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Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua

Gabinete do Prefeito

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LEI Nº 1.509, DE 20 DE JULHO DE 1982.

LEI DE PARCELAMENTO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA.

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO DO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A execução de qualquer parcelamento do solo para fins urbanos no

Município de Santo Antônio de Pádua dependerá sempre de aprovação da Prefeitura Municipal, obedecido o disposto nesta Lei e nas normas estaduais e federais aplicáveis à matéria.

Art. 2º - Para efeito desta Lei considera-se parcelamento do solo para fins urbanos: loteamento, desmembramento e desdobro.

§ 1º - Considera-se loteamento a subdivisão da gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamentos, modificação ou ampliação de vias existentes.

§ 2º - Considera-se desmembramento, a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

§ 3º - Considera-se desdobro, a subdivisão de lotes resultantes de área anteriormente parcelada.

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Art. 3º - Somente será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos de áreas contidas em perímetros urbanos definidos por Lei Municipal.

§ Único – Quando a gleba, contida no perímetro urbano estiver cadastrada no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), A Prefeitura só aprovará o parcelamento da mesma após anuência de mudança de uso concedida por esse órgão.

CAPÍTULO II

DO ZONEAMENTO MUNICIPAL

SEÇÃO I DAS CONDIÇÕES GERAIS

Art. 4º - Para efeito desta Lei fica o Território do Município de Santo Antônio de

Pádua, dividido nas seguintes áreas: I – Área Urbana (AU); II – Área de Expansão Urbana (AEU) III – Área Rural (AR) § 1º - Área Urbana para efeito desta Lei e toda gleba já parcelada para fins urbanos

contida no perímetro urbano. § 2º - Área de Expansão Urbana para efeito desta Lei e toda a gleba contida no

perímetro urbano, que não tenha sofrido nenhum processo de parcelamento para fins urbanos.

§ 3º - É considerado como Área Rural todo território do Município, excluídas as Áreas Urbanas e de Expansão Urbana.

Art. 5º - Ficam as áreas Urbanas e de Expansão Urbana da Cidade de Santo Antônio de Pádua e da Vila de Aperibé, divididas nas seguintes zonas:

I – Zona de Preservação Permanente (ZPP); II – Zona de Proteção Ambiental (ZPA); III – Zona de Ocupação Mista (ZOM); Art. 6º - São Partes integrantes da presente Lei as plantas de zoneamento da cidade

de Santo Antônio de Pádua e da Vila de Aperibé.

SEÇÃO II DA CARACTERIZAÇÃO DAS ZONAS

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Art. 7º - A ZPP corresponde aos terrenos localizados na cidade de Santo Antônio de Pádua e na Vila de Aperibé, situados acima da cota 125m (cento e vinte e cinco metros), onde não será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos, o que não impede a utilização da terra e dos produtos do solo.

Art. 8º - A ZPA corresponde aos terrenos situados em uma faixa de 15,00m (quinze metros) de cada lado do rio Pomba e demais cursos d’água situados nas vilas e povoados do Município.

Parágrafo Único – A ZPA será considerada “non aedificandi”, o que não impede a utilização da terra e dos produtos do solo, nem a implantação de vias, sendo vedadas porém as construções de qualquer natureza.

Art. 9º - A ZOM corresponde ao restante do território contido dentro do perímetro urbano excluídas a ZPP e a ZPA.

