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Presidência da República Dilma Rousseff Ministério do Meio Ambiente Izabella Mônica Vieira Teixeira Diretor-Geral do Serviço Florestal Brasileiro Antonio Carlos Hummel Conselho Diretor do Serviço Florestal Brasileiro Joberto Veloso de Freitas Claudia de Barros e Azevedo-Ramos Marcus Vinicius da Silva Alves Thiago Longo Menezes Gerência Executiva de Informações Florestais Daniel Piotto

Serviço Florestal Brasileiro - Gerência Executiva de Informações Florestais

SCEN, AV, L4, Trecho 2, Bloco H,

Brasília-DF, CEP 70818-900

www.florestal.gov.br

[email protected]

eventos.florestal.gov.br/simposioif

[email protected]

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ANAIS DO II SIMPÓSIO NACIONAL

DE INVENTÁRIO FLORESTAL

CURITIBA-PR, 18 A 20 DE NOVEMBRO DE 2013

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Comissão Científica

Joberto Veloso de Freitas

Daniel Piotto

Yeda Malheiros de Oliveira

Afonso Figueiredo Filho

Anabel Aparecida de Mello

Doádi Antônio Brena

Fábio Venturoli

Osmar dos Santos Ribas

Patricia Povoa de Mattos

Waldenei Travassos de Queiroz

Apoio Técnico

Pauliene Cristina Cerqueira Lopes

Maria Augusta Doetzer Rosot

Marilice Cordeiro Garrastazu

Monique Pinheiro Santos

Raquel Alvares Leão

Tiago Thomasi Cruz

Organização do II Simpósio

Pauliene Cristina Cerqueira Lopes

Guadalupe Costa de Sousa Lima

Yeda Malheiros de Oliveira

Patricia Povoa de Mattos

Claudia Maria Garbuio

Kátia Regina Pichelli

Rafael Oliveira de Carvalho

Organização dos Anais

Pauliene Cristina Cerqueira Lopes

Joana Dias Tanure

Tiago Thomasi Cruz

Capa

Assessoria de Comunicação do SFB

Apoio

Embrapa Florestas

FAO (Projeto GEF de Apoio ao IFN - GCP/BRA079/GEF)

BID/FIP (Projeto IFN-Cerrado)

BNDES/Fundo Amazônia (Projeto IFN-Amazônia)

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Apresentação

Os inventários florestais nacionais visam contribuir para a gestão

eficiente de recursos florestais, uma vez que geram informações, atualizadas e

precisas sobre as florestas naturais e plantadas e sua relação com os recursos

ambientais associados, em nível estratégico. É uma política pública

fundamental para o uso e conservação de nossas florestas. No Brasil, o

Inventário Florestal Nacional (IFN) – atualmente em fase de implementação – é

coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), em cooperação com os

estados e diversas instituições, e faz parte do Sistema Nacional de

Informações Florestais (SNIF).

Uma das estratégias do SFB para a divulgação de resultados e

compartilhamento de atividades é a realização de eventos técnico-científicos

relacionados ao tema. No ano de 2012, em Natal-RN, foi realizada a primeira

edição do “Simpósio Nacional de Inventário Florestal”, que obteve grande êxito

no intercâmbio de experiências e contou com 90 participantes entre

pesquisadores e representantes do setor público e privado. Em 2013, de 18 a

20 de novembro, Curitiba-PR foi a cidade escolhida para sediar o II Simpósio

Nacional de Inventário Florestal.

Considerando a extensão territorial do país e tantas outras experiências

em desenvolvimento, a partir da segunda edição o evento não se restringiu

apenas ao contexto do IFN, mas contemplou também outras iniciativas e

projetos relacionados a inventários dos recursos florestais. O evento reuniu

pesquisadores nacionais e internacionais, acadêmicos e representantes do

setor público e privado com o objetivo de compartilhar informações, discutir

atualidades, perspectivas e viabilizar um canal para troca de experiências

sobre inventários florestais no Brasil e em outros países, além de atualizar os

participantes sobre o andamento e as estratégias de implementação do

primeiro ciclo do IFN no país.

Dentre os avanços dessa segunda edição tivemos a abertura da

participação voluntária com a submissão de trabalhos científicos, a organização

de sessões temáticas paralelas e a realização do I Concurso de Fotografia do

IFN. Esses anais representam um dos resultados conquistados nessa nova

versão do Simpósio Nacional de Inventário Florestal.

Antônio Carlos Hummel

Diretor-Geral do Serviço Florestal Brasileiro

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SUMÁRIO

SEÇÃO I – PALESTRAS ................................................................................. 14

SEÇÃO II – RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS ..................... 15

Sessão temática - Alometria e mensuração florestal .................................. 15

Análise de regressão não linear para obtenção de equações de volume de um plantio de Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) (Paricá), em Paragominas, PA ................................................................................................ 15

Ajuste de equação volumétrica para plano de manejo ............................................ 16

Análise de diferenças entre a medição do incremento em circunferências a partir de fita dendrométrica com uso de escala X paquímetro .............................................. 17

Estimativas de alturas de árvores de Eucalyptus por meio de redes neurais artificiais18

Ajuste de modelos volumétricos para espécies arbóreas nativas em três regiões fitoecológicas do estado de Santa Catarina, Brasil. ................................................ 19

Estimativa do estoque de biomassa e de carbono na vegetação com DAP ≥ 5 cm na ARIE Seringal Nova Esperança, Epitaciolândia – AC ............................................. 20

Densidade, biomassa e carbono de Merostachys skvortzovii Sendulski em floresta ombrófila mista no sul do Paraná ......................................................................... 21

Estimativa do estoque de biomassa do fuste por diferentes métodos em floresta estacional decidual montana ................................................................................ 22

Ajuste de modelos hipsométricos para espécies arbóreas nativas em três regiões fitoecológicas do estado de Santa Catarina, Brasil ................................................. 23

Estimação do volume de Acacia mangium utilizando técnicas de Redes Neurais Artificiais e Máquinas Vetor de Suporte ................................................................. 24

Análise da Relação Hipsométrica de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze para locais com diferentes sistemas de manejo ...................................................................... 25

Modelagem do perfil do fuste de Pinus taeda L. em diferentes idades em Campo Belo do Sul, SC. ......................................................................................................... 26

Obtenção de volumes individuais de espécies da floresta nativa com varredura laser terrestre ............................................................................................................. 27

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Funções de afilamento não segmentadas para estimativa dos diâmetros e volumes de Tectona grandis Linn. f. no município de Cuiabá-MT .............................................. 28

Estimativa de biomassa a partir de sensor LIDAR aerotransportado ........................ 29

Incremento diamétrico de Trichilia claussenii C.DC. em uma floresta estacional subtropical no interior do estado do Rio Grande do Sul .......................................... 30

Evolução na área basal e em número de fustes em parcelas permanentes na Caatinga, sob diferentes tratamentos, no período de 2004 a 2011 .......................... 31

Estoque de carbono na necromassa depositada no chão nos remanescentes florestais em Santa Catarina .............................................................................................. 32

Sessão temática - Amostragem e análise estatística .................................. 33

Otimização do tamanho de unidades amostrais para povoamentos de Eucalyptus dunnii Maiden de alta densidade .......................................................................... 33

Análise estatística dos dados dendrométricos do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina. .................................................................................................. 34

Florística e fitossociologia de uma floresta estacional semidecidual submontana no município de Corumbá – MS, Brasil ...................................................................... 35

Aplicação da geoestatística em um modelo de produção para um povoamento de floresta plantada ................................................................................................. 36

Análise comparativa dos métodos de amostragem de área fixa e de enumeração angular na estimativa de área basal em povoamento de Eucalyptus sp. .................. 37

Estimativas de área basal por ponto amostral e parcela de área fixa para Myracronduon urundeuva .................................................................................... 38

Crescimento inicial de três clones de eucalipto em função do espaçamento em Jataí - GO .................................................................................................................... 39

Comparação de intensidades amostrais multinível como metodologia recorrente ao IFN .................................................................................................................... 40

Inventário de madeira morta com amostragem em linhas em um remanescente de floresta ombrófila mista: resultados preliminares .................................................... 41

Intensidade amostral do Inventário Florestal Nacional no Estado do Rio de Janeiro .. 42

Comparação de métodos de amostragem para estimativa da área basal inicial de Eucalyptus sp. sob diferentes espaçamentos ........................................................ 43

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Inventário de estoque de necromassa não lenhosa e carbono em um remanescente de floresta ombrófila mista: resultados preliminares .................................................... 44

Inventário florestal utilizando amostragem em dois estágios com diferentes unidades primárias ............................................................................................................ 45

Influência de diferentes espaçamentos e sistemas de irrigação em plantio experimental de mogno africano .............................................................................................. 46

Fator de área basal para inventário de uma floresta inequiânea de Pinus elliottii Engelm. pelo método de Bitterlich, em São Gabriel, RS ......................................... 47

Distribuição de frequência em classes diamétricas em um fragmento florestal ......... 48

Estimativa do estoque de biomassa e de carbono na vegetação com DAP < 5 cm na estação ecológica do Rio Acre, Assis Brasil - AC ................................................... 49

Comparação de métodos de amostragem em povoamento de Eucalyptus sp. na UTFPR, Campus Dois Vizinhos............................................................................ 50

Determinação de intensidades amostrais para a estimativa da distribuição diamétrica das espécies Qualea albiflora e Goupia glabra de Sinop – MT ................................ 51

Sessão temática - Análise e caracterização da vegetação e ecossistemas ......................................................................................................................... 52

A estrutura do estrato superior de três áreas de floresta paludosa no Sul do Brasil ... 52

Regeneração natural de um remanescente de mata ciliar na Bacia do Rio Gurgueia no sul do Piauí ........................................................................................................ 53

Distribuição diamétrica em um fragmento de floresta ombrófila mista aluvial em Guarapuava, PR , Brasil ...................................................................................... 54

Inventário florestal na mata ciliar na Estação Ecológica do Rio Acre ........................ 55

Riqueza de espécies arbóreas no topo do Morro do Elefante .................................. 56

Floresta ombrófila densa de Santa Catarina: fitossociologia e análise multivariada com dados obtidos por amostragem sistemática ........................................................... 57

Alteração do teor de clorofila sob diferentes condições de luz em mudas de branquilho e ocotea-guaicá .................................................................................................. 58

Efeito do controle de taquaras em um remanescente de floresta ombrófila mista ...... 59

Diferenças florísticas e fitossociológicas entre florestas com e sem bambu no leste do estado do Acre ................................................................................................... 60

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Associação da vegetação arbórea em relação à epífitos de uma floresta ombrófila mista em Lages, SC ............................................................................................ 61

Diversidade florestal da vizinhança de Protium hebetatum em uma floresta densa de terra firme na Amazônia Ocidental........................................................................ 62

Zonas de biodiversidade como subsídio ao manejo de espécies arbóreas ............... 63

Levantamento do processo de sucessão secundária em áreas do parque estadual do rio canoas .......................................................................................................... 64

Inventário de hemiepífitas do gênero Heteropsis para a remoção sustentável de raízes ......................................................................................................................... 65

Estrutura diamétrica de Sebastiania Commersoniana (baill.) l.b. sm. & downs em uma floresta inundável em Lages, SC .......................................................................... 66

Caracterização da florística de um remanescente de floresta estacional decidual na região do Médio Alto Uruguai – RS ....................................................................... 67

Estrutura, diversidade e potencial não madeireiro na mata de galeria do Jardim Botânico de Brasília, DF, Brasil ............................................................................ 68

Análise espacial dos índices de diversidade do cerrado na bacia do Rio São Francisco, MG .................................................................................................................... 69

Densidade arbórea e área basal em fragmentos de floresta ombrófila aberta em diferentes estádios sucessionais no leste do Acre ................................................. 70

Diversidade florística arbórea em fragmento de floresta ombrófila mista em Curitiba – PR ..................................................................................................................... 71

Análise estrutural comparativa do componente arbóreo sob diferentes intensidades amostrais, em floresta estacional ......................................................................... 72

Utilização do método do diagrama h-m para definição de estratos arbóreos em um fragmento de floresta ombrófila mista com diferentes níveis de conservação ........... 73

Inventário florestal estratificado ............................................................................ 74

Fitossociologia em fragmento de floresta ombrófila mista localizada no município de boa ventura de São Roque, PR ............................................................................ 75

Ocorrência de Dicksonia sellowiana hook. em floresta ombrófila mista alto-montana em Urupema/SC ...................................................................................................... 76

Florística de três fragmentos de floresta ombrófila mista no estado do Paraná ......... 77

Estrutura horizontal de três fragmentos de floresta ombrófila mista ......................... 78

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Inventário dos remanescentes florestais da Araupel, Quedas do Iguaçu, PR ............ 79

Diferenças na estrutura, diversidade e composição florística de duas áreas com distintas condições de regeneração natural localizadas em Urubici-SC ................... 80

Levantamento da vegetação arbórea dos remanescentes naturais da Araupel S/A, Quedas do Iguaçu-PR ......................................................................................... 81

Sessão temática - Aplicações de resultados de inventários florestais ..... 82

O Inventário Florestal Nacional como referência para o licenciamento ambiental no Brasil ................................................................................................................. 82

Para quê servem os inventários estaduais? Propostas para uma nova política florestal em Santa Catarina .............................................................................................. 83

Potencial madeireiro de uma área destinada ao uso não madeireiro na Floresta Nacional do Tapajós, Estado do Pará ................................................................... 84

Sessão temática - Avaliação e controle da qualidade em inventários florestais ......................................................................................................... 85

Ganho de fuste de espécies com interesse comercial: Balfourodendron riedelianum (Engler) e Myrocarpus frondosus (Allemão) ........................................................... 85

Status do monitoramento florestal contínuo através de parcelas permanentes da Embrapa Amazônia Oriental ................................................................................ 86

Comparação do tempo de medição das parcelas de inventário florestal influenciado pelo vento e presença de sub-bosque .................................................................. 87

Sessão temática - Dimensões sociais dos inventários florestais .............. 88

Mapeamento comunitário e inventário participativo para restauração ecológica em paisagens culturais: experiência na comunidade indígena Songhees, Colúmbia Britânica, Canadá. .............................................................................................. 88

Sociedade e unidades de conservação: uma contribuição do levantamento socioambiental no âmbito do inventário florestal nacional no estado do rio de janeiro 89

Manejo florestal boliviano: uma análise das normativas que regulam o uso de dos recursos naturais ................................................................................................ 90

Técnicas de comunicação empregadas no componente socioambiental do Inventário Florestal ............................................................................................................. 91

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Silvicultura urbana em municípios brasileiros com maior concentração populacional 92

Sessão temática - Inventários de florestas plantadas ................................ 93

Diferentes resultados obtidos em um inventário florestal ........................................ 93

Emprego da função Gamma no ajuste da distribuição diamétrica de um povoamento de Eucalyptus urophylla ...................................................................................... 94

Número de árvores necessárias para ajuste de relação hipsométrica em plantio de eucalipto ............................................................................................................ 95

Comparação de modelos de relação hipsométrica para Pinus elliottii cultivados no planalto catarinense ............................................................................................ 96

Comparação de métodos de amostragem para a estimativa de parâmetros dendrométricos em plantio de Populus sp. em sistema agroflorestal ....................... 97

Modelagem do volume de Pinus taeda L. em diferentes idades no município de Campo Belo do Sul, SC. ................................................................................................. 98

Ajuste de modelos matemáticos para estimativa do volume em plantios equiâneos de Eucalyptus spp. no Estado do Amapá ................................................................... 99

Relação hipsométrica para Eucalyptus dunnii Maidene Eucalyptus saligna Smith no município de Cacequi-RS .................................................................................. 100

Sessão temática - Identificação Botânica .................................................. 101

Guias de identificação botânica de espécies madeireiras do Experimento Arboreto do Parque Zoobotânico, Rio Branco, Acre ............................................................... 101

A Participação do Museu Botânico Municipal (Herbário MBM) no Inventário Florestal Nacional no Paraná .......................................................................................... 102

Sessão temática - Inventários florestais contínuos .................................. 103

Incremento diamétrico da araucária com base em 14 anos de inventário florestal contínuo ........................................................................................................... 103

Estudos de vegetação da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE Seringal Nova Esperança em Xapuri-AC.......................................................................... 104

Comparação dos parâmetros volumétricos com o inventário florestal contínuo em um fragmento florestal semidecidual montano .......................................................... 105

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Estrutura e dinâmica do estrato arbóreo de uma área sob manejo na Floresta Nacional do Tapajós, Estado do Pará, Brasil ..................................................................... 106

Inventário do incremento diamétrico e volumétrico em um fragmento de floresta ombrófila mista ................................................................................................. 107

Incremento em diâmetro de Erisma uncinatum (cedrinho) obtido em parcelas permanentes e por dendrocronologia ................................................................. 108

Inventário florístico e fitossociológico da regeneração natural em um fragmento de floresta ombrófila mista no Sul do Paraná ........................................................... 109

Caracterização diamétrica de um povoamento de Araucaria angustifolia (bertol.) Kuntze sob alta competição ............................................................................... 110

Levantamento florístico da regeneração natural em uma floresta após 26 anos de exploaração na Flona do Tapajós-PA ................................................................. 111

Crescimento Volumétrico e Tempo de Passagem na Amazônia Boliviana .............. 112

Incremento diamétrico 10 anos após as atividades de colheita no Manejo Florestal na Floresta Nacional do Tapajós, Estado do Pará, Brasil .......................................... 113

Mortalidade de espécies arbóreas em um remanescente de floresta ombrófila mista no período 2000-2009............................................................................................ 114

Inventário florestal contínuo em povoamento de Toona ciliata no município de Campo Belo, MG. ......................................................................................................... 115

Experiências do Inventário Florestal Nacional na Mesorregião Noroeste do Rio Grande do Sul .............................................................................................................. 116

Sessão temática - Mudanças climáticas .................................................... 117

Contribuição do manejo florestal ao sequestro de carbono na Amazônia brasileira . 117

Inventário de carbono em fragmento de floresta semidecidual em Itutinga, MG. ..... 118

Institucionalização do Inventário Florestal do Estado do Rio de Janeiro e sua relação com a Política Estadual de Mudanças Climáticas ................................................ 119

Dendrocronologia de açoita-cavalo na região de Silveira Martins-RS ..................... 120

Sessão temática - Novas tecnologias em inventários florestais ............. 121

Estimativas de biomassa e carbono na Amazônia a partir da escala da paisagem e de técnicas indiretas de quantificação ..................................................................... 121

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Contribuição metodológica para a etapa de planejamento de campo no Inventário Florestal Nacional, através do uso de geotecnologias e novas possibilidades ........ 122

Identificação automática de árvores em parcelas de Eucalyptus spp. na varredura laser terrestre ........................................................................................................... 123

Sistema de levantamento e gestão do inventário florestal nacional no estado rio de janeiro ............................................................................................................. 124

Fotografias panorâmicas imersivas no contexto do Inventário Florestal Nacional no Estado do Rio de Janeiro - "por dentro da Mata Atlântica" .................................... 125

Aplicação de redes neurais artificiais na quantificação volumétrica de árvores de eucalipto .......................................................................................................... 126

Parametrizações no processamento de dados LiDAR visando a estimativa de altura em povoamentos homogêneos de Eucalyptus sp. ............................................... 127

Avaliação de recurso de visualização de árvores em 3D no software Google Earth 128

Sessão temática - Sensoriamento remoto ................................................. 129

Extensão original e atual da cobertura florestal de Santa Catarina, validada com dados de campo do IFFSC .......................................................................................... 129

Dinâmica da biomassa e do carbono florestal na bacia hidrográfica do Rio Iguaçu, PR no período 2000 a 2010 .................................................................................... 130

Extração de variáveis dendrométricas de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze utilizando modelos lineares generalizados associados a dados LiDAR .................. 131

Uso de imagens RapidEye no estudo da dinâmica do uso do solo no município de Ivorá-RS entre os anos de 2011 e 2012 .............................................................. 132

Análise multitemporal do uso e cobertura da terra no município de Sobradinho-RS no período entre 2011 e 2012 ................................................................................. 133

Análise espacial da dinâmica do uso e cobertura da terra no município de Nova Esperança do Sul-RS ........................................................................................ 134

Classificação supervisionada em imagem Rapideye para o mapeamento do uso do solo do município de Bituruna ............................................................................ 135

Análise multitemporal por imagens orbitais e dinâmica da paisagem na Amazônia Peruana ........................................................................................................... 136

Inventário quantitativo da arborização urbana viária de Campinas ......................... 137

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Análise multitemporal da cobertura florestal do município de Barra do Quaraí, RS . 138

Classificação de imagens RapidEye baseada em objetos e análise da ecologia de paisagens como suporte ao componente geoespacial do Inventário Florestal Nacional ....................................................................................................................... 139

Processo de validação da classificação automática de imagens de satélite para o Brasil no âmbito do FRA 2010............................................................................ 140

PROGRAMAÇÃO.......................................................................................... 141

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Seção I – Palestras

O Inventário Florestal Nacional do Brasil Joberto Veloso de Freitas - Diretoria de Pesquisa e Informações Florestais, Serviço Florestal Brasileiro Ações da FAO de Monitoramento e Avaliação Florestal Anne Branthomme – Forestry Departament FAO-Roma The U.S. Forest Inventory and Analysis Program - Overview and Perspective Ronald E. McRoberts e James A. Westfall - Forest Inventory and Analysis, Northern Research Station, USDA Forest Service Tropical forest resource assessment with remote sensing on basis of a regular sampling grid René Beuchle - Joint Research Centre (JRC) of the European Commission Inventários Florestais Nacionais - lições aprendidas e benefícios para o país: o caso do Chile Carlos Bahamondez – Instituto Florestal, INFOR Chile O Inventário Florestal Nacional do Brasil – atualidades e perspectivas Daniel Piotto – Serviço Florestal Brasileiro Inventário Florestal Continuo do Amazonas Niro Higuchi – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA O IFN e os inventários estaduais: particularidades, acomodações metodológicas e integração – o exemplo do IFFSC Alexander C. Vibrans – Universidade Regional de Blumenau, FURB Resultados preliminares e inovações metodológicas para o Inventário Florestal Nacional do Paraná Sylvio Pellico Neto – Universidade Federal do Paraná, UFPR Mapeamento da vegetação brasileira no IBGE e suas contribuições na delimitação das tipologias vegetais Luciana Temponi – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Alometria e Mensuração Florestal 15

Seção II – Resumos dos Trabalhos Apresentados

Análise de regressão não linear para obtenção de equações de volume de um plantio de Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) (Paricá), em Paragominas, PA

QUEIROZ, W. T [email protected]

SILVA, J. N. M. CARVALHO, J.O. SANTANA, A. C.

UFRA

FEREIRA, J.E.R. Empresa Cikel

VALENTE, M.D.R.

UFPA

O objetivo foi comparar a precisão de modelos não lineares para estimar o volume comercial da espécie, ajustando sem uso de anamoforse, visando ter os resíduos aditivos. A amostra de 67 árvores apresentou os diâmetros mínimo de 7,7 cm e máximo de 23,5 cm. Foram ajustados os modelos 1, 2 e 3 considerando os resíduos (e) aditivos e os modelos 4 e 5 apresentando os resíduos (e) multiplicativos: 1)V=a+bD2H+e; 2) V=a(D2H)b+e; 3)V=aDbHc+e; 4) V=a(D2H)be; 5) V=aDbHce. V é o volume comercial m3, D é o DAP (m) e H é a altura comercial (m). Os parâmetros estimados para as funções 4 e 5 tornadas lineares usando o logarítmo neperiano, serviram como soluções iniciais para a aplicação do método de Gauss-Newton (Proc nlin do Sistema de Análises Estatísticas SAS) para ajustamento das regressões não lineares 2 e 3. Considerando a existência de relação linear entre as variáveis V e D2H, os volumes foram agrupados em cinco classes de D2H com intervalos de 0,12864 e aplicados vários testes disponíveis no SAS que comprovaram a existência de normalidade e homogeneidade de variâncias de V dentro das classes. Como o coeficiente de determinação não tem significado para modelos não lineares e sendo atendidas as pressuposições da ANOVA, então a adequacidade do ajustamento tiveram como base a análise gráfica dos resíduos, a magnitude do quadrado do coeficiente de correlação entre os valores observados e preditos (r2) e no valor da raiz quadrada da estimativa de máxima verossimilhança da variância residual (RQMR). Os resultados foram: 1) V = 0,40013 + 2,99044D2H para (F = 279,95; RQMR = 0,2281 e r2 = 0,8116); 2 ) V = 3,0558(D2H)0,6890 para (F = 1401,79; RQMR = 0,2257) e r2=0,8155), 3) V=29,9647D1,9395H0,1551 para (F=3184,13; RQMR=0,1223 e r2=0,9458); 4) LnV=1,1572+0,73619Ln(D2H) para (F=382,86; RQMR=0,2275 e r2=0,8158); 5) LnV=3,4408+2,0055LnD+0,18454LnH para (F = 613,28; RQMR = 0,1240; r2 = 0,9453. De acordo com os valores dos indicadores de adequacidade obtidos e considerando que os resíduos são aditivos, conclui-se que o modelo V=aDbHc+e (3) foi o mais preciso para estimar o volume da espécie na região. Palavras-chave: Gauss-Newton; SAS; proc nlin; máxima verossimilhança.

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Alometria e Mensuração Florestal 16

Ajuste de equação volumétrica para Plano de Manejo

FINCO, R. T. C. [email protected]

AMARO, M. A UFAC

Este estudo foi realizado na Área de Relevante Interesse Ecológico-ARIE Seringal Nova Esperança, em Epitaciolândia-Acre, visando gerar uma equação de volume para árvores com DAP ≥ 5 cm até DAP < 50 cm e outra para as árvores com DAP ≥ 50 cm, visto que esta informação é de fundamental importância para estimar o estoque de madeira em planos de manejo, além de uma exigência do órgão licenciador da atividade, à partir do segundo Plano Operacional Anual-POA. Foram avaliadas 20 classes diamétricas com amplitude de 5,0 cm, variando de DAP mínimo de 5 cm até DAP ≥ 100 cm. Para determinar o volume com casca, utilizou-se a cubagem rigorosa pelo método de Smalian até o início da copa. Foram cubadas 4 árvores por classe de DAP, sendo ao todo 36 árvores (9 classes) para DAP ≥ 5 cm até DAP < 50 cm e 44 árvores (11 classes) para as árvores com DAP ≥ 50 cm. O modelo matemático utilizado no ajuste foi o de Schumacher e Hall linearizado. Para DAP ≥ 5 cm até DAP < 50 cm a equação ajustada foi ln(Volume) = - 9,3127 + 2,0819*ln(DAP) + 0,7168*ln(H) e para DAP ≥ 50 cm foi ln(Volume) = - 9,3783 + 1,9959*ln(DAP) + 0,8503*ln(H), onde H (altura do fuste em metros) e DAP (Diâmetro a altura do peito em cm). O ajuste obtido foi bom para ambas equações, tendo em vista que os coeficientes de determinação ajustados foram de 99,6% para os fustes com DAP < 50 cm e 94,5% para os fustes com DAP ≥ 50 cm, e erro-padrão residual de ± 0,0767 e ± 0,8653 respectivamente. Analisando-se os gráficos da distribuição dos resíduos para as equações, foi possível observar que para as árvores com DAP < 50 cm, os resíduos estão mais uniformemente distribuídos e com menor amplitude, do que para a equação ajustada para as árvores com DAP ≥ 50 cm. Esta diferença de erros entre os 2 grupos pode indicar a necessidade de uma maior amostragem de árvores por classe de DAP, para as árvores com DAP ≥ 50 cm. Palavras-chave: alometria, Schumacher e Hall, volume, Amazônia.

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Alometria e Mensuração Florestal 17

Análise de diferenças entre a medição do incremento em circunferências a partir de fita dendrométrica com uso de escala X paquímetro

PEREIRA, L. D. [email protected]

WOLF, K. M. LANZARIN, K. MEYER, E. A.

UFSM

O objetivo deste trabalho foi verificar a diferença entre medição de incremento em circunferência diretamente na fita dendrométrica (na escala acoplada à fita) e a medição de incremento em circunferência no dendrômetro com o uso de paquímetro. A medição do incremento em circunferência com o paquímetro pode resultar em erro, pois, mede uma distância reta e não a distância do arco da circunferência, gerando, assim, valores sempre inferiores ao incremento real. A diferença entre as medições feitas diretamente na escala da fita dendrométrica e as realizadas com o paquímetro foi analisada com base em cálculos de geometria. Para as análises foram utilizados dados fictícios. O maior erro calculado foi de 16,2 mm, para uma árvore com 10 cm de DAP (menor diâmetro utilizado no cálculo) com um incremento de 2 cm em raio (maior incremento estipulado), esse erro correspondeu a 12,9%. Os erros foram maiores quanto menor o diâmetro da árvore analisada e quanto maior o incremento, caracterizando, assim, um erro sistemático. Verificou-se que os erros superiores a 5% ocorreram somente nas árvores com dimensões inferiores a 19 cm de DAP e em árvores com incremento superior a 1 cm de raio (que corresponde a valores de incremento de 6 cm em circunferência medidos no paquímetro). Portanto, para os indivíduos nas condições descritas, em trabalhos que exigem elevada precisão pode-se utilizar um fator de correção (f) calculado pela fórmula: f= 1.089*p -0.2578, onde p=medição com o paquímetro. Com a utilização do fator de correção todos os erros ficam abaixo de 5%. Contudo, cabe ressaltar, que essa condição não é muito comum, visto que, em trabalhos com fitas dendrométricas as medições são geralmente semanais, dificilmente haverão incrementos tão elevados. Assim, conclui-se que os erros na medição de incremento em circunferência com a utilização de medições de paquímetros só são significativos em árvore com diâmetros inferiores a 19 cm e com incrementos superiores a 1 cm em raio ou 6 cm em circunferência. O erro da medição do incremento com a utilização do paquímetro para árvores com diâmetros superiores a 19 cm é insignificante, independente do incremento da árvore. Palavras-chave: dendrômetro; erro de medição

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Alometria e Mensuração Florestal 18

Estimativas de alturas de árvores de Eucalyptus por meio de redes neurais artificiais

CASTRO, R.V.O. [email protected]

NAPPO, M.E. UnB

CASTRO, A.F.N.M.

UFV

Este estudo teve como objetivo avaliar a eficiência de redes neurais artificiais (RNA) para estimar a altura total (Ht, em m) de árvores de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis em substituição aos tradicionais modelos de regressão. Foram utilizados dados de 30 parcelas permanentes com área média de 500 m², monitoradas anualmente por cinco anos (24-72 meses), localizadas no município de Martinho Campos, Minas Gerais. Em cada parcela foram medidos a Ht e os diâmetros à 1,3 m (dap, em cm) de quinze árvores selecionadas aleatoriamente bem como cinco árvores dominantes (HD, em m), em cada ocasião de medição. O conjunto de dados foi dividido aleatoriamente em dois grupos: 1) grupo de treinamento das redes neurais e ajuste de regressões (80%), totalizando nas cinco medições, 2.400 casos e 2) grupo de validação, os quais foram utilizados para avaliar o poder de generalização das redes neurais e equações de regressão, após o treinamento e ajuste, respectivamente, totalizando 600 casos. Redes neurais artificiais foram treinadas e aplicadas para estimar a Ht utilizando três variáveis independentes: idade das árvores em meses; dap; e altura dominante média de cada parcela em cada idade. Foram testadas 600 redes neurais, com diferentes arquiteturas (número de camadas ocultas e número de neurônios por camada), modelos de redes (MLP e RBF) e funções de ativação (linear e logística). Foi utilizado o software STATISTICA 7.0 para treinamento e aplicação das RNA. Para os ajustes dos modelos de regressão foi utilizado o modelo linear ( ) ( ) εβββ +++= LnHDdapLnHt 210 /1 , por se tratar do modelo para relações hipsométricas mais utilizado na região do estudo. Para as análises de regressões, foi gerada uma equação para cada classe de idade das árvores, como forma de estratificação dos modelos, resultando em cinco equações hipsométricas. Foi utilizado o software EXCEL 2007 para ajuste dos modelos de regressão. Uma única rede neural foi mais precisa para estimar a altura total das árvores de Eucalyptus em comparação aos modelos de regressão estratificados por idade. Os resultados encontrados confirmam o potencial de utilização de redes neurais artificiais em estudos de mensuração florestal. Palavras-chave: alometria; relações hipsométricas; redes neurais artificiais; validação.

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Alometria e Mensuração Florestal 19

Ajuste de modelos volumétricos para espécies arbóreas nativas em três regiões fitoecológicas do estado de Santa Catarina, Brasil.

PIAZZA, G.A. [email protected]

LINGNER, D.V. MAÇANEIRO, J.P.

OLIVEIRA, L.Z. MOSER, P.

VIBRANS, A.C. FURB

Modelos volumétricos genéricos foram ajustados para estimar o volume total do fuste de árvores nativas em três regiões fitoecológicas de Santa Catarina, bem como modelos específicos para as espécies Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg., Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez, Ocotea puberula (Rich.) Nees, Cedrela fissilis Vell., Clethra scabra Pers., Matayba elaeagnoides Radlk., Prunus myrtifolia (L.) Urb., Hieronyma alchorneoides Allemão, Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin, Nectandra oppositifolia Nees, Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill., Piptocarpha angustifolia Dusén ex Malme, Tapirira guianensis Aulb. e Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb. Para os modelos específicos apenas espécies com frequência acima de 30 indivíduos foram consideradas. Dados foram obtidos a partir das 418 unidades amostrais do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC). Modelos foram ajustados a partir de dados da cubagem rigorosa do fuste pelo método de Smalian. Os outliers foram identificados através dos scores-z dos índices h/dap e dap/h, sendo considerados discrepantes aqueles que apresentaram score absoluto maior do que 3. Foram testados os pressupostos de normalidade, aleatoriedade e homocedasticidade residual pelos testes Kolmogorov-Smirnov, Runs e Brown-Forsythe, respectivamente. Os modelos volumétricos ajustados apresentaram valores elevados de r² (entre 0,91 e 0,98), e todos foram significativos quando submetidos ao teste t de correlação. Além dos testes de pressupostos de regressão, foram realizados testes de aderência x2 entre os valores estimados pelos modelos e os valores reais (Smalian), sendo que não houve evidências para rejeição da hipótese nula (p>0,05). A plotagem dos valores previstos com os cubados evidenciou que os modelos apresentam alta qualidade de previsão, comprovando sua utilização como ferramenta estimadora, podendo reduzir custos operacionais de inventários de campo. Um modelo específico para a espécie Araucaria angustifolia Bert. O. Kuntze foi realizado, comparando dados do inventário florestal brasileiro (IFN) da década de 80 e dados do IFFSC (2007/2008), através do teste t (α = 0,05) unicaudal à esquerda com correção de Welch para variâncias desiguais. O volume atual de A. angustifolia mostrou-se inferior aos do IFN (tcalc=2.16; p=0,018). Essa redução em relação à década de 80 evidencia a continuidade da exploração da espécie, mesmo após o auge do ciclo madeireiro no estado. Palavras-chave: modelos volumétricos; inventário florestal; pressupostos de regressão; mínimos quadrados.

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Alometria e Mensuração Florestal 20

Estimativa do estoque de biomassa e de carbono na vegetação com DAP ≥ 5 cm na ARIE Seringal Nova Esperança, Epitaciolândia – AC

NASCIMENTO, S. S. F. [email protected]

AMARO, M. A. UFAC

A Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE Seringal Nova Esperança, é uma unidade de conservação, dentro das categorias previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Apesar das florestas serem um valioso recurso natural, provendo diversos bens e serviços úteis ao homem e ao equilíbrio do planeta, muito precisa ser feito para uma melhor decisão sobre o seu uso. Assim, este estudo teve como objetivo realizar a estimativa de biomassa e carbono estocados na vegetação com DAP ≥ 5 cm na ARIE, contribuindo para aumento das informações sobre a vegetação existente no estado do Acre. A ARIE possui aproximadamente 2.570 ha, estando localizada no km 32 da BR 317, no ramal Porto Rico, no município de Epitaciolândia-AC. Foram inventariadas aleatoriamente 30 parcelas de 10 x 100 m (0,1 ha), distribuídas pela vegetação. Em cada parcela todos os indivíduos arbóreos com DAP ≥ 5 cm tiveram os DAPs medidos e suas alturas totais e alturas dos fustes (início da copa) estimadas. Foram selecionadas através de revisão de literatura equações para estimar o estoque de biomassa. Para estimativa do carbono multiplicou-se por 0,5 o valor obtido para biomassa seca. Com base nos dados utilizados no estudo obteve-se para a média da biomassa seca estocada 325,51 t ha-1, sendo 166,65 t ha-1 estocada no fuste e 158,86 t ha-1 na copa. O estoque de carbono total médio foi estimado em 162,76 t ha-1, sendo 83,33 t ha-1 estocado no fuste e 79, 43 t ha-1 na copa. São significativos os valores médios de biomassa e de carbono estocados na vegetação com DAP ≥ 5 cm. Com este estudo foi possível quantificar e analisar a contribuição da vegetação de maior porte no estoque de biomassa e de carbono, na área de floresta nativa estudada, contribuindo assim para diminuir as lacunas existentes sobre o estoque de biomassa e carbono, nos diversos compartimentos da vegetação. Palavras-chave: Floresta Amazônica; recurso florestal; inventário florestal.

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Alometria e Mensuração Florestal 21

Densidade, biomassa e carbono de Merostachys skvortzovii Sendulski em floresta ombrófila mista no sul do Paraná

MOGNON, F. [email protected] SANQUETTA, C. R.

CORTE, A. P. D. RODRIGUES A. L.

SANQUETTA, M. N. I. UFPR

O presente trabalho teve como objetivo estimar a densidade dessa espécie no término do período de seu ciclo de vida, bem como o estoque de biomassa seca total (bs) e carbono em fragmento de Floresta Ombrófila Mista localizado no município de General Carneiro/PR. As unidades amostrais foram instaladas no ano de 2009, sendo aplicadas técnicas de inventário florestal, com processo amostral sistemático e método de área fixa, com parcelas de 4 m² cada, totalizando 12 unidades amostrais. Nas parcelas foi mensurada a variável diâmetro à altura do peito (DAP), com auxílio de um paquímetro. Os resultados revelaram um dap médio de 3,1±0,22 cm, sendo a distribuição de frequências em forma unimodal simétrica. A densidade média foi de 27,2±0,49 ind/4m², para um erro amostral relativo de 12%. As estimativas de biomassa seca foram realizadas com base na equação ajustada com dados obtidos pelo método destrutivo, onde: bs=-0,25993+0,49681*DAP. Os resultados apontaram uma estimativa do estoque de biomassa total da ordem de 34,6±0,11kg/4m², com coeficiente de variação de 19,3%. O teor de carbono médio para a espécie foi de 42,6% e o estoque de carbono foi de 14,70±0,05kg/4m². Cerca de 60% dessa biomassa e carbono estavam alocados em indivíduos entre 3 e 4 cm de dap e 31% em indivíduos entre 2 e 3 cm de DAP. Desta forma, conclui-se que a elevada densidade de colmos encontrada em ambientes naturais e o expressivo estoque de biomassa seca e carbono indicam que a taquara nativa representa um recurso importante para fins de uso energético, bem como um relevante sumidouro de carbono. Esse recurso natural renovável deve ser manejado sustentavelmente e pesquisado mais a fundo para proporcionar benefícios econômicos e serviços ecossistêmicos em maior escala. Palavras-chave: inventário florestal; fitomassa; poaceae; modelagem.

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Alometria e Mensuração Florestal 22

Estimativa do estoque de biomassa do fuste por diferentes métodos em floresta estacional decidual montana

BALBINOT, R. [email protected]

TRAUTENMÜLLER, J. VENDRUSCOLO, R.

