prega a palavra - karl lachler

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  • 5/26/2018 Prega a Palavra - Karl Lachler

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    Prega a Palavra

    Karl Lachler

    PREFCIO DOS EDITORES

    Nos ltimos anos, a valorizao da pregao expositiva tem se notabilizadono meio evanglico do Brasil. Entre as diversas explicaes para o crescenteinteresse pela exposio bblica, destaca-se a inl!"ncia do #ro. $arl%ac&ler.

    'nconormado com disc!rsos evanglicos proeridos a cada domingo pormil&ares de pastores (!e no consideram o texto bblico s!icientemente

    importante para exp)-lo, %ac&ler concentro! se!s esoros para m!dar estalament*vel realidade. +!as concorridas a!las na ac!ldade eolgica Batistade +o #a!lo criaram expectativa e dese/o de se compreender o (!e seria apregao expositiva e como se poderia ministrar a #alavra, seg!ndo +!anat!reza, para (!e ossem col&idos os r!tos prometidos 0's 11.223.

    4* mais de dez anos cogitada a possibilidade de se re!nir e colocar emorma impressa as lies do #ro. %ac&ler. 5om s!a sada do pas em 2678,no se esvanece! a esperana (!e, por im, agora se concretiza, /!stamentena ocasio de s!a primeira visita de retorno ao Brasil.

    Edies 9ida Nova se alegra por ter sido premiada com o privilgio deoerecer !ma onte de *g!a p!ra e resca aos pregadores (!e dese/am saciars!a sede de !ma metodologia expositiva para o ministrio da #alavra. :leitor encontrar* m!ito mais do (!e !ma convincente exortao o! ilosoiamotivadora para se tornar !m expositor. ;lm de !ma c!idadosa descrioda mensagem expositiva, o . 4* dois mil e(!in&entos anos, Aeremias disse= >: proeta (!e tem son&o conte-o comoapenas son&o mas a(!ele em (!em est* a min&a palavra, ale a min&apalavra com verdade. ?!e tem a pal&a com o trigo@ diz o +en&or.

    No a min&a palavra ogo, diz o +en&or, e martelo (!e esmia a pen&a@>0Ar CD.C7, C63. 5lamemos ao +en&or (!e inspiro! +!a #alavra para (!ea(!eles (!e an!nciam o recado de

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    F!ssell #. +&edd, #&.

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    +ob o incentivo de m!itas pessoas, coloco agora estas idias, convices epassos em orma impressa. ?!e a sabedoria de ministrio da palavra> alegre e eicaz.

    INTRODUO

    +emana +anta> da igre/a crist, comemoramos aress!rreio act!al de Aes!s 5risto, o il&o !nig"nito de mitoteolgico> ormasse a base da na ress!rreio de me! +en&or. Esto!convencido de (!e a exposio da #alavra de , a#alavra de

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    treinamento de expositores bblicos.

    : capt!lo tr"s nos inorma sobre a orm!lao 0e, Ls vezes, reorm!lao3de !ma ilosoia motivadora 0teologia3 no ministrio da #alavra. Esta !manecessidade b*sica para os pregadores de &o/e. 'sto verdade, por(!e a

    cond!ta di*ria de !ma pessoa no est!do e no plpito regida por essailosoia.

    : capt!lo (!atro apresenta-nos a dicil tarea de deinir a pregaoexpositiva. 4* m!itas deinies boas, e tentamos escol&er as mel&ores entreelas. alvez o (!e precisemos no se/a !ma deinio pereita, mas alg!nsprincpios b*sicos inerentes L pregao expositiva.

    No (!into capt!lo so esboadas alg!mas vantagens pr*ticas res!ltantes de!ma pregao expositiva sistem*tica. ;lg!m /* disse (!e (!ando !mpregador expe a Bblia,

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    ministrio da palavra.

    :s capt!los nove e dez so g!ias para o preparo real de !m sermoespecico dentro da srie sobre o livro. ; premissa b*sica (!e est* por tr*sdestes passos na pes(!isa a seg!inte= !m contato concentrado e lgico com

    o texto bblico levar* o pregador a descobrir a idia central e desenvolv"-la,atingindo !m sermo com !m importante desaio.

    P primeira vista pode parecer (!e existem m!itos passos. 'sto il!srio,pois, com a pr*tica, o expositor sempre dar* dois o! tr"s passos de !ma svez. J!itos al!nos ormados no semin*rio mencionaram (!e, depois de seismeses de preparo iel destes passos, eles eram capazes de avanar v*riosdeles sim!ltaneamente. 5ada !m dos passos seg!intes tratado como !madiviso de instr!es.

    #es(!isa nmero !m= exerccios de amiliarizao com o texto para se

    encontrar !m tema, azer !ma par*rase no-tcnica, providenciar !mac&ecagem nos parOmetros do par*grao e azer !m esboo analtico dele. Imesboo analtico mostrara a estr!t!ra liter*ria e a se("ncia lgica dasprincipais idias do par*grao a ser pregado.

    #es(!isa nmero dois= !ma exegese do par*grao. 'sto deve ser eito a partirdas lng!as originais da Bblia. odavia, isto impossvel para mil&ares deservos do +en&or. #ortanto, deve ser eita !ma c!idadosa e est!dada exegeseno vern*c!lo. 'sto pode ser conseg!ido atravs do !so de dicion*rios ecoment*rios. Em ambos os casos, este exerccio deve a/!dar a tornargramaticalmente mais correta a primeira par*rase.

    #es(!isa nmero tr"s= !m est!do ind!tivo do par*grao a ser pregado. ;dinOmica interna da passagem e as aplicaes bvias viro a l!z neste ponto.#assagens paralelas do ;ntigo e Novo estamentos sero cons!ltadas paras!stentar e il!strar a dinOmica do par*grao.

    #es(!isa nmero (!atro= a proposio central do par*grao a ser pregado revelada, condensada e escrita em orma de princpio bblico ensin*vel.Nesta idia central apiam-se o contedo e a estr!t!ra de toda a exposio.5om base nesta pes(!isa o expositor contin!a para compor o sermo. Narealidade, este passo tanto !ma pes(!isa (!anto !m exerccio decomposio.

    5omposio nmero !m= so preparadas as divises principais, baseadas napalavra c&ave da idia central e vindicadas no par*grao a ser pregado. ;spes(!isas dois e tr"s ornecero o >rec&eio> o! arg!mentao de cadadiviso.

    5omposio nmero dois= renem-se e selecionam-se il!straes epassagens paralelas (!e sirvam como >l!zes> sobre arg!mentos e idias

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    abstratas, visando L aplicao da idia central na vida.

    5omposio nmero tr"s= em !m clmax, a concl!so rene os arg!mentossobre a idia central 0proposio3 e convoca os o!vintes a !ma decisoconsciente. ; introd!o, sendo clara e direta, >isga> a ateno e cond!z os

    o!vintes ao texto e a idia central a serem apresentados.5omposio nmero (!atro= !m bom esboo de sermo !ma necessidadedid*tica para os o!vintes e !m g!ia para o pregador, de modo (!e todospossam >ver> para onde esto camin&ando.

    Em min&a opinio, no &* dvida de (!e a Bblia a pereita revelaoda(!ilo (!e

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    C. ;s il!straes 0l!zes3D. 5oncl!so 0oco na deciso3

    'ntrod!o 0o o!vinte >isgado>3H. esboo do sermo 0!ma direo clara para todos3

    ;(!i se torna apropriado explicar a lgica dos passos de pes(!isa.

    :s passos de pes(!isa sero desenvolvidos n!ma parte posterior destepro/eto. Basta dizer (!e oi a(!i neste ponto (!e me!s al!nos descobriramcom tristeza (!e a carne traioeiramente raca ; pes(!isa e o est!dosilencioso pareciam bem distantes da experi"ncia to alegre de expor a

    #alavra de o &omem o sermo>.#ortanto, a amiliarizao espirit!al e intelect!al com o par*grao a serpregado !m sine qua non. Im par*grao de pregao !ma poro daBblia (!e >!m ensaio em miniat!ra a!to-abrangente o! parte de !ma obramaior...> 0Severt 2671, 2C13. Je!s al!nos sempre airmavam (!e esteexerccio azia consistentemente o >ogo arder> em s!as almas, criandoexpectativa e dese/o de pregar. Im contato ntimo com o par*grao a serpregado a/!da a descobrir o tema e conirma os parOmetros exatos dosversc!los do texto. ; #;FTF;+E escrita (!e res!lta deste exerccio tornapessoal o par*grao e a/!da o expositor a ver o l!xo lgico de idias. Estel!xo a/!da a pessoa a azer !m esboo analtico do par*grao. Este esboo simplesmente !ma percepo da estr!t!ra liter*ria do par*grao da pregao.

    C. Exegese. Este passo na pes(!isa ter* grandes !tilidades, mesmo (!ando a

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    exegese or eita somente no vern*c!lo. J!itos pregadores no poss!em(!al(!er treinamento ormal nas lng!as originais da Bblia. :!tros no temacesso a coment*rios e livros de est!do dos voc*b!los (!e possam l&esa/!dar. ; exegese no vern*c!lo depender* 0a3 do !so inteligente de !m bomdicion*rio do idioma (!e incl!a a etimologia de cada palavra, 0b3 do !so

    aplicado de v*rias trad!es coni*veis da Bblia e 0c3 de discernimentoespirit!al.

    ; exegese existe para a/!dar o pregador a entender os signiicados e !sos depalavras eKo! rases em se!s contextos gramaticais. 5ertamente istocapacitara o expositor a corrigir elementos em s!a primeira tentativa depararasear !m texto. : alvo c&egar a !ma interpretao c!idadosa dasidias do par*grao. : g!ia com instr!es para este exerccio servir* paraambos os tipos de exegese, isto , nas lng!as vernac!lar e original.

    D. Est!do 'nd!tivo. Este est!do ser eito agora a partir do con&ecimento

    protetor coligido nos materiais sobre antecedentes &istricosKc!lt!rais, noprocesso de amiliarizao e no exerccio de exegese. : est!do ind!tivo deverevelar o tema teolgico b*sico expresso no par*grao. M no est!do ind!tivo(!e o expositor encontra grande parte do contedo real de s!a mensagem. ;trade tradicional de observao, interpretao e aplicao ornecer* materialsigniicativo para o sermo

    H. #roposio 5entral. ambm c&amada de idia central o! >grande idia>.Na realidade !ma airmao teolgica, em >ro!pa de domingo>, isto , !maorma &omiltica conerida ao tema do par*grao. ; proposio o c&amadocorao do sermo, no sentido de (!e ornece parOmetros claros para a

    estr!t!ra &omiltica e para o contedo da exposio. ; partir da proposioso derivadas a orma essencial e a arg!mentao da introd!o, divisesprincipais e concl!so.

    ; partir da(!i se desenvolve a estr!t!ra do sermo expositivo, (!e tem comobase e corpo o contedo descoberto nos passos de pes(!isa nmeros !m,dois e tr"s. :s passos seg!intes so os de composio.

    2. sang!e> com o par*grao a ser pregado. Elas no sosimplesmente >rec!rsos de &omiltica>.

    C. 'l!straes. : ato de pensar nas il!straes a esta alt!ra do preparomantm o expositor na direo carreta. Ele con&ece com intimidade se!ass!nto. Neste ponto ele est* consciente das *reas abstratas de toda s!aarg!mentao e pode pensar com eic*cia sobre como >il!min*-las> com asil!straes.

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    D. 5oncl!so e 'ntrod!o. Embora se/am as menores partes do sermo, elasdevem ser preparadas diligentemente, assim como as o!tras. 'ncl!ir aconcl!so e a introd!o entre os passos de pes(!isa a/!da o expositor as!perar o imp!lso de comear extemporaneamente e terminar >com po!caspalavras>. ; concl!so e a introd!o eitas sem preparo geralmente

    enra(!ecem !ma boa exposio. ;li*s, !ma proposio bem escrita !maonte rtil para o preparo da introd!o. 'sto tambm verdade (!anto aso!tras partes do sermo. +e composta por ltimo, a introd!o ter* todos osrec!rsos das inormaes e inspirao /* re!nidas. Ima introd!o vvidatorna possvel (!e o pregador >isg!e> a ateno dos o!vintes e os diri/a parao texto e s!a proposio central.

