pressões no ambiente de trabalho e suas consequências
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA – UNEC
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
PRESSÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO E SUAS
CONSEQUÊNCIAS
GLAYDSON GONÇALVES DA SILVA
Caratinga 2012
GLAYDSON GONÇALVES DA SILVA
PRESSÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO E SUAS
CONSEQUÊNCIAS
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Administração do Centro Universitário de Caratinga – UNEC, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Administração, sob a orientação da Prof. DSc. Ana Paula Rodrigues.
Caratinga 2012
GLAYDSON GONÇALVES DA SILVA
PRESSÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Monografia apresentada, julgada e aprovada pelo Corpo Docente do Curso de Graduação em Administração do Centro Universitário de Caratinga – UNEC, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Data da Aprovação:______ de _____________________ de _______
BANCA EXAMINADORA
DSc. Ana Paula Rodrigues Orientadora
MSc. Alan de Freitas Barbieri Examinador
DSc. Eugênio Maria Gomes Examinador
Caratinga 2012
DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos aqueles que acreditam que ideia, foco e ação são os caminhos para a transformação pessoal e social.
AGRADECIMENTOS
Sou grato a todos os professores e pessoas que contribuíram para meu
desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional. De modo especial,
agradeço à professora Ana Paula Rodrigues, pelo incentivo, entusiasmo e
disponibilidade em me orientar.
Agradeço à minha esposa Marilene, ao meu filho Guilherme e aos meus
familiares e amigos, pelo apoio, cumplicidade e compreensão e a você que
contribuiu de forma direta ou indireta ao logo da minha trajetória.
Ó DEUS, obrigado por estar sempre presente.
"Sem trabalho, toda vida apodrece, mas sob um trabalho sem alma a vida
sufoca e morre."
Albert Camus (Rodrigues, 1992)
RESUMO
O presente estudo teve por objetivo apresentar o estresse no ambiente de trabalho e suas consequências. Esta abordagem apresentou os principais aspectos das pressões no ambiente de trabalho com foco nas micro e pequenas empresas que atuam na prestação de serviços na região de Caratinga em Minas Gerais. Esta monografia revelou o ambiente de trabalho, suas características e influências exercidas sobre as pessoas. Evidenciou as definições de estresse ocupacional e sua divisão. Tratou ainda das dimensões do estresse e da avaliação dos estímulos estressores. Como metodologia utilizou-se a pesquisa exploratória, bibliográfica e documental e a pesquisa de campo. A fundamentação teórica deu-se por meio da pesquisa bibliográfica, abrangendo a leitura, análise e interpretação de livros e outros. Por outro lado a pesquisa de campo tratou de identificar a percepção dos indivíduos quanto à qualidade de vida no trabalho na região alvo deste estudo. Os dados da pesquisa foram coletados através de questionário, e em seguida tabulados e apresentados em forma de gráficos na discussão dos resultados da exploração. Concluiu-se que os gestores devem identificar os estímulos estressores negativos, a fim de combatê-los, visando à eliminação ou prevenção de doenças físicas ou psicológicas no ambiente de trabalho. Este fator por vezes é negligenciado, no entanto, medidas simples, tais como ouvir e elogiar os funcionários podem fazer a diferença.
Palavras-chave: ambiente, trabalho, estresse, consequência.
ABSTRACT
The present study aims to present stress in the workplace and its consequences. This approach presented the main aspects of the pressures in the workplace with a focus on micro and small companies that operate in the provision of services in the region of Minas Gerais Caratinga. This monograph showed the work environment, its characteristics and influence exerted on people. Showed the definitions of occupational stress and its division. This was also the dimensions of stress and assessment of stressors. The methodology used to exploratory research, bibliographical and documentary and field research. The theoretical basis was given by the literature, including reading, analysis and interpretation of books and other. On the other hand field research tried to identify the perceptions of individuals about the quality of work life in the target region of this study. The survey data were collected through a questionnaire, and then tabulated and presented in graphs in the discussion of results of operations. It was concluded that managers should identify negative stressors in order to fight them, aiming at elimination or prevention of physical or psychological illness in the workplace. This factor is sometimes overlooked, however, simple measures, such as listening and praising employees can make a difference.
Keywords: environment, work, stress, result.
SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
2 – DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 12
2.1 – O ambiente de trabalho .................................................................................................... 12
2.1.1 – Tipos de clima organizacional ...................................................................................... 14
2.1.2 – A cultura organizacional ............................................................................................... 14
2.2 – O ESTRESSE .................................................................................................................. 18
2.2.1 – Avaliação dos estímulos estressores ............................................................................. 19
2.2.2 – Estratégia para lidar com os estímulos ......................................................................... 21
2.2.3 – O modelo exigência-controle ....................................................................................... 24
2.2.4 – Os estudos de Cooper e Colaboradores ........................................................................ 25
2.3 – Consequências do estresse no trabalho ............................................................................ 25
2.3.1 – Síndrome de Burnout .................................................................................................... 26
2.3.2 – Depressão ..................................................................................................................... 27
2.3.3 – Lesões por esforços repetitivos (LER) ......................................................................... 28
3 – METODOLOGIA ............................................................................................................... 31
4 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................................. 32
4.1 – Apresentação e Discussão dos Resultados ...................................................................... 34
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 37
6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 40
7 ANEXOS ............................................................................................................................... 42
7.1. ANEXO A - QUESTIONÁRIO ........................................................................................ 42
7.2. ANEXO B - GRÁFICOS .................................................................................................. 43
LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1: Valores e costumes relacionados à saúde-doenca. ............................................... 16
FIGURA 2: A hierarquia das necessidades humanas, segundo Maslow .................................. 21
FIGURA 3: Pressão versus desempenho no trabalho. .............................................................. 22
FIGURA 4: Aspectos básicos que caracterizam a síndrome de burnout. ................................. 27
TABELA 1: Síntese dos fatores existentes no trabalho predisponentes de ler/DORT ............ 30
FIGURA 6: Resultado da avaliação dos colaboradores ........................................................... 32
GRÁFICO 1: Representação percentual do público entrevistado ............................................ 34
GRÁFICO 2: Percentual de entrevistados por faixa etária....................................................... 34
GRÁFICO 3: Escala geral de percepção dos indivíduos .......................................................... 35
GRÁFICO 4: Satisfação média dos colaboradores quanto a compensação ............................. 36
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1 – INTRODUÇÃO
A revolução dos meios de comunicação e a revolução digital, marcadas pela
eclosão da internet na década de 1990 trouxeram consigo agilidade, conforto, mudanças no
cenário econômico global e no modo de vida das pessoas, tornando oportuno o estudo sobre
as Pressões no Ambiente de Trabalho e suas Consequências para os indivíduos e empresas.
É relativamente impossível que indivíduos da sociedade moderna vivam isolados,
porém, a vida integrada é desafiadora, é preciso encontrar maneiras criativas de viver de
forma parcialmente independente em uma sociedade.
Neste contexto, esta abordagem visa à apresentação dos principais aspectos das
pressões no ambiente de trabalho com foco nas micro e pequenas empresas que atuam na
prestação de serviços na região de Caratinga em Minas Gerais.
As relações com diferentes ambientes de trabalho, por vezes inadequados ao bem
estar humano, estimularam o desenvolvimento deste estudo, dada a importância do ambiente
empresarial e sua influência na qualidade de vida das pessoas nele inseridas, serão enfatizadas
as consequências das pressões para os colaboradores e empresas; a fim de alertar e propor
alternativas visando minimizar os impactos negativos provocados pelas pressões e valorizar
os estímulos positivos.
O primeiro capítulo deste estudo apresenta o ambiente de trabalho, suas
características e influências exercidas sobre os indivíduos, ressaltando-se Chiavenato (1994),
ao propor que o trabalho das pessoas é profundamente influenciado por três grupos de
condições. Em seguida discorrerá sobre a influência da metodologia científica, desenvolvida
por Taylor, no ambiente de trabalho de acordo com Krames (2010) e a visão de Dejours
(1992), quanto às consequências da organização do trabalho no ambiente taylorista.
Este capítulo também coloca em evidência os diferentes climas organizacionais e
seus impactos no trabalhador sob a ótica de Edela (1978) apud França e Rodrigues (2002).
Além de abordar a cultura organizacional como fator gerador de pressões no ambiente de
trabalho, finalizando com a visão de Gomes (2010) sobre a Cultura Organizacional ou Teoria
do Desenvolvimento Organizacional.
O segundo capítulo aborda o conceito de estresse segundo França e Rodrigues
(2002), a seguir, de acordo com Jex (1998), apresenta as definições de estresse ocupacional e
sua divisão. Trata ainda das dimensões do estresse: Eustress e Distress, e da avaliação dos
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estímulos estressores. Este capítulo considera os três estados psicológicos do indivíduo
influenciados pela Qualidade de Vida no Trabalho e características das tarefas, segundo
Hackman e Oldham (1975).
A seguir ressalta a importância do conhecimento da Hierarquia das Necessidades
Humanas, segundo Maslow. Cogita ainda as estratégias para lidar com os estímulos
estressores no trabalho, chegando às restrições ambientais impostas por trabalhos estressantes
observadas por Baker e Karase (2000), serão citados os workaholics “viciados em trabalho”,
culminando com os Estudos de Cooper e Trabalhadores a cerca da visão mecanicista do
estresse.