Art. 10 – Alterado pela Lei Nº 2.865, de 18/11/2003 - A ZOM obedecerá aos seguintes parâmetros para fins de parcelamento do solo:

I – lote mínimo: 200,00 m² (duzentos metros quadrados); II – testada mínima: 10,00 m (dez metros), III – Os lotes terão área mínima de 125,00 m² (cento e vinte cinco metros

quadrados) e frente mínima de 5,00 m² (cinco metros quadrados) quando o loteamento se destinar à urbanização específica para edificações de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente, aprovados e idealizados pelos órgãos públicos competentes;

Art. 11 – Nas áreas parceladas da ZOM cujos lotes estejam situados em logradouros que possuam rede de água potável, rede de energia elétrica, pavimentação e rede de escoamento de águas pluviais as edificações obedecerão os seguintes parâmetros para fins de ocupação do solo:

I – taxa de ocupação máxima: 100% (cem por cento) até o quarto pavimento e 60% (sessenta por cento) nos demais;

II – gabarito máximo: 08 (oito) pavimentos. § 1º - A taxa de ocupação máxima para as edificações unifamiliares será de 60%

(sessenta por cento). § 2º - As edificações a serem implantadas nas áreas de que trata o “caput” do

artigo, deverão ainda obedecer ao disposto no Código de Obras e Edificações, quanto à iluminação e ventilação dos compartimentos.

Art. 12 – Nas áreas parceladas da ZOM cujos lotes estejam situados em logradouros que não possuam todos os equipamentos urbanos citados no

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“caput” do artigo anterior as edificações obedecerão os seguintes parâmetros para fins de ocupação do solo:

I – taxa de ocupação máxima: 50% (cinqüenta por cento); II – gabarito máximo: 02 (dois) pavimentos. Parágrafo Único – As edificações a serem implantadas nas áreas de que trata o

“caput” deste artigo, deverão ainda obedecer ao disposto no Código de Obras e Edificações, quanto à iluminação e ventilação dos compartimentos.

Art. 13 – Efetuando o parcelamento de qualquer gleba localizada na ZOM, a ocupação dos lotes obedecerá aos parâmetros estabelecidos nos artigos 11 e 12, conforme a situação em que se enquadram.

Art. 14 – No perímetro urbano da cidade, as fábricas, armazéns de estocagem, entrepostos de mercadorias, garagens de ônibus, concessionárias de veículos automotores, oficinas de reparos de máquinas e motores, depósitos de material de construção e demais atividades similares com áreas superiores a 400,00 m² (quatrocentos metros quadrados), deverão localizar-se:

I – ao longo da RJ-186; II – ao longo da RJ-116, na saída para Aperibé.

CAPÍTULO III DAS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E URBANÍSTICAS

PARA O PARCELAMENTO DO SOLO PARA FINS URBANOS

SEÇÃO I

DAS CONDIÇÕES GERAIS

Art. 15 – Na elaboração de qualquer parcelamento para fins urbanos, as áreas e dimensões mínimas dos lotes deverão obedecer ao disposto no capítulo sobre zoneamento (CAPÍTULO II).

Art. 16 – Não será permitido parcelar: I – terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de seu aterro ou de tomadas

providências para assegurar o escoamento das águas; II – terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem

que sejam previamente saneados;

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III – terrenos onde as condições geológicas não propiciem edificações; IV – terrenos com declividade superior a 30%. Art. 17 – As áreas públicas destinadas ao sistema de circulação e à implantação de

equipamentos comunitários, bem como os espaços livres, não poderão constituir em seu todo, parcela inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da área total a ser loteada.

§ 1º - São considerados equipamentos comunitários para efeito desta Lei, os equipamentos públicos de educação, cultura, saúde, lazer e abastecimento alimentar.

§ 2º - A percentagem de áreas destinadas a implantação de equipamentos comunitários e áreas livres citadas no “caput” desse artigo não poderá ser inferior a 15% (quinze por cento) da área total da gleba a ser loteada.