    H. Esboo do +ermo. ;(!i no estamos disc!tindo se o pregador deve o!no levar !m esboo para o plpito. Esta !ma (!esto pessoal. :importante (!e a mensagem se/a esboada, levando-se em conta (!e oso!vintes no podem vis!aliz*-la. : pregador-mestre 0Esios H.223 deve

    estim!lar a imaginao do gr!po com palavras vvidas e !ma lgica l!ente.;ntes (!e avancemos para cada passo da pes(!isa, absol!tamentenecess*rio (!e pensemos o!tra vez em nossas motivaes b*sicasrelacionadas com nosso c&amado para o ministrio. #recisamos azer isso, Ll!z de nossa c!lt!ra, ilosoia e teologia. :s capt!los de dois a (!atro serodedicados a esta inalidade.

    AS ESTRUTURAS SOCIAIS E A EXPOSIO BBLICA

    Nesta parte examinaremos o ministrio da palavra no contexto do cen*rioc!lt!ral. Em me! caso, o cen*rio o Brasil, onde ensinei d!rante dezoitoanos na ac!ldade eolgica Batista.

    : pano de !ndo sociolgico de me!s al!nos era como !m caleidoscpio,por s!a variedade. 4avia /aponeses de seg!nda gerao, provenientes dasdenominaes Jetodista %ivre e 4oliness. Eles tendiam a ser (!ietos,aplicados e analticos. :s al!nos do norte tropical eram mais int!itivos epoticos, reletindo a mist!ra sangnea aro-amerndia. :s seminaristasprocedentes do s!l mostravam s!as razes e!ro-germOnicas, eram m!itoorganizados, analticos e dados a leit!ra. :s al!nos da cidade ind!strial de+o #a!lo eram ativistas ent!siastas, prontos para converter o m!ndo erel!tantes em separar tempo para est!dos pro!ndos.

    inata> teve !m enorme eeito sobre o papel doministro como mestre e pregador, conorme veremos.

    En(!anto ol&armos para o cen*rio c!lt!ral e examinarmos os estilos de

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    pensamento e com!nicao, descobriremos (!e o pregador brasileiro tem !mpotencial nat!ral para ser !m expositor vibrante da #alavra de criando !mapop!lao &brida e estabelecendo !m modo de vida adaptado as condieslocais, apesar de serem basicamente ibricos nas instit!ies> 0UagleV 2682,223.

    ;ntes de ser descoberto em 21WW pelos port!g!eses, o Brasil, na verdade,pertencia aos amerndios. ;pesar de esse povo ser classiicado como

    >selvagem>, a adaptabilidade ibrica a/!do! os descobridores a s!perarembarreiras (!anto aos casamentos. ; con(!ista deles no se limitava a novosterritrios, mas incl!a moas indgenas, (!e se tornariam mes de !ma raaparcialmente >nova>.

    'ncapazes de orar os ndios ao trabal&o metdico nos campos de cana-de-acar, os port!g!eses comearam a importar escravos aricanos para oBrasil. 4* estimativas de (!e n!m perodo de cem anos eles tro!xeram novemil&es de escravos. Novamente, eles no criaram nen&!m tab! social,coabitaram e, alg!mas vezes, se casaram com m!l&eres negras. ;ssim, a>mist!ra> tomo! d!as direes. Esta circ!lao de genes entre as raas

    vermel&a, branca e negra prod!zi! os elementos b*sicos de !ma novac!lt!ra.

    Em termos de religio, os port!g!eses ensinaram ativamente o catolicismoinstit!cional com todos os adornos litrgicos. : escravo negro ateve-se L s!acosmoviso, !m politesmo (!e via o !niverso como !ma intrincada rede deoras espirit!ais interativas 04esselgrave 2687, 21W3. Esses espritosaricanos oram ast!ciosamente rebatizados 0pelos escravos3, de acordo comos nomes de m!itos santos catlicos, a im de se evitar cens!ra o!perseg!io. ; este conglomerado religioso os amerndios acrescentaram se!conceito monotesta de !m poder soberano c&amado !p, o s!premomanip!lador da nat!reza e de todos se!s elementos 0Jatta e +ilva 2672, CD3.Esta livre !so de ormas e crenas religiosas inalmente ca!saria !mimpacto sobre a mentalidade religiosa brasileira. #or im, socilogos iriamempregar o termo >&omem cordial> para descrever a tolerOncia brasileira, s!aabert!ra e atit!des do tipo >viva e deixe viver>. Este &omem cordial seriaconsiderado a maior contrib!io do Brasil para a civilizao m!ndial0B!rns 26G7, G3. #odem ser vistas na c!lt!ra religiosa brasileira as v*riascontrib!ies do cristianismo catlico, do espiritismo aricano e doxamanismo amerndio.

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    #ara os port!g!eses de ambio exagerada, a vida de !ma pessoa consistiade trabal&o, do nascer ao p)r-do-sol. Em contraste, o ndio e o aricano viamo tempo como !m nico evento global, no como !ma s!cesso plane/ada demin!tos e &oras. :s port!g!eses sabiam m!ito bem plane/ar e trabal&ar

    visando o !t!ro. : aricano e o ndio apla!diam o passado >como algorealizado... algo de (!e se pode ter certeza> 0JaVers 268G, 6D3. Minteressante observar (!e m!itos brasileiros da at!alidade comemoramielmente eventos &istricos com cerim)nia e lazer, ol&ando para a rente ecomemorando o passado +er* (!e estes r!dimentos c!lt!rais tem impactosobre o ministrio da #alavra na com!nidade evanglica de &o/e@ eriam ospregadores brasileiros !ma mente mais ligada a eventos do (!e orientadapelo tempo@ ;s atividades gerais da igre/a so mais importantes do (!e !m&or*rio para est!do normalmente plane/ado e reservado@

    #arece (!e o ministrio no Brasil tende a ser mais relacionado com a

    psicologia de gr!po do (!e com a sincronizao de !m plane/amento. Existemais consci"ncia a nvel de pessoas do (!e de tempo 0JaVers 268G, 623.

    #essoas dirigidas por eventos tendem a embelezar acontecimentos, atravsde rit!ais, cores e participao ativa. 'sto pode explicar o en)meno docrescimento da !mbanda 0mais de doze mil&es de adeptos3, (!e, aprincpio, alava de perto aos negros, m!latos e ndios, (!ando comeo! &*sessenta anos atr*s.

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    carretel de lin&a t!do era importado... : vest!*rio masc!lino para !m climatropical era eito de tecido ingl"s, prprio para a vida nas casas rias doinverno ingl"s. #erg!ntei a mim mesmo= como eles s!portam o calor@... Em#ernamb!co, ns, est!dantes !niversit*rios, vestamos palets matinais ecasacos de e(!itao... 5om exceo dos pobres, n!nca vi... alg!m vestido

    com tecidos leves 0citado por B!rns 26G7, HW3.Ima crtica semel&ante oi expressa em 26CD, na ina!g!rao da est*t!a de5!a!temoc no Brasil. : embaixador mexicano, Aos 9asconcelos, observo!(!e 5!a!temoc &avia sido o ltimo imperador asteca e disse=

    : primeiro sc!lo de nossa vida nacional oi !m sc!lo 0de esoros3 paraser !ma cpia pereita do e!rope! agora &ora no de retrocesso, mascertamente de originalidade. 5ansados... de toda esta civilizao de cpias...interpretamos a viso de 5!a!temoc como !ma proecia acerca do...nascimento da alma latino-americana 0B!rns 26G7, GC3.

    : apelo de 9asconcelos por !ma c!lt!ra a!tctone em 26CD relete o temorde alg!ns brasileiros de &o/e, (!e pensam (!e a pregao expositiva !msistema estrangeiro a ser imitado. alvez este receio se relacione mais aoestilo de pregao do (!e a real exposio da Bblia. M claro (!e a c!lt!rapode ter inl!"ncia sobre os mtodos de preparo o! estilos de pregao, mas dicil pensar em (!al(!er c!lt!ra, crist o! pag, (!e proba a exposiodas +agradas Escrit!ras

    Em nossa tentativa de relacionar as estr!t!ras sociais no Brasil com a arte deexpor a #alavra de

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    27HW a 2776 ele !ni! a nao. Embora dependente de #ort!gal, o Brasildesenvolve! !ma inra-estr!t!ra b*sica (!e, inalmente, o levaria aa!tonomia. E assim acontece!. ; S!erra do #arag!ai irmo! o >exrcitobrasileiro> e apro!ndo! o esprito de independ"ncia. Em 21 de novembro de2776, este novo exrcito dep)s independ"ncia dependente> andam /!ntos. alvez os personagens espan&is 0'da 268H, D83 il!stra a coexist"ncia deidealismo e realismo, tpica da personalidade latina.

    Em termos de exposio bblica na ;mrica %atina, parece claro (!e apl!ralidade de inl!"ncias deve servir como base e parOmetro para odesenvolvimento de !ma metodologia de exposio. 5ontin!aremos agorapara averig!ar como a mitologia dos ancestrais dos amerndios, o espiritismoanimista aricano e o catolicismo crd!lo port!g!"s contrib!ram de ormanica para os estilos de cognio e com!nicao no Brasil.

    O E"&l' C'g!&"&v' e a F'r*a $e C'*%!a(+'

    :s estilos de liderana 0polticos, religiosos e o!tros3 so pro!ndamenteaetados pelo processo de pensamentoKcognio !sado em certa c!lt!ra.5ada c!lt!ra tem se!s prprios padres e expresses de pensamento (!eretratam >a mente de !m povo>. ; cosmoviso 0padres de pensamento eormas de reagir a vida3 a c&ave em nossa b!sca de !ma base para aexposio bblica. 4* (!em goste de pres!mir (!e existem pontos c!lt!raisem com!m avor*veis L exposio da #alavra de d!as pessoas com panos de !ndo dierentes podem azer amesma coisa, mas para cada !ma o ato pode ter conotaes (!e variam,podendo s!rgir de !ma mentalidade (!e no tem nen&!ma relao com a dao!tra pessoa> 04esselgrave 2686, CWC3. ; c!lt!ra brasileira, sendo !mamist!ra das c!lt!ras e!ropia, aricana e amerndia, desaia-nos acompreendermos estas inl!"ncias em s!a operao nos estilos de cognio ecom!nicao dos ministros evanglicos da #alavra dos dias at!ais.

    : brasileiro, embora talvez se/a mais int!itivo em mdia, no nen&!mdesa/eitado (!ando se mostra lgico, racional e intelect!almente agressivo.

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    +!a &erana do oeste e!rope! l&e instilo! esta caracterstica, e ele pode serracional, mesmo (!e os o!tros dois teros de s!a &erana c!lt!ral pesemmais para o lado da int!io.

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    Setlio 9argas, d!as vezes eleito, disse !ma vez n!m disc!rso de campan&a=>Je!s inimigos dizem (!e esto! ro!bando voc"s. Bem, (!em voc"spreerem (!e os ro!be@> ; m!ltido o ovaciono!. +er capaz de dizer !macoisa destas e ainda ser ovacionado algo (!e exige mais do (!e atit!desespecicas sobre disc!rsos polticos 05ondon e Yo!se 2687, CDG3. ;

    dinOmica relacional concreta, to integrante dos valores tradicionaisbrasileiros, estava em evid"ncia e opero! na(!ele caso.

    4* (!em ve/a na(!elas ovaes para o presidente a ora &erdada da arteoral aricana, onde >o gr!po participa com o orador... n!m esprito deinterao com!nal 0relacional concreta3> e onde >a &abilidade de alar !mpr-re(!isito ao poder poltico, e os talentos verbais, se/am para narrar !ma&istria o! deender !ma ca!sa no trib!nal, so altamente admirados> 0$lem267C, 2W8, 2W13.

    P l!z desta inl!"ncia evidente da oratria aricana sobre os disc!rsos

    pblicos no Brasil, no possvel concordar com +Vlvio Fomero, (!e certavez escreve! (!e os negros e os ndios >se expressavam mal na sociedade ec!lt!ra brasileiras>, mesmo (!e, talvez, ele estivesse se reerindo Lscontrib!ies polticas 0reVre 2616, 2D63.