O terceiro capítulo aborda as consequências do estresse no trabalho. Neste âmbito
França e Rodrigues (2002) apresentam a importância de não se interpretar a dor como sendo
apenas psicológica. Irá dispor o conceito de burnout, como uma das consequências do
estresse, de acordo com Arantes & Vieira (2002), percorrendo sobre a depressão gerada pelo
estresse no trabalho, segundo Galvão et al (2012).
Este capítulo expõe outros efeitos do estresse no trabalho, a LER e DORT
conforme Kuorinka e Forcier (1995).
A seguir apresentou-se a metodologia utilizada no desenvolvimento deste estudo
seguida da discussão dos resultados. É válido salientar a utilização de gráficos resultantes da
pesquisa efetuada em campo, os quais proporcionarão uma visão ampla da percepção dos
indivíduos quanto à qualidade de vida no trabalho nas micro e pequenas empresas prestadoras
de serviço na região de Caratinga.
A pesquisa realizada justifica-se pelo fato de que por vezes a falta de equilíbrio
das pressões geradas no ambiente de trabalho são a causa de malefícios à saúde psíquica e
física dos colaboradores e provocam insatisfação, queda da produtividade e prejuízo.
O estudo em questão é um alerta e propõe a adoção de medidas que garantam um
ambiente de trabalho mais humanizado, que resulte em maior satisfação, motivação e
produtividade dos colaboradores.
Por questões éticas a identidade das pessoas e empresas envolvidas será
preservada, no entanto, em vista de resultados práticos, as empresas participantes serão
beneficiadas com o resultado da pesquisa e recomendações personalizadas.
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2 – DESENVOLVIMENTO
2.1 – O ambiente de trabalho
Para Chiavenato (1994), o trabalho das pessoas é profundamente influenciado por
três grupos de condições:
• Condições ambientais de trabalho: como a iluminação, temperatura, ruído etc.
• Condições de tempo: como duração da jornada de trabalho, horas extras,
períodos de descanso etc.
• Condições sociais: como organização informal, status etc.
Por condições ambientais de trabalho queremos referir-nos às circunstâncias
físicas que envolvem o colaborador enquanto ocupante de um cargo, na organização. Ou seja,
é o ambiente físico que envolve o empregado, enquanto ele desempenha um cargo.
Os três itens mais importantes das condições ambientais de trabalho são:
iluminação, ruído e condições atmosféricas.
Outro fator relevante é a influência da metodologia científica no ambiente de
trabalho. De acordo com Krames (2010), a figura mais influente e controversa do início do
século XX foi Frederick Taylor (1856-1915), engenheiro americano considerado o pai da
administração científica.
Taylor começou com algo que chamou estudos de tempos e movimentos, que
consistia em estudar e cronometrar as tarefas de cada trabalhador, até frações de segundos.
Dessa forma, ele identificava o trabalho a ser realizado, desdobrava-o em sucessivas
atividades, definia a maneira mais eficiente de executar cada tarefa e, por fim, integrava cada
etapa na sequência mais adequada, levando em conta tanto a velocidade quanto os custos.
Contudo, apesar de suas contribuições, Taylor viria a ser criticado por várias de
suas idéias, inclusive por essa que diminuiu o valor e a dignidade do trabalhador ao desprezar
o que hoje se conhece por “habilidades para desenvolver e executar atividades”.
Segundo Dejours (1992), a organização do trabalho e, em particular, sua
caricatura no sistema taylorista e na produção por peças é capaz de neutralizar completamente
a vida mental durante o trabalho, efetivando-se assim o choque com a organização do
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trabalho. O autor apresenta o ambiente de trabalho taylorista como desfavorável à saúde do
trabalhador.
Outro fator decisivo na manutenção da saúde do trabalhador é o clima
organizacional. De acordo com Edela (1978) apud França e Rodrigues (2002), o clima
organizacional é um fenômeno resultante da interação dos elementos da cultura, como
preceitos, caráter e tecnologia. Decorre do peso dos efeitos de cada um desses elementos
culturais, valores, políticas, tradições, estilos gerenciais, comportamentos, expressões dos
indivíduos envolvidos no processo e também resultante do conjunto de instrumentos,
conhecimentos e processos operacionais da organização.
O clima organizacional influencia direta e indiretamente nos comportamentos, na
motivação, na produtividade do trabalho e também na satisfação das pessoas envolvidas com
a organização. Segundo Luz (2001) apud Lima e Albano (2002, p 32),
O clima retrata o grau de satisfação material e emocional das pessoas no trabalho. Observa-se que este clima influencia profundamente a produtividade do indivíduo e, consequentemente da empresa. Assim sendo, o mesmo deve ser favorável e proporcionar motivação e interesse nos colaboradores, além de uma boa relação entre os funcionários e a organização.
O clima terá sua primeira origem dentre os valores, tradições que cada um dos
envolvidos no processo trouxerem para dentro da organização, sendo que esses pressupostos
influenciarão diretamente no estilo gerencial ou de liderança. “O clima gerencial é
determinado primeiro pelos pressupostos sobre a natureza do homem, prevalentes na
organização...” (Shein apud Lima e Albano, 2002, p. 35).
O clima organizacional também reflete a história dos tipos de pessoas que a
organização atrai, dos seus processos de trabalho, das modalidades de comunicação e também
reflete a história de quem exerce a autoridade dentro do sistema. Edela (1978) apud França e
Rodrigues (2002), como outro referencial, fixou-se mais no clima organizacional e
compreendeu que este é resultado, em sua totalidade, da própria cultura, tradições e métodos
de ação de cada organização. Para ele, cada novo colaborador espera ter o apoio da empresa e
que esta atenda seus desejos econômicos, sociais e emocionais. Através da percepção que
tiver, este funcionário produzirá uma ou outra imagem do clima da organização em sua
mente. As empresas atraem ou mantêm pessoas que se ajustam ou não em seus padrões de
comportamento, que por muitas vezes são perpetuados através da história da organização.
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Pode-se dizer, ainda, que o clima organizacional é o reflexo das motivações,
comportamentos e relações estabelecidas entre os agentes organizacionais, além de ser um
fator que influencia estas mesmas variáveis.
2.1.1 – Tipos de clima organizacional
Existem diversos tipos e subtipos de climas organizacionais, portanto a
apresentação de somente alguns deles se deve ao fato dos três tipos de climas a seguir,
estarem mais ligados ao foco deste estudo, pressões no ambiente de trabalho e suas
consequências. Sendo assim, Edela (1978) apud França e Rodrigues (2002), os classificou
como clima desumano, onde é dada excessiva importância à tecnologia; clima tenso, no qual
há forte pressão ao cumprimento de normas rígidas, burocráticas em que os resultados podem
levar a punições e/ou demissões e por último, o clima de tranquilidade e confiança, onde
existe plena aceitação dos afetos, sem descuidar-se dos preceitos e do trabalho.
Cabe à liderança coorporativa estar atenta ao clima organizacional. Ela é
responsável por desenvolver mecanismos que favoreçam o equilíbrio entre as necessidades e
resultados esperados pela empresa, valorizando e considerando as pessoas (como ser
humano), suas aspirações e limites.
2.1.2 – A cultura organizacional
A cultura organizacional é outro fator gerador de pressões no ambiente de
trabalho e por exercer influência silenciosa, por vezes resulta em consequências drásticas para
os indivíduos e empresas.
Ao pesquisar a bibliografia sobre cultura organizacional, identificaram-se vários
conceitos, inclusive parecidos ou complementares. Entretanto, é válido apontar o conceito de
Nassar (2000) apud Lima e Albano (2002, p. 24):
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...cultura organizacional é o conjunto de valores, crenças e tecnologias que mantém unidos os mais diferentes membros, de todos os escalões hierárquicos, perante as dificuldades, operações do cotidiano, metas e objetivos. Pode-se afirmar ainda que é a cultura organizacional que produz junto aos mais diferentes públicos, diante da sociedade e mercados o conjunto de percepções, ícones, índices e símbolos que chamamos de imagem corporativa.
A formação dos valores relacionados à saúde e doença acontece na empresa com
vistas à produtividade, responsabilidade social e o valor que se dá à preservação das pessoas,
dos históricos de acidentes e da própria cultura organizacional.
Porem de acordo com Gomes (2010), a Cultura Organizacional ou Teoria do
Desenvolvimento Organizacional é um desdobramento prático e operacional da Teoria
Comportamental a caminho da abordagem sistêmica. Segundo o autor, Leland Bradford é
considerado o precursor deste movimento teórico, autor do livro “T-Group Theory and
laboratory methods” (Nova York, 1964). Essa teoria simboliza a fusão de duas tendências no
estudo das organizações: de um lado o estudo da estrutura e do outro o estudo do
comportamento humano nas organizações, integrados por meio de um tratamento sistêmico.
Os vários modelos de D. O. basicamente consideram quatro variáveis, segundo o autor acima:
• A organização que aborda o impacto sofrido em decorrência da turbulência
ambiental e as características que são necessárias para ter dinamismo e
flexibilidade organizacional para que seja possível sobreviver nesse ambiente.
• O meio ambiente, através dos aspectos como a turbulência ambiental,
explosão do conhecimento, explosão tecnológica, explosão das
comunicações, impacto dessas mudanças sobre as instituições e valores
sociais, etc.
