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PREÇOS MÍNIMOS PARA OS PRODUTOS DA SOCIOBIODIVERSIDADE
O Programa de Apoio à Comercialização e Fomento da Produção Extrativista – PAE, busca estruturar arranjos produtivos sustentáveis, por meio de um conjunto de iniciativas que valorizam os conhecimentos dos Povos e Comunidades Tradicionais e Agricultores Familiares – PCTAFs. Suas ações envolvem o assessoramento técnico, capacitação e apoio a organização social, acesso ao crédito, desenvolvimento de infra-estrutura produtiva, promoção comercial e inserção dos produtos extrativistas no mercado. Sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente – MMA, o programa atua em parceria com diversos órgãos, sendo operacionalizado no processo de apoio a comercialização pela Companhia Nacional de Abastecimento -CONAB.
Buscando garantir a sustentação de preços aos extrativistas, alguns produtos foram incluídos na Política de Garantia de Preços Mínimos – PGPM, instrumento de sustentação de preço sob a tutela do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e operacionalizado pela CONAB.
São 07 os produtos da sociobiodiversidade que têm preços mínimos (açaí, babaçú, borracha, castanha-do-Brasil, carnaúba, pequi, e piaçava), conforme tabela abaixo.
Produtos Unidades da Federação/Regiões Amparadas
Unidade Preços Mínimos (R$/Unidade)
Instrumento Legal
Açaí (fruto) Norte e Nordeste kg 0,61 Portaria MAPA nº 1.039
Babaçu (amêndoa) Norte e Nordeste kg 1,46 Portaria MAPA nº 1.039
Borracha Natural
(Cernambi)Bioma Amazônia kg 3,50
Portaria MAPA nº 1.039 ePortaria MAPA nº 103 de
16/02/09Carnaúba
(pó cerífero)
Nordeste kg 4,00 Dec nº 6.510/08 e Portaria MAPA nº 103 de 16/02/09
Castanha-do-Brasil com casca
Norte hl 52,49 Dec nº 6.557/008 e Portaria MAPA nº 103 de
16/02/09
Pequi (fruto)
Norte e Nordestekg
0,21Portaria MAPA nº 1.039
Sudeste e Centro-Oeste 0,31
Piaçava (fibra)
Bahiakg
1,67 Portaria MAPA nº 53 de 26/01/09Amazonas 1,07
Serão beneficiários dessa política os extrativistas organizados em cooperativas e associações de diversas regiões do país. Para todos os produtos amparados no programa poderão ser realizados Empréstimos do Governo Federal – EGF’s, além de subvenções econômicas, conforme a lei nº 11.775, de 17 de setembro de 2008.
A modalidade de subvenção direta prevê que o extrativista receba um bônus ao comprovar que efetuou a venda de seu produto por preço inferior ao mínimo fixado pelo governo federal. O outro tipo de subvenção é direcionado ao segmento comprador e prevê que o prêmio a ser pago pelo governo seja arrematado por indústrias, beneficiadores e cooperativas através de leilão público.
A CONAB também poderá realizar o AGF (Aquisições do Governo Federal) para a borracha natural e a carnaúba (o pó cerífero), além de analisar a possibilidade de realizar a compra com remoção simultânea.
Dentre a documentação exigida para a efetivação das operações de subvenção os extrativistas, suas cooperativas ou associações, deverão apresentar a cópia ou segunda via da nota fiscal de venda do produto, ou ainda a nota fiscal de compra emitida pelo adquirente (indústria, comerciante ou usina). Para efetivação do pagamento o extrativista deverá indicar a instituição bancária, o número da conta corrente e da agência, para o recebimento do valor referente à venda do produto.
Todos os beneficiários do programa deverão ser qualificados por meio da Declaração de Aptidão ao PRONAF – DAP e as associações e cooperativas deverão anexar a listagem com os dados dos extrativistas amparados.
Cada produto terá um limite para subvenção no total pago para cada extrativista. Ainda não se definiu os limites da piaçava, carnaúba e castanha - do -Brasil
Produto Limite de Subvenção
Açaí − R$ 725,90/extrativista
Babaçú − R$ 950,00/extrativista.
Borracha − R$ 900,00/extrativista.
Pequi
Centro Oeste, RO, MG, PA, TO− R$ 1.000,00/extrativista
MA, PI, BA, CE− R$ 770,00/extrativista.
A definição dos preços mínimos foram embasados nos custos variáveis de produção, apurados de acordo com metodologia apropriada utilizada pela CONAB que contou com a realização de visitas in loco (tabela 2), contatos telefônicos, correspondências eletrônicas, reuniões nos estados e em Brasília com os extrativistas, técnicos e consultores contratados pelo MMA, além de pesquisa bibliográfica.
Produto MunicípioAçaí Codajás – AM
Igarapé-Miri -PA1
Ponta de Pedras - PA
Babaçú São Miguel do Tocantins - TO
Imperatriz - MA
Vargem Grande - MA2
Pedreiras - MA3
Borracha Lábrea - AM
Manicoré - AM
Brasiléia - AC
Sena Madureira - AC
Carnaúba Açú - RN
Castanha -do-Brasil Sena Madureira - AC
Santarém
Oriximiná
Óbidos
Alenquer
Pequi Japonvar/MG 4
Crato - CE
Piaçava Cairu - BA5
Barcelos - AM6
1 - Um dos maiores produtores do Estado, e também um importante centro de comercialização da região2 - Munícipio com maior produção nacional, porém com o mais baixo nível de organização social e comercial para o babaçu;3 - Apresenta a segunda colocação entre os dez maiores produtores brasileiros e apresenta boa organização social e comercial;4- Constitui-se na principal referência para a região Norte de Minas;5-Maior município produtor do Brasil, que participa sozinho com 27,9% da produção nacional de fibra de piaçava;6- Apresenta 9% da produção nacional
A CONAB e o MMA realizarão palestras nas regiões produtoras a fim de mobilizar as comunidades, esclarecer dúvidas e a forma de atuação governamental. todas as operações serão direcionadas às cooperativas e associações que congregam extrativistas, de forma a promover o fortalecimento dessas organizações e viabilizar a efetiva operacionalização do programa.