SILVA, R.V.D. UFSM - Campus Frederico Westphalen

O presente trabalho teve como objetivo estimar a biomassa do fuste em um fragmento de Floresta Estacional Decidual Montana utilizando métodos diretos e indiretos. Os dados de biomassa foram obtidos de três parcelas de 12 x 12 m, onde foram abatidas todas as árvores com diâmetro a altura do peito (DAP) maior que 10 cm. Também foram medidas a altura do Ponto de Inversão Morfológica (PIM) e os diâmetros a 0, 25, 50, 75 e 100% do PIM e no DAP, assim como o comprimento de cada secção para o calculo do volume rigoroso. A biomassa do fuste (BF) foi determinada pelo método direto (pesagem a campo) e também por métodos indiretos. Os métodos indiretos consistiram em: 1º) Volume Rigoroso (Vr) do fuste multiplicado pela Média Ponderada (MPond) e Média Aritimética (MArit) da Massa Específica Básica (MEB) da madeira das espécies encontradas, resultando em VrMEBMArit e VrMEBMPond, e, 2º) pelo Volume Estimado (Ve) por equação (V=(( π . DAP2)/4) . HF. FF, onde DAP = diâmetro à altura do peito; HF = altura do fuste; FF = fator de forma) multiplicado pela MEBMPond e pela MEBMArit, resultando em VrMEBMArit e VrMEBMPond, da mesma forma. A BF determinada diretamente foi de 180,04 Mg.ha-1. O método indireto que mais se aproximou da BF foi o VeMEBMArit, 184,93 Mg.ha-1, e o que apresentou a maior diferença foi o VrMEBMPond que totalizou 312,70 Mg.ha-1. A estimativa utilizando o VeMEBMPond totalizou 210,13 Mg.ha-1 e a biomassa encontrada com o VrMEBMArit foi de 275,2 Mg.ha-1. O teste de Dunnett à 5% de probabilidade não indicou diferença significativa do BF para os métodos indiretos que utilizam o Ve, já os métodos que utilizaram o Vr diferiram estatisticamente. Considerando a determinação direta da BF a campo como o melhor método possível e levando em consideração sua dificuldade de execução e alto custo, o método indireto mais simples e que gerou o melhor resultado para de estimativa de biomassa do fuste foi o VeMEBMArit. Palavras-chave: biomassa; florestas nativas.

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Alometria e Mensuração Florestal 23

Ajuste de modelos hipsométricos para espécies arbóreas nativas em três regiões fitoecológicas do estado de Santa Catarina, Brasil

OLIVEIRA, L.Z. [email protected]

MOSER, P. MAÇANEIRO; J.P.

PIAZZA, G.A. LINGNER, D.V. VIBRANS, A.C.

FURB

Modelos hipsométricos genéricos foram calibrados para estimar a altura total (h) de espécies arbóreas em três regiões fitoecológicas no estado de Santa Catarina (Brasil), bem como modelos específicos para as espécies Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez, Ocotea puberula (Rich.) Nees, Cedrela fissilis Vell., Clethra scabra Pers., Hieronyma alchorneoides Allemão, Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin, Nectandra oppositifolia Nees, Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. e Tapirira guianensis Aulb. O conjunto de dados foi coletado pelo Inventário Florístico-Florestal de Santa Catarina (IFFSC) em 418 parcelas permanentes em forma de conglomerado. Os modelos foram calibrados para dois bancos de dados, um contendo alturas medidas com hipsômetro e outro estimados pelas equipes de campo. Os modelos específicos foram calibrados para as espécies cuja frequência foi de pelo menos 30 indivíduos. Os outliers foram identificados pelos escores z dos índices h/dap e dap/h; os dados que mostraram escore absoluto maior que 3 foram considerados discrepantes. Os pressupostos de regressão, a saber, normalidade residual, aleatoriedade e homocedasticidade foram validados por métodos analíticos. As relações alométricas altura-diâmetro das três regiões fitoecológicas foram comparadas através de intervalos de confiança simultâneos dos coeficientes de regressão dos modelos hipsométricos calibrados. O teste F para a identidade de modelos revelou que as diferenças entre os dois conjuntos de dados (medidos e estimados) não são significantes. Os modelos não apresentaram valores elevados de r² (máximo 0,64), no entanto, todos os valores foram significativos (p=0,05) de acordo com o teste t para a existência de correlação. Assim, o uso de modelos hipsométricos é uma alternativa para a estimativa da altura total de árvores em um inventário florestal, visto que a medição deste em campo é onerosa e requer muito tempo operacional. Foram encontradas diferenças nas relações altura-diâmetro entre as regiões fitoecológicas, provavelmente, devido à variações estruturais e florísticas, além das condições climáticas e geomorfológicas de cada região. Palavras-chave: inventário florestal, modelos hipsométricos, pressupostos de regressão; relações altura-diâmetro.

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Alometria e Mensuração Florestal 24

Estimação do volume de Acacia mangium utilizando técnicas de Redes Neurais Artificiais e Máquinas Vetor de Suporte

CORDEIRO,M.A [email protected]

AMCEL

BINOTI,D.H.B UFV

BINOTI,M.L.M.S

UFVJM

LEITE,H.G UFV

Com o presente trabalho, objetivou-se mostrar os resultados das estimativas volumétricas de Acacia mangium, convencionalmente obtidas pelo Modelo proposto por Schumacher e Hall, comparando-os com as metodologias de aplicação de Redes Neurais Artificiais (RNA) e Máquinas Vetor Suporte (MVS). Para que fosse possível essa análise comparativa, foram utilizados dados de cubagens de 31 árvores de povoamentos de Acacia mangium, localizados no norte do estado do Amapá. Os dados apresentavam idade variando de 14 a 17 anos. As árvores-amostra foram cubadas em seções relativas, realizando medições de diâmetros e espessuras das cascas ao longo do fuste em 14 seções, baseando-se nos seguintes percentuais das alturas totais: 0.05%, 1%, 5%, 10%, 15%, 20%, 30%, 40%, 50%, 60%, 70%, 80%, 90% e 95%, sendo o volume total com casca (V) obtido pela aplicação da fórmula de Smalian. De modo geral, as metodologias que diferem da tradicional apresentaram resultados estatisticamente superiores. Palavras-chave: Acacia mangium; Redes Neurais Artificiais; Máquinas de Vetor Suporte

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Alometria e Mensuração Florestal 25

Análise da Relação Hipsométrica de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze para locais com diferentes sistemas de manejo

KREFTA, S.M. [email protected]

BERTOLINI, I. C. JUNG, P. H.

LIMA, A. L. P. DE PADOIN, V. W.

VUADEN, E. UTFPR

Este trabalho teve como objetivo testar e selecionar um modelo matemático para estimar a relação hipsométrica da Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze em dois locais, com diferentes sistemas de manejo. O estudo foi realizado no município de Dois Vizinhos (Local 1) e município de Quedas do Iguaçu (Local 2). Ambos plantios tem aproximadamente 40 anos de idade com espaçamento de 5 X 5 m, porém o local 1 não foi manejado e o local 2 foi desbastado. Em cada local foram amostradas 60 árvores de maneira aleatória, totalizando 120 árvores. Essas árvores tiveram a altura total (h) medida com o hipsômetro Vertex IV e o diâmetro à altura do peito (dap) com uma suta dendrométrica. A análise foi processada no pacote estatístico SAS versão 9.2 (Statistical Analysis System) utilizando-se os procedimentos PROC REG, PROC GLM e a soma de quadrados do tipo III. Foram testados cinco modelos de relação hipsométrica (Curtis, Stofells, Trorey, Henricksen e Backman). O modelo selecionado para relação hipsométrica para os dois locais foi o de Stofells, sendo o mesmo: ln(h)= 1,98568 + 0,28240 ln(dap) com um coeficiente de determinação ajustado (0,20), um erro padrão relativo (3,6%), valor de F calculado (30,33) e uma distribuição de resíduos sem tendência. A análise de covariância revelou não haver interação entre a variável independente ln (dap) e a variável local, ou seja, as curvas de relação hipsométrica dos dois locais, não apresentaram inclinações diferentes estatisticamente pelo teste F (p = 0,9204) com probabilidade de erro de 5%. Em seguida, foi aplicado teste para verificação de diferença de nível entre as curvas de relação hipsométrica entre os dois locais, no qual se constatou que não houve diferença significativa (p = 0,0907) entre os níveis da relação hipsométrica de cada local. Sendo assim, o ritmo de crescimento da altura em relação ao diâmetro é o mesmo para os dois locais, podendo-se portanto, usar em ambos a relação hispsométrica de Stofells. Palavras-chave: Manejo florestal; espécie nativa; floresta plantada.

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Alometria e Mensuração Florestal 26

Modelagem do perfil do fuste de Pinus taeda L. em diferentes idades em Campo Belo do Sul, SC.

ENGEL, M. L. [email protected]

NICOLETTI, M. F. NOVACK, N.

UDESC Os modelos de funções de afilamento são uma maneira de descrever matematicamente o perfil de um tronco, que tem influência no volume. Por isso, as indústrias necessitam de dados precisos de volumes parciais até diâmetros comerciais pré-definidos para utilizar os multiprodutos. Assim, o objetivo deste trabalho foi selecionar um modelo ideal de afilamento para diferentes idades de 11, 19 e 30 anos, de povoamentos de Pinus taeda, no município de Campo Belo do Sul, SC. As variáveis mensuradas a campo foram os diâmetros de diferentes posições (0,1 m, 0,3 m, 0,5 m, 0,9 m, 1,3m e, a partir de 2 m) por meio de cubagem rigorosa de Smalian, e os indivíduos cubados foram selecionados através da distribuição de classes de diâmetro da população. Os modelos de afilamento ajustados foram o de Kozak, o de Polinômio de Quinto Grau ou Prodan e o de Polinômio de Potências Fracionárias de Hradetzky, sendo que este último, foi ajustado por potencias obtidas a partir do processo estatístico de seleção de variáveis Stepwise que tiveram potências variando de 0,005 até 25. Os critérios usados na escolha do melhor modelo foram: Coeficiente de Determinação Ajustado (R²aj.), Erro Padrão da Estimativa Absoluto (Syx) e em porcentagem (Syx%), bem como, análise gráfica de resíduos. Para todas as idades o modelo que apresentou melhor estatística de ajuste foi o de Hradetzky. Mas pela análise gráfica de resíduos, o modelo que apresentou melhor distribuição foi o de Kozak. Por fim, foi utilizado o teste do qui-quadrado para validar a estatística de ajuste dos modelos de Kozak e Hradetzky, e em cada idade foram utilizados os dados dos diâmetros em diferentes posições da primeira árvore de cada conjunto de dados. Conclui-se que para a idade 11 anos, ambos os modelos são ideais para o ajuste dos dados, já para as idades 19 e 30 anos o melhor modelo de afilamento é o de Hradtzky, pois rejeitou-se a hipótese de que o modelo de Kozak teve bom ajuste. Palavras-chave: afilamento; Pinus; multiprodutos.

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Alometria e Mensuração Florestal 27

Obtenção de volumes individuais de espécies da floresta nativa com varredura laser terrestre

BUCK, A.L.B. [email protected]

LINGNAU, C. PÉLLICO NETTO, S.

UFPR

MACHADO, A.M.L. SF Florestal LTDA

SILVA, M. N.

MARTINS NETO, R.

UFPR As técnicas biométricas para obter a volumetria individual de árvores de povoamentos florestais são bem conhecidas e vêm sendo utilizadas com bastante frequência pelas empresas florestais do país. Quando se trata de sua aplicação em florestas nativas os aspectos restritivos aparecem, como: ocorrências de cipós, dificuldade de visualização dos topos das árvores, baixa viabilidade de corte das árvores, sub-bosque luxuriante, entre outros, resultando como consequência em baixa disponibilidade de informações para a grande maioria das espécies. A obtenção de medidas pela via indireta passa a ser muito atrativa para a coleta de dados de uma série diamétrica em árvores nativas. O emprego da varredura laser terrestre já vem sendo testado em aplicações florestais na UFPR e, sem dúvida, permite conseguir, com técnicas de modelagem tridimensional do tronco de árvores, detalhamentos fundamentais para gerar séries diamétricas de forma ao longo dos fustes em segmentos tão pequenos quanto se queira. O uso de programação computacional permite isolar os troncos via aplicação de filtragens. A partir de tais resultados pode-se extrair para cada árvore amostrada o volume de toras em seções absolutas ou relativas dos troncos em função de sua altura total, permitindo obter a cubagem rigorosa dos segmentos pela aplicação do método de Huber. Com a obtenção da série diamétrica relativa até a altura comercial será possível realizar o ajuste de modelos de afilamento polinomiais de grau n, como os propostos por Schöpfer e Hradetzki. Após a obtenção de séries diamétricas de várias espécies será possível proceder à estratificação dessas séries e, consequentemente, conseguir agrupar as espécies. Palavras-chave: Funções de afilamento, Série diamétrica relativa, Modelos polinomiais.

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Alometria e Mensuração Florestal 28

Funções de afilamento não segmentadas para estimativa dos diâmetros e volumes de Tectona grandis Linn. f. no município de Cuiabá-MT

BARROS, F. da S. ROCHA, K. J. da

[email protected] MÔRA, R.

FAVALESSA, C. M. C. UFMT

O objetivo do trabalho foi selecionar a equação de melhor desempenho para as estimativas dos diâmetros ao longo do fuste e volumes totais da espécie Tectona grandis Linn. f., propiciada por ajustes de funções de afilamento não segmentadas. Foram cubadas 52 árvores pela metodologia de Smalian, com a medição dos diâmetros nas alturas de 0,2 m, 0,5 m, 0,7 m, 1,0 m, 1,3 m e depois a cada metro até um limite mínimo de diâmetro de três centímetros. As funções de afilamento testadas foram a de Kozak (1969), Prodan (1965) e Quinto Grau (1966), e a precisão dos ajustes foi avaliado em função do Coeficiente de Determinação Ajustado (R² ajust.), Erro Padrão da Estimativa (Syx%), além da análise de tendência pela distribuição dos resíduos. O modelo que proporcionou a melhor equação para estimar os diâmetros foi o do Quinto Grau, com Coeficiente de determinação 0,9897, e erro padrão da estimativa percentual de 10,95%, assim como o mais preciso dos volumes totais com erro padrão percentual de 13,06%. Palavras-chave: sortimento; forma do fuste; volumetria.

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Alometria e Mensuração Florestal 29

Estimativa de biomassa a partir de sensor LIDAR aerotransportado

BATISTA, G.V. [email protected]

ANTOLI, A. T. REGO, L.F.S.M. FONSECA, L.M.

TOPOCART - Engenharia, Topografia e Aerolevantamento

Este trabalho tem como objetivo apresentar o estudo de caso sobre a utilização do perfilamento a laser na mensuração de biomassa. Para tanto, foram tomados como base parâmetros de altura de indivíduos arbóreos, densidade, massa foliar de copa e altura de dossel. A tecnologia do Laser aerotransportado LiDAR, segundo Riãno ET. Al. (2003), tem grande potencial de caracterização florestal, seja na ocorrência formação natural (Floresta Ombrófila Densa, Ombrófila Mista, Equatorial, etc.) ou devido à implantação de povoamentos florestais (Eucaliptos, Pinus, Acácia, etc.). O LiDAR envia pulsos elétricos em direção ao alvo e registra o intervalo de tempo entre o envio e o retorno destes pulsos. Isto implica na obtenção da mensuração do potencial de absorção do gás carbônico durante o processo de fotossíntese, nos diferentes extratos da floresta, bem como o seu potencial desenvolvimento. Os resultados obtidos evidenciaram que as estimativas de biomassa a partir do perfilamento demandam menor tempo de trabalho e diminuem os custos e mão de obra, com potencial de dinamizar o mercado do florestal, conferindo maior acurácia e confiabilidade nos estudos gerados. Com isso, a aplicação da tecnologia de perfilamento a laser para estimativa de biomassa tem-se revelado uma excelente alternativa de planejamento e gestão ambiental, tendo em vista a quantidade de informações originadas da modelagem cartográfica. Palavras-chave: LIDAR; estimativa de biomassa; gestão ambiental.

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Alometria e Mensuração Florestal 30

Incremento diamétrico de Trichilia claussenii C.DC. em uma floresta estacional subtropical no interior do estado do Rio Grande do Sul

LOIOLA, T.M. [email protected]

KEMMERICH, M.C. SILVEIRA, B.D. da

UNIPAMPA O incremento consiste no aumento de alguns elementos dendrométricos das árvores, como diâmetro, altura, volume, entre outros. Através da determinação do incremento é possível avaliar a produção de madeira que a árvore atingiu em um determinado período de tempo. Neste sentido, realizou-se o presente trabalho em uma fração da Floresta Estacional Subtropical, localizada no município de São Sepé, no interior do estado do Rio Grande do Sul, com o objetivo de determinar o incremento médio anual e incremento periódico anual em diâmetro de Trichilia claussenii C.DC., através da análise parcial de tronco. Os rolos de incremento foram adquiridosatravés de um trado extrator (Trado de Pressler) para que em seguida tivessem seus anéis de crescimento medidos com o auxílio do sistema LINTAB. O modelo matemático de Smalian foi utilizado para estimar os diâmetros anuais, através do pacote estatístico SAS 9.2 (Statistical Analysis System), também foram estimadas as idades das árvores, incremento periódico anual e incremento médio anual. Nos resultados encontrados para as 20 árvores observadas têm-se idades variando de 31 a 69 anos, com idade média de 46 anos. Já o diâmetro estimado (DAP) das árvores varia de 8,0 cm a 22,0 cm, com IMA oscilando entre 0,27 cm e 0,32 cm, e IPA de 0,29 cm em média, com pouca diferença entre os valores encontrados. Através do presente estudo entende-se que é possível determinar o IMA e o IPA através da análise parcial de tronco. Palavras-chave: análise parcial de tronco; anéis de crescimento; espécie nativa.

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Alometria e Mensuração Florestal 31

Evolução na área basal e em número de fustes em parcelas permanentes na Caatinga, sob diferentes tratamentos, no período de 2004 a 2011

OLIVEIRA, P.R.S.

[email protected] DANTAS, R.A.

FEITOSA, F. C.S. REBOUÇAS, M.S.

SANTOS SEGUNDO, E. UFRN

O presente trabalho apresenta os dados relativos coletados em parcelas permanentes da Rede de Manejo Florestal da Caatinga (RMFC), mais especificamente aquelas localizadas na Unidade Experimental da Fazenda Recanto, no município de Lagoa Salgada, no Estado do Rio Grande do Norte. As mensurações seguiram o protocolo de medições estabelecidos pela RMFC e os tratamentos foram: Corte raso (CR), Corte raso com matrizes DNB>15cm (CRM), Corte seletivo DNB>5cm (CS+5), Corte seletivo DNB<5cm e >10cm (CS-5 +10) e Corte seletivo 5<DNB<15cm (CS+5 -15). Cada tratamento teve duas repetições, resultando em 10 parcelas. Os dados foram processados em planilha eletrônica. Inicialmente a base de dados destas parcelas permanentes, que foram implantadas em 1996, foram coletados e processados até o ano de 2004, resultando na publicação de Gariglio et al.(2010) No período de 2004 a 2011, foi observado que a densidade (número de fustes por hectare), em valores médios por tratamentos, variou da seguinte forma: em CR elevou de 6750 para 6925; em CRM elevou de 6975 para 7325; em CS+5 decresceu de 3225 para 3213; em CS+5-15 elevou de 4713 para 3850 e, em CS-5+10 decresceu de 6275 para 6150. Em termos de Área Basal (m2/hectare), no mesmo período, foi observado que em valores médios por tratamentos, variou da seguinte forma: em CR elevou de 4,5242 para 7,82; em CRM elevou de 5,3153 para 8,95; em CS+5 elevou de 4,1452 para 6,77; em CS+5-15 elevou de 5,109 para 6,89 e, em CS-5+10 elevou de 4,9041 para 7,51. Palavras-chave: parcela permanente; caatinga.

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Alometria e Mensuração Florestal 32

Estoque de carbono na necromassa depositada no chão nos remanescentes florestais em Santa Catarina

CARDOSO, D. J. [email protected]

Embrapa Florestas

VIBRANS, A. C. LINGNER, D. V.

FURB O termo necromassa refere-se ao material lenhoso morto encontrado sobre o chão das florestas, incluindo toras, gravetos, galhos, frações disformes de madeira, bem como a biomassa de árvores mortas em pé. A quantificação deste material faz parte do conjunto de resultados a ser obtido no Inventário Florestal Nacional (IFN) do Brasil e foi incluída entre as atividades do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC). Os resultados deste inventário devem subsidiar a tomada de decisões estratégicas sobre o manejo de recursos naturais, e também para a conservação da biodiversidade e dos estoques de carbono. Com o objetivo de quantificar a necromassa depositada no chão das florestas e chegar a estimativa de carbono nas diferentes regiões fitoecológicas, adotou-se o método dos transectos, que consiste na medição do diâmetro de todos os galhos e troncos que interceptam uma linha amostral. Foram medidos 807 transectos de 10 m de comprimento, nas Unidades Amostrais. O maior peso seco de necromassa foi encontrado na Floresta Ombrófila Mista, com 12,2 Mg.ha-1, seguida da Floresta Ombrófila Densa, com 9,3 Mg.ha-1, da Floresta Estacional Decidual, com 8,2 Mg.ha-1, e da Restinga, com 3,3 Mg.ha-1. Estes valores representam entre 5,7% e 8,1% do peso seco de biomassa aérea nas regiões fitoecológicas avaliadas em Santa Catarina. Ao incluir o percentual atribuído às árvores mortas em pé, a participação da necromassa sobre o total de biomassa vegetal acima do solo passa a ser de 10,1 a 12,8%. A necromassa caída no chão das florestas é, portanto uma variável importante a ser considerada em inventários florestais e de carbono. O teor de carbono deste material variou entre 3,9 Mg.ha-1 e 5,8 Mg.ha-1 nas três fitofisionomias de floresta e 1,6 Mg.ha-1 na Restinga. Palavras-chave: necromassa; transecto; amostragem.

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Amostragem e Análise Estatística 33

Otimização do tamanho de unidades amostrais para povoamentos de Eucalyptus dunnii Maiden de alta densidade

SCHRÖDER, T. [email protected]

SEVERIANO, C. E. BELLÉ, P. A. FLEIG, F. D.

FÁVERO, A. A. UFSM

A madeira da espécie Eucalyptus dunnii Maiden é indicada para situações que exigem resistências mecânicas, além de ser utilizada para a fabricação de celulose. O estudo objetivou avaliar os diferentes tamanhos de unidades amostrais para estimar a área basal em povoamentos de alta densidade. Os dados foram obtidos no município de São Francisco de Assis/RS, em um povoamento de 4 anos de idade, com densidade inicial de plantio de 6500 indivíduos/ha. Foram instaladas 2 repetições em amostragem aleatória, em 4 blocos e 5 diferentes tamanhos de unidade amostral (T1: 17,5 m x 7 m; T2: 17,5 m x 14 m; T3: 17,5 m x 21 m; T4: 17,5 m x 28 m; T5: 17,5 m x 35 m). Foi calculada a ANOVA, ajustando-se um modelo exponencial negativo, para verificar o efeito do bloco e do tamanho da unidade amostral sobre o coeficiente de variação da estimativa da média de área basal. As médias do coeficiente de variação foram comparadas pelo Teste TUKEY. Os dados foram processados no Software SAS 9.2. Os resultados foram considerados significativos quando p<0,05. O maior coeficiente de variação médio foi encontrada no T1 (16,7%), seguido de T2 (7,9), T3 (5,9), T4 (4,2), enquanto que o de menor média foi encontrada no T5 (3,8). Verificou-se através da ANOVA que as médias não diferiram entre si tanto para o tamanho de parcela (Pr>F 0,69) quanto para os blocos (Pr>F 0,73). Assim o menor tamanho de unidade amostral foi capaz de explicar a média do coeficiente de variação da população. Isto ocorre, pois, apesar de a área amostrada no T1 ser menor que o normalmente recomendado para avaliação de plantios (400-600 m²), em plantios de alta densidade o número de árvores amostradas em unidades menores é semelhante ao geralmente observado. Assim, unidades relativamente pequenas são capazes de amostrar toda a variação de diâmetro nestas condições de plantio. Deste modo, para plantios com alta densidade (mais de 5000 indivíduos/ha), as unidades amostrais com até 150 m² são recomendáveis para realização de inventários de plantios homogêneos, reduzindo custos e sem a perda de precisão. Palavras-chave: estimativa de área basal; inventário florestal; coeficiente de variação.

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Amostragem e Análise Estatística 34

Análise estatística dos dados dendrométricos do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina.

MOSER, P. [email protected]

LINGNER, D. V. MAÇANEIRO, J. P. DE OLIVEIRA, L. Z.

PIAZZA, G. A. VIBRANS, A. C.

FURB O estudo tem por objetivo analisar estatisticamente as variáveis dendrométricas levantadas pelo Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC), através do uso das ferramentas da estatística descritiva e inferencial, buscando estimar parâmetros que permitam comparações e acompanhamento futuro da estrutura florestal. Realizaram-se análises de variabilidade, cálculos de suficiência amostral e de estimadores de riqueza de espécies, ajuste de modelos hipsométricos e volumétricos e estimativas de variáveis dendrométricas (para árvores vivas e mortas), realizando inferências com seus intervalos de confiança. Também foi investigada a diferença nas estimativas da variância entre e dentro das Unidades Amostrais, às quais verificou-se serem equivalentes. Foram estimados: diâmetro a altura do peito, altura do fuste, altura dominante, altura total, número de indivíduos, número de espécies (somente para árvores vivas), área basal e volume do fuste. Para a regeneração, estimaram-se altura total, número de indivíduos e número de espécies. Os dados têm origem em 418 Unidades Amostrais (conglomerados), implantadas no Estado nas interseções de uma grade regular com distancia de 10km na Floresta Ombrófila Mista e Floresta Ombrófila Densa e de 5km na Floresta Estacional Decidual. As análises de variabilidade entre as subunidades de cada Unidade Amostral revelaram que não existem diferenças significativas em sua maioria, sendo estas representativas de seus fragmentos. O cálculo de esforço amostral, realizado através da variabilidade das variáveis dendrométricas e curvas de suficiência florística e estabilidade, corroborou a hipótese estatística de suficiência, tanto nas regiões fitoecológicas quanto individualmente, na maior parte das Unidades Amostrais, para o estrato arbóreo. Constatou-se que a regeneração necessita de um maior esforço amostral. O ajuste de modelos hipsométricos foi fundamentado em duas bases de dados: alturas medidas com o hipsômetro e alturas estimadas em campo; a concordância entre estes modelos foi testada através do teste F, legitimando a mesma. Os modelos volumétricos foram ajustados a partir da cubagem rigorosa de fustes e obteve-se um bom grau de qualidade no ajuste. As estimativas dendrométricas foram realizadas baseadas na teoria dos intervalos de confiança, fornecendo parâmetros que apresentaram diferenças quando submetidos aos testes de hipóteses entre regiões fitogeográficas e bacias hidrográficas. Palavras-chave: suficiência; inferência; modelagem; estimativa.

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Amostragem e Análise Estatística 35

Florística e fitossociologia de uma floresta estacional semidecidual submontana no município de Corumbá – MS, Brasil

LEHN, C.R. [email protected]

Instituto Federal Farroupilha

ALVES, F.M. UFMS

PONTARA, V. BUENO, M. L.

UFMG No Brasil as florestas estacionais permanecem pouco conhecidas quanto aos aspectos biogeográficos, biológicos e ecológicos. Estudos sobre a vegetação dessa formação são essenciais para que a história biogeográfica da região neotropical possa ser melhor entendida. Além do mais, dados sobre a composição florística dessas formações ao longo de áreas na Bacia do Alto Paraguai, onde está situada a região do Maciço do Urucum e o Pantanal, são escassos e fragmentados. O presente trabalho teve como finalidade apresentar um estudo florístico e fitossociológico de um trecho da floresta estacional semidecidual submontana na região do Maciço do Urucum, Corumbá-MS. Para isso foram estabelecidos quatro blocos amostrais, cada um com área de 0,2 hectares, subdividido em 10 parcelas contínuas menores de 10 x 20 m, totalizando para as quatro áreas 8000 m² (0,8 ha). Todos os indivíduos com CAP = 15,5 cm (DAP = 5 cm) foram incluídos na amostragem. Foram levantadas 51 espécies de 30 famílias, onde Fabaceae, com nove espécies, foi sempre a família mais rica tanto em cada bloco amostral quanto no levantamento de todas as áreas, seguida de Meliaceae com quatro espécies, Anacardiaceae e Salicaceae com três espécies cada. Os gêneros mais diversos foram Casearia com três espécies, seguida de Machaerium, Nectandra, Trichilia e Ficus com duas espécies cada. Pouteria torta e Protium heptaphyllum estão sempre entre as espécies com maior índice de valor de importância (IVI e valor de cobertura (IVC). De uma forma geral, as espécies observadas durante o presente estudo apresentam ampla distribuição geográfica, sendo importante ressaltar a ocorrência de espécies inseridas na lista vermelha da flora ameaçada do Brasil, como é o caso de Cedrela fissilis, Dipterix alata, Astronium fraxinifolium e Myracrodruon urundeuva. Palavras-chave: inventário; Pantanal; Maciço do Urucum; biogeografia.

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Amostragem e Análise Estatística 36

Aplicação da geoestatística em um modelo de produção para um povoamento de floresta plantada

DIAS, P. A. S. [email protected]

KONISHI, P. A. SASS, I. R.

PEREIRA, J. C. THIERSCH, C. R.

UFSCar

Através dos procedimentos de inventários florestais contínuos, é possível estabelecer modelos de crescimentos e de produção da floresta. Esses modelos são necessários para projetar estas mudanças e fornecer informações relevantes para auxiliar nas tomadas de decisões, sendo necessária maior precisão sobre a produção. Uma alternativa na tentativa de melhorar a precisão das estimativas é a aplicação de técnicas da geoestatística. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi comparar o modelo de produção de Clutter (1963), com o respectivo modelo adicionado de uma componente espacial. Os dados são provenientes de 117 parcelas permanentes, de 400 m2 cada, localizadas em um plantio de híbrido de Eucalyptus urophylla S. T. Blake x Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden em uma fazenda de Itapetininga (SP), mensurados do 25º ao 71º mês. Foram aplicados aos dados o modelo tradicional de regressão proposto por Clutter (1963) e o modelo adicionado de uma componente espacial para a área basal. Os modelos de correlação testados foram: exponencial, esférico, gaussiano, de Matérn, onda e exponencial potência, através do método da máxima verossimilhança restrita utilizando o software R. Os ajustes foram comparados pelo critério de informação de Akaike (AIC), pelo erro padrão residual (EPR) e análise gráfica. Os modelos de correlação com menores valores de AIC foram os modelos de Matérn, esférico, exponencial e exponencial potência e os valores de EPR para área basal adicionado da componente espacial foram inferiores ao obtido no ajuste do modelo tradicional. Dessa forma, o modelo acrescido de componente espacial mostrou-se adequado usando a maioria das funções de correlação testadas para um ajuste de volume, apresentando menores erros em comparação ao modelo tradicional. Palavras-chave: geoestatística; modelo; produção; plantada.

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Amostragem e Análise Estatística 37

Análise comparativa dos métodos de amostragem de área fixa e de enumeração angular na estimativa de área basal em povoamento de Eucalyptus sp.

GOFFE, R. F. [email protected]

COUTO, H. T. Z. do. ESALQ/USP

A gestão profissional de qualquer organização florestal se fundamenta no conhecimento dos recursos disponíveis através da realização de inventário florestal, uma técnica de amostragem essencial devida à inviabilidade do levantamento total ou censo do povoamento. O objetivo desta pesquisa foi verificar distinções entre as estimativas de área basal, que possui alta correlação com a variável volume, de maior interesse comercial, obtidas pelos métodos de amostragem de área fixa e de Bitterlich em uma plantação de Eucalyptus sp., e destes em relação ao censo de toda a área experimental. A pesquisa foi realizada no município de Itatinga-SP em um plantio comercial do híbrido E. urograndis e neste povoamento foi definida uma área experimental de 20.160 m², onde se deu a mensuração do CAP de todos os indivíduos (tratamento 1 = censo). A seguir a área foi esquadrejada em 40 parcelas de 504 m², com seleção aleatória e sistemática de 10 delas. As 10 parcelas foram mensuradas pelos três métodos estudados, sendo eles o de área fixa (504 m² - tratamento 2) e os pontos de Bitterlich no centro das parcelas, fator 2 (tratamento 3) e fator 4 (tratamento 4), onde todos os indivíduos selecionados em cada método tiveram as CAPs medidas para cálculo da área transversal e basal. Pela ANAVA a 1% de significância os tratamentos diferiram entre si e pelo teste de Tukey a 5%, a média paramétrica da área basal obtida pelo censo (27,71 m²/ha) foi estatisticamente igual à estimativa do método de área fixa (27,65 m²/ha), a mais acurada entres os métodos testados e ambas diferiram pelo teste de média das estimativas obtidas pelos métodos de Bitterlich, fator 4 (21,20 m²/ha) e fator 2 (20,40 m²/ha), que também foram estatisticamente iguais. Desta forma, conclui-se que o método de amostragem por pontos de Bitterlich, seja de fator 2 ou 4, não é recomendado para a estimativa da variável populacional área basal em comparação ao tradicional método de área fixa, pois ambos subestimam o valor paramétrico em mais de 20%, de modo a não permitir um levantamento confiável desta variável em inventários florestais por gerarem inferências equivocadas sobre o povoamento. Palavras-chave: inventário; bitterlich; área basal; amostragem.

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Amostragem e Análise Estatística 38

Estimativas de área basal por ponto amostral e parcela de área fixa para Myracronduon urundeuva

FERREIRA, B.S. [email protected]

MATIAS, R.A.M. GOUVEIA JUNIOR, W.V.

RIBEIRO NETO, D.F. SOARES, T.S.

UFG - Campus Jataí As estimativas sobre características das populações florestais devem ser obtidas por meio de procedimentos de inventário florestal, definidos em função dos recursos disponíveis, da precisão requerida e dos objetivos. O método da amostragem por ponto horizontal, idealizado por Bitterlich, devido à simplicidade do procedimento para obtenção dos dados, pode ser de extrema utilidade, principalmente em situações em que se necessita de um diagnóstico rápido do estoque de madeira entre outras características de florestas inequiâneas, que pela sua natureza demandam maiores esforços de amostragem. Este estudo teve por objetivo compara o método de amostragem por ponto e o de área fixa na obtenção da estimativa da área basal de um fragmento de 8,2 ha com predominância de aroeira (Myracroduon urundeuva Fr. All.) situado no Câmpus Jataí da Universidade Federal de Goiás, no município de Jataí-GO. Na amostragem utilizando-se parcelas fixas, foram alocadas 17 parcelas de 20 × 20 m cada, sendo distribuídas sistematicamente em quatro transecções dispostas de forma a transpor perpendicularmente a declividade da área. Para o método de amostragem de Bitterlich, foi utilizado o fator de área basal 1,0 do instrumento Cruz-all. Neste método amostral, o centro de cada parcela de área fixa foi considerado como um ponto de amostragem. A comparação entre os métodos de amostragem foi realizada mediante análise do coeficiente de correlação e do teste F de Graybill. Os valores médios obtidos para a área basal foram 5,63 m2/ha e 7,49 m2/ha para a o método de amostragem por ponto e parcela de área fixa, respectivamente. As estimativas dos coeficientes de correlação e dos testes F de Graybill, para o parâmetro área basal por hectare, mostram que não existe diferença significativa entre os métodos de amostragem. Verifica-se que o método idealizado por Bitterlich é tão eficiente quanto ao de área fixa na estimativa da área basal. Palavras-chave: aroeira; método de amostragem; Bitterlich.

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Amostragem e Análise Estatística 39

Crescimento inicial de três clones de eucalipto em função do espaçamento em Jataí - GO

GOUVEIA JUNIOR, W.V. [email protected] RIBEIRO NETO, D.F.

MATIAS, R.A.M. FERREIRA, B.S

SOARES, T.S. UFG

O objetivo deste estudo foi analisar o crescimento de três clones de eucaliptos implantados sob dois espaçamentos em Jataí-GO. O delineamento utilizado foi o de blocos casualizados em esquema de parcelas subdivididas, com três repetições. Nas parcelas estudou-se o efeito de dois espaçamentos de plantio (3x2 m e 3x3 m). Os tratamentos das subparcelas corresponderam aos clones de eucalipto (3335, 3336 e 3487). O experimento foi instalado em novembro de 2012. Quando o povoamento tinha 6 e 9 meses de idade, foram mensurados o dap (diâmetro a 1,3 m do solo) e a altura total de todas as árvores das parcela. Para verificar o desenvolvimento do povoamento, foram avaliados as variáveis dap, altura total e área basal na idade de 9 meses e o incremento corrente trimestral em diâmetro, altura e área basal. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, e, para os efeitos significativos de tratamentos, aplicaram-se às médias ao teste de Scott- Knott, a 5% de probabilidade. Verificou-se que para os espaçamentos avaliados, não houve diferenças significativas para as avaliadas. Já para os clones, apenas o incremento em altura foi não significativo. Os clones 3335 e 3336 apresentaram desenvolvimento superior ao clone 3487 para as variáveis altura total (médias de 6,49 m e 6,47m, respectivamente) e incremento em DAP (7,65 cm e 7,91 cm, respectivamente) e incremento em área basal (0,77 m2/ha e 0,84 m2/ha, respectivamente). Já para as demais características, o clone 3336 apresentou-se superior aos demais, apresentando valores médios de 2,52 cm para diâmetro; 1,22m2/ha para área basal. Acredita-se que os espaçamento apresentaram valores não significativos em função da idade do povoamento. Pelos valores das variáveis dendrométricas avaliadas, o clone 3336 apresentou crescimento inicial promissor em Jataí-GO." Palavras-chave: Eucalyptus sp.; desenvolvimento inicial; clones; espaçamentos.

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Amostragem e Análise Estatística 40

Comparação de intensidades amostrais multinível como metodologia recorrente ao IFN

DAVID, H. C. [email protected]

NETTO, S. P. UFPR

O Inventário Florestal Nacional (IFN) no Brasil foi estruturado com processo de amostragem sistemático, em que está sendo alocada, em primeiro nível, uma unidade amostral a cada 400 km², que corresponde a um conglomerado em formato de cruz de malta com área total de 4.000 m². Essa intensidade corrobora a 0,001% de amostragem do território brasileiro. Em um segundo nível poderá ser adotado uma intensidade amostral mais densa, com intuito de captar informações mais apuradas da paisagem local, podendo estender-se a um terceiro nível. O objetivo do presente trabalho foi comparar diferentes níveis de intensidades amostrais por meio do mapeamento de fragmentos florestais com área superior a 10 ha, em uma parte de 2.200 km² do estado do Espírito Santo, Brasil. Foram utilizadas aerofotos digitais obtidas no ano de 2007, pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente (IEMA), com escala de 1:15.000 e resolução espacial de 1 m. A digitalização dos fragmentos florestais foi feita em escala de 1:2.500 com o auxílio do software ArcGisTM 9.3 da empresa ESRI®. As intensidades amostrais empregadas foram 0,5%, 0,1%, 0,05%, 0,01% e 0,005%, com processo de amostragem também sistemático, e assim foi comparada a captação da paisagem entre as cinco intensidades amostrais testadas, bem como com o censo. Foram estabelecidas duas categorias para a paisagem, com floresta e sem floresta, sendo que a presença ou ausência de floresta foi interpretada como variáveis discretas binárias cuja distribuição pode ser representada pela função de Bernoulli. Com isso foram calculadas as estatísticas descritivas, expectativas e variâncias da variável X, adotando os cenários simulados, além de compará-los por meio do teste não-paramétrico Qui-quadrado (Χ²), que teve como parâmetro a ocorrência do evento obtido no mapeamento do censo dos fragmentos florestais, em parte do estado do Espírito Santo. Palavras-chave: distribuição de Bernoulli; amostragem sistemática; floresta nativa.

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Amostragem e Análise Estatística 41

Inventário de madeira morta com amostragem em linhas em um remanescente de floresta ombrófila mista: resultados preliminares

MAAS, G. C. B. [email protected]

SANQUETTA, M. N. I. SANQUETTA, C. R.

BEHLING, A. CORTE, A. P. D.

UFPR Foi realizado um inventário de madeira morta com diâmetro acima de 10 cm em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista no centro-sul do Estado do Paraná, vinculada do Programa PELD/CNPq, no Bioma Mata Atlântica. Foram instaladas 6 linhas de 100m de comprimento, divididas em 10 sublinhas de 10m cada. A metodologia utilizada foi a citada em Pearson et al. (2005). Foram calculados o volume e a massa seca de madeira morta a partir de determinação da densidade da madeira em laboratório. Foram obtidas as estatísticas de amostragem para as 6 linhas de 100m (T1), 12 de 50m (T2), 30 de 20m (T3) e 60 de 10m (T4). As estatísticas descritivas dos tratamentos foram obtidas. Os tratamentos foram analisados quanto à heterogeneidade de variância pelo teste de Bartlett. Os tratamentos não foram homogêneos em termos de variabilidade (p<0,01). O coeficiente de variação (CV%) apresentou-se decrescente em função do comprimento da linha, ou seja, quanto menor o comprimento da linha maior foi o CV%, variando de 78,81 a 226,22% para volume e de 62,97 a 243,58% para massa seca. Pela metodologia de linha interceptadora as médias foram consistentes, ou seja, para todos os tratamentos foram estimadas em 30,04 m3.ha-1 e 10,70 t.ha-1, para volume e massa seca, respectivamente. As frequências de madeira morta acima de 10 cm nas unidades lineares não se apresentaram com distribuição normal pelo teste de Lilliefors, com grande número de valores zero nos tratamentos T3 e T4, o que denota que a ocorrência espacial dessa variável não é aleatória e sim agrupada em determinados locais onde ocorre queda de árvores e grandes galhos. A alta variabilidade das duas variáveis analisadas implica em necessidade de aumentar o tamanho da linha e/ou o esforço amostral, ou até mesmo reduzir o limite de erro usual em inventários florestais - que é de 10% - com vistas a obter resultados adequados. Concluiu-se que a alta variabilidade das variáveis de interesse afeta diretamente os estimadores e sua precisão. Uma combinação de comprimento de linha e intensidade amostral definirá o melhor procedimento a seguir quando da realização de inventários de madeira morta em florestas. Palavras-chave: amostragem; floresta com araucária; inventário florestal; necromassa.