• O grupo social, levando em consideração aspectos de liderança, comunicação,
relações interpessoais, conflitos, entre outros.
• O indivíduo ressaltando as motivações, atitudes, necessidades, etc. Os autores
salientam essas variáveis básicas para que possam explorar sua
interdependência, diagnosticar a situação e interferir em diversas variáveis
estruturais e comportamentais, para que uma mudança permita a consecução
tanto dos objetivos organizacionais quanto individuais.
Portanto, a ênfase é dada na gestão de pessoas e processos. Os principais objetivos
do desenvolvimento organizacional são (CHIAVENATO, 1994):
1. Aumentar o nível de confiança e apoio entre os membros organizacionais.
2. Aumentar a confrontação dos problemas organizacionais dentro dos grupos e
entre os grupos, e não varrer os problemas para debaixo do tapete.
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3. Criar um ambiente no qual a autoridade designada pelo papel seja aumentada
pela autoridade baseada sobre o conhecimento e habilidade.
4. Incrementar a abertura das comunicações laterais, verticais e diagonais.
5. Incrementar o nível de entusiasmo e satisfação pessoal na organização.
6. Procurar dar soluções sinergísticas aos problemas de maior frequência
(soluções sinergísticas são soluções criativas em que 2 + 2 é maior que 4 e
por meio das quais todas as partes ganham mais por intermédio da
cooperação do que por intermédio do conflito).
7. Incrementar o nível de responsabilidade individual e de responsabilidade
grupal no planejamento e implementação.
O quadro abaixo ilustra a organização das empresas e sua ralação com o meio
ambiente interno, envolvendo o perfil dos líderes; e externo: clientes, produtos, história
empresarial, mercado, concorrentes, governo e fornecedores; a fim de responder às
necessidades dos seus clientes.
FIGURA 1: Valores e costumes relacionados à saúde-doenca.
Fonte: FRANÇA e RODRIGUES ( 2002).
De acordo com França e Rodrigues (2002, p. 118), todo colaborador na empresa
interage com suas próprias crenças e histórias, combinadas com os moldes da empresa,
formando uma dinâmica psicossocial.
Essa dinâmica é Psico porque está presente em cada pessoa de forma particular, o
homem é formado por história de vida, características herdadas, experiências e valores
pessoais. E social porque é compartilhada e reconhecida pelas pessoas que estão
Tabus
Valores
Tecnologia Formas de comunicação
Operações
Serviços
Sentimentos
Histórias
Procedimentos administrativos
Empresa
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comprometidas com tarefas, responsabilidades e funções em determinada empresa. O lado
social relaciona-se com produtividade-disciplina, critérios de saúde-doença e os vínculos
imediatos.
Autores como (Chiavenato, 1999; Nassar, 2000; Vergasta, 2001) apud Lima e
Albano (2002) afirmam que a cultura organizacional pode sofrer mudanças ao longo do
tempo, mesmo que a organização resista a elas. De acordo com Vergasta (2001, p. 35), “A
cultura organizacional não é algo pronto e acabado, mas está em constante transformação, de
acordo com sua história, os seus atores e com a conjuntura.”
Outro aspecto relevante é que mesmo a cultura organizacional holística, que
embora apresente uma concepção diferente dos aspectos pragmáticos encontrados na
literatura da área administrativa, também concorda com o fato de que a cultura organizacional
é mutável. Como se observa na definição dada por Weil (1995) apud Lima e Albano (2002):
... uma cultura organizacional holística é um conjunto de valores, conhecimentos e costumes ligados a uma visão não fragmentada do mundo em que a organização é considerada um organismo vivo em constante movimento, constituindo um sistema de eventos com uma constante interação e interdependência de sistemas maiores ou menores.
Ao relacionar estas últimas afirmações com a dinâmica psicossocial, percebe-se
que a mutação da cultura organizacional ocorre em função dos fatores externos e sobre tudo
dos internos, intrínsecos aos indivíduos.
Observando o estudo sob a ótica do empregador, a doença significa queda de
produtividade, comprometimento dos resultados da empresa, necessidade de rever condições,
processos de trabalho, e dependendo do porte da empresa, problemas com sindicato e pressão
da fiscalização, bem como o comprometimento da imagem da empresa junto à comunidade e
à opinião pública.
Em contrapartida, ao grupo de trabalho a doença sinaliza problemas no próprio
processo de trabalho, ou gera reações negativas de maior pressão, para manter o desempenho.
Esta visão, dentre outros fatores, desencadeia preconceitos e desinformação sobre a
necessidade de cuidado constante com a saúde. Os mais comuns são (FRANÇA E
RODRIGUES, 2002):
• “suportar a doença é ser forte”;
• “trabalhar em ambiente insalubre é sinal de trabalho ‘pra macho’”;
• “trabalho leve, sem riscos, é coisa para mulher e criança”;
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• “é vergonha ficar doente, e certas situações no trabalho são assim mesmo e
não há jeito de melhorá-las”;
• “trabalhar é sofrer”;
• “é preciso aguentar as dificuldades no trabalho para o filho não passar por
elas”;
• “é mais barato pagar a conta do médico e trocar de funcionário do que
investir na preservação do ambiente físico e na melhoria do relacionamento
humano dentro da empresa”.
2.2 – O ESTRESSE
Não são raros os momentos nos quais ouvimos os meios de comunicação
utilizarem o termo pressões ou stress, por vezes de forma distorcida, durante noticiários sobre
o cenário econômico e outros, enfatizando seus danos à qualidade de vida. Nossa sociedade
sempre associa situações estressantes a aspectos negativos, frequentemente profissionais
dizem que são pressionados por todos os lados para que produzam resultados e até acreditam
que não darão conta. Esta realidade nos leva a questionar: afinal, o que é stress? Ele é uma
exclusividade da nossa geração? O que é estar estressado? Situações estressantes são sempre
ruins?
Segundo França e Rodrigues (2002, p. 27) o termo stress, na forma que tem sido
utilizado, vem da Física e, nesse campo de conhecimento, tem o sentido do grau de
deformidade que uma estrutura sofre quando é submetida a um esforço.
Fazendo uma analogia desse conceito da Física com o stress no ser humano, pode
se dizer que é a maneira que reagimos aos estímulos estressantes internos e externos.
Pode-se admitir, conforme Hans Selye (1965) apud França e Rodrigues (2002)
que stress é o conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma
situação que exige esforço de adaptação.
De acordo com Jex (1998) apud Paschoal e Tamayo (2004), as definições de
estresse ocupacional dividem-se de acordo com três aspectos:
• estímulos estressores: estresse ocupacional refere-se aos estímulos do
ambiente de trabalho que exigem respostas adaptativas por parte do
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empregado e que excedem a sua habilidade de enfrentamento (coping); estes
estímulos são comumente chamados de estressores organizacionais;
• respostas aos eventos estressores: estresse ocupacional refere-se às respostas
(psicológicas, fisiológicas e comportamentais) que os indivíduos emitem
quando expostos a fatores do trabalho que excedem sua habilidade de
enfrentamento; e
• estímulos estressores-respostas: estresse ocupacional refere-se ao processo
geral em que demandas do trabalho têm impacto nos empregados.
Ao fazermos uma análise remota, perceberemos que o stress não é uma
exclusividade da nossa geração, nossos ancestrais, os homens de Neandertal, por exemplo,
sofreram diversos estímulos, inclusive os relacionados à necessidade de comida e segurança.
Estar estressado é o “estado do organismo, após o esforço de adaptação, que pode
produzir deformações na capacidade de resposta atingindo o comportamento mental e afetivo,
o estado físico e o relacionamento com as pessoas” (FRANÇA E RODRIGUES, 2002, p. 28).
Embora a sociedade insista em perceber apenas o lado ruim das situações
estressantes, existem ocasiões em que os momentos estressantes são ou podem ser agradáveis,
é o caso dos noivos no momento do casamento, formatura, premiação por ter alcançado uma
meta, entre outras.
Visando uma melhor compreensão do tema abordado neste estudo, admite-se
analisar o stress sob pelo menos duas dimensões o Eustress e o Distress.
De acordo com França e Rodrigues (2002, p 41) Eustress: tensão com equilíbrio
entre esforço, tempo, realização e resultados. E Distress: tensão com rompimento do
equilíbrio biopsicossocial por excesso ou falta de esforço, incompatível com tempo,
resultados e realização. Ou seja, o Eustress corresponde às tensões favoráveis, uma vez que as
mesmas são admitidas e controladas com equilíbrio entre a necessidade, tempo disponível e
capacidade humana. O Distress, no entanto, é o stress negativo e precisa ser combatido pelas
estratégias de enfrentamento.
2.2.1 – Avaliação dos estímulos estressores
É notório o fato de que estímulos estressores como as condições do ambiente de
trabalho, salário, cargo, funções desempenhadas, carga horária de trabalho, dentre outros,
podem provocar o distress nas pessoas dentro das empresas.
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Porém, a maneira que cada profissional encara estes estímulos e suas respostas
individuais ou coletivas, será decisiva e afetará o indivíduo e o meio no qual ele se encontra
inserido, determinando as situações como desafiadoras ou ameaçadoras.
A avaliação dos estímulos estressores está ligada ao estado psicológico do
indivíduo e ocorre de forma racional e emocional.
