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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CRISTIANE DE SOUZA LIDERANÇA RESILIENTE: Estudo de caso na empresa DVA VEÍCULOS LTDA. São José 2015

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

CRISTIANE DE SOUZA

LIDERANÇA RESILIENTE: Estudo de caso na empresa DVA VEÍCULOS LTDA.

São José

2015

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

CRISTIANE DE SOUZA

LIDERANÇA RESILIENTE: Estudo de caso na empresa DVA VEÍCULOS LTDA

Trabalho elaborado para a disciplina de Estágio II do curso de Administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ. Orientador: Prof. Dr. Gilson Rihan Karkotli.

São José

2015

CRISTIANE DE SOUZA

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LIDERANÇA RESILIENTE: Estudo de caso na empresa DVA VEÍCULOS LTDA

Trabalho de Conclusão de Estágio II elaborado como requisito parcial para a obtenção do grau de bacharela em Administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ, avaliado pela seguinte banca examinadora:

___________________________________________

Orientador: Profº. Gilson Rihan Karkotli, Dr.

___________________________________________

Prof.a Luciane Lehmkuhl Schmidt, MSc.

___________________________________________

Prof.a Alessandra Tonelli Montibeller, MSc.

São José, 20 de novembro de 2015.

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Dedico esse trabalho

primeiramente a DEUS e aos

meus pais e meu namorado,

que sempre me apoiaram e

torceram por mim, e a todos

que de certa forma

contribuíram para que o

mesmo fosse realizado.

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente a DEUS, por ter me abençoado durante essa caminhada, e que

mesmo com dificuldades sempre me manteve persistente, e nunca me permitiu

desistir.

Aos meus pais e meu namorado que sempre me apoiaram, e contribuíram na

medida do possível para a realização de cada etapa desta pesquisa.

Ao meu professor e orientador, Gilson Rihan Karkotli, por sua compreensão e

principalmente dedicação e apoio durante a elaboração desta pesquisa, muito

obrigada por tudo.

Agradeço a todos os amigos que fiz durante esses anos cursando o curso de

administração, agradeço principalmente a todos aqueles que forma direta ou indireta

me ajudaram na realização desta pesquisa, e na realização do curso. Obrigada por

os momentos juntos, ficarão sempre guardados em minha memória.

Agradeço a todos os professores do Centro Municipal de São José – USJ,

pela dedicação e boa vontade em compartilhar seus conhecimentos.

Aos membros da banca examinadora deste trabalho pela disponibilidade em

contribuir com este trabalho, pela dedicação e leitura.

Agradeço também a empresa DVA VEÍCULOS LTDA por permitir realizar a

pesquisa, contribuindo e fornecendo os dados importantes para a realização da

mesma.

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Se o mal é contagioso,

o bem também é.

Deixemos nos contagiar pelo bem!

(Papa Francisco).

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RESUMO

Resiliência é o termo utilizado na psicologia para definir um indivíduo que passa por situações adversas, sem se abalar emocionalmente, e mostrando-se capaz de recuperar-se imediatamente. O presente trabalho teve como objetivo analisar e comparar perfis dos gestores da empresa, procurando descobrir quais possuíam estas características. A empresa DVA Veículos é uma concessionária de veículos comerciais (caminhões e Vans), localizada no município de São José/SC, classificada segundo o BNDES como uma empresa de Media-Grande empresa por ter faturamento acima de 90 milhões ano e menor que 300 milhões. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, de abordagem qualitativa e exploratória, que como instrumento de coleta e análise de dados utilizou questionário, estudo bibliográfico e documental, observação participante e estudo de caso. Foram abordados aspectos relacionados à gestão de pessoas e liderança, com ênfase na resiliência. Procurou-se analisar o perfil dos líderes de cada setor e como se comportam em situações diversas no comando de suas equipes. Após analisar os questionários respondidos por estes gestores com perguntas elaboradas com base no tema proposto pelo estudo, foram identificados os perfis da maioria destes gestores, e propostas ações de melhoria para um melhor aproveitamento do potencial destes líderes. Concluiu-se que alguns desses gestores têm características de indivíduos resilientes, e que na maioria dos casos esta característica vem acompanhada principalmente de experiência e em alguns casos estudo.

Palavras-chave: Liderança, Gestão de pessoas, Resiliência.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Força de trabalho DVA Veículos LTDA ................................................... 18

Quadro 2: os tipos de Liderança ............................................................................... 24

Quadro 3 Atitudes do líder eficaz: ............................................................................. 27

Quadro 4: Teoria do CHA ......................................................................................... 29

Quadro 5: Características do individuo Relisente ...................................................... 35

Quadro 6: requisitos para o líder Empreendedor ...................................................... 37

Quadro 7: princípios de um Líder Empreendedor ..................................................... 38

Quadro 8: Líder Empreendedor x Líder Resiliente..................................................39

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LTDA - Limitada BNDES - Banco nacional do desenvolvimento social PIB – Produto interno bruto RH – Recursos humanos DETRAN – Departamento estadual de trânsito CHA – Conhecimento, habilidade e atitude.

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SUMARIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 13

1.1 TEMA ............................................................................................................... 13

1.2 PROBLEMA DA PESQUISA ............................................................................ 14

1.3 OBJETIVOS ..................................................................................................... 14

1.3.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 14

1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 15

1.4 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 15

2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL ......................................................................... 16

2.1 HISTÓRICO ..................................................................................................... 16

2.2 FORMA DE GESTÃO ...................................................................................... 17

2.3 ORGANOGRAMA ............................................................................................ 17

2.4 DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS ................................................................. 17

2.4.1 Missão ......................................................................................................... 18

2.4.2 Visão............................................................................................................. 18

2.4.3 Princípios ..................................................................................................... 18

2.5 PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS ......................................................... 18

2.6 FORÇA DE TRABALHO .................................................................................. 18

2.7 MERCADO ATENDIDO E AMBIENTE COMPETITIVO ................................... 19

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 21

3.1 ORGANIZAÇÃO E LIDERÂNÇA ...................................................................... 21

3.2 O EMPREENDEDORISMO ............................................................................. 31

3.3 RESILIÊNCIA ................................................................................................... 34

3.3.1 Liderança Empreendedora ......................................................................... 38

4 METODOLOGIA ................................................................................................. 42

4.1 TIPO DE PESQUISA ....................................................................................... 42

4.2 COLETA DE DADOS ....................................................................................... 42

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4.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS .................................................... 44

5 RESULTADOS DA PESQUISA .......................................................................... 45

5.1 DIAGNÓSTICO GERAL DA PESQUISA .......................................................... 45

5.2 ANÁLISE DE PERFÍL DOS LÍDERES ............................................................ 46

5.3 PLANO DE AÇÃO E MELHORIAS .................................................................. 58

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 59

REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 13

APÊNDICE – Roteiro de Entrevistas ................................................................... 13

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1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa teve como objeto de trabalho um tema atual na área de

gestão de pessoas. Trata-se de um estudo sobre o perfil de líder resiliente.

1.1 TEMA

Se comparados à engrenagem de uma maquina, a uma equipe de trabalho,

pode-se constatar que o líder, neste caso desempenharia o papel do combustível

que move estas engrenagens. Um líder é uma maneira que a organização possui de

influenciar e inspirar colaboradores. Um líder organiza e orienta sua equipe para a

realização dos objetivos do grupo e da organização.

Segundo PIOVAN, resiliência é a capacidade que algumas pessoas tem de

enfrentar crises, mudanças, ou ainda situações de estresses, transformando as

dificuldades e competências, ou seja, a capacidade de se recuperar de

adversidades. Desta forma, a característica de resiliência no individuo o destaca no

meio competitivo, o torna forte, e está ligada a inovação e criatividade.

As constantes transformações que ocorrem na economia mundial acabam

refletindo diretamente na economia brasileira. Fatores como a desaceleração não

crescimento de alguns países e disparada do dólar acabam por influenciar

diretamente no dia a dia do empreendedor brasileiro. A economia mundial passa por

transformações, seja ela de cunho social, político ou cultural.

. Neste cenário o empreendedor que vai se destacar é aquele com maior

capacidade de resignação e inovação, se adaptando as oscilações do mercado

financeiro. Em meio a eminência de uma crise econômica a qual o Brasil começa a

travessar no inicio de 2015 o empreendedor que possui esta característica se coloca

em posição de vantagem a tantos outros, que irão passar pelas mesmas situações

de stress e exaustão.

Alguns autores afirmam que resiliência nada mais e do que capacidade e

habilidade para não desistir ou desmotivar a frente às dificuldades, e sim está

sempre inovando a cada nova dificuldade, de acordo com esta afirmação pressupõe

que para se destacar é necessário persistência, otimismo e foco. Neste caso

resiliencia nada mais é do que um conjunto de características que juntas deixam o

individuo um passo a frente da massa.

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1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Durante o ano de 2015 muito se falou sobre a crise econômica que se

instalou na economia brasileira. O tema é destaque em jornais, revistas, Internet e

programas de televisão. A dita crise entre outros efeitos provocou principalmente um

salto na inflação, aumento na inadimplência, restrição ao crédito, retração do PIB e

por consequência corte no quadro de funcionários e em alguns casos até o

fechamento de empresas.

Setores como comércio e serviços tiveram uma brusca queda no faturamento

e vendas. Diante do cenário econômico que se instalou as empresas necessitam de

criatividade e sabedoria para atravessar este momento com as mínimas

consequências possíveis.

Diante deste cenário, o líder de uma organização precisa enfrentar uma série

de desafios para administrar com sabedoria. Sempre manter-se bem informado, agir

com rapidez, acertar na tomada de decisão e buscar novas alternativas, são

situações rotineiras de um líder no ano de 2015.

Neste contexto elaborou-se a seguinte pergunta de pesquisa: Qual a

contribuição que os lideres de perfil resiliente trazem para a organização e para seus

colaboradores nos momentos de crise?

1.3 OBJETIVOS

A seguir serão apresentados o objetivo geral, e objetivos específicos da

pesquisa.

1.3.1 Objetivo geral

Esta pesquisa tem como objetivo geral identificar de líderes de perfil resiliente,

bem como avaliar a contribuição destes no ambiente organizacional.

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1.3.2 Objetivos específicos

Para que o objetivo geral fosse alcançado, foram definidos alguns objetivos

específicos:

● Pesquisar e fundamentar teoricamente o tema;

● Identificar líderes de perfil resiliente na empresa;

● Comparar o perfil do líder empreendedor com líder resiliente;

● Propor ações para maior aproveitamento do potencial desses líderes na empresa.

1.4 JUSTIFICATIVA

Diante da do momento econômico conturbado em que o país esta atravessa

em 2015, a motivação para estudar o líder resiliente se justifica com a necessidade

de as empresas criarem uma nova situação, para serem afetadas minimamente pela

crise.

Após realização da pesquisa e estudo entre os perfis de liderança a pesquisa

irá propor ações de melhoria baseadas nos resultados de pesquisas na empresa.

No entanto, é importante a realização deste estudo, pois aborda um tema

totalmente atual e presente nas corporações. Com essas informações, é possível

demonstrar a necessidade de se adaptar ao novo e se utilizar da criatividade para

superar os desafios.

Na esfera social a presente pesquisa poderá trazer maior conhecimento na

área de gestão de pessoas, além do que o tema poderá auxiliar futuros líderes e

empreendedores agregando conhecimento.

Esta pesquisa é significativa para a empresa em estudo, pois reúne

características e informações sobre seus perfis de liderança, servindo de referência

para ações futuras. Representa uma forma a mais de conhecimento a respeito do

tema, bem como sugere melhorias, para um melhor aproveitamento do potencial

destes líderes.

Para a acadêmica a pesquisa é importante, uma vez que permite conhecer

melhor a respeito do tema, além de agregar conhecimento a vida profissional.

O estudo Também contribui para a academia, no sentido de apresentar

resultados que possam despertar o interesse de outros acadêmicos para pesquisas

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e estudos sobre um tema relativamente novo e não por isso menos importante pra a

formação dos novos administradores.

2. AMBIENTE ORGANIZACIONAL

A empresa em estudo é a DVA Veículos LTDA. Trata-se de uma

concessionária Mercedes-Benz, localizada na Rodovia BR 101, km 205 – Barreiros,

São José, SC e tem como objetivo a venda de veículos pesados e extrapesados.

Também a manutenção destes com serviços de vendas de peças e pneus, e

serviços de oficina, chapeação, e recapagem de pneus.

A concessionária faz parte do Grupo DVA, este é composto por a matriz DVA

Veiculos LTDA, além de 6 lojas de automóveis de luxo das marcas Mercedes-Benz,

Chrysler, Dodge e Jeep, essas lojas estão nas cidades de São José, Florianópolis,

Joinville, Blumenau e Balneário Camboriú. Possui também nove filiais espalhadas no

estado de Santa Catarina, especializadas na venda de pneus Michelin.

2.1 HISTÓRICO

A concessionária foi fundada em 31/10/1972, e iniciou suas atividades com 26

funcionários. Em 1973 fundou sua sede as margens da BR 101 em São José, onde

ainda está em atividade. No ano de 1977 iniciou sua parceria com a fabricantes de

pneus Michelin, com quem fundou posteriormente 9 lojas especializadas na venda

de pneus nas cidade de Itajaí, Blumenau, Joinville, Florianópolis, Araranguá, Içara,

Tubarão e São José.

Em 1996 a concessionária adquire o controle das cotas sociais da empresa

AutoStern Comércio de veículos e Peças LTDA, credenciada para a venda de

automóveis importados Mercedes-Benz. Neste ano nasceu a primeira loja DVA

Automóveis, desde então foram abertas outras cinco (5) lojas especializadas,

totalizando seis (6) lojas de automóveis.