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Amostragem e Análise Estatística 42

Intensidade amostral do Inventário Florestal Nacional no Estado do Rio de Janeiro

SILVEIRA-FILHO, T.B. [email protected]

SEA/RJ

FERNANDES, F.V. SMAC

BAYLÃO JUNIOR, H.F.

PCRJ A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) estabeleceram acordo de cooperação técnica para a realização do Inventário Florestal Nacional no estado do Rio de Janeiro (IFN/RJ). A partir de um grid de pontos fixo e sistemático com distância de 20 x 20 km entre eles, conforme metodologia nacional, a SEA fez várias modelagens para definição da intensidade amostral, uma vez que este grid não atendia as necessidades do Estado do Rio de Janeiro (ERJ). Visando conhecer a qualidade, quantidade e distribuição da cobertura florestal do Bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados no ERJ, a SEA contratou serviço de consultoria para, sob sua coordenação, executar o IFN/RJ. Com base em recomendações científicas que estabelecem número mínimo 30 unidades amostrais (UA) por fitofisionomia florestal em inventários contínuos e/ou uma área mínima de 0,01% da cobertura florestal em inventários regionais, definiu-se o número mínimo de UA por fitofisionomia florestal para o ERJ. Com o uso de geotecnologias a equipe da SEA cruzou o mapeamento das fitofisionomias potenciais do ERJ e o de Uso e Cobertura do Solo, realizado com base nas imagens Landsat 2007 e escala de 1:100.000, para estabelecer a pré-estratificação das áreas com ocorrência de fragmentos florestais e definir novos grid sistemáticos com a mesma correspondência do grid nacional, porém com menor equidistância. Para obter maior acurácia das UA nos fragmentos foi realizada avaliação supervisionada utilizando ortofotos (2006) e imagens de satélite de maior resolução espacial. Considerando os aspectos geográficos do ERJ e a alta fragmentação de algumas das fitofisionomias florestais, surgiu a necessidade de aumentar o nº de UA, passando das 117 UA originais para 283 UA, sendo 195 UA (69%) instaladas em área com cobertura florestal e 88 UA (31%) em áreas sem cobertura florestal. O adensamento na intensidade amostral permitirá ao ERJ obter informações mais qualificadas e representativas sobre a composição das florestas em cada uma das suas diferentes fitofisionomias e representará um aprimoramento na metodologia do Inventário Florestal Nacional consolidando-o como importante instrumento para a tomada de decisões e construção de políticas públicas no estado. Palavras-chave: geotecnologia; fitofisionomia, unidade amostral.

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Amostragem e Análise Estatística 43

Comparação de métodos de amostragem para estimativa da área basal inicial de Eucalyptus sp. sob diferentes espaçamentos

RIBEIRO NETO, D.F. [email protected]

GOUVEIA JUNIOR, W.V. FERREIRA, B.S. MATIAS, R.A.M.

SOARES, T.S. UFG

Apesar do amplo uso dos métodos de área fixa, métodos alternativos como o método de Bitterlich podem constituir em opção precisa e eficiente na estimativa da área basal. Este estudo objetivou comparar o método de amostragem de Bitterlich e o de área fixa na obtenção da estimativa da área basal de um povoamento de Eucalyptus sp. implantado nos espaçamentos 3x2 m e 3 x 3 m, na idade de 9 meses. Na amostragem utilizando-se parcelas fixas, foram alocadas parcelas de 108 m2 e 162 m2, respectivamente para os espaçamentos 3x2 m e 3x3 m. Para o método de amostragem de Bitterlich, foi utilizado o fator de área basal 0,5 do instrumento Cruz-all. Neste método amostral, o centro de cada parcela de área fixa foi considerado como um ponto de amostragem. A comparação entre os métodos de amostragem foi realizada mediante análise do coeficiente de correlação e do teste F de Graybill. Para o espaçamento 3x2 m, obteve-se os valores de 3,68m2/ha e 3,94m2/ha para os métodos de área fixa e Bitterlich, respectivamente. Já no espaçamento 3 x3 m, as áreas basais obtidas foram 2,46 m2/ha para o método de área fixa e 2,81 m2/ha para o método de Bitterlich. As estimativas dos coeficientes de correlação e dos testes F de Graybill, para o parâmetro área basal por hectare, mostram que não existe diferença significativa entre os métodos de amostragem para ambos os espaçamentos avaliados. Diante dos resultados obtidos, verifica-se que o método idealizado por Bitterlich em 1948 atende aos objetivos de diagnóstico rápido da área basal de um povoamento, uma vez que apresenta estimativas da área basal com igual precisão ao método de parcelas de área fixa, para um mesmo número de unidades amostrais. Palavras-chave: Eucalyptus sp.; área basal; Bitterlich.

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Amostragem e Análise Estatística 44

Inventário de estoque de necromassa não lenhosa e carbono em um remanescente de floresta ombrófila mista: resultados preliminares

MAAS, G. C. B. [email protected]

ALMEIDA, T. G. SANQUETTA, C. R.

MOGNON, F. CORTE, A. P. D.

SANQUETTA, M. N. I. UFPR

Foi realizado um inventário do estoque de necromassa não lenhosa (serapilheira) e seu correspondente estoque de carbono em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista localizado no centro-sul do Estado do Paraná. As coletas de dados foram realizadas durante o verão de 2011/2012. A área florestal em apreço é vinculada ao Programa PELD/CNPq e pertence ao domínio do Bioma Mata Atlântica. Foram instaladas 120 unidades amostrais de área fixa, com dimensões de 0,5m x 0,5m, sendo 40 unidades locadas em cada tipologia florestal: floresta com predominância de araucária (Araucaria angustifolia Bert. O. Ktze) no dossel (T1), floresta perturbada por incêndio (T2), floresta com predomínio de lauráceas (Lauraceae) no dossel (T3). O estoque de carbono das amostras trazidas do campo foi determinado em laboratório pelo método de combustão a seco. A média do estoque de necromassa seca foi de 4,75 t.ha-1, que corresponde a um estoque de carbono de 1,95 t.ha-1, considerando um teor médio de carbono de 41,45%. Não houve diferença entre os teores médios de carbono na necromassa nas três tipologias analisadas. Os dados das duas variáveis foram considerados normais quando avaliadas pelo teste de Lilliefors (p<0,05). Os erros de amostragem relativos da amostragem foram de 9,14 e 8,71%, respectivamente para massa seca e estoque de carbono, considerando uma probabilidade de 5% na distribuição “t” de Student. As médias de estoque de necromassa e de carbono por tipologia foram, respectivamente: T1 – 4,88 e 2,11 t.ha-1; T2 – 3,33 e 1,35 t.ha-1; 6,04 e 2,37 t.ha-1. Elas foram consideradas estatisticamente diferentes (p<0,05). Tais diferenças são atribuíveis ao grau de alteração antrópica e associadas ao estoque de biomassa viva. As duas variáveis analisadas tiveram variância muito inferior à média, o que caracteriza ocorrência espacial uniforme em toda a área. A intensidade amostral adotada foi suficiente considerando os requisitos usualmente adotados em inventários florestais. O tamanho e a forma das unidades amostrais foram operacionalmente adequados. Os estoques de necromassa e carbono estimados neste estudo se aproximam daqueles reportados em outros trabalhos desenvolvidos em formações vegetacionais similares. Palavras-chave: amostragem, floresta com araucária, inventário florestal, serapilheira.

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Amostragem e Análise Estatística 45

Inventário florestal utilizando amostragem em dois estágios com diferentes unidades primárias

NETO, F.de.C [email protected]

MELLO, J. M. de RAIMUNDO, M. R SCÓLFORO, H.F.

UFLA Dada a necessidade atual de se realizar um inventário florestal condicionado a restrições orçamentárias e de tempo para execução, objetivou-se avaliar a amostragem em dois estágios em um plantio florestal com Eucaliptus urograndis. Os dados foram fornecidos por uma empresa florestal e são referentes a um inventário pré-corte da mesma. O projeto possui 20 unidades primárias (talhões), dos quais foram avaliados inventários com 4, 8, 12, 16 e 20 talhões. As unidades primárias foram selecionadas de forma aleatória. O número de unidades secundárias (parcelas) selecionadas e medidas foram diferentes entre os talhões. Os talhões apresentaram área média de 24,74 ha, já as parcelas apresentaram área média de 536,56 m. Na amostragem com 4 talhões, estimou-se um volume total de 195963,89 m³, sendo medidas um total de 33 parcelas. O erro do inventário para esta estimativa foi de 6%, ao nível de 5% de probabilidade. Para a amostragem com 8 talhões, estimou-se um volume de 207738,28 m³, sendo medidas 59 parcelas, erro de 5,15%. Ao efetuar a amostragem em 12 talhões, o volume total estimado foi de 216517,64 m³ com erro de 3,9%, sendo medidas 80 parcelas. Para a amostragem com 16 talhões, mediram-se 102 parcelas e estimou-se um volume total de 217516,87 m³ com erro de 2,68%. Por fim, ao amostrar os 20 talhões do projeto, mediram-se as 132 parcelas. O volume estimado de madeira para este inventário foi de 214648,03 m³ com erro de 1,11%. A amostragem com 4 e 8 talhões subestimaram o volume total em 8,7% e 3,22% respectivamente, ao passo que na amostragem com 12 e 16 talhões superestimaram o volume em 0,9% e 1,3% respectivamente, em relação ao inventário com 20 talhões. Portanto, com 12 talhões se teria uma estimativa precisa e com menor custo para estimar o volume de madeira do projeto, uma vez que reduziria o número de parcelas medidas em 39,4%. A amostragem em dois estágios é um método que reduz o custo e diminui o erro do inventário. Além disso, uma análise mais profunda dentro desse método pode diminuir ainda mais o custo do inventário sem perder muita precisão. Palavras-chave: mensuração, estatística, Eucaliptus urograndis.

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Amostragem e Análise Estatística 46

Influência de diferentes espaçamentos e sistemas de irrigação em plantio experimental de mogno africano

RIBEIRO, A. [email protected]

FERRAZ FILHO, A. C. SILVEIRA, E. M. O.

SCOLFORO, J. R. S. UFLA

O setor florestal se encontra numa crescente utilização de madeiras provenientes de reflorestamentos com responsabilidade ambiental. O descompasso entre a oferta e a demanda de madeira no mercado tende a favorecer o quadro de substituição das madeiras nativas pelas madeiras de florestas plantadas, validando estudos silviculturais com espécies alternativas, tal como o mogno africano (Khaya ivorensis). Os dados de diâmetro medidos a 1,3 metros do solo (DAP) foram provenientes de seis quadras experimentais localizadas na Faz. Atlântica, município de Pirapora no Estado de Minas Gerais, implantadas no ano de 2008 e medidas no ano de 2012. As quadras possuem diferentes espaçamentos, métodos de irrigação e procedência de material genético, sendo denomindas: Q1 (7x6 m, microaspersão, Goiás); Q2 (7x6 m, gotejamento, Goiás); Q3 (7x6 m, tripa, Goiás); Q4 (5x5 m, microaspersão, Pará); Q5 (7x6 m, microaspersão, Pará); Q6 (10x10 m, microaspersão, Pará). Avaliou-se a diferença estatística entre as médias de DAP das três primeiras quadras utilizando o teste z; e para avaliação da influência do espaçamento no crescimento em DAP entre as 3 últimas quadras empregou-se incialmente um teste de homogeneidade de variância seguido do teste t independente, utilizando as árvores como repetição. Os resultados mostraram que o comparativo das média de DAP nas quadras Q1xQ2 (µ1=16,1; σ²1=0,22; z1x2=9,03; µ2=15,3; σ²2=0,18; z1x3=12,86), Q1xQ3 (µ3=15,1; σ²3=0,12; z2x3=3,14) e Q2xQ3 apresentaram diferenças estatísticas significativas a 99% de probabilidade (z tab=2,33). Para o comparativo nas quadras Q4xQ5 (µ4=17,6; σ²4=0,08; t4x5=23,89; µ5=19,6; σ²5=0,34; t4x6=6,83), Q4xQ6 (µ6=18,4; σ²6=0,32; t5x6=8,59) e Q5xQ6 os resultados se mostraram diferentes estatisticamente a 99% de probabilidade (t tab4x5=2,61; t tab4x6=2,62; t tab5x6=2,64; valores de p < 0,0001). Dessa forma, pode-se concluir que o tipo de irrigação influi no crescimento em diâmetro, e o espaçamento utilizado também reflete em crescimento distinto na variável avaliada. É válido ressaltar que mesmo no espaçamento 7x6 (Q5) o valor médio de DAP foi superior ao 10x10 (Q6), talvez devido à proximidade desta quadra a um curral, acarretando em uma adubação diferenciada, e, até o momento, não ter sido notado competição no espaçamento 10x10, contrário ao 7x6, que já possuem algumas árvores com as copas se tocando. Palavras-chave: mogno africano; plantios experimentais; tratos silviculturais.

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Amostragem e Análise Estatística 47

Fator de área basal para inventário de uma floresta inequiânea de Pinus elliottii Engelm. pelo método de Bitterlich, em São Gabriel, RS

ROSA, D. C. [email protected]

FLORIANO, E. P. SILVEIRA, B. D. da

SUXO, V. H. SOUZA, H. C.

OLIVEIRA, F. P. UNIPAMPA

O objetivo do presente trabalho foi determinar um fator de área basal (K) ótimo para amostragem pontual angular de Bitterlich, para uma floresta espontânea inequiânea de Pinus elliottii Engelm. no município de São Gabriel, Rio Grande do Sul. Foram mensurados os diâmetros à altura do peito, as coordenadas de cada ponto amostral e das árvores de um bosque com cerca de 0,23 ha. Foram locados sistematicamente 40 pontos amostrais dentro da área florestal, a partir dos quais foram determinadas as distâncias de cada uma das 118 árvores encontradas no bosque. A seguir, foi determinado o fator de área basal crítico para cada árvore em relação a cada ponto amostral, definindo-se as árvores pertencentes aos pontos amostrais com K maior do que 0,2, 0,4, 0,6, 0,8, 1,0, 1,2, 1,4, 1,6, 1,8 e 2,0 e a respectiva área basal por hectare (G) para cada K em cada ponto amostral. Os resultados mostram que o valor de G cresce do K 0,2 até 1,0, onde se torna praticamente constante. Utilizando-se K=1,0 a média das áreas basais por hectare (G) da população é de 13,2 m²/ha e o intervalo de confiança (IC) para a média é de IC = [ 12,3 m²/ha ? G ? 14,1 m²/ha ] = 90%, com diâmetro médio de 16,5 cm e 545 árvores por hectare. Como o K é uma medida referente ao ângulo amostral, espera-se que quanto menor for, maior será o número de árvores selecionadas por ponto amostral, tornando menor a variação dentro e entre as unidades amostrais, sendo também menor o número de unidades amostrais necessário para uma mesma precisão amostral, o que se confirma neste trabalho em que, a partir do K=1,0 o coeficiente de variação entre unidades amostrais aumentou gradualmente de 24% para 34% com K=2,0. Conclui-se, portanto, que o melhor fator de área basal para amostragem angular da floresta estudada é K=1,0, sendo recomendado para florestas inequiâneas em que as árvores tenham freqüência e dimensões semelhantes. Palavras-chave: fator de área basal; amostragem; pinus.

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Amostragem e Análise Estatística 48

Distribuição de frequência em classes diamétricas em um fragmento florestal

CUCHI, T. [email protected]

GALLIO, E. LAMBRECHT, F. R.

FORTES, F. O. de UFSM

Para melhor entendimento dos processos que ocorrem no interior de um fragmento florestal, é necessário a realização de estudos que contemplem e ajudem a entender a dinâmica da floresta. A distribuição em classes de diâmetros por meio de suas frequências de indivíduos determina a sucessão e ou equilíbrio no número de indivíduos dentro da floresta. Assim modelos como de “Meyer” e “beta” fornecem informações importantes quanto ao equilíbrio necessário para que a floresta esteja na forma (balanceada) de “J” invertido progressiva e constante. O presente trabalho teve como objetivo ajustar modelos de distribuição das frequências de indivíduos em classes diamétricas em um fragmento de aproximadamente 35 ha, de Floresta Estacional Decidual, na região do Alto Uruguai, em Frederico Westphalen. O levantamento foi conduzido em uma área amostral de 10.000 m² dividido em 100 subparcelas de 10x10 m. Foram encontradas 59 espécies, tendo no total 580 indivíduos com DAP variando de 10 a mais de 60 cm. Dentro das 6 classes, com um intervalo de 10 cm, obteve-se na menor classe 376 indivíduos e na maior classe foram encontrados 18 indivíduos. Efetuou-se a mensuração e identificação dos indivíduos com CAP ≥ 31 cm. Com os dados obtidos observou-se que o fragmento apresenta uma distribuição de indivíduos em classes diamétricas que segue o padrão de floresta nativa, a uma grande concentração de indivíduos nas menores classes de diâmetro, sendo que diminui conforme aumenta o diâmetro dos indivíduos (“J” invertido) e em relação aos modelos de distribuição de indivíduos em classes de diâmetro (Meyer e Beta), ambos mostraram-se eficientes, sendo que o de Meyer apresentou uma distribuição de forma decrescente e constante. O modelo de Meyer mostrou-se eficiente, mesmo havendo uma discrepância muito grande no primeiro centro de classe de diâmetro, já o uso da função beta gera subestimativas nas classes de maior diâmetro, sendo que no presente trabalho, não foi verificado esse caso, já que tanto a frequência observada, quanto a frequência estimada pelo modelo, apresentaram valores parecidos nos últimos centros de classe de diâmetros. Palavras-chave: fragmento florestal, classes de diâmetro, parcelas.

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Amostragem e Análise Estatística 49

Estimativa do estoque de biomassa e de carbono na vegetação com DAP < 5 cm na estação ecológica do Rio Acre, Assis Brasil - AC

MELO, J. P. M. [email protected]

AMARO, M. A. UFAC

A Estação Ecológica Rio Acre - ESEC Rio Acre é uma unidade de conservação dentro das categorias previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação-SNUC e está localizada no município de Assis Brasil-AC. Este trabalho teve como objetivo estimar o estoque de carbono e biomassa em indivíduos com DAP < 5 cm na Estação Ecológica-ESEC Rio Acre, para fornecer subsídios ao ICMBio, gestor da unidade, para revisão do Plano de Manejo, com foco na importância da Estação Ecológica para o equilíbrio hidrológico do Rio Acre. Ao longo do rio Acre dentro da ESEC, foram instaladas 10 parcelas temporárias de 5 m x 5 m. Dentro das parcelas, todos os indivíduos com DAP < 5 cm ou inferiores a 1,3 m de altura, foram cortados e pesados, para determinação do peso úmido. A biomassa (peso seco) foi estimada retirando-se do material pesado em campo o teor de umidade, segundo estudos de literatura que indicavam que a biomassa seca corresponde a 44,5% da biomassa úmida, em indivíduos com DAP < 5 cm em uma floresta primária. Com base nesta informação multiplicou-se os valores de biomassa úmida por 0,445, para obtenção da biomassa seca. Para transformar biomassa seca em carbono utilizou-se também a recomendação de literatura, segundo a qual 50% da biomassa seca é de carbono. O estoque médio de biomassa acima do solo foi 16,27 t/ha e de carbono 8,13 t/ha. São significativos e superiores aos valores médios encontrados em outros estudos de biomassa e carbono para a região, os estoques encontrados na vegetação com DAP < 5cm da ESEC Rio Acre. Palavras-Chaves: Floresta Amazônica; biomassa; carbono.

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Amostragem e Análise Estatística 50

Comparação de métodos de amostragem em povoamento de Eucalyptus sp. na UTFPR, Campus Dois Vizinhos

FRIGERI, J.V. [email protected]

MARTINS, A.P.M. KREFTA, S.M. LELIS, L.C.S.

GORENSTEIN, M.R. UTFPR

Comparou-se os métodos de amostragem de Prodan, Bitterlich e parcelas de área fixa quanto a precisão, exatidão e eficiência nas estimativas do número de árvores, área basal, volume, diâmetro médio, diâmetro médio quadrático e altura média. Utilizaram-se os valores paramétricos produzidos pelo censo do povoamento de Eucalyptus sp. com idade de 9 anos, na UTFPR, Campus Dois Vizinhos para comparação com as estimativas. O tempo médio gasto pelo método de Prodan em 20 unidades amostradas foi de 1 minuto por árvore. No método de Bitterlich, o tempo médio gasto foi de 1,32 minutos por árvore em 6 unidades amostrais. As 10 parcelas de área fixa de 30 árvores (112,2 m2) despenderam 0,95 minutos por árvore. O método de área fixa foi o que apresentou maior exatidão na estimativa do diâmetro médio e área basal. O método de Prodan apresentou maior exatidão apenas na estimativa do diâmetro médio quadrático. As parcelas de área variável produziram as melhores estimativas da altura média (0,0% de desvio do parâmetro) e volume do povoamento, porém sub-estimativa de -20,6% no número de árvores por ha. As estimativas do número de árvores por hectare foram enviesadas para os três métodos estudados, provavelmente devido à distribuição irregular dos desbastes realizados no povoamento. O método de Bitterlich apresentou menores valores para o erro de amostragem das variáveis volume (11,8%) e área basal (11,0%). O método de área fixa apresentou menor precisão para as três estimativas de povoamento analisadas (número de árvores, área basal e volume). O método de Prodan também apresentou baixa precisão nas estimativas. Apesar de despender maior tempo na mensuração das árvores, o método de Bitterlich foi o que apresentou melhor desempenho na amostragem do povoamento estudado. Palavras-Chaves: Bitterlich; Prodan; parcelas de área fixa; exatidão.

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Amostragem e Análise Estatística 51

Determinação de intensidades amostrais para a estimativa da distribuição diamétrica das espécies Qualea albiflora e Goupia glabra de Sinop – MT

OLIVEIRA, M. F. [email protected]

UFPR

MATTOS, P. P. de GARRASTAZU, M.

BRAZ, E. M. ROSOT, N. C. BASSO, R. O.

Embrapa Florestas O conhecimento da estrutura diamétrica da floresta é de grande importância para o desenvolvimento de um plano de manejo sustentável. O objetivo deste trabalho foi determinar o tamanho de amostragem que melhor reflete a distribuição diamétrica de Qualea albiflora e Goupia glabra na região de Sinop, Mato Grosso. O diâmetro a 1,3 m do solo foi obtido pelo inventário 100% em uma área de 1024 ha. Utilizou-se um intervalo de classe diamétrica de 10 cm, com número de classes semelhante ao obtido pela fórmula de Sturges. Para as estimativas da distribuição diamétrica foram testados 6 modelos de função de distribuição probabilística (fdp), sendo o melhor escolhido com base no teste de Kolmogorov-Smirnov (KS). Foram testadas 5 intensidades amostrais (2,5%, 5%, 10%, 15% e 20%) com parcelas de 1 ha distribuídas aleatoriamente pela área passível de exploração, totalizando 939,5 ha. A escolha da melhor intensidade amostral foi feita com base nos resultados do qui-quadrado (x²) e da análise gráfica da distribuição real e estimada. Todos os modelos de fdp apresentaram boas estimativas e foram aceitos pelo teste KS. O melhor modelo foi o Sb de Johnson, tanto para o inventário 100%, quanto para Q albiflora e G. glabra, todos com R²aj superiores a 0,99. Para a área total, que apresentou 28.578 indivíduos, somente foram aceitas as intensidades de 2,5% e 5%, com x²calculado inferior ao x²tabelado a 5% de probabilidade. Algumas causas são sugeridas para a rejeição das demais intensidades, como por exemplo, pela inclusão de espécies raras ou de espécies menos frequentes com distribuição não aleatória. Qualea albiflora, com 9.758 indivíduos, e Goupia glabra, com 2.345, tiveram todas as intensidades amostrais aceitas pelo teste do x², sendo selecionada a de 10% pela análise da distribuição gráfica. A análise prévia por amostragem é uma ferramenta útil para se estimar o potencial de uma área a ser adquirida ou manejada. No entanto, o levantamento amostral não substitui o censo florestal, exigido por ocasião do cadastro do plano de manejo florestal, que também é essencial para a implantação do manejo de precisão. Palavras-Chaves: manejo, amazônia, intensidade amostral, distribuição diamétrica.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 52

A estrutura do estrato superior de três áreas de floresta paludosa no Sul do Brasil

MANCINO, L. C.

[email protected] OVERBECK, G. E.

BAPTISTA, L. R. M. UFRGS

Alguns estudos em Florestas de Restinga incluem áreas Paludosas (FRP) e Florestas de Restinga Arenosas (FRA), as quais apresentam diferenças conspícuas na composição de espécies e estrutura. Em razão da rápida redução destas florestas e escassez de estudos em FRP, ainda faltam discussões mais detalhadas e comparativas das características edáficas, da composição e estrutura das FRP no Sul do Brasil. Este trabalho buscou comparar a composicão e a estrutura do estrato superior e sua correlação com atributos do solo em três áreas de FRP, região da Floresta Atlântica na planície costeira, localizadas em Santa Catarina (Içara - IÇA e Balneário Arroio do Silva - BAS) e Rio Grande do Sul (Morrinhos do Sul - MDS), Sul do Brasil. Nós marcamos 13 parcelas de 100 m² em cada área para amostrar árvores (CAP > 12 cm altura ? 3 m). Em cada parcela, nós coletamos três amostras de solo para análises químicas e texturais. A comparação entre áreas foi feita através da riqueza, altura e densidade por parcela. Nós realizamos uma análise de correspondência canônica (CCA) com seis variáveis de solo com menor autocorrelação e as espécies com abundância ? 10. Os solos das três comunidades diferiram significativamente para a maioria das variáveis e quase sempre entre as três áreas. Nós registramos 111 especies e 43 famílias. A densidade de indivíduos não diferiu entre as áreas, mas a altura máxima e a densidade de espécies diferiram entre a área sobre Organossolo (BAS) e as outras duas, sobre Gleissolos. A CCA explicou 31.5% da variação total e mostrou que a humidade e a altitude podem ser importantes para explicar a distribuição das espécies arbóreas nesta formação. MDS mostrou maior riqueza de espécies que as outras duas áreas e IÇA obteve valores intermediários. Em geral, nosso estudo mostrou que, dentro da mesma região, FRP podem mostrar consideráveis diferenças na composição e estrutura, que elas são distintas das FRA e atualmente não reflete na legislação ambiental. Estudos florísticos em FRP no Sul do Brasil são importantes para aumentar a compreensão da sua estrutura e funcionamento, como base para sua conservação e manejo sustentável. Palavras-chave: restinga; diversidade; árvore; floresta tropical.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 53

Regeneração natural de um remanescente de mata ciliar na Bacia do Rio Gurgueia no sul do Piauí

MARTINS, A. R. [email protected]

UFPI

ALVES, A.R. UFERSA

SILVA, L.S.

MACEDO, W. S. GARCIA, T. A. dos S.

COSTA, J. T. F. MARTINS, L.

UFPI

O estudo foi realizado no remanescente de mata ciliar da bacia hidrográfica do rio Gurgueia, na localidade Lagoa do Barro, no Município de Bom Jesus. Para a estimativa da regeneração natural foram distribuídos no fragmento cinco transectos de 20 m x 60 m (1200 m²) distanciados de forma sistemática de 20 metros entre si, perpendiculares ao leito do rio. Esses transectos foram divididaos em três sub-unidades amostrais de 20 m x 20 m (400 m²), que por sua vez também foram divididas em sub-amostras de 20 m x 1 m (20 m²) partindo da margem do rio e adentrando para o fragmento, totalizando uma área amostrada de 300 m² em 15 sub-amostras no fragmento. As análises foram estabelecidas, com base no nível de inclusão das espécies arbóreas em regeneração natural com circunferência na base a 30 cm do solo (CNB 0,30 m) > 10 cm e as classes de altura foram assim distribuídas: classes 1 com altura (H 1,0 m < altura (H) < 2,0 m, Classes 2 2,0m< H < 3,0m, e classe 3 com H > 3,0 m. Foram amostrados 447 indivíduos vivos, pertencentes a 30 famílias botânicas, e 43 espécies arbóreas. As famílias que obtiveram maior representatividade em números de espécies, ordenadas de forma decrescente foram: Caesalpiniaceae (5 espécies), Fabaceae (4 espécies), Mimosaceae, (4 espécies), e as famílias Apocynaceae, Bignonaceae, Cambretaceae, Malvaceae, Myrtaceae, Olacaceae, e Phytocarceae com 2 espécies cada, representando 60% da regeneração natural avançada. As dez espécies que apresentaram melhores desempenhos em termos de valor de importância (VI) e valor de cobertura (VC), no fragmento, de forma decrescente foram: Brosimum lanciferum, Ptychopetalum sp., Petalostelma sp., Seguieria langsdorffii e Combretum laxon. O resultado do índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’) encontrado para o fragmento estudado foi de 3,17 nats/ind. O remanescente de mata ciliar da bacia hidrográfica Rio Gurgueia apresenta grande potencial de regeneração natural, porém a área ainda necessita de novos estudos, principalmente com o acompanhamento em longo prazo da regeneração natural. Palavras-chave: Caatinga; vegetação ciliar; regeneração.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 54

Distribuição diamétrica em um fragmento de floresta ombrófila mista aluvial em Guarapuava, PR , Brasil

GUILHERMETI, P. G. C. [email protected]

SANTOS, R. M. M. MOREIRA, V. S.

MOKOCHINSKI, F. M. WALTZLAWICK, L. F.

UNICENTRO O objetivo deste trabalho foi analizar à distribuição diamétrica de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista Aluvial aàs margens do Arroio Carro Quebrado em Guarapuava, PR. Nas 10 parcelas permanentes instaladas foram mensurados 198 indivíduos com DAP > 5 cm, pertencentes a 13 espécies. O pequeno número de espécies registrado é devido provavelmente à localização das parcelas que foram instaladas paralelamente ao rio distante 5 m da margem. O regime hídrico do rio influi diretamente nas condições hídricas do solo, que acaba restringindo a ocorrência de espécies adaptadas a este tipo de ambiente. Sebastiania commersoniana (Baill.) L. B. Sm. & Downs (Branquilho), planta característica desta tipologia vegetal, e Ligustrum lucidum W. T. Aiton (Alfeneiro), espécie invasora no estado do Paraná, são exemplos de espécies tolerantes e capazes de se estabelecer nestes ambientes e foram as espécies mais representativas, com um total de 109 e 40 indivíduos, respectivamente. A população em estudo apresentou distribuição diamétrica em “J- invertido” ou exponencial negativo, onde as maiores concentrações de indivíduos se encontram nas classes de menores diâmetros. As árvores foram agrupadas em 4 classes de diâmetro, com intervalo de 10 cm. Assim, a primeira classe foi composta por 155 indivíduos, a segunda por 33 e na terceira 9 e na última apenas1. S. commersoniana e L. lucidum apresentaram distribuição diamétrica exponencial negativa, assim como a população total, enquanto espécies como Zanthoxylum rhoifolium Lam e Prunus brasiliensis (Cham. & Schlecht.) D. Dietrish não apresentaram este tipo de distribuição, pois as maiores concentrações de indivíduos estavam nas maiores classes. Desta forma, através do inventário florestal foi possível identificar que o remanescente florestal está muito alterado devido à urbanização e à ocorrência de L. lucidum. A distribuição diamétrica apresentada pela invasora, em forma de “J invertido”, indica que há um balanço positivo entre recrutamento e mortalidade, o que garante a manutenção da espécie na área. Os resultados podem subsidiar novos estudos que visam o controle da espécie invasora a fim de manter o equilíbrio natural do remanescente de Floresta Ombrófila Mista Aluvial em Guarapuava, PR. Palavras-chave: Sebastiania commersoniana; Ligustrum lucidum; classes de diâmetro.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 55

Inventário florestal na mata ciliar na Estação Ecológica do Rio Acre

OLIVEIRA, C.J.F.S. [email protected]

AMARO, M.A. UFAC

A Estação Ecológica Rio Acre-EERA, é uma unidade de conservação dentro das categorias previstas no Sistema Nacional de Unidades de Conservação-SNUC, Administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, localizada a 144Km do município de Assis Brasil-Acre, situando-se na bacia hidrográfica do alto rio Acre. Este estudo teve como objetivo realizar um inventário florestal na mata ciliar existente às margens do rio Acre, no trecho dentro da EERA. O estudo foi realizado ao longo do rio Acre, no trecho dentro da EERA, cuja área total é de aproximadamente 77.500 ha. Foram inventariadas aleatoriamente 10 parcelas de 10 x 100 m (0,1 ha), e foram coletadas em cada parcela informações sobre todos os indivíduos (arbóreos) com DAP > 5 cm: os DAPs foram medidos e suas alturas totais e alturas dos fustes (início da copa) foram estimadas. Na Estrutura horizontal foi utilizado o parâmetro fitossociológico Densidade Absoluta e Relativa (DA e DR). Os indivíduos foram distribuídos em 16 classes de DAP (intervalos de 5 cm), começando com 5 cm e sendo a última classe destinada aos fustes com DAP > 80 cm. Foram inventariados 664 indivíduos, sendo 525 árvores (79%), 105 palmeiras (16%). Para 585 (90,9%) indivíduos foi possível fazer algum tipo de identificação científica, estando os mesmos distribuídos por 106 espécies. Para 55 (8,5%) indivíduos foi possível obter apenas o nome vulgar dos mesmos, estando distribuídos por 19 “espécies de nome vulgar” e para 4 indivíduos (0,6%) não foi possível chegar a nenhum tipo de identificação. A maior parte dos indivíduos (50,3%) concentra-se em 10 espécies.O número de indivíduos por hectare está dentro do observado em florestas no estado do Acre. A distribuição dos indivíduos nas Classes de DAP tende ao “J invertido”, o que é esperado para uma floresta nativa. Palavras-chave: Amazônia; vegetação; fitossociologia.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 56

Riqueza de espécies arbóreas no topo do Morro do Elefante

FÁVERO, A. A [email protected]

COSTA, M. P ANDRIOLLO, D. D

LONGHI, S. J. UFSM

Obter a riqueza de espécies em comunidades ecológicas alfa é um procedimento complexo. Os estimadores não-paramétricos são úteis para extrapolar a riqueza observada e estimar a riqueza esperada. Esses são baseados no número de espécies observadas e raras (singletons/doubletons; uniques/duplicates; abundância > 10). O estudo objetivou avaliar a riqueza de espécies e a suficiência amostral da comunidade arbórea empregando os estimadores não-paramétricos de riqueza: Chao1 e 2, Jackknife 1 e 2, Bootstrap e o estimador de cobertura baseado na abundância - ACE. Os dados foram obtidos na floresta Subtropical Decidual (29º40’18”S e 53º43’11”W) no rebordo do planalto meridional no Rio Grande do Sul, BR, em oito parcelas, 20 m x 50 m, distribuídas de forma sistemática no topo do morro (~11,5 ha.) a 460 m de altitude, sendo registradas as árvores com CAP > 15,7 cm. Os dados foram processados no software R (VEGAN: Community Ecology Package). Amostrou-se 1.506 indivíduos, 27 famílias, 47 gêneros e 59 espécies, obtendo-se 10 espécies (17%) com abundância de um indivíduo (singletons) e 4 (7%) com dois indivíduos (doubletons), totalizando 24% das espécies. Constatou-se que 15 espécies (25%) ocorreram em uma parcela (uniques) e 11 (19%) em duas parcelas (duplicates), totalizando 44% das espécies. Verificou-se também 38 espécies raras (1 a 10 indivíduos) (64%) e 21 espécies abundantes (36%). Os valores dos estimadores foram: chao 1 = 68,00; chao 2 = 69,23; Jack1 = 72,15; Jack2 = 76,30; Bootstrap = 65,39 e ACE = 65,05. Esses valores superestimam o valor da riqueza observada, devido aos estimadores incidirem na heterogeneidade dos dados, sendo assim imprescindível o aumento da intensidade amostral para captar a variabilidade existente e diminuir a diferença dos valores das riquezas esperados em relação ao observado, pois a riqueza de espécies dependente do esforço amostral. Todavia, a riqueza de espécies sofre oscilações ao longo do tempo devido às perturbações que influem nas variáveis (espécies raras) dos estimadores, de tal modo, que impedem ao obtenção do valor absoluto da riqueza com alta precisão. Os estimadores Bootstrap e ACE representaram os valores de riqueza para a comunidade, considerados altos para a região. Palavras-chave: diversidade; equabilidade; espécies pool.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 57

Floresta ombrófila densa de Santa Catarina: fitossociologia e análise multivariada com dados obtidos por amostragem sistemática

LINGNER, D. V. [email protected]

SCHORN, L. A. SEVEGNANI, L.

GASPER, A.L. de FURB

MEYER, L. UFMG

VIBRANS, A.C. FURB

O objetivo do trabalho foi caracterizar os remanescentes da Floresta Ombrófila Densa e avaliar como os fatores geográficos e climáticos determinam as variações florísticas e estruturais da floresta. Os dados estruturais foram disponibilizados pelo projeto Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, sendo oriundos do componente arbóreo/arbustivo (DAP > 10 cm) de 197 unidades amostrais do tipo conglomerado. Foram obtidos também os dados de 28 variáveis geoclimáticas. A estrutura da floresta foi caracterizada com o emprego de parâmetros e índices fitossociológicos. Usando a densidade das espécies, análises de agrupamento e ordenação foram realizadas para identificar grupos de bacias hidrográficas e faixas de altitude. A análise de espécies indicadoras - ISA foi aplicada para apontar as espécies características destes grupos. Para avaliar as relações existentes entre os aspectos estruturais e ambientais, os dados de densidade das espécies (matriz florística) e as variáveis geoclimáticas (matriz ambiental) foram submetidos à ordenação. A análise de regressão múltipla foi efetuada para definir o melhor modelo de previsão da estrutura espacial da floresta. Foram encontradas 577 espécies, pertencentes a 226 gêneros e 83 famílias. As famílias mais representativas foram Myrtaceae, Lauraceae e Fabaceae. Espécies de áreas perturbadas como Alchornea triplinervia, Caseria sylvestris e Miconia cinnamomifolia estiveram dentre as que dominam a floresta. Grupos espaciais não puderam ser seguramente definidos com os dados das bacias hidrográficas. No entanto, foi possível identificar três formações ao longo do gradiente altitudinal, aqui denominadas: Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas (< 30 m), Submontana (30 – 500 m) e Montana (> 500 m). Variações florísticas e estruturais puderam ser detectadas entre as três formações. Em comunidades das terras baixas, a presença das famílias Anacardiaceae e Clusiaceae foi mais expressiva e a altura média das árvores foi superior. Nos ambientes montanos, observou-se um aumento no número de indivíduos, área basal e diversidade, além da maior representatividade das famílias Cyatheaceae, Lauraceae e Rubiceae. A ocorrência de Arecaceae foi marcante nos patamares submontanos. Modelos lineares para a previsão de padrões estruturais foram definidos utilizando a altitude, temperatura média do quadrimestre mais frio, precipitação do quadrimestre mais chuvoso e distância do oceano. Palavras-chave: Floresta Atlântica; estrutura; agrupamento e ordenação; variáveis geoclimáticas.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 58

Alteração do teor de clorofila sob diferentes condições de luz em mudas de branquilho e ocotea-guaicá

MOKOCHINSKI, F. M. [email protected]

MOREIRA, V. S. GUILHERMETI, P. G. C.

SANTOS, R. M. M. dos WATZLAWICK, L. F.