Para Hackman e Oldham (1975) apud Moraes et al. (2000) o modelo de Qualidade
de Vida no Trabalho e as características da tarefa são responsáveis pela promoção de três
estados psicológicos: significância percebida, refere-se ao nível de importância percebida em
relação ao trabalho; responsabilidade percebida em relação aos resultados do trabalho e
conhecimento dos resultados do trabalho.
A forma utilizada pela empresa para transmitir ao colaborador sua importância e a
relevância da tarefa proposta; associada ao estado psicológico do profissional no momento
impactará na forma em que estes três fatores serão percebidos, resultando na avaliação
positiva ou negativa dos estímulos.
Para compreender os estímulos estressores é preciso entender que eles estão
ligados, dentre outros fatores, à liderança autoritária; execução das atividades sob pressão;
inexistência ou falta de conhecimento do processo de avaliação de desempenho; ausência do
plano de carreira; precariedade da autoridade; falta de orientação; excesso de trabalho;
conflito de interesses entre empresa e profissional; necessidades dos profissionais e sua
capacidade de adaptação ao trabalho.
Maslow formulou uma teoria da motivação com base no conceito de hierarquia de necessidades que influenciam o comportamento humano, Maslow concebeu essa hierarquia pelo fato de o homem ser uma criatura que expande suas necessidades no decorrer de sua vida. À medida que o homem satisfaz suas necessidades básicas outras mais elevadas assumem o predomínio do seu comportamento (CHIAVENATO, 1994 p. 68).
O conhecimento dessas necessidades por parte da empresa e do profissional irá
auxiliar no processo de avaliação e compreensão dos estímulos estressores.
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FIGURA 2: A hierarquia das necessidades humanas, segundo Maslow
Fonte: CHIAVENATO (2002)
2.2.2 – Estratégia para lidar com os estímulos
O ser humano está em constante transformação e à medida que evolui ele
desenvolve novos sistemas de defesa contra as pressões internas e externas. Não existe uma
fórmula universal padronizada visando orientar as pessoas sobre como lidar com os estímulos.
Basicamente, cada indivíduo à sua maneira desenvolve sua estratégia, apresentada por França
e Rodrigues como enfrentamento.
“Enfrentamento: conjunto de esforços que uma pessoa desenvolve para manejar
ou lidar com as solicitações externas ou internas, que são avaliadas por ela como excessivas
ou acima de suas possibilidades” (FRANÇA E RODRIGUES 2002, p. 46).
A maneira de lidar com as pressões é individual e dinâmica. As pessoas e
empresas enfrentam estes estímulos adequando a estratégia conforme o grau de necessidade
de stress indispensável ao seu funcionamento. Porém, submeter-se a níveis dispersos de
pressão pode provocar baixo desempenho nos trabalhadores e empresas.
A figura 2 representa a relação entre pressão e desempenho no trabalho. Nota-se
que uma dose adequada de pressão (stress) pode resultar em desempenho eficiente.
Necessidades de auto-realização
Necessidades
de estima
Necessidades sociais
Necessidades de segurança
Necessidades fisiológicas
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FIGURA 3: Pressão versus desempenho no trabalho.
Fonte: FRANÇA e RODRIGUES (2002).
Cabe aos colaboradores e à empresa avaliarem continuamente os estímulos e suas
estratégias a fim de aprimorar as soluções racionais de convivência com as pressões.
Por outro lado os gestores das empresas devem acompanhar efetivamente os
indicadores de excesso de pressão individuais, coletivos e empresariais, desenvolvendo ações
visando o equilíbrio.
Dentre outros indicadores, podemos relacionar (FRANÇA E RODRIGUES,
2002):
• individuais: queda da eficiência, falta assiduidade, atrasos, excesso de horas
extras e irritabilidade;
• coletivos: discussões sem fundamento, alto grau de dependência, hostilidade,
competitividade desleal;
• empresariais: rotatividade, perda de mercado, clima de desconfiança, não
cumprimento de prazos junto à clientes, fornecedores, governo e
colaboradores.
Embora existam diversas estratégias de enfrentamento, os autores selecionaram
algumas as quais podem ser usadas para o gerenciamento do stress negativo (Distress).
Segundo os autores, as estratégias, quando implantadas nas empresas, devem obedecer a
princípios de ações dirigidas, com o intuito de conhecer de forma mais detalhada e completa
STRESS moderado DESEMPENHO EFICIENTE
Stress e desmotivação tarefa chata e sonolenta
Stress alto = grande tensão DESEMPENHO INEFICIENTE
23
possível as percepções e as necessidades das pessoas, grupos e empresas. A partir desse
conhecimento, devem-se criar programas específicos. São elas (FRANÇA E RODRIGUES,
2002):
- Estratégias físicas
• técnicas de relaxamento;
• alimentação adequada;
• exercício regular;
• repouso, lazer e diversão;
• sono apropriado às necessidades individuais;
• medicação, se necessário e sob supervisão médica.
- Estratégias psíquicas
• métodos psicoterapêuticos;
• processos que favoreçam o autoconhecimento;
• estruturação do tempo livre com atividades prazerosas e ativas;
• avaliação periódica de sua qualidade de vida;
• reavaliação de seu limite de tolerância e exigência;
• busca de convivência menos conflituosa com pares e grupos.
- Estratégias sociais
• Revisão e redimensionamento das formas de organização de trabalho:
– mudanças no poder, com equalização deste e abolição do trabalho coercivo
e repetitivo;
– aperfeiçoamento dos métodos de trabalho, com o sentido de incrementar o
aumento da participação e da motivação;
– melhoria das condições socioeconômicas;
– investimento na formação pessoal e profissional.
• aprimoramento, por parte da população em geral, do conhecimento de seus
problemas médicos e sociais.
• concomitância dos planejamentos econômico, social e de saúde.
24
2.2.3 – O modelo exigência-controle
O modelo Exigência-Controle, do inglês (demand-control) está relacionado a
fatores ligados às características psicossociais do trabalho. Este modelo supõe que os
trabalhadores são submetidos a uma elevada carga de pressões psicológicas, combinada com
um baixo controle sobre o trabalho, resultando em maior risco de problemas de saúde física e
mental.
Observa-se, conforme Baker e Karase (2000) apud França e Rodrigues (2002) que
as características essenciais de um trabalho estressante consistem em simultaneamente impor
exigências e criar restrições ambientais sobre a capacidade de resposta do trabalhador. Assim,
a tensão emerge principalmente em razão das características do trabalho, e não da percepção
subjetiva do trabalhador.
Este conceito está ligado ao grau de autonomia e nível de habilidade do
trabalhador em relação ao trabalho. Quando o trabalhador não possui controle sobre o
trabalho sua capacidade de reação aos estímulos estressantes torna-se limitada, tornando-os
incapazes de transformar a energia potencial do stress em energia de ação.
Com base no modelo Exigência-Controle, pode-se dizer que os trabalhos que
envolvem ao mesmo tempo alta exigência e elevado nível de autonomia são tidos como
ativos, possibilitando o desenvolvimento dos padrões de comportamento, ao passo que
trabalhos tidos como passivos, os quais são caracterizados por atividades de baixo grau de
exigência e controle promovem a redução da capacidade dos indivíduos solucionarem
problemas.
Pode-se citar os workaholics “viciados em trabalho”, como exemplos de
indivíduos que executam trabalhos ativos.
O termo em inglês é hoje conhecido e utilizado universalmente e refere-se às
pessoas que são “viciadas”, dependentes do trabalho, como o alcoólatra depende da bebida
para viver (FRANÇA E RODRIGUES, 2002, p. 97).
Eles são muito valorizados no ambiente empresarial, haja vista que possuem
características favoráveis ao capitalismo. Eles “respiram a empresa”, vivem em função dela,
são altamente competitivos, eficazes, são pessoas focadas no trabalho, geralmente são
ansiosos e em tese estão acostumadas a lidar com o stress.
Uma pesquisa recente, no site RH Portal discute a questão do workaholics e
defende que a visão do mercado está mudando em relação a este perfil de profissional.
25
Você gostaria que o dia tivesse trinta horas, para dar conta de listas intermináveis
de tarefas? Tem dificuldade para separar aquele tempinho para uma academia, ou mesmo uma
caminhada em seu bairro? Sente-se cada vez mais distante dos amigos e familiares, devido à
quantidade de trabalho? Então talvez você compartilhe características com
aquele perfil denominado atualmente de “workaholic” que, seja por prazer ou necessidade,
coloca seu trabalho em primeiro plano. E a vida pessoal começa a ser deixada de lado.
2.2.4 – Os estudos de Cooper e Colaboradores
Ao longo dos anos surgiram várias tentativas de explicar o stress e suas
influências nas sobre as pessoas. O pesquisador Cooper, critica a concepção mecanicista do
stress. Para ele o stress é como “qualquer força que conduz um fator psicológico ou físico
além de seu limite de estabilidade, produzindo uma tensão (strain) no indivíduo” (FRANÇA E
RODRIGUES, 2002, p. 65).