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2.2 FORMA DE GESTÃO

A DVA Veículos é uma empresa de porte médio com faturamento anual acima

de noventa milhões ao ano. Possui capital fechado, e atualmente conta com um

diretor, que é o fundador da empresa.

Por se tratar de uma empresa familiar, as decisões são tomadas sempre em

conjunto. Mensalmente são realizadas reuniões entre gerencia e diretoria, e

também, semanalmente a diretoria se reúne com a equipe de vendas para troca de

informações e experiências sobre o dia-a-dia.

2.3 ORGANOGRAMA

Figura 1: Organograma DVA Veículos LTDA

Fonte: Dados primários, 2015.

2.4 DIRETRIZES ORGANIZACIONAIS

O grupo DVA destaca no seu site e também no setor de recursos humanos a

missão, visão e Princípios da empresa. Nestes destaca-se a responsabilidade social,

ética e a satisfação dos clientes internos e externos.

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2.4.1 Missão:

‘’Fornecer produtos e serviços com excelência de qualidade e

responsabilidade social, garantindo a satisfação dos clientes, colaboradores,

acionista e comunidade, priorizando sempre a melhoria continua em todos os

processos’’. (DVA VEÍCULOS, 2015).

2.4.2 Visão:

‘’Ser líder reconhecida nos mercados que atua e referência na rede de

concessionários/ revendedores em organização, capacidade técnica e comercial’’.

(DVA VEÍCULOS, 2015).

2.4.3 Princípios:

‘’Comprometimento, ética, excelência no atendimento, qualidade,

responsabilidade, profissionalismo’’. (DVA VEÍCULOS, 2015).

2.5 PRINCIPAIS PRODUTOS E SERVIÇOS.

A DVA Veículos atua no mercado a 42 anos, e preza pela qualidade de seus

produtos e serviços. A Concessionária atua com a venda de veículos pesados e

extrapesados, são eles caminhões, ônibus e ainda utilitários para transporte de

cargas ou passageiros (nesse caso as vans). Atua também com serviços de oficina,

chapeação e recapagem de pneus. Tem ainda um setor especializado na venda de

pneus Michelin.

Atualmente a empresa conta com nove setores específicos mais a diretoria,

são eles: vendas, oficina, peças, chapeação, recursos humanos,

administração/contabilidade, credito/cobrança, pneus e recapadora.

2.6 FORÇA DE TRABALHO

A empresa possui hoje um total de 205 funcionários divididos entre nove

setores. A força de trabalho é maioria masculina, tem participações femininas nos

setores de administração e vendas. Segundo dados informados pelo RH da empresa

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somente 40% da força de trabalho na empresa possui curso superior completo.

Segue abaixo quadro com demonstrativo da força de trabalho da empresa.

FORÇA DE TRABALHO DVA VEICULO LTDA

Vendas (Veículos) 14 Funcionários.

Serviços (oficina, retifica e

chapeação)

93 funcionários.

Peças 21 funcionários.

Administrativo (contabilidade,

crédito/cobrança). 18 funcionários.

Recursos Humanos 5 funcionários.

Pneus (vendas e recapagem de

pneus) 55 funcionários.

Quadro 1: Força de Trabalho DVA Veículos LTDA

Fonte: A Autora, 2015.

A empresa oferece a seus funcionários salário compatível com a função, além

de plano de saúde, café da manhã, almoço e café na tarde na empresa, e vale

transporte para os que dependem de transporte publico.

O horário de trabalho é de segunda sexta, das 8h às 12h e das 13h12min às

18h.

2.7 MERCADOS ATENDIDOS E AMBIENTE COMPETITIVO

Apesar de estar localizada em São José, a empresa atende toda região da

Grande Florianópolis, na venda de veículos pesados e peças para manutenção,

conforme regra da montadora Mercedes-Benz. A área para atendimento de utilitários

é livre, então a empresa atende clientes de todo estado de Santa Catarina,

especialmente régio da Grande Florianópolis e sul do estado.

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A empresa possui cinco concorrentes diretos na região são concessionárias

RF Caminhões, da marca Volkswagen, localizada em São José, concessionária

Dimas Caminhões, localizada em São José, Concessionária Batistella da marca

Scânia, localizada na cidade de Biguaçu, e a concessionária Volvo chamada Dicave

e concessionária Iveco Dalçoquio. Geralmente a concessionária se classifica como

segunda ou terceira colocada em números de vendas, na relação de

emplacamentos divulgada mensalmente pelo Detran. No ano de 2015, tornou-se a

primeira colocada em emplacamentos na categoria.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Neste capitulo o foco está na apresentação da fundamentação teórica da

pesquisa bibliográfica com embasamento em autores renomados no meio

acadêmico.

3.1 A ORGANIZAÇÃO E LIDERANÇA

No cotidiano de todas as pessoas, existem transações direta ou indireta com

a pessoa jurídica, ou seja, a organização não somente para fins profissionais, como

também para fins pessoais. Conforme Chiavenatto (2012, p.54) “Empresa é um

conjunto de pessoas que trabalham juntas, no sentido de alcançar objetivos por

meio da gestão de recursos humanos, materiais e financeiros”.

O compartilhamento de conhecimento através de interações interpessoais se

difundiu nas mais diversas vertentes do comportamento do ser humano, e não seria

diferente no ambiente organizacional. De acordo com Chiavenetto, neste ambiente

as pessoas se unem para alcançar objetivos, que não conseguiriam só, graças à

colaboração.

Segundo Fleury e Oliveira (2002, p.35), O conhecimento deve ser um recurso,

que deve ser gerenciado para melhorar o desempenho da organização.

As interações profissionais acontecem em diferentes níveis hierárquicos, seja

no sentido horizontal, seja no vertical e mais contemporaneamente avaliando, as

relações entre níveis diferentes tem se tornado comum e de maneira assertiva

contribuindo cada vez mais para a aproximação de pessoas e departamentos,

diminuição no ruído de comunicação empresarial e qualidade dos resultados das

equipes. Deste modo, através de Robbins e Decenzo, destacam a importância da

comunicação na organização:

Não se pode enfatizar demais a importância da comunicação eficaz para os gerentes por uma simples razão: tudo que um gerente faz envolve comunicação. Não algumas coisas, mas tudo! Um gerente não consegue formular uma estratégia ou tomar uma decisão sem informações. Essas informações precisam ser comunicadas. Uma vez tomada à decisão, a comunicação novamente entra em ação. (ROBBINS E DECENZO, 2004, p.253 E 254).

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Essa habilidade de relacionamento tem sido classificada como característica

básica do profissional em praticamente todas as áreas de atuação, para que o

convívio e desenvolvimento de suas funções como parte integrante de uma equipe

seja progressivamente benéfico para os objetivos comuns daquele time, organização

e claro, para seu próprio desenvolvimento profissional. Segundo Robbins e Decenzo

(2004) Nenhuma decisão, boa ideia ou plano será de conhecimento da equipe, e

nem tomará forma, se não houver comunicação. Igualmente importante as estes

requisitos individuais, deve-se considerar como fator de suma importância numa

equipe, sua homogeneidade quanto às qualidades receptivas a novos indivíduos,

senso hierárquico, tarefas específicas e habilidade para atuação em situações

extremas de pressão, dificuldades oriundas do processo produtivo e situações

atípicas do dia-a-dia.

De acordo com Fiorelli (2007), quando os membros da equipe se identificam

entre si, as características individuais dos colegas passam a ser aceitos mais

facilmente, fator que contribui de maneira categórica na redução e em alguns casos

até mesmo a extinção de conflitos no trabalho, proporcionando então um ambiente

organizacional mais agradável, qualidade de vida, bem como o aumento da

produtividade.

Em linguagem comum, pode-se dizer que as interações, quando atingem

determinado nível de sintonia funcionam de maneira mecânica, quando bem

sincronizadas em planejamento, execução e apresentação do resultado. É valido

utilizar uma citação popular onde diz que os integrantes de uma equipe são

comparados a uma máquina de relógio, tendo cada um sua função específica, onde

o resultado individual contribui de maneira chave a execução das próximas tarefas e

conclusão do trabalho com o menor número possível de erros. Segundo Casado

(2002), as organizações sentem a necessidade de mudar seus modelos, conforme:

As organizações já notaram necessidades de alterar seus modelos de gestão baseados no desempenho individual para um novo paradigma: o trabalho em time. A busca dessa nova realidade organizacional tem como objetivo aumentar a produtividade, a competitividade e a eficiência. (CASADO, 2004, p.237).

Um indivíduo ao iniciar sua vida profissional ou ingressar numa nova empresa

trás consigo uma bagagem de conhecimento, emoções, experiências e expectativas.

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Por este motivo, segundo Fiorelli (2000), este individuo contagia a organização com

sua bagagem, e ainda é influenciado por ela. Cria-se, portanto, um vínculo que

muitas vezes extrapola o campo profissional devido ao grande volume de emoções

envolvidas, seja por reconhecimento ou pressão por resultados, bem como troca de

informações e experiências com colegas e a empresa como um todo.

Invariavelmente, a trajetória profissional desse indivíduo será sempre movida por

estes componentes emocionais, tendo influência direta no seu comportamento e

motivação independente da equipe que pertença ou a qual organização está

servindo.

Este indivíduo ao iniciar uma carreira precisa se identificar com a empresa

para qual está trabalhando. É de suma importância que o indivíduo sinta-se acolhido

pela equipe e seus gestores, que veja que seus esforços são importantes para os

objetivos, que receba reconhecimento pelos resultados obtidos, Segundo Gil (2014,

p. 45) “Os profissionais de maior produtividade são aqueles que possuem

identificação com a organização, aqueles que assumem a causa e se entregam na

busca dos resultados”. É este tipo de profissionais que as empresas buscam atrair e

mantê-los sempre motivados, facilitando assim sua permanência mais duradoura na

equipe.

Durante sua vida profissional este mesmo sujeito se relaciona com inúmeras

pessoas, sejam colegas de trabalho, lideranças ou chefes. Este indivíduo, por

menor que seja sua experiência profissional precisa logo aprender a conviver e se

relacionar com outros indivíduos, para a busca do bem comum, ou seja, objetivos na

organização. Esta busca é dada pelo trabalho em equipe. Segundo Fiorelli (2007), o

trabalho em equipe consiste basicamente em vínculo emocional e interdependência

entre as tarefas. Em seguida expõem um exemplo de equipe que baseia seu

funcionamento no vínculo emocional:

Uma equipe é um conjunto de pessoas: a) Com sendo de identidade, manifesto em comportamentos desenvolvidos e mantidos para o bem comum; b) Em busca de resultado de interesse comum a todos os seus integrantes, decorrentes da necessidade mutua de atingir objetivos e metas especificados. (FIORELLI, 2007, p. 201).

Ou seja, uma equipe se caracteriza pela interdependência de tarefas e apego

emocional. Um grupo pode ser tornar uma equipe, pelo desenvolvimento destas

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características, entretanto, uma equipe também pode ser tornar grupo, diante de

outras circunstâncias que influenciam o ambiente e as pessoas.

Dados estes fatos, é possível atribuir e ao líder sua devida importância na

transição de grupo para equipe, que uma vez estabelecida como tal, dependerá

mais uma vez de suas habilidades para a consolidação dos laços emocionais e

manutenção do ambiente favorável. Porém é preciso considerar que equipes são

formadas por indivíduos distintos, oriundos de culturas diferentes, com suas próprias

características comportamentais, e objetivos pessoais divergentes. Isto reforça a

tese de que todo grupo ou equipe precisa de um líder para nortear e orientar seus

integrantes, definindo estratégias e objetivos comuns.

Na administração o conceito de gestão de pessoas está intimamente ligado à

capacidade, habilidade, métodos, políticas e técnicas que visam a melhor maneira

de gerir comportamentos além de potencializar as capacidades humanas nas

organizações. Esse conceito vem se popularizando desde o final dos séculos XX

conforme (Gil, 2014).

Gestão de pessoas é a função gerencial que visa à cooperação de pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais. Constitui, a rigor, uma evolução nas áreas designadas no passado como administração de pessoal, relações industriais e administração de recursos humanos. Essa expressão aparece no final do século XX, e guarda similaridade com outras, que também vem popularizando-se, tais como gestão de talentos, gestão de parceiros e gestão de capital humano. (GIL, 2014, p. 17).

O líder é o profissional que tem por objetivo inspirar outras pessoas, ele

conduz um grupo de pessoas em direção a um objetivo comum, de forma que todos

consigam evoluir como profissionais, motivam pessoas e as orienta em busca de um

objetivo comum. Segundo Chiavenato (2012) um líder é capaz de realizar feitos

incriveis através de sua, equipe, no entanto é necessário motivação. Os lideres na

maioria das vezes, na organização, assumem riscos e responsabilidades, na busca

por resultados. Esses líderes são diretamente responsáveis pela motivação da

equipe e na obtenção de sucesso na busca por resultados. Segundo Bom Angelo

(2003):

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Uma liderança capaz de estimular o empreendedorismo não se contenta em descobrir novas oportunidades, no mercado ou em identificar lacunas nas ofertas do concorrente. Entre seus objetivos, figuram a identificação de oportunidades internas e capacidades adormecidas, bem como o arranjo de situações pedagógicas formais ou informais que cubram as lacunas no campo da iniciativa e criatividade. . (BOM ANGELO, 2003, p. 93).

Em resumo liderança é a capacidade de uma pessoa de coordenar um grupo

de indivíduos, os transformando em equipe, fazendo com que todos tenham

comportamento individuas em favor da organização e dos objetivos em comum do

grupo. Para todos os grupos humanos de faz necessário a presença de um líder,

este além de persuadir e conquistar sua equipe precisa também esta motivado para

desempenhar suas função técnicas e cumprir suas metas da melhor forma possível,

com menor quantidade de erros.

