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1 PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR SECRETARIA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA – SEMOB CONCORRÊNCIA – N° XXX/2021 ANEXO 01 – PROJETO BÁSICO

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR

SECRETARIA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA – SEMOB

CONCORRÊNCIA – N° XXX/2021

ANEXO 01 – PROJETO BÁSICO

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR

SECRETARIA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA – SEMOB

CONCORRÊNCIA – N° XXX/2021

ANEXO 01 PROJETO BÁSICO

Subanexo 1.1 Informações da cidade de Salvador e do atual serviço de transporte

coletivo

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1. CARACTERÍSTICAS DA CIDADE DE SALVADOR E DO SEU ATUAL SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO

Este Subanexo apresenta uma descrição geral das características do Município de Salvador e do Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus de Salvador - STCO, sob responsabilidade do Município. Ressalta-se que as informações contidas nesse Capítulo 1 referem-se à situação dos serviços vigentes até 2019, antes da implantação da rede de corredores estruturantes de Salvador.

O documento não tem a pretensão de ser exaustivo em razão de se destinar a evidenciar a existência de outras modalidades de transporte, cujas informações devem ser conhecidas pelos interessados na Concessão, permitindo uma avaliação dos impactos e interferências com os serviços que são objetos da Licitação. Oferece, ainda, informações sobre a atual estrutura e organização da rede de serviço de transporte coletivo da cidade.

1.1. O Município de Salvador

Salvador é a capital do Estado da Bahia e primeira capital do Brasil. Situada na microrregião homônima, possui uma superfície de 706,8 km² (fonte: IBGE) e mais de 2,7 milhões de habitantes, sendo o município mais populoso do Nordeste, o quarto mais populoso do Brasil e o décimo primeiro mais populoso da América Latina (superada por São Paulo, Lima, Cidade do México, Bogotá, Santiago, Rio de Janeiro, Caracas, Santo Domingo, Buenos Aires e Brasília). As belezas naturais e os sítios históricos, que se desenvolveram ao longo de seus 471 anos, fazem do turismo sua principal fonte de renda.

Centro econômico do Estado da Bahia é também porto exportador, centro industrial, administrativo e turístico e sede de importantes empresas regionais, nacionais e internacionais. Sua Região Metropolitana, conhecida como "Grande Salvador", possui 3,5 milhões de habitantes (IBGE/2010), o que a torna a terceira mais populosa do Nordeste, sétima do Brasil e uma das 120 maiores do mundo. As coordenadas da cidade de Salvador a partir do marco da fundação da cidade, na Fortaleza de Santo Antônio, são 12° 58' 16'' sul e 38° 30' 39'' oeste, estando 8 metros acima do nível do mar.

O município possui um relevo acidentado, cortado por vales profundos, que influi diretamente na formação de toda sua infraestrutura viária e na configuração da sua rede de transportes. Por essa razão, a conectividade das regiões torna-se um desafio. Isso contribuiu para que as diversas atividades não fossem centralizadas em apenas uma região, criando pequenas centralidades ao longo da cidade. A capital baiana é dividida em duas partes: a Cidade Alta, a maior delas (e mais recente), e a Cidade Baixa, cortada por faixas litorâneas.

Para efeito da Concessão dos atuais serviços de transporte público coletivo do STCO, essas regiões mais independentes foram divididas em quatro grandes áreas de Salvador: a Área Urbana Consolidada (AUC), o Miolo, a Orla Atlântica e o Subúrbio Ferroviário (Figura 1). Fazendo as interligações internas e externas às centralidades de cada uma destas grandes regiões, a cidade de Salvador conta com uma malha viária fortemente vinculada às condições impostas pelo seu acidentado relevo, resultando numa rede viária formada por vias de “fundo de vale” e vias de “cumeada”.

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Fonte: PlanMob (2017)

Figura 1. Regiões de desenvolvimento de Salvador

Ainda devido ao seu relevo acentuado, a cidade conta com infraestrutura de transporte vertical, como elevador, planos inclinados e escadas.

1.2. Atual Sistema de Transporte Coletivo

1.2.1. Aspectos Físico-Operacionais

Os modos de transporte à disposição da população de Salvador e RMS compreendem ônibus urbanos e metropolitanos, táxis, vans, metrô, ferry-boat, e lanchas, além do transporte vertical - ascensores, passarelas e escadarias - subordinados a diferentes níveis da administração pública Municipal e Estadual. Há também o transporte fretado de passageiros dos polos petroquímico e industrial, sob a responsabilidade direta das empresas ali implantadas.

Diariamente, são realizadas na cidade 4,6 milhões de viagens, das quais 44,3% através do transporte coletivo, 32,8% através dos modos não-motorizados e 23,0% por transporte individual (Fonte: Pesquisa OD/2012). O índice médio de mobilidade de Salvador é de 1,69 viagens / habitante, considerando-se o total de viagens por todos os modos.

Os principais corredores de transporte coletivo por ônibus de Salvador são também as duas mais importantes vias metropolitanas: a BR-324 e a Av. Paralela. A BR-324 liga-se no interior da malha urbana com as Avenidas Bonocô e Antônio Carlos Magalhães, permitindo o acesso aos Terminais da Lapa e da Rodoviária, respectivamente.

Já a Av. Paralela interliga-se à BR-324, na interseção do Acesso Norte, ligando-se com as avenidas Bonocô e Barros Reis, que proporcionam o acesso aos terminais da Lapa, Aquidabã e Barroquinha. Alguns trechos deste corredor apresentam fluxos de ônibus de 133 ônibus/hora (Anuário de Transportes Urbanos, 2019).

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Penetrando em direção à Área Central de Salvador estes corredores conectam-se também com a Av. San Martin proporcionando o acesso à Estação da Calçada e ao Terminal da França utilizando as avenidas Oscar Pontes, Frederico Pontes, Estados Unidos e França.

Também se constituem como importantes corredores as Avenidas Suburbana e Oceânica. A primeira, localizada no lado interno da Baía de Todos os Santos, com seu traçado seguindo a linha do trem, liga parte do Centro Industrial de Aratu e o Subúrbio de Salvador à Calçada. Este corredor chega a apresentar, em alguns trechos, carregamento de 150 ônibus/hora (Fonte: Anuário de Transportes Urbanos, 2019).

A Avenida Oceânica localiza-se do lado externo da Baía de Todos os Santos já na faixa litorânea onde se concentram as mais frequentadas praias de Salvador. Este corredor é um importante elemento da infraestrutura de turismo, já que proporciona o acesso a importantes equipamentos turísticos, implantados ao longo das praias. Todos os serviços de transporte coletivo público de passageiros atualmente ofertados em Salvador são descritos a seguir.

1.2.2. Serviços/Sistemas de Transporte Público Coletivo

No município de Salvador coexistem sistemas de transporte coletivo geridos por instâncias de governo distintas: municipal e estadual.

Apesar do Sistema de Ônibus Municipal ser o de maior porte em termos de volume de passageiros transportados, Salvador é também atendido pelo sistema de Trilhos com linhas estruturantes bem como por outros sistemas que oferecem serviços de transporte relevantes para a área de estudo. Os sistemas que atendem a área de estudo estão descritos a seguir.

Serviços de Transporte Coletivo Municipal (Prefeitura de Salvador)

• Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus (STCO) ‒ Áreas operacionais A, B e C

• Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC) • Sistema de Ascensores de Salvador • Sistema Hidroviário Municipal de Salvador (Travessias)

Serviços de Transporte Metropolitano (Governo Estadual)

• Sistema de Ônibus Metropolitano • Sistema de Trilhos

‒ Metrô ‒ Trem do Subúrbio/VLT-Monotrilho

• Sistema Hidroviário Metropolitano

A Figura 2 apresenta uma visão sistêmica da estrutura dos serviços de transporte público coletivo dentro de Salvador e a relação entre os atores envolvidos.

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Fonte: Pop2020

Figura 2. Estrutura de gestão dos sistemas de transporte público coletivo na área de estudo

Como poderes reguladores e fiscalizadores das normas regulamentares e dos Contratos de Concessão do transporte público coletivo urbano de Salvador, existe a Agência Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (ARSAL). A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (AGERBA) possui os mesmos poderes em relação aos contratos de Concessão do Transporte Público de Passageiros Metropolitano por Ônibus e ao sistema sob trilhos.

Em seguida, é feita descrição geral dos sistemas e respectivos atores envolvidos, com base nas informações coletadas nos respectivos órgãos.

STCO O Serviço de Transporte Público Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Salvador (STCO) é o meio de transporte coletivo mais utilizado na Região Metropolitana de Salvador - RMS. A Prefeitura do Salvador é responsável pela sua gestão, cuja fiscalização e regulamentação é realizada pela Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB); a fiscalização e o acompanhamento dos Contratos de Concessão pela ARSAL.

Tendo em vista a necessidade de racionalizar os serviços do STCO, a Prefeitura de Salvador estabeleceu, em 2014, três (03) Áreas Operacionais denominadas Orla/Centro, Miolo e Subúrbio/Península, buscando melhorar a padronização e eficiência operacional e aumentar a flexibilidade, produtividade e qualidade da prestação dos serviços.

Para a Concessão do serviço de transporte dessas três áreas operacionais, foi publicado o Edital de Concorrência nº001/2014, cujo processo resultou na Contratação das Sociedades de Propósito Específico - SPE´s: Plataforma Transportes, Ótima Transportes de Salvador (OTTrans) e Consórcio Salvador Norte (CSN – Transportes Urbanos).

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Aquele Edital disciplinou as regras aplicáveis ao procedimento licitatório que culminou com a celebração dos atuais Contratos de Concessão. O objeto das Concessões vigentes é a prestação de serviço de transporte Coletivo Público de Passageiros por Ônibus, nas respectivas áreas operacionais. Como condição para a celebração dos Contratos de Concessão entre as Sociedades de Propósito Específico – SPE´s e o Município de Salvador, o Edital exigiu a formalização de Acordo Operacional firmado entre todas as SPE´s, nos moldes do Subanexo 1.8.

Para efetivar o Acordo Operacional, que congrega as atividades de comum interesse dessas três concessionárias, foi criada a Associação de Empresas de Transporte de Salvador denominada INTEGRA.

Em função da implantação e operação do Metrô de Salvador, ocorreu alteração na rede de linhas municipais de transporte coletivo, por meio de novas linhas, extinções e seccionamentos de rotas em terminais visando racionalizar a rede do STCO, bem como a alimentação das duas linhas estruturantes do Metrô. Nessa nova rede, para o passageiro não passar a arcar com o pagamento de duas tarifas, foi concedido o benefício de integração tarifária gratuita entre o serviço de ônibus e metrô, formalizado por meio de acordo entre o Estado da Bahia e o Município, o qual também apresenta regras de divisão da receita tarifária integrada que serão apresentadas posteriormente.

O STCO apresenta, ainda, um conjunto de serviços especiais: corujão, especial e extraordinário. Esses serviços são descritos sumariamente a seguir.

‒ Corujão: serviço atende à demanda dos deslocamentos no período da madrugada e é composto de 12 linhas que operam no período de 00:00 às 04:00 horas da manhã. A demanda pagante transportada é pouco expressiva, cerca de 1.600 passageiros/mês.

‒ Especial: é prestado nos casos de atendimento a eventos especiais, tais como: carnaval, férias escolares, clássicos de futebol, shows, festas populares, período natalino, linhas de praia aos domingos e feriados durante o verão etc.

‒ Extraordinário: serviço em dias de demanda atípica, imprevisíveis, tais como, feriados parciais, dias de chuvas torrenciais, greves de trabalhadores etc. Nesses casos, as linhas de caráter emergencial, operam com programações nas quais o número de viagens e frota são adequados à situação de demanda do momento, atendendo a requisitos mínimos de intervalos, de forma a não penalizar os usuários.

STEC Em 1997, a Prefeitura de Salvador criou o Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC) e abriu licitação pública, na qual 300 permissionários foram contemplados para explorar o serviço.

No intuito de representar os interesses comuns dos delegatários no relacionamento com a Prefeitura, foi criada, pelos próprios Permissionários, a Associação dos Permissionários do Subsistema Especial Complementar do Município de Salvador (ASTECS). Em 2007, a razão social da ASTECS foi alterada para Cooperativa dos Permissionários do Subsistema de Transporte Especial Complementar do Município de Salvador (COOPSTECS). Em julho de 2016, foi criada, também por Permissionários, a segunda cooperativa denominada COOPETACS-Cooperativa de Transporte Alternativo Complementar de Salvador.

Atualmente, a frota desse Subsistema é composta por 235 micro-ônibus e transporta, em média, 2,5 milhões de passageiros por mês (Anuário de Transportes Urbanos, 2019). O sistema de bilhetagem eletrônica que atende o serviço é denominado SIBE e possibilita a distribuição equilibrada do faturamento entre os Cooperados. Além da bilhetagem eletrônica, o STEC conta com sistema de rastreamento de veículos por GPS.

Sistema Metropolitano de Ônibus

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Com base em informações do PlanMob Salvador (2018), o serviço de transporte coletivo metropolitano está organizado em 99 linhas de ônibus, operadas por uma frota de 640 veículos, ofertando 3,33 mil viagens nos dias úteis. Nos finais de semana a oferta de viagens é reduzida, acompanhando a diminuição da demanda: no sábado para 2,71 mil viagens (81,5% da oferta do dia útil), e no domingo para 1,92 mil viagens (58% da oferta de um dia útil).

Os serviços metropolitanos de transporte coletivo são prestados por 12 empresas privadas, no entanto, apenas sete empresas são responsáveis por mais do que 85% da demanda transportada.

Serviço Metroviário – Metrô de Salvador e Lauro de Freitas Segundo informações disponíveis nos portais do Governo do Estado (BA) e da CCR, a rede do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas é composta pela Linha 1 e Linha 2 e conta com 20 estações em operação e, aproximadamente, 33 km de extensão, transportando em média 300 mil usuários por dia (Anuário de Transportes Urbanos, 2019). Desde 2013, a construção, manutenção e operação desse sistema é de responsabilidade da CCR Metrô Bahia, por um período de 30 anos.

Destaca-se o atendimento da Linha 2 ao Aeroporto Internacional com interligação a área central de Salvador. Para a expansão da rede, estão previstas a extensão da Linha 01 de Pirajá até Águas Claras (Tramo 3) com 5,5 km e a extensão da Linha 2, com a implantação de uma estação em Lauro de Freitas, o que resultará em uma rede expandida para 42 km no total.

Além das estações metroviárias, o Metrô conta com oito terminais de integração com os ônibus urbanos e metropolitanos.

Trem Urbano Segundo dados divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), o Sistema de Trens do Subúrbio de Salvador é composto por uma linha única, que liga o bairro da Calçada, na Cidade Baixa ao Subúrbio da capital baiana. O sistema conta com 10 estações, possui um trajeto de aproximadamente 13,5 km entre os terminais finais, localizados nos bairros da Calçada e Paripe, e transporta em média 280 mil passageiros por mês (Anuário de Transportes Urbanos, 2019).

Há previsão de substituição desse serviço por um sistema de Monotrilho a ser implantado ao longo do leito do atual Trem Suburbano. Segundo informações no Portal dessa secretaria, o “VLT-Monotrilho” ligará o bairro do Comércio, em Salvador, à Ilha de São João, no município de Simões Filho, além de contar com ligação complementar até a Estação Acesso Norte para integração com o serviço do Metrô. O sistema será construído no modo monotrilho, na modalidade Parceria Público Privada (PPP).

Serviço Ferry-Boat O transporte hidroviário de passageiros e veículos é um serviço público de competência do Estado. Com uma frota composta por 7 embarcações, esse sistema realiza a travessia de passageiros e veículos entre Salvador e Itaparica, entre os terminais São Joaquim e Bom Despacho.

Vertical Subsistema vertical, também denominado de ascensores, chega a transportar por ano, 5 milhões de passageiros. Para fazer a ligação Cidade Alta – Cidade Baixa existem as alternativas de transporte vertical, por meio do Elevador Lacerda e dos Planos Inclinados Gonçalves, Pilar e Liberdade/Calçada que, juntos, transportam em torno de 500 mil passageiros mensalmente, sendo 70% destes pelo Elevador Lacerda (Anuário de Transportes Urbanos, 2019).

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O Elevador Lacerda, transporta em média, 318.005 passageiros/mês; o Plano Inclinado Pilar, o Liberdade/Calçada e o Gonçalves, transportam 19.243, 167.006 e 44.108 passageiros /mês, respectivamente.

1.2.3. Terminais de Integração

O sistema de transporte coletivo de Salvador é formado por sistemas e serviços distintos e complementares entre si. Desde 1980, para organizar os transbordos, foram construídos terminais de integração na cidade. A implantação desses pontos de transbordo foi definida com o objetivo de reorganizar o sistema de transporte coletivo, racionalizar a operação, reduzir os tempos de deslocamentos e ampliar a oferta de rotas para os usuários.

Atualmente, o sistema de Salvador conta com nove terminais que permitem a integração entre os serviços ofertados. A localização desses terminais está indicada na Figura 3. Cada um deles permite a integração entre distintos modos/serviços do sistema atual e a maior parte conectará novos serviços previstos para os eixos estruturantes do Plano de Mobilidade.

Fonte: Pop2020

Figura 3. Corredores propostos no PlanMob e terminais de integração

Tais terminais de integração estão listados a seguir:

• Terminal Pirajá: permite a integração entre as linhas de ônibus e a Linha 1 do metrô. Com a expansão do sistema de transporte prevista no PlanMob, esse terminal poderá integrar o corredor BRT Gal Costa com a Linha 1 do metrô;

• Terminal Retiro: permite a integração entre as linhas de ônibus e a Linha 1 do metrô. • Terminal Acesso Norte: permite a integração entre as linhas de ônibus e a Linha 1 e a Linha 2 do

metrô. Com a expansão do sistema de transporte prevista no PlanMob poderá integrar o corredor BRT Lapa-LIP às duas linhas do metrô;

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• Terminal Lapa: permite a integração entre o serviço por ônibus, o trem suburbano e a Linha 1 do metrô no seu extremo Sul. O Corredor de BRT Lapa-LIP-Pituba também será integrado nesse terminal quando estiver implantado;

• Terminal Murussunga: permite a integração entre as linhas de ônibus e a Linha 2 do metrô; • Terminal Pituaçu: permite a integração entre as linhas de ônibus e a Linha 2 do metrô. Com a

expansão do sistema de transporte prevista no PlanMob, esse terminal irá integrar o corredor BRT Gal Costa com a Linha 2 do metrô;

• Terminal Rodoviário de Salvador: permite a integração entre as linhas de ônibus e a Linha 2 do metrô. Com a expansão do sistema de transporte prevista no PlanMob, esse terminal poderá integrar o corredor BRT Lapa-LIP-Pituba com a Linha 2 do metrô;

• Terminal Barroquinha: permite a integração entre o serviço por ônibus; • Terminal Aquidabã: permite a integração entre o serviço por ônibus; • Terminal Aeroporto: permite a integração entre o serviço por ônibus e a Linha 2 do metrô.

1.2.4. Aspectos Institucionais e Gerais

Apresenta-se a seguir a estrutura organizacional e gerencial do transporte e tráfego de Salvador, com o detalhamento das atribuições dos órgãos componentes.

Secretaria de Mobilidade Urbana de Salvador - SEMOB A SEMOB foi criada pela Lei nº 8.725 de 29 de dezembro de 2014, substituindo a antiga Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte – SEMUT, na estrutura organizacional da Prefeitura de Salvador. Sob o regimento, atualizado pelo Decreto nº 28.416 de 28 de abril de 2017, a SEMOB possui as seguintes competências em relação ao transporte público de passageiros:

I. planejamento do sistema de transporte urbano que concerne ao Município; II. disciplinamento e fiscalização da operacionalização do serviço de transporte coletivo e outros meios

de transporte público; III. estabelecimento de normas para a administração dos estacionamentos e equipamentos urbanos de

transporte; IV. promoção de políticas de desenvolvimento do Plano de Mobilidade Urbana de Salvador; V. regulação, controle e fiscalização da qualidade dos serviços de transportes coletivos de passageiros,

concedidos e autorizados prestados à população do município do Salvador; VI. promoção e zelo pela eficiência econômica e técnica dos serviços municipais de transportes de

passageiros, propiciando condições de qualidade, regularidade, continuidade, segurança, atualidade, universalidade e modicidade das tarifas;

VII. definição de política tarifária do transporte público de passageiros do município do Salvador; VIII. estímulo à integração do Município do Salvador com a Região Metropolitana;

IX. estabelecimento de normas regulamentares para a veiculação de publicidade utilizada nos veículos do Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus - STCO;

X. gerenciamento e coordenação da execução de projetos de investimento em infraestrutura de mobilidade urbana, tendo por finalidade planejar, coordenar, executar e controlar a política municipal dos transportes públicos, a engenharia de tráfego e a regulação e controle dos serviços municipais de transportes públicos de passageiros.

Conselho Municipal dos Transportes – CMT

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Órgão Colegiado representativo da comunidade na gestão política de transporte da cidade, funcionando em caráter consultivo, fiscalizador e deliberativo, sendo integrante da estrutura da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana - SEMOB.

O Conselho Municipal de Transporte, com caráter consultivo, na discussão da política de transporte da Cidade de Salvador é composto de 28 (vinte e oito) membros, sendo 07 (sete) pelo Executivo Municipal; 07 (sete) pelo Legislativo Municipal e 14 (quatorze) pelas entidades representativas dos trabalhadores e da sociedade civil.

Superintendência de Trânsito de Salvador – TRANSALVADOR Criada pela Lei nº 7.610 de 20 de dezembro de 2008 e modificada, quando da alteração da Estrutura Organizacional da Prefeitura, pela Lei nº 8725/2014, tem por finalidade gerir o Sistema de Trânsito do Município, estacionamentos públicos e executar as atividades previstas no Código de Trânsito Brasileiro – CTB.

1.3. Delimitação das Áreas de Operação

A necessidade de racionalizar os serviços de transporte coletivo, no âmbito do STCO, visando melhorar a produtividade, mediante procedimentos de economia de escala, sem prejuízo do atendimento aos usuários, levou a Prefeitura de Salvador estabelecer, através da Portaria SMTU nº 15/2003, 3 (três) Áreas Operacionais, buscando assim obter uma maior padronização dos serviços, a maior eficiência da operação e o aumento dos níveis de flexibilidade, produtividade e qualidade da prestação dos serviços de transporte coletivo por ônibus de Salvador.

Essas Áreas Operacionais foram constituídas visando um maior equilíbrio dos parâmetros operacionais das linhas existentes à época e resultaram nos seguintes conjuntos:

• Região A – SUBÚRBIO/PENÍNSULA • Região B – MIOLO • Região C – ORLA/CENTRO

Os limites geográficos das áreas operacionais correspondem ao agrupamento de Regiões Administrativas (RAs) definidas no PDDU/2008 e estas, por sua vez, correspondem à reunião de Zonas de Informação (ZIs).

O modelo vigente previu a organização da delegação por área geográfica, que teve o objetivo de, por um lado, minimizar superposições de serviços de diferentes delegatárias, evitando uma concorrência predatória entre os operadores, e, por outro, facilitar a adoção de otimizações operacionais que possibilitam a redução de custos.

Considerando a Política Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável de Salvador, que estabelece, como um de seus princípios a observância das medidas necessárias para adaptação e mitigação dos efeitos da mudança climática, aponta-se como diretriz o estímulo ao uso de combustíveis renováveis e menos poluentes.

A Figura 4 mostra os limites geográficos das Áreas de Operação, com seus respectivos agrupamentos de Regiões Administrativas.

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Fonte: Pop2020 com base no PDDU/2016

Figura 4: Limites das Áreas de Operação

1.3.1. Delimitação da Área Operacional A - SUBÚRBIO/PENÍNSULA

A Área Operacional “A” (VERMELHA) compreende as seguintes Regiões Administrativas – RAs, definidas no PDDU/2016:

• RA I – Centro/ Brotas • RA II – Subúrbio/ Ilhas • RA V – Cidade Baixa • RA VII – Liberdade/ São Caetano • X – Valéria

A Figura 5 apresenta a divisão das ZIs que estão abrangidas nos limites da Área A, e a Tabela 1, a relação destas ZIs.