1. A grande maioria dos indivíduos procura manter seus pensamentos, emoções e relacionamentos com o mundo de forma estável. 2. Cada fator dos estados emocional e físico de uma pessoa possui limites de estabilidade dentro dos quais a pessoa se sente confortável. Quando alguma força conduz esses fatores para além dos limites de estabilidade, o indivíduo precisa agir ou enfrentar estas forças (to cope) para restaurar a situação de conforto. 3. O comportamento de um indivíduo para a manutenção deste estado conforma seu processo de ajustamento ou suas estratégias de enfrentamento (FRANÇA E RODRIGUES, 2002, p. 65).
Este estudo revelou que questões pessoais, do ambiente familiar e do trabalho,
associados ao perfil das pessoas e aos fatores sociais, demográficos e culturais, desencadeiam
estados de stress, tornando os indivíduos vulneráveis e consequentemente exigem que estes
desenvolvam estratégias para enfrentá-los.
2.3 – Consequências do estresse no trabalho
O ditado popular de que “a dor é psicológica” deve ser analisado de forma mais
criteriosa. Não existe dor só psicológica.
26
França e Rodrigues (2002, p. 88) apresentam que o problema central da
interpretação da dor como “só psicológica”, mais vulgarmente conhecida no meio médico
como “piti”, não pode ser subestimado pela área de saúde no processo de culpa do paciente,
que sempre expressa vários tipos de tensões.
Não são raros os casos nos quais o diagnóstico de “piti” tornou-se um problema
grave ao ser analisado de forma criteriosa.
Para os autores a “dor psicológica” pode estar ligada a somatizações: sensações e
distúrbios físicos com forte carga emocional e afetiva; fadiga: desgaste de energia ou mente,
que pode ser recuperada através de repouso, alimentação ou orientação clínica específica;
depressão: uma combinação de sintomas, em que prevalece a falta de ânimo, a descrença pela
vida e uma profunda sensação de abandono e solidão; síndrome do pânico: estado de medo
intenso, repentino, acompanhado de imobilidade, sudorese e comportamento arredio;
síndrome de Burnout: estado de exaustão total decorrente de esforço excessivo e contínuo; e
síndrome do desamparo: medo contínuo da perda do emprego, acompanhado de sentimento de
perseguição e queda da autoconfiança.
Coloca-se em evidência a fadiga por ser acometida com frequência, tomando
como base o conceito do tópico 2.6, a fadiga pode ser compreendida como um estado físico
mental, oriundo de esforço prolongado ou repetido que irá repercutir em vários sistemas do
organismo, provocando múltiplas alterações de funções, conduzindo a uma diminuição da
produtividade no trabalho, absenteísmo e problemas de ordem psicológica e social.
2.3.1 – Síndrome de Burnout
O conceito de Burnout é considerado um dos principais desdobramentos do stress
profissional, portanto, sua apresentação é imprescindível em qualquer discurso sobre stress
relacionado ao trabalho.
As autoras Arantes & Vieira (2002, p. 87-97) relatam que o termo burnout surgiu
em 1970, quando Felbon o denominou esgotamento da resistência física ou emocional, ou da
motivação, geralmente resultado de estresse ou frustração prolongados.
Para Maslach, o burnout é uma síndrome caracterizada por três aspectos básicos,
conforme figura abaixo.
27
FIGURA 4: Aspectos básicos que caracterizam a síndrome de burnout.
Fonte: FRANÇA e RODRIGUES (2002).
O aspecto exaustão emocional é marcado pela intensa carga emocional que o
contato com as pessoas impõe no cotidiano, principalmente àquelas que vivem situações de
sofrimento. O profissional sente-se esgotado diante das atividades do trabalho. Geralmente as
pessoas nesse estado são intolerantes, impacientes, irritadiços e nervosos tanto no trabalho
quanto junto à família.
Já a despersonalização é a “personificação” da frieza. O indivíduo torna-se
insensível e negativista ele passa a não perceber e tratar os outros como pessoas. Há uma
perda das ações humanitárias nas relações interpessoais.
A redução da realização pessoal e profissional caracteriza-se pela falta de
entusiasmo e consequente queda da autoestima.
2.3.2 – Depressão
É imprescindível que os indivíduos, colaboradores das empresas e seus gestores
estejam atentos a estes fatores e assumam uma postura preventiva diante dos mesmos.
Pesquisadores estimam que cerca de 20% das mulheres e 8 a 12% dos homens vão
apresentar um episódio de transtorno depressivo durante sua vida (GULLEDGE e
CALABRESE, 1988). Apesar dos números extremamente altos, apenas 20 a 25% dos
pacientes com episódios depressivos recebem atenção médica e psicológica adequada
(KAPLAN et al., 1980 apud FRANÇA e RODRIGUES, 2002) .
Exaustão emocional Despersonalização
Redução da realização pessoal e profissional
BURNOUT
28
A depressão exige tratamento médico e psicológico. Além da essência genuína da
depressão citada acima, Kaplan et al (1980, p. 104) apresentam outros sintomas da depressão,
tais como: redução do nível de energia; perda do interesse; dificuldade em iniciar atividades,
principalmente pela manhã; diminuição importante do apetite ou aumento da ingestão de
alimentos (em algumas pessoas esse comportamento tem características compulsivas); perda
ou ganho de peso, insônia inicial ou despertar precoce; hipersonia durante o dia; preocupação
maior que a habitual; dificuldade em tomar decisões; sentimento de desesperança;
pessimismo; diminuição do prazer nas atividades em geral; diminuição da libido; afastamento
das atividades sociais; irritabilidade; diminuição da autoestima; ideias negativas sobre si
mesmo; crises de choro; angústia; lentificação do pensamento e/ou dos movimentos;
pensamento de que a morte seria um alívio ou solução; ideias ou planos de suicido;
incremento da preocupação com a saúde.
Os tratamentos para depressão dependem do grau de comprometimento, da
história familiar e pessoal do paciente. Os recursos disponíveis são inúmeros; destacam-se o
uso de medicamentos antidepressivos e a psicoterapia.
2.3.3 – Lesões por esforços repetitivos (LER)
Embora existam citações de casos desde a Antiguidade, como, por exemplo, a de
Hipócrates em sua obra Epidemia (DEMBE, 1996) apud Protocolo de Investigação,
Diagnóstico, Tratamento e Prevenção de Lesão por Esforços Repetitivos/Distúrbios
Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho/Secretaria de Políticas de Saúde. Brasília:
Ministério da Saúde (2000, p. 32), atualmente as lesões por esforços repetitivos (LER),
exercem grande influência no contexto empresarial e nas relações entre o stress e o trabalho.
As LER/DORT, por definição, abrangem quadros clínicos do sistema
musculoesquelético adquiridos pelo trabalhador submetido a determinadas condições de
trabalho. No meio científico atual, a tendência mundial é utilizar cada vez mais a
denominação Work Related Musculoskeletal Disorders (WRMD), entre nós traduzida como
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), segundo a Norma Técnica
para Avaliação da Incapacidade Laborativa em Doenças Ocupacionais (INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL/MPAS, 1998).
29
O Ministério da Saúde e a Secretaria de Políticas de Saúde em seu Protocolo de
Investigação, Diagnóstico, Tratamento e Prevenção de Lesão por Esforços Repetitivos e
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (2000, p. 8) ressalta que no Brasil, o
sistema nacional de informação do Sistema Único de Saúde não inclui os acidentes de
trabalho em geral e nem LER/DORT, em particular, o que não permite a obtenção de dados
epidemiológicos que efetivamente cubram a totalidade dos trabalhadores, independentemente
de seu vínculo empregatício.
Os dados disponíveis são aqueles da Previdência Social, que se referem apenas
aos trabalhadores do mercado formal e com contrato trabalhista regido pela CLT, o que
totaliza menos de 50% da população economicamente ativa (FUNDAÇÃO IBGE, 1991).
Cabe ressaltar que esses dados são coletados com finalidades pecuniárias, não
epidemiológicas.
Quanto às causas da incidência de LER/DORT nas empresas, é valido destacar os
fatores relacionados à organização do trabalho, tais como a inflexibilidade e alta intensidade
do ritmo de trabalho, execução de grande quantidade de movimentos repetitivos em grande
velocidade, sobrecarga de determinados grupos musculares, ausência de controle sobre o
modo e ritmo de trabalho, ausência de pausas, exigência de produtividade, uso de mobiliário e
equipamentos desconfortáveis e inadequados, são apontados como responsáveis pelo aumento
dos casos de LER/DORT.
O quadro abaixo visa identificar os fatores que contribuem para a disseminação
das LER/DORT no ambiente de trabalho, a fim de possibilitar que os gestores adotem
medidas preventivas.
30
TABELA 1: Síntese dos fatores existentes no trabalho predisponentes de ler/DORT
Fatores De Risco Moduladores Repetitividade
Esforço e força
Posturas inadequadas
Trabalho muscular estático
Invariabilidade da tarefa
Choques e impactos
Pressão mecânica
Vibração
Frio
Fatores organizacionais
Intensidade
Duração
Frequência
Risco de LER/DORT
Fonte: SIMONEAU APUD BRASIL (2001)
Segundo Simoneau et al (1996) apud Brasil (2001) fator de risco apresenta três
características moduladoras: intensidade, frequência e duração. Quanto mais intenso,
frequente e duradouro, tanto mais elevado é o risco.
O perfil psicológico dos portadores de LER é um assunto que merece reflexão.