De acordo com Chiavenato (2012) existem três tradicionais tipos de liderança,

são eles, Liderança autocrática, Liderança Liberal e Liderança Democrática.

Liderança autocrática Liderança Liberal Liderança Democrática

O líder define os

objetivos

A equipe define os

objetivos

Líder e equipe definem os

objetivos

O líder comanda A equipe faz o que quer Líder e equipe comandam

juntos

O líder é o responsável A equipe é irresponsável Líder e equipe

corresponsáveis

O líder ignora a equipe A equipe ignora o líder Líder e equipe

compartilham

Quadro 2: Os Tipos de liderança

Fonte: CHIAVENATO, 2012, p.199.

Conforme Chiavenato, a liderança democrática, expõe os objetivos e indica a

direção a ser seguida, no entanto, conta com a participação dos membros de sua

equipe para definição dos meios e da estratégia a ser adotada.

Conforme Resende (2000) o conceito de eficácia foi introduzido na

recentemente na administração, há pouco mais de três décadas. O pai desta teoria é

Peter Drucker. De acordo com Resende (2000), a teoria de eficácia chegou na hora

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errada, pois as empresas não eram pressionadas a produzir ou operar em tanta

quantidade ou qualidade, como são atualmente.

Martins (2015), afirma que o líder eficaz torna a empresa também eficaz e

competitiva, já lideres despreparado, e sem o devido preparo emocional podem levar

a empresa ao fracasso.

Para que o êxito seja o destino de uma equipe de trabalho, é necessário mais

uma vez destacar o papel do líder como agregador, conciliador, motivador e

responsável maior por filtrar ou isentar o grupo de pressões externas e internas, ou

seja, o líder possui como uma de suas atribuições, zelar pelo correto e satisfatório

desenvolvimento de seus liderados como indivíduos e como equipe principalmente.

O líder transforma um grupo desarticulado em equipe coesa; seu afastamento, quando não deixa quem o substituía, significa o oposto. O líder mantém atado o laço emocional. Não há equipe sem liderança. O líder possui poder de fortalecer ou enfraquecer os vínculos emocionais que dão consistência a equipe. (FIORELLI, 2007, p.170)

Conforme Fiorelli (2007), sempre que um indivíduo em inicio de carreira

encontra um líder disposto a orientá-lo, este pode tornar-se um modelo, fazendo até

mesmo perder a referências, de lideranças anteriores.

O Administrador ao ser eleito o líder de um profissional (de forma consciente, ou não), poderá orienta-lo e servirá de modelo para suas ações. Os atributos e característica dessas pessoas especiais e a forma como elas se ajustam as mudanças continuas, e aos desafios crescentes nos campos cognitivo e emocional constituem referencias para todos aqueles que almejam exercer ou compreender esse papel. ( FIORELLI, 2007, p.204).

Para os liderados, o líder se torna um exemplo a ser seguido, quando exerce

um modelo de liderança que é admirado pela equipe. Para um líder a competência é

de extrema importância, pode determinar se o grupo vai respeitá-lo ou não. Essa

identificação do líder com a equipe é essencialmente importante para a obtenção de

resultados e também para o clima organizacional.

Em qualquer ambiente em que se viva ou se trabalhe, as pessoas sempre se sobressaem ou se destacam por suas competências e habilidades, reveladas no seu comportamento, manifestação, ou atuação. Quando surgem problemas para resolver ou questões importantes para tratar, numa equipe de trabalho, os mais competentes e mais hábeis são primeiramente lembrados e chamados. (FIORELLI, 2007, p.114).

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Outro conceito muito atual no mundo da administração é o da competência.

Este termo pode ter muitos significados na língua portuguesa, porém o termo

competência na administração está relacionado à qualidade e resultados. Numa

organização a qualidade de competência pode ser definida como a combinação de

conhecimento, dedicação e habilidades transformada em resultados.

É curioso constatar que, com o significado predominante no presente – capacitação para realizar algo, saber fazer alguma coisa -, o termo competência era anteriormente usado com, mas sentido negativo (fulano é incompetente; falta de competência de sua parte, etc), e tinha o poder de ferir a sensibilidade de quem fosse acusado, mais do que expressões como ineficiente, despreparado ou atraso, por exemplo. (RESENDE, 2000, p.30).

Atribui-se ao conceito de competência um conjunto de características que

torna o individuo capaz de produzir resultados e prover soluções a variadas

situações ou problemas. A característica de competência no líder pode torna-lo um

modelo na organização, pode aumentar e desenvolver a motivação da equipe,

contribuir para aumento da produtividade, minimizar a ocorrência de falhas. Segundo

Resende (2000), competências de liderança é um conjunto de habilidades,

conhecimentos técnicos e experiência capazes de persuadir e nortear equipes e

pessoas a fim de atender interesses comuns.

Num contexto de gestão de pessoas, é necessário que elas vejam-se mais como colaboradoras do que como subordinadas, pois requer-se sua adesão aos objetivos, políticas e missão da organização. Isso significa que os gestores precisam permanentemente atuar como lideres, já que a liderança nada mais é do que a forma de direção baseada no prestigio pessoal e na aceitação dos subordinados. (GIL, 2014, p.220).

Segundo publicação de Martins (2015), existem sete atitudes que podem ser

atribuídas ao líder eficaz, são elas:

Atitude Definição

Respeito Conforme Martins (2015), com a prática de

atitudes respeitosas desde o inicio de processo

seletivo, até para com seus concorrentes o líder

gera uma marca e influência o comprometimento e

motivação do grupo.

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Feedback Esta atitude, de acordo Martins (2015) precisa ser

praticada, tanto para dar feedback, quanto para

receber. Através do feedback é possível dar

orientações, e também saber como está o grau de

motivação e satisfação da equipe

Disponibilidade Martins (2015) nos explica que é uma

característica comum de pessoas que ocupam

cargos de liderança a falta de tempo, e isto

segundo ele é um erro. Através da gestão de

tempo e organização o líder pode conseguir alguns

momentos de disponibilidade para orientar e ouvir

sua equipe, também conversar, pois só através da

aproximação vai conseguir a coesão do grupo.

Delegar Delegar tarefa, segundo Martins (2015)

significa para o gestor à confiança em sua equipe,

ou funcionário. Para isso é necessário treinar os

colaboradores para que eles estejam preparados.

Justiça De acordo com Martins (2015) Um líder

injusto pode desencadear desmotivação e revolta

na equipe. A imparcialidade do líder, e senso de

justiça é uma característica extremamente

valorizada pelos colaboradores.

Autoconhecimento Martins (2015), fala que o profissional de

liderança deve se auto avaliar e conhecer suas

fraquezas para agir sempre de modo eficaz.

Liderar Segundo Martins (2015) esta atitude engloba

varias outras, liderar inclui orientar, ensinar, ter

controle, tomar a frente em diversos momentos e

estar sempre criando inspirações.

Quadro 3: Atitudes do líder eficaz

Fonte: MARTINS, 2015.

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Conforme Resende (2000), Drucker ainda comparou e diferenciou os

conceitos de eficiência com eficácia:

Ao introduzir o conceito de eficácia, Peter Drucker o comparou com o de eficiência, conceito até então predominante para designar características de um trabalho bem feito. Drucker fez essa comparação mais ou menos da seguinte maneira: eficiência é fazer as coisas bem feitas, e eficácia é fazer as coisas certas (que precisam ser feitas, com objetivo e prioridade). E acrescentava que muitas pessoas na organização faziam as coisas bem feitas que não precisavam serem feitas, desperdiçando tempo, energia, dinheiro. Ou seja, eram eficientes, mas não eficazes. (RESENDE, 2000, p.48).

Na administração o conceito mais amplo de eficiência significa fazer algo de

maneira bem feita, porem sem saber se o que se esta fazendo é o que precisa ser

feito. Lacombe (2004) define eficiência da seguinte maneira:

Pode ser entendida como a capacidade de minimizar o uso de recursos para alcançar as metas definidas, isto é, a capacidade de otimizar o uso dos recursos, e seria medida pela relação entre os recursos aplicados e o produto final obtido. A eficiência engloba, portanto, o conceito de produtividade uma vez que abrange todos os fatores, mas perde, em alguns casos em precisão, uma vez que algumas medidas podem conter aspectos subjetivos. (LACOMBE, 2004, p.125)

Ainda na mesma linha de raciocínio Lacombe (2004) define que a eficiência

nada mais é do que uma maneira de atingir alguns resultados porem sem considerar

se estes resultados são realmente validos.

Há ainda um terceiro conceito conhecido como efetividade. A efetividade pode

ser definida como uma combinação de eficácia com eficiência. Ou seja, fazer a

atividade que necessita ser feita, e é prioridade, com objetivo de maneira correta, no

menor tempo possível. Lacombe (2004) define efetividade como o grau de

satisfação atingida pela organização, diante aos produtos ou serviços prestados aos

clientes. Ele ainda definiu de maneira mais técnica o conceito de efetividade:

Lacombe (2004, p. 124) “Valor social que deve ser atribuído ao produto ou serviço,

isto é, medida do valor do produto ou serviço considerando-se a sociedade como um

todo e não apenas o consumidor”.

Misturando os três conceitos pode se entender que a combinação de

eficiência, eficácia e efetividade é o alcance de objetivos, desprendendo o

mínimo de recursos e esforços possíveis.

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Alem da eficácia, eficiência e efetividade que são características de um

líder, existe um consenso entre autores, que certas características formam ou

destacam um líder. Ou seja, conforme Chiavenatto existem certos atributos que

lideres devem ter para se destacar na posição, dentre elas destacam-se visão de

futuro, paixão confiança, integridade, pro-atividade, facilidade de mudança,

ousadia, comunicação e aprendizagem continuada.

Outro conceito que muito tem se falado no mundo corporativo é o CHA, ou

seja, conhecimento, habilidade e competência. Conforme Silva (2010) este

conceito é uma nova forma de avaliação profissional, Silva (2010) explica, “O

grande desafio das organizações é transformar o conhecimento tácito em

conhecimento explicito, em um patrimônio da organização”. Já que muitas vezes

o conhecimento é detido apenas por um profissional que não o compartilha.

Segundo Silva (2010) O saber fazer deve ser compartilhado com todos, isso se

faz necessáriopara sobrevivência de uma organização.

Já habilidade é experiência, o saber como fazer. Conforme Silva (2010) ” .

A habilidade, em regra, depende de prática, treino, erros e acertos. A prática leva

a perfeição”.

O terceiro item é atitude, Conforme Silva (2010), o mais dificil de se

transmitir, ja que atitude não se ensina, nem adquiri, vem da essencia. Segundo

Silva (2010) “Atitude está ligada a ação. Não adianta ter conhecimento e

habilidade e não ter atitude. Atitude é querer fazer”.

CHA (Conhecimentos, habilidades e atitudes)

Ter o saber. Saber fazer. Querer fazer.

Quadro 4: Teoria do CHA

FONTE: A Autora, 2015.

A prática destes três pilares é de bom uso nas organizações e pode trazer

grande contribuição para a carreira do colabotador e para a empresa, porem esta

pratica precisa ser comentada na organização já que conhecimento se adquire,

habilidade vem com a prática e experiência, a atitude essa precisa ser da essência

do individuo.

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3.2 O EMPREENDEDORISMO

De acordo com o dicionário Babylon, termo empreendedorismo é originado do

francês Entrepreneur, que significa algo próximo a aquele que assume risco para

fazer algo novo, o empreendedorismo que conhecemos hoje, foi por muito tempo

uma prática desconhecida ou minimizada durante séculos tanto por aqueles que o

praticavam quanto pelas pessoas que dele se serviam.

Segundo Dolabela (2008), o empreendedorismo não é um tema novo ou um

modismo, o empreendedorismo sempre existiu, em ações inovadoras, e nas ações

para melhoria da relação do homem com a natureza, o empreendedorismo é uma

expressão de liberdade do homem. Nos registros da história os primeiros

empreendedores que se ouviu falar, eram corriqueiramente classificados como

meros investidores ou capitalistas. Eram definidos como empreendedores pessoas

que assumiam riscos, compravam e revendiam materiais, ou aqueles comprava

matéria prima, e as processavam, transformando em produtos e vendendo estes.

Com o avanço da industrialização ao passar dos anos, estes empreendedores da

época começam a se destacar pela sua característica primária, inovação e

pioneirismo, ainda que com suas limitações tecnológicas.

Já nos séculos XIX e XX os empreendedores passam a ser comparados ou

algumas vezes confundidos com administradores na concepção da palavra, ou seja,

dirigentes, chefes, orientadores, fato que ainda nos dias de hoje acontece com

frequência.

No Brasil, a disseminação relevante do empreendedorismo aconteceu

tardiamente, somente no início dos anos 90 com a abertura da economia e a

chegada de investidores estrangeiros, que trouxeram ao país de maneira mais

concentrada tecnologias avançadas e a modernidade industrial que reduziu

drasticamente o número de postos de trabalho na indústria e outras áreas onde foi

possível a substituição da mão de obra humana por máquinas, computadores e

sistemas automáticos de produção, captação e processamento de dados, dentre

outras tantas atividades.