UNICENTRO

Visando contribuir para a silvicultura sob diferentes situações de campo, objetivou-se avaliar o efeito de três níveis de intensidade luminosa (100, 50 e 10% da intensidade da luz do dia) no teor de clorofila de mudas de duas espécies florestais nativas branquilho (Sebastiania commersoniana) e ocotea-guaicá (Ocotea puberula) ao longo de um período vegetativo completo. As espécies comportaram-se diferentemente em relação à intensidade luminosa, assim como às estações do ano. Para analise estatística foi utilizado teste de tukey ao nível de 5% de significância. Branquilho mostrou-se uma espécie adaptada a ambientes com alta ou baixa luminosidade e ocotea-guaicá apresentou-se adaptada a ambientes mais sombreados. Palavras-chave: pigmentos foliares; sombreamento; tolerância.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 59

Efeito do controle de taquaras em um remanescente de floresta ombrófila mista

SCHIKOWSKI, A. B [email protected]

CORTE, A. P. D. SANQUETTA, C. R.

MOGNON, F. UFPR

Para a recuperação e conservação de fragmentos da Floresta Ombrófila Mista, conhecida como floresta de Araucária, se faz necessário o conhecimento de sua dinâmica e suas interações com espécies como a taquara comum, pois sua forte presença competitiva no sub-dossel dos remanescentes da Floresta com Araucária caracteriza um forte inibidor da regeneração natural. O trabalho consistiu em avaliar o impacto da presença da taquara (Merostachys skvortzovii Sendulsky) sobre a dinâmica de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista, bem como o efeito de tratamentos de controle mecânico aplicados. O experimento situa-se no sul do Paraná, no Brasil, com 1 hectare de área e foi subdividido em 25 subparcelas de 400 m², nas quais foram aplicados 5 tratamentos: testemunha, corte total e abandono, corte e retirada, corte e abandono duas vezes e corte da taquara e do sub-dossel e abandono. Todas as árvores com DAP acima de 10 cm foram marcadas, identificadas e medidas. A avaliação foi feita com base na análise fitossociológica, variáveis dendrométricas e dinâmica das populações no período de 2003 a 2011, juntamente com efeito dos tratamentos, quanto à densidade e dominância. Ilex paraguariensis, Araucaria angustifolia e Ocotea porosa foram as espécies com maior IVI, cuja taxa de ingresso foi praticamente nula, porém a mortalidade de A. angustifolia e I. paraguariensis foram acentuadas. Os tratamentos de controle da taquara obtiveram bons resultados, sendo o melhor o corte total da taquara e abandono, porém ainda se faz necessária uma análise posterior de qual método de controle é mais viável, tanto do ponto de vista econômico, como na dificuldade de aplicação do tratamento, considerando áreas mais abrangentes. O controle de taquaras beneficiou inicialmente as espécies de vassourão, espécies pioneiras exigentes de luz e rápido crescimento, consequentemente obtiveram o maior recrutamento e maior IMA no período. Recomenda-se um maior período de estudo para analisar o efeito da retirada da taquara sobre as espécies características de um estágio sucessional mais avançado. Palavras-chave: floresta com Araucária; espécies pioneiras; Merostachys skvortzovii; invasão biológica.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 60

Diferenças florísticas e fitossociológicas entre florestas com e sem bambu no leste do estado do Acre

FERREIRA, E. J. L. [email protected]

INPA

SOUZA, L. M. SAAR, L. M.

UFAC

As florestas com bambu ocupam 161.000 km² no sudoeste da Amazônia e recobrem 38% do território acreano. As espécies de bambu mais comuns no Acre são Guadua weberbaueri, G. sarcocarpa, G. superba e G. angustifolia, e se caracterizam pelo rápido crescimento e agressividade na ocupação do subosque das florestas, especialmente as do tipo Ombrófilas Abertas, que ocupam a maioria do território acreano. De uma maneira geral florestas dominadas por bambus apresentam-se estruturalmente alteradas, pois ele pode afetar o influxo de espécies arbóreas, enfraquecer a habilidade competitiva das espécies e alterar a composição florística, via redução do número de espécies arbóreas.Neste estudo foi avaliada a composição e diversidade florística, área basal e densidade de árvores em fragmentos de florestas primárias com e sem bambu no subosque. Para isto foram inventariados um fragmento florestal com subosque dominado por bambu localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) do Igarapé São Francisco (9°55’52”S; 68°22”15.79”W) e um fragmento florestal sem bambu localizado na APA Lago do Amapá (10°03’17”S; 67°50’12’’W), ambos nas cercanias de Rio Branco, AC. Em cada fragmento instalaram-se 20 parcelas de 20 m x 25 m (10.000 m²) ao longo de um transecto de 500 m de comprimento. Foram avaliados todos os indivíduos arbóreos (incluso as palmeiras) com DAP > 10 cm. Na floresta com bambu foram encontrados 384 ind.ha-1, pertencentes a 34 famílias, 79 gêneros e 101 espécies botânicas. A área basal foi de 22,87 m².ha-1 e a diversidade florística (H’) 3,71. Na floresta sem bambu foram encontrados 619 ind.ha-1, pertencentes a 40 famílias, 104 gêneros e 130 espécies. A área basal foi de 25,01 m².ha-1 e a diversidade florística H’=4,21. Floristicamente, a área com bambu apresentou, respectivamente, -22,31% na quantidade de espécies, -24,04% no de gêneros e -15% no de famílias. A diversidade florística também é inferior na área com bambu. A área basal pouco diferiu entre as duas áreas, mas a densidade de árvores foi 37,96% inferior na floresta com bambu.Os resultados confirmam o efeito negativo do bambu sobre a diversidade e a estrutura da floresta, com destaque para a grande redução na densidade de indivíduos arbóreos. Palavras-chave: inventário florestal; diversidade florística; densidade arbórea; sudoeste da Amazônia.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 61

Associação da vegetação arbórea em relação à epífitos de uma floresta ombrófila mista em Lages, SC

LOEBENS, R. [email protected]

DIDIANE, A.G. CAV - UDESC

A família Bromeliaceae apresenta cerca de 3.010 espécies distribuídas em 56 gêneros com distribuição tropical e subtropical. Devido à importância desta família para a manutenção da biodiversidade em ecossistemas florestais, o presente estudo teve como objetivo verificar se variações da distribuição de espécies de bromélias estão associadas às variações florísticas e estruturais do componente arbóreo, em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, em Lages, SC. Os dados foram coletados em quatro transctos perpendiculares à borda do fragmento, subdivididos em três parcelas (20 m x 20 m) cada, distanciadas 20 m entre si. Os transectos foram distribuídos de forma a contemplar a variação ambiental existente e foram alocados numa distância mínima de 100 m entre si. Nas parcelas foram identificados e medidos todos os indivíduos arbóreos com diâmetro à altura do peito (DAP) maior ou igual a 5 cm. Para mensuração das epífitas foram definidos três pontos no tronco das árvores (tronco inferior, tronco superior e copa) e o tamanho (pequena, médio e grande) para uma melhor compreensão do estágio de regeneração no qual se encontrava a espécie. Para verificar a existência de variação da distribuição de espécies de bromeliaceae em função do componente arbóreo, foi utilizado o teste de Mantel, com o auxílio do programa R, considerando matrizes de distâncias florística-estruturais entre as parcelas, para os dois componentes avaliados. Foram amostrados 672 forófitos, distribuídos em 73 espécies e 32 famílias, destacando-se as espécies de maior abundância. Nestes foram encontrados 858 indivíduos de bromeliaceae (Tillandsia stricta Solander, 162 indivíduos; Aechmea recurvata: L.B. Smith 298 indivíduos, Vriesea reitzii: Leme & A. Costa 52 indivíduos, Tillandsia usneoides (L.) L., 10 indivíduos e Bromeliaceae sp. 332 indivíduos (não identificadas). O teste de Mantel mostrou a existência de correlação significativa (p= 0,025) entre as distâncias florísticas-estruturais dos dois componentes avaliados. Isto indica que ambos componentes apresentaram o mesmo padrão de organização espacial no fragmento avaliado, sugerindo partição espacial das comunidades em função da heterogeneidade ambiental e, ou, associação forófitos:bromélia. Conclui-se que a organização espacial do componente arbóreo e de bromélias apresentaram correlação significativa. Abordagens analíticas mais especificas serão necessárias para testar hipóteses que podem explicar o padrão observado. Palavras-chave: variação, vegetação lenhosa, bromeliaceae.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 62

Diversidade florestal da vizinhança de Protium hebetatum em uma floresta densa de terra firme na Amazônia Ocidental

MATOS, F.D.A. INPA

SILVA, K.E. EMBRAPA

MARTINS, S.V.

UFV

AZEVEDO, C.P. EMBRAPA

A utilização da abordagem espacialmente explícita dos estudos de vizinhança ajudam na compreensão de processos que estruturam e guiam comunidades vegetais no tempo e no espaço, contribuindo para a conservação e o manejo florestal. Em uma parcela de 02 ha, localizada na floresta densa de terra firme na Amazônia, Estado do Amazonas, nas coordenadas de 60° 2.4’ W e 2° 31’ 58.8” S, descreveu-se a riqueza de espécies, proveniente da identificação dos 20 vizinhos mais próximos (K1 a k20) de 61 indivíduos focais de Protium hebetatum (Pro heb), chamada de espécie focal. Todos os indivíduos com DAP >= 10 cm foram considerados nas análises de vizinhança, utilizando o software R. Foram registradas 144 espécies vizinhas, com Eschweilera coriacea, Protium hebetatum e Eschweilera colina, apresentando a maior abundância somada dos 20ks indivíduos mais próximos. Aproximadamente 17% das espécies identificadas como vizinhas foram registradas com frequência maior ou igual a 50% em todos os 20 vizinhos avaliados. Estes resultados são compatíveis com os de outros estudos, evidenciando a alta ocorrência de espécies com baixa abundância na área. A distância média dos indivíduos k1 a k20 variou de 2,2 m (k1) a 11,5m (k20). Indivíduos de E. coriacea aparecem como os mais próximos (k1) dos indivíduos focais (P.hebetatum), e, também com maior número de indivíduos ocorrendo como último vizinho mais próximo (k20), mostrando grande variabilidade de ocorrência desta espécie em todos os Ks avaliados. A riqueza média de espécies vizinhas de K1 a K20, no entorno dos indivíduos de P.hebetatum foi de 39 espécies, com desvio padrão de aproximadamente 3,0 espécies, mostrando pouca variabilidade no número de espécies. De posse destas informações podem ser ampliados os conhecimentos sobre as relações entre as espécies, quais regiões da floresta têm maior diversidade, possibilitando a seleção de áreas que possam manter ou conservar melhor a estrutura da floresta, além de conferir maior compreensão dos aspectos ligados à mortalidade, resultantes, principalmente, da competição entre as espécies. Palavras-chave: análise espacial; riqueza de espécies; vizinho mais próximo; manejo florestal.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 63

Zonas de biodiversidade como subsídio ao manejo de espécies arbóreas

SILVA, K.E. [email protected]

SOUSA, J.S. GUEDES, A.V.

Embrapa Amazônia Ocidental Identificar zonas de maior diversidade no entorno de espécies florestais pode trazer contribuições ao manejo florestal, como a seleção de árvores matrizes e identificação de áreas a serem conservadas para manutenção da estrutura da floresta residual. O trabalho foi desenvolvido no campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, município de Rio Preto da Eva, AM, em 4 ha contínuos de parcelas permanentes. Todos os indivíduos com DAP >= 10 cm foram mensurados em 2011, georreferenciados e identificados botanicamente. As cinco espécies focais mais abundantes foram selecionadas para o estudo: Eschweileracoriacea (DC.) S.A. Mori,com 198 indivíduos, LicaniaoblongifoliaStandl., com 102, Manilkaraamazonica (Huber) Stand., com 231 indivíduos, Naucleopsiscaloneura (Huber) Ducke, com 61 indivíduos e Protiumhebetatum Daly, com 225. Estas espécies representam 36% do total de todos os indivíduos identificados. Após a seleção dos indivíduos das cinco espécies com DAP >= 25 cm, a abundância das mesmas foi 51, 26, 62, 6 e 20 indivíduos focais, respectivamente. Por meio de análise espacial, foram identificados os 20 vizinhos mais próximos dos indivíduos focais, considerando-se todos aqueles com DAP >= 10 cm. Por meio de análise espacial, identificou-se a riqueza de espécies até o vigésimo vizinho mais próximo dos indivíduos focais. Cada indivíduo focal recebeu como atributo o número correspondente à riqueza de espécies ao seu redor, sendo classificados de acordo com este atributo, gerando-se mapas das zonas de diversidade (riqueza). Licaniaoblongifolia, teve o maior valor de riqueza no entorno de seus indivíduos, com 65% destes com atributo >= 15 espécies vizinhas, e Manilkara amazônica, com o menor índice, com apenas 3% com riqueza >= 15 espécies vizinhas. As demais espécies, apresentaram valores intermediários, tendo Eschweileracoriacea,49%; Protiumhebetatum, 48% e Naucleopsiscaloneura, 33%. Os mapas gerados permitem a visualização de locais com maior diversidade, podendo auxiliar no planejamento prévio da seleção de árvores matrizes, como mais um subsídio, onde a estrutura da floresta pode ser conservada, bem como a seleção de corredores de vegetação, onde há maior diversidade florestal. Palavras-chave: Amazônia; análise espacial de vizinhança; árvores matrizes.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 64

Levantamento do processo de sucessão secundária em áreas do parque estadual do rio canoas

CRUZ, R. J. L. da

[email protected] SIMINSKI, A

UFSC O Parque Estadual Rio Canoas (PERC) esta situado no município de Campos Novos, SC, e possui uma área de aproximadamente 1.133,25 ha. Está inserido no bioma Mata Atlântica, em uma região do ecótono ente as formações de Floresta Ombrófila Mista (Mata de Araucária) e Floresta Estacional Decidual. Parte da área do parque era anteriormente ocupada por Pinus spp., sendo o controle desta espécie realizada pela supressão dos indivíduos no ano de 2007. O objetivo desde trabalho é caracterizar a sucessão secundária nas áreas degradadas pela silvicultura de Pinus spp. A caracterização do processo sucessional foi realizada por inventário florestal, com o Método de Área Fixa com emprego de parcelas retangulares (20 m x 10 m), distribuídas de forma sistemática na área (100 metros entre parcelas). Foram levantadas 13 parcelas, totalizando 2.600 m². Foram levantados arbustos e árvores maiores que 5 cm de diâmetro à altura do peito, mensurados com suta florestal. A altura total foi aferida com hipsômetro eletrônico. A identificação das espécies foi realizada a campo. Em casos de dúvida, procedeu à coleta de partes vegetativas e/ou reprodutivas para elaboração de exsicatas, sendo a identificação realizada em laboratório e confirmada por especialistas. Foram avaliados parâmetros fitossociológicos, como distribuição diamétrica dos indivíduos, frequências absoluta e relativa e densidades absoluta e relativa. Os resultados foram comparados com os parâmetros estabelecidos pela Resolução Conama 04/1994, que define os critérios para caracterização dos estágios sucessionais no estado de Santa Catarina.Foi verificada predominância de ocorrência de espécies pioneiras e secundárias iniciais, com destaque para o gênero Baccharis. Após seis anos de retirada do Pinus spp., todas as parcelas avaliadas encontram se em estágio inicial de regeneração, segundo os parâmetros da Resolução Conama 04/1994. Algumas parcelas avaliadas apresentam características de transição entre o estágio inicial e médio. Verificou se o processo de reinfestação de indivíduos de Pinus spp. nas áreas, sugerindo a necessidade de controle destes indivíduos. Projeto com apoio financeiro FAPESC (DbioPERC). Palavras-chave: Mata Atlântica; florestas secundárias; restauração; PERC.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 65

Inventário de hemiepífitas do gênero Heteropsis para a remoção sustentável de raízes

BENTES GAMA, M. [email protected]

VIEIRA, A.H. ROCHA, R.B.

EMBRAPA

O gênero Heteropsis (Araceae) ocorre na faixa tropical amazônica e é de importância socioeconômica em áreas rurais devido ao aproveitamento de suas raízes na confecção de artefatos manuais e móveis semelhantes ao junco. H. flexuosa, ou cipó-titica, é um dos exemplares com características para esses usos. O objetivo do estudo foi inventariar H. flexuosa para estimar o potencial de raízes a explorar e gerar procedimentos para remoção sustentável futura. O estudo foi realizado em Machadinho d´Oeste, Rondônia, em parcelas permanentes instaladas em 2004 para estudos de dinâmica da vegetação. Os procedimentos de campo consistiram em: georreferenciamento da parcela e das árvores hospedeiras, ou suporte, de Heteropsis, seguido de anotação em ficha de campo: i) Árvore suporte – número da parcela e subparcela, nome popular, dapcm, altura totalm, condições de luminosidade e estrutura de copa das árvores quanto à forma e nível de recebimento de luz, e frequência de outras espécies de lianas; ii) Plantas de cipó-titica - número de total de raízesn, altura das raízes desde a planta-mãe até o solom; e posição de fixação da planta-mãe de Heteropsis: fuste, copa, ou copa e fuste. Seguindo esse procedimento, foram observados 406 indivíduos arbóreos com altura média de 20,40 m (DP ± 6,4 m) como suporte de Heteropsis (268, 66 indivíduos.ha-1). A maioria das lianas foi observada ocupando o sub-bosque (Hmédia: 7,4m), independente do estágio de desenvolvimento, recebendo luz indireta. Mais de 50% das plantas de Heteropsis foi observada “escalando” indivíduos entre 10,19 cm > dap > 91,35cm de famílias botânicas com ritidoma rugoso, e, ou, fissurado, sem, no entanto, demonstrar qualquer preferência por colonização. Troncos e as inserções de galhos foram os locais mais frequentes para o estabelecimento e desenvolvimento de plantas-mãe de Heteropsis (90,83%). O comprimento médio das raízes superou os 22m, sendo que cada planta-mãe apresentou sete raízes em média (nmin: 3 e nmáx: 11). Os resultados indicam a importância de planejar a remoção de raízes a partir de informações sobre o local de ocorrência natural e as características estruturais da comunidade de lianas do gênero Heteropsis, a fim de gerar propostas de intervenção futuras apropriada ao manejo da espécie. Palavras-chave: fibra vegetal; manejo florestal; Amazônia Ocidental; floresta ombrófila aberta.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 66

Estrutura diamétrica de Sebastiania Commersoniana (baill.) l.b. sm. & downs em uma floresta inundável em Lages, SC

GONÇALVES, D. A. [email protected]

LOEBENS, R. MISSIO, F. F. HIGUCHI, P. SILVA, A. C.

CAV - UDESC Sebastiania commersoniana (Baill.) L.B. Sm. & Downs é uma espécie típica de florestas inundáveis, possuindo adaptações morfo-anatômicas e fisiológicas que permite seu desenvolvimento nesses locais. Para se definir estratégias de conservação da população, é necessário determinar os seus padrões, sendo que, conhecendo-se a sua distribuição diamétrica, pode-se inferir sobre o comportamento e estado de conservação. Assim, o objetivo do presente estudo foi caracterizar a distribuição em diâmetro de uma população de Sebastiania commersoniana presente em um fragmento de floresta inundável em Lages, SC. Para isso, foram alocadas, no remanescente estudado, 40 parcelas permanentes de 200 m² (10 x 20 m), distribuídas de forma sistemática em três transectos. Um transecto foi alocado na borda adjacente ao rio, outro foi alocado na borda contrária ao rio, que faz contato com uma matriz não florestal, e o terceiro foi no interior do fragmento. Em cada parcela, foram mensurados os DAP´s (diâmetros a altura do peito, medidos a 1,30 m do solo) de todos os indivíduos de Sebastiania commersoniana que apresentaram DAP igual ou superior a 5,0 cm. Foi calculada a distribuição diamétrica dos indivíduos, sendo que as classes diamétricas tiveram quatro intervalos crescentes: Classe 1 - DAP entre 5 e 9,9 cm; Classe 2 - DAP entre 10 e 19,9 cm; Classe 3 - DAP entre 20 e 39,9 cm e Classe 4: DAP maior do que 40 cm. Foram amostrados 380 indivíduos de Sebastiania commersoniana, sendo que a Classe 1 de DAP apresentou 41,32% dos indivíduos, a Classe 2, 41,32%, a Classe 3, 16,31%, e a Classe 4, 1,05%. O padrão decrescente de número de indivíduos à medida que se aumenta a classe de diâmetro é esperado em florestas naturais e indica um bom “estoque” de árvores jovens, que poderão substituir as mais velhas ao longo do tempo. Palavras-chave: floresta inundável; estrutura populacional; classe de diâmetro.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 67

Caracterização da florística de um remanescente de floresta estacional decidual na região do Médio Alto Uruguai – RS

SANTOS, R. M. M. [email protected]

UNICENTRO

FORTES, F. O. UFSM

MOKOCHINSKI, F. M.

GUILHERMETI, P. G. C. ORO, D.

MOREIRA, V. UNICENTRO

Este trabalho foi desenvolvido em um fragmento de floresta nativa de aproximadamente 34 ha no município de Frederico Westphalen – RS. Na área de estudo procedeu-se a instalação de uma parcela permanente com dimensões de 100 x 100 m (10.000 m²), a qual foi dividida em 100 subparcelas de 10 x 10 m (100 m²) onde foram mensurados todos os indivíduos com DAP > 10 cm. Este trabalho teve como objetivo: o levantamento fitossociológico desta floresta; a distribuição dos indivíduos por classe de diâmetro; e distribuição espacial das espécimes dentro da parcela permanente. Foram observados 441 indivíduos, pertencentes a 66 espécies distintas, no levantamento ainda foi constatado 17 árvores mortas. Neste estudo a família de maior riqueza é Fabaceae, com 12 espécies, seguida de Euphorbiaceae e Myrtaceae, ambas com 6 espécies. As maiores densidades foram para Trichilia claussenii, Nectandra megapotamica, Ocotea puberula,Apuleia leiocarpa e Cabralea canjerana respectivamente. A distribuição diamétrica dos indivíduos tendeu ao “J” invertido, o grafíco de barras conta com nove classes de diâmetro, de forma que as espécimes foram distribuídas em classes de 10 a 10 cm, representadas pelo seu centro de classe. A primeira classe correspondendo ao centro de classe de 15 cm (indivíduos de 10 a 20 cm) contou com 234 indivíduos, a segunda classe de diâmetro representada pelo centro de classe de 25 cm contou com 91 indivíduos, as últimas duas classes, contou com um indivíduo cada. A equação de Meyer foi ajustada para a distribuição diamétrica, onde R²adj ficou em 0,95. O erro padrão de estimativa (Syx) foi de 14,93 ind. e o erro padrão de estimativa em porcentagem (Syx %) foi de 14 %. A distribuição espacial foi calculada através do método de Payandeh, também conhecido como relação variância média, 3% dos indivíduos foram classificados como agregados, 22% dos indivíduos apresentam tendência ao agregamento e 73% encontram-se de forma aleatória na floresta. Palavras-chave: distribuição diamétrica; distribuição espacial; fitossociologia; floresta estacional decidual.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 68

Estrutura, diversidade e potencial não madeireiro na mata de galeria do Jardim Botânico de Brasília, DF, Brasil

SCARPONI, T.M. [email protected]

UFSC

Matas de galeria são formações florestais do Cerrado que se destacam pela elevada importância ecológica e social. Ainda que parte destas seja protegida pela legislação, existem espécies com potencial de produtos florestais não madeireiros (PFNM), que foram pouco investigadas por meio de inventários florestais e uso da fitossociologia. O objetivo desta pesquisa foi analisar a composição e estrutura da vegetação arbórea e indicar o potencial de PFNM da mata de galeria do Córrego Cabeça-de-Veado, localizada no Jardim Botânico de Brasília, DF. Foram alocadas 110 parcelas de 10 m x 10 m, dispostas ao longo de transctos perpendiculares ao córrego. Árvores e palmeiras vivas, com diâmetro à altura do peito > 5 cm foram identificadas, coletadas amostras e tiveram seus DAPs mensurados. Foram calculados os parâmetros fitossociológicos convencionais e índices da ecologia. Registrou-se 162 espécies, distribuídas em 57 famílias e 118 gêneros botânicos. A riqueza estimada pelo índice Jackknife 1 foi de 163 espécies, sugerindo suficiência amostral em termos florísticos. A densidade de árvores e palmeiras foi de 1.583 indivíduos.ha-1 e a área basal absoluta, 32,89 m².ha-1 . A distribuição diamétrica da comunidade apresentou formato “J invertido”, indicando característica auto-regenerativa. Das 30 espécies com maiores valores de importância, 15 possuem populações que ocorrem dentro e fora dos 30 metros de limite legal da área de preservação permanente (APP) e as outras 15 espécies, como Copaifera langsdorffii (Copaíba - 24 ind.ha-1 ), Anadenanthera colubrina (Angico - 11 ind.ha-1 ) e Hymenaea courbaril (Jatobá-da-mata - 12 ind. ha-1 ), com ocorrência apenas fora da APP, nas partes “secas” da mata, não estando hipoteticamente protegidas, mas que possuem uso consagrado como não madeireiras. Também foram registradas no levantamento as espécies Euterpe edulis (Palmito Jussara - 55 ind.ha-1) e Protium heptaphyllum (Breu - 84 ind.ha-1), que possuem uso na alimentação (frutos) e medicinal (resina), respectivamente. Árvores e palmeiras de matas de galeria também possuem potencial para uso na arborização e recuperação florestal, através do manejo de suas matrizes. Deve-se ressaltar a necessidade de mais investigações sobre o potencial produtivo de espécies úteis e subutilizadas, assim como técnicas de manejo dessas espécies, para possibilitar o uso sustentável desses ambientes aliado à sua proteção. Palavras-chave: vegetação ripária; uso indireto; manejo florestal.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 69

Análise espacial dos índices de diversidade do cerrado na bacia do Rio São Francisco, MG SILVEIRA, E.M.O.

[email protected] ACERBI-JUNIOR, F.W.

MELLO, J.M. RIBEIRO, A.

UFLA

Os objetivos deste trabalho foram: (1) Analisar o comportamento espacial dos índices de diversidade Shanon (H) e Simpson (S) utilizando técnicas geoestatísticas; (2) Espacializar os índices de diversidade e confrontá-los com os desmatamentos do cerrado e unidades de conservação. Realizou-se a análise exploratória dos índices de Shanon e Simpson obtidos de 43 fragmentos de cerrado. Semivariogramas foram gerados e ajustados com modelos exponenciais, esféricos e gaussianos. Os índices foram espacializados pelo método da krigagem e Inverso das distâncias ponderadas. Polígonos de desmatamento do cerrado e unidades de conservação presentes na área foram agrupados em classes e confrontados com os mapas dos índices de diversidade gerados. De acordo com análise exploratória dos dados, observou que os índices apresentam distribuição normal dos dados, não apresentando outliers e tendência. Dos modelos de semivariogramas ajustados, o que obteve melhor resultado foi o exponencial para os dois índices analisados. Como os índices apresentaram baixa dependência espacial, utilizou-se a espacialização obtida pelo método Inverso das distâncias ponderadas. Os polígonos de desmatamentos apresentaram distribuição normal, sendo que 77,95% da área total dos desmatamentos estão nas classes intermediárias do índice de diversidade Shanon e apenas 0,89% e 21,2% estão nas classes superiores e inferiores, respectivamente. 52% das unidades de conservação estão nas classes inferiores e 46,17% e 0,90% nas classes intermedárias e superiores, respectivamente. Os polígonos de desmatamentos também apresentaram distribuição normal quando cruzados com os estratos do índice de Simpson, sendo 95,27% estão nas classes intermediárias e apenas 0,9% e 3,83% estão nas classes superiores e inferiores, respectivamente. 0,9% das unidades de conservação estão nas classes inferiores do índice do Simpson, 50,44% e 48,64% nas classes intermediárias e superiores, respectivamente. Conclui-se que os índices de diversidade Shanon e Simpson apresentaram baixa dependência espacial, e assim, devem ser interpolados pelo método Inverso das distâncias ponderadas. Recomenda-se um número maior de fragmentos para que os dados possam ser interpolados pela técnica geoestatística krigagem. Os desmatamentos no período analisado, ocorreram em áreas de baixa diversidade e as unidades de conservação estão em áreas de baixa diversidade. Palavras-chave: Cerrado; análise espacial; diversidade.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 70

Densidade arbórea e área basal em fragmentos de floresta ombrófila aberta em diferentes estádios sucessionais no leste do Acre

SOUZA, L. M. [email protected]

SAAR, I. M. UFAC

FERREIRA, E. J. L.

INPA-AC O conhecimento das características de incremento da densidade arbórea e da área basal em florestas submetidas à exploração madeireira manejada é importante porque permite determinar com maior precisão a duração do ciclo de exploração das mesmas. Neste trabalho foram avaliadas a densidade arbórea e a área basal de três fragmentos florestais em diferentes estádios de regeneração, para conhecer suas características de crescimento. Os fragmentos avaliados estão localizados na área de proteção ambiental Lago do Amapá (10°04’30”S; 67°52’30’’W), nas cercanias de Rio Branco, AC. O fragmento mais jovem tinha entre 25 e 30 anos (estádio I), o intermediário entre 35 e 40 anos (estádio II) e o mais velho (estádio III), mais de 60 anos. Em cada um deles foi inventariado 01 ha de floresta e todos os indivíduos arbóreos (DAP > 10 cm) foram identificados e mensurados (DAP, altura total e comercial). No fragmento em estádio I a densidade foi de 289 ind.ha-1 e a área basal 17,10 m².ha-1, no fragmento em estádio II a densidade foi de 519 ind.ha.ha-1 e a área basal 18,14 m².ha-1, no fragmento em estádio III a densidade arbórea foi de 619 ind.ha.ha-1 e a área basal 25,02 m².ha-1. Foi observada uma grande diferença de densidade arbórea e área basal entre o fragmento em estádio III e os demais, sugerindo que o mesmo já atingiu a maturidade enquanto os demais ainda estão se regenerando. O fragmento em estádio II apresenta 37% a mais de indivíduos arbóreos, mas sua área basal é apenas 4,16% superior à do fragmento em estádio I. Isso sugere um aumento na densidade arbórea durante o estádio II e um incremento na área basal durante a transição do estádio II para o III. Na transição etária dos estádios I para o II predomina o aumento na densidade arbórea, visto que a diferença de área basal entre eles é baixa. Conclui-se que em fragmentos jovens predomina o aumento da densidade arbórea, provavelmente em razão da intensa competição por luz e espaço físico entre as plantas em regeneração. Depois dessa fase, as espécies pioneiras desaparecem, favorecendo o incremento na área basal das plantas que conseguiram se estabelecer. Palavras-chave: exploração madeireira; Amazônia; regeneração.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 71

Diversidade florística arbórea em fragmento de floresta ombrófila mista em Curitiba – PR

PEREIRA,L.C. [email protected]

MOGNON,F. BARRETO,T.G.

SANQUETTA,C.R. CORTE,A.P.D.

UFPR

A Floresta Ombrófila Mista (FOM), caracterizada pela existência da Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, apresenta alto valor ecológico, tornando a conservação de seus remanescentes florestais uma medida necessária, sobretudo em áreas urbanas. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a diversidade florística arbórea de um fragmento urbano de Floresta Ombrófila Mista, localizado no município de Curitiba – Paraná. Para tanto foi aplicado um censo florestal em uma área de 10.000 m² (100m x 100m), onde foram inventariados todos os indivíduos arbóreos com DAP igual ou superior a 10 cm. Neste remanescente foram encontradas 1.026 árvores/ha, representadas por 33 famílias e 54 espécies florestais. As espécies mais expressivas foram Matayba elaeagnoides Radlk. (147 ind/ha), Jacaranda micrantha Cham. (133 ind/ha) e Curitiba prismatica (D.Legrand) Salywon & Landrum (124 ind/ha). Cabe ressaltar, a presença de espécies chaves da FOM, como Ilex paraguariensis A.St.-Hil., Cedrela fissilis Vell. e Roupala brasiliensis Klotz. Dentre as famílias encontradas, Myrtaceae e Lauraceae obtiveram maior riqueza florística, com oito e quatro espécies, respectivamente. O fragmento estudado apresentou o Índice de Diversidade de Shannon-Wiener de 3,12, considerado alto, sendo este superior aos encontrados em outros estudos com a mesma tipologia, como o realizado nos municípios de Faxinal dos Guedes – SC (2,79), Lages – SC (3,05) e Guarapuava – PR (2,40). Em geral, a tendência deste índice encontra-se entre 1,50 a 3,50, salvo exceções, que podem chegar a 4,50. Conclui-se que este remanescente, embora esteja situado em uma área urbana, possui elevada diversidade florística, se enquadrando em uma tipologia em estágio avançado no processo de sucessão florestal, o que demonstra sua importância ecológica para o ambiente em que está inserido. Palavras-chave: floresta com Araucária; censo florestal; inventário florestal.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 72

Análise estrutural comparativa do componente arbóreo sob diferentes intensidades amostrais, em floresta estacional

PAULA, E.P [email protected]

MARIANO, R.F. MELLO, J.M.

RAIMUNDO, M.R. SCOLFORO, H.F.

UFLA O objetivo do presente trabalho foi investigar as diferenças estruturais do componente arbóreo com DAP > 5,0 cm, em um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual Montana, Universidade Federal de Lavras (MG), decorrentes das variadas intensidades amostrais adotadas, tais como: Censo florestal (CS), correspondendo ao total de 126 parcelas com dimensões de 20x20 m, e a aleatorização sem reposição de três grupos de amostras, sendo o grupo 1 (G1) constituído por 32 parcelas, o grupo 2 (G2) por 64 parcelas e o grupo 3 (G3) por 96 parcelas. Foram mensurados na área total do remanescente (CS) 6448 indivíduos arbóreos, identificados em 165 espécies, sendo no G3 contabilizados 4672 indivíduos distribuídos em 143 espécies, no G2 3340 indivíduos e 138 espécies, e no G1 1681 indivíduos e 107 espécies. Com exceção do G2/G3, as demais análises pareadas em relação à riqueza de espécies apresentaram diferenças significativas pelo teste t de Tukey (p<0,01). Quanto a diversidade entre os grupos, o G1 apresentou o índice de 3,57 nats.indivíduo-1, revelando-se significativamente menor aos demais grupos, segundo o teste t de Hutcheson (p<0,05), os quais apresentaram 3,61 (G2), 3,67 (G3) e 3,67 nats.indivíduo-1 (CS). Diferenças estruturais também podem ser percebidas quanto às dez espécies de maior valor de importância em cada grupo, ocorrendo divergências no ranking da posição de importância, em comparação ao CS, onde apenas Copaifera langsdorffii se colocou como a mais importante nos quatro grupos. Além disso, Casearia arborea e Myrcia splendens, exclusivamente, ingressaram nos grupos G2 e G3. Apesar de sete espécies mais importantes terem sido compartilhadas entre os quatro grupos, divergências acentuadas na posição de importância entre os grupos foram constatadas pelas espécies Amaioua intermedia, 9ª-5ª-2ª-10ª, no CS, G3, G2 e G1; Tachigali rugosa, 2ª-6ª-4ª-2ª, CS, G3, G2 e G1; Ocotea corymbosa, 5ª-8ª-9ª-5ª, CS, G3, G2 e G1; e Tapirira obtusa, 7ª-4ª-6ª-8ª, CS, G3, G2 e G1. Diante do estudo realizado, conclui-se que as diferentes intensidades amostrais adotadas acarretaram em modificações da descrição estrutural da floresta, quando comparadas com o censo florestal. Palavras-chave: intensidade amostral; estrutura; valor de importância.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 73

Utilização do método do diagrama h-m para definição de estratos arbóreos em um fragmento de floresta ombrófila mista com diferentes níveis de conservação

MAZON, J.A. [email protected]

WIONZEK, F.B. SILVA, S. V. K.

WATZLAWICK, L.F. UNICENTRO

O diagrama h-M é um método utilizado para reconhecer os diferentes estratos de povoamentos ou populações especificas por meio de analise visual, onde a variável altura é inserida como indicadora de estratificação. O objetivo deste trabalho foi utilizar esta metodologia para identificar estratos florestais em duas áreas de Floresta Ombrófila Mista sob histórico de uso em sistema faxinal, mas atualmente em diferentes estados de conservação, sendo a área F utilizada para pastoreio e extrativismo racional de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hil.) e a área M, mantida isolada pelos últimos 20 anos como reserva legal. Dentro de cada área, todos os indivíduos arbóreos com DAP > 5 cm tiveram suas alturas mensuradas. A aplicação do diagrama h-M apresentou três estratos pouco definidos em cada área estudada, não se mostrando um método satisfatoriamente eficaz para identificação de estrados no estudo em questão. Palavras-chave: estrutura vertical; florestas secundárias; sucessão ecológica.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 74

Inventário florestal estratificado

RESENDE, I. M. de H [email protected]

CABRAL, E. G. UFG

A área estudada apresenta três tipologias vegetais, classificadas segundo a portaria da SEMARH (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) n° 022/2001-n do estado de Goiás. As tipologias encontradas foram capoeira, em 22,84% da área, campo cerrado, em 62,77% da área e cerrado aberto baixo, em 14,38%. Sendo assim, foi utilizada a amostragem casual estratificada, que consiste na divisão da população em subpopulações mais homogêneas em termos de distribuição da característica de interesse, denominadas estrato, dentro dos quais se realiza a distribuição das unidades de amostra de forma casual (aleatória). A estratificação é determinada pela subdivisão da florestal em estratos com base em alguns critérios, como: características topográficas, tipos florestais, espécies ou clones, espaçamento, volume, altura, idade, classe de sítio, etc. Cada tipologia foi caracterizada por estratos, sendo: Estrato 1 (capoeira): ocorre em 97,63 ha de uma área total amostrada 9.793,32 m², Estrato 2 (campo cerrado): ocorre em 269,14 ha de uma área total amostrada 26.913,66 m², e Estrato 3 (cerrado aberto baixo): ocorre em 61,67 hade uma área total amostrada 6.16,84 ha. As unidades amostrais possuíram formato retangular com dimensões de 50 x 30 m. As famílias encontradas foram Anacardiaceae, Annonaceae, Apocynaceae, Dilleniaceae, Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Nyctaginaceae, Ochnaceae, Rubiaceae, Sapindaceae e Vochysiaceae. A partir deste estudo foi possível desenvolver o método estratificado para levantamento florístico na região de Niquelândia – Goiás. Palavras-chave: inventário estratificado; Cerrado.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 75

Fitossociologia em fragmento de floresta ombrófila mista localizada no município de boa ventura de São Roque, PR

SILVESTRE, R. [email protected]

WATZLAWICK, L. F. KOEHLER, H.S. MACHADO, S.A.

SAUERESSIG, D. UDESC-Lages

O objetivo do presente trabalho foi estudar a composição florística e estrutura horizontal de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista localizado no Munícipio de Boa Ventura de São Roque no Estado do Paraná. De 1970 até o ano de 1990 a área foi utilizada para cultivo agrícola não mecanizável devido à declividade do terreno, posteriormente a mesma foi abandonada e vem se recuperando sem intervenção antrópica. Para a elaboração do estudo, foram alocadas 50 unidades amostrais permanentes de 10 m x 10 m (100 m²), nelas, todos os indivíduos arbóreos e arbustivos com DAP > 5 cm foram medidos, identificados e numerados com placa de alumínio. Foram amostrados 1422 indivíduos, 49 espécies e 44 gêneros, pertencentes a 28 famílias e, a diversidade da comunidade, estimada pelo Índice de Shannon foi de 2,93. As famílias que mais se destacaram em riqueza de espécies foram: Fabaceae (9); Euphorbiaceae, Lauraceae, Myrtaceae e Sapindaceae (3). As demais famílias apresentaram duas ou uma espécie. A área basal total estimada foi de 35,47 m² ha-1, sendo a Ocotea puberula (Rich.) Nees, com 6,91 m² ha-1, a espécie que apresentou a maior área basal, seguida de Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan (4,55 m² ha-1) e Matayba elaeagnoides Radlk. (4,39 m² ha-1), juntas estas três espécies representam aproximadamente 45% da área basal da comunidade. Por meio da análise da estrutura horizontal verificou-se que as 10 espécies com maior Índice de Valor de Importância (IVI%), foram: Matayba elaeagnoides Radlk. (12,56), Ocotea puberula (Rich.) Nees (9,80), Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan (9,54), Allophylus edulis (A. St.-Hil., Cambess. & A. Juss.) Radlk. (8,24), Dicksonia sellowiana Hook. (6,91), Cupania vernalis Cambess. (6,16), Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez (5,56), Dalbergia frutescens (Vell.) Britton (4,72), Cordyline dracaenoides Kunth (3,35) e Lonchocarpus cf cultratus Hassl (3,21), representando aproximadamente 70% do IVI% total das espécies amostradas. As árvores mortas ocuparam o quinto maior IVI%. Por meio dos resultados, pode-se afirmar que a comunidade apresenta alta riqueza de espécies e diversidade moderada. Encontra-se em estágio sucessional médio de regeneração, e teve alta capacidade de resiliência. Palavras-chave: inventário florestal e florístico; estrutura horizontal; parcela permanente; antropização.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 76

Ocorrência de Dicksonia sellowiana hook. em floresta ombrófila mista alto-montana em Urupema/SC

MOURA, G. S. [email protected]

MORÉS, D. F. MUND, W. G. SANTOS, E.