Art. 18 – Alterado pela Lei Nº 2.865, de 18/11/2003 - Caberá ao loteador a execução das seguintes obras:

I – abertura, terraplanagem e recobrimento primário das vias de circulação e praças;

II – colocação de meios-fios; III – demarcação dos lotes, quadras e logradouros, com respectivos marcos de

nivelamento e alinhamento; IV – arborização das vias e praças na proporção mínima de 1 (huma) árvore para

cada 100,00 m² (cem metros quadrados) de áreas destinadas ao uso privado;

V – rede de águas pluviais; VI – abertura de poços nos casos em que não exista sistema de abastecimento de

água ou previsão de sua implantação no prazo de 02 (dois) anos; VII – rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública; VIII – rede de esgoto sanitário; IX – Estação de tratamento de esgoto sanitário, incluindo planilhas técnicas da

montagem e dos equipamentos; X – Para as exigências contidas nos itens V, VIII e IX o loteador deverá apresentar

no ato do pedido de aprovação do loteamento, as respectivas plantas de engenharia e especificação dos materiais e aparelhos a serem utilizados, não sendo permitido a utilização de canalização, manilhas de barro e as de concreto/cimento, serão obrigatoriamente do tipo ponta e bolsa.

SEÇÃO II

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DAS VIAS DE CIRCULAÇÃO E QUADRAS

Art. 19 – A abertura de qualquer via ou logradouro público dependerá de aprovação da Prefeitura Municipal.

Art. 20 – As vias do loteamento deverão articular-se com as vias oficiais adjacentes implantadas ou projetadas.

Art. 21 – As dimensões da pista de rolamento e do passeio devem ajustar-se à natureza, ao tipo de uso e a densidade das áreas servidas de acordo com as seguintes especificações:

I – vias principais: a) largura mínima da pista de rolamento: 12,00m (doze metros); b) largura mínima do passeio: 3,00m (três metros); II – vias secundárias: a) largura mínima da pista de rolamento: 7:00m; b) largura mínima do passeio: 2,00m (dois metros). Art. 22 – Serão permitidas vias sem saída desde que providas de praças de retorno

na sua extremidade. Parágrafo Único – A conformação das praças de retorno a que se refere este artigo

deverá permitir a inscrição de um círculo de 18,00m (dezoito metros) de diâmetro.

Art. 23 – Nas vias de circulação a rampa máxima será de 10% (dez por cento). Art. 24 – A seção transversal das vias terá declividade mínima de 0,5% (meio por

cento) medida do eixo da faixa de rolamento até o meio fio. Art. 25 – Nas vias de circulação, cujo leito não esteja no mesmo nível dos terrenos

marginais, os taludes terão declividade máxima de 60% (sessenta por cento) e a altura máxima de 3,00 m (três metros).

§ 1º - Os taludes poderão ser substituídos por muros de arrimo ou contenção. § 2º - A execução dos taludes ou muros de arrimo ou contenção ficará às expensas

do loteador. Art. 26 – O comprimento das quadras que compõem o loteamento não poderá ser

superior a 450,00m (quatrocentos e cinqüenta metros).

CAPÍTULO IV DAS NORMAS DE PROCEDIMENTO

SEÇÃO I

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DA CONSULTA PRÉVIA

Art. 27 – Antes da elaboração definitiva do projeto de parcelamento, o interessado deverá consultar previamente a Prefeitura Municipal, para orientação quanto ao sistema viário, espaços livres e áreas reservadas para equipamentos comunitários, apresentando para este fim, requerimento e duas vias da planta do imóvel na escala 1:1.000, contendo:

I – as divisas da gleba a ser loteada, com indicação dos proprietários lindeiros; II – a localização dos cursos d’água e construções existentes; III – as curvas de nível de um em um metro; IV – a indicação dos arruamentos contíguos a todo perímetro da área a ser loteada; V – a indicação das áreas situadas acima da cota 125m (cento e vinte cinco

metros). Art. 28 – A Prefeitura Municipal, após exame das informações contidas na planta

apresentada indicará: I – as ruas ou estradas existentes ou projetadas que compõem o sistema viário

básico da cidade e do Município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas;

II – a localização dos terrenos destinados a equipamentos urbanos e comunitários, e das áreas livres de uso público;

III – as faixas não edificáveis ao longo dos cursos d’água e rodovias. Parágrafo Único – As diretrizes expedidas vigorarão por um prazo máximo de 01

(um) ano, durante o qual o requerente deverá apresentar o projeto definitivo.