Após estudo realizado por Almeida (1995), ela descreve-os como pessoas perfeccionistas que
não admitem falhas, apresentam a necessidade de ultrapassar limites, de receber
reconhecimento e de encobrir erros do passado. Apresentam grande insatisfação pessoal,
preocupação intensa com produção, tanto em termos de qualidade como de quantidade. E,
além disso, apresentam grande dificuldade em admitir seus “sentimentos de impotência”.
É válido ressaltar que pacientes que apresentam outras patologias que não a LER
também podem indicar perfis de personalidade semelhantes aos que têm sido identificados
como portadores de LER, portanto, torna-se imprescindível o diagnóstico e acompanhamento
de um profissional especializado.
Diante dessas características moduladoras, as interrupções para descanso,
ginásticas laborais, folgas, férias e até mesmo o remanejo de funções são ações preventivas
que devem ser praticadas pelos gestores das empresas e colaboradores.
31
3 – METODOLOGIA
O presente estudo utilizou como metodologia a pesquisa bibliográfica e
documental teórica, associada à realização de pesquisa descritiva e quantitativa. O enfoque da
pesquisa apresentada é comportamental e ocorreu entre 01/04/2012 e 30/04/2012.
A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros,
artigos, periódicos, textos legais e manuscritos. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática
que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que são as bases da fundamentação teórica
do estudo.
Quanto à pesquisa de campo, não se realizou o cálculo da amostragem, uma vez
que a pesquisa foi realizada com os 50 (cinquenta) colaboradores das diversas áreas das 6
(seis) empresas alvo. Portanto, caracteriza-se como censo.
A coleta de dados desta pesquisa foi feita através de questionário aplicado pelo
próprio pesquisador nas micro e pequenas empresas prestadoras de serviço na região de
Caratinga, para as quais presto serviço de consultoria em gestão.
O problema alvo da pesquisa foi identificar a percepção dos indivíduos quanto às
pressões e qualidade de vida no trabalho.
Em seguida tabulou-se os dados, os quais são apresentados em forma de gráficos
na discussão dos resultados deste estudo.
32
4 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Este estudo objetivou analisar a percepção dos colaboradores das micro e
pequenas empresas prestadoras de serviços na área de saúde, educação, comunicação e
fotografia, localizadas na cidade de Caratinga-MG, acerca da Qualidade de Vida no Trabalho
e do nível de satisfação em suas várias dimensões, com base no Modelo de Walton (1975)
apud França e Rodrigues (2002).
Conforme formulário de pesquisa em anexo, a avaliação deu-se com base na soma
dos pontos; sendo que o número máximo possível é 220. Em seguida, dividiu-se o total por
22, obtendo-se notas médias entre 0 e 10 na seguinte escala de satisfação:
FIGURA 6: Resultado da avaliação dos colaboradores
Resultado de satisfação: 1 — 0: Totalmente insatisfeito 2 — 0,5 a 3: Muito insatisfeito 3 — 3,5 a 4,5: Insatisfeito 4 — 5 a 7: Moderadamente satisfeito 5 — 7 a 8,5: Satisfeito
Fonte: FRANÇA e RODRIGUES (2002).
Os resultados revelaram estímulos individuais e coletivos, bem como as diferentes
necessidades relacionadas à qualidade de vida no trabalho, observando que as mesmas devem
ser atendidas associando ações organizacionais e pessoais. Entre as várias estratégias
existentes, apresentou-se algumas delas no tópico 2.2.2 deste estudo, as quais podem ser
utilizadas para gerenciar o stress negativo, ou seja, o distress.
Realizou-se um senso entre seis empresas das áreas de serviços citadas,
totalizando a participação de 50 colaboradores, entre gerentes, subgerentes, secretárias,
vendedores internos e externos, atendentes e profissionais da produção.
Os dados foram coletados através da aplicação do questionário abaixo, semi-
estruturado, com questões mistas, divididas em oito partes:
1. Compensação, tendo por foco a percepção dos colaboradores quanto à
adequação do salário e remuneração e da jornada de trabalho;
33
2. Condições de trabalho, analisando a visão sobre o ambiente físico,
salubridade e conforto ambiental;
3. Uso de desenvolvimento de capacidades, focando na autonomia no trabalho,
estima, capacitação múltipla e nas informações sobre o trabalho;
4. Oportunidade de crescimento e segurança, objetivando identificar a existência
e conhecimento do plano de carreira ou da possibilidade de carreira,
desenvolvimento pessoal e estabilidade no trabalho;
5. Integração Social, objetivando compreender a visão do colaborador sobre a
ausência de preconceito (estímulo e prática da diversidade), da habilidade
social e dos valores comunitários;
6. Cidadania, avaliando a identificação da garantia dos direitos, a manutenção
da privacidade na vida pessoal e a imparcialidade;
7. Trabalho e espaço total de vida, identificou o grau de liberdade de expressão,
preservação da vida pessoal e a satisfação acerca da previsibilidade dos
horários de trabalho;
8. Relevância social do trabalho, avaliando-se por fim a percepção dos
colaboradores em relação à imagem da empresa junto a sociedade e a
responsabilidade social da empresa.
34
4.1 – Apresentação e Discussão dos Resultados
No que se refere ao perfil pessoal, os participantes possuem idade entre 17 e 60
anos, dentre os quais a maioria caracterizou-se como sendo do sexo feminino (57,14%).
GRÁFICO 1: Representação percentual do público entrevistado
Em relação à faixa etária, 71,43% dos colaboradores entrevistados, possui idade
entre 18 e 25 anos.
GRÁFICO 2: Percentual de entrevistados por faixa etária
42,86%
57,14%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
MASCULINO FEMININO
REPRESENTAÇÃO PERCENTUAL DO PÚBLICO ENTREVISTADO
0,00%
71,43%
14,29% 14,29%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
Menos de 18 anos 18 a 25 anos 26 a 39 anos Mais de 40 anos
PERCENTUAL DE ENTREVISTADOS POR FAIXA ETÁRIA
35
Quanto à escala geral de percepção dos indivíduos sobre a qualidade de vida no
trabalho, 78,57% dos entrevistados encontram-se satisfeitos e apenas 7,14% manifestaram-se
moderadamente satisfeitos.
GRÁFICO 3: Escala geral de percepção dos indivíduos
Ao referir-se ao grupo compensação 28,57% dos entrevistados estão
moderadamente satisfeitos, contra 3,57% muito insatisfeitos e 3,57% insatisfeitos, os demais
se encontram no mínimo satisfeitos.
Os resultados relativos às condições de trabalho demonstraram que 32,14% dos
participantes encontram-se totalmente satisfeitos e 25% moderadamente satisfeitos.
O quesito satisfação quanto ao uso e desenvolvimento de capacidades apontou
26,79% dos trabalhadores como moderadamente satisfeitos, 1,79% muito insatisfeitos e
5,36% insatisfeitos. Os demais no mínimo encontram-se satisfeitos.
No que tange à oportunidade de crescimento e segurança no trabalho 40,48% dos
colaboradores entrevistados estão moderadamente satisfeitos com as possibilidades, 7,14%
encontram-se muito insatisfeitos e os demais se demonstraram no mínimo satisfeitos, sendo
que 26,19% se apresentaram como muito satisfeitos.
O percentual de colaboradores totalmente satisfeitos em relação à integração
social atingiu a marca dos 40,48%, contra apenas 2,38% totalmente insatisfeitos.
Este estudo revelou que 30,95% dos colaboradores estão moderadamente
satisfeitos em relação ao exercício da cidadania nas empresas, restando 11,90% muito
0,00% 0,00% 0,00%7,14%
78,57%
7,14% 7,14%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
1 2 3 4 5 6 7
ESCALA GERAL DE PERCEPÇÃO DOS INDIVÍDUOS QUANTO À QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito 2. Muito insatisfeito 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito 5. Satisfeito 6 Muito satisfeito 7. Totalmente satisfeito
36
insatisfeitos, 4,76% insatisfeitos, observando que os demais no mínimo encontram-se
satisfeitos.
Sobre o grupo trabalho e espaço total de vida, 33,33% dos entrevistados
manifestaram-se totalmente satisfeitos e 2,38% muito insatisfeitos.
Por fim em relação à relevância social do trabalho, 35,71% dos colaboradores
estão moderadamente satisfeitos, 10,71% muito insatisfeitos e os demais se enquadram entre
satisfeitos e totalmente satisfeitos.
A apresentação dos resultados da pesquisa por grupo propõe uma visão geral
sobre a percepção dos colaboradores quanto à qualidade de vida no trabalho, entretanto,
sugere-se a análise individual das subquestões existentes nos grupos a fim de se obter
resultados eficazes na implantação das estratégias de combate ao stress negativo (distress).
Nota-se, por exemplo, que o percentual de colaboradores muito insatisfeitos com
a compensação é baixo, apenas 3,57% de acordo com o estudado. Obteve-se este resultado
devido ao fato de que trabalhadores que recebem um salário mínimo ou comercial, em curto
prazo são estimulados e ficam felizes ao receberem horas extras, quando recebem de forma
justa, o que eleva o percentual de satisfeitos em relação ao grupo compensação: salário e
remuneração versus jornada de trabalho. Porém, em médio prazo, a prática constante de hora
extra, leva o colaborador à fadiga, indisposição e consequentemente a cobrança e erros,
favorecendo o stress negativo.