    :bserva-se (!e os sermes pentecostais modernos t"m m!itas vezes baixoteor teolgico, mas apresentam m!itas &istrias relacionais concretas,experi"ncias, c!ras e emoes 0Nida 268H, 2HH3. Este tipo vivaz de pregaotem sido !sado como ac!sao contra a pregao expositiva, citada comoseca, concept!al, abstrata e no dirigida Ls necessidades especicas. Jin&aperg!nta = a pregao expositiva tem de ser assim@ 4* alg!ma lei (!e diga

    (!e !ma pessoa com tend"ncia relacional concreta o! int!itiva no podeexpor as Escrit!ras com signiicado, !sando os talentos de com!nicao ecognio inerentes em s!a c!lt!ra@ #regao expositiva signiicaexcl!sivamente pregao pesada, concept!al e destit!da de sentimentos,emoes e experi"ncias@ ;& Esta caricat!ra de exposio bblica no az/!stia L arte nem permite (!e as ri(!ezas de o!tras abordagens cognitivasse/am !sadas na narrao da &istria de

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    4* !m belo exemplo disto no disc!rso pblico de A!li!s NVerere, #residenteda anzOnia. 5omo aricano, ele emprega !m estilo relacional concreto aoexpor s!as idias. 5ondon e Yo!se observam (!e o #residente NVererepode prender a ateno de alg!m d!rante !m disc!rso de d!as &oras,mesmo (!e esta pessoa no entenda !ma s palavra do idioma s!ale. Eles

    escrevem=Em !m de se!s disc!rsos d!rante o perodo politicamente ativo, em 26GG-G8,NVerere comeo! com alg!ns risin&os a a!di"ncia tambm responde! damesma orma. %ogo estava estabelecida !ma relao de risadas, !ma ormade com!nicao bem dierente de (!al(!er coisa /* vista em disc!rsosocidentais.

    arg!mentao mantida irme 0e3 ele recorre a !ma importante tradio orale convenes de disc!rso no encontradas em nen&!m o!tro l!gar 05ondon eYo!se 2687, CDG it*licos me!s3.

    +e alg!ma nao /* teve os antecedentes c!lt!rais para preenc&er o lema daFeorma, >; #alavra e o Esprito>, esta nao o Brasil. >#alavra> e>Esprito> so associados por !m terico dos estilos de cognio as ormasde con&ecimento analtica e global 0+teZart 268H, 87-863. ?!anto ao lemada Feorma, poderamos associar >#alavra> com o lado ob/etivo o! racionalda c!lt!ra brasileira 0origin*rio dos port!g!eses3 e >Esprito> poderiaabranger a dinOmica de cognio e com!nicao experimental e relacional

    concreta aro-amerndia.Je!s dezoito anos de observao dos seminaristas brasileiros mostram-me(!e eles tendem a se inclinar a !m estilo de com!nicao e cognio>orientado pelo Esprito>. :s tericos c&amariam isto de percepo >global>da realidade, onde a pessoa >socialmente tem !m senso de depend"nciam!ito maior e, emocionalmente, 03 relativamente aberta e expressiva>0+teZart 268H, 723. 'nclinam-se eles a isto por ca!sa de !m sc!lo depregao evanglica (!e negligencio! a arte da exposio nas igre/as@ #alavra> 0analticos3 e do >Esprito> 0globais3 n!m estilo de exposio

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    !ncional@ Aes!s no ministro! L pessoa inteira com s!as exposies@ #a!lono exorto! os cristos a (!e aceitassem as pessoas com dons dados peloEsprito +anto na igre/a e no especiico! !ma dessas pessoas dotadas comosendo >pastor-mestre> 0E H.223@

    em sido observado (!e as !nes pastorais de cond!o do reban&o soglobais, onde a int!io e a >relao de associao na esera social> sodominantes, e as !nes de ensino so analticas, >caracterizadas pelaob/etividade, abstrao e dierenciao na esera intelect!al> 0+teZart 268H,7W3. 5om base nestas idias, +teZart extrai !ma preciosa concl!so=

    Estaria #a!lo azendo !m apelo 0a3 cada ministro cristo... 0por3 !maintegrao destes dois valores e estilos na personalidade@ #ara a(!eles (!e,por nat!reza, tendem a ser especialistas na #alavra, isto signiicaria !maabert!ra deliberada a sit!aes e pessoas (!e possam nos a/!dar adesenvolver nosso lado espirit!al para a(!eles mais intrinsecamente

    orientados pelo Esprito, isto levaria a !ma a!todisciplina de est!do, (!andoseria m!ito mais conort*vel contin!ar simplesmente aproveitando o calor eo apoio de cristos com opinies semel&antes... +omente (!andorecon&ecemos e a(!ilatamos as contrib!ies necess*rias dos dois tipos deestilo, podemos, >seg!indo a verdade em amor>, crescer >em t!do na(!ele(!e o cabea, 5risto> 0Esios H.21 +teZart 268H, 773.

    : brasileiro, com se!s estilos cognitivos, pode enri(!ecer a arte da pregaoexpositiva. Ele pode azer (!e mensagens bblicas slidas se tornem a#alavra relevante de as ormas de expresso retricac!lt!ralmente inl!enciadas> 05ondon e Yo!se 2687, CDC3. Embora a idia

    de pregao expositiva possa ser considerada >ocidental>, !ma >importaomission*ria> (!estion*vel o! >m!ito racional para latinos>, a &erana c!lt!raldo Brasil ornece as erramentas retricas a!tctones para provar o contr*rio.: pregador brasileiro tem diante de si a oport!nidade ilimitada de expor a#alavra de ?!anto a ns, nos consagraremos L orao e ao ministrio da palavra> 0;tG.H3.

    ?!al a s!a ilosoia sobre o ministrio da palavra@ alvez voc" responda=>E! ainda no orm!lei !ma> 9erdade@ N!nca passo! por s!a cabea (!egrande parte da(!ilo em (!e voc" cr" e (!e pa!ta s!a vida no est*codiicada o! ormalmente escrita@ #or exemplo, voc" /* escreve! !m est!doa respeito da(!ilo (!e voc" cr" sobre o ato de assistir televiso@ E! no.odavia, me!s &*bitos 0inconscientes@3 di*rios como telespectador so a

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    encarnao de min&a ilosoia ainda no orm!lada. M mais *cil viver !mailosoia do (!e literalmente escrev"-la.

    +em (!erer ser dogm*tico, airmo (!e neste exato momento o seminarista eo pastor esto vivendo !ma ilosoia no-orm!lada sobre o >ministrio da

    palavra>. #ois a(!ilo (!e azemos relete bastante o (!e pensamos,conscientemente o! no. Nossa pr*tica de plpito gerada a partir domanancial de nossas crenas b*sicas 0ilosoias3.

    Este pensamento pode ser desconcertante, principalmente por(!e nos deixasem nen&!ma desc!lpa. ?!e ele possa nos cond!zir a !ma introspecosa!d*vel semel&ante L(!ela dos primeiros apstolos e (!e, em orao,possamos nos consagrar ao ministrio da palavra. E por (!e no@

    +em dvida dicil admitir (!e o mod!s vivendi de !ma pessoa relete s!areal ilosoia sobre o ministrio da palavra. alvez nos deendamos, dizendo

    (!e consideramos esta ilosoia no-orm!lada somente como experimental e(!e plane/amos alter*-la alg!m dia. +e m!darmos, estamos na boacompan&ia dos apstolos, por(!e eles tambm m!daram : ministrio dapalavra torno!-se o principal parOmetro para t!do (!e izeram como ara!tosde 5risto na igre/a. #ara eles, a pregao n!nca se torno! !m r*gil ap"ndicede s!as m!itas o!tras atividades eclesi*sticas.

    #ara alg!ns, !m recon&ecimento como este poderia l&es abalar o e(!ilbrioemocional. #or (!e@ #or(!e penso (!e m!itos servos do +en&or vivematravs da dinOmica psicolgica e religiosa do idealismo. ?!ando !m servode teologia do livro> e acond!ta de plpito oerecido por alg!ns pregadores (!e deendemcomp!lsivamente a inerrOncia das Escrit!ras. Eles airmam s!a disposio demorrer no paredo, em vez de negar a inerrOncia da Bblia. 'sto admir*velJas, lamentavelmente, se!s sermes, domingo aps domingo, n!m contextode total liberdade religiosa, so pa!prrimos de contedo bblico. J!itasvezes, o teor de s!as mensagens relete !ma mente pert!rbada, em vez doEsprito terap"!tica de

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    #recisamos de !ma coragem inlexvel para enrentar nossa verdadeirailosoia 0embora no-orm!lada3 do ministrio da palavra. M necess*riaora moral para (!e alg!m conesse a si mesmo e a

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    salvao eterna. ?!ando os dem)nios se l&es s!bmetiam em nome de Aes!s,icava claro (!e

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    0C 5o G.Cb3.

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    text!ais tendem a ter esta caracterstica negativa. ; exposio da #alavraeterna permite (!e

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    4* po!cas passagens bblicas (!e alam do car*ter !niversal da #alavra deEle o nosso. Em 4ebre!s D.8, antes de citar o+almo 61.8-6, o a!tor inspirado incl!i a seg!inte rase= >;ssim, pois, comodiz o Esprito +anto...>. ;(!i a an*lise do como diz o Esprito +anto>.;ssim ele s!bentende (!e o Esprito +anto est* &o/e apelando a se! povopara (!e este o o!a, como ez &* sc!los, (!ando oi escrito o salmo. Naverdade, possvel detectar a(!i (!atro est*gios s!cessivos em (!e

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    D3 Ela pode ser recebida o! re/eitada pelo o!vinte= >;caz, porm, disse= Noo pedirei...> 0v. 2C3.

    H3 odavia, a mensagem vem de Ento disse o proeta= :!vi, agora, casa de

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    da(!ela insepar*vel combinao de paixo e trabal&o, para (!e ten&as!cesso. al combinao est* viva no corao do ara!to (!e acreditaativamente (!e

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    opinies pessoais. : (!e &* de mal nisso t!do (!e os membros dacongregao discernem int!itivamente as d!as vozes. Eles anseiam o!vir avoz de religiosos>. Eles (!erem crescer, mas devido L alta de alimento espirit!al,acabam n!ma vida espirit!almente medocre.

    +e ns, servos de

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    U*a F&l''.&a 0%*a!1"a

    ?!anta dierena &averia, se todos os pregadores evanglicos escol&essem e

    praticassem !ma ilosoia teolgica do ministrio da palavra 'nelizmente,&* !m camin&o mais *cil, mais largo, e m!itos entram por ele. En(!antodescrevo !ma abordagem &!manstica da tarea da pregao, espero (!ese/amos levados a azer !ma avaliao sria e revol!cion*ria de nossailosoia do ministrio da palavra.

    5omo realmente encaramos a tarea da pregao@ +er* (!e, como m!itosseminaristas e pregadores novatos, ns a vemos primeiro como alg!m tipode arte retrica, !ma >&abilidade &omiltica>@ 5aso positivo, o s!cesso noministrio depender* de nosso !so e desenvolvimento inteligente das leis daretrica. Nesta abordagem 0mais re(entemente n!m nvel inconsciente3, a

    proclamao se torna primeiro !m ass!nto de estilo retrico, e o contedo sec!nd*rio. : (!e importante a apresentao e o carisma doapresentador. #arece (!ase &aver !m valor exagerado no mecanismo dacom!nicao e praticamente !m ende!samento da personalidade.'nelizmente, tal procedimento ilosico dimin!i bastante a dimensoespirit!al da pregao. ; a!toridade de

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    e a(!ilo (!e alado.

    :s ministros (!e se permitem ser orientados por este tipo de ilosoia corremo risco de perder a seriedade espirit!al de !m verdadeiro servo da #alavra de

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    da onte desta ideologia materialista.

    ; igre/a evanglica no tem escapado do impacto desta ilosoia. Em geralos membros no gostam do pastor aplicado (!e dese/a trabal&ar comexposies (!e levam longos perodos. Eles tambm (!erem res!ltados

    imediatos e m!ita satisao sem sacricio. anto os pastores (!anto aspessoas so re(entemente pressionados ao imediatismo por todo ambienteda sociedade moderna.