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Fonte: Pop2020 com base nos dados do PDDU/2016

Figura 5: Limites da Área Operacional "A"

Tabela 1: Zonas de Informação abrangidas na Área Operacional A – Subúrbio/Península Região

Administrativa Zona de Informação

Região Administrativa Zona de Informação

Região

Administrativa Zona de Informação

I – Centro/ Brotas 34 Comércio

V – Cidade Baixa

107 Uruguai

VII – Liberdade/ São Caetano

59 Liberdade

II – Subúrbio/ Ilhas

148 São João do Cabrito 108 Massaranduba 60 Pero Vaz

149 Plataforma

109 Jardim Cruzeiro/ Vila Ruy Barbosa

61 Curuzu

150 Itacaranha 110 Caminho de Areia 62 Santa Mônica 151 Alto da Terezinha 111 Roma 63 IAPI

152 Rio Sena

112 Boa Viagem

64 Fazenda Grande do Retiro

153 Praia Grande 113 Monte Serrat 65 Bom Juá 154 Periperi 114 Bonfim 100 Campinas de Pirajá

155 Nova Constituinte

115 Mangueira

101 Boa Vista de São Caetano

156 Coutos 116 Ribeira 102 São Caetano 158 Fazenda Coutos 117 Lobato 103 Capelinha 159 Paripe

VII – Liberdade/ São Caetano

49 Retiro 118 Alto do Cabrito 160 São Tomé 51 Cidade Nova 119 Marechal Rondon

V – Cidade Baixa 104 Santa Luiza 53 Baixa de Quintas

X - Valéria 120 Pirajá

105 Calçada 55 Caixa D’Água 147 Valéria 106 Mares 58 Lapinha 157 Moradas da Lagoa

Fonte: SEMOB Fonte: Pop2020

Figura 6 apresenta a delimitação das áreas operacionais e as linhas do STCO que atuam na Área Operacional A.

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Fonte: Pop2020

Figura 6: Linhas da área operacional A (Subúrbio Ferroviário) – STCO

1.3.2. Delimitação da Área Operacional B - MIOLO

A Área Operacional “B” (VERDE) compreende as seguintes Regiões Administrativas – RAs, definidas no PDDU/2016:

• RA III – Cajazeiras • RA IV – Itapuã/ Ipitanga • RA VIII – Cabula/ Tancredo Neves • RA IX – Pau da Lima • X – Valéria

A Figura 7 apresenta a divisão das ZIs que estão abrangidas nos limites da Área B, e a Tabela 2, a relação destas ZIs.

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Fonte: Pop2020 com base nos dados do PDDU/2016

Figura 7: Limites da Área Operacional "B"

Tabela 2: Zonas de Informação abrangidas na Área Operacional B – Miolo Região

Administrativa Zona de Informação

Região Administrativa Zona de Informação

Região

Administrativa Zona de Informação

III - Cajazeiras

124 Dom Avelar

IV – Itapuã/ Ipitanga 145 Nova Esperança

VIII – Cabula/ Tancredo Neves

97 Jardim Santo Inácio

125 Castelo Branco

VIII – Cabula/ Tancredo Neves

39 Pernambués 98 Calabetão

126 Jaguaribe I

40 Saramandaia

99 Granjas Rurais Presidente Vargas

127 Fazenda Grande IV 43 Narandiba

IX – Pau da Lima

83 Trobogy 128 Fazenda Grande III 44 Doron 84 Nova Brasília 129 Boca da Mata 45 Saboeiro 85 Vale dos Lagos 130 Fazenda Grande II 46 Cabula VI 86 Canabrava 131 Cajazeiras VIII 47 Resgate 87 São Rafael 132 Cajazeiras IV 48 Cabula 91 São Marcos 133 Cajazeiras VI 66 São Gonçalo 92 Novo Marotinho

134 Águas Claras

67 Arraial do Retiro

93 Jardim Nova Esperança

135 Cajazeiras VII 68 Barreiras 94 Sete de Abril 136 Cajazeiras V 69 Engomadeira 95 Pau da Lima

137 Cajazeiras X

70 Beiru/Tancredo Neves

121 Porto Seco Pirajá

138 Fazenda Grande I 71 Arenoso 122 Jardim Cajazeiras

139 Cajazeiras II

72 Centro Administrativo da Bahia

123 Vila Canaria

140 Cajazeiras XI 88 Nova Sussuarana X – Valéria 146 Palestina

IV – Itapuã/ Ipitanga

141 Cassange 89 Novo Horizonte 147 Valéria 143 Itinga 90 Sussuarana 144 Areia Branca 96 Mata Escura

Fonte: SEMOB A Figura 8 apresenta a delimitação das áreas operacionais e as linhas do STCO que atuam na Área Operacional

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B.

Fonte: Pop2020

Figura 8: Linhas da área operacional B (Miolo) – STCO

1.3.3. Delimitação da Área Operacional C – Orla/Centro

A Área Operacional “C” (AZUL) compreende as seguintes Regiões Administrativas – RAs, definidas no PDDU/2016:

• RA I – Centro/ Brotas • RA IV – Itapuã/ Ipitanga • RA VI – Barra/ Pituba

A Figura 9 apresenta a divisão das ZIs que estão abrangidas nos limites da Área C, e a Tabela 3, a relação destas ZIs.

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Fonte: elaboração Pop2020 com base nos dados do PDDU/2016

Figura 9: Limites da Área Operacional “C”

Tabela 3: Zonas de Informação abrangidas na Área Operacional C – Orla / Centro Região Administrativa Zona de Informação Região Administrativa Zona de Informação Região Administrativa Zona de Informação

I – Centro/ Brotas

12 Brotas I – Centro/ Brotas 56 Barbalho

VI – Barra/ Pituba

4 Calabar 15 Garcia 57 Santo Antônio 5 Alto de Pombas 18 Centro

IV – Itapuã/ Ipitanga

41 Boca do Rio 6 Rio Vermelho 19 Barris 42 Imbuí 7 Vale das Pedrinhas 20 Tororo 73 Pituaçu 8 Amaralina 21 Engelho de Brotas 74 Patamares 9 NE de Amaralina 22 Acupe 75 Piatã 10 Santa Cruz

23 Candeal

76 Alto do Coquerinho

11 Chapada do Rio Vermelho

30 Cosme de Farias

77 Bairro da Paz

13 Engenho Velho da Federação

31 Boa Vista de Brotas 78 Itapuã 14 Federação 32 Nazaré 79 Stella Maris 16 Canela 33 Centro Histórico 80 Aeroporto 17 Vitória 34 Comércio 81 São Cristovão 24 Itaigara 35 Saúde 82 Mussurunga 25 Pituba 36 Santo Agostinho 142 Jard. das Margaridas 26 Costa Azul 37 Matatu 143 Itinga 27 Jardim Armação 38 Luiz Anselmo

VI – Barra/ Pituba 1 Barra 28 STIEP

52 Vila Laura 2 Graça 29 Caminho das Árvores 54 Macaubas 3 Ondina

Fonte: SEMOBFonte: Pop 2020

Figura 10 A Figura 10 apresenta a delimitação das áreas operacionais e as linhas do STCO que atuam na Área Operacional C.

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Fonte: Pop 2020

Figura 10: Linhas da área operacional C (Orla/Centro) – STCO

1.3.4. Dados Atuais por Área Operacional

A tabela a seguir apresenta a composição operacional por área de operação na situação de partida dos Contratos de Concessão do STCO, firmados em outubro de 2014. Estas informações operacionais foram utilizadas pelos participantes do certame nos estudos econômico-financeiros e na formulação das propostas para a licitação.

Tabela 4: Dados operacionais cenário atual

Área Pass. Equiv. Mensal

Km Mensal s/ociosa

Frota Básico Frota Micro Frota Operacional

A 9.490.335 6.145.418 781 33 814

B 10.064.752 6.345.635 830 23 853

C 8.785.733 5.644.845 686 79 765

TOTAL 28.340.820 18.135.919 2.297 135 2.432

Fonte: Anuário de Transportes Urbanos (2019)

Já sob o regime das Concessões, os estudos e levantamentos técnicos de demanda e oferta do STCO, desenvolvidos no âmbito da revisão tarifária de 2019, capturaram o cenário operacional demonstrado na tabela abaixo:

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Tabela 5: Dados operacionais por Área Operacional (revisão tarifária 2019)

Área Pass. Eq. Mensal

Km Mensal s/ociosa

Frota Básico Frota Micro Frota Operacional

A 6.505.316 4.386.450 660 15 675

B 7.776.596 5.200.057 809 07 816

C 6.542.885 4.956.113 705 21 726

TOTAL 20.824.797 14.542.620 2.174 43 2.217

Com base nos referidos estudos, estimou-se, para o quadriênio 2019-2022, que o STCO passaria a operar com uma frota máxima de 2.217 veículos, perfazendo um percurso mensal de cerca de 14,6 milhões de km, com um índice de passageiros por quilômetro (IPK-E) médio de 1,43, atendendo a uma demanda mensal média de 20,8 milhões passageiros equivalentes.

Segundo os Contratos de Concessão, as projeções de demanda e oferta futuras do STCO devem ser objeto de revisão ao final de cada ciclo tarifário quadrienal para o ciclo tarifário subsequente. Contudo, o advento da pandemia de Covid-19 e os seus efeitos sobre o transporte público coletivo alteraram significativamente a base de dados operacionais do serviço, como se pode verificar na tabela abaixo:

Tabela 6: Dados operacionais por Área Operacional (base: Novembro/2020)

Área Pass. Equiv. Mensal

Km Mensal s/ociosa

Frota Básico Frota Micro Frota Operacional

A 4.009.262 3.037.702 487 6 493

B 5.746.228 4.660.246 666 5 671

C 2.706.409 2.556.642 368 5 373

TOTAL 12.461.899 10.254.590 1.521 16 1.537

Fonte: Semob - Nov/2020

A nova realidade operacional imposta pela pandemia exige, cada vez mais, a adequação da oferta do serviço de transporte com base na sua correlação com a demanda de passageiros transportados, sem prejuízo da observância das recomendações sanitárias para prevenção à disseminação da Covid-19. Para este certame foi elaborado um processo por fases, o qual contempla previsão de entrega de obras de corredores bem como uma fase inicial com reflexos de impactos da pandemia, partindo de uma demanda de 70% com menor ocupação em veículos para uma nova realidade operacional conservadora em torno de 87% da realidade anterior. Essas fases estão descritas detalhadamente nos subitens 2.6.1.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR

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SECRETARIA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA – SEMOB

CONCORRÊNCIA – N° XXX/2021

ANEXO 01

PROJETO ÁSICO

Subanexo 1.2 Características e Organização da Gestão e Operação dos Serviços Objeto da Licitação

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2. CARACTERÍSTICAS E ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO E OPERAÇÃO DOS SERVIÇOS

A organização para a gestão da rede de transporte público de média e alta capacidade, contemplando a estrutura do inter-relacionamento entre as principais entidades envolvidas no funcionamento dos serviços de transporte público coletivo que operam no âmbito de Salvador, norteará a realidade da prestação dos serviços objeto dessa Concessão. Essa estrutura está montada simplificadamente na seguinte conformação:

Fonte: SEMOB

Figura 11: Estrutura de gestão

O Município de Salvador, como Poder Concedente, tem em sua estrutura administrativa, a Secretaria Municipal de Mobilidade A– SEMOB, como órgão responsável pela gestão do Sistema de Mobilidade Urbana, incluindo a administração, fiscalização, definição de diretrizes dos serviços de transporte de passageiros em geral, viabilizando o relacionamento entre os diversos agentes envolvidos, definindo mecanismos necessários à operacionalização da integração entre modais, especialmente quando se trata de assuntos relativos às esfera municipal e estadual.

Sob a gestão da SEMOB, as Concessionárias do STCO são responsáveis por prestar os serviços de acordo com a necessidade dos usuários, devendo prover a oferta compatível com a demanda, adequada ao nível de serviço estabelecido, de 6 passageiros em pé por m2. Em função da Pandemia do COVID-19, o nível de serviço foi modificado, podendo variar de 0 a 5 passageiros em pé por m² de acordo com os protocolos definidos para cada estágio do Plano de Contingências para controle da doença.

Os demais modos (STEC, Metrô e Serviços Metropolitanos), como partícipes do sistema de integração tarifária, se relacionam com as Concessionárias, por meio da Associação das Empresas de Transportes de Salvador - INTEGRA, que além de outras atividades, acompanha a repartição da receita integrada calculada pelo SalvadorCard.

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Atualmente, o Sistema de Transporte Público Coletivo por Ônibus de Salvador é constituído por três categorias distintas de serviços: o que utiliza ônibus convencionais, de média capacidade, denominado de Serviço Público de Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus (STCO); o que utiliza ônibus de pequeno porte, denominado de Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC) e o Serviço Estruturante de Transporte Rápido (SBRT), caracterizado pela operação em corredores exclusivos, podendo operar também em vias de tráfego misto, com veículos de maior capacidade, qualificando-o como um serviço de transporte de capacidade intermediária entre o serviço convencional, que utilizam ônibus de média capacidade, e o metrô, de alta capacidade.

O SBRT se insere, neste contexto, como um elemento integrador entre os distintos modos de transporte que operam na cidade, agregando tanto a demanda que se origina nos munícipios vizinhos e acessam a Capital através do metrô, quanto a demanda dos bairros periféricos, com destino às principais centralidades municipais constituídas. Por concentrarem atividades diversas (administrativas, financeiras, de serviços, comerciais), estas centralidades devem dispor de facilidades que aumentem os níveis de acessibilidade, por vias estruturais e com o transporte coletivo de passageiro de capacidade intermediária.

É obrigação contratual das demais Concessionárias que operam o serviço de transportes públicos - STCO, a operação dos SBRT nas suas respectivas Áreas de Operação. Cada concessionária terá o dever de operar o sistema correspondente, de forma integral ou compartilhada, observando no caso, as proporcionalidades de mercado, medidas por passageiros equivalentes transportados em cada ligação proposta.

Nesse sentido, é apresentada a seguir características básicas do Sistema BRT/BRS, o qual difere dos serviços convencionais do STCO objeto desta licitação.

2.1. Características Operacionais dos Corredores Estruturantes – SBRT/BRS

Os Corredores estruturantes em implantação foram definidos no âmbito do Plano Operacional - POP 2020 e estão apresentados na figura a seguir.

Fonte: Pop 2020

Figura 12: Corredores de BRT/BRS previstos pelo POP2020

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As principais características operacionais desses corredores estão relacionadas abaixo:

BRT Lapa-LIP-Pituba e Transversais

• Corredor exclusivo para ônibus – segregação total dos ônibus: alta capacidade e velocidade; • Estações de corredor: com operação de embarque e desembarques mais rápidas e confortáveis:

- Sistema fechado: cobrança externa aos ônibus; - Embarque em nível e pelas portas à esquerda dos ônibus;

• Paradas fora do corredor: embarques pelas portas à direita dos ônibus, com maior conforto e agilidade, pelo uso de veículos com piso baixo, com ou sem cobrador por meio da bilhetagem eletrônica;

• Frota de piso baixo nas linhas da rede estruturante; • Frota (parcial ou total) com propulsão elétrica nas linhas troncais da rede estruturante.

BRS ORLA

• Corredor para ônibus: faixa preferencial; • Sistema aberto: cobrança interna aos ônibus, com ou sem cobrador por meio da bilhetagem

eletrônica; • Pontos de parada abertos nos passeios: embarques pelas portas à direita dos ônibus, com maior

conforto e agilidade, pelo uso de veículos com piso baixo; • Veículos com piso baixo, proporciona menores tempos de embarque e desembarque; • Frota de piso baixo nas linhas da rede estruturante; • Possibilidade de adoção de frota elétrica.

2.2. Obrigações e Responsabilidades na Gestão dos Serviços

A Concessão dos serviços de transportes públicos no município, exige o acompanhamento da operação em tempo real pela SEMOB, monitorando e fiscalizando o cumprimento pelas Concessionárias, das obrigações e responsabilidades definidas no contrato de concessão.

Este item, relaciona as principais obrigações e responsabilidades que devem estar asseguradas a fim de que a operação do sistema obtenha os resultados de qualidade, segurança e modicidade esperados.

O Poder Concedente poderá, a seu critério determinar à futura Concessionária a contratação, às suas expensas, de um "Verificador Independente", que supervisionará e fiscalizará o cumprimento do contrato, tanto na fase pré-operacional quanto na fase de prestação do serviço, reportando-se diretamente à Prefeitura Municipal de Salvador, com vistas ao efetivo cumprimento do contrato. A exigência deverá ser cumprida individualmente ou em conjunto com as demais Concessionárias, conforme determinação da SEMOB.

O Verificador Independente atuará na Concessão como agente técnico e tecnológico para assessoramento e apoio às ações de monitoramento e de fiscalização do Poder Concedente, bem como às atividades do Sistema de Gestão da Qualidade, avaliando inclusive o atingimento dos Indicadores de Desempenho do Contrato.

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Na realização de suas obrigações, o Verificador Independente atuará em parceria com o Poder Concedente e com a Concessionária, promovendo a integração das equipes e o alinhamento em relação às melhores práticas a serem adotadas. Ressalta-se que o Verificador Independente não substitui o Poder Concedente da função de fiscalização. Essa prerrogativa é reservada ao exercício da atividade de apoio ao planejamento e ao desenvolvimento de recursos para instrumentalizar a ação fiscalizadora por meio de exames comprobatórios, visitas técnicas ou de solicitações de quaisquer informações concernentes ao âmbito do Contrato que a Administração Pública julgar necessárias.

Ademais, o Verificador Independente ficará encarregado por promover a mensuração de desempenho nas periodicidades definidas, conforme previsto no Subanexo 1.4 - Certificação Técnico-Operacional desse Projeto Básico, e elaborar os devidos cálculos que balizarão a avaliação periódica do equilíbrio econômico-financeiro do Contrato, informando o Poder Concedente por meio de relatórios e laudos técnicos de aferição.

2.2.1. Responsabilidades do Poder Concedente:

I. regulamentar os serviços e fiscalizar permanentemente sua prestação, incluindo o cumprimento das normas, regulamentos e procedimentos de execução, manutenção e operação, e visando, principalmente, a boa qualidade da execução do objeto do Contrato, bem como receber e apurar queixas e reclamações dos usuários;

II. aprovar os projetos, planos e programas relativos aos sistemas, bem como exigir as modificações que se fizerem necessárias;

III. realizar os investimentos sob sua responsabilidade nas condições e prazos definidos no Contrato; IV. assegurar o cumprimento das obrigações contratuais, zelando pela boa qualidade dos serviços com

base nos princípios da licitação, regularidade, continuidade, eficiência, segurança, conforto, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação, modicidade das tarifas, defesa do meio ambiente e do patrimônio arquitetônico e paisagístico, respeito às diretrizes de uso do solo e de pleno respeito aos direitos, dos usuários e da Concessionária;

V. determinar alterações nos serviços, modificando as disposições regulamentares dos serviços e itens operacionais relacionados com a finalidade de melhor atender ao interesse público, observado o equilíbrio econômico-financeiro do Contrato;

VI. cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do Contrato, bem como os requisitos mínimos estabelecidos nesse Edital e Anexos;

VII. executar vistorias periódicas para verificar as condições das instalações, dos equipamentos, da segurança e do funcionamento do serviço;

VIII. realizar auditorias; IX. fiscalizar o cumprimento de obrigações de natureza contábil, econômica e financeira da

Concessionária; X. definir a infraestrutura de Tecnologia da Informação - TI necessária, a ser instalada às expensas da

Concessionária, para a efetiva apuração diária dos serviços prestados e dos níveis de serviço praticados;

XI. exigir o constante aperfeiçoamento técnico, tecnológico e operacional dos serviços; XII. diligenciar para o efetivo, pleno e irrestrito acesso de seus prepostos a todas as informações sobre

o objeto da Concessão, inclusive, em tempo real, por meio de sistema informatizado de monitoramento das atividades desenvolvidas pela Concessionária, de modo que sejam diariamente disponíveis, dentre outros, todos os dados atuais sobre movimento de passageiros, número de veículos em circulação, localização e velocidade destes, valores arrecadados, enfim, todos os dados

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capazes de permitir avaliar a qualidade e a regularidade do serviço e os seus aspectos econômico-financeiros;

XIII. acompanhar e adotar as medidas necessárias à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da Concessão;

XIV. assegurar à Concessionária as condições necessárias ao exercício da Concessão e garantir seus direitos, exigindo, por sua vez, o respeito às disposições legais, regulamentares e contratuais, e aos direitos dos usuários.

2.2.2. Responsabilidades da Concessionária da Área C

I. cumprir e fazer cumprir fielmente as disposições do Contrato, do Edital da licitação e demais Anexos, bem como da legislação aplicável e determinações do Poder Concedente, mantendo durante toda a vigência da Concessão as condições de habilitação e qualificação exigidas nos citados instrumentos;

II. operar todos os serviços, controles e atividades relativos ao Contrato, com zelo e diligência, utilizando a melhor técnica aplicável a cada uma das tarefas desempenhadas, de forma a garantir a sua regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, conforto, cortesia, modicidade tarifária e comodidade, considerando ainda a defesa do meio ambiente e do patrimônio arquitetônico e paisagístico, o respeito às diretrizes de uso do solo e o pleno respeito aos direitos dos usuários, na forma da lei e normas regulamentares;

III. manter o Poder Concedente informado sobre toda e qualquer ocorrência em desconformidade com a operação dos serviços contratados;

IV. dar conhecimento ao Poder Concedente dos instrumentos jurídicos que assegurem os investimentos sob sua responsabilidade;

V. arcar com todas as despesas necessárias à fiel prestação dos serviços, dispondo de equipamentos, acessórios, recursos humanos e materiais necessários à perfeita prestação dos serviços;

VI. promover o constante aperfeiçoamento técnico e operacional dos serviços, bem como a atualização e o desenvolvimento tecnológico das instalações, equipamentos e sistemas utilizados, com vistas a assegurar eficiência na qualidade do serviço, guardando-os, conservando-os, e mantendo-os em perfeitas condições, de acordo com as especificações dos serviços e as normas técnicas aplicáveis, inclusive os colocados à disposição da SEMOB;

VII. zelar e promover a perfeita manutenção dos bens vinculados à Concessão; VIII. elaborar e implantar esquemas de atendimento a emergências que envolvam os usuários,

mantendo disponíveis, para tanto, recursos humanos e materiais; IX. cumprir, nos prazos estabelecidos, as determinações operacionais e alterações nos serviços

impostas pelo Poder Concedente; X. aderir ao Acordo Operacional, de acordo com o subanexo 1.7 XI. fornecer diariamente todas as informações sobre o objeto da Concessão solicitadas pelo Poder

Concedente, inclusive, em tempo real, dentre outros: - dados atuais sobre movimento de passageiros, oriundos do sistema de bilhetagem

eletrônica, incluindo, para cada linha e horário da viagem, os passageiros pagantes em espécie;

- localização por meio de coordenadas geográficas, velocidade e quantidade de veículos em circulação, oriundos do sistema de rastreamento dos veículos, ao longo de todos os trajetos e horários de viagens dos serviços programados;

- valores arrecadados;

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XII. obedecer e cumprir fielmente todos os requisitos da prestação serviços e as normas e regras prescritas pelo Poder Concedente, em especial, as que se referem à operação e arrecadação, bem como a legislação pertinente;

XIII. disponibilizar diariamente os dados de bilhetagem eletrônica e de rastreamento dos veículos, contendo, pelo menos:

- os registros de viagens, com o devido e correto registro de abertura e fechamento de cada viagem, identificando os dados de data, hora e tipo da viagem, o código identificador da linha e demais características definidas pelo Poder Concedente;

- os registros de usuários, contendo: código identificador do cartão, identificação da categoria do usuário, linha e data e hora da viagem utilizada, valor pago e horário de registro do cartão no validador;

- os registros de geração de créditos eletrônicos e da câmara de compensação (clearing), contendo: os lotes de créditos eletrônicos gerados, informando a data e o volume monetário gerado; e o acompanhamento mensal do volume de créditos comercializados pelos canais de venda, bem como o volume compensado (créditos validados pelos usuários).