Abaixo apresentam-se os resultados referentes à satisfação média do colaborador
quanto a compensação. Os demais gráficos constam em anexo e podem ser apreciados por
assunto abordado na pesquisa.
GRÁFICO 4: Satisfação média dos colaboradores quanto a compensação
0,00%
3,57% 3,57%
28,57%
25,00% 25,00%
14,29%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1 2 3 4 5 6 7
SATISFAÇÃO MÉDIA DOS COLABORADORES QUANTO A COMPENSAÇÃO
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito 2. Muito insatisfeito 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito 5. Satisfeito 6 Muito satisfeito 7. Totalmente satisfeito
37
5 CONCLUSÃO
Este trabalho monográfico procurou apresentar de forma teórica, por meio de
revisão bibliográfica; e prática, a partir de pesquisa de campo, a influência dos estímulos
estressores na saúde e desempenho dos indivíduos nas empresas. Espera-se a conscientização
das empresas alvo deste estudo quanto à saúde ocupacional.
É comum que a saúde e qualidade de vida no trabalho sejam negligenciadas, por
vezes, os gestores e colaboradores focam nas tarefas e nos resultados quantitativos,
descuidando-se da qualidade do ambiente físico e psíquico nas empresas.
As situações, também conhecidas como estímulos estressores, são realidades
constantes no ambiente coorporativo, portanto, a ação dos administradores no sentido de
equilibrar o Eutress (stress positivo) e o Distress (stress negativo) deve ser contínua, caso
contrário, os colaboradores e a empresa estarão fadados a sofrerem as consequências do
adoecer.
Iniciativas como a análise constante do clima e cultura organizacional, quer seja
por meio da observação, aplicação de pesquisa e/ou a utilização da psicologia, ginástica
laboral, implantação de programas que garantam a qualidade de vida e outras ferramentas
disponíveis, contribuem para a revisão e reordenação dos fatores internos e externos que
influenciam diretamente na performance dos indivíduos e empresas. É indispensável a adoção
de um modelo de gestão que viabilize diretrizes em relação às políticas de recursos humanos
ou que promova mudanças organizacionais eficazes no que diz respeito à saúde.
As empresas podem e devem adotar boas práticas a fim de oferecer bem-estar e
consequentemente alcançar os resultados.
A organização pode, por exemplo, promover programas de ginástica laboral;
disseminar a comunicação positiva; realizar atividades que favoreçam o amadurecimento da
interação entre todos os membros da empresa; desenvolver critérios claros e modelos de
gestão legitimados; adequar o arranjo físico ergonomicamente; proporcionar um ambiente
(físico e psíquico) equilibrado e ser corresponsável com os clientes internos e externos.
A avaliação dos estímulos estressores está ligada ao estado psicológico do
indivíduo e ocorre de forma racional e emocional. Portanto, o conhecimento e diferenciação
38
dos anseios e das necessidades dos indivíduos torna-se favorável e indispensável neste
processo.
Após a identificação dos estímulos estressores negativos, propõe-se que os
mesmos sejam combatidos pela aplicação de estratégicas físicas, psíquicas e/ou sociais,
visando à eliminação ou prevenção de doenças físicas ou psicológicas no ambiente de
trabalho.
É inquestionável que a investigação da cultura e do clima organizacional é tarefa
árdua e os profissionais da área devem fazê-lo com muita seriedade, coerência, prudência e
bom senso, através de uma metodologia adequada à realidade, a fim de evitar erros e
descrédito das novas propostas.
Portanto, é imprescindível entender a empresa como um todo e tratar suas partes e
os indivíduos de forma singular. Essa premissa torna inadmissível se adotar um modelo de
gestão pronto, como esses “pacotes” importados, sem considerar a mutação e complexidade
das organizações, pessoas e do contexto sócio-político-economico e cultural em que elas estão
inseridas.
A visão sistêmica da organização facilitará a identificação e adequação do clima
organizacional, por exemplo, e permitirá a implantação estratégica e um programa de
Qualidade de Vida no Trabalho, o qual atuará de forma preventiva.
A partir dos resultados apresentados, sugere-se, às empresas, a implantação de
programas de gerenciamento do stress dos colaboradores, em caráter preventivo e corretivo,
que enfoquem as relações com o público interno e externo, o gerenciamento de carreiras e a
aplicação de técnicas de gestão, tais como empowerment e endomarketing.
Considerando o contexto cultural e as conversas junto aos colaboradores, percebi
que estes são carentes de atenção (serem ouvidos e elogiados) e reclamam estarem
sobrecarregados. Portanto, sugere-se que os gestores adotem medidas simples, tais como o
incentivo à prática de atividade física e alimentação saudável, ouvir e elogiar os funcionários,
convidá-los a relacionar as tarefas e definir prioridades, identificar os compromissos
assumidos (serviços em execução) e estabelecer prazos realistas de entregas, considerando
eventuais imprevistos, antes de assumir novos trabalhos junto aos clientes e que participassem
os funcionários dos resultados relacionados ao alcance das metas ou aqueles obtidos após as
iniciativas tomadas em função dessa pesquisa. Propus ainda a implantação de campanhas
internas, tais como “o profissional 5 estrelas”, como forma de valorizar publicamente os
talentos.
39
Para finalizar, é válido ressaltar que a aplicação das ações propostas neste estudo
visando à qualidade de vida, consequentemente proporcionarão benefícios quantitativos às
empresas, tais como, diminuição da rotatividade, que representa um alto custo, aumento da
produtividade, retenção do capital intelectual no ativo intangível e o incremento de vantagens
competitivas.
40
6 REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. C. C. G. Características Emocionais Determinantes da LER. In: CODO, W.; ALMEIDA, M. C. C.G. (Orgs.). LER – Diagnóstico, tratamento e intervenção: uma abordagem interdisciplinar. Petrópolis: Vozes, 1995. ARANTES, M. A. A. C.; VIEIRA, M. J. F. Estresse: Clínica Psicanalítica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DEPARTAMENTO DE AÇÕES PROGRAMÁTICAS E ESTRATÉGICAS. Área Técnica de Saúde do Trabalhador. Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) / Ministério da Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Área Técnica de Saúde do Trabalhador; elaboração Maria Maeno ...[et al]. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 36p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos, nº 103) CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Ed. Compacta. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1994. DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. Tradução de Ana Isabel Paraguay e Lúcia Leal Ferreira. 5ª ed. ampliada. São Paulo: Cortez Oboré, 1992. FRANÇA, Ana Cristina Limongi; RODRIGUES, Avelino Luiz. Stress e Trabalho: uma abordagem psicossomática. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. GALVÃO, Ana Luiza et al. Depressão. Disponível em: http://abcdasaude.com.br. Acesso em: 01.abr.2012. GOMES, Carlos Roberto. Técnicas de Administração. Santa Cruz do Rio Pardo: Editora Viena, 2010. GULLEDGE, A. D.; CALABRESE, J. R. Diagnóstico de Ansiedade e Depressão. Rio de Janeiro: Interlivros, 1998. KRAMES, Jeffrey A. A cabeça de Peter Drucker. Tradução de Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Sextante, 2010. LIMA, Súsi M. Barcelos e; ALBANO, Adriana Gaffrée Burns. Um estudo sobre clima e cultura organizacional na concepção de diferentes autores, v.6, n.10, p. 33-40, ago.2002. MORAES, Lúcio Flávio Renaut de et al. Estresse e Qualidade de Vida no Trabalho na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais. Minas Gerais, 2000. PASCHOAL, Tatiane; TAMAYO, Álvaro. Validação da Escala de Estresse no Trabalho. Estudos de Psicologia. Brasília, 2004, 9(I), 45-52. PORTAL DIABETES. Disponível em: http://www.portaldiabetes.com.br. Acesso em: 15.abr.2012.
41
PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO, DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE LESÃO POR ESFORÇOS REPETITIVOS/DISTÚRBIOS OSTEOMOLECULARES RELACIONADOS AO TRABALHO/SECRETARIA DE POLÍTICAS DE SAÚDE. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 32p. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. E-Book: Diabetes na Prática Clínica, 2012. Disponível em: www.diabetesebook.org.br. Acesso em: 8.mai.2012. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Diabetes programme: Facts and figures. Prevalence data. Disponível em: http://www.int/diabetes/facts/workd_figures/en/. Acesso em: 12.mai.2012.
42
7 ANEXOS
7.1. ANEXO A - QUESTIONÁRIO
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA - UNEC
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Objetivo: Identificar a percepção dos indivíduos quanto à qualidade de vida no trabalho nas micro e pequenas empresas prestadoras de serviço na região de
Caratinga.
Hipóteses:
1 – A baixa qualidade de vida no trabalho provoca queda na produtividade.
2 – As empresas que possuem iniciativas favoráveis à qualidade de vida obtêm melhores resultados.
Questionário:
Escala de percepção dos indivíduos quanto à qualidade de vida no trabalho.