    5omo so, &o/e, os sermes na igre/a evanglica@ M possvel encontrarsermes or/ados na bigorna do est!do disciplinado da #alavra e (!e ten&ampor lastro intensa orao intercessria@ :nde esto os sermes (!e nasceramde longos contatos de devoo com a #alavra de , e alg!ns ara!tos tentam pregar a verdade sem estaremseg!ros de

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    No *cil deinir sermo expositivo em relao aos sermes tpicos o!text!ais. Ima das razes disto (!e as deinies (!ase sempre tendem alimitar demais as coisas. bblica> e >expositiva>. ;bsol!tamente elas nosigniicam a mesma coisa. >Bblica> , por deinio, alg!ma coisa (!e serelacione 0mais o! menos3 com a Bblia. +ermes text!ais e tpicos podemse relacionar com a Bblia sem serem expositivos, assim como mangas serelacionam com as r!tas sem serem p"ras. +eg!ndo penso, !m sermotext!al o! tpico pode, na verdade, se relacionar com a Bblia em gra!svariados. Jas, em ess"ncia, o sermo expositivo no pode ser nada menosdo (!e diretamente bblico, gerado a partir do texto bblico e pro/etando !m

    ass!nto 0tema3 inerente a partir da(!ele texto.Em se! livro Exposio do Novo estamento - 3,no s!rge primeiro com !ma deinio, mas, antes, trabal&a com o princpio!ndamental da explanao. Explanar o contedo de !m texto bblico deveser a prpria vida do sermo expositivo 0+tott 267C, 2C13. ; obra de +tott

    enatiza claramente o centro ontolgico do sermo expositivo.+ob este conceito central da exposio est* a idia da explanao. +e!sentido !ndamental o de aplanar alg!ma coisa enr!gada. ; exposio dapassagem bblica caracterizada por !m disc!rso lgico (!e >aplana> o textoe o torna compreensvel. ;ssim, a explanao !ma orma clara deexpressar pensamentos espirit!ais, de modo (!e os o!vintes possam aplic*-los a sit!aes pr*ticas na vida. Este o mapa doBrasil>, e! o!o as palavras, mas no compreendo completamente a(!elepedao de papel dobrado, at (!e ele se/a aberto e se expon&am o contorno eos detal&es do Brasil.

    Estamos tentando a(!i dar !ma clara percepo da s!bstOncia do sermoexpositivo, sem cairmos em deinies ormais. ; prpria palavra

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    >expositivo> nos apresenta mais !m conceito central neste tipo deproclamao bblica. Exposio traz em se! sentido !ndamental a idia decolocar algo em l!gar aberto e tornar acessvel a(!ilo (!e obsc!ro o! est*ora de alcance.

    Jais tarde, aprenderemos (!e !m par*grao de pregao 0!ma partea!t)noma da Bblia3 tem !m tema implcito o! explcito de o!tra orma, noseria a!t)nomo. ;ssim, a explanao e a exposio mantm s!as condiesb*sicas (!ando o pregador extrai o tema e o demonstra com os termos econceitos contidos na(!ele par*grao. M por isso (!e !m coment*riocontn!o 0alsamente c&amado de sermo expositivo3 apenas !mcoment*rio contn!o, (!e geralmente no regido por se! tema inerente nem desenvolvido por ele. : coment*rio contn!o no tem !m conceito central!niicador (!e possa ser compreendido de orma pr*tica. : simples ato depapagaiar livremente palavras e rases de !m texto bblico (!ase sempre setorna !m coment*rio l!ente (!e no se estende para o!tro l!gar a no ser o

    inal da passagem. Jesmo (!ando se incl!i !m po!co de exegese, ocoment*rio contn!o se torna ainda mais desordenado, devido L alta de !mtema dominante.

    ;lg!mas vezes se con!nde exegese com exposio. ;ntes de participar deste c!rso, e! azia a exegese e a levava para o plpito,pensando (!e a(!ilo era !m sermo. ;gora, e! contin!o a azer exegese,mas levo para o plpito o sermo (!e ela prod!z>. : (!e ele azia antes eraalar sobre a estr!t!ra gramatical do texto. : (!e ele estava azendo agoraera explicar o signiicado e o tema extrados da lgica, da gram*tica e da

    estr!t!ra do texto.: lapidao da passagem>0$aiser 2672, HC3. emos a(!i o ponto cr!cial da (!esto para o sermoexpositivo. Esta >lapidao da passagem> deve ser mais do (!e !maconcentrao nas constr!es gramaticais. ; exposio deve ser o res!ltadoinal de !ma explorao 0lapidao3 na passagem, (!e encontra nela s!averdade pr*tica central. : sermo expositivo explica esta verdade central, demodo a torn*-la aplic*vel a vida e ao contexto do o!vinte. Este deve ser ores!ltado de !m >conronto direto com a passagem> 0$aiser 2672, HC3.

    +e a exposio do pregador no plpito !m exerccio patente de exegese,ento a #alavra no se torna carne. : texto de Jate!s 2.CD, seg!ndo a versoinglesa $ing Aames, mostra-nos como a exegese deve cond!zir ainterpretao= >... vs o c&amareis Eman!el (!e, sendo interpretado, . $ennet& 5ragg airma o seg!inte=

    >+endo interpretado> !ma orte condio. Ela se coloca entre o t!do e o

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    nada. M o eixo em (!e gira >Eman!el>. #ois, > no simplesmente !ma declarao. Ima convico. Jais do (!e !m aviso, !ma experi"ncia. ; menos (!e se/a observada, ponderada e crida, como sen!nca tivesse existido. +igniicados no transmitidos so signiicadosr!strados 05ragg 261G, C8D3.

    :!tro exemplo disto (!ando Aes!s rebate os sad!ce!s, em Jarcos 2C.CH.No provm o vosso erro de no con&ecerdes asEscrit!ras, nem o poder de Aes!s perg!nta= >... no tendes lido nolivro de Joiss, no trec&o reerente a sara, como

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    o seg!inte esboo de ;tos 6.2-6=

    2. ; Fesist"ncia de +a!loC. ; 5onverso de +a!loD. ; 5omisso de +a!lo

    Em s!a opinio, esboos tpicos tendem a ser >mais descritivos (!epastorais> 0%ieeld 2671, CG-C83. #ara mim, isto sempre demonstra !m !sotalentoso de palavras e no !ma pro/eo da verdade pr*tica. : sermoexpositivo no somente !m esboo tpico o! !m panorama preciso de !mpar*grao da Bblia (!e nos mantm apenas na casca externa da passagem.

    Em nossa tentativa de atingirmos o centroKess"ncia do sermo expositivo,talvez se/a til azer !ma comparao da estr!t!ra e contedo de cada !mdos principais tipos de sermo. ;s partes globais de (!al(!er sermo sod!as, a saber, 23 estr!t!ra e C3 contedo. ;o analisarmos os principais tipos

    de sermo devemos perg!ntar= (!ais so as verdadeiras ontes (!e geramestas d!as partes@

    : sermo tpico geralmente extrai o esboo 0estr!t!ra3 e o contedo a partirdas &abilidades liter*rias criativas do pregador. +e ele or !m verbalistatalentoso, a estr!t!ra do sermo 0tpicos e s!b-tpicos3 ser* viva e *cil dereter na memria. +e o pregador or inteligente, o contedo ser* apropriado Lc!lt!ra e agrad*vel, mas no necessariamente espirit!al 9erdades econvices bblicas podem azer parte deste tipo de sermo. 'sto depender*em grande parte da piedade do pregador e do propsito na pregao da(!elesermo. Na mel&or das &ipteses, o sermo tpico !m disc!rso bblico. Na

    pior das &ipteses, ele pode ser !ma opinio pessoal tendenciosa sobre

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    religiosas pessoais. Jesmo no mel&or dos casos, o sermo text!al podeacilmente se tornar a palavra do pregador, ignorando o contexto teolgicodo versc!lo isolado (!e se !tiliza. M esta neglig"ncia cas!al (!anto aocontexto (!e torna possveis os mais estridentes erros de interpretao. :sermo text!al divorciado de se! contexto n!nca poder* ser bblico no

    sentido direto do termo.: sermo expositivo extrai a estr!t!ra e o contedo diretamente do par*graoa ser pregado. ;s Escrit!ras so a onte b*sica para os dois. No existe nadada(!ilo de !sar as Escrit!ras para dar apoio sec!nd*rio L orma e aocontedo do sermo expositivo. 4. SradV ; Bblia a onte geradora da orma e do contedo, e o sermo realmentediz o (!e o texto diz@> 0ilosoia> aproxima-se das idias de >mistrio> e >teologia>. : mistrio dosermo expositivo s!rge da nat!reza sing!lar de

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    de alar. #arece estran&o (!e

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    AS VANTA-ENS DA PRE-AO EXPOSITIVA

    : ancio 5risstomo disse certa vez (!e o valor da pregao expositivareside no ato de (!e prega apalavra> 0imperativo C m H.C3, ele tin&a boas razes. ;inal, #rega a palavra> !ma rase (!eexprime convico e convoca L exposio.

    4* m!itas vantagens na pregao de sermes expositivos (!e abran/amlivros inteiros da Bblia. ;lm de obedecer a !m mandamento claro de

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    destinados a s!bstit!ir as oport!nidades reg!lares de pregao. J!itas vezes,o peso da c!lpa (!e acompan&a tais t*ticas leva os ministros a crisesemocionais e sicas. ; partir deste ponto resta !m pe(!eno passo para oabandono do ministrio.

    ;o contr*rio disso, o servo do +en&or (!e acredita sinceramente (!e iramessiOnica> no pastor.

    %embro-me do caso de !m pastor recm-c&egado (!e decidi! azer !masrie de exposies sobre o livro de 2 5orntios. Na (!inta mensagem, oexpositor teve de lidar com o tema da imoralidade. Ele estava ali e no &aviameio de p!lar o ass!nto. Em obedi"ncia e , ele prego! a #alavra. #o!cotempo depois, !m membro da igre/a o proc!ro! para receberaconsel&amento, conessando estar envolvido em cond!ta imoral. Ele sabia(!e o pastor no estava ciente da sit!ao e tin&a certeza de (!e a #alavra de

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    receber a/!da redentora. Esta >#alavra> em especial c&ego! ao pecador na>plenit!de do tempo> e na se("ncia nat!ral das mensagens.

    : ator da n!trio a terceira vantagem da pregao expositiva. ; #alavrade evangelsticas> o! >de ediicao> ase! sermo. ; #alavra de ... pois ostes regenerados, no de semente corr!ptvel, mas deincorr!ptvel, mediante a palavra de 02#e 2.CD-C13.

    ; #alavra do +en&or permanece, en(!anto t!do mais perece. Ela no prod!zapenas o novo nascimento, mas tambm transormaes ticas e moraisna(!eles (!e a o!vem com vontade. ; passagem acima contin!a=

    > 02 #e C.2-D3.

    ; #alavra de

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    consci"ncia da a!toridade divina (!e acompan&a s!a mensagem. Em se!corao ele sabe (!e 0\;t C.D83. : res!ltadoda(!ela a!toridade divina oi a converso de cerca de tr"s mil almas. Nocapt!lo tr"s vemos como #edro lido! com este inl!xo de a!toridade.... por (!evos maravil&ais disto, o! por (!e itais os ol&os em ns como se pelo nossoprprio poder o! piedade o tivssemos eito andar@> 0;t D.2Cb3. : (!e s!rpreendente na a!toridade (!e vem com a pregao da #alavra de

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    at!al, mas tambm nas experi"ncias da vida. :!vir !m pregador alar sobrereligio !ma coisa. :!tra coisa o!vir ve/amos Aes!s como !ma ig!ra real da &istria, no apenas como ass!ntode !ma experi"ncia abstrata> 0enneV 267C, 286-27C3.

    5om o crescimento enomenal da igre/a em certas partes do m!ndo, a sextavantagem torna-se importante. ; pregao expositiva dimin!i bastante odesenvolvimento de idias &erticas. ?!al(!er pessoa (!e preg!e sobre !mlivro da Bblia orada a !sar se! contexto. : par*grao da pregaosempre estar* no contexto imediato do par*grao anterior o! posterior. :sprimeiros (!atro passos da pes(!isa 0ve/a a introd!o3 mantm o expositorperto do texto em se!s contextos imediato e geral. : !so de par*graos comotextos da pregao proporcionam !ma g!arda &ermen"!tica. Ima palavra o!rase anterior rereia !ma interpretao potencialmente &ertica. :spensamentos principais no par*grao indicaro o tema teolgico e diro aoexpositor o (!e e (!anto alar sobre ele.