XIV. contratar, às suas expensas e na forma como definido pelo Poder Concedente, um "Verificador Independente", que supervisionará e fiscalizará o cumprimento do Contrato, tanto na fase pré-operacional quanto na fase de prestação do serviço, que reportar-se-á diretamente à Prefeitura Municipal de Salvador;

XV. facultar ao Verificador Independente, quando no exercício das funções que lhe são atribuídas, o livre acesso, por meio físico, ou através de sistema informatizado em ambiente WEB, a qualquer tempo, às áreas, instalações e locais, bem como documentos relacionados às atividades e serviços abrangidos pela Concessão, incluindo estatísticas e registros administrativos e contábeis, e prestará sobre esses, no prazo que lhe for estabelecido, os esclarecimentos que lhe forem formalmente solicitados;

XVI. remunerar o Verificador Independente, não estando a remuneração vinculada a eventual concordância da Concessionária quanto aos laudos e opiniões por estes emitidos, mas apenas ao regular e adequado desempenho das suas funções, nos termos do Contrato, bem como disciplinamento da SEMOB.

XVII. buscar constantemente instrumentos inovadores que promovam a expansão do número de passageiros dos serviços objeto da Concessão, especialmente os que possibilitem a complementação dos percursos dos usuários entre o local de desembarque e seu destino final, bem como a ampliação e a modernização dos bens vinculados à Concessão, para adequado atendimento da demanda atual e futura com eficiência e eficácia da prestação dos serviços;

XVIII. submeter à aprovação do Poder Concedente propostas de implantação de melhorias dos serviços e de novas tecnologias, preferencialmente que adotem energia renovável, e de projetos associados que gerem receitas acessórias, visando contribuir para a modicidade tarifária;

XIX. manter os critérios definidos para garantir a não concorrência predatória entre os diferentes modos de transporte do sistema de transporte público, priorizando a integração e a complementaridade de suas funções, considerando o estabelecido no plano de integração com o serviço metroviário;

XX. acatar as determinações do Poder Concedente no que se refere à adoção de esquemas especiais de trânsito, zelando por sua divulgação aos usuários dos serviços;

XXI. aceitar a política de tarifas imposta pelo Contrato, pela legislação e normas regulamentares aplicáveis;

XXII. cooperar com o Município no aprimoramento e desenvolvimento tecnológico do Serviço

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Estruturante de Transporte Rápido – SBRT; XXIII. tratar e fazer atender, de forma adequada, os usuários dos serviços e o público em geral com

urbanidade e atenção; XXIV. assegurar a fiel observância dos direitos dos usuários dos serviços; XXV. garantir a segurança do transporte, bem como a integridade física e o conforto dos usuários; XXVI. prestar assistência e informações aos usuários e à população em geral sobre a operação dos

serviços, especialmente no que se refere ao valor da tarifa, que deverá ser afixada em local estabelecido pelo Poder Concedente, e às informações relativas a horários, trajetos e localização dos pontos de embarque e desembarque de passageiros;

XXVII. elaborar, implantar e manter Plano de Atendimento aos Usuários, informando ao Poder Concedente sobre seu desenvolvimento para solicitar posteriormente a sua aprovação;

XXVIII. submeter previamente ao Poder Concedente, para aprovação, qualquer campanha publicitária referente ao serviço concedido que pretenda realizar nos equipamentos operados, nas áreas concedidas ou em qualquer outra mídia;

XXIX. aderir às campanhas educativas, informativas, operacionais e outras, limitadas aos equipamentos operados e áreas vinculadas à Concessão, de acordo com as diretrizes do Poder Concedente, sem ônus para este.

XXX. obter a prévia aprovação do Poder Concedente para os projetos, planos e programas relativos à implantação do BRT e demais serviços da Área Operacional C;

XXXI. obter a prévia aprovação do Poder Concedente para alterações ou construções de novas edificações na área concedida;

XXXII. manter Sistema de Relacionamento com os Usuários, capaz de oferecer informações sobre o serviço oferecido, bem como, recepcionar reclamações, sugestões e elogios dos serviços prestados;

XXXIII. autuar e processar as reclamações feitas pelos usuários a respeito dos serviços, de modo a respondê-las motivadamente no prazo máximo de 15 (quinze) dias, adotando as providências que se fizerem necessárias;

XXXIV.transmitir as reclamações autuadas e processadas ao Poder Concedente por meio de relatórios mensais, que deverão conter as respostas fornecidas e as providências adotadas e, ainda, informações das companhias telefônicas sobre eventuais ligações não atendidas;

XXXV. manter em dia e à disposição da fiscalização o inventário e o registro dos bens vinculados à Concessão, de acordo com o procedimento regular de escrituração contábil;

XXXVI.observar padrões de governança coorporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas;

XXXVII. publicar, na forma da lei, as demonstrações financeiras e manter o registro contábil e social de todas as operações em conformidade com os princípios fundamentais de contabilidade, as normas técnicas brasileiras de contabilidade aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

XXXVIII. apresentar trimestralmente, até o final do mês subsequente ao do encerramento do trimestre referenciado, as demonstrações contábeis de acordo com os preceitos mencionados no item anterior e em conformidade com o plano de contas devidamente aprovado pelo Poder Concedente;

XXXIX. cumprir pontualmente todas as suas obrigações fiscais, trabalhistas, previdenciárias, securitárias, de cadastro de pessoal e demais obrigações legais ou regulamentares, mantendo a documentação pertinente à disposição da fiscalização;

XL. implantar, em sua estrutura organizacional, serviço de Ouvidoria diretamente vinculado à Concessionária;

XLI. permitir o livre acesso da fiscalização e auditorias instituídas pelo Poder Concedente, prestando

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todas as informações solicitadas; XLII. prestar contas mensalmente ao Poder Concedente, com observância das normas aplicáveis; XLIII. responder, perante o Poder Concedente e terceiros, por todos os atos e eventos de sua

competência, especialmente por eventuais desídias, danos ou prejuízos causados, por si ou por seus empregados, agentes ou prepostos, em decorrência das obrigações decorrentes da Concessão, sem que a fiscalização exercida pelo Poder Concedente exclua ou atenue essa responsabilidade;

XLIV. ressarcir o Município por quaisquer danos ou prejuízos causados, por seus empregados ou prepostos, decorrentes da operação dos serviços, incluindo desembolsos decorrentes de determinações judiciais, para satisfação de obrigações originalmente imputáveis à Concessionária, inclusive reclamações trabalhistas propostas por empregados ou terceiros vinculados à Concessionária;

XLV. executar serviços e programas de gestão, bem como fornecer treinamento a seus empregados, com vistas à melhoria dos serviços e à comodidade dos usuários;

XLVI. operar somente com pessoal devidamente uniformizado, capacitado, treinado, habilitado e devidamente cadastrado, portando documentos de identificação, com observância das normas municipais aplicáveis, bem como da legislação trabalhista, previdenciária, securitária, de segurança e medicina do trabalho;

XLVII. contar com quadro de pessoal contratado com observância das normas de direito privado e trabalhista, não havendo qualquer relação ou vínculo jurídico entre terceiros contratados pelo particular e o Poder Concedente;

XLVIII. manter o Poder Concedente permanentemente informado sobre os funcionários cadastrados para prestação dos serviços concedidos;

XLIX. responder pelo correto comportamento e eficiência de seu pessoal, sejam empregados, sejam membros de equipe de terceiros;

L. substituir, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, a contar do recebimento de comunicação escrita do Poder Concedente nesse sentido, qualquer funcionário, empregado, auxiliar, preposto, subcontratado ou qualquer terceiro contratado para operação dos serviços, que esteja infringindo as normas regulamentares ou qualquer disposição legal aplicável à Concessão.

LI. Atender todas as determinações do Poder concedente no prazo estabelecido nas notificações expedidas.

2.2.2.1. É dever da Concessionária implantar e manter, sem prejuízo das obrigações anteriormente assumidas, durante a vigência da Concessão, com as devidas atualizações tecnológicas, às suas expensas, sistema informatizado de acompanhamento e controle da operação, em tempo real, com espelhamento integral dos dados gerados pelos sistemas de Bilhetagem Eletrônica e Rastreamento da Frota ao Poder Concedente, com todas as informações sobre a prestação dos serviços concedidos, atendendo aos seguintes requisitos:

I. As informações devem ser capazes de permitir imediato conhecimento e acompanhamento pelo Poder Concedente;

II. O sistema deverá atingir seu pleno funcionamento no prazo máximo de 90 (noventa) dias contados a partir da celebração do Contrato;

III. As especificações das tecnologias referentes aos sistemas serão homologadas diretamente pelo Poder Concedente e/ou por entidade por ele designada;

IV. O sistema informatizado de acompanhamento e controle deve manter sempre atualizadas a

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relação de todas as linhas em operação, bem como suas respectivas características operacionais, destacadamente: - descrição e extensão dos trajetos, em formato de texto (.txt) e GTFS; - relação dos pontos de parada, estações e terminais de cada linha, em formato de texto (.txt) e

GTFS; - horários de partida das viagens programados para cada linha; - frota necessária para a operação de cada linha com a indicação dos compartilhamentos de um

mesmo veículo entre linhas; - características técnicas dos veículos (ano e tipo de chassis e carrocerias; quantidade de

assentos e área útil para acomodação de passageiros em pé e de cadeirantes); V. O sistema informatizado de acompanhamento e controle deve ser capaz de fornecer informações

relativas ao desempenho dos serviços por dia e horário do registro, assim categorizadas: - número de passageiros transportados de cada linha, por tipo de pagamento; - número de passageiros registrados em cada estação e terminal, por tipo de pagamento; - quantidade de viagens realizadas de cada linha, por tipo da viagem; - quilometragem percorrida de cada linha; - valores arrecadados como receitas operacional e acessória; - horários de partida e de chegada de viagens efetivamente realizadas, em cada ponto de

controle de linha; - fluxo de veículos em garagens e terminais.

2.2.3. Direitos e Obrigações dos Usuários

2.2.3.1. Constituem direitos dos usuários dos serviços, sem prejuízo de outros previstos na legislação aplicável:

I. ter à disposição serviço adequado, em condições de regularidade, eficiência, segurança, higiene, conforto, cortesia e generalidade;

II. obter todas as informações necessárias para o bom uso do serviço;

III. receber informações sobre qualquer modificação ocorrida no serviço com a antecedência necessária;

IV. externar reclamações e sugestões através de canais próprios instituídos pelo Poder Concedente e pela Concessionária;

V. ser tratado com urbanidade e respeito;

VI. beneficiar-se das gratuidades e abatimentos de tarifa previstos na legislação e normas regulamentares aplicáveis;

VII. levar ao conhecimento do Poder Concedente as irregularidades de que tenha conhecimento referente à operação do serviço, participando, de forma ativa, de sua fiscalização;

VIII. receber a devolução correta e integral do troco;

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IX. facilidade de acesso, especialmente das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, gestantes e idosos, na forma da regulamentação aplicável;

X. exigir o fiel cumprimento de todas as obrigações da Concessionária impostas pelo Poder Concedente.

2.2.3.2. Constituem obrigações dos Usuários do serviço, sem prejuízo de outras previstas na legislação aplicável:

I. pagar pelo serviço utilizado de acordo com a legislação e normas regulamentares aplicáveis;

II. preservar e zelar pela preservação dos bens vinculados à prestação do serviço;

III. portar-se de maneira adequada e utilizar o serviço de acordo com as normas estabelecidas pelo Poder Concedente;

IV. zelar pela eficiência do serviço, não praticando qualquer ato que possa prejudicar o serviço ou os demais usuários, utilizando-o de forma adequada.

2.3. Política Tarifária

2.3.1. Modelo Tarifário do Sistema de Transporte de Salvador

A tarifa cobrada ao usuário do serviço de transporte coletivo de Salvador é única, decretada pelo Poder Executivo Municipal, baseado em estudos de custos desenvolvidos pela ARSAL, com base nas planilhas apresentadas nas propostas vencedoras da licitação do STCO.

Em abril de 2019 foram celebrados os Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) nº 33, 34 e 35 entre o Poder Concedente e as Concessionarias do STCO, visando, dentre outros motivos, a transferência da responsabilidade pela gestão e do total das receitas acessórias relacionadas com publicidade no STCO (incluindo interna e externa nos veículos) para o Município. A política tarifária, estabelecida pela legislação municipal pertinente, define como a única fonte de remuneração dos serviços a tarifa cobrada ao usuário. O custo de benefícios de gratuidades e descontos na tarifa dos serviços é transferido aos usuários pagantes através do INDICADOR “Passageiro Equivalente”, que corresponde à soma dos passageiros transportados com a ponderação correspondente às tarifas dos diferentes serviços, descontos ou isenção de pagamento em relação à tarifa predominante.

Como explicitado anteriormente, os sistemas de cada um dos modos de transporte coletivo que operam na área de estudo realizam o controle de acesso aos serviços por meio de três cartões recarregáveis, que possibilitam a integração tarifária, pela identificação de viagens integradas no momento da validação do segundo e do terceiro embarque, dentro de um período pré-estabelecido de 02 (duas) horas. É importante ressaltar que há interoperabilidade entre os três tipos de cartões, que podem ser utilizados em todos os sistemas, com ressalvas, como indicado na Tabela 6.

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Tabela 6: Particularidades dos sistemas de bilhetagem eletrônica situação atual

CARTÕES RECARREGÁVEIS

Sistema regente Municipal Metropolitano Metroviário Sistemas reconhecidos STCO

Metropolitano Metroviário STEC

STCO Metropolitano Metroviário

STCO Metropolitano Metroviário STEC

Tipos -Meia Passagem -Vale Transporte Eletrônico -Bilhete Avulso -Bilhete Identificado -Vale Transporte Especial

-Ande sempre -Meia Passagem Escolar -Vale Transporte Eletrônico -Metropasse identificado

-Unitário (não recarregável) -Integração -Gratuidade

Integração tarifária (usuário comum)2

O – O O – M – O O – M M – O R – M – O O – M – R S – S S – O O – S S – M – S

R – M M – R R – M – O O – M – R

O – M – O O – M M – O R – M – O O – M – R R – M M – R S – M M – S S – M – S

Meia Passagem Estudantil

Redução exclusiva Sim Sim

Redução integrada

O – O O – M – O M – O O – M

R – M M – R

Limite horário para integração

2 horas 3 horas 2 horas (viagens municipais) /3 horas (viagens metropolitanas)

2 O = STCO; M = Metrô; R = Ônibus Metropolitano; S = STEC

Os benefícios de redução tarifária do transporte coletivo de Salvador estão relacionados ao tipo de usuário (idosos, estudantes ou a outras categorias) e às viagens integradas, nas quais o usuário utiliza mais de um serviço dentro da mesma viagem. A seguir são detalhados tais benefícios tarifários.

Gratuidades

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A gratuidade no transporte coletivo de uma cidade traduz-se no direito de utilização dos serviços sem a necessidade de pagamento tarifário, promovendo a inclusão social de determinadas pessoas, através do incentivo à busca por atividades.

De acordo com o art. 247 da Lei Orgânica de Salvador e a Lei Municipal Nº 7.201/2007, os beneficiários da gratuidade no Transporte Público do Município de Salvador são idosos com 65 anos ou mais, crianças até 5 anos, pessoas com deficiência física (com acompanhante, se preenchidos os requisitos legais), e policial militar fardado (limitado ao máximo de 2 por ônibus). Além disso, existem os beneficiários especiais, que são policiais civis e militares, carteiros, membros do Conselho Tutelar, fiscais de transporte e monitores de trânsito, oficiais da justiça federal e estadual, fiscais do trabalho e comissário de menores. Esse benefício é concedido através do Vale Transporte Especial da SalvadorCard.

Meia Passagem Estudantil (MPE)

A meia passagem estudantil é um direito de todos os alunos matriculados em Instituições Públicas ou Privadas de ensino fundamental, médio, superior, cursos de mestrado e doutorado, que possuam frequência regular nas aulas, mais de 5 anos completos e menos de 64 anos. Além disso, esse benefício é estendido, aos domingos, a todos os usuários dos coletivos municipais, tanto para pagamento em dinheiro quanto através de smartcard, devido a implantação do programa “Domingo é meia”, em 2013, nos termos do Decreto Nº 23.847, de 27 de março 2013.

O Cartão Meia Passagem pode ser emitido pelo SalvadorCard, para estudantes municipais e, pelo Metropasse, para estudantes metropolitanos. Assim sendo, a aplicação de meia tarifa é condicionada à utilização do usuário no sistema condizente ao cartão (municipal ou metropolitano), ou no metrô.

Integrações e Transferências O benefício da integração tarifária é válido para os usuários de transporte coletivo, desde que utilizem, em todos os trechos da mesma viagem, um dos cartões recarregáveis. Coexistem três tipos de integração tarifária, exclusivamente para as linhas do STCO:

(i) Integração fechada, nos terminais e nas estações de transbordo, onde os passageiros realizam o transbordo entre as linhas que operam nestes locais.

(ii) Integração aberta e temporal entre as linhas convencionais. O tempo de integração é de duas horas, não sendo cobrado a tarifa na segunda linha.

A Figura 13 ilustra as regras de integração em vigor no sistema de transporte coletivo de Salvador, destacando-se as principais tarifas do sistema.

Além das integrações entre linhas do STCO, há outras possibilidades de integrações com redução tarifária dos serviços do STCO com o Metrô e o Metropolitano.

A partir de março de 2020, o STEC passou também a integrar o Sistema de Bilhetagem da SalvadorCard, valendo para este Subsistema, as mesmas regras de integração com o STCO e o Metrô.

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. Figura 13. Regras de integração vigentes em 2020 Fonte: Pop2020

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2.3.2. Sistema de Cobrança (Bilhetagem Eletrônica e Integração)

O STCO opera por meio de sistema de bilhetagem eletrônica, o que diversifica os valores cobrados na utilização do serviço de transporte e permite a criação de integrações temporais entre diversos modais da cidade. A Bilhetagem Eletrônica possibilita, ainda, o fornecimento diário de dados sobre as viagens realizadas, sobre o número de passageiros transportados e sobre as gratuidades.

A Bilhetagem Eletrônica, com o uso do cartão eletrônico, proporciona maior segurança aos Usuários e aos Concessionários, ao diminuir, de maneira expressiva, o volume de dinheiro dentro dos ônibus.

Atualmente no STCO, a Bilhetagem Eletrônica, operada pela SalvadorCard, é composta dos seguintes produtos:

• Meia Passagem Eletrônica - MPE • Vale Transporte Eletrônico - VTE • Bilhete Identificado • Bilhete Avulso • Gratuidades

A Meia Passagem Eletrônica - MPE tem cadastrados mais de 310 mil cartões de estudantes ativos. Anualmente, são inscritos no sistema cerca de 70 mil novos alunos, além de serem confeccionados cerca de 40 mil cartões de segunda via.

Para atender ao processo de revalidação, de venda de créditos e de atendimentos diversos, são disponibilizados, atualmente, cinco postos da SalvadorCard: Shopping da Gente, Estação da Lapa, Estação Pirajá, Estação Mussurunga e Terminal Acesso Norte. Estes postos são mantidos pelas Concessionárias por meio da SalvadorCard. A capacidade de atendimento dos postos é de 25 mil estudantes por dia, e o tempo de permanência nas filas nos horários de pico, é de no máximo 15 minutos. São realizados nos postos cerca de 450 mil atendimentos mensais, com uma média diária superior a 17 mil atendimentos. Existe ainda a possibilidade de recarga dos cartões dos estudantes por meio do aplicativo “KIM RECARGA”.

O Vale Transporte Eletrônico-VTE, atualmente, é utilizado por mais de 23 mil empresas e pessoas físicas que usam cerca de 370 mil cartões. A maior parte das vendas, hoje, é efetuada via Internet através do site http//www.vteonline.com.br (embora a compra possa ser efetuada em qualquer um dos postos). Eventuais problemas com este produto são atendidos através de um serviço de Call Center ou, diretamente, no posto do Comércio.

O Bilhete Avulso visa o atendimento aos usuários do serviço de transporte público que desejem usufruir das facilidades permitidas pela Bilhetagem Eletrônica Plena, ou seja, rapidez durante a passagem nas catracas, a segurança pessoal pela não portabilidade de dinheiro em espécie e a integração física, tarifária temporal e aberta, respeitadas as regras divulgadas e de conhecimento público. A sua aquisição pode ser efetuada nos postos de SalvadorCard. Atualmente, estão em circulação mais de 40 mil cartões de Bilhetes Avulsos.

As Gratuidades regulamentadas através de legislação municipal contam hoje com mais de 70 mil cartões com chip. O atendimento aos cidadãos com deficiência física, auditiva, mental ou visual é realizado pela Prefeitura de Salvador na Unidade de Gratuidade para Pessoas com Deficiência - UGPD, com o apoio do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador – SETPS, através de convênio celebrado com esta finalidade. As demais categorias que utilizam o cartão de gratuidade são atendidas diretamente na sede de

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SalvadorCard, localizado em Brotas. As gratuidades legalmente amparadas referentes ao serviço objeto da Concessão serão mantidas.

A implantação da integração aberta e temporal no sistema de ônibus de Salvador, com a utilização da Bilhetagem Eletrônica, ocorreu em duas fases: a Fase I teve início em 15/01/2007, somente para os estudantes portadores de SalvadorCard e, a Fase II, a partir de 17/02/08, quando o benefício da integração foi estendido a todos os demais usuários portadores de cartão: vale transporte, avulsos e gratuitos. Em 2016, as possibilidades de integração foram ampliadas, com a integração gratuita entre linhas de ônibus do STCO e Metrô, conforme já representado na Figura 13.

A integração aberta e temporal no STCO em vigor, atualmente, obedece aos seguintes parâmetros:

• O período para integração é de até 2 (duas) horas; • A integração é gratuita na segunda viagem, tanto nos terminais fechados como na integração aberta; • Limite de uma integração (transbordo) nesse período no caso do ônibus urbano com o ônibus urbanos (O-

O) e duas integrações no caso de ônibus urbano com o metrô seguido do ônibus urbano (O-M-O); • A integração ainda não é permitida nas linhas dos serviços especiais: seletivos e linhas metropolitanas.

Vale lembrar que tanto o Metrô quanto o Sistema de Transporte Metropolitano por ônibus também possuem cartões próprios: o Cartão CCR e o Metropasse, respectivamente.

O Cartão CCR dispõe de dois produtos, o Unitário e o Integração, que podem ser adquiridos em todas as estações de Metrô, nas bilheterias ou nas máquinas de autoatendimento:

• Cartão Unitário: O Cartão Unitário dá direito a 1 (uma) viagem exclusiva no metrô (não integrada com ônibus). Esse cartão pode ser adquirido em qualquer bilheteria ou máquina de venda automática (vending machine) das estações pelo valor de uma tarifa pública do metrô. Para utilizar o metrô, o usuário deverá depositar o Cartão Unitário na fenda existente na catraca, que fará a liberação para ingressar na estação.

• Cartão Integração: O Cartão Integração (Múltiplo) é um cartão recarregável que pode ser utilizado em viagens exclusivas no metrô ou no ônibus e viagens integradas entre metrô e ônibus.

A tarifa pública do Metrô, definida pelo Governo do Estado da Bahia, é de R$ 4,10 (quatro reais e dez centavos), valor pago por quem utiliza apenas este modo.

Além do Cartão CCR, para utilizar o Metrô, podem ser utilizados os cartões SalvadorCard e Metropasse.

Por sua vez, o Metropasse abrange a Região Metropolitana de Salvador (RMS) e permite a integração das linhas metropolitanas com o metrô e com as linhas do STCO. Durante um período de 3 horas, é possível combinar a viagem de ônibus metropolitano com o metrô e, também, com o metrô e, na sequência, com o STCO, pagando o valor da tarifa do ônibus metropolitano. Esta integração pode ser feita com qualquer cartão, seja Metropasse, CCR ou SalvadorCard, no limite de 03 horas, entre o registro em uma catraca e outra.

O Metropasse oferece os seguintes produtos:

• Metropasse Identificado: exige o cadastro do comprador com identificação do RG e CPF e, em caso de perda, roubo ou furto, poder ser bloqueado, garantindo o saldo dos valores creditados pelo usuário. Este produto pode ser adquirido em um dos 27 postos/ guichês de atendimento do Metropasse ou por site da internet.

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• Cartão Ande Sempre: O Cartão Integração (Múltiplo) é um cartão recarregável que pode ser utilizado em viagens exclusivas no Metrô ou no ônibus e viagens integradas entre metrô e ônibus.

• Meia Passagem Escolar - MPE: nos moldes do STCO. • Vale Transporte Eletrônico: nos moldes do STCO.

2.4. Conceito da Rede de linhas objeto da licitação

A rede do STCO foi revista para atender aos novos corredores que integrarão aos serviços de BRT/BRS. Desse modo, foram definidos novos serviços estruturantes e classificação funcional das linhas, havendo assim um processo de transição da rede atual compatibilizando com a futura rede estruturante de BRT/BRS.A Figura 14 apresenta a delimitação espacial da Área C com os serviços atuais objeto dessa Concessão.