BONAZZA, M. LIMA, G. C. P.

SILVESTRE, R. SANTOS, J. C. P.

CAV - UDESC

O presente trabalho teve como objetivo estudar a ocorrência de Dicksonia sellowiana Hook. (Xaxim) num remanescente de Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana, localizada no município de Urupema, Região Serrana do Estado de Santa Catarina. Foi realizado um inventário dos xaxins, considerando o sistema de Amostragem Sistemática com Múltiplos Inícios Aleatórios, por meio de três transectos. Neste sistema foi possível alocar 24 parcelas permanentes de 10 m x 20 m (200 m²), totalizando um universo amostral de 0,48 ha. Em cada parcela, todos os indivíduos, com DAP (diâmetro tomado a 1,30 m do solo) igual ou superior a 5 cm foram medidos, identificados, etiquetados com placas de alumínio e referenciados por coordenadas (x; y). Na área foram amostrados 309 indivíduos, aproximadamente 643 indivíduos por hectare. O DAP médio foi estimado em 57,24 cm, a altura média foi de 5,5 m e, a área basal de 40,33 m²/ha, variáveis dendrométricas bastante expressivas por se tratar de uma planta pteridófita arborescente. Por se tratar de parcelas permanentes, onde serão realizadas medições periódicas na comunidade, será possível conhecer o crescimento e a produção do xaxim. Com os futuros resultados, pode-se iniciar discussões sobre possíveis planos de manejo adequados para a espécie, visto que, no sub-bosque da floresta com ocorrência adensada de xaxim, ocorre inibição da regeneração natural de espécies arbóreas devido a pouca incidência de luz, isso pode acarretar perda de riqueza e diversidade de espécies florestais nestes ambientes. Por meio de estudos desta natureza é possível verificar junto aos órgãos ambientais competentes se realmente o xaxim é uma espécie ameaçada de extinção visto que a espécie é encontrada com grande frequência em sua área de ocorrência natural na Floresta Ombrófila Mista. Palavras-chave: inventário de xaxim; xaxim sem espinhos; floresta.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 77

Florística de três fragmentos de floresta ombrófila mista no estado do Paraná

LIMA, G. C.P. [email protected]

CARVALHO, M. M. BONAZZA, M. SBRAVATI, M.

SCARIOT, R. SILVESTRE R.

UDESC-CAV

O presente trabalho foi realizado em três unidades experimentais permanentes alocadas em Floresta Ombrófila Mista localizadas nos municípios de Castro, Boa Ventura de São Roque e Guarapuava, no Estado do Paraná. O objetivo foi conhecer e analisar a composição florística de cada uma das áreas. Para isto, em cada local foi alocada uma unidade amostral de 0,5 ha, sendo cada uma destas, subdividida em 50 subunidades de 100 m² (10 x 10 m). Para coleta dos dados, foram medidos todos os indivíduos arbóreos e arbustivos com diâmetro á altura do peito (DAP) > 5 cm e efetuada a identificação taxonômica dos mesmos. No município de Castro, foram amostrados 1715 indivíduos, distribuídos em 56 espécies, 42 gêneros, pertencentes a 25 famílias botânicas. A unidade de Boa Ventura de São Roque apresentou 1422 indivíduos de 49 espécies, pertencentes a 44 gêneros e 28 famílias. Em Guarapuava foram encontrados 557 indivíduos, distribuídos em 65 espécies, 49 gêneros e 31 famílias. As diversidades florísticas das três áreas calculadas pelo Índice de Shannon foram de 3,08; 2,93 e 3,30, respectivamente. Como nota-se, a área referente ao município de Guarapuava apresentou maior número de espécies, gêneros e famílias apesar de ter o menor número de indivíduos, além de apresentar a maior diversidade florística quando comparada às demais. Este fato ocorre porque o remanescente florestal de Guarapuava, apesar de ter sofrido pequenas intervenções antrópicas (corte seletivo de madeira), nunca sofreu corte raso, enquanto as outras áreas eram ocupadas por cultivo agrícola até o ano de 1990 e, posteriormente foram abandonadas se regenerando até o presente momento sem intervenções antrópicas. Por meio de futuras medições periódicas será possível estudar a dinâmica, bem como o crescimento e produção das espécies, possibilitando a comparação entre estas e com demais estudos realizados em remanescentes de mesma tipologia florestal, permitindo a averiguação da recuperação efetiva das comunidades estudadas. Palavras-chave: inventário florestal; resiliência; regeneração; dinâmica.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 78

Estrutura horizontal de três fragmentos de floresta ombrófila mista

BONAZZA, M. [email protected]

SBRAVATI, M. LIMA, G. C. P

CARVALHO, M. M. MORÉS, D. F.

SILVESTRE, R. CAV - UDESC

O objetivo do presente trabalho foi estudar a estrutura horizontal de três fragmentos de Floresta Ombrófila Mista localizados nos municípios de Castro, Guarapuava e Boa Ventura de São Roque, no estado do Paraná. Para tal, foram alocadas três parcelas permanentes de 5.000 m² em cada um dos três municípios, sendo cada uma destas subdividida em 50 subparcelas de 100 m² (10 m x 10 m), nas quais se procedeu com a medição do diâmetro a 1,30 m de altura (DAP) para indivíduos arbóreos e arbustivos com DAP>5 cm, numeração com placa de alumínio, determinação de coordenadas (X, Y) e identificação botânica. A partir dos dados obtidos verificou-se a distribuição dos indivíduos em classes diamétricas com amplitude de 5 cm, apresentando uma variação de DAP’s de 5 a 75 cm. São apresentados, respectivamente, os resultados referentes à densidade absoluta e área basal, para as três áreas estudadas: Castro (3430 indivíduos/ha; 38,19 m²/ha), Boa Ventura de São Roque (2844 indivíduos/ha; 35,47 m²/ha) e Guarapuava (1137 indivíduos/ha; 32,13 m²/ha). A frequência relativa de indivíduos na classe diamétrica de 5-10 cm (menor classe diamétrica) foi de 60,06%, 58,65% e 38,61%, respectivamente. Desta forma, observa-se que a floresta abordada em Guarapuava apresenta estágio sucessional mais avançado quando comparada às demais, pois apresenta uma menor densidade absoluta, menor área basal e menor frequência de indivíduos nas menores classes diamétricas, o que indica uma maior ocorrência dos mesmos em maiores diâmetros. Percebe-se que com a análise da estrutura horizontal de comunidades arbóreas, obtém-se informações pertinentes à classificação do estágio sucessional das mesmas, refletindo possíveis ações antrópicas que ocorreram no passado. Palavras-chave: sucessão; densidade absoluta, área basal.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 79

Inventário dos remanescentes florestais da Araupel, Quedas do Iguaçu, PR

GORENSTEIN, M.R. [email protected]

KLIMA, L. HREÇAY, L.

ESTEVAN, D.A. UTFPR

POMPERMAYER, P.M ARAUPEL

Foi realizado o inventário dos remanescentes florestais da empresa Araupel S.A. no município de Quedas do Iguaçu, região oeste do Paraná. Foram instaladas 69 parcelas permanentes de 1.000 m2 (10m x 100 m) nas diferentes propriedades da empresa com o objetivo de realizar um diagnóstico da vegetação arbórea. No estrato adulto foram amostrados todos os indivíduos com CAP > 15 cm. No estrato regenerante foram considerados os indivíduos com DAP menores que 4,8 cm e maiores que 1 cm de DAP, amostrados em 10 subparcelas de 1 x 10m por parcela. No estrado adulto foram amostradas no total 6.245 árvores, sendo apenas 0,94% de árvores mortas em pé. Grande parte das espécies amostradas pertence à classe sucessional das secundárias iniciais ou secundárias tardias e poucas pioneiras ou de subosque. As espécies com maior número de indivíduos amostrados são pertencentes aos estágios finais da sucessão, tais como N. megapotamica, A. concolor, D. sorbifolia, indicando que as áreas estudadas são florestas maduras em estágio sucessional avançado. Foram encontradas 97 espécies distribuídas em 79 gêneros e 44 famílias. Destacaram-se as famílias Fabaceae (18 espécies), Myrtaceae (7 espécies), Lauraceae (6 espécies), Euphorbiaceae (5 espécies), Bignoniaceae (4 espécies), Meliaceae (4 espécies). Estas seis famílias totalizaram 45,4% das espécies amostradas. A família Fabaceae destacou-se pela diversidade de espécies encontradas. Aspidosperma polyneuron, Cedrela fissilis, Balfourodendron riedelianum e Araucaria angustifolia foram amostradas na área e são classificadas como espécies com algum risco de extinção. Nota-se que a maior parte das espécies amostradas no estrato adulto foi amostrada também no estrato de regeneração. A densidade média foi de 909 indivíduos por hectare, o que pode ser considerado baixo para um Florestal Estacional Semidecidual. A área basal foi de 29 m2/ha, o que pode ser considerada como um valor de floresta madura para formações estacionais. O número de espécies amostrado nas áreas pode ser considerado baixo, pois foi apenas 97 espécies. Os índices de diversidade estão dentro do padrão encontrado para a maioria das florestas estacionais semideciduais. A distribuição diamétrica de toda a formação assemelha-se a um “J” invertido, que é característica típica de florestas nativas. Palavras-chave: floresta estacional semidecidual; floresta ombrófila mista; ecótono; fitossociologia.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 80

Diferenças na estrutura, diversidade e composição florística de duas áreas com distintas condições de regeneração natural localizadas em Urubici-SC

SOTHE, C. [email protected]

ARAKI, E. K. HEINZEN, K. H

UDESC

O objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura, diversidade e composição florística de duas áreas expostas a diferentes condições de regeneração natural localizadas no município de Urubici - SC. A primeira área pertence à RPPN Leão da Montanha, onde não há atividade pecuária com gado nem qualquer interferência antrópica há quatro anos, desde a criação da RPPN. A segunda área está localizada próxima à primeira, porém fora dos limites da RPPN, e possui recente atividade de pecuária de gado. Para a avaliação quantitativa da regeneração natural, foi empregado o método de agulhas, utilizando-se de amostragem sistemática. Em cada área foram feitas 5 parcelas com dimensões de 10mx10m, e amostrados 16 pontos dentro de cada parcela, totalizando 160 pontos, em que foram anotados todos os indivíduos tocados pela agulha e o número de toques, e, a partir disso, calculados os parâmetros fitossociológicos, diversidade, equabilidade e similaridade para cada área. A família Asteraceae teve maior ocorrência na área dentro da RPPN, apresentando 21 espécies do total de 46 espécies identificadas nesse local. Na área com atividade pecuária foram catalogadas apenas 18 espécies, havendo predominância de espécies da família Poaceae, uma das poucas famílias capazes de se regenerar em área constantemente perturbada. O índice de Shannon-Weaver (H`) foi de 2,38 na área preservada e 1,03 na área com pecuária. Já a Equabilidade de Pielou (J`) encontrada foi de 0,62 e 0,36 na área dentro e fora da RPPN, respectivamente. Esses índices mostram haver maior diversidade e menor dominância de espécies na área dentro da RPPN. O índice de similaridade de Sorensen (IS) encontrado entre as duas áreas foi de 0,31, indicando que, apesar dos locais possuírem várias espécies pertencentes às mesmas famílias, principalmente Asteraceae e Poaceae, há uma baixa similaridade florística entre as espécies, comprovando as diferentes condições de regeneração a que estão submetidas. Os resultados mostram que, apesar da área sem dentro da RPPN estar apenas há quatro anos sem nenhuma intervenção, ela demonstra ter maiores condições de regeneração natural que a área com atividade pecuária recente. Palavras-chave: regeneração; diversidade; sucessão.

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Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas 81

Levantamento da vegetação arbórea dos remanescentes naturais da Araupel S/A, Quedas do Iguaçu-PR

KLIMA L. [email protected]

HREÇAY L GORENSTEIN M. R

POMPERMAYER P. M. UTFPR

Na Mata Atlântica, dentre as subformações sobressaem-se as áreas interioranas das regiões sul e sudeste, onde se encontram a Floresta Estacional Semidecidual (FES) e Floresta Ombrófila Mista (FOM). Porém, estas duas formações, no estado do Paraná, compõem um ecótono, ou seja, uma região de transição entre os remanescentes, dentre o qual representa uma gradação da estrutura e composição da floresta, de maneira suposta, condicionada pelo clima e também influenciada pela latitude e altitude. Este trabalho foi realizado nas propriedades da empresa florestal Araupel S/A, em Quedas do Iguaçu, PR. Foram amostrados os indivíduos arbóreos com DAP > 5 cm em 49 parcelas permanentes de 1000 m2 em 5 diferentes localidades. Foram encontrados 4.091 indivíduos pertencentes a 39 famílias e 98 espécies. Fabaceae, Myrtaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae, Bignoniaceae, Meliaceae e Sapindaceae foram as famílias com maior número de espécies, características de Florestal Estacional Semidecidual. As espécies mais abundantes foram Actinostemon concolor, Nectandra megapotamica, Lonchocarpus campestris, Syagrus romanzoffiana, Sebastiania brasiliensis, Diatenoptery sorbifolia e Balfourodendron riedelianum, típicas de florestas estacionais semideciduais e de estágios avançados na sucessão florestal. Os parâmetros estruturais e de diversidade variaram entre as áreas estudadas, sendo o sítio Lambari o de menor estrutura e maior equabilidade e o sítio Despedida o de maior estrutura. Não há muita influência da Floresta Ombrófila mista nesta região.As áreas da empresa Araupel S/A apresentam-se em estágio sucessional avançado, com espécies e famílias típicas da fitofisionomia de Florestal Estacional Semidecidual. Algumas áreas apresentam elevada diversidade de espécies, porém reduzida densidade. Não há muita influência da Floresta Ombrófila mista nesta região, pois a Araucária ocorre com muita raridade, assim como espécies típicas desta formação. Palavras-chave: floresta estacional semidecidual; floresta ombrófila mista; estágio avançado de sucessão.

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Aplicações de Resultados de Inventários Florestais 82

O Inventário Florestal Nacional como referência para o licenciamento ambiental no Brasil

VENTUROLI, F.

[email protected] UFG

O Inventário Florestal é uma exigência legal aplicada a grande parte dos processos de Licenciamento Ambiental no Brasil. Porém, a confiabilidade dos resultados dos inventários técnicos entregues aos órgãos ambientais tem sido questionada sob diferentes aspectos, entre eles a correta identificação botânica e a efetiva realização do trabalho de campo. Dessa forma, o Inventário Florestal Nacional (IFN) pode ser a alternativa técnica para os órgãos ambientais nos processos de licenciamento, pois os resultados seguem uma metodologia padrão e estão sujeitos a controle de qualidade. Ademais, o material botânico obrigatoriamente estará depositado em herbário. Diante disso, esta pesquisa objetivou avaliar a estrutura e a diversidade florística entre quatro inventários florestais em Cerrado sentido restrito no Distrito Federal e o Inventário Florestal de Minas Gerais (IFMG), no Cerrado sentido restrito da região central, norte e noroeste do estado. Utilizou-se o IFMG por ser o resultado oficial mais próximo geograficamente do DF. Os inventários estudados no DF encontram-se ao longo das rodovias DF 001, 065, 480 e VC 361, compreendendo 24 hectares. A amostragem foi estratificada e totalizou 18 parcelas (20 x 50 m) aleatoriamente distribuídas nas áreas. A similaridade florística (DAP > 5 cm) entre as espécies de maior IVI nas áreas (+50% do IVI total) foi 0,66 (Sorensen), representada por Byrsonima coccolobifolia, Caryocar brasiliense, Dalbergia miscolobium, Hymenaea stigonocarpa, Kielmeyera coriacea, Pouteria ramiflora, Qualea parviflora e Stryphnodendron adstringens. O índice de Shannon (H’) no DF foi 3,26 nats.indv-1, com equabilidade (J) de 0,87. A amplitude de variação encontrada no IFMG foi: H’ entre 2,70 e 3,96 nats.indv-1 e J entre 0,65 e 0,86. A densidade arbórea no DF foi de 1.297 árvores.ha-1 (EP < 15%) e em MG 1.172 árvores.ha-1. As estimativas volumétricas foram 61,93 m³ha-1 (EP < 15%) no DF e 49,97 m³.ha-1 em Minas Gerais. A alta similaridade entre as áreas consideradas indicam que o IFMG poderia ter sido utilizado em lugar do levantamento realizado. Assim, sugere-se a possibilidade de se considerar o IFN em substituição a outros levantamentos florísticos pontuais exigidos nos processos de licenciamento, sendo essa uma estratégia para justificar investimentos e esforços estaduais no Inventário Florestal Nacional. Palavras-chave: Cerrado; diversidade; amostragem.

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Aplicações de Resultados de Inventários Florestais 83

Para quê servem os inventários estaduais? Propostas para uma nova política florestal em Santa Catarina

VIBRANS, A.C. GASPER, A.L. de

[email protected] Universidade Regional de Blumenau

Os resultados do IFFSC mostram um retrato preocupante das florestas catarinenses, ou melhor, do que restou delas. Muitas constatações não são novas e já tinham sido observadas anteriormente, embora a sociedade disponha agora de informações atualizadas, representativas e abrangentes, permitindo-lhe cobrar do poder público agilidade na implantação de uma política florestal verdadeiramente orientada nos interesses coletivos. Medidas concretas para enfrentar e tentar reverter algumas das tendências mais alarmantes encontradas pelo IFFSC fazem-se necessárias. Estas medidas precisam ser definidas e compôr o escopo de uma política que, num sentido amplo, garanta a sobrevivência das florestas, a sua manutenção e a recuperação, onde necessária, de suas múltiplas e benéficas funções para a sociedade. Um grupo de trabalho, instituído em 2012 pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente para delinear propostas para esta nova política florestal no Estado, propôs em 2013 ao governo estadual uma série de programas considerados prioritários, entre eles um programa de re-estruturação das unidades de conservação estaduais; um programa de silvicultura de espécies arbóreas nativas, abrangendo tanto plantios de recuperação em áreas de preservação permanente e de reserva legal, como a expansão da cobertura florestal nativa, mediante plantio de florestas destinadas à produção; um programa de incentivo ao manejo de florestas secundárias, baseadas em formas tradicionais de utilização, como a roça-de-toco, como em formas inovadoras de corte seletivo de árvores maduras em florestas secundárias; um programa de defesa florestal, envolvendo prevenção e controle de incêndios, defesa fitossanitária e controle de espécies invasoras; um programa de integração das ações de licenciamento, fiscalização e regularização ambiental das propriedades rurais, atualmente realizadas por diversos órgãos e de forma isolada; a instituição de um serviço de extensão florestal para assessorar e capacitar os proprietários dos remanescentes florestais, visando sua conservação, uso e valoração por meio do programa de pagamentos de serviços ambientais, já instituído pelo governo estadual. O inventário das florestas catarinenses veio preencher uma lacuna no conhecimento sobre o “terço florestal” do território do Estado, permitindo aos tomadores de decisão, sejam eles públicos ou privados, desenvolver ações de uma verdadeira “gestão” dos recursos florestais, para desenvolver seu potencial social, econômico e ambiental. Palavras-chave: politica florestal; extensão florestal; pagamentos por serviços ambientais.

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Aplicações de Resultados de Inventários Florestais 84

Potencial madeireiro de uma área destinada ao uso não madeireiro na Floresta Nacional do Tapajós, Estado do Pará

ANDRADE, D. F. C. de; [email protected]

GAMA, J. R. V.; MELO, L. de O.

ICMBio

Este trabalho teve o objetivo de estimar e caracterizar o estoque volumétrico comercial de espécies arbóreas na “Zona de Manejo Florestal Não Madeireiro” da Floresta Nacional do Tapajós a fim de justificar a alteração do zoneamento da Unidade de Conservação e permitir a continuidade das atividades da Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós - COOMFLONA, ameaçada pela sobreposição de sua área de manejo florestal com terras indígenas reconhecidas pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI. Foram lançadas 204 parcelas de 30 m x 250 m em uma área de 79.084,67 ha, de modo sistemático, com 500 m de distância entre as parcelas, totalizando uma amostra de 153 ha. Foram mensuradas todas as árvores com DAP ? 50 cm, com registro das seguintes características: nome regional de cada indivíduo, circunferência do tronco à altura de 1,30 m do solo (CAP); altura comercial (Hc); e Qualidade de fuste (QF). O processo de amostragem foi por meio da amostragem casual estratificada. Foram registradas 2705 árvores na amostra – 17,68 árv. ha-1, distribuídas em 42 famílias, 123 gêneros e 174 espécies. A área apresentou um volume total de 79,87 m³/ha, sendo 59,34 m³/ha de madeira comercial e 20,53 m³/ha de madeira sem uso comercial. A espécie Manilkarahuberi(Ducke) Chevalier foi considerada a espécie mais importante na estrutura da floresta, com índice de Valor de Importância – IVI – de 5,85.O povoamento florestal estudado apresentou elevado potencial para o Manejo Florestal Madeireiro o que pode justificar a alteração do zoneamento da Unidade de Conservação.

Palavras-chave: manejo florestal comunitário; COOMFLONA; madeira.

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Avaliação e Controle da Qualidade em Inventários Florestais 85

Ganho de fuste de espécies com interesse comercial: Balfourodendron riedelianum (Engler) e Myrocarpus frondosus (Allemão)

LAMBRECHT, F. R.

[email protected] FORTES, F. O. DE

UFSM

Grande parte das espécies nativas do estado apresentam excelentes qualidades em relação às características da madeira. Entretanto, em decorrência do tempo de crescimento, esse potencial nem sempre é valorizado. O presente trabalho objetivou avaliar a possibilidade de ganho de fuste de Balfourodendron riedelianum (Guatambú)- Engler e Myrocarpus frondosus (Cabreúva)- Allemão em um fragmento florestal, na UFSM- campus de Frederico Westphalen. O estudo foi realizado em um fragmento de 53 ha, onde foram instaladas 2 parcelas permanentes de 1 ha, subdividida em 100 m² cada subparcela. Foram medidas as árvores com DAP superior a 10 cm. As variáveis medidas foram: diâmetro, altura total, a altura comercial atual e a altura comercial potencial. O ganho de fuste foi definido como a diferença entre a altura potencial e comercial atual, sendo que a altura comercial atual, corresponde a altura do tronco livre de galhos, ou com galhos bem pequenos que não influenciam na forma do fuste, e a altura comercial potencial seria a altura do tronco acrescido da porção que se ganharia, caso fosse feito a desrama. O ganho de fuste médio para as espécies Balfourodendron riedelianum e Myrocarpus frondosus foram de 3,3 m e 4,8 m respectivamente. Desse modo observa-se, que os percentuais de aproveitamento do fuste poderia ser elevado para 63,5% e 72,4% para as respectivas espécies, se fosse aplicada a desrama. Assim notou-se que com os devidos tratos culturais o potencial de aproveitamento das espécies aumentou. Foi realizado o teste t para verificar a confiabilidade do número de indivíduos selecionados para o estudo (42 indivíduos total), assim como o teste qui-quadrado, para avaliar a significância e eficiência da realização da desrama (mostrando-se suficientes) e também a análise do aumento de volume (em %) que se ganharia com a realização da desrama. Com o aproveitamento do ganho de fuste, os valores chegaram a 50,7% e 75% para guatambú e cabreúva respectivamente (% volume que se ganharia). Os resultados apontam que a realização de tratos culturais nas espécies nativas estudadas se mostram eficientes e significativas. E que há um grande potencial de melhoria das espécies a ser explorado em pequenas propriedades. Palavras-chave: qualidade do fuste; altura; desrama.

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Avaliação e Controle da Qualidade em Inventários Florestais 86

Status do monitoramento florestal contínuo através de parcelas permanentes da Embrapa Amazônia Oriental

RUSCHEL, A. R.

[email protected] SOARES, M. H. M.

MAZZEI, M. SCHWARTZ, G.

JOSÉ LOPES, J. C. A. S. PEREIRA, J. F.

KANASHIRO, M. Embrapa Amazônia Oriental

Para o uso e conservação as florestas tropicais entender a dinâmica e o desenvolvimento da floresta, exige o seu monitoramento e construção e uma base de dados consistente. O presente trabalho, trata das informações sobre o monitoramento florestal contínuo via instalação e medições de parcelas permanentes (PP) realizada pela Embrapa Amazônia Oriental. Estas PPs instaladas em diversas formações florestais têm formas variadas como áreas retangulares (50m x 100m), ou quadradas (100m x 100m; 50m x 50m) de diversas dimensões. Todos os indivíduos encontrados nestas, além da correta identificação botânica, têm-se avaliados o seguinte: DAP, fuste (sanidade, forma), copa (integridade, iluminação). Além disso, os indivíduos são numerados, eles recebem uma etiqueta metálica e marcado com tinta no seu ponto de medição. Atualmente temos 400 PPs, instaladas em floresta de terra-firme a partir de 1981, monitoradas desde então. As PPs mais recentes foram implementadas a partir de 2011 em florestas de várzea. A área amostral acumulada é de 191 ha com mais de 121 mil árvores monitoradas e 96 mil delas (80%) são de floresta de terra-firme e outras 25mil da várzea. Em terra-firme, as parcelas encontram-se 13 sítios florestais distribuídas no estado do Pará. Na várzea 32 PPs estão localizadas ao longo do estuário do Rio Amazonas em sete sítios e 10 PPs ao longo de três sítios do Rio Pará/Tocantins. Além das árvores adultas, árvores juvenis e arbustos (arvoretas, varas e mudas) também são amostrados. O monitoramento de PPs têm gerado informações robustas para o manejo florestal. Apesar disso, ainda é necessário a ampliação na cobertura geográfica das PPs para mais regiões do estado do Pará devido a grande extensão de área e heterogeneidade das tipologias florestais. O inventário florestal sistematizado e a nível nacional, conforme previsto pelo Serviço Florestal Brasileiro, será importante para o conhecimento da cobertura florestal em diversas regiões do Brasil e auxiliar na administração, manejo e conservação dos recursos florestais e desse valioso capital natural. Palavras-chave: floresta de terra-firme; inventário florestal; floresta de várzea; monitoramento florestal.

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Avaliação e Controle da Qualidade em Inventários Florestais 87

Comparação do tempo de medição das parcelas de inventário florestal influenciado pelo vento e presença de sub-bosque

MENEGUZZI,C.C. [email protected]

CARVALHO,S.P.C. ALMEIDA,G.J.F. DE

FERREIRA, S.O. NOGUEIRA,C.E.

ASSIS,A.L.DE Fibria Celulose

O trabalho proposto teve como objetivo avaliar a influência de dois parâmetros no tempo de medição das parcelas da atividade de inventário florestal: vento e presença de sub-bosque. Avaliando o tamanho da parcela sem a influência dos fatores vento e sub-bosque, observou-se que quanto maior ela é, maior é o tempo requerido para realizar a medição, já que maior é a quantidade de árvores a serem mensuradas. Além disso, o tempo também é influenciado pela característica da atividade que, conforme quantidade de variáveis dendrométricas a serem medidas, podem demandar maior ou menor tempo na medição das parcelas. Com a influência do vento, em tamanhos de parcela de 201 e 400 m², o tempo de medição foi acrescido em torno de 40% e 27%, respectivamente. Em dias de vento, o operador precisa esperar que a árvore estabilize a sua posição para garantir uma melhor estimação de altura. Esse tempo parado aguardando as árvores estabilizarem é o que garante um maior tempo na medição. Em parcelas menores, maior foi o tempo de medição, pois a dinâmica do vento em povoamentos menores atinge toda a estrutura florestal quando esta é interceptada, devido a sua menor dimensão. Povoamentos com sub-bosque avançado também apresentaram acréscimos no tempo de medição para todos os três tamanhos de parcela estudados, com aumentos em torno de 61%, 35% e 25% para tamanhos de 113m², 201m² e 400m², respectivamente. Áreas com sub-bosque denso dificultam o deslocamento das equipes até o local da parcela, além de atrapalharem a delimitação da mesma e o deslocamento dentro dela para obtenção das variáveis dendrométricas. O tempo de medição foi inversamente proporcional ao tamanho das parcelas, influenciado pelos povoamentos menores que, devido a sua menor dimensão, são facilmente interceptadas pela luz solar em grande parte do estrato florestal, influenciando no maior desenvolvimento do sub-bosque local. Todos os parâmetros analisados interferem diretamente no tempo de medição das parcelas de inventário florestal e indiretamente no rendimento das equipes. Esses dados podem auxiliar estudos que envolva a otimização do planejamento da atividade para maximizar o rendimento das equipes. Palavras-chave: inventário florestal; vento; sub-bosque.

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Dimensões Sociais dos Inventários Florestais 88

Mapeamento comunitário e inventário participativo para restauração ecológica em paisagens culturais: experiência na comunidade indígena Songhees, Colúmbia Britânica, Canadá.

GOMES, T.C. [email protected]

UFSC

Restauração ecológica é definida como atividade intencional que inicia ou acelera a recuperação de ecossistemas, com respeito a integridade ecológica e sustentabilidade, em direção a trajetórias históricas. Para tanto, informações detalhadas sobre as condições históricas e atuais de comunidades ecológicas são fundamentais para o planejamento e implementação de ações visando a restauração de ecossistemas degradados. Mapeamento e inventários ecológicos são ferramentas comumente utilizadas. No caso de paisagens culturais, é importante que objetivos sejam orientados por critérios socioculturais e pelo conhecimento ecológico tradicional presente nas comunidades locais. Por sua vez, inventários florestais e mapeamento de ecossistemas alvo devem ser inclusivos em sua abordagem. Para o estudo de restauração realizado nas Ilhas Chatham, território da nação indígena Songhees, Colúmbia Britânica, Canadá, foi empregada metodologia participativa para mapeamento e inventário de ecossistemas florestais e costeiros, com o intuito de gerar subsídios à elaboração de plano de restauração ecológica e cultural para o pequeno arquipélago. Esta abordagem participativa e comunitária de mapeamento e inventário consistiu em desenvolvimento de metodologia qualitativa inovadora: Mapeamento de Ecossistemas Terrestres Culturais; inspirada por procedimentos do Sensitive Ecosystem Inventory, Terrestrial Ecosystem Mapping, Field Manual for Describing Terrestrial Ecosystems da província da Colúmbia Britânica, e Avaliação Rápida Rural; e adaptada visando aumentar capacidade de mapeamento e inventário de ecossistemas, ao mesmo tempo respeitando protocolos culturais específicos para esta paisagem. Visitas à campo foram sempre acompanhadas por membros da comunidade Songhees, que atuaram como investigadores, informantes e guias locais. Como resultado desta abordagem, foram produzidos mapas detalhados para os 10 subtipos de ecossistemas identificados nas ilhas. Mapas desenvolvidos acompanharam fotografias, ilustrações transversais das formações vegetais, listas das espécies vegetais encontradas, localização de espécies exóticas invasoras, bem como informações históricas e culturais sobre espécies de interesse e evidências arqueológicas. Estas informações foram fundamentais para determinação de áreas prioritárias para a restauração.O desenvolvimento e utilização de abordagem participativa para mapeamento e inventário de ecossistemas contribuiu fundamentalmente para o sucesso desta iniciativa de restauração nas Ilhas Chatham ao incorporar fatores socioculturais e promover engajamento da comunidade da nação indígena Songhees nos processos de pesquisa, planejamento e implementação de um plano de restauração ecológica e cultural. Palavras-chave: paisagens culturais; restauração ecológica; mapeamento comunitário; inventário participativo.

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Dimensões Sociais dos Inventários Florestais 89

Sociedade e unidades de conservação: uma contribuição do levantamento socioambiental no âmbito do inventário florestal nacional no estado do rio de janeiro

SILVEIRA-FILHO,T.B.

[email protected]

SIMON, A.V.S. SEA/RJ

GOUVEIA, M.T.J

FRESCHI, J.M. JBRJ

O Estado do Rio de Janeiro (ERJ), considerado o berço do conservacionismo nacional, ainda necessita de políticas que rompam com processos mantenedores da invisibilidade e desvalorização das populações e comunidades que historicamente mantém estreita relação com recursos naturais. Inserido em sua totalidade no Bioma Mata Atlântica, possui 4.378.172 hectares, dos quais cerca de 500 mil hectares considerados Unidades de Conservação (UC), instituídas pelas três esferas governamentais, e com cerca de 20% de remanescentes florestais. Outro lado, uma população de 16 milhões de pessoas e uma das maiores densidades demográficas do país, fica estabelecido um quadro composto por inúmeros desafios, principalmente quando as UC estão situadas num dos biomas mais ameaçados do planeta. Pode-se dizer que uma das estratégias de reconhecido sucesso na conservação da biodiversidade é o estabelecimento de UC. Contudo, o sucesso de uma UC está intimamente ligado não só à capacidade de gestão da instituição responsável, mas também pela visão e participação da sociedade nessa gestão. Com objetivo de obter uma dimensão das relações sociais com as unidades de conservação foi proposta pela Secretaria de Estado do Ambiente a inserção de novos questionamentos no formulário socioambiental no âmbito do Inventário Florestal Nacional no Estado do Rio de Janeiro (IFN/RJ). O conjunto de questões aborda a identificação de percepções quanto ao conhecimento sobre a existência de UC no território do entrevistado; quanto a apropriação de sua nomenclatura; quanto aos usos que faz, individual ou coletivamente, da UC; quanto as impactos oriundos da institucionalização da UC; e quanto ao nível de participação na gestão da UC. A análise desses questionamentos, juntamente com as demais questões constantes do formulário, propiciará a formulação, ou mesmo revisão, de políticas públicas de conservação da biodiversidade para o ERJ. Isto ao se considerar que das 283 unidades amostrais do IFN/RJ, 111 estão localizadas no interior de UCs (federais e estaduais), sendo 50 sob a categoria de proteção integral e 67 de uso sustentável, das quais 46 e 73 UC sob tutela federal e estadual, respectivamente. Quantitativos que por si só justificariam a inclusão desses novos questionamentos a serem formulados para cerca de 1.132 entrevistados. Palavras-chave: áreas protegidas; política pública; Mata Atlântica.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Dimensões Sociais dos Inventários Florestais 90

Manejo florestal boliviano: uma análise das normativas que regulam o uso de dos recursos naturais

ROMERO, F.M. B.

[email protected] MORAES, K.O

VIEIRA, J.C. GASPAR, R. O.

MACIEL. R.C. G. UFAC

O presente artigo consiste na revisão e comparação de dados publicados pela Autoridade de Fiscalização e Controle Social de Bosques e Terra (ABT), para posteriormente interpretar e poder dar uma possível afirmação de como se encontra o manejo florestal boliviano, nas áreas de produção florestal superiores ás 200 hectares. As quais foram executadas entre as gestões 2009 e 2010. Esta análise irá auxiliar na compreensão de algumas questões do setor florestal, no caso das atualizações e possíveis sugestões normativas aprovadas desde os anos 1996, começando com a respectiva Lei Florestal e sua regulamentação, levando a refletir sobre a realidade, repensar e questionar em que se aplicam os recursos naturais? Surgindo uma série de questões dentre elas, será que realmente estamos administrando bem nossos recursos naturais? São questionamentos que devem ser pensados e repensados na função da necessidade de cada família boliviana que demanda uma segurança socioeconômica. Palavras-chave: produção florestal; legislação florestal; controle social.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Dimensões Sociais dos Inventários Florestais 91

Técnicas de comunicação empregadas no componente socioambiental do Inventário Florestal

OLIVEIRA, V. B. V. [email protected]

Embrapa Rondônia

WADT, L. H. O. Embrapa Acre

BENTES GAMA, M. de M.

Embrapa Rondônia

Obter informação sobre como a população se relaciona com as florestas, faz parte do componente socioambiental do Inventário Florestal, que tem por objetivo gerar informações sobre o uso da floresta e a percepção das populações rurais em relação à existência, uso e conservação dos recursos florestais. Sendo o Inventário Florestal um procedimento para obter informações sobre as características quantitativas e qualitativas dos recursos florestais do país, torna-se imprescindível o uso de recursos diversos, para o levantamento de tais informações, desde as tradicionais Fichas de Campo a modernos instrumentos de coleta: Canetas óticas, Paquímetros, Sutas, GPS, dentre outros, que asseguram mais precisão aos dados em levantamento. No componente socioambiental, além do questionário, são aplicadas técnicas que envolvem o uso de fotografias aéreas, desenhos, mapas e outros recursos que estimulam a discussão com os entrevistados. Este artigo apresenta informações sobre a aplicação de recursos de comunicação em eventos de capacitação, em projetos de organização comunitária para o manejo florestal na Amazônia Ocidental, abordando o uso de recursos audiovisuais e o aspecto dialógico na interação com jovens rurais, e a percepção ambiental destes, enquanto atores sociais participantes do levantamento das informações socioambientais. Considerando que os inventários florestais nacionais têm ampliado o seu escopo abordando outros temas de interesse como os estoques de biomassa e carbono, a biodiversidade, a saúde e a vitalidade das florestas, o manejo florestal e a importância social das florestas e de seus habitantes; a sistematização dessas experiências quer contribuir para agregar informações sobre metodologias adotadas para a coleta de dados no componente socioambiental uma vez que as mesmas são importantes por possibilitar identificar demandas de pesquisa, novos usos de produtos e serviços da floresta e estratégias de agregação de valor ao uso sustentável das florestas. Palavras-chave: levantamento socioambiental; percepção ambiental; tecnologias de informação e comunicação.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Dimensões Sociais dos Inventários Florestais 92

Silvicultura urbana em municípios brasileiros com maior concentração populacional

ALVAREZ, I. A. [email protected]

Embrapa Monitoramento por Satélite

MATTOS, P. P. de Embrapa Florestas

PIEDADE, L. I.

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

CANETTI, A. UFPR

A boa gestão da arborização urbana é um dos principais requisitos para propiciar qualidade de vida à população. Para o manejo e planejamento da silvicultura urbana é importante um diagnóstico detalhado. O diagnóstico da silvicultura urbana é obtido principalmente por inventário arbóreo e serve como subsídio para o planejamento urbano. As cidades brasileiras tem estrutura precária de gerenciamento da arborização e não há um plano nacional de inventário urbano. Objetivou-se identificar dentre os municípios mais populosos do Brasil, aqueles que contam com inventários e manejo da silvicultura urbana para futuras políticas públicas da área. Foi encaminhado um questionário para os setores responsáveis pela arborização de todos os 288 municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes. Foram correlacionadas as existências de inventário e plano de arborização urbana com dados dos municípios obtidos pelos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além da espacialização por bioma. Até o momento, foram recebidas 72 respostas, representando 26,5% dos municípios consultados, sendo 76% proveniente de municípios das regiões norte e nordeste. Dentre os municípios avaliados, 72% dos municípios tem a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) como responsável por sua arborização urbana. Foi observada uma grande deficiência em relação ao inventário florestal urbano (72%) e planejamento de arborização urbana (62%). A correlação de Pearson (n=10%) revelou que dentre os índices correlacionados com a existência de inventários e planos de arborização urbana (área do município, número de habitantes, PIB per capita e IDHM), apenas o Índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDHM) apresentou correlação significativa (24%). Isto indica que os municípios com melhor qualidade de vida se preocupam com a gestão da arborização urbana. A continuidade do projeto prevê, após o levantamento dos demais municípios, inserir novas abordagens sobre a silvicultura urbana: como espécies utilizadas, custos de implantação e manutenção, problemas enfrentados e demais questões técnicas, buscando identificar ações que contribuem ou são restritivas à implementação de uma política municipal de arborização urbana eficiente. Palavras-chave: arborização urbana; ecologia urbana; planejamento urbano; espacialização

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Inventários de Florestas Plantadas 93

Diferentes resultados obtidos em um inventário florestal

SILVEIRA, C. T. [email protected]

SILVEIRA, B. D. FLORIANO, E. P.

KEMMERICH, M.C Universidade Federal do Pampa

O objetivo geral deste trabalho foi realizar o inventário florestal em povoamentos de Pinus spp. em uma empresa florestal no município de Cachoeira do Sul e Encruzilhada do Sul, RS. As áreas inventariadas totalizam mais de 4000 hectares sendo que foram constituídas por 40 unidades silviculturais, nas quais três unidades foram feitas as medições e para o restante da área foram realizadas prognoses a partir dos dados de inventários florestais anteriores realizados nessas mesmas florestas, através dos dados obtidos no software analítico SAS (Statistical Analysis System). Os resultados obtidos são referentes ao índice de sítio; espaço relativo (S%); número de árvores por hectare (nº/ha); altura média (h) e diâmetro médio a altura do peito (DAP); área basal (g); volume sólido; sortimentos de madeira (toras finas, médias, grossas); volume para serraria; volume útil; número de árvores total e volume total para cada povoamento. Após o término desse inventário florestal, foi escrito um relatório que posteriormente foi apresentado aos responsáveis da empresa, os quais elogiaram o trabalho, não só pela fácil visualização dos resultados obtidos mas também pelo fácil entendimento dos mesmos através da tabela dos resultados disponibilizada à empresa e também anexada no relatório.