Dada esta situação, surge a necessidade de procurar alternativas para

geração de renda e sustento de boa parte da população, que procurou desde as

mais simples ocupações até o desenvolvimento de novos negócios de maior

complexidade que posteriormente viriam a se tornar referências na indústria,

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comércio e principalmente no terceiro setor, com o surgimento de serviços antes

pouco difundidos no país, expõe-se o valor do empreendedor na economia, Dolabela

(2008) Acredita-se hoje que o empreendedor seja o motor da economia, um agente

de mudanças. Dolabela ainda explica a importância do empreendedorismo para a

sociedade:

O empreendedor é responsável pelo crescimento econômico, e pelo desenvolvimento social. Por meio da inovação, dinamiza a economia. O conceito de empreendedorismo trata não só de indivíduos, mas de comunidades, cidades, regiões, países. Implica a ideia de sustentabilidade. O empreendedorismo é a melhor arma contra o desemprego. (DOLABELA, 2008 p.24).

O empreendedor, sobretudo é definido como alguém criativo, inovador e

sonhador, segundo (Dolabela), em uma tradução livre esta palavra significa

inovação e iniciativa.

Conforme Dornelas,o conceito de inovação não é algo recente, tem a ver com

mudança, ou fazer as coisas de forma diferente, ou seja, a capacidade de criar um

produto ou serviço novo, ou com uma modificação considerável na forma de realizar

ou fabricar, este. Porém ele ainda explica que um empreendedor inovador não fica

esperando por uma inovação, nem por uma descoberta incrível, ou soluções

maravilhosas. Dornelas, esclarece que o empreendedor não espera inovações

radicais pra agir, durante a rotina, são implementadas ações, pequenas melhorias e

ações de inovação incremental, visando melhorar os processos, e trazendo

vantagens competitivas. Esta característica, diferencia o empreendedor do inventor,

de acordo com Dornelas:

A diferença do empreendedor para o inventor é que o empreendedor utiliza sua criatividade, aliada às suas habilidades gerenciais e conhecimento de negócios para identificar oportunidades e inovar. O inventor não tem compromisso de criar algo com fins econômicos, sua motivação é a criação, a descoberta e nada mais. (Dornelas, 1971 p.18).

Conforme Chaivenatto (2012), o individuo empreendedor tem a capacidade

de sonhar, e transformar sonho em realidade, e não basta apenas saber criar seu

próprio empreendimento, mas sim estar sempre criando inovando, para saber gerir

seu negócio para mantê-lo saudável. Deste modo conforme Dolabela, outra

característica do empreendedor é a ousadia, a coragem para buscar a realização

dos sonhos. Alem destas, fica implícito que o empreendedor além de tudo é detentor

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de uma criatividade acima da média. Outra característica do empreendedor é a

insatisfação. Por ser alguém que transforma seu descontentamento, em alternativas

e descobertas, beneficiando-se destas assim como a terceiros, conforme explica

Dolabela:

O empreendedorismo é um fenômeno cultural, ou seja, empreendedores nascem por influência do meio em que vivem. Pesquisas mostram que os empreendedores tem sempre um modelo,alguém que os influência. (DOLABELA, 2008, P.25):

Junto com todas as definições de empreendedor é importante ressaltar a

característica de visionário. O empreendedor tem uma visão dos fatos, da economia

diferente de outros profissionais. Explica Dolabela (2008) que, o empreendedor

desenvolve essa visão através do exercício do empreendedorismo. Um sujeito que

possui a ideia de empreender vai iniciar com uma ideia, que com o exercício da

atividade, e amadurecimento vai ser moldado, e pode acabar por virar uma ideia

inovadora, ou seja, no exercício da atividade empreendedora alguns indivíduos

desenvolvem este atributo, de visionário, aprender e adquirir experiências, através

do erro alheio. De acordo com Dolabela o empreendedor não se prende somente

fontes técnicas e autorizadas, diferente de outras profissionais de diversos ramos o

empreendedor vê nas pessoas uma das mais importantes fontes de aprendizado e

aquisição de experiências.

Todas as características citadas no perfil de um empreendedor podem estar

num individuo dentro da organização. Algumas vezes este, não cria uma empresa,

mas atua dentro desta, inovando e criando a cada dia, sendo estas características

num líder empreendedor. Segundo Bom Ângelo (2003), alguém que assume

responsabilidades e riscos dentro de uma empresa, ou grande corporação, assume

o papel de transformar uma ideia ou projeto, pode ser definido como Intra-

empreendedor. Bom Ângelo Explica que esta palavra teve origem no inicio do século

XIX. Conforme Bom Ângelo:

O intra-empreendedorismo, no entanto mesmo presente em momentos cruciais da historia das civilizações, é ainda um tema novo e um tabu, para a maior parte das corporações modernas. O termo foi cunhado na década de 1980 pelo consultor em administração Gifford Pinchot III, autor do Best Seller Intrapreneuring (1985). (BOM ÂNGELO, 2003, p.25).

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O papel do intra-empreendedor na organização é o de gestor, ou líder. Este busca

sempre pela inovação, mudanças eficientes nos processos, motiva a equipe, e

busca sempre resultados. Bom Ângelo, ainda explica que somente ha cerca de 15

anos, os dicionários passaram a apresentar o termo Intrapreneur, como definição do

individuo que dentro de uma corporação, assume a responsabilidade de transformar

uma ideias ou projetos em algo lucrativo. Para isso este indivíduo assume

responsabilidade e riscos, motiva e coordena equipes.

3.3 RESILIÊNCIA

Segundo Piovan (2012, p.18) “Resiliência vem do latim RESILIO, que significa

“volta ao normal”. Ainda conforme Piovan, este conceito foi desenvolvido em 1807,

pelo cientista inglês Thomas Young, para estudos da física sobre elasticidade de

alguns materiais.

Mais tarde então, no século XX, o termo resiliência foi utilizado pela psicologia

para definir a capacidade que alguns indivíduos possuem de passar por situações

difíceis, e de grande pressão emocional e psicológica sem se abalarem. De acordo

com Piovan:

“Um dos pioneiros no estudo desta habilidade, na década de 70, foi o psicanalista infantil inglês James Anthony. (...) Desde então, vários estudiosos do comportamento humano tem pesquisado e procurado entender como “funcionam” os indivíduos resilientes”. (PIOVAN, 2012, p. pag. 19)

Segundo Piovan (2012), Martin Seligman, pesquisador da universidade da

Pensilvânia, autoridade mundial em psicologia positiva. Em seus estudos, Seligman

constatou que existem dois grupos de pessoas, aqueles que são determinados e

lutam por seus objetivos, e outro grupo, que segundo Seligman, desaprendeu a lutar

e aceitam as situações que lhes são impostas. Este estudo foi publicado mais tarde

no livro O Otimismo aprendido.

Conforme a definição de Piovan (2012, p.18), “A pessoa resiliente é aquela

que sofre crises, enfrenta mudanças ou situações de forte estresse e consegue “dar

a volta por cima”, transformando sofrimento em competência”.

Apesar de existir individuo com esta característica em todas as áreas, é

importante salientar que, no meio corporativo esta particularidade pode destacar um

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líder, ou uma organização no mercado. De acordo com Piovan (2012, p. 19-20)

“Devido a sua capacidade de superação, as pessoas resilientes alcançam feitos

extraordinários, que muitas vezes as colocam em evidencia”.

Segundo Conner (1995) Podem ser destacadas cinco características em

especial nos indivíduos resilientes, são, flexibilidade, foco, organização, a

positividade e a pró-ação. Este conjunto de características é de grande importância

no dia-a-dia dos empreendedores, estas características o tornam habilidoso para

lidar com mudanças, problemas cotidianos e situações inesperadas.

Característica Conceito

Felxibilidade De acordo com Moeller (2002), É característico do

individuo maleável, facilidade de adaptação e

mudanças. Acreditam que podem gerenciar

mudanças, e adaptar-se com facilidade aos

contratempos. Conhecem suas forças e fraquezas,

e reconhecem quando é necessário aceitar os

limites externos.

Foco São indivíduos que demonstram determinação e

objetividade. Segundo Moeller (2002) possuem

uma visão clara do que desejam alcançar. Utilizam

estas metas e a busca por resultados como a

direção a ser seguida. São orientados pela busca e

pelas oportunidades.

Organização Estes são indivíduos muito organizados.

Conseguem trabalhar em diversos projetos

diferentes ao mesmo tempo e realiza-los com

sucesso. Segundo Moeller (2002) mesmo diante de

situações de estresse, conseguem fazer com que

não afetem outros projetos de sua vida. Sabem

definir prioridades, delegar tarefas e pedir ajuda

quando necessário.

Positividade Essa é a característica mais acentuada nos

indivíduos classificados como resilientes. Possuem

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uma visão diferenciada perante aos desafios. Este

indivíduo enxerga oportunidades nas mais difíceis

situações. Segundo Moeller (2002), procuram olhar

de frente aos acontecimentos e assim aproveitar o

aprendizado resultante de determinada situação, e

acreditam na recompensa, por assim encarar as

mudanças. Consequentemente estes indivíduos

tem uma fácil adaptação e reagem bem as

mudanças.

Pró-ação Estes indivíduos gostam de mudanças.

Conforme Moeller (2002) induz as mudanças ao

invés de evitá-las. Tais pessoas determinam

quando uma mudança é inevitável, necessária e

vantajosa. Improvisam novas abordagens e

buscam verificar de que maneira, tal situação pode

ser vantajosa. Possuem habilidades para tomada

de decisões.

Autoconhecimento Martins (2015), fala que o profissional de

liderança deve se auto avaliar e conhecer suas

fraquezas para agir sempre de modo eficaz.

Liderar Segundo Martins (2015) esta atitude engloba

varias outras, liderar inclui orientar, ensinar, ter

controle, tomar a frente em diversos momentos e

estar sempre criando inspirações.

Quadro 5: Características do individuo resiliente, segundo Conner (1995).

Fonte: A Autora, 2015.

Segundo Conner (1995), quanto mais acentuadas estas características no

individuo, mais resiliente ele é, ou seja, essas pessoas estão mais focadas na

oportunidade do que na ameaça, tem capacidade de adaptarem-se mais facilmente

as mudanças. De acordo com Conner (1995) “A vantagem de um indivíduo resiliente,

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que ele sempre esta preparado para mudança e adversidades, assim estará em uma

posição mais confortável, para se recuperar rapidamente.

Desde que se iniciou o processo de globalização da economia mundial, a maneira

de gerir empresas e obtenção de resultados mudou, conforme Piovan (2012),”Se

tornou lema das empresas “fazer mais com menos””, ou seja, as empresas e os

mercados estão sempre em busca de resultados cada vez mais ambicioso, e com

menos recursos. Ainda conforme Piovan (2012) “Como se não bastasse o desafio de

atuar com esse paradoxo, é preciso também lidar com um cenário de mudanças

constantes e incertezas permanentes”.

Entretanto este cenário não é característico do inicio dos anos 1990,

atualmente em 2015, o Brasil passa por uma grave crise econômica onde os

números apontam resultados difíceis para economia e para os trabalhadores,

confirmando que a teoria da resiliência é atual, e pode destacar e qualificar

colaboradores e lideres conforme:

“(...) trabalhar nessas empresas tornou-se algo parecido com estar em uma panela de pressão. É pressão pra bater metas, para tomar decisões rápidas, para responder a desafios complexos, para encontrar soluções inovadoras.” (PIOVAN, 2012, p.15-16).

Tornou-se um pré-requisito para um bom desempenho no meio corporativo a

capacidade de lidar com problemas, mudanças de mercados, pressões e aceitar as

mudanças, transformando desafios em oportunidades, principalmente para os

cargos de lideres que tem como objetivo influenciar e desenvolver pessoas.

Conforme Piovan (2012, p. 16), “Na falta desta habilidade o líder repassa estas

pressões a equipe, criando um efeito cascata que atinge toda a empresa em todos

os níveis hierárquicos”.

Desta forma resiliencia deixa de ser uma característica e se torna uma

habilidade necessária para o sucesso e bom desempenho na carreira coorporativa,

de acordo com Piovan (2012 p.18) ”Neste cenário mais do que nunca, esta sendo

valorizada a habilidade humana de superar adversidades e pressões: a resiliência”.

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3.3.1 Liderança empreendedora

Um dos maiores desafios no mundo corporativo atualmente é a liderança de

uma organização. Não só pela gestão de pessoas, mas principalmente pelo atual

mercado, que além de ser muito competitivo, também exige um esforço a mais dos

gestores.

Segundo Sales (2009) O mercado atual exige que um líder seja mais que

competente, ele necessita ser também empreendedor para que seu negócio esteja

em constante crescimento.

A palavra líder tornou-se popular no meio para distinguir aquele que coordena

e gerência equipes, porem segundo Maxwell há certa diferença entre gerente e líder.

O gerente, gerência processos e o líder, gerência pessoas, porem segundo Maxwell

(2012, p.128) “Os lideres lideram as pessoas que gerenciam os processos”.

O estilo de liderança de um gestor pode definir a trajetória de uma

organização, já que este certamente esta presente nas negociações.

De acordo com Sales (2009), o líder de hoje precisa seguir alguns critérios de

administração, conforme exposto no quadro abaixo:

REQUISITOS PARA O LIDER EMPREENDEDOR

Administrar com segurança as mudanças que estão sempre

acontecendo.

Ser mais flexível em suas atitudes.

Continuar investindo em sua carreira profissional, com cursos

complementares, leituras especializadas, entre outros.

Quadro 6: Requisitos do líder empreendedor

Fonte: Sales, 2009

O líder empreendedor é aquele classificado como visionário, além de tino e

capacidade comercial, ele identifica e desenvolve talentos.

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Conforme Cavagnoli (2012) Os líderes empreendedores são importantes nas

organizações, pois administram suas equipes, formando novos líderes, orientando e

treinando até atingirem resultados necessários para o sucesso.

Segundo Cavagnoli (2012) o líder empreendedor utiliza-se de cinco (5)

princípios na realização de seu trabalho, conforme apresentado no quadro abaixo:

Princípios do Líder empreendedor.