    ; pregao expositiva atravs de livros da Bblia colocar* L prova nossasconvices sobre do!trinas (!e podem ser mais tradicionais do (!e bblicas.

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    ;ssim, o expositor sincero estar* mais interessado na integridade e verdadedo (!e em idias no-bblicas. anto ele como se!s o!vintes crescero naverdade de para o desempen&o do se! servio, para a ediicao docorpo de 5risto>.

    ;lg!ns anos atr*s, !m seminarista e e! trabal&amos /!ntos na !ndao de!ma igre/a em ;tibaia, estado de +o #a!lo.

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    res!ltados= mais almas oram salvas, mais mel&orias oram eitas Lspropriedades da igre/a e mais din&eiro oi dado as ca!sas mission*rias, maisdo (!e em (!al(!er o!tro perodo da &istria da igre/a e oi ... envia-me a mim>. Ento

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    ; dcima vantagem da pregao expositiva a seg!inte= !ma srie deexposies atravs dos livros da Bblia preserva e garante a variedade 0Aones2682, 813. ?!al(!er pessoa (!e expon&a livros inteiros da Bblia em ormade srie tocar* em v*rios ass!ntos= do!trina, vida interior, devoo a tempo din&eiro>. empo perdido din&eiroperdido. ?!ando nos entregamos ao ministrio da palavra, o tempo se tornasagrado Ele mais do (!e !ma re!nio de min!tos, &oras e dias. #ara opregador da #alavra, o tempo !m [airos 0!ma oport!nidade (!e l&e coniada3. ?!ando !m pregador c&amado para trabal&ar n!ma igre/a, eleass!me !m [airos. #or vontade soberana, pode ser !m perodo de tr"s, cincoo! dez anos. erminados estes anos, eles no podem ser c&amados de volta,revividos o! corrigidos. Eles so !ma responsabilidade sagrada e precisamser tratados com pro!ndo respeito, dia a dia.

    Ima vez (!e o tempo sagrado, o !so (!e azemos dele traz implicaesticas. : aspecto moral do emprego do tempo parece no inl!enciar ospensadores modernos. ; inidelidade ao calend*rio e ao relgio algo bemcom!m. E, !ma vez (!e >todo m!ndo az isso>, por (!e a consci"ncia dealg!m deveria ser incomodada@ ?!ando o pecado se torna !ma ocorr"nciasociolgica di!sa, a consci"ncia pblica do erro moral o! tico se tornainsensvel. ;t mesmo &omens e m!l&eres c&amados para servir a matando> partes de nosso ser moral. ?!al(!er !m (!e se

  • 5/26/2018 Prega a Palavra - Karl Lachler

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    envolva no ministrio da palavra ter* de encarar este c&amado como !m[airos (!e exige plena dedicao ao !so ade(!ado do tempo.

    ; vida m!ito c!rta para ser desperdiada. E a vida no ministrio da palavra breve demais para ser medocre. +e a exposio das Escrit!ras or central

    ao ministrio da palavra, ento ns, servos de 0em nossas

    dimenses de tempo e espao E 2.H3. >... nele, digo, no (!al omos tambmeitos &erana, predestinados seg!ndo o propsito da(!ele (!e az todas asco!sas conorme o consel&o da s!a vontade, a im de sermos para lo!vor das!a glria, ns, os (!e de antemo esperamos em 5risto> 0E 2.22, 2C3. :ndemais isto poderia acontecer, seno no tempo e no espao@ ; expresso!ndamental da redeno do tempo aparece em Esios C.2W= >#ois somoseit!ra dele, criados em 5risto Aes!s para boas obras, as (!ais .

    5omo

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    tempo. Im sermo pobre geralmente pobre por(!e o servo de o!tros deveres>, o! cerca de !ma &ora emeia. odavia, 1W^ dos pastores apontaram a necessidade de mais tempo

    para o preparo de sermes.

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    da nat!reza sagrada do tempo, mas tambm devem demonstr*-la na pr*tica.#arece dicil aos pastores programar o tempo (!e l&es destinadodiariamente. alvez isto acontea pelo ato de o plane/amento parecer !macoisa to &!mana, to destit!da de dimenses msticas o! espirit!ais. ;ssim, raro encontrar !m pregador (!e ore e espere no +en&or para receber

    orientao mstica no plane/amento de !m pi(!eni(!e o! de rias. ;semel&ana de (!al(!er o!tra coisa, a ao &!mana de plane/ar algo pode serdedicada a

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    #rimeira, re(entemente desperdia-se tempo (!ando se dorme demais. Mverdade (!e (!ase sempre o pastor ica oc!pado at tarde da noite. 5ont!do,o &*bito de dormir at tarde !m &*bito e pode azer (!e o dormin&ocoperca de cinco a oito &oras de est!do por semana

    Em seg!ndo l!gar, re(entemente desperdia-se tempo com aprocrastinao. 9oc" no temtalento s!iciente para a tarea da pregao voc" no conseg!e se sair bemnisso> Este tipo de monlogo acontece na mente de centenas de pastores e,por estran&o (!e parea, ele no recon&ecido como !ma mentira do diabo.:s pregadores da verdade com re("ncia a aceitam e, ento, >pregam> amentira atravs de sermes semi-preparados. : servo do +en&or deve evitar

    a procrastinao por meio da resist"ncia a mentira e ao reairmar a verdadede se! c&amado para proclamar o evangel&o. Ele deve con&ecer e poss!ir osdons (!e l&e oram dados pelo Esprito +anto.

    M imperativo (!e o pregador prepare as mensagens, mesmo (!ando ele notem vontade. Em geral, o ato de no ter vontade de est!dar r!to demonlogos mentirosos. Estas mentiras (!ase sempre so cobertas comconversa espirit!al. %embro-me de !m mission*rio (!e airmo! certa vez=>#regarei apenas (!ando o Esprito +anto me disser (!e assim aa>. Elepregava m!ito po!co Este tipo de inrcia recebe a condenao dasEscrit!ras, por(!e ning!m pode ter certeza do aman& 0iago H.2D, 2H3.

    Jil&ares de circ!nstOncias podem s!rgir para >a/!dar> alg!m a adiar paraaman& o preparo do sermo (!e deveria ser eito &o/e.

    :!tro elemento na procrastinao a lei do menor esoro. endemos aazer a(!ilo (!e se/a mais *cil. Em alg!mas sociedades, a conversa cas!alaz parte do estilo de vida. Nestas sociedades, !m pastor pode conversard!rante &oras com a maior acilidade. Ele pode se sentir ediicado e pode terat ediicado se! parceiro de conversa. Jas o tempo gasto com excesso deconversa no pode ser rec!perado e !sado no preparo de !m sermo. criar> temas vitais para cada domingo. ?!ando o

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    pregador tem por &*bito azer !ma b!sca rentica do tema do domingo, nos*bado a noite o! no domingo pela man&, temos !m claro sinal de ma! !sodo tempo. : plane/amento dos sermes torna-se mais *cil (!ando opregador decide, pela orientao do Esprito, pregar sermes expositivos (!eabran/am !m livro da Bblia. Este camin&o no *cil. : servo do +en&or

    ainda tem o trabal&o de pes(!isar (!ais so os temas no livro da Bbliaescol&ido. Entretanto, elizmente ele no tem de gastar energia para criartemas (!e re(entemente reletem idias pr-concebidas do pastor, em vezda vontade de nat!ral> de pregao da ao povo e ao pastor !m sentido de direo.: ob/etivo claro a ser atingido no livro da Bblia tende a criar !m esprito deexpectativa dentro da igre/a como corpo. M este esprito de expectativa (!eleva o pastor e a igre/a ao est!do ativo das Escrit!ras.

    #or im, o tempo mal empregado no ministrio da palavra, (!ando o servo

    de aos indivd!os crentes. Eleento designa alg!ns crentes como >dons de pessoa> ao corpo, a igre/a. :s>apstolos... proetas... evangelistas... pastores e mestres> so selecionadospor com vistas ao apereioamento dos santos para o desempen&o dose! servio, para a ediicao do corpo de 5risto>. ;ssim, >alg!ns> soc&amados para serem >dons de pessoa> 0pastores e mestres3 para a igre/a.

    J!itas pessoas c&amadas para serem pastores e mestres separam de alg!maorma as d!as palavras, dizendo= >Je! dom pregar E! no so! !mmestre>. Jas a preposio >e> com re("ncia tem a conotao de >isto > o!

    >em partic!lar>. ;ssim, poderamos ler a rase deste modo= >... pastores, isto, mestres> o! >pastores ensinadores> 0Fienec[er 2671, D6H3.

    #astores ensinadores, (!e (!adro bonito ?!e c&amado nobre ?!e granderesponsabilidade ser !m bom administrador do [airos de a(!ele dom, seg!ndotrad!o de !ma verso do Novo estamento. 'sto exige !m !so conscientedo tempo sagrado. +eg!ndo escreve o

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    : &omem de o tempo e ar* est!dos sistem*ticos para s!as mensagens

    expositivas. 5omo mordomo de . : (!e torno! possvel (!e an*tico religiosos epres!nosos intelect!ais vissem a l!z@ :s versc!los dois e tr"s nas dizem. :apstolo arrazoo! 0dielezato3, expondo 0dianoigon3 e demonstrando0paratit&emenos3 o signiicado da morte e ress!rreio de Aes!s 5risto. ;

    proclamao apostlica no era !ma &omilia s!pericial para preenc&er otempo.

    OS ANTECEDENTES 0IST,RlCOS E CULTURAIS

    ;ntes da tarea propriamente dita de preparar a primeira exposio de !masrie, o ara!to de preto ebranco> 0opaco3 no tem m!itos atos ascinantes (!e s!rgem dosantecedentes &istricos e c!lt!rais de !m livro da Bblia.

    +aber (!e 5sar envio! !m destacamento especial de trezentos soldados coms!as amlias, para >romanizar> a cidade de ilipos, algo (!e da vida a

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    Epstola aos ilipenses. #osso o!vir as ordens dadas a(!elas tropas deoc!pao= >'nsistam para (!e o povo de ilipos ale a mesma lng!a deFoma. Exi/am (!e adorem o imperador. Jatem-nos se eles noproclamarem religiosamente= \5sar +en&or\>. ;(!ele minsc!la gr!po decrentes em ilipos, #a!lo escreve= >9ivei, acima de t!do, por modo digno do

    evangel&o de 5risto> 0ilipenses 2.C83. ?!antos crentes &avia em iliposna(!ela poca@ vivei> tem origem na palavra grega polite!omai e signiica agircomo !m cidado. ;(!eles po!cos cristos eram membros de !m reinomaior (!e o de Foma. Eles tin&am !m +en&or maior do (!e 5sar. +im, elesdeviam ser bons cidados dos dois reinos, mas 5risto receberia prioridade.Jesmo (!e isto signiicasse priso o! morte, eles colocariam Aes!s 5ristoacima do imperador.

    Nos dias de &o/e, os cristos verdadeiros constit!em !ma minoria.5onstantemente eles so tentados a ass!mir compromisso com osec!larismo. ?!ando insistem em alar sobre moralidade e tica crist nosnegcios o! na poltica, (!ase sempre so ridic!larizados e marginalizados.

    : expositor (!e izer !so inteligente de dados c!lt!rais e &istricosenri(!ecer* s!a mensagem e cativar* o o!vinte. 9e/a isto nas palavras do#roessor %ieeld=

    J!itos sermes so ricos em il!straes at!ais 0como devem ser3, mastristemente magros (!anto a vida, eventos, tenses, emoes,

    personalidades, problemas e o!tros itens (!e azem parte da colorao dopano de !ndo do Novo estamento 0%ieeld 2671, DD3.