Palavras-chave:prognose;Pinus spp.;sortimentos de madeira.

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Inventários de Florestas Plantadas 94

Emprego da função Gamma no ajuste da distribuição diamétrica de um povoamento de Eucalyptus urophylla

CORDEIRO,M.A [email protected]

IMMES

LIMA,R.B UFRPE

OLIVEIRA,C.P

UFRPE

SILVA, D.A.S. UFES

ROIK, M.

UNICENTRO

O objetivo deste trabalho foi ajustar o modelo de distribuição diamétrica Gamma aos dados de diâmetro para predizer a estrutura de um povoamento de Eucalyptus urophylla no Amapá. Os dados são provenientes de um talhão com indivíduos adultos da espécie localizado em Itaubal-AP (0°42’N; 50°48’W). Foi empregado o modelo Gamma cuja distribuição se dá por meio de uma função de densidade probabilística que prediz o número de indivíduos por classe de diâmetro. A estimativa dos parâmetros foi realizada pelo método dos momentos. A verificação da aderência do ajuste foi feita por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov a 1% de probabilidade. Como resultado, pôde-se aceitar a hipótese de nulidade em que a estrutura diamétrica do povoamento pode ser ajustada pelo modelo Log-normal, pois pelo teste de K-S, a frequência do número de indivíduos observada é estatisticamente semelhante à frequência empírica obtida pelo modelo. Assim, a função Gamma pode ser indicada para o ajuste da distribuição diamétrica da espécie Eucalyptus urophylla no Estado do Amapá. Palavras-chave:manejo florestal; florestas plantadas; modelos probabilísticos.

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Inventários de Florestas Plantadas 95

Número de árvores necessárias para ajuste de relação hipsométrica em plantio de eucalipto

FERREIRA, S. O. [email protected]

CARVALHO, S. de P. C. E. ASSIS, A. L. de

MENEGUZZI, C. C. NOGUEIRA, C. E.

ALMEIDA, G. J. F. de Fibria S.A

Este trabalho teve como objetivo testar diferentes números de árvores para viabilizar o ajuste por parcela da relação hipsométrica. O estudo foi desenvolvido com dados de povoamento de plantios clonais de Eucaliptos sobre regime de implantação e reforma, pertencentes a FIBRIA CELULOSE SA, localizados na região do Vale do Paraíba no Estado de São Paulo. A amostra foi composta de 35 parcelas, totalizando 2115 árvores medidas com idades variando de 2,0 a 8,0 anos. Através do Software R em especial a função “lm” (Linear models), foi ajustado o modelo hipsométrico tradicional de Curtis dentro das classes de idade 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 anos e cinco cenários de intensidade de árvores, sendo o primeiro com 5 árvores por parcela (T1), o segundo com 10 árvores por parcela (T2), o terceiro com 15 árvores por parcela (T3), o quarto com 20 árvores por parcela (T4) e o quinto com 25 árvores por parcela (T5). A seleção do tratamento nas diferentes classes de idade com melhor desempenho foi baseada nas seguintes medidas de precisão: Coeficiente de determinação (R2), erro padrão da média (Sy.x) e distribuição gráfica dos resíduos. Para verificar a capacidade preditiva da equação de Curtis na estimativa da altura, estabeleceu-se um DIC, a fim de analisar o desempenho da equação frente às diferentes possibilidades de ajuste. Constatou-se que para qualquer uma das classes de idade tanto faz ajustar 5, 10, 15, 20 ou 25 árvores por parcela para viabilizar a relação hipsométrica considerando as características da base de dados analisada. Palavras-chave:hipsometria;classes de idades;número de árvores.

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Inventários de Florestas Plantadas 96

Comparação de modelos de relação hipsométrica para Pinus elliottii cultivados no planalto catarinense

AMANCIO, J. C; [email protected]

ARAKI, E. K UDESC

O principal objetivo dos inventários florestais é obter a estimativa do volume de madeira produzido em uma população florestal. Para essa finalidade é comum o uso de equações volumétricas, correlacionando o volume com o diâmetro na altura do peito (DAP) e a altura da árvore. Para estabelecer a relação de regressão de altura em função do diâmetro são utilizados modelos de relação hipsométrica, os quais estimam as alturas das árvores que não foram medidas. O objetivo deste trabalho foi comparar e definir o melhor modelo hipsométrico para um plantio de Pinus elliottii Engelm., com idade de 26 anos, localizado no município de São Cristóvão do Sul, Santa Catarina. A área estudo compreende 104,7 ha reflorestados, onde foram alocadas 19 parcelas no sistema de amostragem aleatória simples. Os modelos hipsométricos utilizados foram: Stoffels, Curtis, Henriksen, Parabólico, Prodan I e Prodan II. Os critérios de avaliação utilizados foram: a análise gráfica dos resíduos, o coeficiente de determinação ajustado (R²) e o erro padrão da estimativa (sy.x %). O modelo de Curtis apresentou o melhor resultado, mas a análise gráfica apresentou resultados que estatisticamente não diferem entre si. Isso demonstra que para obtenção de melhores resultados, há a necessidade de estudo com modelos de maior nível de complexidade. . Palavras-chave: inventário; modelo; estimativa; altura.

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Inventários de Florestas Plantadas 97

Comparação de métodos de amostragem para a estimativa de parâmetros dendrométricos em plantio de Populus sp. em sistema agroflorestal

VELHO, G. A. A [email protected]

MAROS, J. E SCOLARO, T. L

STEPKA, T. F UNC

Esta pesquisa buscou avaliar, por meio de quatro diferentes métodos de amostragem, os parâmetros dendrométricos (G/ha e N/ha) em um plantio comercial de Populus sp (Álamo) estabelecido em sistema silvo-pastoril no município de Canoinhas-SC. Usou-se para a avaliação, os Métodos de: Área Fixa, Prodan, Strand e Bitterlich, em uma área de 6 hectares onde o povoamento foi estabelecido em 2006, com espaçamento 6 m x 6 m. Para a avaliação da população, usando-se o método da Área Fixa, instalou-se 6 unidades amostrais circulares com área de 400 m², distribuídas sistematicamente pela área da floresta, na qual a seleção dos indivíduos foi feita proporcional à área da unidade. Nos mesmos locais onde foram instaladas as unidades amostrais de área fixa, também foram mensuradas as árvores utilizando os métodos de Prodan, Strand (com K=1) e Bitterlich (com K=1). Após o processamento dos dados, os valores obtidos em cada método, para as variáveis G/ha e N/ha, foram comparados estatisticamente pelo teste F e teste de Tukey a fim de validar as estimativas de cada variável. Foram verificados valores médios de N/ha (indivíduos por hectare) de 316.66, 299.20, 350.41 e 387.85 respectivamente para os métodos da Área Fixa, Prodan, Strand e Bittelich, e valores médios da G/ha (m²/ha) de 10.98, 10.67, 11.76 e 12.66 respectivamente para os métodos de Área Fixa, Prodan, Strand e Bittelich. De maneira geral os valores obtidos principalmente pelo método da Área Fixa e de Prodan, apresentam-se valores bastante próximos para ambas as variáveis estudadas, apresentando-se uma vantagem pelo método de Prodan no que se refere à instalação e o tempo de medição das unidades amostrais. Neste caso, foi possível observar que as médias da G/ha não diferem estatisticamente pelo teste de F a 1% indicando que todos os métodos são eficazes para avaliar esta variável. Palavras-chave:amostragem;inventário florestal;álamo;sistema silvo-pastoril.

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Inventários de Florestas Plantadas 98

Modelagem do volume de Pinus taeda L. em diferentes idades no município de Campo Belo do Sul, SC.

ENGEL, M. L. [email protected]

NICOLETTI, M. F. NOVACK, N.

UDESC

O volume é uma das informações de maior importância para o conhecimento do potencial disponível em um povoamento florestal, fornecendo subsídios para a avaliação do estoque de madeira e o potencial produtivo. Portanto, o objetivo desse trabalho foi determinar um modelo ideal de volumetria, para cada classe de idade (11, 19 e 30 anos) em povoamentos de Pinus taeda, em Campo Belo do Sul, SC. Os modelos ajustados foram Hush, Spurr, Schumacher-Hall, Meyer modificado, Naslund modificado, Stoate, Prodan e Brenac. Os dados de volume foram obtidos por cubagem rigorosa de Smalian, com medidas nas seções 0,1 m, 0,3 m, 0,5 m, 0,9 m, 1,3m e, a partir de 2 m, de metro em metro, de indivíduos selecionados por meio da distribuição de classes de diâmetro. Os critérios usados na escolha do melhor modelo foram: Coeficiente de Determinação Ajustado (R²aj.), Erro Padrão da Estimativa Absoluto (Syx) e em porcentagem (Syx%), bem como, análise gráfica de resíduos. Para a idade de 11 anos o modelo com melhor estatística de ajuste foi o de Stoate (R²aj.=0,9535 e Syx%=8,3), para 19 anos foi o de Spurr (R²aj.=0,9439 e Syx%=7,28) e já para a idade de 30 anos o modelo ideal foi o de Naslund modificado (R²aj.=0,9643). Para a análise gráfica todos os modelos apresentaram boa distribuição de resíduos, com bom ajuste para a representação dos dados, exceto os modelos de Hush e Brenac. Portanto os modelos Spurr, Schumacher-Hall, Meyer modificado, Naslund modificado, Stoate, Prodan também podem ser usados para estimativa do volume. Por fim, foi utilizado o teste do qui-quadrado para validar a estatística de ajuste dos modelos de Stoate, Spur e Naslund modificado, para tanto foram utilizados dados de 20 indivíduos da população e em todos os casos aceitou-se a hipótese de que os modelos apresentam estatística de ajuste ideal para estimar os valores de altura de cada classe de idade do povoamento.

Palavras-chave:volumetria; cubagem; estatística de ajuste.

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Inventários de Florestas Plantadas 99

Ajuste de modelos matemáticos para estimativa do volume em plantios equiâneos de Eucalyptus spp. no Estado do Amapá

CORDEIRO,M.A

[email protected] PEREIRA,A.R.S.

IMMES

ABREU,J.M. UEAP

ROIK.M

UNICENTRO

As equações volumétricas são fundamentais na tomada de decisão para o manejo florestal. Por isso, vários modelos matemáticos foram desenvolvidos para se estimar o volume de madeira em florestas naturais e plantadas, utilizando o volume como variável dependente, associado a variáveis independentes de fácil mensuração, como o diâmetro a 1,30 m do solo e a altura. Por esta razão o objetivo desse trabalho foi avaliar o melhor modelo matemático para estimativa do volume comercial em plantios de Eucalyptus spp no estado Amapá. O Estudo foi conduzido em um povoamento instalado em Julho de 2007, em espaçamento 3,60 x 2,22 m, no município de Porto Grande/AP. Os dados coletados foram retirados de uma gleba constituída por 28 talhões comerciais. Os modelos matemáticos utilizados foram de Potência, Exponencial, Logarítmico, Parabólico, Schumacher e Hall, Spurr, Brenac,Chapman e Richards. Os critérios estatísticos utilizados para validação das equações geradas foram: Coeficientes de determinação ajustado R²aj, erro padrão da estimativa Sxy. Para os modelos que sofrem transformação logarítmica foi aplicado o fator de correção da discrepância logarítmica, assim foi recalculado para esses modelos um novo R²aj e Sxy. Os modelos ainda foram avaliados pela análise gráfica dos resíduos. Baseado nos critérios estatísticos para seleção de equações a que melhor se ajustou aos dados para estimativa de volume foi a equação 5 de Shumacher e Hall, pois apresentou o maior coeficiente determinação, o mais baixo erro padrão da estimativa e análise gráfica do resíduo com tendência de homogeneidade e menor variação do erro percentual. Palavras-chave:volume; Eucalyptus spp.;modelos matemáticos.

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Inventários de Florestas Plantadas 100

Relação hipsométrica para Eucalyptus dunnii Maidene Eucalyptus saligna Smith no município de Cacequi-RS

GOERGEN, L.C DE G.

[email protected] MARCHESAN, J SILVA, C. K. da TABARELLI, C. PEREIRA, R. S.

UFSM

A avaliação dimensional em povoamentos florestais é fundamental para o planejamento do uso dos recursos florestais, tanto para fins comerciais como para preservação, gestão e pesquisas. A estimativa da altura por meio de equações hipsométricas é cada vez mais frequente durante o inventário florestal, por se tratar de uma medida com maior dificuldade de obtenção. O presente estudo foi desenvolvido no município de Cacequi- RS e teve como objetivo ajustar e selecionar modelos matemáticos adequados para estimar a variável altura total (Ht) em povoamentos de Eucalyptus dunniie Eucalyptus saligna, conduzidos sob regime de alto fuste, com idades de quatro a cinco anos. Foram coletados os diâmetros de todas as árvores de 32 parcelas e a altura das primeiras 15. O restante das alturas foram estimadas a partir do modelo de relação hipsométrica que melhor se ajustou aos dados. Foram avaliados seis modelos matemáticos. Os melhores modelos foram selecionados de acordo com: coeficiente de determinação ajustado (R²aj%), erro padrão da estimativa (Syx%),teste de significância para os coeficientes de regressão e análise gráfica dedistribuição dos resíduos. Os modelosLn h= β0 + β1. ln d + εe 1/√h-1,3= β0 + β1/d+ ε foram os mais indicados para a estimativa da variável altura total em função da variável DAP apresentando valores do coeficiente R²= 85,2% e R²= 98,7%para as espécies E. dunnii e E. saligna, respectivamente. Palavras-chave: inventário florestal; floresta plantada; relação diâmetro-altura.

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Identificação Botânica 101

Guias de identificação botânica de espécies madeireiras do Experimento Arboreto do Parque Zoobotânico, Rio Branco, Acre

Saar, I. M [email protected]

Souza, L. M UFAC

Ferreira, E. J. L

INPA-AC

O experimento ‘Arboreto’ consiste no cultivo de 138 espécies arbóreas nativas de uso alimentar, ornamental, oleaginoso e madeireiro, e foi implantado no início da década de 80 na área do Parque Zoobotânico (PZ) da Universidade Federal do Acre (UFAC) (9º57’S; 67º52’. Altitude: 152 m), cuja vegetação encontrava-se em estágio inicial de regeneração. O plantio foi feito em três parcelas de um hectare mantidas a pleno sol e em linhas cultivadas no interior da floresta em regeneração para comparar o comportamento vegetativo das espécies. Passados cerca de 30 anos, as plantas introduzidas que conseguiram sobreviver atingiram porte arbóreo e integram o fragmento florestal de 140 ha resultante da regeneração da floresta na área do PZ. O fragmento florestal do PZ está localizado ao lado do Campus da UFAC, no perímetro urbano de Rio Branco, e a comunidade acadêmica da UFAC usa com frequência a floresta para práticas acadêmicas e pesquisas científicas. Atividades de extensão também são realizadas no local. Considerando que na floresta amazônica muitas espécies arbóreas não são facilmente identificadas em seu ambiente natural, fato observado no fragmento florestal do PZ na atualidade, decidiu-se elaborar guias impressos e ilustrados para auxiliar na identificação a campo de algumas das espécies madeireiras introduzidas no experimento Arboreto. Para a elaboração dos guias, foram realizadas visitas na floresta para tomada de fotos, anotações de características morfológicas e medições das plantas (DAP, altura total e comercial, tamanho das folhas, etc). Ao final do trabalho foram elaborados 13 guias de identificação das seguintes espécies: Samaúma (Ceiba pentandra), Copaíba (Copaifera langsdorffii), Guapuruvu (Schizolobium amazonicum), Ipê amarelo (Handroanthus serratifolius), Jutaí (Hymenaea parvifolia), Louro abacate (Nectandra cuspidata), Timbaúba (Albizia cf. saman), Amarelão (Aspidosperma vargasii), Cedro rosa (Cedrela odorata), Cumaru-ferro (Dipteryx odorata), Jatobá (Hymenaea courbaril), Mogno (Swietenia macrophylla) e Tauari (Couratari guianensis). O uso recorrente dos guias, que contem informações morfológicas e dendrológicas indispensáveis para a identificação das espécies no campo, tem se mostrado importante para a formação de recursos humanos e independência na realização de atividades acadêmicas e de pesquisas que envolvam as espécies abordadas pelos guias visto que anteriormente isto requeria a presença de um parabotânico ou taxonomista. Palavras-chave: Amazônia; dendrologia; fragmento florestal; reflorestamento.

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Identificação Botânica 102

A Participação do Museu Botânico Municipal (Herbário MBM) no Inventário Florestal Nacional no Paraná

RIBAS, O. S [email protected]

BROTTO, M. L MOTTA, J. T

CORDEIRO, J BARBOZA, E

SILVA, J. M VIANA, L. H. O

MBM – Museu Botânico Municipal O Museu Botânico Municipal, Herbário MBM, desde março de 2013, participa do Inventário Florestal Nacional no Estado do Paraná, atendendo convocação do Serviço Florestal Brasileiro. A direção do Museu Botânico Municipal designou o corpo técnico do Herbário MBM como responsável pelo recebimento, secagem, triagem, identificação, montagem das exsicatas, inclusão no banco de dados BRAHMS (Botanical Research And Herbarium Management System), além da digitalização de todo o material botânico coletado durante os trabalhos de campo, usando scanner de altíssima resolução, Herbscan. O material botânico foi recebido através das equipes contratadas pela empresa Brasil Florestal S.A., sendo que foram coletados 3 exemplares para cada amostra de planta mensurada. Quando necessário, as amostras foram submetidas a processo de secagem em prensas apropriadas, colocadas em estufas com lâmpadas infravermelhas de 250 watts, por aproximadamente três dias. Devidamente seco, o material passou por processos de triagem e foi encaminhado aos técnicos responsáveis pela identificação, feita por comparação com exsicatas do acervo do Herbário MBM, pelo uso de chaves de identificação ou por consulta a bibliografia especializada, física ou digital. Uma vez identificado, o material fértil foi registrado e incorporado ao acervo do Herbário MBM, utilizando-se o Programa BRAHMS que gera automaticamente as etiquetas com os códigos de barra correspondentes à numeração de registro do herbário. O material estéril identificado foi separado, não sendo incorporado ao acervo do Herbário MBM, mas permanerá como coleção-testemunho durante o período de 5 anos, para quaisquer eventuais consultas. Após a montagem das exsicatas procedeu-se o registro de imagem das mesmas em scanner digital Herbscan, na resolução de 300 dpi, para inclusão nos relatórios. Todo o material oriundo do Inventário Florestal, foi escaneado, gravado em mídia digital e enviado à sede do Serviço Florestal Brasileiro, junto com os relatórios de cada coleta. Além disso, para cada amostra fértil de planta mensurada e coletada no Inventário Florestal, uma exsicata duplicata foi enviada ao Herbário RB, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, fiel depositário de todas as amostras resultantes dos Inventários Florestais Estaduais no Brasil. Para os materiais estéreis, serão enviadas apenas as imagens escaneadas ao Herbário RB. Palavras-chave: Inventário Florestal Nacional no Paraná.

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Inventários Florestais Contínuos 103

Incremento diamétrico da araucária com base em 14 anos de inventário florestal contínuo

RODRIGUES, A. L. [email protected]

SANQUETTA, C. R. DALLA CORTE, A. P.

MOGNON, F. BARRETO, T. G.

UFPR

A Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze é uma das poucas coníferas representantes da flora brasileira, amplamente distribuída no planalto sul do país, com grande potencial de utilizações. Este trabalho investigou o incremento diamétrico da espécie com base em inventário florestal contínuo, conduzido em 8 ha de parcelas permanentes em Floresta com Araucária na região Sul do Paraná, avaliadas por 14 anos (1999-2013). Indivíduos com DAP ≥ 10 cm foram considerados nas medições e agrupados em 5 classes diamétricas para avaliação do crescimento em função de diferentes dimensões. Ao todo foram amostrados 1953 indivíduos (244 ind.ha-1), com diâmetros variando de 10 cm a 126,05 cm na primeira avaliação e de 10,18 cm a 128,60 cm na última avaliação. O diâmetro médio da espécie foi de 26,03 cm em 1999 e de 29,20 cm em 2013, representando um incremento de 3,17 cm durante todo o período. Considerando toda a população amostrada, o incremento médio foi de 0,2376 cm.ano-1. Quanto às classes diamétricas, o incremento médio variou de 0,2301 cm.ano-1 para a Classe 1 (10-24,9 cm) a 0,2745 cm.ano-1 para a Classe 3 (45-64 cm). Não foi constatada diferença estatisticamente significativa para os incrementos entre as classes diamétricas, indicando homogeneidade no crescimento da espécie, independente das dimensões dos indivíduos. Os resultados reforçam o potencial de crescimento da Araucária em ambientes naturais e ressaltam a importância de inventários florestais contínuos no monitoramento do crescimento e produção em florestas nativas.

Palavras-chave: crescimento; classes diamétricas; parcelas permanentes.

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Inventários Florestais Contínuos 104

Estudos de vegetação da Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE Seringal Nova Esperança em Xapuri-AC

SILVA, R. P.

[email protected] AMARO, M. A.

UFAC

A Área de Relevante Interesse Ecológico–ARIE Seringal Nova Esperança, em Xapuri/Acre, foi criada para garantir a proteção da biota regional, em especial a Castanheira (Berthollethia excelsa) e Seringueira (Hevea brasiliensis), espécies de grande importância para a população extrativista ali residente. Para tomar decisões sobre o futuro da ARIE o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade–ICMBio fez uma parceria com a Universidade Federal do Acre–UFAC visando realizar vários estudosma ARIE. Neste contexto o objetivo deste projeto foi realizar um inventário florestal diagnóstico na vegetação da ARIE, possibilitando um melhor conhecimento sobre a vegetação. Para a realização do inventário 30 parcelas de 10m x 100m foram distribuídas aleatoriamente pela área, para avaliação das espécies arbóreas com DAP > 5 cm. Foram inventariados 3.526 indivíduos, onde 137 (3,9%) eram cipós, 344 (10,1%) palmeiras, 3.033 (86%) árvores e 5,8% eram indivíduos mortos. Foram identificadas cientificamente 44 famílias, 127 espécies. As 10 espécies com maior número de indivíduos foram Pseudolmedia sp. (138,33), Protium heptaphyllum March. (83,33), Pausandra trianae (Muel. Arg.) Baill (65,33), Euterpe precatoria M. (32,00), Oenocarpus bacaba M. (31,67) Aspidosperma sp. (31,33), Inga sp. (28,67), Pouteria sp. (25,67), Minquartia guianensis Aubl. (25,00) e Ocotea sp. (23,00), totalizando 484,33 indivíduos (41,2% do total). As 10 Famílias com maior número de indivíduos foram Moraceae (161,33), Euphorbiaceae (116,00), Arecaceae (114,67), Burseraceae (87,67), Apocynaceae (52,00), Caesalpiniaceae (44,33), Annonaceae (42,67), Mimosaceae (39,67) e Rubiaceae (32,00) totalizando 690,33 indivíduos (58,7% do total). As espécies Pseudolmedia sp., Protium heptaphyllum, Pausandra trianae, Pouteria sp., Euterpe precatoria, Inga sp., Berthollethia excelsa, Apeiba echinata, Aspidosperma sp., Ocotea sp., Iriartea deltoidea, Oenocarpus bacaba, Minquartia guianensis, Hevea brasiliensis, Hirtella sp., Eschweilera odorata e Neea sp. foram as que apresentaram maiores valores de importância e possuem uma participação significativa na estrutura paramétrica, evidenciando, dessa forma, melhor adaptação às condições da área. A diversidade pelo Índice de Shannon-Weaver, foi de 3,847. O valor da Equabilidade foi de 0,794, ou seja, a diversidade na área é de 79,4% da diversidade máxima possível. Apesar da ação antrópica intensa nas proximidades da ARIE, a área estudada possui alta diversidade. Palavras-chave: biometria; Floresta Amazônica.

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Inventários Florestais Contínuos 105

Comparação dos parâmetros volumétricos com o inventário florestal contínuo em um fragmento florestal semidecidual montano

RAIMUNDO, M. R

[email protected] MELLO, J. M. de

SCOLFORO, H. F SCOLFORO, J. R. S

NETO, F. DE C UFLA

Sabendo-se da importância de conhecer o crescimento do estoque volumétrico de um recurso florestal, o presente trabalho teve como objetivo comparar o crescimento volumétrico real, obtido pelos censos, com o crescimento volumétrico estimado pelo Inventário Florestal Contínuo realizado na Reserva Florestal localizada na Universidade Federal de Lavras, Lavras, sul de Minas Gerais. O fragmento possui coordenadas 21013’40” S e 44052’50” W, altitude de 925 metros e clima do tipo Cwb de Köppen (mesotérmico com verões brandos e estiagem no inverno). A vegetação trata-se de um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual Montana, cuja área é de aproximadamente 5,04 ha que foi subdividida em 126 unidades amostrais de 400 m² (20m x 20m). No presente estudo contemplou-se a análise de duas medições realizadas em um intervalo de tempo equivalente a 4 anos, em que foram mensurados o DAP (diâmetro a 1,30 metros do solo) e a altura de todos indivíduos pertencentes a 126 parcelas (censos). O volume de cada parcela foi obtido aplicando a equação volumétrica, apresentada no livro do Inventário Florestal de Minas Gerais, correspondente a sub-bacia e ao tipo fisionômico estudado. Para efeito de comparação com volume total do fragmento foi realizada uma amostragem ao acaso de 21 das 126 parcelas alocadas na área, e então, realizado os cálculos estatísticos da variável volumétrica para as duas medições, correspondendo ao Inventário Florestal Contínuo. Os parâmetros volumétricos apresentaram valores iguais a 92,87 e 102,08 m³/ha para a primeira e segunda medição respectivamente, encontrando-se dentro dos intervalos de confiança gerados, os quais, apresentaram erros percentuais iguais a 15,56 e 16,02%. Os valores das médias estimadas foram iguais a 87,35 e 92,25 m³/ha respectivamente para a primeira e segunda medição. Para ambas as medições a estimativa volumétrica subestimou o parâmetro em 5,95% e 9,64%. O coeficiente de precisão do crescimento apresentou valor igual a 10,49%, sendo um resultado considerável por se tratar de vegetação nativa. Logo, nas circunstâncias do presente estudo, pode-se concluir que o Inventário Florestal Contínuo apresentou-se como um bom estimador na avaliação do crescimento volumétrico. Palavras-chave: censo; parâmetro; inventário florestal contínuo; estimativa.

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Inventários Florestais Contínuos 106

Estrutura e dinâmica do estrato arbóreo de uma área sob manejo na Floresta Nacional do Tapajós, Estado do Pará, Brasil

MELO, L. DE O. [email protected] SILVA, U. S. DA C.

UFOPA

MELO, M.S. FREITAS, J. V. de

Serviço Florestal Brasileiro

O objetivo deste trabalho foi avaliar a estrutura e a dinâmica do estrato arbóreo representado por árvores com DAP≥10 cm em uma área de 2500 ha na Floresta Nacional do Tapajós, submetida a manejo florestal pela Cooperativa Mista FLONA Tapajós Verde, avaliando o comportamento da floresta antes e após a colheita seletiva de árvores para a produção de madeira. Os dados foram obtidos através de inventário florestal contínuo em 33 parcelas permanentes (50mx50m) distribuídas aleatoriamente na área e medidas antes e um ano após a exploração de madeira. As operações de colheita reduziram em aproximadamente 5% o número de árvores, 12,6% da área basal e 16,5% do volume da floresta. O índice de diversidade de Shannon (H´) foi 4,24 e de uniformidade de Pielou (J) foi 0,86. Esses valores permaneceram os mesmos antes e após a exploração, o que demonstra que esta atividade não reduziu a diversidade de espécies da área. A taxa de mortalidade observada foi de cerca de 10%/ano, o dobro do valor observado para ingressos de novos indivíduos (5%/ano). O elevado índice de mortalidade é comum em avaliações feitas após a colheita, pois são contabilizadas as árvores colhidas, as mortas por causas naturais e as mortas pelas atividades de abate e arraste de toras. As taxas de crescimento médio em diâmetro, área basal e volume, considerando todos os indivíduos, foram de 0,38 cm/ano, 0,49 m²/ha e 6,90 m³/ha, respectivamente. Árvores com copas completamente expostas à luz apresentaram crescimento em diâmetro de 0,63 cm/ano, significativamente maior (p=0,0003) quando comparadas com as árvores com copas parcialmente sombreadas e com as totalmente sombreadas, que obtiveram crescimento de 0,38 cm/ano e 0,28cm/ano, respectivamente. Os resultados demonstram que a floresta apresentou balanço negativo entre ingressos e mortalidade no primeiro ano após a intervenção silvicultural, com taxas elevadas de crescimento em diâmetro, área basal e volume, estimuladas principalmente pela abertura do dossel causada pelas atividades de colheita florestal. Palavras-chave: crescimento; ingresso; mortalidade; parcela permanente.

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Inventários Florestais Contínuos 107

Inventário do incremento diamétrico e volumétrico em um fragmento de floresta ombrófila mista

BARRETO G. T.

[email protected] RODRIGUES L. A. SANQUETTA R. C

DALLA CORTE P. A. UFPR

O estado atual de um fragmento florestal é resultado da interação de vários processos, em particular, o crescimento, a mortalidade e a regeneração. O objetivo deste estudo foi avaliar o incremento corrente anual diamétrico e volumétrico em diferentes grupos de espécies em diferentes anos, em um remanescente de Floresta Ombrófila Mista, localizado no município de São João do Triunfo - Paraná. Foram calculados os incrementos correntes dos últimos 4 anos com base em dados de inventário florestal contínuo realizado em 3 parcelas permanentes de um hectare cada. As espécies foram divididas em dois grupos (Folhosas e Araucárias). Os anos avaliados foram 2010, 2011, 2012 e 2013. A homogeneidade das variâncias foi testada previamente pelo teste de Bartlett. As comparações foram efetuadas com base na análise de variância, seguidas pelo teste de Tukey, a 95% de probabilidade de confiança. Quanto aos valores encontrados, pode-se dizer que estatisticamente não houve diferença significativa nos incrementos entre os diferentes grupos de espécies, indicando que o crescimento médio do fragmento florestal ocorreu de forma homogênea ao longo do período entre os grupos de espécies estudados. Entretanto, quando comparadas as médias anuais, os anos de 2010, 2011 e 2012 apresentaram incremento médio estatisticamente semelhante (0,1388, 0,1940 e 0,1375 cm.ano-1, respectivamente) enquanto que o ano de 2013 apresentou incremento estatisticamente superior (0,2743 cm.ano-1), semelhante ao ano de 2011. O incremento volumétrico médio da floresta nesse período não apresentou diferenças significativas, tendo sido positivo da ordem de 7,72 m³.ha-1.ano-1, apresentando como valor mínimo observado 4,58 m³.ha-1.ano-1 e máximo de 9,85 m³.ha-1.ano-1, para o período 2011-2012 e 2012-2013 respectivamente. Pode-se concluir que no local de estudo o crescimento dos grupos de espécies foi homogêneo nos últimos anos. Já a variação do crescimento ao longo dos anos, indica que possivelmente fatores ambientais externos podem ter sido determinantes nas taxas de incremento do remanescente florestal no período.

Palavras-chave: crescimento; inventário florestal contínuo; parcelas permanentes.

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Inventários Florestais Contínuos 108

Incremento em diâmetro de Erisma uncinatum (cedrinho) obtido em parcelas permanentes e por dendrocronologia

SANTOS, A.T. dos [email protected]

UFPR

Mattos, P. P. de Embrapa Florestas

BRAZ, E. M.

EMBRAPA

Os estudos dos anéis de crescimento de espécies tropicais são uma alternativa para a recuperação rápida das informações de crescimento em regiões com sazonalidade climática definida, e em muitos países tropicais, inúmeras espécies com anéis de crescimento anuais já foram confirmadas. O objetivo deste trabalho foi comparar as medições de incremento em diâmetro feitas em parcelas permanentes com os resultados obtidos por dendrocronologia. Na comparação entre a amostragem de árvores de cedrinho, mediante remedição, em uma área de 50 hectares, verificou-se um incremento médio de 0,71 cm ano-1 para um período de 7 anos, com desvio padrão de 0,21 cm. Por medição dos anéis de crescimento em árvores da mesma região, o incremento médio foi de 0,70 cm ano-1, com desvio padrão de 0,25 cm, para uma série histórica de 218 anos. A amostragem nas parcelas demandou um deslocamento sobre 50 hectares, o que implica em percorrer na área em estudo o equivalente a 3,3 dias de trabalho para encontrar e medir todas as árvores disponíveis, sendo necessário medir em diferentes anos, para obter o incremento periódico anual correspondente. Para estudos dos anéis de crescimento, a coleta dos discos pode ser realizada durante o abate, ou no pátio da empresa, e após o secamento e preparo da amostra, é possível medir um disco em uma semana. Os dados provenientes de parcelas permanentes requerem grande área de monitoramento, para possibilitar a amostragem de várias classes de diâmetro. Considerando que em uma mesma árvore estão contidos todos os intervalos de classes de DAP, as séries históricas obtidas por dendrocronologia possibilitam uma otimização de tempo e recursos, possibilitando informação do incremento sobre todas as classes, refletindo a situação de vários anos e não apenas uma situação ocasional no ano de medição, o que facilita a projeção do povoamento, para período longos, diferente dos dados obtidos em PP, pois a maioria dessas parcelas em florestas naturais no Brasil têm menos de 40 anos. As PPs são importantes para informações de mortalidade e recrutamento, e os resultados apresentados podem e devem ser complementos com informações oriundas da dendrocronologia. Palavras-chave: crescimento; parcelas permanentes; dendrocronologia.

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Inventários Florestais Contínuos 109

Inventário florístico e fitossociológico da regeneração natural em um fragmento de floresta ombrófila mista no Sul do Paraná

ASSIS, M. A. O

[email protected] UFG

SANQUETTA, C. R

CORTE, A. P. D MOGNON, F

UFPR

A regeneração natural decorre da interação de processos naturais de restabelecimento do ecossistema florestal e, consequentemente, constitui-se como apoio a sobrevivência das espécies arbóreas. O estudo da regeneração natural permite a realização de previsões sobre o comportamento e desenvolvimento futuro da floresta, pois fornece a relação e a quantidade de espécies que constituem o seu estoque, bem como suas dimensões e distribuição na área. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar a regeneração natural, por meio da análise fitossociológica e florística de um fragmento de Floresta Ombrófila Mista localizado no município de General Carneiro/PR. Para tanto, foram aplicadas técnicas de inventário florestal utilizando o processo de amostragem aleatória simples com o método de área fixa, em que foi mensurada a variável DAP (diâmetro a 1,30m do solo) dos indivíduos incluídos no intervalo de 1cm a 10cm, sendo a medição realizada com auxílio de um paquímetro. O inventário foi realizado no ano de 2013 em 16 sub parcelas de 100m² cada (10x10m). Os resultados da análise fitossociológica revelaram que as espécies Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg, Actinostemon concolor (Spreng.) Müll. Arg. e Mollinedia clavigera Tul. apresentaram os maiores valores de valor de importância (VI), com respectivamente 35,38%, 27,07% e 26,17%. Além disso, a densidade absoluta total foi equivalente a 6.425 indivíduos/ha. O DAP e a área basal médios dos indivíduos inventariados foram respectivamente, 3,1cm e 0,0010m². Em relação à florística, foram amostrados 1.016 indivíduos, distribuídos em 77 espécies, pertencentes a 32 famílias botânicas, além de indivíduos mortos e espécies não identificadas, sendo que as famílias Myrtaceae (26,17%), Monimiaceae (15,47%) e Euphorbiaceae (14,30%) obtiveram uma maior representatividade de indivíduos amostrados. Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze ocorre com pequeno número de indivíduos no componente de regeneração, totalizando apenas quatro. Desta forma, conclui-se que a família com maior riqueza de espécies foi a Myrtaceae, com 18 espécies no total, além de possuir o maior número de indivíduos, mostrando alto potencial dessa família na regeneração da floresta. As principais espécies do dossel (acima de 10cm de DAP) não correspondem as principais espécies da regeneração natural. A espécie Blepharocalyx salicifolius foi aquela com maior VI. Palavras-chave: valor de importância; densidade; dap.

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Inventários Florestais Contínuos 110

Caracterização diamétrica de um povoamento de Araucaria angustifolia (bertol.) Kuntze sob alta competição

CURTO, R.A. [email protected]

UFPR

MATTOS, P.P.de BRAZ, E.M. EMBRAPA

CANETTI, A.

PÉLLICO NETTO, S. UFPR

ZACHOW, R.

SFB

PORTES, M.C.G.O. ICMBio

A distribuição diamétrica é uma informação simples que permite caracterizar a estrutura da floresta, sendo imprescindível para definir estratégias de manejo de povoamentos florestais. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a distribuição diamétrica e ajustar funções de densidade de probabilidade para um povoamento de Araucaria angustifolia de cerca de 130 ha, implantado em 1946 na Floresta Nacional de Açungui, Campo Largo, PR. O povoamento sofreu intervenções parciais de desbaste entre 1970 e 1980, não tendo registros de desbastes posteriores a essa data. Foram locadas 46 parcelas circulares de área variável, resultando em 1,32 ha medidos. A partir da distribuição de frequência do povoamento, foram ajustadas as funções de densidade de probabilidade Normal, Log-Normal, Gamma, Beta, Weibull de 3 Parâmetros, Sb de Jonhson e Weber, a fim de indicar a que melhor caracterizou a estrutura do povoamento. Foram medidos 329 indivíduos com DAP ? 10 cm, sendo observados 280 indivíduos por hectare. As árvores foram classificadas em 12 classes diamétricas, com amplitude de 5 cm, variando de 10 a 70 cm. O modelo de Weibull foi o que apresentou melhor aderência às frequências observadas, principalmente ao estimar a frequência da primeira classe de diâmetro, com maior número de indivíduos. A partir do centro de classe 17,5 cm a distribuição apresentou-se unimodal. Plantios apresentam curvas de distribuição diamétrica com tendência de deslocamento para a direita e mais achatadas à medida que o povoamento se torna mais velho, pela redução de número de árvores por hectare e aumento do diâmetro das árvores remanescentes. No povoamento em estudo foram observadas evidências de povoamento estagnado, como grande número de indivíduos com pequenas dimensões e distribuição da frequência sem deslocamento para a direita, apesar da idade do plantio. Destaca-se com esses resultados a importância em se estabelecer ações de manejo para reverter pelo menos parcialmente as características produtivas da Araucaria angustifolia. As atividades previstas no plano de manejo podem servir para avaliação e condução de outros povoamentos não manejados semelhantes.

Palavras-chave: função de distribuição probabilística; povoamento não manejado; floresta nacional.

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Inventários Florestais Contínuos 111

Levantamento florístico da regeneração natural em uma floresta após 26 anos de exploaração na Flona do Tapajós-PA

SILVA, W. F. M. da [email protected]

INPA

RUSCHEL, A. R. Embrapa-CPATU

HIGUCHI, N.

INPA

SOARES, M. H. M. Embrapa-CPATU

GOUVEIA, D. M.

INPA As múltiplas interrelações entre componentes bióticos e abióticos formam um conjunto de ecossistemas altamente complexo e de equilíbrio ecológico extremamente frágil. Pelo conhecimento da regeneração natural de uma floresta temos a visão de quais espécies poderão ter uma maior influencia no futuro ou mesmo aquelas que tendem a diminuir sua participação na estrutura da floresta. De certa forma esta análise favorece na identificação de possíveis problemas na recomposição da floresta, principalmente nas espécies que sofreram maior pressão na colheita florestal. Nesse caso tem-se a possibilidade de intervir com tratamentos silviculturais que venham beneficiá-las. Desta forma, o estudo foi desenvolvido na Floresta Nacional do Tapajós, à altura do km 67 da BR-163-Cuiabá/Santarém, PA. Abrange o bioma Amazônia e a tipologia é Floresta Ombrófila Densa de terra firme. Em área de 64 ha, onde ocorreu a exploração florestal em 1979 está sendo monitorada o crescimento e dinâmica florestal através de parcelas permanentes (50mx50m) desde o ano de 1981. Para este estudo foi considerada uma única categoria de regeneração natural, sendo esta denominada de “arvoreta” (5 cm < DAP <10 cm). Como resultados, na primeira medição em 1981 foram registradas 208 espécies, já 26 anos posteriores esse número passou para 231 espécies, ocorreu um aumento de 11,1% de espécies. Destas as três espécies mais abundantes respectivamente foram; Miconia panicularis, a Virola michellii e Aparasthmium cordatum, porém quando se fala em dominância, constatamos que o terceiro posto fica com o Protium altsonii. As arvoretas correspondem a 8 % (2,33 m². há -1) do total da área basal por hectare da floresta. Na primeira medição, as arvoretas representavam 56,5 % (4.741 indivíduos) do total, já na ultima medição representam 44,1 %. Após 26 anos de exploração, constatou-se que a floresta manteve alta riqueza e diversidade florística, e que possivelmente tenha sido beneficiada pelas aberturas de clareiras. Com o passar do tempo, as mudanças decorrentes no ambiente e as taxas de mortalidade e de egressos as arvoretas diminuíram sua densidade, no entanto ainda são predominantes. A dinâmica de clareiras representa um dos principais fatores para os processos sucessionais e de manutenção da floresta.