Fonte: SEMOB

Figura 14: Linhas da área operacional C (Orla/Centro) – STCO

2.5. Demanda e Oferta das linhas objeto da licitação

2.5.1. Linhas da Área C e previsão de fases de compatibilização com implantação da rede com BRT/BRS

A rede de linhas integrantes da Área de Operação C - Orla/Centro bem como as demais linhas das outras Bacias do STCO passarão por modificações conforme previsto no POP2020 para futura implantação dos sistemas de BRT/BRS. Este processo está previsto a ser implantado por fases, onde em cada fase é vinculada à previsão da data de entrega das obras que viabilizam a operação de determinadas linhas, as quais são listadas nas tabelas a seguir. Considerando o cronograma de inauguração dos corredores de BRT e BRS previstos, foram definidas as Fases de introdução dos serviços de BRT/BRS definidos no POP 2020, bem como as linhas alimentadoras remanescentes, parte delas objeto desta licitação são listadas abaixo com a especificação de suas fases.

Há que se considerar ainda que a crise decorrente da Pandemia do COVID-19 demandou uma mudança no planejamento inicialmente previsto para o POP 2020. Em função da alteração significativa dos hábitos e das necessidades de viagem da população de Salvador, a demanda de transporte chegou a patamares próximos a

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40% do volume de passageiros transportados antes da pandemia, mas vem se recuperando gradativamente à medida em que se acionam os protocolos de retorno das atividades.

Figura 15: Fases de implantação da rede associadas às conclusões de obras de corredores

A programação de viagens e de frota das linhas, não somente do BRT/BRS, mas de todo o STCO, foi toda refeita, levando em consideração a revisão gradativa do aumento da recuperação da demanda, frente ao estágio de flexibilização do confinamento da população. Assim, as fases de implantação apresentadas a seguir refletem o impacto do COVID-19 no cronograma de início de operação proposto e o nível de serviço adequado às necessidades de distanciamento social adotado na programação das linhas.

As linhas integrantes da Área de Operação C - Orla/Centro, descritas na tabela abaixo, é o resultado dos estudos realizados no POP 2020, e que são passíveis de discussão e ajustes. Neste caso, a Contratada poderá propor, para prévia aprovação do Poder Público, alterações nas linhas ou condições de prestação dos serviços, devendo informar previamente à população em geral e aos usuários do serviço, com antecedência mínima de 10 (dez) dias, qualquer modificação nas linhas ou na forma de prestação dos serviços. Todas as linhas operadas pela Contratada participarão da integração física, operacional e tarifária no âmbito do STCO e com os serviços do Metrô, Metropolitano, STEC e o futuro serviço do BRT/BRS.

Tabela 7: Linhas Alimentadoras - Área C

Linha COD Interno

Tipo Descrição Fases

A B C D E 003D-00 ALM_O_003D-00_I Criada no POP 2020 Cosme De Farias/Brotas - HGE 004A-00 ALM_O_004A-00_I Criada no POP 2020 Pituba - Barra 2 004B-00 ALM_O_004B-00_I Criada no POP 2020 Barra - Comercio Via Lapa 004C-00 ALM_O_004C-00_I Criada no POP 2020 Campo Grande - Ogunjá 006B-00 ALM_O_006B-00_I Criada no POP 2020 Boca Do Rio – Ogunjá 007A-00 ALM_O_007A-00_I Criada no POP 2020 Rio Vermelho - Mosteiro S. Bento 015C-00 ALM_O_015C-00_I Criada no POP 2020 Campo Grande - Pituba 032A-00 ALM_O_032A-00_I Criada no POP 2020 Iguatemi - Graça Via Comercio 0706-00_S CNV_O_0706-

00_I_S Ajuste de programação Brotas - Boa Vista Do Lobato

0728-00_S CNV_O_0728-00_I_S

Ajuste de programação Pituba – Rio Vermelho

0805-00_S CNV_O_0805-00_I_S

Ajuste de programação Itaigara – Rio Vermelho

FASE A B C D ECorredor 2021 2021 2022 2023 2024

T1 LAPA LIP PITUBA 1 1 1 1 1T3 LAPA LIP PITUBA 1 1 1 1 1

ORLA 1 1 1T2 LAPA LIP PITUBA 1 1BRT TRANSVERSAIS 1 1

MONOTRILHO / EXT. L01 ÁGUAS CLARAS 1% da demanda estimada com referência a situação

anterior aos impactos da pandemia 70,00% 87,50% 91,70% 95,70% 97,90%

Nível de serviço previsto (pass/m2) STCO 4 5 5 5 5

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0903-00_S CSN_O_0903-00_I_S

Ajuste de programação Imbui – Rio Vermelho

0907-00_S2 CNV_O_0907-00_I_S2

Ajuste de programação Iguatemi – Ribeira

0915-00_S CNV_O_0915-00_I_S

Ajuste de programação Rio Vermelho - Campo Grande

1129-00_S CNV_O_1129-00_I_S

Ajuste de programação Cabula 6 - Iguatemi

1129-01_S CNV_O_1129-01_I_S

Ajuste de programação Cabula 6 – Boca do Rio

0713-00_S CNV_O_0713-00_I_S

Ajuste de programação Terminal Acesso Norte - Ribeira

0410-00_S CNV_O_0410-00_I_S

Ajuste de programação Liberdade - Centro Adm Da Bahia

0410-01_S CNV_O_0410-01_I_S

Ajuste de programação Liberdade - Imbui

Tabela 8: Linhas remanescentes - Área C

Linha COD Interno Tipo Descrição Fases A B C D E

0102-00 CSN_O_0102-00_I Remanescente Barbalho - Iguatemi 0102-01 CNV_O_0102-01_I Remanescente Barbalho - Iguatemi 0116-00 CNV_O_0116-00_I Remanescente Lapa - Hospital Geral (via Vasco da Gama) 0117-00 CNV_O_0117-00_I Remanescente Lapa - Daniel Lisboa/Via Waldemar Falcão 0136-00 CNV_O_0136-00_I Remanescente LB1 - Lapa - Chame-Chame 0137-00 CNV_O_0137-00_I Remanescente LB2 - Lapa - Barra Avenida/Barra 0138-00 CNV_O_0138-00_I Remanescente LB3 - Lapa - Garibaldi/Ondina 0316-00 CNV_O_0139-00_I Remanescente Lapa - Fazenda Grande 0316-01 CNV_O_0140-00_I Remanescente Fazenda Grande do Retiro - Lapa 0316-02 CNV_O_0316-00_I Remanescente Lapa - Fazenda Grande 0342-00 CNV_O_0316-01_I Remanescente Vale dos Rios/Circular A 0344-00 CNV_O_0316-02_I Remanescente Vale dos Rios/Circular B 0412-00 CNV_O_0342-00_I Remanescente Duque De Caxias - Pituba 0413-00 CNV_O_0344-00_I Remanescente Iapi – Barra 0422-00 CNV_O_0410-00_I Remanescente Pero Vaz – Itaigara 0426-00 CNV_O_0410-01_I Remanescente Santa Monica - Pituba 0520-00 CNV_O_0412-00_I Remanescente Cosme De Farias - Vale Dos Rios 0526-00 CNV_O_0413-00_I Remanescente Alto Do Cruzeiro/Cosme De Farias - Estação Brotas 0530-00 CNV_O_0416-00_I Remanescente Cosme De Farias - Lapa 0531-00 CNV_O_0417-00_I Remanescente Cosme De Farias - Estação Brotas/Engenho Velho 0704-00 CNV_O_0419-00_I Remanescente Federacao – Nazare 0706-00 CNV_O_0420-00_I Remanescente Nordeste - Joanes/Lobato 0708-00 CNV_O_0422-00_I Remanescente Nordeste – Lapa 0710-00 CNV_O_0426-00_I Remanescente Santa Cruz - Barroquinha 0711-00 CNV_O_0520-00_I Remanescente Santa Cruz - Campo Grande R2 0713-00 CNV_O_0526-00_I Remanescente Santa Cruz - Calçada/Bonfim 0715-00 CNV_O_0530-00_I Remanescente Lapa - Santa Cruz 0718-00 CNV_O_0531-00_I Remanescente Vale Das Pedrinhas - Lapa/Barroquinha 0720-00 CNV_O_0704-00_I Remanescente Vale Das Pedrinhas - Vila Ruy Barbosa 0720-01 CNV_O_0706-00_I Remanescente Vale Das Pedrinhas - Vila Ruy Barbosa 0728-00 CNV_O_0708-00_I Remanescente Nordeste – Ribeira 0805-00 CNV_O_0710-00_I Remanescente Pituba – Lapa 0813-00 CNV_O_0711-00_I Remanescente Pituba - Trobogy/Vila 2 De Julho

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Linha COD Interno Tipo Descrição Fases A B C D E

0813-01 CNV_O_0713-00_I Remanescente Trobogy - Vila 2 De Julho/Pituba 0903-00 CNV_O_0715-00_I Remanescente Boca Do Rio - Lapa (Via Garibaldi) 0907-00 CNV_O_0718-00_I Remanescente Boca Do Rio - Ribeira 0914-00 CNV_O_0720-00_I Remanescente Vale Dos Rios/Stiep - Federação R3 0915-00 CNV_O_0720-01_I Remanescente Vale Dos Rios/Stiep - Campo Grande R4 0924-00 CNV_O_0728-00_I Remanescente Conj. Guilherme Marback - Terminal Acesso Norte 0932-00 CNV_O_0805-00_I Remanescente Rio Das Pedras - Campo Grande R2 0933-00 CNV_O_0813-00_I Remanescente Rio Das Pedras - Praça Da Sé 1001-00 CNV_O_0813-01_I Remanescente Aeroporto - Praça Da Sé 1003-00 CNV_O_0903-00_I Remanescente Aeroporto – Lapa 1005-00 CNV_O_0907-00_I Remanescente Itapuã – Lapa 1007-00 CNV_O_0911-00_I Remanescente Jardim Das Margaridas - Lapa 1018-00 CNV_O_0914-00_I Remanescente Alto Do Coqueirinho - Campo Grande

1018-00_D CNV_O_0915-00_I Remanescente Alto Do Coqueirinho - Campo Grande 1018-01 CNV_O_0916-00_I Remanescente Alto Do Coqueirinho - Campo Grande 1024-00 CNV_O_0924-00_I Remanescente Terminal Aeroporto - Jardim Das Margaridas 1024-01 CNV_O_0932-00_I Remanescente Terminal Aeroporto - Jardim Das Margaridas 1025-00 CNV_O_0933-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Barro Duro 1026-00 CNV_O_1001-00_I Remanescente Est. Mussurunga - Fazenda Grande 1 / Boca da Mata 1026-01 CNV_O_1003-00_I Remanescente Est. Mussurunga - Fazenda Grande 1 / Boca da Mata 1034-00 CNV_O_1005-00_I Remanescente Parque São Cristovão - Barroquinha 1034-01 CNV_O_1007-00_I Remanescente Parque São Cristovão - Barroquinha 1041-00 CNV_O_1018-00_I Remanescente Mussurunga 1 - Estação Mussurunga 1042-00 CNV_O_1018-00_I_D Remanescente Mussurunga 2 (L/J) - Estação Mussurunga 1046-00 CNV_O_1018-01_I Remanescente Estação Mussurunga - Parque São Cristovão 1048-00 CNV_O_1024-00_I Remanescente Mussurunga 2 (H/I) - Estação Mussurunga 1049-00 CNV_O_1024-01_I Remanescente Estação Mussurunga - Alto Do Coqueirinho 1051-00 CNV_O_1025-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Barra 1 1052-00 CNV_O_1026-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Barra 2 1053-00 CNV_O_1026-01_I Remanescente Estação Mussurunga - Barra 3 1053-01 CNV_O_1030-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Barra 3 1054-00 CNV_O_1034-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Faz. Grande 4/3/2 1054-01 CNV_O_1034-01_I Remanescente Estação Mussurunga - Faz. Grande 2/3/4 1054-02 CNV_O_1041-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Faz. Grande 2/3 1055-00 CNV_O_1042-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Ribeira 1055-01 CNV_O_1046-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Largo do Tanque 1059-00 CNV_O_1048-00_I Remanescente Estacão Mussurunga - Campo Grande 1060-00 CNV_O_1049-00_I Remanescente Estação Mussurunga - São Joaquim 1061-00 CNV_O_1051-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Brotas 1062-00 CNV_O_1052-00_I Remanescente Est. Mussurunga - Hospital Roberto Santos/Cabula 1067-00 CNV_O_1053-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Bosque Das Broméias 1070-00 CNV_O_1053-01_I Remanescente Estação Mussurunga - Bairro Da Paz/Piatã R1 1073-00 CNV_O_1054-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Cajazeiras 11/Setor C 1073-01 CNV_O_1054-01_I Remanescente Estação Mussurunga - Cajazeiras 11/Setor C 1073-02 CNV_O_1054-02_I Remanescente Estação Mussurunga - Cajazeiras 11/Setor C 1076-00 CNV_O_1055-00_I Remanescente Alto Do Coqueirinho - Estação Imbuí 1077-00 CNV_O_1055-01_I Remanescente Estação Mussurunga - Km 17 1078-00 CNV_O_1057-00_I Remanescente Estção Mussurunga X Stella Mares 1079-00 CNV_O_1059-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Praia Flamengo R1 1079-01 CNV_O_1060-00_I Remanescente Estação Mussurunga - Praia Flamengo R1 1080-00 CNV_O_1061-00_I Remanescente Estação Mussurunga X Praia do Flamengo R2 1134-00 CNV_O_1062-00_I Remanescente Terminal Acesso Norte - Macaúbas

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Linha COD Interno Tipo Descrição Fases A B C D E

1135-00 CNV_O_1067-00_I Remanescente Terminal Acesso Norte - Pau Miúdo(via Cidade Nova) 1147-00 CNV_O_1070-00_I Remanescente Terminal Acesso Norte/Luis Anselmo - Estação Brotas 1302-00 CNV_O_1073-00_I Remanescente Vila 2 De Julho/Trobogy - Comércio/Lapa 1328-00 CNV_O_1073-01_I Remanescente Estação Pirajá - Estação Mussurunga 1328-02 CNV_O_1073-02_I Remanescente Estação Pirajá - Estação Mussurunga/Aeroporto 1328-03 CNV_O_1076-00_I Remanescente Estação Pirajá/Estação Mussurunga - Aeroporto 0715-01 CNV_O_1077-00_I Remanescente Santa Cruz – Lapa 0728-01 CNV_O_1078-00_I Remanescente Ribeira – Nordeste 0728-02 CNV_O_1079-00_I Remanescente Nordeste – Ribeira 1001-01 CNV_O_1079-01_I Remanescente Aeroporto - Praça Da Sé 0715-02 CNV_O_1080-00_I Remanescente Lapa – Santa Cruz

1030-00_F CNV_O_1134-00_I Ajuste de programação Praia do Flamengo - Rio Vermelho 0419-00_F CNV_O_1135-00_I Ajuste de programação Pau Miúdo - Campo Grande 0417-00_F CNV_O_1147-00_I Ajuste de programação Iapi – Lapa 0140-00_D CNV_O_1302-00_I Ajuste de programação Lapa – Jardim dos Namorados 0916-00_D CNV_O_1328-00_I Ajuste de programação Imbui - Ns. Senhora da Luz

2.5.2. Resultados e Indicadores da Rede por fase

Os valores aqui apresentados foram obtidos a partir de procedimentos para cálculo descritos no item 3.6 desse Projeto Básico, com métricas previstas destacando resultados do dimensionamento dos serviços de linhas alimentadoras e remanescentes.

Tabela 9: Indicadores e resultados do dimensionamento dos serviços convencionais (alimentadoras e remanescentes)

INDICADORES ATUAL

A B C D E 02/05/2020 (SBE)

PASS. TRANSP. (DU) 422.522 227.821 284.777 302.446 315.709 328.145

VIAGENS (DU) 5.216 3.237 3.544 3.713 3.585 3.648 QP (DU) 161.399 115.384 125.930 130.905 104.414 106.993 FROTA 671 436 476 488 447 456

IPK 2,62 1,97 2,26 2,31 3,02 3,07 PVD 630 523 598 620 706 720 PMD 241 265 265 268 234 235 PASS/VIAGEM 81,0 70,4 80,4 81,5 88,1 90,0

O detalhamento completo da rede resultante de cada fase objeto desta licitação prevista para o futuro faseamento da implementação do BRT/BRS com informações sobre sua tipificação de veículo, frota prevista, número de viagens dia útil, número de viagens na hora pico manhã e a demanda projetada encontram-se na tabela a seguir.

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Tabela 10: Tabela da Reestruturação de Linhas para implementação do BRT/BRS com informações detalhadas por fase

DEMANDA PROJETADA (DU) FROTA NV (HPM) NV (DU) COD INTERNO A B C D E A B C D E A B C D E A B C D E

ALM_O_003D-00_I - - - 3.085 3.319 0 0 0 4 4 0 0 0 3 3 0 0 0 32 32 ALM_O_004A-00_I - - - 1.335 1.456 0 0 0 4 4 0 0 0 3 3 0 0 0 32 32 ALM_O_004B-00_I - - - 11.292 11.639 0 0 0 15 15 0 0 0 10 10 0 0 0 103 103 ALM_O_004C-00_I - - - 807 839 0 0 0 3 3 0 0 0 3 3 0 0 0 32 32 ALM_O_006B-00_I - - - 2.538 2.548 0 0 0 4 4 0 0 0 3 3 0 0 0 32 32 ALM_O_007A-00_I - - - 9.383 7.942 0 0 0 6 5 0 0 0 5 4 0 0 0 51 41 ALM_O_015C-00_I - - 2.912 8.823 8.843 0 0 5 8 8 0 0 3 5 5 0 0 32 53 53 ALM_O_032A-00_I - - - 28.118 25.745 0 0 0 25 22 0 0 0 15 13 0 0 0 155 134 CSN_O_0102-00_I 5.905 7.381 7.621 - - 10 12 12 0 0 5 6 6 0 0 88 106 106 0 0 CSN_O_0102-01_I 209 261 254 - - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CSN_O_0116-00_I 1.898 2.373 2.478 2.638 2.560 2 2 2 3 2 3 3 3 4 3 42 42 42 56 42 CSN_O_0117-00_I 409 511 905 984 966 1 1 1 2 2 1 1 1 2 2 15 15 15 29 29 CSN_O_0136-00_I 6.728 8.410 9.597 10.077 8.739 6 7 8 8 7 11 12 14 14 13 103 112 131 131 122 CSN_O_0137-00_I 8.209 10.261 10.924 11.455 11.687 11 12 13 14 14 11 12 13 14 14 147 160 173 187 187 CSN_O_0138-00_I 6.599 8.248 9.531 10.016 8.887 6 7 8 8 7 9 10 11 12 10 129 143 158 172 143 CSN_O_0422-00_I 3.897 4.871 - - - 7 7 0 0 0 3 3 0 0 0 25 25 0 0 0 CSN_O_0426-00_I 6.005 7.507 - - - 15 17 0 0 0 7 8 0 0 0 58 67 0 0 0 CSN_O_0526-00_I 682 853 898 - - 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 8 8 8 0 0 CSN_O_0530-00_I 2.436 3.045 3.318 - - 3 3 3 0 0 2 2 2 0 0 26 26 26 0 0 CSN_O_0531-00_I 2.024 2.530 2.606 - - 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 12 12 12 0 0 CSN_O_0708-00_I 4.473 5.591 6.328 6.672 5.785 6 7 8 8 7 5 6 7 7 6 54 65 75 75 65

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CSN_O_0710-00_I 2.168 2.710 2.299 - - 3 5 3 0 0 2 3 2 0 0 31 46 31 0 0 CSN_O_0711-00_I 1.033 1.292 1.386 - - 2 2 2 0 0 1 1 1 0 0 19 19 19 0 0 CSN_O_0713-00_I 5.638 7.047 6.482 - - 12 14 12 0 0 5 6 5 0 0 76 91 76 0 0 CSN_O_0715-00_I 3.925 4.906 5.186 - - 4 5 5 0 0 3 4 4 0 0 42 56 56 0 0 CSN_O_0718-00_I 3.938 4.922 5.119 - - 5 6 6 0 0 3 4 4 0 0 25 33 33 0 0 CSN_O_0720-00_I 4.282 5.353 5.811 6.156 6.930 9 9 9 12 12 3 3 3 4 4 60 60 60 80 80 CSN_O_0720-01_I 50 63 62 65 63 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 CSN_O_0728-00_I 3.647 4.559 4.228 - - 8 8 8 0 0 4 4 4 0 0 33 33 33 0 0

CSN_O_0728-00_I_S - - - 1.245 1.179 0 0 0 3 3 0 0 0 3 3 0 0 0 32 32 CSN_O_0805-00_I_S - - - 1.936 1.919 0 0 0 4 4 0 0 0 3 3 0 0 0 32 32 CSN_O_0903-00_I_S - - - 2.719 2.433 0 0 0 6 6 0 0 0 3 3 0 0 0 25 25

CSN_O_0903-00_I 2.465 3.082 3.172 - - 5 5 5 0 0 2 2 2 0 0 37 37 37 0 0 CSN_O_0907-00_I 3.502 4.378 5.288 - - 6 9 9 0 0 2 3 3 0 0 17 25 25 0 0

CSN_O_0907-00_I_S2 - - - 5.187 6.160 0 0 0 6 6 0 0 0 3 3 0 0 0 31 31 CSN_O_0932-00_I 1.582 1.978 2.305 - - 5 5 5 0 0 2 2 2 0 0 44 44 44 0 0 CSN_O_0933-00_I 3.609 4.511 4.934 - - 9 9 12 0 0 4 4 5 0 0 69 69 86 0 0 CSN_O_1001-00_I 6.380 7.974 9.673 14.356 14.646 15 15 21 30 30 5 5 7 10 10 83 83 117 167 167 CSN_O_1003-00_I 5.190 6.487 6.274 - - 12 12 12 0 0 4 4 4 0 0 67 67 67 0 0 CSN_O_1005-00_I 3.235 4.043 4.281 - - 7 7 7 0 0 3 3 3 0 0 39 39 39 0 0 CSN_O_1007-00_I 4.997 6.246 6.687 - - 10 10 10 0 0 4 4 4 0 0 78 78 78 0 0 CSN_O_1018-00_I 1.864 2.330 2.345 - - 6 6 6 0 0 2 2 2 0 0 34 34 34 0 0

CSN_O_1018-00_I_D - - - 2.513 3.289 0 0 0 3 3 0 0 0 1 1 0 0 0 11 11 CSN_O_1018-01_I 141 176 180 - - 2 2 2 0 0 1 1 1 0 0 2 2 2 0 0 CSN_O_1024-00_I 2.016 2.520 2.308 2.466 2.140 2 3 2 3 2 2 3 2 3 2 34 51 34 51 34