Grupo ( E ) Sexo: ( )M ( )F
Idade: ( ) Menos que 18 anos ( ) 18 a 25 anos ( ) 26 a 39 anos ( ) acima de 40 anos
Atribua notas de 0 a 10 nos aspectos a seguir relacionados, considerando sempre sua opinião sobre o grau de satisfação dos seguintes indicadores:
Compensação justa e adequada
( ) Salário e remuneração (remuneração é o salário mais gratificações)
( ) Jornada de trabalho
Condições de trabalho
( ) Ambiente físico
( ) Salubridade e conforto ambiental (ambiente favorável à saúde física e mental)
Uso e desenvolvimento de capacidades
( ) Autonomia no trabalho
( ) Estima (ser querido no trabalho)
( ) Capacitação múltipla
( ) Informações sobre o trabalho
Oportunidade de crescimento e segurança
( ) Carreira (Crescimento)
( ) Desenvolvimento pessoal
( ) Estabilidade no emprego
Integração social na organização
( ) Ausência de preconceito (diversidade)
( ) Habilidade social (comunicação, civilidade: “agradecer”, por favor, com licença; empatia)
( ) Valores comunitários (valores cultivados pela empresa: certo/errado, bem/mau, feio/bonito)
Cidadania
( ) Direitos garantidos
( ) Privacidade na vida pessoal
( ) Imparcialidade (tratar com igualdade)
Trabalho e espaço total de vida
( ) Liberdade de expressão
( ) Vida pessoal preservada
( ) Horários previsíveis
Relevância social do trabalho
( ) Imagem da empresa junto a sociedade de classificação
( ) Responsabilidade social da empresa (ação ou apoio a ações benéficas à sociedade)
Total de pontos: __________
Fonte: Adaptado de FRANÇA, Ana Cristina; RODRIGUES, Avelino Luiz. Stress e Trabalho. Uma Abordagem Psicossomática. São Paulo: Editora Atlas, 2002. p. 162
43
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
7.2. ANEXO B - GRÁFICOS
GRÁFICO 5: Satisfação média dos colaboradores quanto as condições de trabalho
GRÁFICO 6: Satisfação do colaborador quanto ao uso e desenvolvimento de
capacidades
0,00% 0,00% 0,00%
25,00%
17,86%
25,00%
32,14%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1 2 3 4 5 6 7
SATISFAÇÃO MÉDIA DOS COLABORADORES QUANTO AS CONDIÇÕES DE TRABALHO
0,00%1,79%
5,36%
26,79%
21,43%23,21%
21,43%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
1 2 3 4 5 6 7
SATISFAÇÃO DOS COLABORADORES QUANTO AO USO E DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES
44
GRÁFICO 7: Satisfação do colaborador quanto a oportunidade de crescimento e
segurança
GRÁFICO 8: Satisfação do colaborador quanto a integração social na organização
0,00%
7,14%
0,00%
40,48%
14,29%11,90%
26,19%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
SATISFAÇÃO DOS COLABORADORES QUANTO A OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO E SEGURANÇA
2,38%0,00% 0,00%
21,43%
16,67%19,05%
40,48%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
SATISFAÇÃO DO COLABORADOR QUANTO A INTEGRAÇÃO SOCIAL NA ORGANIZAÇÃO
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
45
GRÁFICO 9: Satisfação do colaborador quanto a cidadania
GRÁFICO 10: Satisfação do colaborador quanto ao trabalho e espaço total de
vida
0,00%
11,90%
4,76%
30,95%
14,29%
19,05% 19,05%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1 2 3 4 5 6 7
SATISFAÇÃO DO COLABORADOR QUANTO A CIDADANIA
0,00%2,38%
0,00%
30,95%
7,14%
26,19%
33,33%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1 2 3 4 5 6 7
SATISFAÇÃO DO COLABORADOR QUANTO AO TRABALHO E ESPAÇO TOTAL DE VIDA
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
46
GRÁFICO 11: Satisfação do colaborador quanto a relevância social do trabalho
GRÁFICO 12: Satisfação do colaborador quanto ao salário e remuneração
0,00%
10,71%
0,00%
35,71%
21,43%
14,29%
17,86%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
1 2 3 4 5 6 7
SATISFAÇÃO DOS COLABORADORES QUANTO A RELEVÂNCIA SOCIAL DO TRABALHO
0,00%
7,14% 7,14%
42,86%
28,57%
7,14% 7,14%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
47
GRÁFICO 13: Satisfação do colaborador quanto à jornada de trabalho
GRÁFICO 14: Satisfação do colaborador quanto ao ambiente físico
0,00% 0,00% 0,00%
14,29%
21,43%
42,86%
21,43%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
JORNADA DE TRABALHO
0,00% 0,00% 0,00%
7,14%
14,29%
35,71%
42,86%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
AMBIENTE FÍSICO
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
48
GRÁFICO 15: Satisfação do colaborador quanto à salubridade e conforto
GRÁFICO 16: Satisfação do colaborador quanto à autonomia no trabalho
0,00% 0,00% 0,00%
42,86%
21,43%
14,29%
21,43%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
SALUBRIDADE E CONFORTO AMBENTAL
0,00%
7,14%
14,29% 14,29%
35,71%
7,14%
21,43%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
1 2 3 4 5 6 7
AUTONOMIA NO TRABALHO
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
49
GRÁFICO 17: Satisfação do colaborador quanto à estima
GRÁFICO 18: Satisfação do colaborador quanto à capacitação múltipla
0,00% 0,00%
7,14%
28,57%
21,43%
28,57%
14,29%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1 2 3 4 5 6 7
ESTIMA (SER QUERIDO NO TRABALHO)
0,00% 0,00% 0,00%
21,43%
14,29%
35,71%
28,57%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
1 2 3 4 5 6 7
CAPACITAÇÃO MÚLTIPLA
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
50
GRÁFICO 19: Satisfação do colaborador quanto à informação sobre o trabalho
GRÁFICO 20: Satisfação do colaborador quanto à carreira
0,00% 0,00% 0,00%
42,86%
14,29%
21,43% 21,43%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
INFORMAÇÃO SOBRE O TRABALHO
0,00%
7,14%
0,00%
42,86%
14,29% 14,29%
21,43%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
CARREIRA
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
51
GRÁFICO 21: Satisfação do colaborador quanto ao desenvolvimento pessoal
GRÁFICO 22: Satisfação do colaborador quanto à estabilidade no emprego
0,00%
7,14%
0,00%
14,29%
21,43% 21,43%
35,71%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
1 2 3 4 5 6 7
DESENVOLVIMENTO PESSOAL
0,00%
7,14%
0,00%
64,29%
7,14%
0,00%
21,43%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
1 2 3 4 5 6 7
ESTABILIDADE NO EMPREGO
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
52
GRÁFICO 23: Satisfação do colaborador quanto à ausência de preconceito
GRÁFICO 24: Satisfação do colaborador quanto à habilidade social
0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
21,43%
78,57%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
90,00%
1 2 3 4 5 6 7
AUSÊNCIA DE PRECONCEITO (DIVERSIDADE)
0,00% 0,00% 0,00%
14,29%
28,57% 28,57% 28,57%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1 2 3 4 5 6 7
HABILIDADE SOCIAL
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
53
GRÁFICO 25: Satisfação do colaborador quanto aos valores comunitários
GRÁFICO 26: Satisfação do colaborador quanto à garantia dos direitos
7,14%
0,00% 0,00%
50,00%
21,43%
7,14%
14,29%
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
1 2 3 4 5 6 7
VALORES COMUNITÁRIOS
0,00%
21,43%
7,14%
42,86%
14,29%
7,14% 7,14%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
DIREITOS GARANTIDOS
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
54
GRÁFICO 27: Satisfação do colaborador quanto à privacidade na vida pessoal
GRÁFICO 28: Satisfação do colaborador quanto à imparcialidade
0,00%
14,29%
7,14% 7,14% 7,14%
35,71%
28,57%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
1 2 3 4 5 6 7
PRIVACIDADE NA VIDA PESSOAL
0,00% 0,00% 0,00%
42,86%
21,43%
14,29%
21,43%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
IMPARCIALIDADE
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
55
GRÁFICO 29: Satisfação do colaborador quanto à liberdade de expressão
GRÁFICO 30: Satisfação do colaborador quanto à preservação da vida pessoal
0,00% 0,00% 0,00%
35,71%
0,00%
21,43%
42,86%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
0,00% 0,00% 0,00%
21,43%
14,29%
35,71%
28,57%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
1 2 3 4 5 6 7
VIDA PESSOAL PRESERVADA
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
56
GRÁFICO 31: Satisfação do colaborador quanto à previsibilidade de horário
GRÁFICO 32: Satisfação do colaborador quanto à imagem da empresa
0,00%
7,14%
0,00%
35,71%
7,14%
21,43%
28,57%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
1 2 3 4 5 6 7
HORÁRIOS PREVISÍVEIS
0,00% 0,00% 0,00%
42,86%
21,43%
14,29%
21,43%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
40,00%
45,00%
1 2 3 4 5 6 7
IMAGEM DA EMPRESA JUNTO A SOCIEDADEDE CLASSIFICAÇÃO
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito
57
GRÁFICO 33: Satisfação do colaborador quanto à responsabilidade social
0,00%
21,43%
0,00%
28,57%
21,43%
14,29% 14,29%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1 2 3 4 5 6 7
RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA
LEGENDA
1. Totalmente insatisfeito - 2. Muito insatisfeito - 3. Insatisfeito 4. Moderadamente satisfeito - 5. Satisfeito - 6 Muito satisfeito - 7. Totalmente satisfeito