Uma causa: Todo líder empreendedor tem uma causa, uma missão de

vida. Esta causa é o combustível que o impulsiona para ação, provocando

uma paixão pela realização do trabalho na empresa, algo que transcende o

mero objetivo de ganhar dinheiro.

Sabe contratar: Líderes empreendedores contratam pessoas adequadas

às funções organizacionais e demitem as que não são.Colocam pessoas

certas nos lugares certos. Desta forma, não recruta pessoas a sua imagem

e semelhança, ou seja, por afinidades. Sabe que uma boa equipe é

composta por pessoas diferentes, onde a mesmice não rima com

competitividade, e sim diversidade.

Foco no Cliente: O líder empreendedor entende que os clientes são a

razão de ser da sua empresa, e em função disso, suas necessidades

devem ser identificadas, entendidas e utilizadas para que os produtos e

serviços possam ser desenvolvidos, criando valores necessários para

conquistá-los e retê-los.

Atenção aos resultados: O líder empreendedor está sempre com os

olhos nos resultados. Acompanhar o desempenho da empresa e suas

tendências em relação aos clientes, e ao mercado, as finanças, as

pessoas, aos fornecedores, aos processos, aos produtos e aos serviços.

Com base no acompanhamento dos resultados, consegue tomar mais

decisões assertivas.

Humildade: Só se constrói uma empresa de excelência e duradoura, por

meio, da humildade pessoal e determinação profissional. Um líder com

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principio da humildade consegue envolver seus colaboradores em torno da

missão da empresa. Organiza pessoas e recursos para que os resultados

sejam alcançados, dando prioridade no crescimento da empresa em lugar

dos interesses pessoais. Atribui o êxito de sua gestão a força de sua

equipe de trabalho e fatores externos, e assume toda responsabilidade

pelos resultados desfavoráveis.

Quadro 7: Princípios do líder empreendedor

Fonte: Cavagnoli, 2012.

O líder empreendedor é um propulsor de mudanças, sua gestão é focada nos

resultados, e na motivação de sua equipe.

Se comparadas as características do líder empreendedor e do líder resiliente

fica evidente as semelhanças entre estes perfis. Ambos os perfis estão focados na

gestão de pessoas um com foco maior no desenvolvimento da equipe, e na

obtenção de resultados, já o outro tem foco maior na resolução de problemas,

conforme apresentado no quadro abaixo:

LIDER EMPREENDEDOR x LÍDER RESILIENTE

Liderança Empreendedora

Esta sempre em busca de novos conhecimentos.

É um visionário. Além de tino comercial e capacidade

de administrar a organização financeira e

comercialmente, é um motivador de pessoas.

O líder empreendedor é capaz de treinar e preparar

novos líderes na organização.

Com o foco sempre voltado a obtenção dos resultados,

se utiliza da equipe para juntos atingirem objetivos.

Trouxe a maiorias destas características consigo.

Liderança Resiliente Não se abala com as adversidades, é muito positivo,

objetivo, focado, organizado e reage bem a

mudanças.

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Não se frustra facilmente, seu foco esta direcionado na

obtenção de resultados.

É flexível, pode mudar de opinião facilmente quando

necessário.

Busca sempre oportunidades em meio as dificuldades.

Aprendeu algumas destas características através da

experiência no mercado.

Quadro 8 : Líder empreendedor x Líder resiliente

Fonte: A Autora, 2015.

As características destes modelos de líderes não são exclusividade de um

perfil de líder, é possível encontrar num mesmo gestor características dos dois

modelos.

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41

4 METODOLOGIA

Neste capitulo estão definidas as etapas a seguir para a realização da

pesquisa bem como suas características. Será apresentado tipo de pesquisa,

instrumentos de coleta, análise e interpretação de dados.

4.1 TIPO DE PESQUISA

O presente estudo realiza-se através de uma pesquisa de natureza aplicada,

pois visa aplicar suas descobertas.

A abordagem utilizada na pesquisa foi a de natureza qualitativa. Segundo

Gerhardt e Silveira (2009, p.31)

A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria. (GERHARDT e SILVEIRA. 2009, p.31)

Quanto aos objetivos pode ser classificada como uma pesquisa de natureza

exploratória.

Ainda segundo Gil (2007), a pesquisa exploratória envolve três etapas,

levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas participantes da amostra e

analise dos exemplos. Para Gil, pesquisas desta natureza tem como objetivo

proporcionar um maior conhecimento a respeito do tema pesquisado. Gil (2007. p,

41).

Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. (GIL 2007. p, 41).

É importante frisar ainda que em relação aos procedimentos a pesquisa,

caracteriza-se, por outras técnicas de pesquisa.

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42

Para proporcionar um maior conhecimento do tema pesquisado, foi utilizado

material publicado como pesquisa bibliográfica e livros, o que caracteriza pesquisa

bibliográfica. De acordo com Gil, este trabalho pesquisa permite ao pesquisador

conhecer o que já se estudou sobre o tema. Conforme Gil (2007) em quase todas as

pesquisas é exigido algum tipo de trabalho desta natureza.

Dando continuidade a pesquisa, para obter maior conhecimento a cerca da

empresa, foi utilizado material mais analítico da empresa, utilizando-se de tabelas,

gráficos, organograma e relatórios, que por sua vez caracteriza pesquisa

documental. Conforme Gil (2007) O desenvolvimento da pesquisa documental

segue os mesmos passos da pesquisa bibliográfica. Apenas cabe considerar que

(...) as fontes são muito mais diversificadas e dispersas. Neste caso utilizando

materiais fornecidos pela empresa.

Sendo que o foco principal dessa pesquisa estava direcionado especificamente

para empresa DVA VEÍCULOS será utilizado o estudo de caso como técnica de

pesquisa. Este, “é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de

poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado “[...]

vem sendo utilizado com frequência cada vez maior pelos pesquisadores sociais,

visto servir a pesquisas com diferentes propósitos [...]” (Gil, 2007, p. 73).

Ressalta-se que a pesquisadora está diariamente inserida no ambiente a ser

pesquisado, em contato direto a situação problema, e dia-a-dia da empresa, e desta

forma destaca-se a utilização de pesquisa descritiva. Conforme Gil (2007), esta

modalidade de pesquisa exige do pesquisador a descrição detalhada dos fatos e

características de amostra pesquisadas. Para Gil (2007, p.42) “Uma de suas

características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de

coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática”.

Desta forma, acredita-se que por meio destas estratégias ou procedimentos o

presente estudo será o mais legítimo possível à realidade vivenciada.

4.2 COLETAS DE DADOS

Para elaboração desta pesquisa, utilizou-se o levantamento bibliográfico,

através de livros, artigos científicos, monografias e sites, para enriquecer a pesquisa

e contribuir para um maior conhecimento a respeito do tema pesquisa.

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43

Outro instrumento utilizado para a coleta de dados foi através de entrevista

estruturada, com perguntas abertas.

Primeiramente foi realizado um pré-teste com vinte voluntários, que não

possuem ligação com a pesquisa. O Pré-teste foi realizado entre os dias 14 a 19 de

setembro. Estes voluntários sugeriram algumas alterações que foram atendidas.

Algumas perguntas foram modificadas, para eliminar a chance de dupla

interpretação, e também foram alteradas a ordem das perguntas no roteiro de

entrevista, para facilitar a compreensão dos entrevistados. Após esta etapa realizou-

se entrevista com os gestores lideres de cada setor da empresa, a cerca do tema,

que permitiu complementar o levantamento de dados para atingir o objetivo proposto

com este estudo. A entrevista com os gestores foi realizada entre os dias 24 de

setembro de 2015 e 01 de outubro de 2015. Este o roteiro de entrevista está no

apêndice desta pesquisa.

Para Gil (1994, p. 113) a entrevista é definida como uma técnica onde o

investigador, por meio de perguntas, obtém do entrevistado os dados que

interessam à investigação.

Quanto a análise de dados secundários, foram utilizados documentos de

setores estratégico da empresa como, organogramas e fluxogramas e materiais de

controlo do RH.

Outro meio utilizado foi à observação participante, já que a pesquisadora atua

na empresa, trabalhando na área de vendas de veículos.

4.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Por se tratar de uma pesquisa qualitativa, os dados foram coletados através

de roteiro de entrevista, estruturada com respostas abertas e o método utilizado para

a análise e interpretação de dados foi a análise do conteúdo, e a comparação das

respostas com a teoria abordada.

Segundo Gil (1994, p. 166) a análise objetiva organizar e sumariar os dados

de modo a possibilitar o fornecimento de respostas ao problema que está sendo

investigado. A interpretação, por sua vez, visa buscar um sentido mais amplo das

respostas, mediante sua ligação a outros conhecimentos obtidos anteriormente.

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Desta forma foram utilizados os conteúdo das respostas fornecidas, pelos

entrevistados para a analise, e extração de informações necessárias para alcançar o

objetivo proposto inicialmente.

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5 RESULTADOS DA PESQUISA

Neste capítulo apresentam-se os resultados da pesquisa. Inicia-se com a

apresentação do diagnóstico, elaborado a partir de estudo com a pesquisa aplicada

na DVA VEICULOS. Apresenta-se a análise e a interpretação dos dados que

compõem o diagnóstico, a análise geral da pesquisa, identificando o perfil dos

lideres da empresa e, por fim, as propostas de ações de melhorias, para um melhor

aproveitamento do potencial destes lideres na empresa.

5.1 DIAGNÓSTICO GERAL DA PESQUISA

A empresa em estudo é a DVA VEÍCULOS, uma empresa de médio porte, do

Setor de automotivo, fundada em 31 de outubro de 1972, atua no ramo de venda e

manutenção de veículos comerciais e vans, da marca Mercedes-Benz, localizada

em São José/SC.

Para realizar o diagnóstico do perfil dos lideres da empresa, foram

entrevistados todos os gerentes de sete (7) setores e subsetores, e também o diretor

geral e fundador da empresa, num total de oito (8) entrevistados. É importante

ressaltar que todos os entrevistados são do gênero masculino.

Estes gerentes responderam a 15 perguntas sobre o tema liderança. As

questões foram com respostas abertas, deixando estes lideres a vontade para

expressar suas ideias. Essas perguntas referiam-se a características pessoais

destes gerentes, com o objetivo de conhecer um pouco melhor sobre habilidades de

cada um, e quais iriam se apresentar como indivíduos resiliêntes.

Conforme respondido, por estes gerentes, com uma exceção, todos se

consideram pessoas empreendedoras, o que demonstra certa habilidade pra

assumir riscos e auxilio na tomada de decisão, e todos se consideram pessoas

positivas, porém apesar de muitos deixar claro em suas respostas características de

um individuo resiliente, afirmaram não saber o significado da palavra resiliência.

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5.2 DIAGNÓSTICOS DO PERFIL DOS LÍDERES DA EMPRESA

Para coletar as informações foi desenvolvido um roteiro de entrevista,

contendo 15 questões, que abordam perguntas pessoais, com respostas abertas a

respeito do tema tema sobre resiliência.

A seguir são apresentadas a análise e a interpretação dos dados

contemplados no diagnóstico, numa abordagem qualitativa.

Primeiramente foi perguntado por quantas pessoas cada gestor é

responsável, ou seja, quantos colaboradores atuam no seu setor, a resposta varia

entre 5 pessoas no setor menor, na verdade é um subsetor de RH, que responde a

área de administração, até a 93 pessoas, no maior setor que é a área de oficina.

Quando questionados sobre serem pessoas empreendedoras, todos

responderam que sim, com exceção de um entrevistado, gerente de vendas que

afirmou ser um executor, alguém que faz acontecer, e executa ações, porem sem se

considerar um empreendedor.

De maneira geral o comportamento dos entrevistados em situações que

exigem tomada de decisão sob pressão demonstra que possuem ascendência

positiva sob as atividades e suas equipes, uma vez que demonstram agir com

segurança e com riscos medidos, com exceção de dois (2) entrevistados que

demonstram maior dificuldade em casos semelhantes. Vale destacar conceitos

chaves extraídos das respostas:

Ciente de tudo o que acontece, experiência, informações, paciência e

organização foram alguns dos conceitos indicados pelos entrevistados.

Rejeição e nervosismo são as definições comportamentais apresentadas por

aqueles gestores que possuem maior dificuldade em momentos de pressão.

Conforme observado por Piovan (2012, p.16), “o líder resiliente é aquele que

sabe dar a volta por cima em momentos de crise, mudanças ou situações de forte

estresse”.

De acordo com esse conceito é possível afirmar que com exceção aos dois

gestores que demonstram dificuldades na tomada de decisão sob pressão, os

demais apresentam linhas características comuns a líderes resilientes.

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Pergunta: Como você reage quando está sob pressão?

E1 “Tento resolver as coisas da melhor forma possível”.

E2 “ Organizo as atividades para alcançar os objetivos”.

E3 “A primeira vista com rejeição, mas aos poucos me acostumo”.

E4 “Me sinto um pouco nervoso, mas tento resolver da melhor

maneira”.

E5 “ Busco informações e encontro um meio para resolver a

situação”.

E6 “ Com paciência, avalio a situação antes da tomada de decisão”.

E7 “Tomo decisões rápidas e focadas devido ao grande numero de

informações que me cerco diariamente”.

E8 “ Para quem esta a mais de 50 anos no mercado como eu, é

normal reagir com calma”.”.

Considerando a interpretação de Conner (1999) existem algumas

características comuns aos lideres resilientes, são elas: flexibilidade, foco,

organização, positividade e pró-ação. Contendo estas qualidades, o líder apresenta

maior habilidade para mudanças, bem como na solução de problemas, sejam eles

cotidianos ou situações inesperadas.