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CSN_O_1024-01_I 49 62 61 64 62 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 CSN_O_1025-00_I 1.994 2.493 2.768 2.946 3.194 7 7 9 9 9 3 3 4 4 4 39 39 52 52 52 CSN_O_1026-00_I 4.342 5.427 4.595 4.885 5.965 8 8 6 8 10 4 4 3 4 5 48 48 36 48 60 CSN_O_1026-01_I 454 567 646 695 758 3 4 4 4 4 2 3 3 3 3 10 15 15 15 15 CSN_O_1034-00_I 10.023 12.529 13.431 14.086 11.242 30 33 33 36 30 10 11 11 12 10 168 185 185 202 168 CSN_O_1034-01_I 1.254 1.567 1.561 1.629 1.570 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 19 19 19 19 CSN_O_1041-00_I 2.612 3.265 3.210 3.430 3.974 2 2 2 2 2 3 3 3 3 4 55 55 55 55 73 CSN_O_1042-00_I 2.295 2.868 2.990 3.185 3.546 3 3 4 4 4 4 4 5 5 6 57 57 71 71 86 CSN_O_1046-00_I 4.525 5.656 5.477 5.796 6.927 3 3 3 3 3 4 4 4 4 5 68 68 68 68 85 CSN_O_1048-00_I 1.817 2.272 2.843 3.020 2.957 1 2 2 2 2 2 3 3 4 3 30 44 44 59 44 CSN_O_1049-00_I 2.035 2.544 2.626 2.833 2.541 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 42 42 42 42 42 CSN_O_1051-00_I 3.327 4.159 3.702 - - 8 8 8 0 0 3 3 3 0 0 25 25 25 0 0 CSN_O_1052-00_I 4.242 5.302 5.066 - - 9 11 9 0 0 3 4 3 0 0 46 61 46 0 0 CSN_O_1053-00_I 7.744 9.680 10.795 - - 22 25 27 0 0 9 10 11 0 0 124 138 151 0 0 CSN_O_1053-01_I 161 201 201 209 202 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 CSN_O_1054-00_I 2.179 2.724 2.642 2.835 3.486 3 3 3 3 4 2 2 2 2 3 31 31 31 31 47 CSN_O_1054-01_I 382 478 539 577 494 3 3 4 4 3 3 3 4 4 3 27 27 36 36 27 CSN_O_1054-02_I 85 106 106 111 107 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 3 3 CSN_O_1055-00_I 6.789 8.486 8.420 8.855 12.374 15 17 17 17 24 6 7 7 7 10 69 81 81 81 115 CSN_O_1055-01_I 487 608 465 563 1.292 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 1 1 3 CSN_O_1059-00_I 3.994 4.993 5.724 6.082 6.124 12 12 12 12 12 4 4 4 4 4 60 60 60 60 60 CSN_O_1060-00_I 4.736 5.920 6.743 7.103 9.072 10 12 12 15 17 4 5 5 6 7 50 63 63 75 88 CSN_O_1061-00_I 3.771 4.714 5.693 - - 11 11 14 0 0 4 4 5 0 0 70 70 87 0 0 CSN_O_1062-00_I 3.393 4.242 4.809 5.084 5.527 6 8 8 8 10 3 4 4 4 5 57 77 77 77 96

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CSN_O_1067-00_I 3.391 4.238 4.469 4.731 5.953 4 5 5 5 6 3 4 4 4 5 51 68 68 68 85 CSN_O_1070-00_I 1.891 2.363 2.508 2.703 3.027 4 4 5 5 5 2 2 3 3 3 33 33 49 49 49 CSN_O_1073-00_I 3.212 4.014 4.029 4.307 5.082 4 4 4 5 5 2 2 2 3 3 37 37 37 55 55 CSN_O_1073-01_I 594 742 796 849 757 3 4 4 4 4 3 4 4 4 4 12 16 16 16 16 CSN_O_1073-02_I 14 18 18 18 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 CSN_O_1076-00_I 1.649 2.061 2.403 2.555 2.406 4 4 6 6 6 3 3 4 4 4 54 54 72 72 72 CSN_O_1077-00_I 2.575 3.219 3.403 3.616 4.152 4 4 4 4 5 3 3 3 3 4 50 50 50 50 66 CSN_O_1078-00_I 2.360 2.950 3.598 3.811 4.324 8 8 10 10 11 4 4 5 5 6 50 50 63 63 75 CSN_O_1079-00_I 3.980 4.975 5.578 5.881 6.861 8 8 10 11 12 6 6 7 8 9 71 71 83 95 107 CSN_O_1079-01_I 209 262 261 272 262 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 6 6 6

OTT_O_1129-00_I_S - - - 2.610 2.489 0 0 0 4 4 0 0 0 3 3 0 0 0 32 32 OTT_O_1129-01_I_S - - - 12.090 12.851 0 0 0 11 11 0 0 0 9 9 0 0 0 94 94 PLT_O_0218-00_I_S - - 11.087 12.339 14.025 0 0 9 9 11 0 0 5 5 6 0 0 54 54 65 CSN_O_0715-01_I 301 376 622 - - 2 2 3 0 0 2 2 3 0 0 17 17 25 0 0 CSN_O_0728-01_I 181 226 223 - - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 CSN_O_0728-02_I 16 21 20 - - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 CSN_O_0715-02_I 241 301 223 - - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

CSN_O_0419-00_I_F 4.718 5.897 6.338 6.671 7.818 9 9 11 11 12 6 6 7 7 8 50 50 58 58 67 CSN_O_0417-00_I_F 7.618 9.523 9.548 12.509 13.029 9 10 10 14 14 7 8 8 11 11 58 67 67 92 92 CSN_O_0713-00_I_S - - - 5.110 6.765 0 0 0 8 11 0 0 0 5 7 0 0 0 42 58 CSN_O_0140-00_I_D 7.717 9.647 10.120 10.625 8.487 10 11 12 12 10 8 9 10 10 8 67 75 83 83 67 CSN_O_0916-00_I_D 306 382 453 515 426 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 8 8 8 8 8 CSN_O_0410-00_I_S 4.416 5.520 5.312 5.604 7.255 10 12 10 12 14 5 6 5 6 7 42 50 42 50 58 CSN_O_0410-01_I_S 609 762 929 1.034 1.032 5 5 5 5 5 3 3 3 3 3 25 25 25 25 25

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR

SECRETARIA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA – SEMOB

CONCORRÊNCIA - N° XXX/2021

ANEXO 01 PROJETO BÁSICO

Subanexo 1.3

Requisitos para a prestação dos serviços

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3. REQUISITOS PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS Os serviços da Área C serão operados de acordo com os documentos operacionais elaborados pela Concessionária e previamente aprovados pela SEMOB, em conformidade com os requisitos aqui estabelecidos. Enquanto estes documentos operacionais não forem concluídos, serão adotadas a regulamentação e a documentação operacional existentes na SEMOB.

A Concessionária da Área C será responsável pela operação e manutenção do Material Rodante, Sistemas, Equipamentos, Instalações Fixas da Concessionária, Garagens, dentro das normas, regulamentos e legislações vigentes nos âmbitos municipal, estadual e nacional.

Documentação Prévia

O Poder Concedente entregará à Concessionária, até 30 (trinta) dias, após a data de assinatura do Contrato de Concessão, 1 (uma) cópia reproduzível de todos os documentos técnicos de projeto, de operação, de manutenção, das edificações, instalações, sistemas e equipamentos já existentes do(s) trecho(s) construído(s) e se compromete a fazer o mesmo com o(s) trecho(s) remanescente(s) em obras.

A Concessionária deverá providenciar os softwares de programação e operação dos sistemas e equipamentos, incluindo as respectivas licenças e manuais até 10 (dez) dias úteis antes da data de início de funcionamento de cada sistema e equipamento, todos previamente homologados pelo Poder Concedente e compatíveis com os recursos, instalações e tecnologias já empregados no Centro de Controle Integrado (CCI) da Secretaria Municipal de Mobilidade – SEMOB. Na hipótese de serem necessárias modernizações nas instalações ou atualizações tecnológicas no CCI da SEMOB, os custos e execução de tais intervenções ficarão a cargo da Concessionária.

A Concessionária será responsável pela guarda das documentações e eventuais licenças recebidas, enquanto válidas, durante todo o período da Concessão.

Toda a documentação técnica, os relatórios operacionais e estatísticos, os bancos de dados, os softwares com suas respectivas licenças, elaborados ou adquiridos pela Concessionária, durante o período de Concessão, serão revertidos ao Poder Concedente ao término do Contrato de Concessão.

Inventário dos Bens Reversíveis, Sobressalentes e Materiais de Consumo

O Poder Concedente entregará à Concessionária, no prazo de até 30 (trinta) dias úteis, após a data de assinatura do Contrato de Concessão, o inventário de todos os bens móveis e imóveis que serão transferidos à Concessionária.

A listagem deverá conter a denominação do bem, sua descrição, as respectivas quantidades, localização e estado de conservação.

O Poder Concedente entregará os bens reversíveis, sobressalentes e materiais de consumo existentes em seus Almoxarifados à Concessionária até 24 (vinte quatro) horas antes da data prevista para a tomada de posse da Concessão.

A Concessionária terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de tomada de posse da Concessão, para junto ao Poder Concedente, manifestar o interesse na posse, devolução ou o desacordo quanto a qualquer item ou características, constantes do inventário.

Qualquer equipamento, sistema, ferramenta, instrumento ou sobressalente adquirido para a operação dos serviços da Área C pelo Município ou, quando for o caso, pelo Estado da Bahia e não entregue pelo fabricante na data da

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tomada de posse da Concessão, deverá integrar o inventário, incluindo o nome do fabricante, número do contrato de compra e a data prevista para entrega dos mesmos à Concessionária.

A Concessionária, antes do início da operação dos serviços, avaliará as condições da prestação dos serviços previstos nesse Edital e apresentará os ajustes que julgar necessários relacionado ao Projeto Básico. Os ajustes, bem como a programação dos demais serviços que se mantiverem inalterados, deverão ser apresentados, para prévia aprovação da SEMOB, em nível de Projeto Executivo, contendo o dimensionamento e todas as características técnico-operacionais das linhas, inclusive os parâmetros e condições com os quais se pretende operar. A SEMOB considerará aceitáveis, em sua avaliação, no que for pertinente, parâmetros e condições em níveis iguais ou melhores aos limites estabelecidos nesse Projeto Básico.

Uma vez aceitas as condições propostas nos Projetos Executivos da Concessionária, serão os seus próprios parâmetros e condições que valerão para aferir a operação dos serviços prestados. O não atendimento das condições estabelecidas nos Projetos Executivos, durante a fase de operação, caracteriza inadimplência da Concessionária e implicará na aplicação das penalidades estabelecidas no Regulamento dos Serviços e no Contrato de Concessão.

3.1. Infraestrutura de Garagem(ens)

A Concessionária deverá providenciar e adequar o(s) imóvel(eis) destinado(s) à(s) garagens em um prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da assinatura do Contrato de Concessão, em conformidade com os requisitos mínimos dispostos nos subitens a seguir.

3.1.1. Dimensões e Instalações Gerais

a) A área do terreno deve atender satisfatoriamente às necessidades da operação, manutenção e guarda dos veículos, considerando-se os seguintes padrões aplicáveis a cada veículo da frota total (operacional mais reserva):

• Veículos micro-ônibus: 60m²; • Veículos ônibus convencional até 13m de comprimento: 72m².

b) A(s) garagem(ens) deverá(ão) dispor de áreas de estacionamento, de abastecimento, lavagem, manutenção, administração, entre outras, conforme caracterizados neste anexo.

c) A(s) garagem(ens) deverá(ão) ser instalada(s) em área fechada delimitada para estacionamento da totalidade dos veículos, sendo permitida a utilização de pátio de estacionamento adicional, localizado em outro terreno, também fechado, para a guarda dos veículos, como complementação da área da garagem, desde que a garagem ou garagens principais disponham de instalações suficientes para a realização das atividades de manutenção da totalidade da frota.

d) O piso do pátio, tanto da garagem como de pátio de estacionamento complementar, caso houver, não poderá ser em terra, devendo ser pavimentado em asfalto, concreto, piso de blocos articulados ou paralelepípedo.

3.1.2. Instalações

3.1.2.1. Instalações para serviços gerais

a) Posto de Abastecimento - Diesel: área coberta e pavimentada, equipada com bombas dotadas de

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marcador de vazão em quantidade suficiente para o abastecimento da frota a Diesel, dotado de sistema de escoamento que permita a retenção e separação de despejos de óleo combustível, de modo a evitar o seu lançamento na rede pública de esgoto e galeria de águas pluviais.

b) Posto de Abastecimento – Elétricos: se houver, área pavimentada, equipada com carregadores das baterias dos veículos elétricos, localizados nas garagens e ou em pontos de apoio em locais previamente aprovados pela SEMOB.

c) Pátios de estacionamento: área pavimentada, para a guarda dos veículos.

d) Posto de lavagem: área dotada de máquina automática e reservatório de água e perfeito sistema de escoamento de águas servidas com instalação retentora e separadora de despejos como graxa, óleo e outras substâncias, de modo a evitar o seu lançamento na rede pública de esgoto, galeria de águas pluviais ou diretamente no solo.

e) Inspeção de frota: área coberta, dotada de pelo menos uma rampa ou valeta.

3.1.2.2. Instalações para manutenção

a) Lubrificação e lavagem de peças e chassi: área para lavagem de peças que permita a limpeza de componentes com jatos de água quente/fria ou por imersão com equipamento específico que não desprenda gases nocivos à saúde do operador e ao meio ambiente. As paredes da área de lavagem devem ser revestidas, devendo ainda dispor de proteção ao trabalhador. Ambas as áreas devem contar com um perfeito sistema de escoamento de águas servidas, com instalação retentora e separadora de despejos como graxa, óleo e outras substâncias, de modo a evitar o seu lançamento na rede pública de esgoto, galeria de águas pluviais ou diretamente no solo.

b) Área para serviços de manutenção (oficinas): área coberta, exclusivamente destinada aos serviços de manutenção, dotada de valetas e/ou elevadores, com pontos de fornecimento de ar comprimido e eletricidade e dotada de valetas e/ou elevadores. O número de postos de atendimento (valetas/elevadores) deverá ser adequado ao Plano de Manutenção Preventiva, à quilometragem programada da frota e quantidade de veículos.

c) Reparos de pneus: área de serviços de borracharia, para reparos de pneus e de rodas, dotada dos equipamentos necessários.

d) Funilaria e Pintura: área isolada dos demais espaços da oficina com sistema de exaustão com filtros, a fim de evitar poluição sonora e ambiental.

e) Almoxarifado: área fechada e reservada para uso específico de estocagem de peças e materiais com mecanismos controle de acesso, dispositivos de segurança e monitoramento.

f) Sanitários e vestiários: sanitários e vestiários separados por gênero para uso exclusivo do pessoal de manutenção.

3.1.2.3. Instalações operacionais e administrativas

a) Setor de tráfego: área destinada ao controle das operações de tráfego, contando com instalações específicas

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para o Plantão de Tráfego e reserva de operadores, dotadas dos equipamentos e mobiliários necessários.

b) Administração: área destinada aos serviços administrativos, relativos a Pessoal, Estatística, Recebedoria, Zeladoria, Treinamento etc, sendo recomendável um valor unitário mínimo de 5m² por funcionário administrativo.

c) Uso geral: instalações de apoio como: sanitários, vestiário, ambulatório e refeitório.

3.2. Material Rodante

3.2.1. Exigências Legais para os Ônibus do Transporte Coletivo

a) Atendimento ao CTB – Código de Trânsito Brasileiro e Resoluções do CONTRAN – Conselho Nacional Trânsito;

b) Atendimento às Resoluções do CONMETRO – Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial;

c) Atendimento à Legislação Ambiental – CONANA;

d) Atendimento à Legislação de Acessibilidade, incluindo, particularmente, no que for aplicável, o Decreto Federal nº 5.296/2004 e às Normas Técnicas da ABNT NBR 14.022, 15.320, 15.570, 15.646, Portaria INMETRO nº 260 e demais documentos técnicos legais pertinentes, referentes à acessibilidade nesses veículos;

e) Atendimento aos Manuais e Regulamentos da Prefeitura Municipal de Salvador;

f) Atendimento às demais legislações pertinentes a veículos de transporte público;

g) Ventilação forçada ou climatizada, conforme definição da SEMOB e conforme NBR 15.570;

a) Resoluções Normativas da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – COELBA e demais normas pertinentes relativas à infraestrutura para carregamento das baterias dos veículos elétricos.

3.2.2. Requisitos Mínimos

A seguir são apresentados alguns requisitos mínimos relacionados às características dos veículos a serem utilizados na prestação dos serviços de transporte coletivo:

a) Dispor de equipamentos e sistemas eletrônicos, conforme especificações contidas nesse Edital e outros, previstos na legislação;

b) Utilizar pneus radiais preferencialmente ecológicos (verdes), sempre que disponível no mercado e quando o seu custo de aquisição for compatível com os preços dos pneus convencionais;

c) Contar com janelas que possam ser abertas, para contribuírem com a ventilação dos veículos no caso de não utilização provisória do ar-condicionado ou eventual defeito desse sistema;

d) Contar com leiaute interno e externo conforme as definições do Poder Concedente, considerando o

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embarque dos passageiros pela porta dianteira e o desembarque pela porta traseira e ou central, sem direcionador de fluxo, de acordo com as normas técnicas da ABNT;

e) Utilizar o atual padrão visual uniforme da Área C para as linhas do serviço convencional (alimentadoras e remanescentes).

Os veículos deverão ter motorização compatível com o padrão EURO V e, durante o período da concessão, deverão ser adotadas novas tecnologias de veículos ou equipamentos que visem otimizar a redução da emissão de poluentes e do impacto ambiental da frota, bem como a eventual adoção de energias renováveis. As novas tecnologias devem apresentar vantagens sobre as aqui exigidas, devendo ser submetidas à prévia aprovação do Poder Concedente, com vistas à verificação da sua viabilidade e operacionalidade.

3.2.3. Fornecimento de Energia Elétrica, se houver

Os contratos de aquisição de energia elétrica deverão ser negociados pela Concessionária, que poderá buscar alternativas de fornecimento, inclusive no livre mercado.

3.2.4. Idade da Frota

Os seguintes parâmetros são considerados essenciais para admissão e permanência da Concessionária na execução do serviço:

• A idade máxima da frota:

Tipo de linha Idade máxima da frota (anos)

Veículos diesel 10

Veículos elétricos 15

• A idade média da frota:

Tipo de linha Idade média da frota (anos)

Veículos diesel 5

Veículos elétricos -

Os veículos de propulsão elétrica poderão ser utilizados durante toda a sua vida útil, assim não foi estabelecido padrões de idade média para essa frota especificamente.

Não será permitido o reencarroçamento dos veículos. Para o cálculo da idade média será considerado o mês e o ano de fabricação da carroceria e o cálculo será realizado considerando o tempo cronológico contado em meses entre o mês em que se realizar o cálculo e o mês e ano de fabricação da carroceria.

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3.2.4.1. Substituição de Veículos

A Concessionária, ao pretender realizar a substituição de um veículo, deverá consultar o Poder Concedente, indicando o veículo a ser substituído e as características do veículo substituto, cabendo ao Poder Concedente avaliar se o veículo atende as normas regulamentares e a legislação pertinente.

Não será permitida a substituição por veículo com idade superior à do veículo substituído, sendo admitida a substituição por veículo com idade máxima de 5 (cinco) anos, sempre observada a necessidade de manutenção das idades médias previstas no subitem 3.2.5.

3.2.4.2. Veículos com Contrato de Financiamento ou Leasing

A Concessionária deverá anexar todos os documentos pertinentes para a solicitação de inclusão do veículo no sistema.

3.2.4.3. Documentação dos Veículos

• CRLV atualizado;

• Seguro obrigatório;

• Seguro de Responsabilidade Civil;

• Notas fiscais de chassis e carrocerias.

3.2.4.4. Licenciamento / Emplacamento

Todos os veículos deverão ser licenciados e emplacados em Salvador.

3.3. Novas Tecnologias

No que se refere à prestação dos serviços, a Concessionária poderá propor novas tecnologias para renovação da frota e novos sistemas de tração, além da modernização das estações e de outros ou equipamentos, desde que visem otimizar a redução da emissão de poluentes e do impacto ambiental, especialmente, a partir da adoção de energias renováveis; inovação digital; mobilidade como um serviço (do inglês: Mobility-As-A-Service – MaaS); serviços compartilhados ou sob demanda.

As novas tecnologias deverão apresentar vantagens sobre as aqui exigidas, devendo ser submetidas à prévia aprovação do Poder Concedente, com vistas à verificação da sua viabilidade e operacionalidade.

Quando da renovação da frota, a Concessionária deverá privilegiar os princípios, que norteiam a prestação do serviço público, da atualidade, da eficiência e da modicidade, introduzindo prioritariamente veículos com novas tecnologias de propulsão menos poluentes.

3.4. Requisitos do Sistema de Bilhetagem Eletrônica - SBE

3.4.1. Funcionalidade Geral

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica possui as seguintes funcionalidades:

• Permite a cobrança das tarifas do sistema de transporte coletivo através do débito de créditos de tarifas, que foram previamente pagos e carregados em cartão i ntel i g ente (“sm art card”). Os cartões inteligentes são recarregáveis e em caso de perda podem ser cancelados e reemitidos para o usuário sem perda dos

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créditos existentes, quando dispuserem de cadastro. • Os débitos das tarifas de viagem são realizados através de equipamentos embarcados denominados

validadores (equipamentos eletrônicos embarcados nos ônibus para validação dos créditos de viagem). Os validadores são posicionados dentro dos ônibus, próximos à catraca. O usuário, ao entrar no ônibus, transfere dados de seu cartão inteligente ao validador através de uma simples aproximação sem necessidade de contato físico, para que seja realizado o processo de validação: o validador realiza a leitura dos dados contidos no cartão, faz a verificação de validade do mesmo, deduz a tarifa da viagem, atualiza os dados de integração, verifica e atualiza o saldo de créditos do cartão e posteriormente libera a catraca ao passageiro. Cada transação é armazenada na memória do validador.

• Os usuários de Vales Transporte, estudantes e gratuitos tem seus dados cadastrados e suas características específicas estarão incluídas nas informações armazenadas no cartão inteligente (Sistema de Cadastramento).

• No caso de usuários com direito a gratuidades (maiores de 65 anos) não há cadastro prévio, porém o sistema deverá permitir que esta funcionalidade possa vir a ser implantada futuramente.

• Para usuários que não possuam cartão, a venda da passagem é realizada pelo operador. • O sistema permite a transferência entre linhas integradas do sistema de transporte coletivo, mediante política

tarifária com ou sem débito de valores. • Para o cadastramento, os usuários utilizam Postos, dotados de estrutura para atendimento ao público; para

a aquisição de créditos podem ser utilizados estes postos bem como uma rede de pontos comerciais. • O cartão eletrônico pode ser carregado com qualquer valor. • No caso de perda ou inutilização do cartão, é cobrada a 2a via. • Cada operação de validação de um crédito de viagem é registrada no validador sendo os dados

coletados automaticamente através de transmissão remota para um computador na garagem da empresa operadora de ônibus ao final da operação do veículo (Sistema Garagem).

• Em cada garagem, os dados de todos os veículos que nela operam são agrupados e transmitidos diariamente para uma Central de Processamento do sistema de bilhetagem automática, onde são realizadas as operações de autenticação dos créditos, atualização de contas correntes, emissão de créditos, distribuição de créditos aos postos de venda e processamentos subsequentes (Sistema Central de Processamento Gestão da Bilhetagem Automática).

• Após a consolidação, os dados são enviados para processamentos específicos que irão proporcionar o gerenciamento do sistema.

Poderão ser incorporadas novas tecnologias, durante o período da Concessão, como aplicativos de celulares, reconhecimento digital, facial etc, desde que tragam mais comodidade e/ou redução de custos para os usuários, Concessionária ou Poder Público.

As novas tecnologias deverão apresentar vantagens em relação ao Smartcard e ser compatíveis com as empregadas nos outros modais de transporte coletivo no Município, devendo ser submetidas previamente ao Poder Concedente, com vistas à verificação de sua viabilidade e operacionalidade.

3.4.2. Processos

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica reúne um conjunto de processos de trabalho:

• Gerenciamento do Sistema; • Cadastramento de usuários; • Geração, distribuição e comercialização dos créditos;

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• Validação; • Transmissão.

a) Processo de gerenciamento do sistema central: Este processo é realizado por profissionais técnicos capacitados e treinados para o melhor desempenho em segurança e confiabilidade. Consiste do processamento dos dados diários (comercialização, validação, cadastramento, cancelamento), para o acompanhamento gerencial, operacional e financeiro do sistema.

b) Processo de cadastramento: Consiste na identificação e cadastramento de todos os usuários que possuam cartões identificados, isso é, que não sejam ao portador.

c) Processo de geração, distribuição e comercialização: Compreende toda a operacionalização da geração dos créditos, sua distribuição e comercialização em postos de venda integrados em rede que possibilitam aos usuários a aquisição dos valores necessários. O processo de geração de créditos dar-se-á de forma conjunta e simultânea com o Poder Concedente.

d) Processo de validação: Consiste na autorização da passagem pelo validador no momento em que o usuário aproxima o seu cartão ou outra tecnologia autorizada pelo Poder Concedente, desde que contenha créditos e esteja dentro do prazo de validade, ocorrendo dessa maneira o débito do valor correspondente à tarifa e a consequente liberação do bloqueio da catraca.

e) Processo de comunicação: Consiste nas ações de transmissão de dados que são realizadas ao longo dos processos do sistema de bilhetagem, quer seja: entre o validador e o computador de garagem (Sistema Garagem); entre o computador de garagem e a central de processamento (Sistema Central), entre os postos de venda e a central de processamento e entre o Sistema Central e seu “espelho” (servidor de duplicação de dados).

f) Processos de Garagem: Localizado e operado nas empresas operadoras dos serviços de transporte público, o Sistema de Garagem realiza as operações rotineiras (diárias) de comunicação de dados entre o Sistema Central e as empresas (dados armazenados nos validadores). Ao final de cada dia de operação, as informações armazenadas no validador de cada veículo são transmitidas para um sistema instalado no computador na garagem e posteriormente enviadas ao Sistema Central, devendo haver a possibilidade de disponibilização simultânea do processamento de dados ao Poder Concedente.