    5ont!do, como o pregador encontra e !sa estes atos &istricos e c!lt!rais@

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    como !ma introd!o ao Novo, devem azer parte do material de est!do dopastor. 5oment*rios bblicos re(entemente incl!em inormaes &istricase c!lt!rais (!e o pregador pode !sar para expor a #alavra com clareza.>5ompra a verdade, e no a vendas compra a sabedoria, a instr!o, e oentendimento> 0#rovrbios CD.CD3.

    emos a(!i !m procedimento simples a ser seg!ido. Em primeiro l!gar,determine o livro da Bblia atravs do (!al ser* eita a srie de exposies.Saste tempo orando (!anto a isto e cons!lte os membros espirit!ais dacongregao. #erg!nte a eles (!al livro da Bblia eles realmente gostariamde dominar. %embre-se de (!e as mensagens sero a #alavra de indispens*vel ao expositor srio.J!itos pastores-mestres s*bios !sam s!as rias para tran(ilamente se>iniltrarem> nos livros da Bblia (!e eles plane/am pregar d!rante o ano.Im de me!s proessores disse certa vez (!e S. 5ampbell Jorgan lia !mlivro da Bblia 1W vezes, antes de preg*-lo.

    Em terceiro l!gar, rena n!m bom caderno de anotaes os elementos de

    inormao dos 'ivros tcnicos. Fecomendo o !so de cadernos grandes ecapric&o no trabal&o, de modo (!e possa ser g!ardado para !so !t!ro. Imseminarista precavido mostro!-me certa vez as GG pastas de ar(!ivo (!e ele&avia comprado com !m sacricio consider*vel. Jesmo antes de poss!ir !mar(!ivo, ele decidi! ter !ma pasta para cada livro da Bblia. Ele plane/avapassar c!idadosamente por esta ase de preparo e g!ardar t!do para !so!t!ro. +eg!em a(!i alg!ns exemplos de inormaes a serem re!nidas paracada srie de exposies de !m livro=

    : a!tor do livro

    2. ?!em o a!tor 0signiicado de se! nome3@C. &* provas internas o! externas de a!toria 0ve/a 2 5orntios 2G.C23@D. ?!ais os o!tros livros (!e ele escreve!@H. ?!ais os o!tros livros (!e mencionam se! nome o! eitos@1. ?!al a s!a proisso@G. ?!e tipo de pessoa ele era 0ve/a Aeremias 2.G3@

    ''. :s destinat*rios do livro

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    2. ; (!e gr!po racial o livro se dirige 0/!de!s, gentios3@C. ?!al a perspectiva religiosa deles@D. ?!e palavra0s3 0so3 !sada0s3 para caracteriz*-los@H. ?!al era a posio social deles 0pobreza, nobreza3@1. ?!em eram se!s 'deares@

    G.

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    descritivas. :!tros atos c!lt!rais so vec!los da revelao divina e averdade prescrita neles no pode ser red!zida arbitrariamente a >!m merorelato de !ma sit!ao &o/e extinta>. : pregador precisa no se atrapal&arcom a >nat!reza &istrica o! c!lt!ralmente condicionada de alg!masexig"ncias ticas o! ensinos gerais da Bblia...> 0$aiser 2672, 22H-2C23. Em

    o!tras palavras, a &istria e a c!lt!ra s!bmetem-se Ls Escrit!ras. #elo ato deser a #alavra de nosso 5riador soberano, a Bblia interpreta a &istria e ac!lt!ra, no vice-versa.

    ;travs dos anos incentivei os seminaristas a azerem esta pes(!isacom seriedade e aplicao. ;s razes eram simples. Im est!do c!idadosodos antecedentes como este iria conirmar e ixar em s!as mentes a(!ilo (!e/* &aviam est!dado no instit!to bblico o! no semin*rio. 'sto a!mentaria se!con&ecimento bblico e os a/!daria a se tornarem grandes peritos em s!as*reas, mesmo (!e n!nca tivessem est!dado n!ma instit!io teolgica. Estepro/eto de pes(!isa criaria !ma rica onte de idias il!strativas e

    interpretativas para !t!ras exposies. Im bom incio cedo no ministrio dapalavra levaria o ara!to a !m bom inal

    #assaremos agora para o seg!ndo dos dois est*gios preparatrios, antes deeetivamente trabal&ar na primeira mensagem expositiva da srie. Naverdade, este passo !ma extenso deste (!e acabamos de completar.

    A DEFINIO DOS PAR-RAFOS DA PRE-AO

    Este seg!ndo est!do preliminar relativamente simples. Em conse("ncia,ele pode ser encarado como s!prl!o. Ima vez (!e este exerccio envolve aleit!ra em devoo da #alavra de Nslemos a Bblia@> e acrescenta o seg!inte coment*rio=

    'sto terrivelmente elementar, mas por onde devemos comear. Ns lemosa Bblia@ Ns a lemos mais do (!e o /ornal do dia@ Ns a lemos a cada dia@Enxergamos como nosso dever examinar diariamente as Escrit!ras, separartempo para isto e est!d*-las atentamente@ +er* (!e ns as interrogamos,azendo perg!ntas e decirando se! signiicado@ azemos disto !ma dasprincipais inalidades na vida@ %emos o!tras coisas (!e il!minam nossacompreenso da Bblia@ Nas conversas com cristos alamos sobre osigniicado da #alavra de

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    >blocos de pensamento>, c&amados par*graos da pregao, aparecem emtodo o texto. odavia, esta leit!ra eita com devoo. ;travs de se! poderinerente e de s!a pers!aso intelect!al, a #alavra aetar* o ara!to conscientee inconscientemente, por(!e ela >penetra at ao ponto de dividir alma eesprito, /!ntas e med!las>, sendo >apta para discernir os pensamentos e

    propsitos do corao> 04ebre!s H.2C3. ;t este ponto, pes(!isamos osantecedentes &istricos e c!lt!rais. ;gora estamos prontos parasimplesmente dividir o livro da Bblia em !nidades de pregao (!e se/amconvenientes, as (!ais preiro c&amar par*graos da pregao. :procedimento o seg!inte=

    023 %eia os tt!los dos par*graos escol&idos pelos p!blicadores de s!aBblia. 5opie-os no lado es(!erdo de !ma ol&a de anotaes, mostrando(!ais versc!los so abrangidos. #or exemplo, e! abro min&a Bblia naverso de ;lmeida Fevista e ;t!alizada, na Epstola aos ilipenses, e colocoo seg!inte em min&a ol&a de anotaes=

    #ar*graos e tt!los extrados da Bblia=

    2. ;es de graa e splicas em avor dos ilipenses 02.D-223C. ; sit!ao do apstolo contrib!i para o progresso do evangel&o 02.2C-CG3D. ; !nidade crist na l!ta 02.C8-DW3H. Exortao ao amor raternal e a &!mildade 0C.2-H31. : exemplo de 5risto na &!mil&ao 0C.1-223G. : desenvolvimento da salvao 0C.2C-2738. #a!lo e se!s compan&eiros imteo e Eparodito 0C.26-DW37. ; exortao reerente a alegria crist 0D.23

    6. : aviso contra os alsos mestres 0D.C-2232W. ; soberana vocao 0D.2C-2G322. :s inimigos da cr!z de 5risto 0D.28-H.232C. ;pelo de #a!lo para Evdia e +nti(!e. Fegozi/o e orao 0H.C-832D. : em (!e pensar 0H.7, 632H. ; gratido de #a!lo para com os ilipenses 0H.2W-CW3.

    +em contar as sa!daes iniciais e os versc!los inais, &* catorze par*graosde pregao possveis.

    Nem todas as Bblias tem as mesmas divises. 'sto se deve ao ato de osp!blicadores terem dividido o texto seg!ndo a percepo (!e tin&am daslin&as de pensamento. ;ssim mesmo, estas divises e tt!los no devem serdesprezados. ;o mesmo tempo, eles no devem ser classiicados comoinalveis o! inspirados. #ortanto, o prximo passo a/!dar* o expositor aconcordar, discordar e modiicar os parOmetros e tt!los dos versc!los dospar*graos. #assemos agora para o passo nmero dois.

    0C3 endo em mos a ol&a de anotaes, leia em atit!de de devoo cadapar*grao, parando depois de cada !m para escrever no lado direito da ol&a

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    a idia o! ass!nto principal do par*grao.

  • 5/26/2018 Prega a Palavra - Karl Lachler

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    ''. ; JENE +IBJ'++; - 5apt!lo C

    ;legria, apesar das pessoas 9ersc!lo c&ave= C.D

    2. : exemplo de 5risto - C.2-22

    C. : exemplo de #a!lo - C.2C-27D. : exemplo de imteo - C.26-CHH. : exemplo de Eparodito - C.C1-DW

    '''. ; JENE E+#'F'I;% - 5apt!lo D

    ;legria, apesar das coisas 9ersc!los c&aves= D.26, CW2. : passado de #a!lo - D.2-22C. : presente de #a!lo - D.2C-2GD. : !t!ro de #a!lo - D.28-C2

    '9. ; JENE +ESIF; - 5apt!lo H;legria (!e vence a preoc!pao9ersc!los c&aves= H.G, 8l. ; paz de

  • 5/26/2018 Prega a Palavra - Karl Lachler

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    OS QUATRO PASSOS DA PESQUISA

    5&egamos agora ao primeiro passo no preparo de cada mensagem da srie deexposies dos livros da Bblia. Je!s al!nos na ac!ldade eolgica Batistade +o #a!lo comentavam com re("ncia (!e o Esprito de

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    o tt!lo e as rases seg!intes=

    #;++: ... por t!do (!e recordo de vs>.9ersc!lo H - >... azendo sempre, com alegria, splicas por todos vs, emtodas as min&as oraes>.9ersc!lo 8 - >... vos trago no corao>.9ersc!lo 7 - a >sa!dade (!e ten&o de todos vs>.9ersc!lo 6 - >... ao esta orao>.

    9emos claramente (!e tr"s rases alam sobre aeio e tr"s sobre orao.:rao intercessria e aeio> o! >: amor (!e motivaa intercesso>. : expositor poder* (!erer conirmar estas concl!ses,repetindo este exerccio com !ma verso moderna o! estrangeira do

    par*grao bblico. :s ara!tos do +en&or (!e t"m capacidade para ler emo!tro idioma encontram com re("ncia novidades e o!tras conirmaesda(!ilo (!e /* &aviam concl!do.

    Neste mesmo passo da pes(!isa, deve ser eita a seg!nda parte do exercciode amiliarizao. Je!s al!nos diziam (!e era esta parte (!e m!itas vezes osinspirava a (!erer pregar sobre a(!ele texto.

    0B3 Escreva em o!tra ol&a !ma par*rase pessoal do par*grao da pregao.;lg!mas vezes levo a orma inal desta par*rase para o plpito e a leiocomo parte de min&a introd!o. M s!rpreendente como este exerccio tem

    me a/!dado a me envolver emocional e espirit!almente com o par*graobblico. Ima das ormas de escrever !ma par*rase preparar a ol&a depes(!isa da seg!inte maneira=

    ;J'%';F'];QR: - 0B3 #;FTF;+E

    exto= ilipenses 2.D-22

    9ersc!lo +!bstantivos +in)nimos 9erbos +in)nimos

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    la mais exata. Neste ponto, a ol&a de pes(!isa dever* ser mais o! menosassim=

    ;J'%';F'];QR: - #;FTF;+E

    exto= ilipenses 2.D-229 D H 1G 8 76 2W 22

    +!bstantivos

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    053 Neste ponto, devemos azer o terceiro exerccio no processo deamiliarizao. +!pon&amos (!e o ara!to de

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    prostit!do por !m amor desregrado por din&eiro e ama. ;nanias e +airamac!laram a com!nidade crist, L semel&ana de ;c, em Aos! 8.2-CG. ;oest!d*-lo, o par*grao acabo! se tornando ;tos H.DC-1.22.

    0

  • 5/26/2018 Prega a Palavra - Karl Lachler

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    H. : milagre destina-se a levar as pessoas a salvao 0v. C23.

    ''. ; ;#FE+EN;QR: e... tal >possesso> ocorre com maior re("ncia e acilidadeao &omem (!e vive, dorme, come e anda em com!n&o com !ma passagemna mel&or parte da semana> 0+tibbs 26GD, D83.

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    #;++: !macerta (!antidade de bagagem c!lt!ral, lingistica e tica> 05arson 2677,2C73. M por isso (!e o prprio ato da exegese, se/a no vern*c!lo, como emnosso caso, o! nas lng!as originais, !m exerccio tanto espirit!al (!antointelect!al. .