SEÇÃO II

DOS PROJETOS DE LOTEAMENTO

Art. 29 – O projeto definitivo deverá ser apresentado a Prefeitura Municipal assinado pelo proprietário ou seu representante legal, e por profissional legalmente habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) juntamente com o título de propriedade do imóvel.

Art. 30 – Alterado pela Lei Nº 2.865, de 18/11/2003 - O projeto definitivo deverá ser apresentado em 03 (três) vias de cópia heliográfica na escala 1.1.000 contendo:

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I – sistema viário proposto para o loteamento; II – indicação das áreas destinadas a equipamentos comunitários, bem como

espaços livres com respectivas dimensões; III – subdivisão das quadras em lotes com respectivas numerações, dimensões e

áreas; IV – perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; V – quadro anexo contendo relação de todos os lotes com respectiva numeração e

área, relação dos totais das áreas destinadas a logradouros públicos, equipamentos comunitários, áreas livres, bem como área total do loteamento;

VI – planta de situação do loteamento na escala 1:5.000 com indicação do norte verdadeiro;

VII – especificação do tipo de uso a que o loteamento se destina. Art. 31 – Deverá ser ainda apresentado memorial descritivo do loteamento e

cronograma da execução das obras ao encargo do loteador, descritos no artigo 18 da presente Lei.

Art. 32 – A Prefeitura poderá autorizar a execução por partes dos projetos de loteamento, desde que sejam observadas as seguintes condições:

I – deverá ser apresentado projeto completo de toda gleba a ser loteada; II – deverá ser indicada na planta do loteamento as áreas a serem implantadas por

ordem de propriedade; III – deverá constar do memorial descritivo as obras a serem realizadas e

cronograma de execução de cada parte. Parágrafo Único – a liberação de cada uma das partes ficará condicionada a

execução de todas as obras exigidas no artigo 18 da presente Lei.

SEÇÃO III DO PROJETO DE DESMEMBRAMENTO

Art. 33 – Para aprovação de projetos de desmembramento, o interessado

apresentará requerimento a Prefeitura Municipal acompanhado do título de propriedade e planta do imóvel a ser desmembrado, contendo a indicação:

I – das vias existentes e dos loteamentos próximos; II – da divisão de lotes pretendida;

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III – das áreas destinadas a equipamentos comunitários e áreas livres, num percentual nunca inferior a 15% (quinze por cento) do total da área a ser desmembrada.

Parágrafo Único – Os lotes resultantes de desmembramento não poderão ter áreas e testadas inferiores às estabelecidas na presente Lei.

SEÇÃO IV

DOS PROJETOS DE DESDOBRO

Art. 34 – Para aprovação dos projetos de desdobro, o interessado apresentará requerimento à Prefeitura Municipal acompanhado do título de propriedade e da planta do imóvel contendo a indicação:

I – das vias existentes contíguas ao lote; II – da divisão de lotes pretendida. Art. 35 – Os lotes resultantes de desdobro não poderão Ter áreas e testadas

inferiores às estabelecidas na presente Lei. Parágrafo Único – Será permitido o projeto de desdobro que resulte em lote(s) de

fundo(s) desde que o(s) mesmo(s) tenha(m) acesso por um corredor de 3,00m (três metros) de largura no mínimo.

SEÇÃO V

DOS PROJETOS DE REMEMBRAMENTO

Art. 36 – Considera-se remembramento a junção de dois ou mais lotes resultantes de parcelamento urbano, para a formação de apenas um imóvel.

Art. 37 – Para execução de remembramento o interessado apresentará requerimento a Prefeitura Municipal acompanhado dos títulos de propriedade dos imóveis a serem remembrados, e de uma planta contendo as seguintes indicações:

I – lotes com respectivas dimensões e áreas; II – vias contíguas ao lote; III – numeração dos lotes vizinhos; IV – numeração da quadra onde se localizam os lotes a serem remembrados.