3.4.3. Elementos Físicos

Os elementos físicos são compostos por:

• Meio de pagamento; • Validador; • Catraca; • Terminais de venda/recarga; • Terminais de consulta; • Equipamentos de transmissão; • Computadores e periféricos;

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• Equipamentos de personalização.

a) Meio de pagamento: Cartão Inteligente Sem Contato (smart card contact less), ou nova tecnologia previamente aprovada pelo Poder Concedente, através do qual o usuário realiza a interface com o equipamento validador, instalado nos veículos, para liberação da passagem, mediante leitura/gravação dos créditos de transporte adquiridos previamente.

b) Validador: É o equipamento que realiza a leitura e validação do meio de pagamento empregado através de hardware e software específico e outras funções, como: (i) verifica a existência de crédito de viagem ou benefício, (ii) libera a catraca, (iii) realiza gravação de dados relativos à validação e (iv) armazena as informações sobre todas as transações realizadas.

c) Catraca Eletromecânica: É o equipamento responsável pela liberação da passagem do usuário quando autorizada pelo processo de validação, ou o seu bloqueio, caso contrário.

d) Equipamentos de Comunicação: Conjunto de equipamentos e instalações que realizam a transferência automática dos dados entre os validadores e os computadores do Sistema de Garagem, destes com a Central de Processamento e desta para o Sistema de Distribuição e Cadastramento.

e) Computadores e periféricos: São os instrumentos utilizados nos processos de operação e desenvolvimento de softwares, armazenamento e processamento de informações, operações de cadastramento e comercialização, entre outras.

3.4.4. Sistemas de Processamento de Dados

a) Sistema de Gestão: Sistema que contempla atividades de geração de créditos de viagens comercializados como a autorização dos benefícios e isenções. Envolve todo o processo de controle financeiro da arrecadação após a utilização dos créditos gerados.

b) Sistema Central de Processamento: Sistema que centraliza as operações de emissão, validação e compensação de créditos eletrônicos gerando bases de dados para o rateio da receita e dados de monitoramento da demanda entre outras informações.

c) Sistema de Cadastro e Atendimento dos Usuários: Sistema que mantém o cadastro dos usuários, cancelamentos, revalidações e emissão de segunda via de cartões e atendimentos diversos, através de call-center.

d) Sistema de Garagem: Localizado e executado nas empresas operadoras, o Sistema de Garagem realiza as operações rotineiras (diárias) de comunicação de dados entre o Sistema Central e as empresas (dados armazenados nos validadores). Ao final de cada dia de operação, as informações armazenadas no validador de cada veículo são transmitidas para um sistema instalado no computador na garagem e posteriormente enviadas ao Sistema Central.

e) Sistema de Distribuição e Comercialização: Sistema que realiza as atividades de distribuição e comercialização dos créditos eletrônicos e cartões. O Sistema de Distribuição de Créditos tem como funções: (i) receber do Sistema de Gestão os créditos autorizados, (ii) distribuir esses créditos entre as entidades credenciadas para

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sua comercialização com o usuário final, (iii) inicializar eletronicamente os cartões que ingressam no sistema e cadastrar cada cartão em circulação no sistema.

Todas as operações de processamento/distribuição de dados deverão permitir o acesso simultâneo pelo Poder Concedente ou terceiro legitimado pelo próprio Poder Público, como o Verificador Independente, por exemplo.

3.4.5. Tipos de Cartões

Atualmente estão disponíveis os seguintes tipos de cartões:

a) Vale Transporte Eletrônico (VPE)

b) Meia Passagem Estudantil (MPE)

c) Gratuitos por categoria

d) Bilhete Avulso

3.4.6. Rede Mínima de Comercialização

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica deverá contar com uma estrutura mínima de 10 (dez) postos para cadastro de usuários e de atendimento aos estudantes, localizados, cada um, em uma Prefeitura-Bairro e de 200 locais credenciados para recarga.

Para fins de apropriação de custos, esta rede de cadastro e comercialização deverá ser rateada entre as Concessionárias na forma do Acordo Operacional.

3.4.7. Adequação ao Sistema do Metrô

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica deverá garantir a interoperabilidade com o Sistema de Bilhetagem Eletrônica implantado no Metrô.

3.4.8. Exigências Complementares

A Concessionária deverá prover uma estrutura física e equipamentos em ambiente seguro, denominada “sala-cofre”, na qual deverão ser operacionalizados os processos relativos à geração e emissão de créditos do sistema de bilhetagem, além de fornecer, ao Poder Público e ou terceiro legitimado (Verificador Independente), licenças de uso do sistema de processamento de dados do Sistema de Bilhetagem e tudo mais necessário para o pleno acompanhamento dos processos.

3.4.9. Implantação

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica, bem como a rede de cadastramento e venda de créditos eletrônicos deverão estar plenamente disponíveis no momento de início de operação dos serviços.

Em virtude de já existir um sistema em operação, a Concessionária deverá adotar todas as soluções que permitam uma transição de sistemas (caso venha a ser implantado um sistema diferente do atual) ou a aquisição do sistema em uso, sem prejuízos e/ou transtornos à população e ao Poder Concedente.

A Concessionária, em comum acordo com as demais Concessionárias do Município, deverá apresentar ao Poder Concedente um Plano de Implantação deste sistema no prazo máximo de 15 (quinze) dias a contar da assinatura do Contrato de Concessão, admitindo sua prorrogação desde que devidamente justificada e autorizada pelo Poder Público, sob pena de incorrer nas penalidades cabíveis.

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3.5. Requisitos do Sistema de Comunicação Social

3.5.1. Características Gerais

O Município de Salvador tem como um dos objetivos para essa Concessão o estabelecimento de um novo padrão de relacionamento com os usuários e com a sociedade em geral, que permita oferecer informações sobre os serviços e a recepção e tratamento das reclamações, bem como, promova a difusão oportunidades do serviço de transporte coletivo, visando alcançar a redução das desigualdades socioespaciais. Desse modo, devem ser divulgadas as vantagens da opção pelo transporte público coletivo em relação aos modos motorizados individuais.

Este novo padrão deverá ser estabelecido com o uso intensivo de várias mídias de comunicação com a sociedade e técnicas de marketing que promovam as vantagens do transporte coletivo. Para tanto, constituir-se-á uma obrigação da Concessionária a implantação e manutenção de um Sistema de Comunicação Social durante todo período da Concessão.

O Sistema de Comunicação Social, sob responsabilidade e custos por parte da Concessionária, está baseado nos seguintes elementos:

a) Equipe de comunicação da Concessionária: reúne uma equipe de pessoal e equipamentos para realizar o processo de comunicação com a sociedade sobre o transporte.

b) Aplicativos de celulares: para divulgação de linhas e horários de passagem de ônibus mediante consulta via celular (SMS ou outra tecnologia autorizada pelo Poder Concedente).

Trata-se de uma função que será implantada mediante a evolução tecnológica dos sistemas, para o qual a Concessionária deverá preparar a interface de dados necessária, entre o seu CCO e esses aplicativos de celular.

c) Painéis e totens de informação: fornecimento de informações com mapas de rede, mapa das proximidades, relação de horários previstos e outras informações tanto nos terminais, quanto nas estações de integração, pontos de parada de corredores viários.

Estes painéis serão implantados pela Concessionária, podendo para tal explorar as receitas acessórias de publicidade nestes elementos, devendo, ainda, conceber o designer da informação, gerar o seu conteúdo e a manutenção das informações disponibilizadas, mediante a substituição dos elementos quando houver alterações do serviço.

d) Painéis digitais: instalação de painéis com informações de linha e trajeto na lateral e na parte traseira do veículo, complementando o painel dianteiro.

Trata-se de equipamentos que deverão equipar os ônibus novos que passem a integrar a frota durante o prazo da Concessão, às custas e responsabilidade da Concessionária.

e) Guia de informações: elaboração, impressão e distribuição gratuita de guias, com informações que facilitem o uso da rede de transporte coletivo, fornecendo características das linhas (itinerários e horários) além de informações urbanas relevantes.

f) Portal na internet: criação de um canal de informações sobre uso do serviço de ônibus da cidade;

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g) Atendimento telefônico: disponibilização de serviço de atendimento telefônico para a prestação de informações e recebimento de reclamações, sugestões e elogios ao serviço de ônibus. As ligações deverão ser devidamente tabuladas, tratadas com os respectivos relatórios de análises e enviadas semanalmente à SEMOB.

Ao Poder Concedente compete analisar e autorizar previamente o teor da comunicação social que possua conteúdo diverso da mera rotina operacional, bem como os espaços públicos que possam vir a ser solicitados para aprimorar ou ampliar essa comunicação, desde que compatíveis com o interesse público, respeitem o direito adquirido, o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e a legislação pertinente, bem como não acarretem em ônus ao Município.

3.5.2. Características Específicas

3.5.2.1. Equipe de comunicação da Concessionária

A Concessionária deverá implantar, preferencialmente em conjunto ou de forma articulada com as demais Concessionárias, uma equipe de profissionais com a finalidade de realizar as ações privadas de comunicação com os usuários e com a Sociedade em geral sobre o transporte coletivo. Esta equipe terá as seguintes atribuições:

a) Elaboração e promoção de campanhas de divulgação do serviço de transporte coletivo com distintas mídias visando a promoção do serviço como uma alternativa de mobilidade sustentável para a cidade;

b) Elaboração e promoção de campanhas de divulgação voltadas ao público usuário dos serviços, quando da ocorrência de alterações de maior escala;

c) Elaboração de material de divulgação na forma de panfletos e cartazes quando da ocorrência de alterações de menor escala nos serviços, como é o caso de adequações de trajetos ou de horários no nível da linha;

d) Manutenção dos materiais gráficos com informações disponibilizadas nos painéis e placas dos pontos de parada;

e) Operação do serviço de atendimento ao usuário através de sistema 0800 ou similar.

f) Relacionamento com a imprensa em geral, fornecendo informações sobre o serviço de transporte coletivo.

Ao Poder Público compete analisar e autorizar previamente o teor e demais características das campanhas de divulgação do serviço de transporte coletivo. A não manifestação do Poder Concedente acerca do requerimento de aprovação das campanhas, neste caso, implica na aceitação tácita do conteúdo submetido.

3.5.2.2. Fornecimento de informações em pontos de parada e outros equipamentos urbanos por meio de painéis.

Os painéis compreendem toda informação escrita, acrescida de pictogramas e ilustrações, caso assim definido, que é afixada em terminais, estações de integração e pontos de parada principais para dar conhecimento ao cidadão sobre o uso do serviço de transporte coletivo, observadas as seguintes especificações:

a) Painéis em terminais: • Identificação da posição de embarque da linha, com número e denominação do destino; • Painel geral com o Mapa da Rede, mapa dos arredores do terminal e outros referenciais urbanos

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atendidos pela rede de linhas que serve o terminal. • Painel informativo da operação das linhas com horário de funcionamento e intervalos previstos por dia

tipo e período; Mapa da Rede; • Mapa dos arredores da estação de embarque e desembarque com referenciais urbanos, incluindo a

posição dos pontos de compra de passagens. • Relação das linhas que servem à estação com diagrama gráfico ilustrativo do trajeto das linhas,

posicionando a estação em que o passageiro se encontra e as demais estações no percurso de cada linha;

• Relação das linhas com horário de funcionamento e intervalos previstos por período típico de cada dia tipo (dias úteis, sábados e domingos).

• Relação dos pontos de recarga de cartões próximos à estação, com endereço e horário de funcionamento, devidamente codificados de forma igual ao posicionamento indicado no mapa dos arredores.

• Telefones úteis para informações e emergências. • Mensagens institucionais.

b) Placas em pontos de parada • Relação das linhas que servem ao ponto de parada acompanhado de um diagrama gráfico ilustrativo do

trajeto das linhas, posicionando o ponto de parada em que o passageiro se encontra e os demais pontos de parada e estações no percurso de cada linha;

• Telefones úteis para informações e emergências.

3.5.2.3. Instalação de painéis digitais em ônibus

• Painel dianteiro, sobre a área do para-brisa com informações sobe o código da linha e seu nome, bem como outras informações variáveis;

• Painel instalado na lateral direita do veículo junto à porta dianteira que deverá informar a linha e a sequência de vias principais do seu trajeto;

• Pinel instalado na traseira do veículo que informará o número da linha.

3.5.2.4. Guia de ônibus

A Concessionária, nos termos do Acordo Operacional, deverá elaborar o Guia de ônibus. Será constituído de um material impresso e resistente a água, em formato de bolso, constituído por textos, tabelas e mapas que apresentarão informações úteis para o uso do serviço de transporte coletivo na cidade por parte da população, como é o caso de:

• Itinerários; • Períodos de funcionamento das linhas, • Intervalos programados por período e tipo de dia e ou horários das viagens; • Locais de integração; • Formas de acesso dos principais referenciais urbanos a partir dos principais locais de origem; • Rede de pontos de venda dos produtos tarifários do Sistema de Bilhetagem Eletrônica;

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• Outras informações relevantes.

Deverá ser elaborado por profissionais especializados em comunicação, com a colaboração técnica da SEMOB e dos profissionais de comunicação da Prefeitura.

Estima-se a necessidade de uma tiragem mínima anual de 120.000 (cento e vinte mil) guias a serem distribuídos à população.

A operadora poderá realizar parcerias publicitárias para a veiculação de anúncios no Guia que auxiliem a cobertura de seu custo, sempre observando a legislação pertinente.

3.5.2.5. Portal na internet

O portal deverá propiciar as seguintes facilidades:

• Consulta do trajeto das linhas e seus pontos de parada mediante descrição das vias e mapas; • Consulta de linhas que atendam os principais polos de atração de viagens, como hospitais, escolas, centro de

educação infantil e indústrias; • Consulta da tabela de horários por linha e verificação em tempo real de horários estimados em pontos

intermediários no percurso; • Consulta de combinação de linhas e locais de integração em função da informação de local de origem e local

de destino da viagem; • Consulta aos locais de venda de passagem mais próximos a uma referência geográfica informada, como

endereço ou bairro; • Divulgação de informações e orientações em geral sobre a aquisição dos produtos tarifários no âmbito do

Sistema de Bilhetagem Eletrônica; • Divulgação de notícias relevantes do sistema de transporte coletivo, como mudanças de linhas e horários. • Canal de relacionamento do usuário, no qual possam ser registradas reclamações, sugestões e elogios.

3.5.2.6. Serviço de atendimento

O atendimento ao público deverá ser provido através da disponibilização à população de canais de comunicação através de telefone, canal de relacionamento disponível no portal da internet e/ou atendimento pessoal nos terminais.

Por intermédio destas facilidades deverá ser assegurado o direito do cidadão ao registro de reclamações, sugestões e à solicitação de informações para o uso do serviço de transporte coletivo da cidade.

As formas de acesso do cidadão a este serviço deverão ser permanentemente divulgadas nos veículos e em locais de concentração de usuários de transporte coletivo, sempre com boa visibilidade.

O atendimento aos usuários, por via telefônica, deverá estar disponível de segunda a sexta-feira em horário comercial e aos sábados até às 12h, devendo, nos demais dias e horários, ser mantida reprodução automática de mensagem pré-gravada, orientando os usuários quanto ao horário de atendimento do sistema telefônico e direcionando-o para consulta no portal da internet. Em situações e períodos específicos poderão ser definidos pelo Poder Público, em comum acordo com a Concessionária, novos dias e horários de atendimento.

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Toda a estrutura de recepção de contatos, seja telefônica, via internet ou por contato pessoal deverá prever o registro digital de todos os dados originários dos contatos estabelecidos pelos usuários, a fim de que sejam sistematizados nos relatórios de qualidade.

As atividades correntes de atendimento ao cidadão serão de responsabilidade da Concessionária, que adicionalmente deverá atuar nas seguintes linhas de trabalho:

a) Avaliação das sugestões e reclamações visando a melhoria dos serviços prestados; a correção de erros, omissões, desvios ou abusos na prestação dos serviços; a prevenção e correção de atos e procedimentos incompatíveis; e a proteção dos direitos dos usuários.

b) Preparação de estatísticas periódicas sobre os contatos estabelecidos, classificados por tipo de contato, tipo de reclamação ou sugestão, linha, e outros critérios a serem definidos.

Na implantação dos canais de atendimento ao público através de linha gratuita deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) Prestação de informações: O atendente deverá utilizar todos os elementos que possam auxiliar na resposta ao usuário, especialmente tabelas de horários, descrição dos trajetos das linhas e mapas, disponíveis em base de dados digital.

b) Reclamações: A reclamação é uma manifestação de insatisfação do usuário em relação aos serviços prestados. Portanto, o atendente deverá verificar se o reclamante possui todos os elementos mínimos e necessários para o registro da queixa e resolução dos problemas, tais como: número da linha; número do prefixo do veículo; local da ocorrência; data e horário da ocorrência; descrição da ocorrência; dados pessoais do reclamante (nome, endereço, e-mail, telefone); outros esclarecimentos pertinentes.

Todas as reclamações deverão ser posteriormente analisadas, sendo obrigatório o envio de resposta por correio, e-mail ou telefone, contendo as providências adotadas em razão da sua reclamação.

Semanalmente, o Poder Concedente receberá um relatório, em arquivo digital, contendo um quadro sumário com a identificação das reclamações registradas pelos usuários no período e as providências adotadas pela Concessionária. Em anexo, deverão ser enviadas cópias das respostas emitidas.

c) Sugestões: É uma ideia, contribuição ou parecer para melhoria dos serviços, que devem ser analisados tanto pelo Poder Concedente como pela Concessionária.

As sugestões recebidas deverão ser respondidas aos usuários, mediante o envio de resposta por correio ou e-mail, em formato padrão, dando ciência da recepção da sugestão e que a mesma estará sendo avaliada para possíveis modificações futuras do serviço, bem como agradecendo a manifestação.

Mensalmente, o Poder Concedente receberá um relatório, em arquivo digital, contendo um quadro com a identificação das sugestões registradas pelos usuários no período.

d) Elogios: Os elogios ao serviço prestado serão recepcionados e registrados pelo sistema, cabendo também a emissão de resposta à pessoa que o fez, com os agradecimentos correspondentes.

Mensalmente, o Poder Concedente receberá um relatório, em arquivo digital, contendo um quadro com os

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elogios registrados, com a identificação do elogio (linha, motorista, e sua natureza).

3.6. Padrões Técnicos de Planejamento da Operação

Os padrões técnicos definidos neste anexo deverão ser considerados no planejamento da oferta dos serviços a serem realizados pelas Concessionárias e pelo Poder Concedente.

3.6.1. Conceitos

O dimensionamento da oferta de viagens é procedimento realizado para a definição da quantidade de viagens, e correspondente intervalo entre elas, que devem ser oferecidos em uma determinada linha, período do dia e dia tipo, para o atendimento da demanda de passageiros de acordo com critérios de conforto e de viabilidade econômica, sempre em consonância com as demais disposições do Edital e seus Anexos, bem como observando o caráter essencial do serviço público de transporte como um direito social, conforme disposto no art. 6º da Constituição Federal.

A oferta das viagens depende dos seguintes elementos:

a) Quantidade de passageiros transportados por unidade de tempo no trecho de maior carregamento do trajeto da linha, cuja obtenção depende da realização de pesquisas de campo e dados estatísticos de passageiros transportados.

b) Capacidade do veículo, que é função do tipo de veículo e do padrão máximo admitido de ocupação do veículo por passageiros em pé, por viagem, no trecho de maior carregamento da linha.

c) Padrão de ocupação do veículo (quantidade média de passageiros em pé por viagem) que varia conforme o período do dia e o dia tipo;

d) Intervalo máximo admissível, ou seja, o maior intervalo entre viagens que se admite em cada linha, variável em função do tipo de linha, do atendimento ofertado e da viabilidade econômica.

O cálculo da oferta de viagens deve ser realizado mediante a seguinte fórmula:

𝑁𝑁𝑁𝑁 = 𝐷𝐷𝐷𝐷𝐹𝐹𝐹𝐹 ×𝐶𝐶

, onde:

Nv = quantidade de viagens na unidade de tempo definida para o cálculo, normalmente uma hora, calculada para o período horário e dia tipo para o qual está se realizando o cálculo;

Dm = quantidade de passageiros transportados na unidade de tempo definida para o cálculo em todo o trajeto da linha, no período horário e dia tipo para o qual está se realizando o cálculo, por sentido de operação, ou no ciclo fechado, compatível com a forma como foi considerado o fator de renovação;

Fr = fator de renovação característico da linha para o período horário ou faixa horária em que se está se realizando o cálculo, por sentido de operação ou no ciclo fechado, compatível com a forma como foi considerada a demanda;

C = capacidade do veículo empregado na linha.

O fator de renovação (Fr) é obtido através de pesquisas sobe e desce e corresponde ao quociente entre a quantidade de passageiros transportados na(s) viagem(ns) pesquisada(s) e a máxima ocupação (máxima

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quantidade de passageiros observado no veículo), devendo ser apurado por linha, sentido de operação, dia tipo e faixa horária, admitindo-se a interpolação de valores para faixas horárias não pesquisadas.

A capacidade do veículo é o resultado da soma da quantidade de assentos disponíveis e do produto da área útil disponível para passageiros em pé por uma densidade máxima aceitável expressa em pass. em pé/m².

Calculada a quantidade de viagens, determina-se o intervalo mínimo, mediante o quociente entre a duração do período para o qual está se realizando o cálculo e a quantidade de viagens necessárias, isto é:

𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼 = 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑁𝑁𝑁𝑁

, onde:

Int = intervalo em minutos entre viagens para o período horário e dia tipo para o qual está se realizando o cálculo;

Td = duração, em minutos, do período horário para o qual está se realizando o cálculo;

Nv = quantidade de viagens na unidade de tempo definida para o cálculo, normalmente uma hora, calculada para o período horário e dia tipo para o qual está se realizando o cálculo;

Calculado o intervalo mínimo, ele é arredondado e comparado com o intervalo máximo definido para o período horário, tipo de dia e tipo de linha.

Para o arredondamento, utiliza-se o seguinte critério:

• Intervalos teóricos superiores a 8 minutos, arredonda-se o intervalo para o inteiro superior; • Intervalos teóricos inferiores a 8 minutos, arredonda-se a quantidade de viagens para o inteiro superior.

Neste caso, o valor médio não é um valor inteiro, logo, admite-se que a relação de horários apresente alguma variação de intervalos que garanta a quantidade de viagens calculada.

Exemplo de cálculo: para uma determinada linha, para um período de 1 hora (06:00 às 07:00 h), em dias úteis, no período de pico manhã com os seguintes parâmetros:

Dm = 900 passageiros; Fr = 1,35; Tipo de veículo: ônibus convencional com 40 assentos e 6,0 m² de área útil para passageiros em pé; Densidade máxima de passageiros em pé = 5,0/m²; Intervalo máximo admitido para o tipo de linha = 15 minutos.

Com estes parâmetros procede-se ao cálculo das variáveis e do resultado:

C = 40 assentos + (6,0m² x 5,0/m²) = 70 lugares; Nv = 900 passageiros ÷ (1,35 x 70 lugares) = 9,52 viagens no período; Int = 60 minutos ÷ 9,52 viagens no período = 6,3 minutos < que 8 minutos; Quantidade de viagens arredondadas = 10 viagens por hora; Int final = 60 minutos ÷ 10 viagens = 6,0 minutos.

Considerando um segundo exemplo, no qual o cálculo é realizado para um período de 1,5 hora (06:00 às 07:30 h), em dias úteis, no período de pico manhã com os seguintes parâmetros:

Dm = 850 passageiros;

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Fr = 1,45; Tipo de veículo: ônibus convencional com 40 assentos e 6,0 m² de área útil para passageiros em pé; Densidade máxima de passageiros em pé = 5,0/m²; Intervalo máximo admitido para o tipo de linha = 15 min.