    ; exegese !ma parte m!ito espirit!al no preparo das exposies bblicas.5om o pe(!eno o! grande preparo teolgico (!e possamos ter, todosexpomos a Bblia como ara!tos. ; disposio mental do verdadeiro ara!to de idelidade. ; idelidade nasce da sinceridade, do amor e do a!to-exame.Ima vida de devoo sa!d*vel a/!da a gerar >sobriedade exegtica> emnosso corao. No necess*rio dizer (!e a exegese deve ser eita emesprito de orao.

    5arson escreve sobre a >espiral &ermen"!tica>, em oposio ao antigocrc!lo &ermen"!tico. Ele v" o intrprete se aproximar progressivamente dosentido do texto. #arece (!e este movimento espiral acerca do sentidodepende de nossa a!toconsci"ncia. +e con&ecemos a ns, nossa c!lt!rareligiosa e idias pr-concebidas, e >vemos> t!do isto como /anelas atravsdas (!ais realmente observamos, interpretamos e aplicamos o texto bblico,>ento se torna possvel abordar o texto com !ma sensibilidade maior...>

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    05arson 267H, 2C63.

    Im de me!s al!nos, &o/e mission*rio em ;ngola, conto!-me a &istria de!m pregador ali (!e, inconscientemente, revelo! problemas emocionais, porler errado e interpretar mal a rase em 2 5orntios 8.6. ;o ler o versc!lo, ele

    passo! a tratar com severidade a >pr*tica moderna> de rapazes e moas (!eandavam de mos dadas o! abraados. >; Bblia condena todo tipo deabrao>, ele exclamava. +!a mente pert!rbada, (!e se colocava contra todotipo de contato social entre /ovens, possibilito! (!e ele >visse> no versc!lo!m avorecimento desta convico. Im preconceito c!lt!ral, emocional eespirit!al ez com (!e ele visse !m >c cedil&a> no verbo >abrasado>, eml!gar do >s>. Ele concl!i! (!e todo abrao entre amigos era pecaminoso,apesar de o versc!lo declarar simplesmente (!e > mel&or casar do (!eviver abrasado> 0e no >abraado>3.

    Em certos crc!los evanglicos, a exegese considerada algo (!e os telogos

    liberais praticam, a im de colocar a Bblia em descrdito o! minar a .:!tros gr!pos dizem (!e no preciso est!dar, pois >o +en&or l&e dar* !mamensagem (!ando voc" se levantar para pregar>. 0;c&temeier267W, H83. #assamos agora para a tarea de exegese no vern*c!lo, estendendonosso con&ecimento e compreenso da #alavra de ormas das palavras, a posio delas e a !no na relao de !macom a o!tra...> nos do !ma percepo de (!em o s!/eito e da(!ilo (!e sediz sobre ele 0Severt 2671, 21D, 21H3.

    : par*grao da pregao ter* !ma srie de palavras de ao c&amadasverbos. Estes verbos expressaro !ma ao, !ma ocorr"ncia, o! indicaro!ma condio. :s verbos declaram alg!ma coisa sobre o s!bstantivo0s!/eito3 o! azem !ma ponte entre o s!/eito e o!tra palavra (!e completa opensamento sobre ele. No par*grao bblico (!e estiver sendo est!dado, oara!to encontrar* estas palavras de ao em maior o! menor nmero. Imavez compreendidos, os verbos do ao pregador o sentimento das exig"ncias,obrigaes o! benecios (!e

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    condies nos seg!intes tempos= a3 presente, b3 pretrito, c3 !t!ro, d3presente pereito 0ao iniciada no passado com eeitos ainda no presente3, e3pretrito pereito 0algo (!e comeo! e termino! no passado3 e 3 !t!ropereito 0ao (!e comear* e terminar* no !t!ro3.

    ; exegese no vern*c!lo pode parecer para alg!ns !m atal&o ilegtimo e parao!tros !m grande alvio para a dicil tarea do est!do concentrado delingstica. odavia, a exegese no vern*c!lo exigir* tanta energia (!anto ao!tra. #or certo, ela re(!er !ma an*lise sadia das palavras e rases nopar*grao da pregao. : ara!to de

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    >energia> do par*grao, se a maior parte dos verbos est* no tempo presente eno modo imperativo 0etc.3@ :s verbos aparecem mais na voz ativa o!passiva@ : (!e isto tem a ver com a >energia> do tema do par*grao@

    C. Ima vez (!e as Escrit!ras conirmam as Escrit!ras, como as passagens do

    ; e do N esclarecem o sentido destes verbos de !ma orma pr*tica@ ;saes se limitam a

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    C. Existe na seg!nda col!na !m tempo verbal dominante no par*grao@Existe alg!ma se("ncia lgica nos tempos verbais, L medida (!e avanamno par*grao@ ; ao dominante algo contn!o, completo o! pertence ao!t!ro@

    D. Na terceira col!na, (!al a direo dominante da ao principal@;s pessoas o! coisas praticam o! recebem a ao@ ;s aes socondicionais, ordenadas o! so exemplos a serem seg!idos@

    H. Na col!na nmero (!atro, (!em o! (!ais coisas dominam o par*grao@ 4*alg!ma >categoria> de agente0s3@ 4* !ma se("ncia de agentes@ ;s pessoas,l!gares o! coisas so ig!rados, ictcios o! reais@ 5omo as pessoas seidentiicam com se!s o!vintes@

    1. Itilizando !m coment*rio, dicion*rio o! o!tro livro teolgico de

    reer"ncia, copie na ol&a de pes(!isa deinies esclarecedoras de cadapalavra obsc!ra o! dicil.

    G. Baseado nestas deinies, reescreva a primeira par*rase eita d!rante oexerccio de amiliarizao e, se necess*rio, torne mais exata s!a gram*tica.

    N!m sentido real, a exegese !ma orma inteligente e piedosa de se o!vir a#alavra do +en&or, a im de (!e o ara!to se/a iel e inspirado pelo Esprito.

    : passo de amiliarizao destina-se a nos dar !ma perspectiva do par*graointeiro, assim como nos aastamos de !m (!adro para v"-lo como !m todo.

    Im dos ob/etivos do passo da exegese nos ornecer detal&es das !nidadesb*sicas do par*grao, isto , o signiicado e o sentido das palavras.

    : prximo passo, o est!do ind!tivo, destina-se a a/!dar o ara!to a ver ointer-relacionamento e a lgica dos arg!mentos contidos no par*grao dapregao. Esta pes(!isa d* ao expositor m!ita coisa para o contedo b*sicodo sermo.

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    Ento, para o expositor, o (!e !m est!do ind!tivo das Escrit!ras@ ?!aisso se!s elementos b*sicos@ :s elementos so tr"s e cada !m exige ainterao espirit!al e intelect!al do expositor sincero. : pregador precisaobservar com exatido o contedo do par*grao, interpret*-lo de modo

    apropriado e aplicar de !ma orma pr*tica os atos L vida. Este processotripartite de est!do ir* ornecer a maior parte do >rec&eio> o! arg!mentaoda exposio.

    ; :bservao. ; &abilidade da observao algo (!e se desenvolvecom o passar do tempo. ; pr*tica torna pereita esta arte. #arece (!e m!itosleitores da Bblia tem !m senso de observao m!ito pobre. alvez a razodisso se/a (!e na vida c&eia de oc!paes no prestemos ateno a detal&es.emos a tend"ncia de press!por m!itas partes pe(!enas da vida. #orexemplo, algo (!e me ascina a m!ltivariedade de insetos no Brasil. 5ertaocasio, decidi observar as atividades das ormigas aladas. ;s "meas, c&eias

    de ovos, inalmente se cansam de voar e v"m z!mbindo para o c&o n!maaterrissagem desa/eitada. destino>re(!er. 5om a engen&osidade de !ma abel&a, ela cava !m b!raco de mais o!menos C,1 cm. de pro!ndidade. ;contece ento a manobra principal. ;ormiga abaixa-se no b!raco e pe se!s ovos, algo (!e ela n!nca poderiaazer com a(!elas (!atro longas asas salientes. N!m dado momento elas&aviam sido boas para v)os de acasalamento. odavia, para as atividades dereprod!o e criao as asas no eram convenientes. ?!ando perg!ntei a

    me!s al!nos se eles /* &aviam observado este processo, 61^ da classedisseram >no>.

    5omo arte, a observao pode ser desenvolvida para toda a vida,especialmente para o est!do e compreenso das Escrit!ras. +terrett, n!martigo escrito para a extinta revista 4is, airma (!e a estr!t!ra da sentena ea gram*tica so os instr!mentos (!e

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    c&aves ir*, com re("ncia, revelar o sentido b*sico do texto. ?!em 0so3a0s3 pessoa0s3 no texto@ #or (!e certa palavra !sada apenas !ma vez 0o!repetida3@ ?!ais ameaas o! promessas esto no texto@ ?!ais so asimplicaes o! res!ltados das airmaes, splicas o! ordens dadas no texto@5omo o alin&amento dos atos no texto ca!sa impacto sobre o tema@ ?!ando

    acontece o evento, ao o! airmao@;lg!mas vezes, o texto parecera contin!ar imvel. Ento, o!tra srie deperg!ntas poder* a/!dar. ?!ais palavras o! rases so diceis de entender@ :(!e torna obsc!ra esta passagem@ 4* alg!ma coisa altando (!e, caso osseprovidenciada, esclareceria o texto@ ?!e idia0s3 nos par*graos anteriores eposteriores azem !m elo com o signiicado destas palavras o! rasesobsc!ras o! diceis@

    Em todo o processo de interrogar o par*grao, deve-se dar ao texto bblico aoport!nidade de azer perg!ntas ao interrogante. M a esta alt!ra (!e comea

    a aplicao.; ;plicao. Neste processo toma-se !m ato observado, decide-se (!al erase! sentido original e, ento, determina-se se! signiicado para o pregador eo!vinte de &o/e. ; perg!nta c&ave = o (!e isto signiica para mim 0nos3@5omo e! 0ns3 pratico, adoto, demonstro e apresento o0s3 princpio0s3 daverdade contida neste par*grao@ N!m sentido real, este passo de aplicaopr*tica m!ito pessoal. Ele comea com o expositor, personiicado em s!amente e alma e transmitido aos o!vintes, por meio de !ma pregaopermeada de certeza. : segredo da ase de aplicao o mesmo das o!tras.Ele envolve !m interrogatrio persistente sobre o modo como esta verdade

    penetra na vida do dia a dia.; aplicao a se("ncia nat!ral da observao e interpretao. ; pessoaproc!ra c&egar ao signiicado de !m texto, a im de incorporar se!sprincpios a se! estilo de vida. ; observao e interpretao 0exegese3 semaplicao terminam como !m exerccio acad"mico, destinadas as!pericialidade, podendo at cond!zir ao erro 0Famm 268C, 2C3. ;travs des!a #alavra, oma o te! leito eanda> torna-se !ma aplicao pr*tica da palavra de Aes!s, (!ando o &omemse levanta e anda. Na realidade, a aplicao a integrao da verdade a vida.: expositor precisa viver no processo de integrao da verdade, a im depreg*-la com convico e aplicabilidade. P esta alt!ra do preparo, amensagem do par*grao penetra no ntimo e no estilo de vida dapersonalidade do pregador, !ma vez (!e ele se abra coincidentemente a ela.ambm neste ponto grande a tentao de se aplicar a verdade aos o!tros,em vez de a si mesmo. azer isto perder convico.

    ;ntes de orm!lar !m g!ia para a pes(!isa no est!do bblico ind!tivo, temosa(!i v*rias razes pelas (!ais este tipo de est!do !ma importanteerramenta exegtica para o expositor.