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SEÇÃO VI DA APROVAÇÃO DE PARCELAMENTOS

Art. 38 – Alterado pela Lei Nº 2865/2003 - No ato de aprovação do loteamento, o

loteador transferirá para o Patrimônio do Município, por instrumento de escritura pública, e sem ônus ou encargo para este, 50% (cinqüenta por cento) do loteamento, até que se cumpra todas as exigências contidas no Artigo 18 da presente Lei.

§ 1º - Cumpridas as exigências, ao proprietário loteador, será devolvido o domínio sobre o loteamento, com outorga pela Prefeitura, da escritura em seu favor.

§ 2º - O loteador facilitará a fiscalização da Prefeitura durante a execução das obras e serviços.

§ 3º - O loteador não poderá outorgar qualquer escritura definitiva de venda de lotes, antes de concluída as obras previstas no Art. 18 da presente Lei.

Art. 39 – Alterado pela Lei Nº 2865/2003 - No caso do projeto ser executado por etapas, além das exigências contidas no Art. 38, o loteador deverá ainda:

I – definir cada etapa do projeto total de modo a assegurar a cada comprador o pleno uso e gozo dos equipamentos previstos para o parcelamento;

II – definir o prazo total de execução de todo o projeto, e as áreas e prazos correspondentes a cada etapa;

III – estabelecer condições especiais, se for o caso, para a liberação das áreas correspondentes a cada etapa.

Art. 40 – Aprovado o projeto de parcelamento pela Prefeitura Municipal, o proprietário terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para submetê-lo ao Registro Imobiliário, sob pena de caducidade da aprovação.

Art. 41 – No ato do registro do projeto de loteamento ou desmembramento o proprietário transferirá ao Município, mediante escritura pública e sem qualquer ônus ou encargo para este, a propriedade das vias, e das áreas destinadas aos espaços livres e aos equipamentos comunitários.

Art. 42 – Alterado pela Lei Nº 2.865/2003 - O prazo de validade da aprovação é de 2 (dois) anos.

Parágrafo Único – Caso as obras não tenham sido realizadas no prazo de 02 (dois) anos a contar da data da aprovação do parcelamento, a Prefeitura poderá:

I – decretar a nulidade do ato de aprovação;

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II – executar as obras por sua conta, cobrando do loteador, por meios administrativos e judiciais, os custos da obra acrescidos de 40% (quarenta por cento) a título de administração.

III – para cobrir os custos previstos no item II deste artigo, a Prefeitura poderá ainda, utilizar a venda pública dos lotes em poder do Patrimônio do Município referidos no Art. 38 desta Lei;

IV – o prazo de validade da aprovação do loteamento total, poderá ser prorrogado em até 04 (quatro) anos, mediante requerimento do loteador, explicitando detalhadamente a justificativa da medida e a concordância técnica dos órgãos competentes da Prefeitura.

Art. 43 – A Prefeitura terá prazo máximo de 90 (noventa) dias para se pronunciar quanto ao projeto apresentado.

Parágrafo Único – Findo o prazo referido no “caput” do presente artigo, o projeto será considerado aprovado desde que atenda todas as exigências da presente Lei e demais Leis pertinentes.

CAPÍTULO V

DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES

Art. 44 – Alterado pela Lei Nº 2865/2003 - As infrações a presente Lei acarretam, sem prejuízo das medidas legais previstas na Lei Federal nº 6.766/79 e alterações impostas pela Lei Nº 9.785/99, a aplicação das seguintes sanções:

I – embargo das obras e multas simples ou diárias, correspondente no mínimo a 500 UFIR’s, agravadas no caso de reincidência específica, quando for iniciada obra de parcelamento do solo para fins urbanos, sem a devida aprovação;

II – embargo das obras e multa simples ou diárias, correspondente no mínimo a 500 UFIR’S, agravadas no caso de reincidência específica, quando for desrespeitado o projeto aprovado.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 45 – Alterado pela Lei Nº 2865/2003 - Fica o Poder Executivo autorizado a aprovar projetos especiais ou outras alternativas habitacionais,

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organizados e executados por órgão da administração direta ou indireta do Município, Estado ou União, Cooperativas e Associações, credenciados como agentes produtores de programas habitacionais de interesse social no Município.