Palavras-chave: arvoretas; recrutamento; mortalidade; egressas.

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Inventários Florestais Contínuos 112

Crescimento Volumétrico e Tempo de Passagem na Amazônia Boliviana

ROMERO, F.M. B. [email protected]

SILVA, A.C.L. GASPAR, R. O.

UFAC

MACIEL. R.C. G VELASQUES, S. I. S.

IMAR

O presente estudo foi realizado de acordo com os procedimentos e normas estabelecidos pela legislação florestal boliviana, que tem como objetivo conhecer a dinâmica e composição das florestas tropicais Amazônia boliviana. Atuou-se na conservação e registro dos recursos naturais florestais, avaliando o crescimento de árvores da floresta em parcelas permanentes de amostragem na Província Manuripi do Estado do Pando. O estudo foi realizado no período de outubro de 2001 a fevereiro de 2007, em uma área de 0,25 hectares, sendo dividida em 25 sub-parcelas de 100 m2, em que havia árvores com diâmetros superiores a 10 cm. As medições foram realizadas em três períodos, onde os dados registrados foram: DAP, altura total e altura do fuste. A metodologia utilizada para análise dos dados foi, incremento periódico anual e tempo de passagem. Foram mapeados 31 indivíduos, classificados em 10 espécies distribuídas em oito famílias. O diâmetro à altura do peito (DAP) obteve um crescimento médio em diâmetro, área basal e volume das espécies comerciais foram de respectivamente 1,7130 mm.ano-1, 0,0217 m2.ha-1 e 1,6845 m3.ha-1. O tempo de passagem mostrou que será necessário cerca de 161 anos com média de 94 anos para mudança de classe de diâmetro para que árvores em crescimento (com DAP a partir de 10 cm) tenham diâmetro entre 60 e 70 cm podendo ser novamente exploradas. Portanto fica evidente que o ciclo de corte das florestas tropicais tem de ter maior do que os 20 anos estabelecidos nas normas técnicas silviculturais bolivianas. Palavras-chave: incremento periódico anual; crescimento em volume; monitoramento florestal.

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Inventários Florestais Contínuos 113

Incremento diamétrico 10 anos após as atividades de colheita no Manejo Florestal na Floresta Nacional do Tapajós, Estado do Pará, Brasil

MELO, M.S

[email protected] Serviço Florestal Brasileiro

MELO, L.O

UFOPA

SILVA, U.S.C UFOPA

FREITAS, J.V.de

Serviço Florestal Brasileiro

O presente trabalho avaliou as taxas de incremento diamétrico em uma área de 3.222 ha, 10 anos após a colheita florestal sob regime de Manejo Florestal Sustentável executado experimentalmente pelo IBAMA e pela EMBRAPA com financiamento do ITTO na Floresta Nacional do Tapajós, Estado do Pará, Brasil. As avaliações foram feitas com base em dados obtidos em 12 parcelas permanentes com dimensões de 50m x 50m, sendo 10 parcelas instaladas aleatoriamente na área explorada e 2 parcelas em área não explorada; e medidas antes da colheita (2000), um ano após a colheita (2001) e 11 anos mais tarde (2012). Considerou-se o incremento diamétrico de todas as árvores com DAP≥10 cm avaliando-se as condições de exposição à luz, presença de cipós, forma da copa e danos no fuste. As árvores que apresentaram as maiores taxas de incremento foram as que estavam com exposição total à luz (0,62 cm/ano), enquanto as totalmente sombreadas cresceram apenas 0,18 cm/ano. Para os indivíduos que possuíam copas completas o incremento foi de 0,42 cm/ano, ao passo que árvores com copas quebradas ou em rebrotação, cresceram 0,04 cm/ano. Árvores que não apresentaram danos ou que possuíam danos leves cresceram 0,37 cm/ano. Entretanto, as menores taxas apresentadas foram das árvores que tiveram danos severos, com 0,04 cm/ano. A presença de cipós influenciou negativamente o crescimento diamétrico; as árvores que apresentaram cipós fortemente atracados ao tronco e/ou copa, cresceram 0,11 cm/ano, e as árvores sem cipós presentes ou com cipós presentes sem causar danos apresentaram crescimento de 0,32 cm/ano. Para as parcelas medias na área não explorada, todas as variáveis investigadas apresentaram incremento diamétrico menor. A avaliação das taxas de crescimento sugere que a exploração seja sucedida de intervenções silviculturais, onde as árvores reservadas para futuras colheitas sejam beneficiadas por meio de desbastes de liberação e corte de cipós. A presença de árvores com copas mal formadas e/ou com danos severos indica a necessidade de melhoria das atividades de colheita florestal, além da busca de alternativas para o aproveitamento secundário dessas árvores proporcionando uma floresta remanescente bem formada e com taxas mais expressivas de crescimento.

Palavras-chave: crescimento; parcelas; colheita; silvicultura.

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Inventários Florestais Contínuos 114

Mortalidade de espécies arbóreas em um remanescente de floresta ombrófila mista no período 2000-2009

PSCHEIDT, H. [email protected]

SANQUETTA, C. R. CORTE, A. P. D.

BEHLING, A. UFPR

A Floresta Ombrófila Mista (FOM) encontra-se reduzida em sua ocorrência devido à forte influência antrópica ocorrida no passado. Estudos sobre dinâmica das florestas são indispensáveis para a restauração dos ecossistemas. Objetivou-se neste trabalho avaliar a mortalidade de indivíduos em um remanescente da FOM em um período de dez anos (2000-2009). Para tanto foram utilizados dados de quatro parcelas permanentes, sendo três de um hectare e uma de meio hectare, localizadas no município de São João do Triunfo-PR, as quais vêm sendo monitoradas anualmente. Foram amostradas e identificadas todas as árvores com diâmetro à altura do peito (DAP) >10 cm, totalizando 3.075 indivíduos (considerando também o recrutamento ao longo do monitoramento). Foi registrada a mortalidade das árvores, bem como os indivíduos que atingiram o tamanho mínimo de medição. Caracterizou-se a mortalidade total (plantas mensuradas no ano 2000 somadas àquelas recrutadas no período 2000); somente das plantas mensuradas no ano inicial; do recrutamento (entre os anos de 2000 e 2009); entre as classes diamétricas (com amplitude de 10 cm); e entre grupos, sendo eles: Araucárias: constituído dos indivíduos da espécie Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze, Canelas: indivíduos da família Lauraceae e Outras: demais espécies arbóreas. Ao longo da década, a taxa de mortalidade total da floresta foi da ordem de 1,10% por ano, correspondendo a 338 indivíduos. Dos indivíduos mortos, 317 foram os mensurados em 2000 e os 21 restantes os recrutados ao longo do monitoramento. O grupo das Outras espécies apresentou a maior mortalidade, seguido das Canelas e das Araucárias. As famílias Lauraceae, Aquifoliaceae, Primulaceae, Fabaceae, e Canellaceae foram as que apresentam as maiores mortalidades em termos de número de indivíduos. As espécies que apresentaram maior número de indivíduos mortos foram: Myrsine ferruginea (Ruiz et Pav.) Spreng., Mimosa scabrella Benth. e Capsicodendron dinisii (Schwanke) Occhioni. A maior taxa de mortalidade da floresta ocorreu nas classes de 10-20 e 20-30 cm. Vários fatores determinam a mortalidade, porém, são relevantes a exigência de luz pelas espécies pioneiras, as quais tiveram maior mortalidade, e a competição entre árvores devido à alta densidade da FOM, que determinou maiores taxas de mortalidade nas menores classes de dap. Palavras-chave: dinâmica; mortalidade; floresta com araucária.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Inventários Florestais Contínuos 115

Inventário florestal contínuo em povoamento de Toona ciliata no município de Campo Belo, MG.

ALVES, J. A. [email protected]

POSSATO, E. L. MELO, E. A.

CALEGARIO, N. UFLA

Inventários florestais sucessivos são realizados para avaliar e monitorar o crescimento da floresta durante determinado período de tempo. Esses inventários são suporte para a definição de estratégias de manejo e geram os dados necessários para a modelagem do crescimento e produção. O Inventário Florestal Contínuo (IFC) é amplamente empregado nos plantios de Eucalyptus spp. e Pinus spp. no Brasil. Entretanto, poucos estudos que envolvem essa temática foram realizados para outras espécies exóticas, como a Toona ciliata (Cedro australiano). Este trabalho foi realizado com os objetivos de avaliar a suficiência amostral considerando um erro máximo de 10% e verificar as mudanças volumétricas ocorridas entre duas ocasiões por meio do Inventário Florestal Contínuo. O plantio de Toona ciliata foi implantado no ano de 2007, no município de Campo Belo, MG, totalizando uma área de 6,11 hectares. Foram lançadas sistematicamente 5 unidades amostrais permanentes, com áreas variando de 303,75 m² a 568,75 m². Essas unidades amostrais foram medidas em 2009 e remedidas em 2011. Os inventários foram processados utilizando os estimadores da amostragem casual simples (ACS) e posteriormente foi calculado o crescimento médio entre este período, o erro de amostragem e o intervalo de confiança do crescimento. Os volumes médios para os inventários realizados aos 2 anos e aos 4 anos foram de 27,12 m³ha-1 e 75,80 m³ha-1. Observou-se uma redução do erro de amostragem e da variabilidade relativa (CV%) com o aumento da idade. Os erros obtidos foram de 17,81% e 14,29%, com coeficientes de variação de 14,34% e 11,51%, respectivamente. Esses erros sugerem uma maior intensidade amostral para representar esta população. Para um erro máximo admissível de 10% seriam necessárias 16 e 10 unidades amostrais para os inventários de 2009 e 2011, ou seja, deveriam ser lançadas na primeira ocasião 11 unidades amostrais permanentes a mais para garantir e manter uma maior precisão. Os erros de amostragem também podem estar relacionados à variabilidade do plantio seminal. O crescimento em volume entre as duas medições foi de 48,68 m³ha-1, com erro de amostragem de 14,96% e intervalo de confiança para 95% de probabilidade de 48,68±7,28 m³ha-1. Palavras-chave: cedro australiano; inventário sucessivo; crescimento; erro de amostragem.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Inventários Florestais Contínuos 116

Experiências do Inventário Florestal Nacional na Mesorregião Noroeste do Rio Grande do Sul

SILVA, R.V. da [email protected]

VENDRUSCOLO, R. Saltus Consultoria Ambiental e Florestal

O Inventário Florestal Nacional – IFN, realizado na Mesorregião Noroeste do Rio Grande do Sul, previu a coleta de dados em 184 Unidades Amostrais, sistematicamente distribuídas sobre o território de 132 municípios, num total de 216, em um período de aproximadamente 5 meses. Para a coleta de dados, a SALTUS Consultoria Ambiental e Florestal contou com a colaboração de um corpo técnico composto por 19 Engenheiros Florestais e 1 Biólogo, seguindo a metodologia proposta pelo Serviço Florestal Brasileiro. A metodologia de trabalho de coleta de dados, compreendem a mensuração de variáveis biofísicas dos indivíduos arbóreos, coleta de solos, além da coleta de informações sobre o uso dos recursos florestais dos moradores do entorno da área da Unidade Amostral. O início dos trabalhos acorreu no dia 18 de Abril de 2013, após o curso oferecido pelo SFB, sobre a metodologia do IFN, aos colaboradores da empresa. O principal obstáculo encontrado pela empresa compreende uma série de fatores climáticos e topográficos encontrados nas Unidades Amostrais, aliados a falta de divulgação e informação sobre o programa. Devido a proximidade da estação de inverno, e considerando a dificuldade de acesso as UA e a tipologia da floresta, a coleta inicial das informações das UA, ocorreu em conglomerados encontrados em área florestal ou em áreas com a presença de árvores fora da florestal, uma vez que44% das UA encontram-se em meio a pastagem ou em áreas antropizadas. Esta medida propiciou a coleta de material botânico em todas as Unidades visitadas. Como medida própria, a empresa disponibilizou 5 técnicos de nível superior por equipe, por considerar que os trabalhos pós coleta de dados de campo, necessitavam da colaboração de Engenheiros para serem corretamente executados. A transferência das informações dos dados obtidos à campo para o sistema fornecido pelo SFB, apresentou complicações principalmente pelo sistema não estar completo ou com alguns problemas de programação, faz-se necessário uma interação entre os representantes das empresas com os técnicos programadores do SFB. Palavras-chave: IFN; RS.

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Mudanças Climáticas 117

Contribuição do manejo florestal ao sequestro de carbono na Amazônia brasileira

SOUZA, C.R. [email protected]

AZEVEDO, C.P. ROSSI, L.M.B.

Embrapa Amazônia Ocidental

SANTOS, J. HIGUCHI, N.

INPA A floresta amazônica tem estado cada vez mais em evidência nas discussões mundiais acerca de seu papel central no controle das mudanças climáticas globais, tanto pela capacidade de emitir gases do efeito estufa para a atmosfera, via queimadas ou desmatamentos, como de absorver carbono da atmosfera por meio do crescimento do povoamento. Este trabalho analisou dados de três inventários florestais realizados em uma floresta não explorada e em uma área florestal manejada experimentalmente em 1987. O objetivo foi estudar a dinâmica da floresta, estoque e dinâmica de carbono em ambas as áreas e responder se as florestas vêm atuando como emissoras ou sequestradoras de carbono para a atmosfera. Os inventários florestais foram realizados em 2005, 2007 e 2010, em 27 parcelas permanentes de 1 hectare cada, onde foram mensuradas todas as árvores com DAP igual ou superior a 10 cm. Foram calculadas as taxas de recrutamento e mortalidade, DAP, área basal, volume, estoque de carbono total da vegetação e seus respectivos incrementos periódicos anuais (IPAs). As taxas médias de recrutamento foram 4,9%, 4,8%, 3,7% e 5%, e as taxas médias de mortalidade foram de 3,1%, 6%, 4,8% e 6,7%, para os tratamentos testemunha e exploração de 1/3, 1/2 e 2/3 da área basal, respectivamente. A área basal (23,1 m2.ha-1 em 2005, 23,6 m2.ha-1 em 2007 e 23,7 m2.ha-1 em 2010), o volume (345 m3.ha-1 em 2005, 351,3 m3.ha-1 em 2007 e 353,7 m3.ha-1 em 2010) e o estoque de carbono (149,2 t.ha-1 em 2005, 151,8 t.ha-1 em 2007 e 152,6 t.ha-1 em 2010) apresentaram aumento a cada medição realizada. Entretanto, não houve diferença estatística entre os tratamentos avaliados, concluindo que as florestas estiveram em equilíbrio com a atmosfera no período avaliado. A comparação dos anos mensurados com o estoque pré-exploratório mostrou que em 2010 o estoque de carbono se igualou ao conteúdo de antes da exploração florestal, significando a recuperação da floresta em termos de biomassa. Apesar disso, não se pode dizer que a área esteja pronta para ser explorada novamente, principalmente devido ao elevado número de espécies pioneiras existentes na área manejada, em comparação com a não manejada. Palavras-chave: mudanças climáticas, recuperação florestal, biomassa.

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Mudanças Climáticas 118

Inventário de carbono em fragmento de floresta semidecidual em Itutinga, MG.

NOGUEIRA, M.O.G. [email protected]

FARIA, R.A.V.B. BOTELHO, S.A.

MELLO, J.M. SILVA, C.A.

UFLA

Objetivou-se estimar o estoque e distribuição do carbono em fragmento de floresta estacional semidecidual. Foram avaliados os compartimentos: solo (perfil 0 a 100 cm), serapilheira, raízes (perfil 0 a 100 cm) e parte aérea. O fragmento florestal possui 1,23ha e se localiza a jusante da UHE Camargos, Itutinga, MG. Este foi mantido intacto durante a construção da barragem, mas seu entorno sofreu supressão da vegetação original. Foram alocadas 5 unidades amostrais de 400m² (amostragem sistemática desencontrada), onde em cada uma delas foram inventariados todos os indivíduos com DAP ?5cm (DAP e H). Para determinação do estoque de carbono da parte aérea foram utilizadas equações alométricas de Scolforo (2009). Em cada unidade amostral, foi ainda sorteado um ponto para coleta de serapilheira e posterior abertura de trincheira para coleta de solo e raízes, distribuídos em estratos (0 a10cm, 10 a 20cm, 20 a 40cm, 40 a 60cm e 60 a 100cm). Para isso foi colocado um gabarito de metal (1,0m x 0, 5m) no ponto sorteado e toda serapilheira contida ali foi coletada, sendo posteriormente aberta uma trincheira de 1,0 x 1,0 x 0, 5 m³ (dimensões do gabarito mais profundidade) para coleta de amostras de solo e raízes. Foram coletadas amostras de solo para determinação do teor de carbono (secas a temperatura ambiente) e densidade (secas em estufa a ± 105 º C) para determinação do estoque de carbono (combustão a seco). Todo o material radicular encontrado nos estratos na trincheira foi coletado. As amostras de serapilheira e raízes foram lavadas, secas em estufa (±70 ° C), pesadas (obtenção da massa seca), moídas, peneiradas (60mesh) e sujeitas a combustão seca (teor de carbono) e subsequente determinação de estoque de carbono. Do estoque total médio (263,87Mg.ha-1), o solo contribuiu com 77% (201,86 Mg.ha-1), enquanto a parte aérea contribuiu com 19% (49,85Mg.ha-1), seguidos por sistema radicular com 3% (7,99Mg.ha-1) e serapilheira com 1% (3,63 Mg.ha-1). A grande contribuição do carbono estocado no solo em sistemas florestais tem sido expressa em literatura por muitos autores. O valor médio de carbono estocado neste fragmento nos permite estimar perdas decorrentes da supressão da vegetação.

Palavras-chave: carbono orgânico; inventário de carbono; florestas estacionais semideciduais.

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Mudanças Climáticas 119

Institucionalização do Inventário Florestal do Estado do Rio de Janeiro e sua relação com a Política Estadual de Mudanças Climáticas

SILVEIRA-FILHO, T.B. [email protected]

SEA/RJ

Dentro de um quadro analítico teórico as bases de uma política pública podem ser analisadas pelo conjunto de instrumentos: legais, administrativos e econômicos, consolidados por base técnica. Os instrumentos de política pública são os fundamentos do planejamento e consolidação dos princípios que regem a formação, formulação e execução da política para fazer atingir seus fins. Entende-se que o inventario florestal é uma ferramenta que gera parâmetros fundamentais para o conhecimento das florestas de uma dada região, tais como: composição, extensão e distribuição espacial, estoques e diversidade de espécies vegetais; sobretudo informações sistemáticas e consolidadas para estabelecimentos e aprimoramento de uma política pública. Na ausência de uma política florestal no Estado do Rio de Janeiro (ERJ) e aumentando as preocupações e discussões mundiais sobre as mudanças climáticas. O ERJ estabelece uma série de estudos sobre o tema, com ênfase na situação atual e tendências, balizado pela Convenção do Clima. Em 2010, através da Lei Estadual no 5.690, o ERJ institui a Política Estadual sobre Mudança Global do Clima e Desenvolvimento Sustentável, sob coordenação da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA). Neste marco legal o ERJ, estrategicamente, institucionaliza o Inventário Florestal Estadual (IFE) como um instrumento da referida política. Em seu artigo 7o, inciso VIII, estabelece que o IFE deva ser realizado periodicamente, a fim de produzir informações quinquenais sobre: o grau de conservação da biodiversidade; a fragmentação florestal; a dinâmica da cobertura florestal; e o monitoramento dos estoques de carbono por atividades de restauração florestal e desmatamento evitado. Em 2011, o governo do ERJ regulamentou a Lei no 5.690/2010, através do Decreto no 43.216, estabelecendo as ações e metas a serem alcançadas para efetiva implementação desta política estadual, reconhecendo o inventário florestal, como um dos mecanismos de verificação e acompanhamento das metas; tendo iniciada as atividades de campo do IFE em setembro de 2013. Por fim, com a institucionalização da política de mudanças climáticas contribuiu para tornar-se uma obrigação legal a realização periódica do IFE e contribuir para o ERJ sair de um longo lapso temporal sem ter informações consolidadas e sistemáticas sobre o patrimônio florestal existente em seu território. Palavras-chave: politica pública; arcabouço legal; mudança climática.

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Mudanças Climáticas 120

Dendrocronologia de açoita-cavalo na região de Silveira Martins-RS

MOREIRA, V. S. [email protected]

MOKOCHINSKI, F. M. GUILHERMETI, P. G. G.

SANTOS, R. M. M. dos WATZLAWICK., L. F.

UNICENTRO

A dendrocronologia de espécies tropicais e sub-tropicais possibilita a aplicação dos estudos dos anéis de crescimento na determinação da idade das árvores, dinâmica do crescimento do tronco, reconstrução climática e como indicadores ambientais (TOMAZELLO FILHO et al., 2001). Realiza a determinação da idade das plantas, e consegue avaliar as condições do clima em tempos remotos. Isso é possível da observação criteriosa da disposição, cor, tamanho e número de anéis formados a cada ano na seção transversal do tronco, os anéis de crescimento (COL et al., 2009). Assim dendrocronologia, obtida pela análise de tronco é sem dúvida o caminho mais seguro e mais reproduzível para datação, pois é considerada uma ferramenta muito útil que permite avaliar o crescimento das árvores ao longo de muitos anos. O objetivo deste trabalho foi: obter as séries de incremento, analisar a variáveis climáticas e suas influências no crescimento diamétrico de Luehea divaricata, fazer a análise dos anéis característicos de crescimento determinando a correlação entre árvores da espécie. As árvores localizavam-se no município de Silveira Martins no estado do Rio Grande do Sul. As amostras depois de preparadas para a mensuração das sequências de incremento mostraram seus anéis de crescimento bem visíveis. As sequências de incremento e espessuras foram obtidas com auxílio do hardware Velmex, Inc. As correlações foram calculadas utilizando o procedimento de correlação de Pearson ao nível de significância de 0,01 e de 0,05. Como a datação dos anéis de crescimento foi feita primeiramente entre amostras da mesma árvore observou-se que existe sequências semelhantes de anéis de crescimento estreitos e largos. Os resultados obtidos foram representativos e explicativos da precipitação média mensal e anual, e o crescimento da espécie em questão. Pode-se concluir que a verificação das correlações entre baguetas é um procedimento necessário para garantir a qualidade dos dados e para mostrar que as sequências de incremento estudadas podem ser submetidas a um estudo dendroclimatológico. Neste caso a precipitação não influenciou muito no crescimento da árvore e devem ser levados em consideração outros fatores, como sítio, competição, presença de água e também os fenômenos como o El Niño e La Niña. Palavras-chave: anéis de árvores; séries dendrocronológicas; variáveis climáticas.

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Novas Tecnologias em Inventários Florestais 121

Estimativas de biomassa e carbono na Amazônia a partir da escala da paisagem e de técnicas indiretas de quantificação

PEREIRA, I. C. N. [email protected]

UFOPA

No âmbito das discussões sobre mudanças climáticas e proteção da cobertura florestal emerge a importância de estudos acerca da quantificação dos estoques de biomassa e carbono. Além do aperfeiçoamento dos métodos indiretos de quantificação, torna-se necessário ainda o uso de novas escalas espaciais de análise, que auxiliem no reconhecimento das diversas tipologias florestais existentes em uma determinada área. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo estimar de modo não-destrutivo os estoques de biomassa e carbono acima do solo em unidades, caracterizadas e delimitadas a partir das tipologias florestais, aqui denominadas Unidades de Paisagem (UP), presentes em uma área situada no município de Belterra (PA), visando com isso analisar a diferença entre os estoques em cada tipologia. Para tanto, o reconhecimento em campo da estrutura da cobertura florestal em cada UP, a coleta de dados morfométricas, via inventário florestal, o uso de técnicas de sensoriamento remoto e de modelos de regressão, foram empregados para o alcance dos objetivos propostos. Assim, por meio dos valores de biomassa foi possível observar a contribuição de cada unidade na composição do estoque geral de carbono. Pelos resultados obtidos, a floresta de alto platô (fap) é a que mais detém biomassa por hectare (392,23 t.ha-1), seguida pela unidade tensão ecológica (125,72 t.ha-1). Em virtude da dinâmica socioeconômica no qual as unidades aqui investigadas estão inseridas torna-se necessário a criação de mecanismos mais eficazes para proteção dos estoques existentes, já que o processo de derrubada e queima da floresta implica no aumento da quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e, consecutivamente, no agravamento dos problemas climáticos em longo prazo. Nesse debate, o uso de técnicas indiretas de quantificação de biomassa e carbono florestal desempenha um importante papel, já que possibilitam estimar esses parâmetros de modo não destrutivo e rápido, retornando resultados bastante satisfatórios. Porém, tais técnicas ainda necessitam de aperfeiçoamentos, principalmente, no que tange ao uso dos modelos estatísticos e a sua conversão em produtos do tipo imagem, como mapas de distribuição de biomassa e carbono, por exemplo. Palavras-chave: biomassa; carbono; estrutura florestal; unidade de paisagem.

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Novas Tecnologias em Inventários Florestais 122

Contribuição metodológica para a etapa de planejamento de campo no Inventário Florestal Nacional, através do uso de geotecnologias e novas possibilidades

WECKMÜLLER, R.

[email protected] UFF

SILVEIRA FILHO, T.B.

SEA-RJ

COLLARES, J.E.R. TRANSTEMA Consultoria

A Mata Atlântica historicamente sempre sofreu forte pressão antrópica. Este bioma representa uma parcela significativa da diversidade biológica do Brasil, sendo detentora de grande quantidade de recursos naturais e de alto grau de endemismo de espécies da fauna e da flora. Sendo crucial preservar e conservar a pouca cobertura vegetal remanescente no Estado do Rio de Janeiro, que ainda guarda rica diversidade biológica. O Inventário Florestal é uma ferramenta que gera parâmetros fundamentais para o conhecimento das florestas, tais como: composição, extensão e distribuição espacial, estoques e diversidade de espécies vegetais. O Serviço Florestal Brasileiro, através do curso de capacitação, auxilia as equipes de campo na coleta de dados biofísicos e socioambientais apresentando uma série de parâmetros e orientações para a execução do inventário. Porém, não há nenhum padrão específico para a fase de planejamento, realizada em escritório, deixando uma certa autonomia para cada região produzir seus próprios materiais pré-campo. Sendo assim, a Transtema Consultoria Ltda, empresa contratada, pela Secretaria de Estado do Ambiente, para a execução do Inventário Florestal Nacional no Estado do Rio de Janeiro (IFN-RJ), desenvolveu uma nova metodologia de planejamento de campo, baseada na associação entre as geotecnologias e distintas fontes de dados, com o objetivo de otimizar com precisão a localização das unidades amostrais (UA), além de antever as dificuldades que poderão ser encontradas. Através de parâmetros físicos e logísticos, cada unidade amostral foi classificada entre: fácil, médio, alta e muito alta. Esta metodologia contempla a produção de diversos materiais essenciais para o pré-campo, como: mapas temáticos, mapas de localização utilizando ortofotos, coordenadas das UA em aparelho GNSS e no software Google Earth instalado nos tabletes de campo e perfis de elevação em três dimensões das UA localizadas em regiões com maiores declividades. O trabalho de campo está em realização desde meados de setembro de 2013 e o material produzido tem sido importante para a equipe de campo na coleta dos dados. Espera-se que este trabalho possa contribuir numa metodologia que enriqueça a etapa de planejamento de campo, fundamental para o êxito do inventário florestal em sua missão de auxiliar o monitoramento de nossos biomas. Palavras-chave: geoprocessamento; software livre; pré-campo.

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Novas Tecnologias em Inventários Florestais 123

Identificação automática de árvores em parcelas de Eucalyptus spp. na varredura laser terrestre

PESCK, V.A.

[email protected] Unicentro

BUCK, A.L.B LINGNAU, C.

MACHADO, A.M.L. WANDRESSEN, R.R.

MARTINS NETO, R.P. UFPR

SILVA, M.N

Sul Florestas

O laser scanner terrestre (LST) é uma solução promissora para a obtenção de dados de inventário florestal. Traz como diferencial uma grande riqueza de detalhes de difícil ou inviável obtenção por meio de inventário florestal tradicional. Este estudo teve como objetivo testar um algoritmo de identificação automática de fustes a partir de dados laser obtidos por varredura simples em parcela circular de 400 m2. A área de estudo corresponde a reflorestamentos de Eucalyptus spp, com espaçamento de 3,3 m x 2,2 m e localizados em relevo plano a suave ondulado no município de Três Lagoas- MS.O estudo foi realizado em 16 parcelas circulares com três idades de plantio e diferentes tratos culturais, sendo: plantio de 2 anos com e sem desrama natural; plantio de 4,5 e 5,5 anos com desrama natural. A varredura foi realizada com o equipamento laser terrestre TRIMBLE TX5, o qual foi alocado no centro da parcela. A nuvem de pontos gerada foi submetida ao processamento de recorte da parcela com raio de 11,28 m e extração de uma fatia de pontos de 10 cm de espessura na altura do DAP (1,3 m). Após a etapa de recorte foi implementado o algoritmo de identificação dos fustes usando-se fatiamento 2D nos pontos pertencentes ao tronco. Para a idade de 5,5 anos 98% dos fustes foram identificados, e as idades de 4,5 e 2 anos tiveram acerto de 89% e 93% respectivamente. A aplicação do algoritmo de identificação automática dos fustes não teve relação com a idade do plantio devido ao desalinhamento entre as árvores. Devido ao sombreamento dos fustes localizados próximos ao equipamento laser, os fustes na borda da parcela tendem a não ser identificados. Testes relacionados ao emprego de duas varreduras e/ou a redução do tamanho da parcela são necessários para verificação da viabilidade de levantamento de parcelas de inventário florestal em plantios de Eucalyptus spp empregando a tecnologia laser. Palavras-chave: varredura simples; dados 3D.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Novas Tecnologias em Inventários Florestais 124

Sistema de levantamento e gestão do inventário florestal nacional no estado rio de janeiro

SILVEIRA-FILHO, T.B. [email protected]

SANTOS, F. L. O. SEA/RJ

COLLARES, J. E. R Transtema Consultoria

O Inventário Florestal é uma ferramenta que gera parâmetros fundamentais para o conhecimento das florestas, tais como: composição, extensão e distribuição espacial, estoques e diversidade de espécies vegetais. O inventário é uma ferramenta amplamente utilizada para este fim e demanda investimento em tempo e recursos para sua realização. O surgimento de novas tecnologias de registro e análise de dados permite uma nova perspectiva sobre essa ferramenta, trazendo inovações para sua aplicação e maior celeridade para apresentação dos resultados. Com o objetivo de melhorar a qualidade no levantamento dos dados do Inventário Florestal Nacional no Estado do Rio de Janeiro (IFN/RJ), a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA/RJ) contratou o desenvolvimento de um sistema computacional que possibilitasse a realização do IFN/RJ através de dispositivos móveis. Em atendimento a este contrato, foram desenvolvidas duas aplicações que utilizadas em conjunto possibilitam a gestão, o monitoramento e a realização do levantamento de dados do IFN/RJ. A primeira aplicação é denominada Aplicação de Monitoramento do IFN/RJ (AM-IFN/RJ). A AM-IFN/RJ foi desenvolvida utilizando tecnologia "WEB" e possibilita o monitoramento e a gestão das equipes de campo do IFN/RJ. Através desta aplicação é possível mensurar o quantitativo de pontos levantados, avaliar os custos envolvidos na atividade de campo, e planejar as atividades das equipes de campo e suporte. A segunda aplicação é denominada Aplicação de Levantamento Móvel do IFN/RJ (LM-IFN/RJ). A LM-IFN/RJ foi desenvolvida para a plataforma mobile ANDROID. Possibilita a entrada de dados dos questionários biofísicos e sócio-ambientais que formam a base do Inventário Florestal Nacional (IFN). A LM-IFN/RJ realiza críticas simples que visam melhorar a qualidade dos dados levantados e garantem a melhoria na tabulação dos dados coletados. Este trabalho apresenta as etapas do desenvolvimento destas aplicações, os processos de trabalho criados para sua utilização e os resultados obtidos pela sua utilização no IFN/RJ. Palavras-chave: mobile; levantamento; controle qualidade.

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Novas Tecnologias em Inventários Florestais 125

Fotografias panorâmicas imersivas no contexto do Inventário Florestal Nacional no Estado do Rio de Janeiro - "por dentro da Mata Atlântica"

SILVEIRA-FILHO, T.B. [email protected]

MOURA, P.A. MOURA, T.A.

BAYLÃO JUNIOR, H.F. SEA/RJ; AF

O Inventário Florestal é uma ferramenta que gera parâmetros fundamentais para o conhecimento das florestas, amplamente utilizada para este fim e demanda investimento em tempo e recursos para sua realização. O surgimento de novas tecnologias de registro e análise de dados permite uma nova perspectiva sobre essa ferramenta, trazendo inovações na era da tecnologia da informação. O objetivo do presente trabalho é apresentar a experiência em curso do Inventário Florestal Nacional no Rio de Janeiro (IFN/RJ), na obtenção de panorâmicas imersivas (3600) utilizando tablet, destacando o potencial deste tipo de fotografia nos trabalhos de inventário florestal. Nestas panorâmicas o espectador interage com a imagem visualizando em 3600 ao redor com um panorama cilíndrico e até mesmo para cima e para baixo em 900 (360x180) com panoramas esféricos completos. Estas imagens praticamente colocam o espectador "dentro" da cena, criando uma experiência completa de imersão, o que na floresta permite a visualização tanto do dossel, quanto do sub-bosque e do chão da floresta. Para isto as equipes do IFN/RJ estão registrando 5 panorâmicas por unidade amostral, uma no ponto central do conglomerado e uma no início de cada subunidade, testando dois aplicativos via tablets: um exclusivo para os sistemas IOS e Black Berry, e outro para sistema android. Os benefícios da visão imersiva no IFN/RJ são diversos e agregam imenso valor à caracterização dos ambientes inventariados. As panorâmicas serão divulgadas via web, possibilitando o acompanhamento do desenvolvimento do IFN/RJ, aproximando a sociedade, facilitando a interação entre as equipes de campo e as equipes de supervisão e coordenação. Outra aplicação é contribuir para o controle de qualidade e o monitoramento a ser realizado. Na tomada das panorâmicas ficam registrados a data, hora e as coordenadas geográficas aproximadas do local com possibilidade de visualização em bases de mapas na web. O IFN/RJ vem conseguindo bons resultados com panorâmicas de qualidade satisfatória, auxiliando a equipe de escritório a compreender mais facilmente as condições de campo relatadas pelas equipes de campo. Certamente será uma experiência positiva com ganhos significativos na qualidade dos dados coletados e no acolhimento da sociedade ao IFN/RJ. Palavras-chave: Tablet; monitoramento; tecnologia de informação.

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Novas Tecnologias em Inventários Florestais 126

Aplicação de redes neurais artificiais na quantificação volumétrica de árvores de eucalipto

CORDEIRO, M.A [email protected]

AMCEL

BINOTI, D. H. B UFV

BINOTI, M. L. M. S.

UFVJM

LEITE,H.G UFV

Objetivou-se nesse trabalho treinar, aplicar e validar Redes Neurais Artificiais (RNA) para quantificação volumétrica avaliou-se também a redução de custos obtidos. Os dados foram provenientes de povoamentos de eucalipto equiâneos localizados no norte do estado do Amapá, totalizando 2.642,43ha. O estudo sobre a aplicação de RNA foi feito utilizando o sistema NeuroForest na versão Start. Três metodologias foram utilizadas para a definição da melhor estratégia sobre a aplicação de RNA para quantificação do volume com e sem casca dos povoamentos: a)Utilização de todas as árvores cubadas disponíveis para atual geração das equações volumétricas, b) Utilização de somente 20% das árvores escolhida aleatoriamente – Para essa metodologia utilizou-se 20% das árvores cubadas escolhidas aleatoriamente no banco de dados de cubagem, e c) Utilização de somente 20% das árvores distribuídas por todos os clones – Para essa metodologia utilizou-se árvores cubadas escolhidas de maneira a cobrir toda a variabilidade existente no banco de dados de cubagem. Em ambas as metodologias utilizaram-se como variáveis de entrada material genético predominante, como categórica, e, dap e altura como variáveis contínuas. Para fins comparativos, realizou-se o processamento volumétrico tradicional utilizando o modelo de Schumacher e Hall com estratificação por material genético. Os resultados foram avaliados pela analise gráfica dos resíduos e pelo coeficiente de correlação entre valores observados e estimados. Ambas as metodologias apresentaram valores de coeficiente de correlação superiores a 0.97 para volumes com e sem casca. Foi observado um bom desempenho das RNA para todas as metodologias abordadas nesse trabalho. Palavras-chave: Schumacher e Hall; NeuroForest; Eucalipto.

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Novas Tecnologias em Inventários Florestais 127

Parametrizações no processamento de dados LiDAR visando a estimativa de altura em povoamentos homogêneos de Eucalyptus sp.

CARVALHO, S. P. C. [email protected]

FERREIRA, S. O. MENEGUZZI, C. C. ALMEIDA, G. J. F. NOGUEIRA, C.E.

ASSIS, A. L. LIMA, M.P.

SILVA, C. A. RODRIGUEZ, L. C. E.

FIBRIA; ESALQ

Este trabalho tem como objetivo propor parametrizações de processamento em dados originados de sobrevoos aeroembarcados, LiDAR (Light Detection and Ranging), visando a estimativa da altura em nível de povoamento, para plantios monoclonais de Eucalyptus sp. Os dados foram processados pelo software Fusion, desenvolvido e disponibilizado pelo Serviço Florestal Americano. Para compor a base deste trabalho, foram selecionados três talhões que totalizaram aproximadamente 140 hectares com 5,4 anos em regime de alto fuste e espaçamento predominante de 3,0 x 2,0 m. Descrever a nuvem de pontos; converter os arquivos rasterizados; clipar a nuvem de pontos e gerar estatísticas para a nuvem de pontos são os passos necessários para a solução do problema. Para efeitos de validação, foram mensuradas 26 parcelas em campo, de 400m² de área, em que foram medidos os diâmetros e alturas de todas as árvores. Os resultados permitiram inferir que as parametrizações propostas são eficientes, com erros próximos a 2%. Palavras-chave: sensoriamento remoto, inventário florestal.

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Novas Tecnologias em Inventários Florestais 128

Avaliação de recurso de visualização de árvores em 3D no software Google Earth

SILVA, J. B. N da [email protected]

LIMA, L. C COSTA, B. S. M

IBAMA

O uso do sensoriamento remoto está disseminado na área ambiental, e, nas atividades florestais, possui variadas utilidades, estando presente desde o planejamento das operações, como nos microzoneamentos e inventários florestais, até o rastreamento da produção florestal em áreas de manejo de florestas nativas. O presente trabalho visa avaliar o recurso de visualização em 3-D de florestas nativas do software Google Earth 6, levando-se em conta as dificuldades encontradas, as potencialidades e utilidades do mesmo, utilizando as imagens disponíveis da Terra Indígena Sete de Setembro, localizada nos municípios de Cacoal – RO e Aripuanã – MT. Embora seja de uso popular, algumas aplicações e recursos do Google Earth são de difícil localização ou de operação, correspondendo ao caso aqui, pois observou-se que embora seja fácil acionar o recurso de visualização em 3-D (Menu “banco de dados principal”, canto inferior esquerdo da tela de visualização) e filtrar somente as árvores, seria interessante mostrar em qual área tal recurso pode ser verificado, o que explica-se por ser um recurso recente. Avaliando-se as imagens em 3-D, que foram criadas em softwares próprios do administrador do sistema, tentando-se respeitar ao máximo as particularidades dos ecossistemas florestais e inserindo-se precisão geográfica e técnicas de mensuração florestal, pode-se afirmar que: i) identificou-se uma espécie da família Sterculiaceae (Theobroma cacau), uma espécie da família Anarcadiaceae (frutos de Anacardium sp.) e, uma espécie da família Oleraceae (Euterpe sp.); ii) a navegabilidade do recurso é boa, simples, e intuitiva, reproduzindo com semelhança o ecossistema florestal nativo; iii) há certo padrão de repetição das mesmas espécies nas imagens em 3-D, sendo necessário melhorar os levantamentos de campo e a transição de dados ao sistema; iv) são respeitadas a existência de áreas desflorestadas e de infra-estrutura; e, v) a extensão da visualização é em quase toda a terra indígena. Conclui-se que o recurso de visualização em 3-D, embora precise ser aperfeiçoado, com maior disponibilidade de informações dos espécimes a que representam, com a busca de solucionar os problemas ocasionados pela grande biodiversidade da área avaliada, e maior controle no tratamento dos dados de campo, possui grande potencialidade de uso didáticos e profissional. Palavras-chave: inventário florestal; Google Earth; sensoriamento remoto, geoprocessamento.