Com estes parâmetros procede-se ao cálculo das variáveis e do resultado:

C = 40 assentos + (6,0m² x 5,0/m²) = 70 lugares; Nv = 850 passageiros ÷ (1,45 x 70 lugares) = 8,37 viagens no período; Int = 90 minutos ÷ 8,37 viagens no período = 10,75 minutos > que 8 minutos = adotado 11,0 minutos de

intervalo; Quantidade de viagens arredondadas = 90 minutos ÷ 11,0 minutos de intervalo = 8 viagens em 90 minutos.

3.6.2. Padrões

Para a realização dos cálculos acima definidos deverão ser empregados os parâmetros de conforto definidos na tabela a seguir. Nesta, as densidades máximas são definidas com dois valores, assim conceituados:

a) Base para os cálculos: é o valor que deve ser utilizado para a realização dos cálculos da oferta na forma como definido nos conceitos anteriormente apresentados;

b) Máximo admissível: é o valor que se admite como valor máximo em razão de ajustes da oferta por decorrência de arredondamentos de cálculos e ou por análise de viabilidade.

Tabela 11: Densidade máxima aceitável (em pass. em pé/m²)

Tipo de dia Período Base para os cálculos Máximo admissível Útil Picos manhã, almoço e tarde 5,0 6,0

Demais horários 3,0 4,0 Sábado Pico da manhã e almoço 5,0 6,0

Demais horários 3,0 4,0 Domingos Todos os horários 3,0 4,0

Para as finalidades de cálculo definem-se os períodos do dia conforme mostrado na Tabela 12.

Tabela 12: Jornada dos períodos

Período Jornada Pré-pico manhã 05:00 às 06:00 Pico manhã 06:00 às 07:59 Entre-pico manhã 08:00 às 11:59 Pico almoço 12:00 às 13:59 Entre-pico tarde 14:00 às 15:59 Pico tarde 16:00 às 18:59 Noite 1 19:00 às 21:59 Noite 2 22:00 às 23:59 Madrugada 00:00 às 04:59

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Em relação aos intervalos máximos admissíveis, deverão ser avaliadas as características de cada ligação, em termos de sua função na rede, a inserção urbana, e a distribuição da demanda. A tabela abaixo apresenta uma referência para os intervalos. Em especial, no caso do Sistema Auxiliar de Alimentação, os intervalos máximos observarão as diretrizes específicas formuladas na época da implantação do Sistema Metroviário pela sua respectiva entidade gestora, nos termos do Convênio de Cooperação Intrafederativo nº 01/2012, firmado pelo Estado da Bahia, Município de Salvador e Município de Lauro de Freitas, de 20.01.2012.

Tabela 13: Intervalos máximos (em minutos)

Tipo de dia Período Linhas radiais,

alimentadoras e outras não estruturais

Linhas estruturantes (troncais e estendidas)

Útil Picos manhã, almoço e tarde 30 15 Entre-pico manhã e entre-pico tarde 60 25 Noite 60 40 Madrugada Variável Variável

Sábado Pico da manhã e almoço 30 15 Tarde 60 20 Noite 60 30 Madrugada Variável Variável

Domingos Todos os horários 60 30 Madrugada Variável Variável

3.6.3. Procedimentos

Compete ao Poder Concedente planejar, coordenar, executar, regular, fiscalizar e controlar a política municipal de transportes públicos, cabendo à SEMOB, na qualidade de órgão de planejamento e gestão do sistema de mobilidade da cidade do Salvador, coordenar e direcionar a Concessionária, no âmbito do Acordo Operacional, para a construção de um novo sistema de transporte coerente com as diretrizes contidas neste documento.

Desse modo, as informações descritas nesse Edital e Anexos servirão para orientar as atividades de organização operacional e programação dos serviços a serem desempenhadas pela Concessionária, pois sintetizam aquilo que se almeja para o sistema de transporte coletivo do município de Salvador. O Poder Público visa a obtenção de um sistema capaz de incrementar constantemente qualidade da mobilidade da população por meio de uma rede multimodal cada vez mais integrada física, operacional e tarifariamente, buscando reduzir as desigualdades socioespaciais existentes. O sistema de mobilidade deve observar as diretrizes do PlanMob, como a que prevê o fomento ao uso de novas tecnologias e energias renováveis no transporte coletivo.

O Poder Concedente realizará, a seu critério, estudos técnicos de alteração da rede de transporte e da oferta dos serviços, apresentando-os à Concessionária, para conhecimento e manifestação, no prazo de até 30 (trinta) dias após o recebimento, podendo ser prorrogado mediante pedido fundamentado e autorização do Poder Concedente.

A Concessionária, sempre sob orientação, coordenação e fiscalização do Poder Concedente, deverá realizar os estudos de ajuste da operação, bem como do planejamento operacional requeridos no Edital, ao longo de todo o período da Concessão, sempre que houver necessidade de ajustes nos quadros de horários por motivo de alterações na distribuição da demanda e de melhoria da qualidade e produtividade do serviço.

A Concessionária deverá, por determinação do Poder Concedente e sob sua orientação, realizar as pesquisas operacionais e de embarque/desembarque, em todas as linhas, de forma a subsidiar a revisão do Plano Geral de

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Operação dos serviços, cujos resultados e bancos de dados serão enviados mediante arquivos de dados abertos, para edição, ao Poder Concedente.

Todo e qualquer estudo realizado pela Concessionária será apresentado ao Poder Concedente para a avaliação do Verificador Independente e aprovação do gestor público, sendo vedada a modificação no Plano Operacional sem que haja a devida anuência e homologação pelo Poder Concedente. Os estudos deverão, ainda, ser acompanhados da devida memória de cálculo, incluindo pesquisas que tenham sido realizadas para tal fim, caso sejam necessárias.

Na realização dos estudos, bem como na operação cotidiana, a Concessionária deverá observar os parâmetros de conforto e de qualidade fixados no Edital e Anexos.

Todas as discussões sobre o planejamento da rede de transporte e da oferta dos serviços serão realizadas através de um Comitê Técnico integrado paritariamente por técnicos do Poder Concedente e da(s) Concessionária(s), apoiados pelo Verificador Independente. Este Comitê, que terá funcionamento permanente, reunindo-se ordinariamente de forma quinzenal e, se necessário, semanal, mediante acionamento por parte do Poder Concedente. A composição e o ordenamento do Comitê Técnico serão estabelecidos pelo Poder Concedente.

3.6.4. Acessibilidade

O serviço de transporte coletivo por ônibus de Salvador deverá atender aos requisitos mínimos de acessibilidade nos veículos de transporte coletivo municipal a fim de priorizar o atendimento às pessoas com deficiência, aos idosos, às gestantes, às pessoas acompanhadas de crianças de colo e com mobilidade reduzida como um todo.

Os serviços de transporte coletivo deverão ser operados com veículos que atendam a legislação atualizada promotora da acessibilidade, bem como suas regulamentações e normas técnicas correspondentes.

Os veículos que não oferecerem as condições necessárias de atendimento às normas técnicas exigidas terão o prazo definido pela legislação vigente para aprovisioná-las.

Legislação vigente

A legislação que regula os preceitos de acessibilidade encontra-se prevista atualmente em um conjunto de dispositivos que estão a seguir elencados:

− Lei nº. 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida;

− Lei nº. 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica; − Decreto nº. 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de

2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida;

− Normas Técnicas fixadas pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, nos parâmetros do Decreto nº. 5.296, de 2 de dezembro de 2004, especialmente a Norma ABNT NBR nº 14022 e as que vierem a substituí-la;

− Lei 12.587 de 3 de janeiro de 2012 - Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

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Acessibilidade aos serviços de transportes coletivos

A acessibilidade aos serviços de transporte refere-se às condições de utilização dos veículos, terminais, dispositivos e equipamentos dos sistemas de transportes, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Responsabilidades

O Município de Salvador e a Concessionária, segundo suas competências, deverão garantir a implantação das providências necessárias na operação geral do sistema, nas estações, nos pontos de parada e nas vias de acesso e veículos de forma a assegurar as condições de acessibilidade previstas na legislação.

Caberá à Concessionária, sob a coordenação do Poder Concedente, assegurar a qualificação dos profissionais que trabalham nesses serviços, mediante a realização de cursos a serem ministrados de acordo com a proposta de metodologia de execução apresentada, para que prestem atendimento prioritário às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Caberá também à Concessionária, sob a coordenação do Poder Concedente, assegurar a reserva de lugares para idosos, gestantes e pessoas com deficiência em conformidade com a legislação pertinente.

Adequação da frota

A substituição dos veículos, ao longo do Contrato de Concessão, por veículos adequados poderá ser feita de forma gradativa, de acordo com o estabelecido na Legislação Federal e demais normas regulamentares, cabendo à Concessionária fixar proposta para essa substituição, nos termos a seguir definidos:

Piso antiderrapante; Elevador para cadeira de rodas (para veículos que operem em locais onde o piso baixo não seja adequado, caso

a legislação permita); Balaústres com revestimento em cores chamativas e sem cantos vivos; Letreiros luminosos.

Circulação

Será dada atenção especial aos itens das normas técnicas de circulação no interior do veículo, tais como:

Bancos (concepção, posicionamento, apoio de braço, protetor de cabeça, dimensões gerais e de espaçamento); Corredor de circulação; Portas (largura e apoios); Colunas, balaústres, corrimãos e pega-mãos, (disposição e distribuição); Degraus (altura máxima de acesso, profundidade mínima); Área para cadeira de rodas (sistema de travamento e protetor de cabeça) e pessoa acompanhada de cão-guia.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR

SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANISMO E TRANSPORTES

CONCORRÊNCIA – N° XXX/2021

ANEXO 01 PROJETO BÁSICO

Subanexo 1.4 - Certificação Técnico-Operacional

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4. CERTIFICAÇÃO TÉCNICO-OPERACIONAL A prestação dos serviços estará sujeita a um processo rotineiro de Avaliação e Fiscalização. A este processo denomina-se Certificação Técnica-Operacional e será composto de 2 (dois) grupos de ações:

a) Comprovação da Qualidade e Segurança: aferida e avaliada regularmente pelo Sistema de Gestão de Qualidade do Transporte Coletivo por Ônibus de Salvador - SGQTS, visando assegurar a prestação de serviços seguros e de qualidade, com regularidade, continuidade, rapidez, conforto, cortesia, e atualidade tecnológica, por meio do Sistema de Gestão de Qualidade e do Meio Ambiente.

b) Fiscalização dos Serviços: compreende a verificação das não conformidades nos serviços prestados pela Concessionária, por meio do Sistema de Monitoramento, que executará a comparação entre o previsto e o realizado com relação aos parâmetros e especificações definidas no Contrato, e através de inspeções periódicas na operação comercial dos serviços.

As ações destes dois grupos são atribuições do Poder Concedente, que serão apoiadas pelo Verificador Independente, responsável pela operação do Sistema de Gestão de Qualidade e do Sistema de Monitoramento, apresentando periodicamente, de acordo com as definições do Poder Concedente, relatórios gerenciais e operacionais contendo resultados e análises resultantes da apuração destes dois sistemas, bem como o processamento das reclamações dos usuários.

Comprovadas as Não Conformidades, o Poder Concedente, aplicará as penalidades previstas no Contrato, nos regulamentos e nas legislações vigentes, concedido o amplo direito de defesa à Concessionária.

4.1. Sistema de Gestão de Qualidade

As Concessões atuais do STCO já contam com um Sistema de Gestão da Qualidade. No entanto, as atividades e processos deste sistema deverão ser aprimoradas, com base nas melhores práticas, pelo Verificador Independente, para incluir as alterações da rede com a implantação dos corredores estruturantes de BRT e BRS, cujas alterações serão objeto de aprovação pela SEMOB.

As métricas relacionadas à qualidade deverão ter por base as normas nacionais, e na ausência dessas, nas internacionais, sob a ótica da avaliação dos usuários e da população das áreas atendidas.

A Concessionária se obriga a respeitar os preceitos e requisitos de preservação e mitigação dos impactos do serviço ao do meio ambiente, sendo sua responsabilidade solucionar qualquer passivo ambiental por ela criado.

As alterações propostas no Sistema de Gestão da Qualidade pela Concessionária deverão ser discutidas em cada etapa de desenvolvimento com representantes indicados do Poder Concedente e demais Concessionárias de Transporte Municipais e apresentadas em um prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, após a assinatura do Contrato de Concessão, para aprovação final pelo Poder Concedente.

4.1.1. Objetivos

O Sistema de Gestão de Qualidade do Transporte Coletivo por Ônibus de Salvador– SGQTS tem por objetivo geral buscar, de forma contínua e permanente, a melhoria da qualidade dos serviços de transportes oferecidos à comunidade, em harmonia com as condições e a realidade econômica e social da população e dos usuários dos serviços. Os objetivos específicos são:

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• Permitir a orientação de ações operacionais e de planejamento para a superação das principais deficiências observadas;

• Apurar o desempenho das operadoras em cada período, mediante a transformação dos valores obtidos dos vários indicadores em uma nota de referência, de fácil identificação e acompanhamento;

• Estimular a melhoria contínua dos serviços por parte das operadoras; • Facilitar o controle social do serviço de transporte coletivo através da divulgação das notas alcançadas pelas

Concessionárias, entre outros parâmetros e informações que demonstrem o cumprimento do Contrato de Concessão;

• Servir de parâmetro para a definição de aplicação de sanções e bonificações, conforme estabelecido no regulamento operacional.

Para o alcance desses objetivos deverão ser estabelecidos mecanismos de aprimoramento mútuo e constante dos diversos processos e agentes envolvidos na execução, no planejamento e no controle dos serviços, tanto sob a responsabilidade da Concessionária, das Concessionárias atuais, do Verificador Independente e da SEMOB.

O SGQTS está baseado num conjunto de indicadores que expressam aspectos relativos à execução dos serviços, à satisfação dos usuários, à segurança, responsabilidade social e desempenho econômico do Transporte Coletivo por Ônibus de Salvador.

A implantação desse Sistema é de responsabilidade Concessionária com a participação da SEMOB, que contará com o apoio do Verificador Independente. Caberá à Concessionária fornecer todas as informações necessárias e/ou o acesso ao banco de dados gerados pelos sistemas de controle da operação, que permitam a obtenção das informações requeridas.

O SGQTS produzirá resultados e consequências de forma distinta dos instrumentos de fiscalização pública dos serviços, na medida em que sua finalidade é o aperfeiçoamento contínuo, avaliando e atacando não conformidades, independente da culpa, enquanto o processo de fiscalização visa à apuração, verificação, responsabilização e penalização da Concessionária pelo descumprimento eventual de obrigações contratuais e regulamentares.

4.1.2. Indicadores

A mensuração do desempenho do transporte coletivo, através de indicadores, é um importante instrumento para aferir a performance das operações. Os indicadores selecionados para acompanhamento sistemático pela SEMOB, com apoio do Verificador Independente, foram classificados em quatro grupos, de acordo com os seus objetivos específicos:

• GRUPO I - EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS • GRUPO II - SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS • GRUPO III - SEGURANÇA E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL • GRUPO IV - DESEMPENHO ECONÔMICO

4.1.2.1. Indicadores do GRUPO I - EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS

Os indicadores relativos à Execução dos Serviços são:

FCL - Fator de Cumprimento da Frota de Largada - mede a relação entre a frota de largada efetivamente empregada e a frota programada nas OSO’S – Ordem de Serviço da Operação;

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FCV - Fator de Cumprimento das Viagens Programadas - mede a relação entre a quantidade de viagens realizadas/admitidas e as especificadas, apropriadas por dia e período.

FRO - Fator de Regularidade da Operação - mede a relação entre os intervalos entre as viagens realizadas com os intervalos especificados.

4.1.2.1.1 Fator de Cumprimento da Frota de Largada

O Fator de cumprimento da frota de largada é calculado mediante o seguinte procedimento:

a) Para cada dia é apropriada a frota de largada de cada Concessionária; b) Os valores obtidos são comparados com a frota de largada previstos para cada Concessionária; c) Tomando os dois valores calcula-se o Fator de Cumprimento da Frota de Largada do dia, mediante o quociente entre a frota de largada real e a frota de largada especificada, expresso em %; d) Com base nos valores de cada dia, calcula-se o Fator de Cumprimento da Frota de Largada do período medido, mediante média simples dos valores diários.

De forma matemática, o indicador é expresso pela seguinte relação:

Equação 1:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 =𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 𝐹𝐹

𝑥𝑥 100

Equação 2:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 =∑ 𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑛𝑛𝑗𝑗=1

∑𝑁𝑁𝑁𝑁𝐹𝐹

Onde:

FCLp = Fator de Cumprimento de Frota de Largada do período de medição p (mês ou trimestre); FCLj = Fator de Cumprimento de Frota de Largada do dia j; Frealj = Frota de largada realizada no dia j; Frespj = Frota de largada especificada para o dia tipo correspondente ao dia j; Ndp = Quantidade de dias do período medido (mês ou trimestre).

4.1.2.1.2 Fator de Cumprimento das Viagens Especificadas

O cumprimento das viagens especificadas é realizado mediante o seguinte procedimento:

a) Para cada dia são apropriadas, por período, a quantidade de viagens realizadas na operação das linhas por parte de cada Concessionária;

b) Os valores obtidos são comparados com a quantidade de viagens especificadas em cada período, obtendo-se a quantidade de viagens admitidas, que representa o valor mínimo entre a quantidade de viagens realizadas e as especificadas (assim não há compensação de viagens ofertadas a mais em um período, com viagens a menos em outro período);

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c) Tomando os dois valores (viagens admitidas e viagens programadas) calcula-se o grau de cumprimento das viagens especificadas por dia, através do quociente entre a somatória das viagens admitidas e o total de viagens programadas para o dia, expresso em porcentagem;

d) Com base nos valores de cada dia, calcula-se o Fator de Cumprimento de Viagens Especificadas do período, mediante média simples dos valores diários.

De forma matemática, o indicador é expresso pela seguinte relação:

Equação 3:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 = �𝐹𝐹𝑉𝑉𝐹𝐹𝑉𝑉𝐹𝐹𝑁𝑁𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝐹𝐹𝑉𝑉𝐹𝐹𝑉𝑉𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑉𝑉

𝑥𝑥1007

𝑖𝑖=1

Equação 4:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 = �𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹∑𝑁𝑁𝑁𝑁𝐹𝐹

𝑛𝑛

𝑗𝑗=1

Onde:

FCVp = Fator de Cumprimento de Viagens do período de medição p (mês ou trimestre); FCVj = Fator de Cumprimento de Viagens do dia j; Viagadmik = Quantidade de viagens admitidas no período operacional i (pré-pico manhã; pico manhã; entrepico manhã; pico almoço; entrepico tarde; pico tarde e noite) do dia tipo k (útil, sábado ou domingo); Viagespi = Quantidade de viagens especificadas para o dia tipo k; Ndp = Número de dias do período de medição p (mês ou trimestre).

A duração de cada um dos períodos operacionais é a seguinte:

Período Duração do período Pré-pico manhã 05:00 às 05:29 Pico manhã 05:30 às 07:59 Entre pico manhã 08:00 às 11:59 Pico almoço 12:00 às 13:59 Entre pico tarde 14:00 às 15:59 Pico tarde 16:00 às 18:59 Noite 19:00 às 24:00

4.1.2.1.3 Fator de Regularidade da Operação

O Fator de Regularidade da Operação, expressa a relação entre os intervalos reais entre viagens praticados e os intervalos especificados de cada linha operada pela Concessionária e o seu cálculo é realizado de acordo com os seguintes procedimentos:

a) A operação programada da linha é estratificada em período de intervalos homogêneos de operação, isto é, períodos em que o intervalo entre viagens é igual (por exemplo: 05:00 às 06:30 com intervalo de 5 min);

b) Para cada período homogêneo obtém-se o intervalo especificado;

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c) Tomando-se os horários reais das viagens, são obtidos os intervalos praticados no dia avaliado para cada período de operação homogênea programada, conforme indicado nos procedimentos “a” e “b”, acima;

d) A partir da série de valores de intervalos reais do período, calcula-se o Fator de Regularidade, mediante o cálculo do desvio padrão dos intervalos, que é elevado ao quadrado e divido pelo intervalo programado para o período, expresso em porcentagem;

e) O Fator de Regularidade da Operação da linha no dia é calculada mediante média simples dos fatores de regularidade de cada período homogêneo de operação;

f) Com base nos fatores dos vários dias do período medido (mês ou trimestre) calcula-se o fator de regularidade da operação respectiva através da média simples dos valores diários.

De forma matemática, o indicador é expresso pela seguinte relação:

Equação 5:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 =𝐷𝐷𝐹𝐹𝐹𝐹𝑁𝑁𝐹𝐹𝐹𝐹2

𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐹𝐹𝐹𝐹 𝑥𝑥 100

Equação 6:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 =∑ 𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑛𝑛𝑗𝑗=1

𝑁𝑁𝐹𝐹𝐹𝐹

Equação 7:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 =∑ 𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑛𝑛𝑗𝑗=1

𝑁𝑁𝑁𝑁𝐹𝐹

onde:

FROpo = Fator de regularidade da operação no período homogêneo de operação do dia; Dpadpo = Desvio padrão da série de intervalos reais no período homogêneo de operação do dia; Intpo = Intervalo programado para o período homogêneo de operação do dia tipo correspondente ao dia avaliado; FROj = Fator de regularidade da operação do dia j; Npo = Número de períodos homogêneos de operações do dia j; FROp = Fator de regularidade da operação do período de medição p (mês ou trimestre); Ndp = Número de dias do período de medição p (mês ou trimestre).

4.1.2.2. Indicadores do GRUPO II - SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS

O Grupo 2 é formado por dois indicadores: FRU – Fator de Reclamações dos Usuários; FSU – Fator de Satisfação do Usuário com o serviço prestado.

4.1.2.2.1 Fator de Reclamações dos Usuários

O indicador será calculado a partir das informações coletadas pelo serviço de atendimento às chamadas da comunidade, prestado pelas Concessionárias em conjunto ao atendimento do 156, e pela Ouvidoria da PMS. O indicador será calculado mediante os seguintes procedimentos:

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a) As reclamações serão classificadas em: (i) de responsabilidade da concessionária; (ii) de responsabilidade do Poder Público; (iii) alheias a ambos;

b) A partir da nova lista, serão totalizadas as reclamações do período medido correspondentes às reclamações de responsabilidade da Concessionária;

c) Serão totalizados os passageiros transportados do período medido; d) Será calculado o indicador mediante a divisão entre a quantidade de reclamações e a quantidade de

passageiros transportados; e) Para melhor representação do indicador, o valor é representado por reclamações por um milhão de

passageiros. De forma matemática, o indicador é expresso pela seguinte relação:

Equação 8:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 =𝑄𝑄𝐹𝐹𝐹𝐹𝑄𝑄𝐹𝐹𝑃𝑃𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹

𝑥𝑥1.000.000

onde: FRUp = Fator de reclamações dos usuários no período medido p (mês ou trimestre); Qrecp = Quantidade de reclamações dos usuários no período medido p (mês ou trimestre); Passp = Quantidade de passageiros transportados no período medido p (mês ou trimestre).

4.1.2.2.2 Fator de Satisfação do Usuário com o serviço prestado

O indicador de satisfação do usuário com o serviço prestado nas linhas operadas pela Concessionária (FSU) será avaliado mediante a aplicação de pesquisa de campo, realizada sempre no 2º mês de cada semestre com uma amostra de usuários, tendo como objetivo a obtenção de uma avaliação qualitativa, expressa através de conceitos (ótimo, bom, regular, ruim e péssimo) sobre os seguintes atributos do serviço: 1. Tempo de espera dos ônibus; 2. Lotação dos veículos; 3. Filas nos terminais e plataformas; 4. Regularidade da operação; 5. Conservação e limpeza dos veículos; 6. Tratamento oferecido pelos motoristas aos usuários; 7. Segurança das viagens (risco de acidentes nos veículos). Para cada conceito corresponde uma nota, mediante o seguinte critério: − Ótimo: 10,0 (dez); − Bom: 7,5 (sete e meio); − Regular: 5,0 (cinco); − Ruim: 2,5 (dois e meio); − Péssimo: 0 (zero).

