixao, lubrificao e acionamento (manual).

    F.2. Corredia inferior:

    - Estado das corredias, desgaste dos nylons e folga entre as guias (+/- 6 mm),

    - Limpar e lubrificar as graxeiras.

    F.3. Aparelho de segurana, cabo/corrente compensao e cornija:

  • - Fixao dos cabos/correntes de compensao e cabo de manobra;

    - Limpar a cornija.

    F.4. Pra-choque:

    - Verificar a capa, o nvel do leo, a fixao e funcionamento do pisto hidrulico e

    acionamento do contato eltrico (manualmente);

    - Limpar.

    F.5. Polia, cabos e corrente de compensao:

    - Verificar desgaste dos canais da polia, lubrificao, funcionamento e posio dos

    contatos eltricos e limpar;

    - Verificar desgaste dos cabos e correntes de compensao, equalizao e alongamento;

    - Fixao do suporte de desvio da corrente de compensao;

    - Lubrificar guias da polia de compensao.

    F.6. Polia tensora:

    - Fixao junto guia, acionamento do contato eltrico (quando houver);

    - Alinhamento da polia, do brao e do suporte, distncia do peso ao piso (maior que 150

    mm) e tenso do cabo;

    - Limpar e lubrificar o eixo

    F.7. Deslize do contrapeso:

    - Com a cabina nivelada no ltimo pavimento superior, medir a distncia da mola at a

    parte inferior da estrutura do contrapeso (150 a 500 mm) e anotar na Ordem de Servio.

    F.8. Fundo do poo:

    - Limpar.

    Observao: Dever ser desligado o elevador e notificado o Administrador do Prdio pelo

    tcnico-plantonista, nas seguintes situaes:

    - Deficincia na alimentao eltrica do prdio;

  • - Falta de aterramento no quadro de fora, na casa de mquinas, ou ligaes eltricas

    clandestinas;

    - Cabos de ao com perna rompida;

    - Contrapeso encostado na mola;

    - Situaes que no garantam o funcionamento seguro do elevador.

    G. NAS PLATAFORMAS ELEVATRIAS INCLINADAS:

    1) MENSAL:

    - Limpeza geral;

    - Verificar rudos anormais;

    - Verificar voltagem e amperagem;

    - Verificar botoeiras, interruptores e fusveis;

    2) SEMESTRAL:

    - Verificar se a posio de parada nos pisos no final do percurso corresponde a desejada;

    - Verificar se os dentes do pinho de trao das rodas de deslizamento das mquinas esto

    desgastados ou deteriorados;

    - Realizar limpeza e lubrificao das guias;

    - Verificar as peas mveis, elementos de proteo, etiquetas e placas de informao.

    3) ANUAL:

    - Verificar o correto funcionamento dos comandos efetuando teste geral relativo a todas

    as funes de bordo;

    - Comprovar que no tenham sido efetuadas alteraes ou modificaes na instalao;

    - Botoeiras de piso - controlar seu funcionamento corretamente;

    - Instalao eltrica - Controlar o correto funcionamento de todos os componentes

    eltricos.

  • 2. PLANO DE MANUTENO PREVENTIVA