§ 1º - Representam programas habitacionais de interesse social os projetos destinados a urbanização de áreas e a conseqüente implantação de conjuntos habitacionais para a população de baixa renda.

§ 2º - A aprovação de que trata o “caput” do artigo poderá ser efetuado ainda que os projetos não atendam aos requisitos mínimos exigidos pela legislação municipal pertinente, porém, obedecidas as normas estabelecidas pelas Leis Federais Nº 6.766/79 e Nº 9.785/99.

Art. 46 – Quaisquer alterações e cancelamentos parciais em projetos de parcelamento já aprovados, deverão ser notificados ao órgão responsável da Prefeitura Municipal, que poderá conforme o caso exigir o detalhamento para exame e nova aprovação.

Art. 47 – Os parcelamentos já aprovados, mas não iniciados até a data da publicação desta Lei serão submetidos a um processo de revisão da aprovação segundo os padrões urbanísticos, fixados pelo presente diploma legal.

Art. 48 – Os parcelamentos que estejam em situações irregular quanto a aprovação dos respectivos projetos até a data da aprovação da presente Lei, porém que estejam registrados no Cadastro Imobiliário Municipal poderão ser regularizados pelo Prefeito Municipal.

Parágrafo Único – Deverá ser exigido ao loteador que faça as possíveis adaptações às exigências da presente Lei no parcelamento a ser regularizado.

Art. 49 – A identificação das vias e logradouros públicos, antes de sua denominação oficial, só poderá ser feita através de números e letras.

Art. 50 – Para as finalidade desta Lei adotam-se as seguintes definições técnicas: I – ALINHAMENTO – linha projetada e locada ou indicada pela Prefeitura

Municipal, para marcar o limite entre o lote e o logradouro público; II – ÁREA LIVRE – toda parte da superfície do Município destinada a recreação

pública, tal como jardins, parques, praças e largos; III – DECLIVIDADE – inclinação do terreno; IV – DIVISA – linha limítrofe de um lote ou terreno; V – FAIXA “NON AEDIFICANDI” – faixa cuja largura e extensão são

determinadas por Lei na qual nada se permite edificar;

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VI – GLEBA – toda porção de terra que se constitui em propriedade de rústica; VII – LOGRADOURO PÚBLICO – parte da superfície do Município destinada ao

trânsito ou uso público oficialmente reconhecida por uma designação própria;

VIII – LOTE – parcela autônoma resultante de loteamento, desmembramento ou desdobro;

IX – MEIO-FIO – fiada de pedra ou concreto que separa, em desnível, o passeio e o pavimento de ruas ou estradas;

X – MURO DE ARRIMO – muro destinado a suportar os esforços do terreno; XI – NIVELAMENTO – determinação de cotas ou altitudes de pontos ou linhas

traçadas no terreno; XII – PASSEIO – parte do logradouro destinado a circulação de pedestres; o

mesmo que calçada; XIII – PISTA DE ROLAMENTO – parte do logradouro destinada a circulação de

veículos; XIV – QUADRA – área do terreno delimitada por vias de circulação, subdivididas

ou não em lotes; XV – RAMPA – inclinação longitudinal de uma via de circulação; XVI – TALUDE – inclinação máxima de um terreno compatível com a sua

estabilidade; XVII – TESTADA – comprimento da linha que separa o logradouro público da

propriedade particular, e que coincide com o alinhamento; XVII – ZONEAMENTO – conjunto de medidas que tem por finalidade de permitir

a Prefeitura Municipal controlar o uso do solo. Art. 51 – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário. Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua, 22 de julho de 1982. Wagner Oliveira Souza Prefeito