Na próxima questão pede-se para avaliar como seria sua própria reação em

situações novas ou mudanças: “Como você reage a mudanças e a novos desafios?”.

Pergunta: Como você reage a mudanças e a novos desafios?

E1 “Tento resolver as coisas da melhor forma possível”.

E2 “organizando as atividades para alcançar o objetivo.”

E3 “A primeira vista com rejeição, mas aos poucos me acostumo”.

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E4 “Tenho um pouco de resistência de inicio, mas tento me adaptar da

melhor maneira“.

E5 “Procuro me situar no panorama e parto pra ação”.

E6 “Tudo que for pra melhorar e somar é bem vindo”.

E7 “Natural, as mudanças nos fazem crescer como indivíduos, já que

os desafios sempre serão constantes em nossa vida”.

E8 “ Sempre procuro identificar oportunidades”.

Para Piovan (2012), a falta de habilidade do líder frente as mudanças pode

transmitir para a equipe toda a pressão seja ela interna ou externa, bem como gerar

um efeito cascata, que pode chegar a atingir vários níveis hierárquicos dentro de

uma instituição.

Em panorama geral das respostas desta questão, temos o seguinte resultado:

a) Reagem bem a mudanças:

Resposta de destaque: “Natural, as mudanças nos fazem crescer como

indivíduos já que os desafios sempre serão uma constante em nossa vida”.

Demonstrando um traço claro entre líderes resilientes, o entrevistado mostra

sua positividade e receptividade as mudanças que podemos enfrentar no dia-a-dia.

b) Demonstram resistência as mudanças:

Resposta de destaque: “Tenho um pouco de resistência no início, mas depois

tento me adaptar da melhor maneira”.

Entende-se pela resposta que a adaptação às mudanças pode ser um

processo demorado, visto que sua resistência inicial pode gerar dificuldades de

adaptação a novos processos e/ou exigências.

Sobre a tomada de decisão na questão 5 foi perguntado foi perguntado aos

entrevistados, se eles analisam muito as situações antes da tomada de decisão.

Pergunta: Você analisa muito as situações antes de tomar decisão?

E1 “Sim”.

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E2 “Somente se é uma situação nova.”

E3 “Nem sempre. Existem algumas situações em que não temos

tempo de pensar muito”.

E4 “Sim. bastante”.

E5 “Procuro estar certo de que vou tomar a decisão correta”.

E6 “Sim. Pelo menos tento agir com razão”.

E7 “Sim”.

E8 “Sim. Sou um homem estudioso. Gosto de analisar os prós e os

contras”.

Seis dos oito entrevistados afirmam que avaliam bastante cada situação em

particular antes da tomada de decisão.

Destacam-se as seguintes repostas:

A) Sim, tento agir com a razão.

B) Sou um homem bastante estudioso. Procuro avaliar os prós e os contras.

Essas repostas demonstram de maneira geral o pensamento dos gestores

que se mostram mais cautelosos quanto a sua tomada de decisão, e quais

consequências isso pode gerar.

Nenhum dos entrevistados respondeu “não”, no entanto, dois deles

apresentaram respostas diferentes da maioria, são elas:

A) Nem sempre. Em determinadas situações não temos tempo de pensar

muito.

B) Somente se é uma situação nova.

Essas respostas demonstram maneiras diferentes de lidar com tomadas de

decisão. Para o entrevistado “A” o tempo é fator determinante, em algumas

situações a tomada de decisão precisa ser rápida, ou seja, há menos tempo para

avaliação de impacto, por consequência pode-se ter um risco maior.

No caso “B”, a avaliação é diferente, pois em se tratando de situações

cotidianas, não há necessidade de dispor muito tempo para análise.

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Conforme identificado por Robbins e Decenzo (2004), o gestor não pode

tomar decisões ou formular estratégias sem que possua informações sobre a

situação.

Ou seja, uma análise prévia é sempre necessária, aumentando assim a

eficácia das decisões tomadas, sem desprezar a necessidade de comunicação

antes, durante e após os processos.

Na sexta questão a intenção é conhecer a reação dos líderes quando estão

em situações adversas e suas expectativas não se concretizam.

Pergunta: Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas

expectativas são quebradas?

E1 “Tento aceitar de forma positiva para o crescimento”.

E2 “No primeiro momento desanimo, mas depois busco informações,

para não acontecer novamente”.

E3 Entrevistado não respondeu.

E4 “ De inicio fico decepcionado, mas tento resolver da melhor maneira”“.

E5 “Sempre busco nas adversidades, oportunidade de evolução no

aprendizado”.

E6 “Primeiro tento verificar onde errei, para não cometer os mesmos

erros no futuro”.

E7 “As expectativas são quebradas quando fatores externos que não

estão sob controle ou quando ha falta de conhecimento. Ex:

Clima, precisamos ter conhecimento qual a influencia dos ventos

El Ninõ e La Ninã afetam a produção agrícola, guerras”.

E8 “Hoje eu sei que essas situações são diárias, e estou preparado

para tal”.

Neste ponto do questionário é possível identificar talvez o mais forte indício de

resiliência presente em cada um dos gestores.

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Segundo Piovan (2012, p. 16) “O líder que não possui a habilidade de

absorver as adversidades e expectativas não concretizadas, repassa os problemas

aos seus liderados, impactando a todos de maneira negativa”.

Ainda nessa linha de pensamento, o autor menciona que em cenários deste

tipo a resiliência mais do que nunca está sendo valorizada como uma qualidade

humana fundamental.

Nas respostas obtidas através do questionário destacam-se duas visões

positivas:

- Sempre busco nas adversidades, oportunidade de evolução e aprendizado.

- Hoje eu sei que estas situações são diárias e estou preparada para tal

Já outros líderes não tem a mesma reação positiva e podem apresentar certo

desânimo quando este tipo de situação seguem exemplos extraídos da pesquisa:

- De início fico decepcionado, mas tento resolver da melhor maneira.

- No primeiro momento desanimo, mas depois tento buscar informações para

não acontecer novamente.

A próxima questão aborda o tema “positividade”, com a seguinte interrogação:

Você se considera uma pessoa positiva? Como aponta o resultado abaixo, seis dos

oito entrevistados se consideram pessoas positivas na perspectiva profissional e

principalmente em suas características, como líder.

Sim Não Outros

6 0 2

Os dois gestores que não deram “sim” como resposta, curiosamente não se

consideram negativos, ou seja, possuem uma análise particular sobre suas

personalidades.

Racional, foi a definição usada por um dos entrevistados para definir seu

comportamento cotidiano, ou seja, há demonstração de um líder analítico e que

transparece aos seus liderados um sentimento mais cauteloso.

Na segunda resposta diferenciada, o entrevistado afirma que dependendo da

situação encontrada ele não age de maneira positiva, ou seja, possui

comportamento variável de acordo com as situações que estão em andamento,

podendo variar de positivo a negativo conforme o andamento de seus resultados.

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Na definição do líder resiliente, a positividade é uma das características mais

comuns e marcantes para diversos, autores, inclusive Moeler (2012) em sua

definição sobre o tema, afirma que o líder resiliente encara as mudanças de frente e

procura extrair o máximo conhecimento destas novas situações e de maneira geral

reagem bem nesses casos.

Qual a importância dos desafios na construção do aprendizado foi a questão

proposta aos entrevistados.

Pergunta: Em sua opinião qual a importância dos desafios na construção do

aprendizado?

E1 “É de suma importância a continuidade do aprendizado, não

podemos ficar no básico, sempre precisamos ser acima da média”.

E2 “Gosto de desafios, fico motivado”.

E3 “Desafios fazem parte do dia a dia de um líder e seus liderados”.

E4 “Através deles adquirimos experiências profissionais“.

E5 “Todo desafio é uma oportunidade.”.

E6 “Os desafios sempre nos mostram a melhor maneira de crescer”.

E7 “Os desafios e passagem por eles é o que nos torna mais fortes,

mais racionais e mais qualificados para os próximos desafios.”.

E8 “Se não fossem os desafios eu não me sentiria preparado e capaz

como me sinto hoje”.

É consenso entre os gestores da empresa, que desafios podem trazer

situações construtivas e gerar novos aprendizados que agregarão experiências e

trarão mais confiança para enfrentar situações futuras. Todos os líderes mostram-se

receptivos a situações desafiadoras.

Segundo Moeler (2012) uma das principais características do líder resiliente é

justamente a reação positiva e capacidade de absorver conhecimento em novas

situações e conseguem encarar desafios positivamente.

Na próxima questão, numero 9 os entrevistados são indagados a respeito das

decisões que envolvem risco.

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Pergunta: Você tem tendência a arriscar mesmo que as consequências

possam ser negativas?

E1 “Não gosto de arriscar, sempre tenho em mente o que é certo”.

E2 “Sim, pela experiência”.

E3 “Nem sempre”.

E4 “Não. Sou mais metódico“.

E5 “Procuro sempre trabalhar com um risco visivel.”.

E6 “Temos que arriscar sempre, mas para isso é preciso medir s

consequências”.

E7 “Não. Sou extremamente conservador, tomo decisão após ter

contato com o maior numero possível de informações, quem tem

tendência a arriscar é o empreendedor, e como já escrevi acima,

sou executor.”.

E8 “Sim. Eu analiso e estudo muito as situações., e sou corajoso e

gosto de arriscar”.

Neste quesito, o grupo de gestores, se mostrou mais conservador, pois cinco

dos oito entrevistados preferem não arriscar ou se mostram pouco seguros para

isso.

Dentre as respostas daqueles que arriscam, destacam a tomada de decisão

baseada em experiências anteriores, para embasar o fato se assumir riscos.

Na pergunta numero 10, o tema foi a respeito das perspectivas futuras para a

economia do país.

Pergunta: O que você espera para os próximos anos da economia e

dos mercados?

E1 “Estamos passando por uma crise, precisamos fazer as coisas

com cautela, o que tudo indica é que a crise vai permanecer por

mais algum tempo”.

E2 “Acredito que os próximos anos sejam de reestruturação da

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economia, os resultados imediatos serão ruins, mas ao longo

prazo colheremos os frutos”.

E3 “Esperamos momentos tão difíceis quanto o que estamos

passando agora”.

E4 “Tempos difíceis, porem para meu setor, pode ser relativamente

bom, já que com a diminuição das vendas aumenta o numero de

reparos, consertos e manutenção nos veículos“.

E5 “Que se ajuste para termos uma economia estável, porem serão

mais retraídos.”.

E6 “Espero que realmente melhores, temos potencial para ser uma

economia forte e independente , temos um mercado muito grande

para ativar”.

E7 “O Brasil é um excelente pais, tudo tem que ser feito ou refeito,

rodovias, ferrovias, hidrovias, aerovias para diminuir o custo Brasil.

Portos, logística, distribuição, descarte de veículos usados,

reintrodução na economia, através da reciclagem via siderúrgica,

organização política, reorganização das leis, reforma tributaria,

saneamento básico, solidificar a lei de responsabilidade fiscal para

todos os agentes públicos, ninguém esta acima d lei, reavaliar o

que se ensina nas escolas e universidades para um mundo em

movimento frenético. É um mar de oportunidades, somos o maior

exportador de grãos de soja, e maior produtor também, na área de

rebanho também já somos os maiores eo mundo precisa comer. A

base alimentar da China é a soja e lá precisam ser alimentados

1.3 bilhões de pessoas, e também possuem o maior rebanho de

suínos sendo que a base alimentar desses alimentar desses

animais é a soja do Brasil, que já é o maior parceiro comercial

deles. O Brasil é um pais essencialmente agrícola. Assim,

reafirmo, este é o pais que tem para o jovem as maiores

oportunidades num futuro muito próximos, apesar dos maus

administradores de hoje”.

E8 “Sabemos que o mercado esta em retração e a previsão é de

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55

dificuldades, porem acredito que seja um bom momento para

encontrar algumas novas oportunidades com saberia”.

O grupo de entrevistados se mostra em sua maioria é pessimista, devido a

retração dos números e pouca efetividade nas ações de retomada no crescimento

por parte do governo. Os únicos dois gestores que enxergam o futuro com mais

positividade destacam, o tamanho e a diversidade do mercado interno do país com

potencial para expansão e investimentos.

Na questão seguinte, numero 11 foi tratado sobre mudança de opinião, foi

questionado: Você muda de opinião quando necessário? A resposta foi absoluta,

todos reponderam que sim. Esta questão demonstra flexibilidade, o que caracteriza

do individuo resiliente, conforme Moeller (2002. p. 45):

É maleável, flexível ao responder a incerteza. As pessoas com alto grau de resiliência acreditam, tem como verdadeiro, a crença de que podem gerenciar as mudanças e aceitam a ambiguidade, não ficando permanentemente atônitas com os contratempos, que por ventura ocorram, e sim, se recuperam com maior rapidez.

A próxima questão trata de a respeito dos objetivos. Neste quesito as

respostas seguiram praticamente a mesma linha, foi falado sempre em manter o

foco e focar nos resultados.

Pergunta: Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando

as coisas não estão de acordo com as suas expectativas?

E1 “Não devemos perder o foco, é necessário sempre rever os objetivos”.

E2 “Mudar a forma de trabalhar, reavaliar as atividades e resultados”.

E3 “Além de manter o foco no objetivo precisamos encontrar soluções para as adversidades.”.

E4 “Tento focar no resultado“.

E5 “Meus objetivos são bem definidos, quanto mais complicado o mercado, mais temos que nos dedicar”.

E6 “Primeiro focar em coisas realmente importantes, eliminando coisas que não agregam valor ao negócio. Ter foco positivo”.