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    ; primeira razo reside no ato de (!e a Bblia no vern*c!lo !ma trad!odos originais razoavelmente boa. 5omparada aos antigos cl*ssicos deilosoia, a Bblia tem m!ito mais c&ances de ser trad!zida com clareza, pois>no !m livro de deinies abstratas, mas principalmente !m livro de

    exemplos - !m livro de &istria concreta>, (!e !tiliza met*oras, biograias,par*bolas, narrativas e poemas (!e >podem ser transplantados com "xito,arraigando-se de imediato e lorescendo completamente no novo solo>0+tibbs 26GC, 2C3. ; Bblia no vern*c!lo (!e poss!mos !m comp"ndioinspirado e plantado n!m contexto &istrico comprovado e copiado por&omens clebres em ormas de pensamento concretas e destinadas atransmitir a verdade eterna de

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    !sado. Aes!s, porm, estava L alt!ra da(!ilo e resisti!. Em Jate!s 26.Dss.,Aes!s !so! novamente as Escrit!ras para resistir a !ma tentao teolgicacolocada pelos arise!s. Estas passagens eram paralelas no mesmo livro. Emd!as o!tras passagens no Novo estamento, Aes!s senti!-se >impelido> aodeserto para ser tentado 0Jarcos 2.2C, 2D3 e experimento! todas as tentaes

    (!e soremos 04ebre!s H.213. Estas passagens oram selecionadas no mesmotestamento. Entre m!itas reer"ncias no o!tro testamento 0neste caso, o;ntigo estamento3, o +almo 62.6-21 mostra como a ora e o a!xlioaparecem na &ora da tentao, (!ando nos re!giamos no +en&or.

    espirit!alizao> dereer"ncias vetero-testament*rias. #enso (!e ele este/a se reerindo a pr*ticade enxergar n!m evento bblico com!m !m sentido teolgico o! espirit!alno conirmado pelo contexto imediato o! pelo restante da Bblia 0Aones2687, CDW, CD23. Im exemplo deste tipo de >espirit!alizao> do texto acomparao da travessia do Fio Aordo, eita pelos israelitas, com nossa

    passagem para o c!, no momento da morte.:!tra advert"ncia se encaixa neste contexto. No aa citaes de m!itostextos paralelos. 5erto seminarista, en(!anto pregava !m sermo pr*tico naclasse, citava de cor cinco o! seis versc!los em seg!ida, ao inal de cadadiviso principal. Ele simplesmente os citava, sem azer coment*rios o!aplicaes. Em vez de acrescentar !ma arg!mentao lgica L idia centralde se! sermo, a(!ilo crio! !ma sensao de con!so. 'sto me ez lembrarde !ma brincadeira de ma! gosto (!e azamos, (!ando ramos crianas noleste da #ensilvOnia, nos EI;. ; camin&o de !m vel&o poo ondenad*vamos, pass*vamos por !ma lagoa de *g!a pot*vel (!e saia da

    montan&a. Ns nos a/oel&*vamos, bebamos com vontade !m gole gelado e,ento, a!nd*vamos a mo na *g!a e a enlame*vamos, orando o prximoda ila a ter de esperar alg!ns min!tos, at (!e os sedimentos se assentassem.; ltima coisa (!e !m expositor da #alavra de

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    deinio=

    2. ; proposio o corao do sermo. ;ssim como o corao bombeia osang!e, dando vida ao corpo &!mano, a proposio vitaliza a orma e ocontedo do sermo.

    C. ; proposio o eixo principal do sermo. ;ssim como o pino centraln!ma dobradia controla e limita o movimento da porta, a proposiocontrola e limita o alcance da orma e do contedo do sermo.

    D. ; proposio a bssola (!e indica a verdadeira direo do sermo.;travs da proposio possvel dizer se as divises principais, asil!straes e os arg!mentos gerais esto apontando na mesma direo dopar*grao da pregao.

    H. ; proposio !ma mola comprimida ela tem energia inerente em si parase expandir. ; proposio o sermo em miniat!ra e contm a ess"ncia de

    s!a orma e contedo.1. ; proposio o alicerce da estr!t!ra do sermo 0Braga 2672, 22H3.

    : Novo proposio> como= >;ss!nto (!e vai serdisc!tido o! assero (!e vai ser deendida>. : #arte de !m disc!rso onde se apresenta e expeo ass!nto (!e se pretende provar, estabelecer, disc!tir, contar, ensinar o!descrever>.

    Nestas deinies encontramos o contedo, a orma e a posio de !ma

    proposio. ; proposio !ma abreviao do sermo. E !ma sentena.;parece no comeo do sermo, na introd!o. N!ma dissertao, ela escrita. N!m sermo, alada. Em ambos, ela !ma declarao vigorosa,s!gestiva e provocante. No sermo expositivo, ela concebida a partir dopar*grao da pregao. #ortanto, s!a ess"ncia teolgica, a airmao de !mprincpio divino. Ela did*tica, especica, extrada do sentido >&istrico-gramatical> do par*grao.

    ?!ais so os componentes b*sicos da proposio de !m sermo@ Mnecess*rio (!e se compreenda a >anatomia> de !ma proposio, a im de (!eela se/a !tilizada com eici"ncia na exposio do par*grao. Em primeirol!gar, a proposio tem !ma airmao teolgica 0;..3 da verdade teolgicab*sica (!e se encontra implcita o! explcita no par*grao. Je!s al!nos comacilidade em eologia +istem*tica tin&am po!co trabal&o para determinar(!al aceta da teologia o par*grao deendia o! provava. Esta airmao nemsempre precisa ser eita na ling!agem er!dita da teologia. N!ma exposiobblica bom (!e se/am !sados termos (!e possam ser mane/ados pelamaioria dos o!vintes. : expositor (!e tiver passado pelos passos de pes(!isade amiliarizao, exegese e est!do bblico ind!tivo dever* ter tido contatos!icientemente pro!ndo para sentir espirit!al e logicamente o tema b*sico

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    do par*grao da pregao e convert"-lo n!ma airmao teolgica. %embre-se de (!e a airmao teolgica na proposio a parte (!e declarabrevemente a verdade central em orma de princpio. Nos exemplos (!eseg!iro, certii(!e-se de (!e observa como a ;.. declarada em orma dem*xima o! princpio. 9erii(!e tambm a brevidade de dez palavras o!

    menos.; seg!nda parte anat)mica da proposio a sentena transicional 0+..3. +ea airmao teolgica o tema em orma de post!lado, a +.. a ponteliter*ria (!e leva o o!vinte do princpio tem*tico para os arg!mentos (!e oavorecem. 0Estes arg!mentos so as divises principais da exposio.3 #araser pr*tica, !ma ponte precisa de d!as margens. #or !m lado, a +.. precisada airmao teolgica e, por o!tro, precisa da estr!t!ra do sermo. ;(!i e!divido a proposio em s!as partes >orgOnicas>, somente por razesdid*ticas. Ela de nada servira se no or compreendida e redigida como !ma!nidade.

    4* a terceira parte estr!t!ral da proposio. Ela pertence a sentenatransicional e c&amada palavra c&ave. ; palavra c&ave 0#.5.3 sempre !ms!bstantivo no pl!ral. Este s!bstantivo no pl!ral o >corao> do corao dosermo expositivo 0a proposio3. M pl!ral por(!e o par*grao da pregaotem pelo menos dois elementos categorizados por este s!bstantivo no pl!ral.M pl!ral por(!e as exposies bblicas geralmente seg!em o padro depl!ralidade de divises. ;ssim, a palavra c&ave aparece implcita o!explicitamente em cada diviso da mensagem. ento escrever min&aproposio 0;.. +.. #.5.3, de orma (!e &a/a apenas !m s!bstantivo nopl!ral em toda a constr!o. No (!ero (!e me!s o!vintes aam gin*stica

    mental em excesso para o!virem e vis!alizarem a palavra c&ave.; proposio tem*tica. M o res!mo do contedo do par*grao da pregao.5omo tal, ela declara !ma verdade bblica o! teolgica como princpio. ;proposio tambm az !ma ponte desde o texto bblico at a estr!t!radivisria e exposio dos arg!mentos. 'sto eito com a sentenatransicional e a palavra c&ave. 5ada aceta da palavra c&ave comprovada eil!strada em !ma das divises do sermo.

    alvez este se/a o l!gar apropriado para il!strar com alg!ns exemplos todaesta >anatomia>. ?!ando se l" e analisa Jate!s H.2-22, torna-se claro (!e+atan*s no respeita posio o! classe (!ando decide tentar alg!m. +e eletenta o il&o de

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    Este par*grao em Jate!s deve realmente conter tr"s tipos de tentao. +eno, o pregador est* >inventando> !m esboo o! escol&e! a palavra c&aveerrada. Est!dando Jate!s H.2-22, vemos tr"s tipos de tentao (!ere(entemente nos acompan&am. ;(!i esto eles=

    ratar a ome espirit!al com alimento material 0vv. D, H3C. estar a capacidade de

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    ;t a(!i, alegorizamos, deinimos e exempliicamos o (!e realmente aproposio do sermo. 5&egamos agora ao processo em (!e iremos extra-lado par*grao da pregao. N!nca demais repetir= a total imersointelect!al, emocional e espirit!al do expositor no par*grao absol!tamenteessencial. M neste envolvimento (!e o expositor descobre a idia central

    ;ssim, as tr"s experi"ncias de pes(!isa de amiliarizao, exegese e est!dobblico ind!tivo so os !ndamentos da descoberta de !ma proposio exatae complemente representativa.

    ; proposio realmente o prod!to inal da estr!t!ra s!/eito-predicado dopar*grao da pregao. 4* !m s!/eito principal no par*grao (!e est* sendopredicado. Ento, o primeiro ato na orm!lao da proposio a resposta aesta perg!nta= >?!al o s!/eito deste par*grao da Bblia@> para ser tentado pelo diabo> 0v. 23 e >ento o tentador,aproximando-se> 0v. D3 so seg!idas por tr"s experi"ncias reais de tentao.'sto me levo! L airmao teolgica acima mencionada. ;o azer a parte o tpico de!ma sentena, a palavra sobre a (!al o verbo az !ma declarao o! !maperg!nta>3. re(entemente ten&o notado, no mesmo texto, dois o! tr"ss!bstantivos (!e se repetem com v*rios s!/eitos s!bstantivoscomplementares o! sin)nimos. 5om percepo espirit!al pode-se ver (!eestes v*rios s!/eitos s!bstantivos esto realmente alando de !m temaprincipal. Em geral, esta inspirao espirit!al acontece depois de !m bom

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    perodo de transpirao mental ?!anto a este exerccio mental, m!itosproessores de &omiltica citam A. 4. AoZett, (!e disse o seg!inte a respeitoda proposio=

    en&o convico de (!e nen&!m sermo est* pronto para ser pregado o!

    escrito, at (!e possamos expressar se! tema n!ma rase c!rta e ec!nda,clara como cristal. ;c&o (!e c&egar a essa rase a lab!ta mais pesada, maisexigente e mais r!tera no me! escritrio. 5ompelir-se a orm!lar a(!elarase, ir pensando at c&egar a !ma orma de palavras (!e deina o tema comexatido escr!p!losa - este , de certo, !m dos atores mais vitais eessenciais na prod!o de !m sermo e no penso (!e (!al(!er sermodeva ser pregado, o! at mesmo escrito, at (!e essa rase s!r/a, clara entida como !ma l!a sem n!vens 0Fobinson 267D, C13.

    ?!e desaio endo se exposto as Escrit!ras atravs do trabal&o de pes(!isa,o expositor experimentar* a alegria indizvel de encontrar e pregar a(!ela

    verdade central.#ercebi (!e existe trabal&o, mesmo depois deste trabal&o. M o trabal&o deescrever, reescrever e reescrever a proposio. #regadores como ns soprolixos por nat!reza e precisam aiar a orma da proposio, at (!e ela se/acortante e *cil de memorizar. 'sto a/!da a ns e aos o!vintes nos bancos.Escrever e recitar em voz alta a/!da-me a manter clara e direta a proposio.

    ; proposio deve ser realmente verbalizada@ 5aso deva, onde e (!ando noprocesso de pregao @ ; amosa declarao de A. 4. AoZett sobre o tema0proposio3, com toda s!a exatido, no indica se a proposio

    compartil&ada com os o!vintes. 4addon Fobinson 0267D, 22W3 parece deixars!bentendido (!e a proposio deve constar da parte oral do sermo. AamesBraga 02672, 2D23 mostra a proposio como parte do esboo do sermo e,pres!mo, sendo verbalizada pelo expositor.

    : pastor-mestre 0E H.223 prega conscientemente para ensinar,