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Sensoriamento Remoto 129

Extensão original e atual da cobertura florestal de Santa Catarina, validada com dados de campo do IFFSC

VIBRANS, A.C. [email protected]

MCROBERTS, R.E. LINGNER, D.V.

NICOLETTI, A.L. MOSER, P.

Universidade Regional de Blumenau

A taxa de cobertura florestal é um importante indicador da qualidade ambiental e é fundamental para o planejamento territorial. Por disponibilizar dados de campo coletados de forma independente, representativa e abrangente, o Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC) proporcionou uma oportunidade inédita e única de validar os dados obtidos por meio de sensoriamento remoto. De acordo com o mapa fitogeográfico de Klein, a Floresta Estacional Decidual originalmente cobria 8% do território catarinense, a Floresta Ombrófila Mista 45%, a Floresta Ombrófila Densa 31%, enquanto os campos cobriam 14% e outras formações 2%. A cobertura florestal atual foi estimada com base na avaliação da acuracidade de quatro recentes mapeamentos e nos dados de campo do IFFSC. Estes mapas foram elaborados entre 2005 e 2009, a partir da interpretação de imagens orbitais multiespectrais de resolução espacial média. Os seus resultados mostram grandes discrepâncias, com estimativas de cobertura florestal de Santa Catarina que variam entre 22,4 e 41,5%. Considerando vários parâmetros estatísticos, um estimador baseado na amostragem aleatória simples e outro assistido por modelagem ajustando os vieses dos mapas com os dados do IFFSC, chegou-se a uma estimativa de 27.555,0 km² (equivalentes a 28,9 % de sua área original) para a cobertura atual, com um IC de ± 1.897 km² para um nível de probabilidade de 95% (equivalentes a uma cobertura florestal entre 27,0 e 30,9%). A cobertura para a Floresta Estacional Decidual foi estimada em 16,1%, da Floresta Ombrófila Mista em 24,4% e da Floresta Ombrófila Densa em 40,5%. Constatou-se, no entanto, que a cobertura florestal está altamente fragmentada, com mais de 80% dos remanescentes na classe de tamanho até 50 ha. Estas pequenas áreas representam cerca de 14% dos remanescentes florestais; aproximadamente 60% da área de florestas são constituídos por fragmentos maiores que 1.000 ha, com ênfase na Floresta Ombrófila Densa que apresenta os maiores maciços florestais no estado. O estudo mostrou que dados de inventários terrestres, coletadas de forma sistemática, constituem uma ferramenta valiosa para validação de dados obtidos por sensoriamento remoto. Palavras-chave: sensoriamento remoto; monitoramento florestal; fragmentação; estimadores.

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Sensoriamento Remoto 130

Dinâmica da biomassa e do carbono florestal na bacia hidrográfica do Rio Iguaçu, PR no período 2000 a 2010

CORTE, A. P. D [email protected]

SANQUETTA, C. R. DOUBRAWA, B HENTZ, Â. M. K

MELO, L. C. UFPR

As tecnologias relacionadas ao sensoriamento remoto vem sendo muito empregadas para quantificar biomassa e carbono nos inventários florestais. Este trabalho teve como objetivo geral avaliar a dinâmica na cobertura florestal e dos estoques de carbono na bacia do Rio Iguaçu, entre os anos de 2000 e 2010. O mapeamento da cobertura foi realizado através de imagens de satélite Landsat 5, sensor TM. Aplicou-se o processo da segmentação para a geração de polígonos com características homogêneas para posterior interpretação visual e classificação da vegetação secundária em dois estágios de sucessão (inicial e médio + avançado) e os reflorestamentos. Para a quantificação do estoque de carbono e biomassa desse trabalho utilizou-se o método indireto com equações encontradas na literatura atrelados à classificação das imagens de satélite dos anos de 2000 e 2010. Constatou-se um aumento de 22,9% na cobertura florestal em um período de 10 anos na Bacia do Rio Iguaçu. Para a classe de reflorestamento, houve um aumento de 24.870 ha de área. Percebeu-se um aumento de 131.107.766t de biomassa na floresta nativa ao longo dos 10 anos de estudo e de 54.524.780t de carbono. Ou seja, houve um sequestro para a floresta nativa da bacia do rio Iguaçu de 199.887.842t de carbono equivalente no período. Para reflorestamento, houve um aumento de 4.270.671t de biomassa, 1.888.625t de carbono perfazendo um total de 6.923.700t de CO2 equivalente. Para a bacia do rio Iguaçu, em sua totalidade, obteve-se um sequestro total de 56.413.405t de carbono para a floresta, ou seja um aumento de 32,82% do estoque de 2000. Para a classe de sucessão inicial de vegetação secundária houve um decréscimo de 108.149 ha na cobertura florestal no período 2000-2010. A maior parte de carbono fixado está na floresta nativa. Dessa forma, no período analisado de 10 anos, observou-se um aumento na fixação de biomassa e carbono e por conseguinte, pode-se afirmar que a vegetação da bacia está contribuindo positivamente para a diminuição da concentração de CO2 na atmosfera. Palavras-chave: biomassa, floresta ombrófila mista, geotecnologias, imagens de satélite.

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Sensoriamento Remoto 131

Extração de variáveis dendrométricas de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze utilizando modelos lineares generalizados associados a dados LiDAR

FRANÇA, C.S.S. [email protected]

PEREIRA, J.P. SCHIMALSKI, M.B.

HESS, A.F. UDESC

Na estimativa de variáveis medidas em indivíduos, alguns problemas podem surgir como heterocedasticidade e autocorrelação que violam as pressuposições básicas da teoria dos modelos lineares e não lineares, justificando-se a aplicação de modelos lineares generalizados (MLGs). A área de estudo encontra-se em Painel, Santa Catarina com coordenada central de 28º06’35,50’’S e 50º04’36,53’’O. Na coleta a campo foram medidos o DAP e o raio de copa de indivíduos de A. angustifolia. Para a estimativa, utilizou-se dados obtidos através de LASER scanner aerotransportado (ALS) com levantamento por varredura LASER que empregou o sistema Leica ALS-60, pertencente à empresa Aeroimagem S/A Engenharia e Aerolevantamento de Curitiba, PR. A nuvem de pontos apresentou uma densidade média de 7 pontos/m² e o sistema de varredura utilizado foi o senoidal ortogonal ao eixo do LASER. No ajuste dos MLGs empregaram-se as distribuições Gamma, Poisson e Normal, com função de ligação logarítmica e identidade aplicada aos dados coletados a campo, obtendo-se uma equação para estimar o diâmetro de copa em função do DAP. Como o objetivo foi a estimativa do DAP, o mesmo foi isolado na equação tornando-se a variável dependente e o raio de copa a variável independente. Os raios das copas foram extraídos automaticamente de uma nuvem de pontos LiDAR e em seguida inseridos na equação para a obtenção do DAP estimado. O DAP estimado foi comparado com o obtido a campo com a finalidade de avaliação da acurácia do método. Os resultados demonstram uma elevada acurácia obtida com os MLGs. A distribuição Gamma com função de ligação Logarítmica resultou no melhor ajuste com critérios de validação de desvio com valor de 5,3214, AIC (Critério de Informação Akaike) de -253,4014 e o BIC (Critério de Informação Bayesiano) com 521,7537. Foi possível obter um modelo de alta acurácia com erro padrão de 0,2758 e 0,0093 para os coeficientes β0 e β1, respectivamente. Desta forma, é possível estimar o DAP de A. angustifolia a partir de diâmetros de copa oriundos dos dados LiDAR com emprego dos modelos lineares generalizados. Palavras-chave: LiDAR; inventário; araucária; LASER. .

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Sensoriamento Remoto 132

Uso de imagens RapidEye no estudo da dinâmica do uso do solo no município de Ivorá-RS entre os anos de 2011 e 2012

MARCHESAN,J [email protected]

GOERGEN, L. C. de G NUNES, M. M. da C

PEREIRA, R. S UFSM

O objetivo do trabalho foi avaliar as mudanças no uso do solo no município de Ivorá, Rio Grande do Sul, entre os anos de 2011 e 2012. As imagens do sensor REIS (RapidEye Earth Imaging System) da plataforma RapidEye, foram classificadas em seis classes de uso do solo: Floresta Nativa", “Floresta Plantada”, "Solo Exposto" “Agricultura”, “Campo” e "Água". Por fim, procedeu-se a análise da dinâmica florestal através de uma programação em Linguagem Espacial de Geoprocessamento algébrico (LEGAL) para quantificar a transição entre os diferentes usos e cobertura da terra, segundo as classes: “Manutenção”, “Regeneração”, “Desmatamento” e “Outros Usos”. As imagens foram segmentadas, gerando regiões para posterior classificação supervisionada, utilizando o algoritmo Bhattacharya, e para o processamento dos dados utilizou-se o aplicativo SPRING 5.1.8. Os resultados mostraram que as áreas de floresta nativa aumentaram 169,39 ha no período estudado, enquanto que as áreas de floresta plantada apenas 15,13 ha. Nas áreas de agricultura e solo exposto nota-se uma diminuição de, respectivamente, 542,07 ha e 487,72 ha, porém as áreas ocupadas por campo aumentaram 854,69 ha ao longo do período de estudo. Áreas ocupadas por água, muito comuns na região, permaneceram praticamente inalteradas. Pode-se ainda quantificar e determinar a localização geográfica de ocorrência das classes estudadas através da análise LEGAL, tendo como resultado uma expansão florestal de 1.415,76 ha, desmatamento de 1.246,29 ha e manutenção florestal de 5.114,41 ha no período de estudo. Conclui-se que houve um acréscimo de floresta nativa e campo, e consequentemente uma redução das áreas de agricultura e solo exposto. Esse fato pode estar relacionado com o crescimento de florestas nativas em área que anteriormente eram ocupadas pelas áreas de uso agrícola e também ao aumento do êxodo rural e das fiscalizações ambientais. Palavras-chave: sensoriamento remoto; classificação digital; dinâmica florestal.

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Sensoriamento Remoto 133

Análise multitemporal do uso e cobertura da terra no município de Sobradinho-RS no período entre 2011 e 2012

NUNES, M. M. C [email protected]

SILVA, C. K. da TABARELLI, C

GOERGEN, L. C. G PEREIRA, R. S

UFSM

O presente estudo teve por objetivo fazer uma análise da dinâmica do uso e cobertura da terra no município de Sobradinho, localizado na região centro-serra do estado do Rio Grande do Sul, entre os anos de 2011 e 2012. Para realização do estudo foram utilizadas imagens do sensor REIS (RapidEye Earth Imaging System) da plataforma RapidEye, classificando-as nas seguintes classes de uso da terra: Floresta Nativa", “Floresta Plantada”, "Solo Exposto" “Agricultura”, “Campo” e "Água". Foram feitas segmentações para geração de regiões para realização da classificação supervisionada, utilizando o algoritmo Bhattacharya, e para a realização das análises foi utilizado Sistema de Informações Geográficas (SIG) SPRING 5.1.8. Após a classificação foi realizada análise da dinâmica florestal através de uma programação em Linguagem Espacial de Geoprocessamento Algébrico (LEGAL), permitindo a quantificação e espacialização das diferentes mudanças na cobertura florestal de acordo com as classes: “Manutenção”, “Regeneração”, “Desmatamento” e “Outros Usos”. A classe floresta nativa apresentou um incremento de 1.044,88 ha, enquanto que as áreas de agricultura aumentaram 3.141,03 ha, a classe solo exposto diminuiu em 2.686,06 ha a sua área de ocorrência, a classe campo perdeu 1.476,36 ha em relação a sua área no primeiro ano estudado. Por fim foi realizado um mapeamento da dinâmica florestal utilizando análise LEGAL disponível no SIG utilizado, tendo como resultado uma expansão de 1.852,81 ha, manutenção de 4249,22 ha, desmatamento de 810,62 ha. Com os resultados apurados é notável o aumento da área de ocorrência de floresta nativa e uma inversão no uso dos solos agrícolas, pois houve um aumento da agricultura ao mesmo tempo em que o solo exposto diminuiu, a classe campo também sofreu uma diminuição na sua área recoberta. Quanto à dinâmica florestal foi possível perceber uma expansão significativa das áreas de cobertura florestal nativa." Palavras-chave: RapidEye; cobertura florestal; SIG.

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Sensoriamento Remoto 134

Análise espacial da dinâmica do uso e cobertura da terra no município de Nova Esperança do Sul-RS

BADIN, T. L. [email protected]

PEREIRA, R. S. MALLMANN, A. A.

SILVA, E. A. BRITES, D. I. S.

UFSM

Este estudo objetivou verificar o processo de dinâmica da paisagem no município de Nova Esperança do Sul, localizado na região central do Rio Grande do Sul. Para a realização desse trabalho foram utilizadas imagens obtidas do sensor REIS (RapidEye Earth Imaging System) do satélite RapidEye e o software SPRING 5.2.4, disponível gratuitamente para download no site do Instituto Nacional Pesquisas Espaciais (INPE). Inicialmente foram realizadas segmentações gerando assim regiões de interesse para a posterior a classificação supervisionada, utilizando o algoritmo Bhattacharya. As imagens foram classificadas de acordo com as seguintes classes de uso da terra: Floresta Nativa", “Floresta Plantada”, "Solo Exposto" “Agricultura”, “Campo” e "Água". A partir das classificações efetuadas procedeu-se a análise da dinâmica florestal através de uma programação em Linguagem Espacial de Geoprocessamento Algébrico (LEGAL), que permite juntamente com as imagens classificadas a obtenção de um mapa da dinâmica florestal, onde foram consideradas as seguintes classes: “Manutenção”, “Regeneração”, “Desmatamento” e “Outros Usos”. As classes Floresta Nativa, Floresta Plantada e Água não apresentaram grandes mudanças nos quantitativos de suas áreas, por outro lado áreas classificadas como Solo Exposto e Campo tiveram um decréscimo de 2.801,73 ha e 2.551,18 ha, respectivamente. A classe agricultura teve um incremento de 5.631,09 ha. O estudo da dinâmica da cobertura florestal apresentou uma Manutenção de 4.760,41 ha, Expansão de 1.055,96 ha, Desmatamento de 1.177,40 ha. A área de Floresta Nativa manteve-se estável, enquanto a classe campo perdeu áreas e a agricultura expandiu, indicando uma conversão de áreas antes utilizadas como pastagem para agricultura. A classe Solo Exposto que também perdeu área pode ser explicada pela diferença de data de aquisição das imagens do sensor em questão, onde, no primeiro ano as imagens eram do mês de Setembro e a área estava em pleno preparo de solo e no segundo ano as imagens já eram do mês de Novembro e já havia sido implantada a cultura, sendo classificada como agricultura. Palavras-chave: uso da terra, dinâmica florestal, SPRING.

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Sensoriamento Remoto 135

Classificação supervisionada em imagem Rapideye para o mapeamento do uso do solo do município de Bituruna

NASCIMENTO, F.A.F [email protected]

SEAB

YOSHIZUMI,L.T UFPR

MENDES,JUNIOR, C.L

DURAN,M.F GONÇALVES,R.V

SEAB

A análise de imagens orientada a objeto (AIOO) é uma técnica que permite a detecção, distinção e classificação de objetos em imagens de satélite através de softwares específicos. Tendo em vista esta tecnologia disponível, a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná através de seu Departamento de Florestas Plantadas está buscando uma metodologia eficiente para a mensuração de toda a área do estado destinada a plantios florestais. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo comparar a acurácia de mensuração de uma área do município de Bituruna-PR, utilizando uma imagem adquirida através do satélite RapidEye e interpretada através do software InterIMAGE, com a classificação visual através do uso do software Quantum GIS. O mapa temático de cobertura do solo obtido apresentou índice Kappa igual a 0,47. O baixo valor deste índice pode ser explicado pela dificuldade do software em distinguir áreas cobertas por florestas nativas e plantios florestais devido a similaridade entre esses dois tipos de feição. Assim sendo, pode-se concluir que o software InterIMAGE possui potencial para a classificação de imagens, no entanto, os parâmetros dele devem ser estudados de forma mais detalhada.

Palavras-chave: InterIMAGE; segmentação; interpretação orientada a objeto.

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Sensoriamento Remoto 136

Análise multitemporal por imagens orbitais e dinâmica da paisagem na Amazônia Peruana

CAIRO, J. J. V [email protected]

AGUIRRE, G. A NÚÑEZ, G. C

ROMERO, F.M. B. GASPAR, R. O

Universidade Federal do Acre

Os ecossistemas têm uma estrutura dependente da interação de fatores bióticos e abióticos , caracterizadas por processos dinâmicos cíclicos que definem seu funcionamento. Em algum grau a transformação pela ação humana é extrema, como nos setores de Arara e distrito Lamal Inambari – Madre de Dios e em outros lugares, o impacto ambiental causado pela alteração de uso da solo tem sido dramático, será muito difícil reverter a condições de degradação ambiental. Este estudo, realizado no sudoeste da cidade de Puerto Maldonado , Peru, corresponde a mudanças na paisagem de floresta natural através da aplicação de análise multi- temporal com imagens Landsat / TM (2000-2009) , para a técnicas de classificação digital e álgebra de bandas ( NDVI ) . Os resultados mostraram uma diminuição significativa da área ocupada por floresta produto do avanço de atividade garimpeira e expansão da fronteira agrícola , as atividades vão continuar a crescer , se não forem implementados mecanismos para monitorar e controlar essas mudanças.

Palavras-chave: análise multitemporal; dinâmica da paisagem; índice de vegetação.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Sensoriamento Remoto 137

Inventário quantitativo da arborização urbana viária de Campinas

ALVAREZ, I.A.A [email protected]

GALLO, B.C RONQUIM, C.C

Embrapa Monitoramento por Satélite Pesquisas sobre arborização urbana têm se concentrado no inventário de árvores como forma de subsídio para os planos do governo. No entanto, um inventário total é extremamente trabalhoso de ser feito no campo. Para facilitar a observação das árvores, suas características e reduzir o tempo de busca, ferramentas de geoprocessamento estão permitindo obter resultados mais rápidos e confiáveis, criando possibilidades de exploração e conhecimento científico na análise ambiental e social. O objetivo desse trabalho foi o de propor uma nova metodologia para contar árvores nas cidades. Técnicas de geoprocessamento com imagens de alta resolução espacial foram utilizados para obter o número total de árvores do sistema viário da cidade de Campinas . O número de árvores, arbustos, palmeiras e mudas obtido foi validado em campo por meio de amostragem a partir de classes de densidade e freqüência. O erro foi calculado e utilizado para estimar o número final. O total da arborização urbana do sistema viário em Campinas foi de 120.730 indivíduos, excluindo mudas. O erro encontrado foi de 16%, o que mostrou que a metodologia utilizada foi adequada para estimar a arborização total.

Palavras-chave: sensoriamento remoto; geoprocessamento; planejamento urbano; ecologia urbana.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Sensoriamento Remoto 138

Análise multitemporal da cobertura florestal do município de Barra do Quaraí, RS

KEMMERICH, M.C [email protected]

SILVEIRA, C.T. NARVAES, I.S

UNIPAMPA Mapeamentos realizados por meio de análises temporais de recursos florestais fornecem informações quanto às características evolutivas de sua cobertura, e com o avanço das tecnologias e softwares de processamento, tornam-se mais eficazes. Neste sentindo, o presente trabalho teve como objetivo a realização de análise temporais da cobertura florestal do município de Barra do Quaraí – RS, em um período de 16 anos, entre 1985 e 2001, utilizando imagens Landsat-5. Dessa forma, foi possível o seu processamento, onde se criou a composição colorida 4, 3 e 2 com a finalidade de evidenciar os elementos a serem pesquisados, ou seja, a maior resposta de refletividade das superfícies florestais, na região do infravermelho-próximo (0,76 – 0,9 ?m). Assim, por meio da classificação digital utilizando o algoritmo de Máxima Verossimilhança (MaxVer), foi possível a confecção de mapas temáticos os quais quantificassem a vegetação no município para os anos analisados. Neste contexto, foi possível verificar a perda da cobertura florestal para os anos de 1985 e 2001, onde a área florestal inicialmente calculada foi de 12.785,04 ha, sendo que no período de 16 anos, houve uma diminuição da área florestada para 9672,84 ha, a qual correspondeu a 24,5% de retração da área de cobertura florestal, ocorrendo assim um decréscimo de 9,15% em relação à extensão do município da Barra do Quaraí-RS. Palavras-chave: cobertura florestal; quantificação; mapeamento.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Sensoriamento Remoto 139

Classificação de imagens RapidEye baseada em objetos e análise da ecologia de paisagens como suporte ao componente geoespacial do Inventário Florestal Nacional

LUZ, N. B. da [email protected]

FAPEG

OLIVEIRA, Y. M. M. de ROSOT, M. A. D

GARRASTAZÚ, M. C.

FRANCISCON, L. Embrapa Florestas

Como resposta a uma demanda crescente por parte da sociedade, comunidade científica e organismos internacionais em relação a informações sobre os recursos florestais do país, o governo brasileiro está realizando o Inventário Florestal Nacional (IFN-BR). Além das abordagens tradicionais, o IFN-BR possui, também, uma componente de paisagem que visa fornecer dados mais acurados e em escalas maiores que possam gerar melhores estimativas desses recursos. Assim, no contexto do IFN-BR se inserem as denominadas Unidades de Amostra de Paisagem (UAPs), que representam uma fonte de dados intermediária entre o mapeamento e os dados de campo. Cada UAP consiste em um polígono de 100 km2 de área, distribuídas sistematicamente no terreno, a cada 40 km x 40 km de distância. Foram adquiridas imagens do sensor RapidEye a partir das quais será elaborado o mapeamento do uso e cobertura da Terra em escala 1:50.000. A proposta metodológica inclui a classificação baseada em objetos de imagem e a adoção de índices de vegetação contendo a banda Red-Edge captada por este sensor. São utilizados, também, descritores espectrais, de textura, forma e do contexto no qual estão inseridos os objetos gerados com a segmentação da imagem, otimizando os resultados da classificação. Uma particularidade da legenda de uso e cobertura da terra e, ao mesmo tempo, um desafio sob o ponto de vista do processamento digital de imagens, é a inclusão de indivíduos arbóreos externos às florestas, as denominadas “árvores fora da floresta”. Podendo ocorrer isoladamente (dispersas em campos e pastagens permanentes) ou em grupos (como em quebra-ventos, plantios frutícolas comerciais, parques, praças e jardins, dentre outros), representam importante recurso florestal até recentemente desconsiderado em avaliações nacionais ou globais. O resultado do mapeamento servirá de base de dados para a avaliação da fragmentação florestal e das métricas de paisagem. Deve subsidiar, também, a análise da conformidade das áreas de preservação permanente sob a ótica do Novo Código Florestal, aprovado recentemente.

Palavras-chave: análise de imagens, sistemas de informações geográficas; áreas de preservação permanente.

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal – Curitiba-PR, 18 a 20 de novembro de 2013

Sensoriamento Remoto 140

Processo de validação da classificação automática de imagens de satélite para o Brasil no âmbito do FRA 2010

HOLLER, W. A. [email protected]

Embrapa Gestão Territorial

O processo de validação da cobertura da terra para o Brasil, através de imagens de satélite de média resolução espacial, foi realizado pela Embrapa em 2009 em parceria com o Institute for Environment and Sustainability (IES) do European Comission Joint Resource Centre (JRC) no âmbito do projeto TREES-3 e em 2011, para a validação do uso da terra, com a equipe da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) em escopo mais amplo do projeto Global Forest Resources Assessment 2010 (FRA2010) Remote Sensing Survey (RSS). O objetivo do TREES-3, que está incorporado no FRA2010, é monitorar a cobertura vegetal no planeta e estimar as mudanças que ocorreram entre os anos de 1990, 2000 e 2010. O objetivo da equipe da Embrapa foi validar a classificação automática gerada no IES/JRC para os recortes de imagens do Brasil. Foram avaliadas 707 sites (recortes de imagem), com dimensão de 20 Km X 20 Km, localizadas nas confluências de graus cheios (latitude e longitude). Para a validação da cobertura da terra o JRC e FAO definiram 5 classes: tree cover, tree cover mosaic, other wooded land, other land cover, water, cloud and no data. Para a validação o IES/JRC desenvolveu uma interface para rápida visualização e correção das classes. Nessa fase a equipe passou por um treinamento para o nivelamento das interpretações. Para a validação em alguns casos foram utilizadas ferramentas auxiliares como o Google Earth e o acesso ao site do projeto The Degree Confluence. Dentre os benefícios dessa cooperação podem-se destacar: os treinamentos e workshops realizados em 2009 e 2011 que capacitaram as equipes da Embrapa Gestão Territorial e Embrapa Monitoramento por Satélite à trabalhar com a ferramenta desenvolvida pelo IES/JRC; promoveu também o intercâmbio de conhecimento sobre processos de classificação de imagens em grandes escalas e publicações conjuntas para a divulgação dos resultados em eventos nacionais e periódicos internacionais. Palavras-chave: sensoriamento remoto, validação, classificação, monitoramento

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II Simpósio Nacional de Inventário Florestal

Curitiba, 18-20 de novembro de 2013 Centro de Eventos Sistema FIEP

18 de novembro de 2013 (Segunda-feira)

Período Programação

17:00 – 18:00 Entrega de material SECRETARIA - ÁTRIO III

18h Abertura - Mesa de autoridades AUDITÓRIO CAIO AMARAL

Palestras - AUDITÓRIO CAIO AMARAL

18:15 – 19:00 O Inventário Florestal Nacional do Brasil Joberto Veloso de Freitas – Serviço Florestal Brasilieiro

19:00- 19:45 Ações da FAO de monitoramento e avaliação florestal Anne Branthomme- FAO Roma

20h Coquetel de abertura ÁTRIO II

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19 de novembro de 2013 (Terça-feira)

Período Programação - AUDITÓRIO CAIO AMARAL

Painel: Inventários Florestais Nacionais

Palestrantes

8:30 – 9:15

9:15 -10:00

10:00 - 10:20

� The U.S. Forest Inventory and Analysis Program - Overview and Perspectives

� Tropical forest resource assessment with remote sensing on basis of a regular sampling grid

Perguntas

Ronald E. McRoberts e James A. Westfall - USDA Forest Service

René Beuchle - Joint Research Centre (JRC) of the European Commission

10:20 – 10:45 Intervalo

10:45 -11:30

11:30- 12:15

12:15 – 12:35

� Inventários Florestais Nacionais - lições aprendidas e benefícios para o país: o caso do Chile

� O Inventário Florestal Nacional do Brasil – atualidades e perspectivas

Perguntas

Carlos Bahamondez - – Instituto Florestal, INFOR Chile

Daniel Piotto - Serviço Florestal Brasileiro

12:35- 14:00 Almoço

14:00 Sessões Paralelas – Apresentação oral

Painel 1: Inventários Florestais Contínuos

ESCOLA DE GESTÃO - AUDITÓRIO I

Painel 2: Amostragem e Análise Estatística

SALA 05

Painel 3: Sensoriamento Remoto

AUDITÓRIO CAIO AMARAL

Painel 4: Alometria e Mensuração Florestal

SALA DE CONVENÇÕES

14:00 - 14:15 Moderadora: Lia Oliveira

UFOPA

Moderador: Waldenei Queiroz

UFRA

Moderadora: Maria Augusta Rosot

Embrapa Florestas

Moderador: Daniel Piotto

Serviço Florestal Brasileiro

14:15 - 14:30

STATUS DO MONITORAMENTO FLORESTAL CONTÍNUO ATRAVÉS DE PARCELAS

PERMANENTES DA EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL

ADEMIR ROBERTO RUSCHEL - EMBRAPA

ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS DENDROMÉTRICOS DO INVENTÁRIO

FLORÍSTICO FLORESTAL DE SANTA CATARINA

PAOLO MOSER - FURB

EXTENSÃO ORIGINAL E ATUAL DA COBERTURA FLORESTAL DE SANTA CATARINA, VALIDADA COM

DADOS DE CAMPO DO IFFSC

ALEXANDER CHRISTIAN VIBRANS - FURB

AJUSTE DE MODELOS VOLUMÉTRICOS PARA ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS EM TRÊS

REGIÕES FITOECOLÓGICAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA, BRASIL.

GUSTAVO ANTONIO PIAZZA - FURB

14:30 - 14:45

CONTRIBUIÇÃO DO MANEJO FLORESTAL AO SEQUESTRO DE CARBONO NA AMAZÔNIA

BRASILEIRA

CINTIA RODRIGUES DE SOUZA - EMBRAPA

COMPARAÇÃO DE INTENSIDADES AMOSTRAIS MULTINÍVEL COMO METODOLOGIA

RECORRENTE AO IFN

HASSAN CAMIL DAVID - UFPR

EXTRAÇÃO DE VARIÁVEIS DENDROMÉTRICAS DE Araucaria angustifolia (BERTOL.) KUNTZE

UTILIZANDO MODELOS LINEARES GENERALIZADOS ASSOCIADOS A DADOS LIDAR

CAROLINE S. SILVA FRANÇA - UDESC

AJUSTE DE EQUAÇÃO VOLUMÉTRICA PARA PLANO DE MANEJO

RAQUEL TALITA CHAGAS FINCO - UFAC

14:45 - 15:00

INCREMENTO DIAMÉTRICO 10 ANOS APÓS AS ATIVIDADES DE COLHEITA NO MANEJO FLORESTAL NA FLORESTA NACIONAL DO

TAPAJÓS, ESTADO DO PARÁ, BRASIL

MARCELO SANTOS MELO - SFB

COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE AMOSTRAGEM PARA ESTIMATIVA DA ÁREA BASAL INICIAL DE

Eucalyptus sp. SOB DIFERENTES ESPAÇAMENTOS

DJALMA DE FREITAS RIBEIRO NETO - UFG

CLASSIFICAÇÃO SUPERVISIONADA EM IMAGEM RAPIDEYE PARA O MAPEAMENTO DO USO DO

SOLO DO MUNICÍPIO DE BITURUNA

FLÁVIO A. F. DO NASCIMENTO –SEAB PR

ESTIMATIVAS DE ALTURAS DE ÁRVORES DE EUCALYPTUS POR MEIO DE REDES NEURAIS

ARTIFICIAIS

RENATO V. OLIVEIRA CASTRO - UNB

15:00 - 15:30 Perguntas e discussões Perguntas e discussões Perguntas e discussões Perguntas e discussões

15:30 – 15:45

AUDITÓRIO CAIO AMARAL

LANÇAMENTO DO LIVRO - INVENTÁRIO FLORÍSTICO FLORESTAL DE SANTA CATARINA – VOLUMES 5 e 6 Alexander C. Vibrans FURB IFFSC

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15:45 – 16:40 Intervalo e Apresentação de pôster - ÁTRIO II E ÁTRIO III

16:45 Continuação das sessões paralelas – Apresentação oral

16:45 – 17:00

ESTRUTURA E DINÂMICA DO ESTRATO ARBÓREO DE UMA ÁREA SOB MANEJO NA

FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS, ESTADO DO PARÁ, BRASIL

LIA DE OLIVEIRA MELO - UFOPA

FATOR DE ÁREA BASAL PARA INVENTÁRIO DE UMA FLORESTA INEQUIÂNEA DE Pinus elliottii ENGELM. PELO MÉTODO DE BITTERLICH, EM

SÃO GABRIEL, RS

DOUGLAS DO COUTO ROSA - UNIPAMPA

INVENTÁRIO QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO URBANA VIÁRIA DE CAMPINAS

IVAN ANDRÉ ALVAREZ - EMBRAPA

ANÁLISE DE REGRESSÃO NÃO LINEAR PARA OBTENÇÃO DE EQUAÇÕES DE VOLUME DE UM

PLANTIO DE Schizolobium paryaba var. amazonicum HUBER EX DUCKE (PARICÀ), EM PARAGOMINAS, PA

WALDENEI T. DE QUEIROZ - UFRA

17:00 – 17:15

ESTUDOS DE VEGETAÇÃO DA ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO – ARIE SERINGAL NOVA ESPERANÇA EM XAPURI-AC

MARCO ANTONIO AMARO - UFAC

ESTIMATIVA DO ESTOQUE DE BIOMASSA E DE CARBONO NA VEGETAÇÃO COM DAP < 5 CM NA

ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO RIO ACRE, ASSIS BRASIL – AC

JOSÉ PEDRO MOTA MELO - UFAC

CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS RAPIDEYE BASEADA EM OBJETOS E ANÁLISE DA

ECOLOGIA DE PAISAGENS COMO SUPORTE AO COMPONENTE GEOESPACIAL DO INVENTÁRIO FLORESTAL NACIONAL

NAÍSSA BATISTA DA LUZ - FAPEG

DENSIDADE, BIOMASSA E CARBONO DE Merostachys skvortzovii sendulski EM FLORESTA OMBRÓFILA

MISTA NO SUL DO PARANÁ

FRANCELO MOGNON - UFPR

17:15 – 17:30

INVENTÁRIO FLORESTAL CONTÍNUO EM POVOAMENTO DE TOONA CILIATA NO

MUNICÍPIO DE CAMPO BELO, MG

JOYCE DE ALMEIDA ALVES - UFLA

DETERMINAÇÃO DE INTENSIDADES AMOSTRAIS PARA A ESTIMATIVA DA

DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DAS ESPÉCIES Qualea albiflora E Goupia glabra DE SINOP – MT

MARIANA FERRAZ DE OLIVEIRA - UFPR

PROCESSO DE VALIDAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO AUTOMÁTICA DE IMAGENS

DE SATÉLITE PARA O BRASIL NO ÂMBITO DO FRA 2010

WILSON HOLLER - EMBRAPA

ESTIMATIVA DO ESTOQUE DE BIOMASSA DO FUSTE POR DIFERENTES MÉTODOS EM FLORESTA

ESTACIONAL DECIDUAL MONTANA

RAFAELO BALBINOT – UFSM CESNORS

17:30 – 17:45

Perguntas e discussões EMPREGO DA FUNÇÃO GAMMA NO AJUSTE DA DISTRIBUIÇÃO DIAMÉTRICA DE UM

POVOAMENTO DE Eucalyptus urophylla

MÁRCIO ASSIS CORDEIRO – IMMES

PARAMETRIZAÇÕES NO PROCESSAMENTO DE DADOS LIDAR VISANDO A ESTIMATIVA DE ALTURA EM POVOAMENTOS HOMOGÊNEOS

DE Eucalyptus sp

SAMUEL DE P. C. E CARVALHO - FIBRIA

NÚMERO DE ÁRVORES NECESSÁRIAS PARA AJUSTE DA RELAÇÃO HIPSOMÉTRICA EM PLANTIO DE

EUCALIPTO

SEBASTIÃO O. FERREIRA - FIBRIA

17:45 – 18:00

Perguntas e discussões

ESTIMATIVAS DE BIOMASSA E CARBONO NA AMAZÔNIA A PARTIR DA ESCALA DA PAISAGEM

E DE TÉCNICAS INDIRETAS DE QUANTIFICAÇÃO

IZAURA C. NUNES PEREIRA - UFOPA

Perguntas e discussões

ESTIMATIVA DE BIOMASSA A PARTIR DE SENSOR LIDAR AEROTRANSPORTADO

GISELE V. BATISTA - TOPOCART

17:45 – 18:15 Perguntas e discussões Perguntas e discussões Perguntas e discussões

18:15 – 19:00 Intervalo

19:00h

Painel 5: Forest Inventory

AUDITÓRIO CAIO AMARAL

Moderadora: Anne Branthomme - FAO

19:00 – 19:20 THE EFFECTS OF UNCERTAINTY IN INDIVIDUAL TREE VOLUME MODEL PREDICTIONS ON LARGE AREA VOLUME ESTIMATES

RONALD MCROBERTS - USDA FOREST SERVICE

19:20 – 19:40 USE OF TREE GROWTH RATES AND MEASUREMENT VARIABILITY TO SELECT FOREST INVENTORY CYCLE LENGTH

JAMES WESTFALL - USDA FOREST SERVICE

19:40 – 20:00 Perguntas e discussões

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20 de novembro (Quarta-feira)

Período Programação - SALA DE CONVENÇÕES

Palestras temáticas

Palestrantes

8:30 – 09:15

9:15 –10:00

10:00 – 10:15

� Inventário Florestal Contínuo do Amazonas

� O IFN e os inventários estaduais: particularidades, acomodações metodológicas e integração – o exemplo do IFFSC

Perguntas

Niro Higuchi – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA

Alexander Vibrans – Universidade Regional de Blumenau, FURB

10:15 – 10:30 Intervalo

10:30– 11:15

11:15 – 12:00

12:00 – 12:15

� Resultados preliminares e inovações metodológicas para o Inventário Florestal Nacional do Paraná

� Mapeamento da vegetação brasileira no IBGE e suas contribuições na delimitação das tipologias vegetais

Perguntas

Sylvio Pellico Neto - Universidade Federal do Paraná, UFPR

Luciana Temponi - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE

12:15- 14:00 Almoço

14:00 Sessões Paralelas – Apresentação oral

Painel 6: Análise e Caracterização da Vegetação e Ecossistemas

SALA DE CONVENÇÕES

Painel 7: Inventário Florestal Nacional nos Estados

ESCOLA DE GESTÃO - AUDITÓRIO I

Painel 8: Dimensões Sociais dos Inventários Florestais

SALA 05

14:00 – 14:15 Moderador: Fabio Venturoli – UFG Moderador: Guilherme Gomide – SFB Moderadora: Maria Inês Higuchi – INPA

14:15 - 14:30

RIQUEZA DE ESPÉCIES ARBÓREAS NO TOPO DO MORRO DO ELEFANTE

ALESSANDRO ABREU FAVERO - UFSM

EXPERIÊNCIAS DO INVENTÁRIO FLORESTAL NACIONAL NA MESORREGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL

RIVAEL V. DA SILVA – SALTUS CONSULT. AMB. E FLO.

MAPEAMENTO COMUNITÁRIO E INVENTÁRIO PARTICIPATIVO PARA RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA EM PAISAGENS

CULTURAIS: EXPERIÊNCIA NA COMUNIDADE INDÍGENA SONGHEES, COLÚMBIA BRITÂNICA, CANADÁ.

THIAGO C GOMES - UFSC

14:30 - 14:45 FLORESTA OMBRÓFILA DENSA DE SANTA CATARINA: FITOSSOCIOLOGIA E ANÁLISE MULTIVARIADA COM DADOS OBTIDOS POR AMOSTRAGEM

SISTEMÁTICA

DÉBORA VANESSA LINGNER - FURB

SISTEMA DE LEVANTAMENTO E GESTÃO DO INVENTÁRIO FLORESTAL NACIONAL NO ESTADO RIO DE JANEIRO

TELMO BORGES SILVEIRA FILHO – SEA RJ

SILVICULTURA URBANA EM MUNICÍPIOS BRASILEIROS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL

IVAN ALVAREZ - EMBRAPA

14:45 – 15:00 FITOSSOCIOLOGIA EM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE BOA VENTURA DE SÃO ROQUE/PR

RAUL SILVESTRE - UDESC LAGES

PARA QUÊ SERVEM OS INVENTÁRIOS ESTADUAIS? PROPOSTAS PARA UMA NOVA POLÍTICA FLORESTAL EM SC

ALEXANDER CHRISTIAN VIBRANS - FURB

Perguntas e discussões

15:00 - 15:15 FLORÍSTICA DE TRÊS FRAGMENTOS DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NO ESTADO DO PARANÁ

GEAN CARLOS PAIA LIMA - UDESC

Perguntas e discussões

Perguntas e discussões

15:15 - 15:30 Perguntas e discussões Perguntas e discussões

15:30 – 16:00 Perguntas e discussões 16:00 – 16:20 Intervalo

16:20 – 17:30

SALA DE CONVENÇÕES

Resumo dos resultados do evento

Resultado do I Concurso de Fotografia do IFN

Preparações para o Simpósio 2014

Encerramento

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