E7 “Saber gerenciar é ter controle de dados importantes para a atividade e saber liderar é ser um exemplo de pessoa responsável,

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firme, ético, entender como cada colaborador age e ajuda-lo nas adversidades orientando-o”.

E8 “Eu estudo, leio e me preparo muito, tento sempre manter a calma. Conto muito com a ajuda da minha equipe, que julgo também ser muito preparada”.

Estar preparado para momentos adversos, tentando ao máximo ter ciência do

que vai acontecer ao redor, seja interna ou externamente, prover meios para que os

colaboradores possam efetuar suas tarefas satisfatoriamente e rever objetivos

mediante comparação com o cenário econômico do país, são os meios indicados

pelos gestores para superar momentos adversos.

Na questão seguinte, a pesquisa questiona sobre como os lideres repassam

pressões, ou tratam das situações com suas equipes.

Pergunta: Você como um líder, procura mostrar sempre o lado positivo de

cada situação, ou acha importante que os Colaboradores estejam cientes das

dificuldades?

E1 “Como líder precisamos sempre motivar de forma positiva, de outra forma passar também as dificuldades”.

E2 “Repassar a realidade com otimismo parece ser adequado”.

E3 “Acho importante sempre mostrar o lado positivo de cada situação, porem a verdade e a dificuldade são elementos presentes”.

E4 “Costumo deixar todos cientes“.

E5 “Todos tem que conhecer a realidade, porem temos a obrigação de direcionarmos para caminhos mais sólidos, e que possam buscar o fechamento do negócio”.

E6 “É importante que eles saibam das dificuldades para poderem agir com consciência, mas sempre com foco nos objetivos”.

E7 Ambas situações devem ser repassadas para que s colaboradores tenham ciência da realidade”.

E8 “Acho importante ser transparente, porem com cautela, sem transferir responsabilidades”.

A respeito desta questão é notável a preferência dos gestores em mostrar

sempre positividade, procurando motivar sua equipe. Seis respostas favoráveis a

motivação, como saída das adversidades. Uma resposta prega o conceito de

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57

transparência mostrando ambas situações. Somente um único gestor entende como

melhor saída deixar todos cientes das dificuldades e possíveis consequências.

Na próxima questão abordada de número 14, foi perguntado para saída em

momentos de crise.

Pergunta: Em sua opinião qual a melhor saída para momentos de crise ou

dificuldades?

E1 “É conviver com ela e aprender superando as dificuldades”.

E2 “Planos alternativos, diferenciação em relação ao mercado”.

E3 “Precisamos primeiramente identificar os problemas para

reconhecer a solução”.

E4 “Foco nos objetivos“.

E5 “Foco e direcionamento”.

E6 “Não desanimar, momentos de crise sempre teremos, o importante

é saber passar por ela com os pés no chão.”.

E7 “Procurar criar sempre, tirar o “S” da palavra crise”.

E8 “Sabedoria, positividade, estudo e boa vontade.”.

É consenso entre os gestores que situações extremas como uma crise no

sistema financeiro do país requer ações estratégicas, redefinição de metas,

abordagem diferenciada e procurar uma posição que possa trazer mais destaque

perante a concorrência. Fica evidenciado ainda que a crise faça com que todos

possam absorver conhecimento a partir de uma experiência negativa com tem se

mostrado a crise.

Na última pergunta do questionário, percebemos uma contradição bem

interessante, apesar de muitos gestores apresentarem características de um

indivíduo resliente, a metade não sabe o significado do termo resiliência.

SIM NÃO

4 4

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58

Alguns pesquisaram em seus celulares o significado do termo, antes de

responderem, então se for analisar ao pé da letra mais da metade, não conhece o

conceito de resiliência mesmo se tratando de gestores.

5.3 PLANO DE AÇÃO E MELHORIAS

Mediante ponderação dos resultados da presente pesquisa, foi possível

identificar alguns pontos de melhoria como sugestão para a empresa e seus

gestores.

- Promover palestra com o tema resiliência, onde possa haver participação de

todos os colaboradores que ocupam cargos de liderança, com abordagem didática,

fazendo um paralelo com a atuação da empresa e exemplificando situações onde

esse conceito possa ser aplicado. Essas palestras poderiam acontecer durante a

semana SIPAT, que é a semana interna de prevenção a acidentes de trabalho, que

acontece uma vez por ano na empresa, e são oferecidas palestras de temas

diversos, além do assunto abordado durante a semana;

- Elaboração de programas de treinamentos para os gestores, onde possam

vivenciar eventos simulados de tomada de decisão sob pressão, decisões de alto

risco e mudanças repentinas de cenário;

- Agendar reuniões periódicas entre os colaboradores ocupantes de cargos de

liderança, para troca de experiências e definição de ações conjuntas entre as áreas

com intuito de nortear todas as equipes no mesmo sentido;

- Agendar reuniões periódicas entre gestores e membros de suas equipes,

para exposição dos resultados globais e confecção de planos de ação para

direcionamento dos negócios;

- Mensurar através de pesquisa, a satisfação dos colaboradores referente ao

seu envolvimento nas tomadas de decisão, na análise dos resultados obtidos e

projeções futuras.

Com a implantação destas ações, os colaboradores envolvidos nos processos

de liderança de pessoas e processos terão mais subsídios técnicos nos momentos

em que suas decisões sejam necessárias para definição de novas estratégias,

objetivos e frentes de trabalho que fujam da normalidade de seu cotidiano.

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59

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa foi realizada durante o ano de 2015 primeiro e segundo

semestre, para o Curso de Administração do Centro Municipal de São José – USJ,

com foco direcionado ao tema Liderança.

A partir da analise das respostas dos entrevistados no roteiro de entrevista, a

respeito do tema liderança e aplicado aos líderes de cada setor da empresa,

identificou-se muitos aspectos positivos, inclusive características de pessoas

resilientes em boa parte destes líderes.

A fundamentação teórica evidenciou conceitos referentes ao tema

pesquisado: A Organização e a Liderança, Empreendedorismo, Resiliencia e a

Liderança empreendedora, que possibilitaram um maior embasamento para a

realização da pesquisa, atingindo assim, o primeiro objetivo específico deste

trabalho, que tinha como objetivo pesquisar e fundamentar teoricamente o tema.

O estudo de caso na DVA Veículos permitiu analisar e mapear o perfil dos

seus lideres, identificando aqueles que possuem características de um líder

resiliente, conforme proposto no segundo objetivo especifico.

Com base no conhecimento adquirido através da fundamentação teórica a

respeito do tema, e análise das respostas dos entrevistados, foi possível atingir o

terceiro objetivo específico que era comparar o perfil do líder empreendedor com o

líder resiliente destacando semelhanças e diferenças entre estes.

E por último, após a análise de todas as entrevistas, foi possível propor ações

de melhoria, para um possível aproveitamento do potencial destes líderes, atingindo

o quarto e último objetivo especifico.

Após atingir os objetivos específicos, acima apresentados, considera-se que o

objetivo geral da pesquisa, que era identificar os líderes de perfil resiliente bem

como avaliar a contribuição que estes trazem a empresa, foi atendido visto que de

acordo com a fundamentação teórica, estes líderes são motivadores e práticos,

aceitam facilmente os desafios e estão sempre abertos a mudanças.

A principal contribuição da pesquisa para a empresa foi no sentido de ajudá-la

a conhecer melhor o perfil das pessoas que assumiram cargos de gestão, e

entender como poderão aproveitar melhor o potencial destes líderes no seu dia-a-

dia.

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60

Os resultados da pesquisa e sua contribuição para a empresa mostram que a

questão problema da pesquisa “Qual a contribuição que líderes de perfil resiliente

trazem para a organização e para seus colaboradores nos momentos de crise? ” foi

respondida. Neste sentido, foram identificadas e discutidas com estes lideres a

melhor forma de conduzir situações de estresse e mudanças. A maioria destes

líderes foi enfática ao responder que mesmo sempre deixando claro, as dificuldades

a serem enfrentadas principalmente num momento econômico desfavorável, nunca

se permitiram abater diante das dificuldades ou desestimular sua equipe.

Durante o dia-a-dia da acadêmica na organização, durante o primeiro e

segundo semestre 2015, possibilitou interagir e observar como a mesma e seus

gestores agem a cerca do tema pesquisado, possibilitando assim melhorar e/ou

ampliar a analise a cerca do perfil dos gestores.

Espera-se que essa pesquisa, com a temática de Liderança resiliente,

desperte o interesse de outros acadêmicos para trabalhos futuros. Sugere-se a

realização de estudos em outras empresas de pequeno, meio ou grande porte com o

intuito de conhecer melhor os profissionais gestores da área de administração de

empresas, bem como entender como as organizações estão utilizando o potencial

de seus gestores para enfrentar o momento de retração na economia.

Por fim, conclui-se que o tema é presente e muito atual no universo

empresarial, sendo que resiliencia é uma característica benéfica não somente as

empresas, mas como a seus gestores, colaboradores e para o individuo em geral.

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REFERÊNCIAS

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CASADO, Tânia. As Pessoas na Organização. São Paulo: Editora Gente, 2002. CAVAGNOLI, Irani. Liderança empreendedora. Disponível em:<http://gestaoeinovacao.com/lideranca-empreendedora/>. Acesso em: 15 nov. 2015 CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito empreendedor.4 ed.São Paulo: Manole. 2012. CONNER, D. R. Gerenciando na velocidade da mudança. Rio de Janeiro: Infobook, 1995. DOLABELA,F.C. C. O Segredo de Luísa: Uma ideia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. São Paulo: Cultura, 2008. FIORELLI, José Osmir. Psicologia para administradores: integrando teoria e pratica. 5 ed.São Paulo: Atlas, 2007. FLEURY, Maria T. L. As pessoas na organização. 7 ed. São Paulo: Gente, 2002. GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo ; Métodos de pesquisa . Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. Disponível em: <www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf > Acesso em: 15/08/2015 GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. In:______. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. In:______. Gestão de Pessoas.7 ed. São Paulo: Atlas, 2007. LACOMBE, Francisco José Masset. Dicionario de Administração. São Paulo: Saraiva, 2004.

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62

MARTINS, Rogerio. 7 Atitudes do líder eficaz. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/7-atitudes-do-lider-eficaz/86135/> ,Acesso em 18/07/2015.

MAXWELL, John C.O Líder 360. Rio de Janeiro: 2 ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2012. MOELLER , Jaques Enrique; A resiliencia no perfil do empreendedor catarinense, a partir das cinco características identificadas por Daryl r. conner. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis: 2002. PIOVAN, Ricardo. Resiliência: como superar pressões e adversidades no trabalho. 1. ed. São Paulo: reino editorial, 2012. RESENDE, Enio. O Livro das Competências. Rio de Janeiro: Qualimark. 2000. ROBBINS, Stephen P.; DECENZO, David A. Administração – Conceitos essenciais e aplicações. Rio de Janeiro: Pearson, 2004. SILVA, Jônatas R. CHA Conhecimento, habilidade e atitude. Disponível em: < http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/cha-conhecimento-habilidade-e-atitude/39202/> Acesso em: 13 nov. 2015 SILVA, Renata; KARKOTLI, Gilson (Orgs.). Manual de Metodologia do USJ 2011-1. São José: Centro Universitário Municipal de São José – USJ, mar. 2011. SALES, Eugênio. O Líder empreendedor. Disponivel em: http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/o-lider empreendedor/27689 > Acesso em: 15 nov. 2015

.

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APÊNDICE – Entrevista

Entrevista realizada com os líderes da empresa entre os dias 24 de setembro

de 2015 a 01 de outubro de 2015.

Setor responsável: Vendas (veículos Novos).

1) Qual o número aproximado de funcionários no seu setor?

14

2) Você se considera uma pessoa empreendedora?

Não, porque empreendedora vem da palavra empreender, aquele que

empreende. Considero-me um executor, aquele que executa, faz acontecer.

3) Como você age quando está sob pressão?

Tomo decisões rápidas e focadas devido ao grande número de informações que me

cerco diariamente.

4) Como você reage a mudanças e a novos desafios?

Natural, as mudanças nos fazem crescer como indivíduo já que os desafios sempre

serão uma constante em nossa vida.

5) Você analisa muito as situações antes de tomar decisões?

Sim.

6) Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas

expectativas são quebradas?

As expectativas são quebradas quando fatores externos que não estão sob controle

ou quando a falta de conhecimento. Ex: clima, precisamos ter conhecimento qual a

influência dos eventos El Niño, La Niña, que afetam diretamente a produção

agrícola, guerras.

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7) Você se considera uma pessoa positiva?

Racional.

8) Em sua opinião, qual a importância dos desafios para a construção do

aprendizado?

Os desafios e passagem por eles é o que nos torna mais fortes, mais racional, mais

qualificado para os próximos desafios, simples assim.

9) Você tem tendências a arriscar mesmo quando as consequências

possam ser negativas?

Não, sou extremamente conservador, tomo decisões após ter contato com o maior

número possível de informações, quem tem tendência a arriscar é o empreendedor

e como já escrevi acima, sou executor.

10) O que você espera nos próximos anos da economia e dos mercados?

O Brasil é um excelente país, tudo tem que ser feito ou refeito, rodovias, ferrovias,

hidrovias e aerovias para diminuir o custo Brasil, portos, logística, distribuição,

descarte de veículos usados e reintrodução na economia através da reciclagem via

siderúrgica, organização política, reorganização das leis, reforma tributária,

saneamento básico, solidificar a lei de responsabilidade fiscal para todos os agentes

públicos, ninguém está acima da lei, reavaliar o que se ensina nas escolas e

universidades para um mundo em movimento frenético, é um mar de oportunidades,

11) Você muda de opinião quando necessário?

Sim.

12) Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando as

coisas não estão de acordo com suas expectativas?

Saber gerenciar é ter controle de dados importantes para a atividade e saber liderar

é ser um exemplo de pessoa responsável, firme, ético, entender como cada

colaborador age e ajuda-lo nas adversidades orientando-o.

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13) Você como líder, procura mostrar sempre o lado positivo de cada

situação, ou acha importante que os colaboradores estejam “cientes” das

dificuldades?

Ambas situações devem ser repassadas para que os colaboradores tenham ciência

da realidade.

14) Em sua opinião, qual seria a melhor saída nos momentos de crise ou

dificuldades?

Procurando criar sempre, tirando o “S” da palavra crise a resposta é a mesma.

15) Você sabe o que é resiliência?

Não.

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Setor responsável: Diretoria.

1) Qual o número aproximado de funcionários no seu setor?

Em torno de 205

2) Você se considera uma pessoa empreendedora?

Sim, sou idealizador deste projeto que deu certo. Hoje tem mais de 40 anos e estou

sempre em busca de novas oportunidades.

3) Como você age quando está sob pressão?

Para quem está há mais de 50 anos no mercado como eu, é normal reagir com

calma.

4) Como você reage a mudanças e a novos desafios?

Sempre procuro identificar oportunidades.

5) Você analisa muito as situações antes de tomar decisões?

Sim, eu sou um homem estudioso, gosto de analisar os prós e contras.

6) Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas

expectativas são quebradas?

Hoje eu sei que essas situações são diárias e estou preparado para tal.

7) Você se considera uma pessoa positiva?

Sim, sempre.

8) Em sua opinião, qual a importância dos desafios para a construção do

aprendizado?

Bom. Acho que se não fossem os desafios e eu não me sentia preparado e capaz

como me sinto hoje.

9) Você tem tendências a arriscar mesmo quando as consequências

possam ser negativas?

Sim, eu analiso e estudo muito as situações e sou corajoso, gosto de arriscar.

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10) O que você espera nos próximos anos da economia e dos mercados?

Sabemos que o mercado está em retração, e a previsão é de dificuldades, porém

acredito que seja um bom momento para encontrar novas oportunidades, com

sabedoria.

11) Você muda de opinião quando necessário?

Sim.

12) Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando as

coisas não estão de acordo com suas expectativas?

Como já falei, eu estudo, leio e me preparo muito. Tento sempre manter a calma,

conto com ajuda da minha equipe que julgo ser muito bem preparada.

13) Você como líder, procura mostrar sempre o lado positivo de cada

situação, ou acha importante que os colaboradores estejam “cientes” das

dificuldades?

Acho importante ser transparente, porém com cautela, sem transferir

responsabilidades.

14) Em sua opinião, qual seria a melhor saída nos momentos de crise ou

dificuldades?

Sabedoria, positividade, estudo e boa vontade.

15) Você sabe o que é resiliência?

Sim, leio sempre sobre o tema.

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Setor responsável: Pneus (venda e Recapadora).

1) Qual o número aproximado de funcionários no seu setor?

Um total de 55 entre vendas e recapadora.

2) Você se considera uma pessoa empreendedora?

Sim

3) Como você age quando está sob pressão?

Busco informações e encontro um meio para resolver a situação.

4) Como você reage a mudanças e a novos desafios?

Procuro me situar no panorama e parto para a ação.

5) Você analisa muito as situações antes de tomar decisões?

Procuro estar certo do que vou fazer é correto

6) Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas

expectativas são quebradas?

Sempre busco nas adversidades oportunidade de evolução no aprendizado.

7) Você se considera uma pessoa positiva?

Sempre.

8) Em sua opinião, qual a importância dos desafios para a construção do

aprendizado?

Todo o desafio para mim é oportunidade.

9) Você tem tendências a arriscar mesmo quando as consequências

possam ser negativas?

Procuro sempre trabalhar com risco visível.

10) O que você espera nos próximos anos da economia e dos mercados?

Que os ajustes para termos uma economia estável, porém serão mais retraídos.

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11) Você muda de opinião quando necessário?

Se realmente for convencido que estou errado.

12) Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando as

coisas não estão de acordo com suas expectativas?

Meus objetivos são bem definidos. Quanto mais complicado o mercado, mais temos

que nos dedicar.

13) Você como líder, procura mostrar sempre o lado positivo de cada

situação, ou acha importante que os colaboradores estejam “cientes” das

dificuldades?

Todos tem que conhecer a realidade, porém temos a obrigação de direcioná-los

para caminhos mais sólidos e que possam buscar fechamento dos negócios.

14) Em sua opinião, qual seria a melhor saída nos momentos de crise ou

dificuldades?

Foco e direcionamento.

15) Você sabe o que é resiliência?

Não.

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Setor responsável: Pneus (Recapadora).

1) Qual o número aproximado de funcionários no seu setor?

30 pessoas

2) Você se considera uma pessoa empreendedora?

Sim.

3) Como você age quando está sob pressão?

Com paciência. Analiso a situação antes da tomada de decisão.

4) Como você reage a mudanças e a novos desafios?

Tudo o que for para melhorar e somar é bem vindo.

5) Você analisa muito as situações antes de tomar decisões?

Sim, pelo menos tento agir com a razão.

6) Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas

expectativas são quebradas?

Primeiramente tento verificar onde errei, para não cometer os mesmo erros no

futuro.

7) Você se considera uma pessoa positiva?

Sim! Precisamos estar bem para motivar a equipe.

8) Em sua opinião, qual a importância dos desafios para a construção do

aprendizado?

Os desafios sempre nos mostram uma maneira melhor de crescer.

9) Você tem tendências a arriscar mesmo quando as consequências

possam ser negativas?

Temos que arriscar sempre, mas para isso precisamos medir as consequências.

10) O que você espera nos próximos anos da economia e dos mercados?

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Espero que realmente melhore, temos potencial para ser uma economia forte e

independente, temos um mercado muito grande para atuar.

11) Você muda de opinião quando necessário?

Claro! Nem sempre estamos certos ou somos donos da verdade.

12) Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando as

coisas não estão de acordo com suas expectativas?

Primeiro focar em coisas realmente importantes, eliminando coisas que não

agregam valor ao negócio. Ter foco positivo.

13) Você como líder, procura mostrar sempre o lado positivo de cada

situação, ou acha importante que os colaboradores estejam “cientes” das

dificuldades?

É importante que eles saibam das dificuldades para poderem agir com consciência,

mas sempre com foco nos objetivos.

14) Em sua opinião, qual seria a melhor saída nos momentos de crise ou

dificuldades?

Não desanimar, momento de crise sempre teremos, o importante é saber passar por

ela com os pés no chão.

15) Você sabe o que é resiliência?

Capacidade de se adaptar as mudanças.

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Setor responsável: Serviços (Oficina Mecânica, retifica e chapeação).

1 ) Qual o número aproximado de funcionários no seu setor?

93 pessoas

2) Você se considera uma pessoa empreendedora?

De certa maneira sim.

3) Como você age quando está sob pressão?

Organizo as atividades para alcançar o objetivo.

4) Como você reage a mudanças e a novos desafios?

Tenho certa resistência.

5) Você analisa muito as situações antes de tomar decisões?

Somente se é uma situação nova.

6) Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas expectativas

são quebradas?

No primeiro momento desanimo, mas depois busco informações para não acontecer

novamente.

7) Você se considera uma pessoa positiva?

Dependendo da situação não.

8) Em sua opinião, qual a importância dos desafios para a construção do aprendizado? Gosto de desafios, fico motivado.

9) Você tem tendências a arriscar mesmo quando as consequências

possam ser negativas?

Sim, pela experiência.

10) O que você espera nos próximos anos da economia e dos mercados?

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Acredito que os próximos anos serão de reestruturação da economia, os resultados

imediatos serão ruins, mas no longo prazo colheremos os frutos.

11) Você muda de opinião quando necessário?

Acredito que na maioria das vezes.

12) Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando as

coisas não estão de acordo com suas expectativas?

Mudar a forma de trabalhar, reavaliar as atividades e resultados.

13) Você como líder, procura mostrar sempre o lado positivo de cada

situação, ou acha importante que os colaboradores estejam “cientes” das

dificuldades?

Repassar a realidade com otimismo parece ser adequado.

14) Em sua opinião, qual seria a melhor saída nos momentos de crise ou

dificuldades?

Planos alternativos, diferenciação em relação ao mercado.

15) Você sabe o que é resiliência?

Sim, facilidade de se adaptar em novas situações.

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Setor responsável: Administrativo (contabilidade/ crédito e cobrança).

1) Qual o número aproximado de funcionários no seu setor?

18.

2) Você se considera uma pessoa empreendedora?

Não.

3) Como você age quando está sob pressão?

A primeira vista com rejeição, aos poucos me acostumo com a ideia.

4) Como você reage a mudanças e a novos desafios?

Com muita atenção.

5) Você analisa muito as situações antes de tomar decisões?

Nem sempre. Existe alguma situação que não temos tempo para pensar muito.

6) Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas

expectativas são quebradas?

-- sem resposta--

7) Você se considera uma pessoa positiva?

Sim, sempre.

8) Em sua opinião, qual a importância dos desafios para a construção do

aprendizado?

Desafios fazem parte do dia-a-dia de um líder e também dos liderados.

9) Você tem tendências a arriscar mesmo quando as consequências

possam ser negativas?

Nem sempre.

10) O que você espera nos próximos anos da economia e dos mercados?

Esperamos momentos tão difíceis quanto o que estamos passando agora.

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11) Você muda de opinião quando necessário?

Sim, quando julgo que houve erro da minha parte.

12) Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando as

coisas não estão de acordo com suas expectativas?

Além de manter o foco nos objetivos, precisamos encontrar soluções para as

adversidades.

13) Você como líder, procura mostrar sempre o lado positivo de cada

situação, ou acha importante que os colaboradores estejam “cientes” das

dificuldades?

Acho importante mostrar sempre o lado positivo de cada situação.

14) Em sua opinião, qual seria a melhor saída nos momentos de crise ou

dificuldades?

Acho que precisamos primeiramente identificar os problemas para reconhecer a

solução.

15) Você sabe o que é resiliência?

Entendo como capacidade de se adaptar a situação adversa.

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Setor responsável: Peças.

1) Qual o número aproximado de funcionários no seu setor?

18

2) Você se considera uma pessoa empreendedora?

Não.

3) Como você age quando está sob pressão?

Me sinto nervoso, mas tento resolver da melhor maneira.

4) Como você reage a mudanças e a novos desafios?

Tenho um pouco de resistência de início, mas depois tento me adaptar da melhor

maneira.

5) Você analisa muito as situações antes de tomar decisões?

Sim, bastante.

6) Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas

expectativas são quebradas?

De início fico decepcionado, mas tento resolver da melhor maneira.

7) Você se considera uma pessoa positiva?

Sim.

8) Em sua opinião, qual a importância dos desafios para a construção do

aprendizado?

Através deles, adquirimos experiência profissional.

9) Você tem tendências a arriscar mesmo quando as consequências

possam ser negativas?

Não, sou mais metódico.

10) O que você espera nos próximos anos da economia e dos mercados?

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77

Tempos difíceis, porém para o meu setor pode ser relativamente bom, já que com a

diminuição das vendas, aumenta o número de reparos, consertos e manutenção dos

veículos.

11) Você muda de opinião quando necessário?

Sim.

12) Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando as

coisas não estão de acordo com suas expectativas?

Tento focar nos resultados.

13) Você como líder, procura mostrar sempre o lado positivo de cada

situação, ou acha importante que os colaboradores estejam “cientes” das

dificuldades?

Costumo deixar todos cientes.

14) Em sua opinião, qual seria a melhor saída nos momentos de crise ou

dificuldades?

Foco nos objetivos.

15) Você sabe o que é resiliência?

Não.

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Setor responsável: Recursos Humanos.

1) Qual o número aproximado de funcionários no seu setor?

5

2) Você se considera uma pessoa empreendedora?

Sim

3) Como você age quando está sob pressão?

Tento resolver as coisas da melhor forma possível.

4) Como você reage a mudanças e a novos desafios?

Se for pra melhorar, normalmente.

5) Você analisa muito as situações antes de tomar decisões?

Sim

6) Como você reage ao passar por adversidades? Quando suas

expectativas são quebradas?

Tento aceitar de forma positiva para o crescimento

7) Você se considera uma pessoa positiva?

Sim, gosto de mudanças.

8) Em sua opinião, qual a importância dos desafios para a construção do

aprendizado?

É de suma importância a continuidade do aprendizado, não podemos ficar no

básico, precisamos sempre ser acima da média.

9) Você tem tendências a arriscar mesmo quando as consequências

possam ser negativas?

Não gosto de arriscar, sempre tenho em mente o que é certo.

10) O que você espera nos próximos anos da economia e dos mercados?

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Estamos passando por uma crise, precisamos fazer as coisas com cautela, o que

tudo indica é que a crise vai permanecer por mais algum tempo.

11) Você muda de opinião quando necessário?

Se minha decisão foi tomada de forma errônea, mudo sim.

12) Como você faz para manter o foco nos objetivos, mesmo quando as

coisas não estão de acordo com suas expectativas?

Não devemos perder o foco é necessário sempre rever os objetivos.

13) Você como líder, procura mostrar sempre o lado positivo de cada

situação, ou acha importante que os colaboradores estejam “cientes” das

dificuldades?

Como líder, precisamos sempre motivar de forma positiva, de uma outra forma

passar também as dificuldades.

14) Em sua opinião, qual seria a melhor saída nos momentos de crise ou

dificuldades?

Conviver com ela e aprender superando as dificuldades.

15) Você sabe o que é resiliência?

Não.