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A amostra da pesquisa deve corresponder a um erro estatístico de 5% com um intervalo de confiança de 95%, a ser distribuída ao longo do dia e nos dias tipo (úteis, sábados e domingos). Cada atributo terá um peso específico a ser considerado na ponderação final para a obtenção do indicador FSU. O peso dos atributos deverá ser fixado mediante a avaliação da importância relativa que os usuários dão a cada um deles, medido por pesquisa específica, que deverá ser realizada a cada três anos, portanto seus resultados valerão para os cálculos de doze trimestres sucessivos. A pesquisa definidora do peso dos atributos será realizada de forma geral para uma amostra estimada de aproximadamente 1.000 entrevistas estratificadas segundo um plano amostral, a ser previamente aprovado ela SEMOB, que considere a distribuição dos usuários ao longo do dia e nos dias tipo (úteis, sábados e domingos). Nesta pesquisa, deverá ser apresentado um disco que conterá a relação dos atributos sem nenhuma ordem que possa induzir a análise do entrevistado. Mediante sua apresentação, o entrevistado será questionado sobre a ordem de importância de cada um dos atributos, do maior para o de menor importância, portanto podendo variar de 1 a 7. As respostas totalizadas indicarão a importância relativa de cada atributo segundo a seguinte equação: Equação 9:

𝑃𝑃𝑉𝑉 =∑ 𝐹𝐹𝑉𝑉𝐹𝐹 𝑥𝑥 𝑁𝑁𝐹𝐹𝑛𝑛𝑖𝑖=1𝑁𝑁𝐹𝐹 𝑋𝑋 𝐸𝐸𝐼𝐼𝐼𝐼𝐹𝐹𝑁𝑁

onde: Pi = Peso atribuído a cada atributo i; Rij = Total de respostas dadas para cada atributo i, segundo a ordem de importância j, variando de 1º a 7º. Nj = Nota relativa à importância dada, sendo 7 para a mais importante, 6 para a segunda e assim sucessivamente, até 1, para última; Entrev = Quantidade de entrevistas realizadas No total, a somatória dos pesos deverá atingir 100%. Considerando os pesos definidos, o FSU será calculado mediante o seguinte procedimento:

a) Serão totalizadas as respostas dadas para cada atributo conforme os conceitos definidos; b) Será realizada a multiplicação da quantidade de respostas pelo valor da nota correspondente a cada

conceito; c) Será calculada a nota média de cada atributo com base na quantidade total de respostas, resultando um

indicador parcial por atributo (FSUi); d) Será calculado o FSU relativo ao período medido, ponderando-se os valores dos indicadores parciais de

cada atributo, com o peso específico de cada atributo, definido para o ciclo de 12 trimestres, conforme definição anterior.

De forma matemática, o indicador é expresso pelas seguintes equações: Equação 10:

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𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑉𝑉 =(𝐹𝐹𝐹𝐹𝐼𝐼 𝑋𝑋 10 + 𝐹𝐹𝑅𝑅𝑉𝑉 𝑋𝑋 7,5 + 𝐹𝐹𝐹𝐹𝑉𝑉 𝑋𝑋 5 + 𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 𝑋𝑋 2,5 + 𝐹𝐹𝑉𝑉𝐹𝐹 𝑋𝑋 0

𝐸𝐸𝐼𝐼𝐼𝐼𝐹𝐹𝐹𝐹𝑁𝑁

onde: FSUi = Indicador de satisfação com o serviço relativo ao atributo i; Rot = Quantidade de respostas obtidas que avaliaram o atributo como ótimo; Rbm =Quantidade de respostas obtidas que avaliaram o atributo como bom; Rrg = Quantidade de respostas obtidas que avaliaram o atributo como regular; Rrr = Quantidade de respostas obtidas que avaliaram o atributo como ruim; Rmr =Quantidade de respostas obtidas que avaliaram o atributo como péssimo; Entrev = Quantidade de entrevistas realizadas. Equação 11:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 = �𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑉𝑉 𝑋𝑋 𝑃𝑃𝐹𝐹𝑉𝑉

onde: FSU = Indicador de satisfação do usuário; FSUi = Indicador de satisfação do usuário relativo ao atributo i; Psi = Peso do atributo i em relação ao conjunto de atributos. A pesquisa de opinião deverá ainda, obter outros dados úteis à compreensão da avaliação dos usuários sobre o serviço, abrangendo: principais problemas mediante pergunta aberta (manifestação espontânea) e mediante pergunta fechada (manifestação por lista de problemas). Deverá, ainda, obter dados que caracterizem o perfil do entrevistado, tanto quanto aos hábitos de viagem, como em relação aos aspectos sociais e econômicos. A pesquisa deverá ser realizada por empresa independente indicada pelo Poder Público e contratada pelas Concessionárias ou somente pela Concessionária se for específica para aferir a qualidade dos serviços. Ainda, como a Prefeitura de Salvador faz parte do Grupo de Benchmarking QualiÔnibus, coordenado pelo Instituto de Recursos Mundiais (WRI Brasil), que tem por objetivo a troca de experiências entre cidades para a melhoria dos sistemas de transporte público coletivo por ônibus, encontra-se em fase de estudo possíveis modificações na metodologia de pesquisa de satisfação. As modificações buscando adotar a metodologia do grupo QualiÔnibus como padrão para avaliação dos clientes do transporte público em Salvador, sem que estas modificações possam causar prejuízos às partes. O principal objetivo de adoção desta metodologia é que, além dela ter sido aperfeiçoada constantemente ao longo dos últimos anos, ela é já aplicada em mais de 15 cidades em todo Brasil e, desta forma, permite a troca de experiências por ter mesmas bases métricas de avaliação.

4.1.2.3. Indicadores do GRUPO III - SEGURANÇA E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

O Grupo 3 é formado por três indicadores: FAC – Fator de Acidentes com Culpabilidade do Motorista; FNT – Fator de Observância das Normas de Trânsito; FCF – Fator de Conservação da Frota; FFE – Fator de Frota Ecológica (veículos menos poluentes).

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4.1.2.3.1 Fator de Acidentes com Culpabilidade do Motorista

Este indicador será calculado a partir da análise dos Boletins de Ocorrência de acidentes de trânsito, verificando-se aqueles que foram causados pelo motorista da Concessionária. O indicador será calculado mediante os seguintes procedimentos:

a) Serão analisados os Boletins de Ocorrência e os relatórios de acidentes enviados pela Concessionária, avaliando-se se o acidente foi causado pelo motorista da Concessionária, totalizando-se a quantidade correspondente;

b) Será calculada a extensão total percorrida pela frota, mediante a multiplicação da quantidade de viagens realizadas (subproduto do cálculo do Fator de Cumprimento de Viagens) pela extensão da linha, para cada dia do período medido.

c) O indicador será calculado mediante o quociente entre a quantidade de acidentes e a extensão total percorrida.

d) Para melhor representação do indicador, o valor é representado por acidentes por um milhão de quilômetros percorridos.

Matematicamente, o indicador é calculado mediante a seguinte expressão: Equação 12:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑉𝑉 =𝐹𝐹𝑄𝑄𝐼𝐼𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉

𝑋𝑋 1.000.000

onde: FACt = Índice de acidentes de trânsito na operação do período medido; Act t = Quantidade de acidentes de trânsito associadas à atuação da Concessionária no período medido; Km = Quilometragem percorrida no período medido.

4.1.2.3.2 Fator de Observância de Normas de Trânsito

Este indicador é calculado a partir da quantidade de multas de trânsito impostas pelas autoridades de trânsito e que tenham sido confirmadas após recurso. O indicador será calculado mediante os seguintes procedimentos:

a) Serão quantificadas as multas de trânsito impostas aos motoristas da Concessionária e que foram mantidas após recurso, apreciado pelo Poder Concedente, no período medido;

b) Será calculada a extensão total percorrida mediante a multiplicação da quantidade de viagens realizadas (subproduto do cálculo do Fator de Cumprimento de Viagens) pela extensão da linha, para cada dia do período medido.

c) O indicador será calculado mediante o quociente entre a quantidade de multas e a extensão total percorrida.

d) Para melhor representação do indicador, o valor é representado por multas por um milhão de quilômetros percorridos.

Matematicamente, o indicador é calculado mediante a seguinte expressão:

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Equação 13:

𝐹𝐹𝑁𝑁𝐹𝐹𝑉𝑉 =𝑉𝑉𝑚𝑚𝐹𝐹𝐹𝐹𝑉𝑉𝑉𝑉

𝑋𝑋 1.000.000

FNTp = Fator de observância de normas de trânsito do período medido p (mês ou trimestre). Mulp = Quantidade de multas de trânsito no período medido p (mês ou trimestre) Km = Quilometragem no período.

4.1.2.3.3 Fator de Conservação da Frota

Este indicador é calculado mediante a totalização mensal da quantidade de notificações emitidas pela SEMOB, relacionadas ao estado de conservação do veículo, incluindo os resultados das inspeções veiculares semestrais. O indicador será calculado mediante os seguintes procedimentos:

a) Serão quantificadas as notificações emitidas pela equipe de fiscalização da SEMOB nos trabalhos cotidianos relacionadas com o estado de conservação e condições operacionais dos veículos da frota da Concessionária no período medido. No mês em que ocorra a inspeção veicular obrigatória do semestre, também será considerado o total de notificações emitidas.

b) Será totalizada a frota em operação no período medido, mediante a soma da frota de largada de todos os dias.

c) O indicador será calculado mediante o quociente entre a quantidade de notificações e a frota total em operação.

d) Para melhor representação do indicador, o valor é representado por notificações por 100 veículos operacionais.

Matematicamente, o indicador é calculado mediante a seguinte expressão: Equação 14:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑉𝑉 =𝑁𝑁𝐹𝐹𝐼𝐼𝑁𝑁𝐹𝐹

∑ 𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑛𝑛𝑗𝑗=1

𝑋𝑋 100

onde: FCFp = Fator de conservação da frota do período medido p (mês ou trimestre); Notfp = Quantidade de notificações de irregularidades na conservação do veículo no período medido p (mês ou trimestre); Frealj = Frota de largada realizada no dia j.

4.1.2.3.4 Fator de Frota Ecológica (veículos menos poluentes)

Este indicador é definido como o percentual de produção quilométrica realizada por veículos ecológicos, correspondentes aos ônibus elétricos e, no caso de tração a Diesel, aos veículos com motor Euro 6 ou superior, em relação à produção quilométrica total. O indicador será calculado mediante os seguintes procedimentos:

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a) Será quantificada, mensalmente, a quantidade de viagens por linha e por tipo de veículo, a partir dos dados do SBE;

b) Será calculada a produção quilométrica dos veículos ecológicos, pelo somatório dos produtos da quantidade de viagens realizada por esses veículos em cada linha, pela extensão (em quilômetros) do itinerário correspondente;

c) Será calculada a produção quilométrica total do sistema, pelo mesmo procedimento do item b), para todas as viagens, independentemente do tipo de veículo utilizado;

d) O indicador será calculado mediante a divisão da produção quilométrica das viagens com veículos ecológicos pela produção quilométrica total do sistema;

Matematicamente, o indicador é calculado mediante a seguinte expressão: Equação 15:

𝑃𝑃𝑄𝑄𝑁𝑁𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 = �𝑁𝑁𝐹𝐹𝑁𝑁𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 × 𝐸𝐸𝑥𝑥𝐼𝐼𝑣𝑣

𝑛𝑛

𝑣𝑣=1

Equação 16:

𝑃𝑃𝑄𝑄𝑠𝑠𝑖𝑖𝑠𝑠𝑠𝑠 = �𝑁𝑁𝐹𝐹 × 𝐸𝐸𝑥𝑥𝐼𝐼𝑣𝑣

𝑛𝑛

𝑣𝑣=1

Equação 17:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐸𝐸 =𝑃𝑃𝑄𝑄𝑁𝑁𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑃𝑃𝑄𝑄𝑠𝑠𝑖𝑖𝑠𝑠𝑠𝑠

Onde:

PQvecol = Produção Quilométrica dos veículos ecológicos, calculada a partir dos dados do SBE no período de um mês;

PQsist = Produção Quilométrica Total do Sistema, calculada a partir dos dados do SBE no período de um mês;

FFE = Fator de Frota Ecológica.

4.1.2.3.5 Demais Indicadores socioeconômicos e ambientais

Tendo em vista a implantação da rede de corredores estruturantes, é necessário realizar a medição do desempenho dos novos serviços em termos socioeconômico e ambiental, a ser incorporada no Sistema de Qualidade, pela avaliação de três indicadores: Tempo de Viagem Médio por Passageiro, Tempo de Viagem nos Corredores Estruturantes e Emissões de Poluentes por Passageiro. A sistemática desse monitoramento deverá ser elaborada pelo Poder Concedente, com apoio do Verificador Independente, a ser aplicada pela Concessionária. É importante que os resultados das medições sejam comparados, inicialmente, com parâmetros do cenário base, anterior à implantação da nova rede do POP 2020 registrados no Manual do BRT. É recomendado que essa avaliação seja segmentada por abrangência: rede de linhas estruturantes, rede de linha alimentadoras e todas as linhas da Área C. Devem ser considerado o detalhamento a seguir.

• Tempo médio de viagem por passageiro transportado

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Esse indicador tem por objetivo medir a evolução do tempo de viagem médio por passageiro transportado pelos serviços da Área C. Seu cálculo deve contemplar, para as faixas horárias avaliadas:

− Total de passageiros transportados por viagem das linhas em operação; − Tempos de viagem embarcados, considerando os diferentes momentos de embarque na linha; − Tempos médios de espera nas paradas e estações, adotados como metade do headway praticado.

Esse cálculo deve utilizar os dados de bilhetagem eletrônica, os quais podem ser ajustados com os dados do sistema de rastreamento dos veículos. É sugerido, ainda, que essa medição seja feita semestralmente, com base em um dia típico de operação.

• Tempo de viagem médio nos corredores por faixa horária Esse indicador tem por objetivo medir a evolução do tempo de viagem médio por corredor estruturante do POP 2020: Lapa-LIP-Pituba, Gal Costa, 29 de Março e Orla, para avaliar o ganho de tempo de viagem direto pela operação dos sistemas BRT e BRS. Essa avaliação pode ser feita mensalmente.

• Emissões de poluentes por passageiro transportado Por sua vez, esse indicador tem por objetivo medir as emissões de poluentes dos veículos do sistema, contemplando as seguintes variáveis:

− Parâmetro de emissões de gases poluentes por tipo de veículo por km; − Produção Quilométrica por tipo de veículo; − Passageiros transportados total.

4.1.2.4. Indicadores do GRUPO IV - DESEMPENHO ECONÔMICO

O Grupo 4 é formado por três indicadores: FTM – Fator de Tarifa Média; FPS – Fator de Pessoal a serviço; FPK – Fator de Passageiros por Quilômetro.

4.1.2.4.1 Fator de Tarifa Média

Este indicador mede a relação entre a tarifa média arrecadada pela Concessionária e a tarifa básica do serviço, enquanto medida de efetividade das ações de fiscalização das gratuidades e reduções tarifárias. O indicador será calculado mediante os seguintes procedimentos:

a) Será totalizada a receita operacional da Concessionária no período medido p (mês ou trimestre); b) Serão totalizados os passageiros transportados no mesmo período p; c) Será calculada a tarifa média da Concessionária no período medido p, mediante o quociente entre a receita

operacional e os passageiros transportados no período; d) Será calculado o Fator de Tarifa Média através do quociente entre a tarifa média da Concessionária e a

média ponderada da tarifa do STCO para o período; e) Caso haja mudança no valor da tarifa durante o período medido p, o cálculo deverá ser realizado para cada subperíodo e o Fator de Tarifa Média, calculado através de média ponderada dos fatores considerando os passageiros transportados em cada subperíodo como fator de ponderação.

Matematicamente, o indicador é calculado mediante a seguinte expressão:

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Equação 18:

𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 =𝑃𝑃𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹

𝑋𝑋 𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑁𝑁

onde: FTMp = Fator de Tarifa Média; Ropp = Receita Operacional da concessionária no período medido p (mês ou trimestre); Passp = Quantidade de passageiros transportados no período medido p (mês ou trimestre); Tarf = Tarifa básica contratual do STCO; Ropp = Passageiros Equivalentes X Tarifa-preço.

4.1.2.4.2 Fator de Pessoal

Este indicador mede a relação entre o total de funcionários utilizados, tanto do quadro permanente, como terceirizados, e a quantidade de veículos da Concessionária. Os dados para o cálculo provêm do cadastro de cartões funcionais do Sistema de Bilhetagem Eletrônica. O indicador será calculado mediante os seguintes procedimentos:

a) Será totalizada a quantidade de funcionários a serviço da Concessionária no período medido p (mês ou trimestre);

b) Será totalizada a frota de cadastro da Concessionária no período medido p (mês ou trimestre). No caso de o cálculo ser realizado para o trimestre, será totalizada a frota de cada mês. No caso de haver variação dentro do mês, será considerada a média dos valores obtidos;

c) O indicador será calculado mediante o quociente entre a quantidade de pessoal e a frota da concessionária. Matematicamente, o indicador é calculado mediante a seguinte expressão: Equação 19:

𝐹𝐹𝑃𝑃𝐹𝐹𝐹𝐹 =𝐹𝐹𝑚𝑚𝐼𝐼𝑄𝑄𝐹𝐹𝑁𝑁𝐹𝐹𝐹𝐹𝐼𝐼𝐹𝐹𝐹𝐹

onde: FPSp = Fator de pessoal a serviço; Funcp = Quantidade de funcionários da concessionária no período medido p (mês ou trimestre); Frotap = Frota cadastrada da empresa no período medido p (mês ou trimestre).

4.1.2.4.3 Fator de Passageiros por Quilômetro

Este indicador mede a evolução do Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK) mediante a correlação do IPK de um determinado período do ano (por exemplo: 1º Trimestre), com o IPK do mesmo período, no ano imediatamente anterior. O indicador será calculado mediante os seguintes procedimentos:

a) Será calculado o IPK do período medido p, através do quociente entre a quantidade de passageiros transportados e a extensão total percorrida pelos veículos em operação no mesmo período medido;

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b) Será obtido, dos dados acumulados, o IPK correspondente ao mesmo período, de 12 meses anteriores (IPK de referência);

c) O indicador será calculado mediante o quociente entre o IPK calculado e o IPK de referência, expresso em %.

Cabe observar que este indicador somente será calculado a partir do 5º trimestre da vigência da sistemática de avaliação da qualidade dos serviços. Matematicamente, o indicador é calculado mediante a seguinte expressão: Equação 20:

𝐼𝐼𝑃𝑃𝐼𝐼𝐹𝐹 =𝑃𝑃𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝑉𝑉𝑉𝑉

Equação 21:

𝐹𝐹𝑃𝑃𝐼𝐼𝐹𝐹 =𝐼𝐼𝑃𝑃𝐼𝐼𝐹𝐹

𝐼𝐼𝑃𝑃𝐼𝐼𝐹𝐹𝐹𝐹𝑁𝑁𝐹𝐹 𝑋𝑋 100

onde: IPKp = Índice de passageiros por quilômetro; Km = Quilometragem no período considerado; IPKrefp = Índice de passageiros por quilômetro correspondente ao mesmo período medido de 12 meses anteriores. 4.1.3. Padrões de referência

Os padrões de referência são representados por intervalos de valores para cada um dos indicadores, pelo qual é possível a classificação do serviço da Concessionária em relação aos quatro conceitos: excelente, bom, regular ou insuficiente. A Tabela 14 apresenta estes padrões.

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Tabela 14: Padrões de referência dos indicadores de qualidade

Os padrões de qualidade acima referidos serão reavaliados a partir da implementação do processo de avaliação da qualidade do serviço de transporte coletivo, isto é, a partir do histórico de dados oriundos da operação dos serviços, bem como de parâmetros de outras localidades, tomados como referencial comparativo. 4.1.4. Índice Geral de Qualidade do Serviço (IGQS)

A partir da avaliação de cada indicador em função dos conceitos expressos na tabela de padrões de referência, serão atribuídos pontos para cada um dos indicadores, os quais somados representarão o Índice Geral de Qualidade do Serviço da Concessionária (IGQS), cujo valor máximo é de 100 (cem) pontos.

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A Tabela 15 apresenta os valores da pontuação de cada indicador de acordo com os conceitos alcançados.

Tabela 15: Notas atribuídas a cada indicador de acordo com o conceito obtido

4.1.5. Sistemática de Aplicação do Sistema de Controle da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo

O Sistema de Controle da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo de Salvador será aplicado considerando o Regulamento Operacional do STCO de Salvador, com a sequência de passos expostos a seguir:

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1º - A SEMOB, com apoio do Verificador Independente, elaborará semestralmente relatório de avaliação da qualidade dos serviços de transporte, contendo os resultados da apuração dos indicadores de cada Concessionária, o qual será incorporado à avaliação geral da qualidade dos serviços de transporte do STCO, com caráter classificatório entre elas. 2º - Para fins de avaliação geral da qualidade dos serviços, a SEMOB apropriará o valor do IGQS de cada uma das Concessionárias, referente às áreas A, B e C, classificando a operação conforme o seguinte critério: 1. nível de excelência: 90 < IGQS ≤ 100 2. nível de boa operação: 75 < IGQS ≤ 90 3. nível de operação regular:60 < IGQS ≤ 75 4. nível de operação insuficiente: IGQS ≤60 3º - O relatório de avaliação da qualidade do serviço será encaminhado à Concessionária para sua apreciação, que terá um prazo máximo de 10 (dez) dias para apresentar suas considerações ou solicitar revisão dos valores dos indicadores apurados, sempre de forma justificada e documentada. 4º - A SEMOB, após análise das considerações da Concessionária, emitirá o resultado final da avaliação da qualidade dos serviços prestados do trimestre, promovendo reunião com cada uma das Concessionárias para discussão de avaliação global dos serviços prestados e das medidas necessárias para a manutenção dos resultados obtidos, se positivo, ou de correção das deficiências observadas. 5º - Em razão da classificação obtida pela concessionária na apuração do IGQS, a SEMOB definirá as medidas gerenciais necessárias, na forma de “Plano de Consequências”, conforme conceituação dada no subitem a seguir. 4.1.6. Plano de Consequências Decorrente da Aplicação do Sistema de Gestão da Qualidade do Serviço de

Transporte Coletivo

A partir da avaliação obtida, cada Concessionária estará sujeita a aplicação de um Plano de Consequências, que corresponde a um conjunto de ações gerenciais definidas pela SEMOB para cada uma, diferenciadas em razão da classificação alcançada conforme descrito a seguir.

4.1.6.1. Plano de Consequências para Concessionárias com avaliação de nível de excelência

A classificação da Concessionária no nível de excelência conferirá à empresa uma bonificação de 10 (dez) pontos, que poderá ser utilizada uma única vez, na avaliação do IGQS do trimestre subsequente. A Concessão da bonificação não isentará a Concessionária da apresentação do Plano de Ações Corretivas, caso no trimestre o seu IGQS, sem o benefício do bônus, seja classificado em conceito diferente de “excelente”. A SEMOB emitirá certificado de excelência de serviços para a concessionária, quando da obtenção de uma avaliação de qualidade excelente por quatro trimestres consecutivos, tornando público o resultado desta avaliação.

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4.1.6.2. Plano de Consequências para as Concessionárias com avaliação de nível bom de operação

A Concessionária, quando classificada no nível bom de operação, deverá apresentar à SEMOB um Plano de Ações Corretivas em um prazo máximo de 20 (vinte) dias a contar da divulgação final dos resultados da avaliação da qualidade. O Plano de Ações Corretivas deverá conter as medidas que serão empregadas para sanar as deficiências observadas nos indicadores, detalhadas suficientemente para o seu acompanhamento pela SEMOB, com apoio do Verificador Independente, que será realizado através de reuniões mensais ao longo do trimestre para acompanhar a evolução da aplicação do Plano. Constatada a não aplicação desse Plano por parte da Concessionária, ou a sua ineficácia, a SEMOB aplicará as penalidades cabíveis, na forma do Regulamento Operacional.

4.1.6.3. Plano de Consequências para as Concessionárias com avaliação de nível regular de operação

A Concessionária, quando classificada no nível de operação regular, será penalizada na forma do Regulamento, devendo ainda apresentar à SEMOB um Plano de Ações Corretivas em um prazo máximo de 10 (dez) dias a contar da divulgação dos resultados da avaliação da qualidade. A SEMOB, com apoio do Verificador Independente, promoverá reuniões quinzenais com a Concessionária ao longo do trimestre para acompanhar a evolução da aplicação desse Plano, bem como poderá determinar a realização de acompanhamentos de campo e na(s) garagem(ens). Constatada a não aplicação do referido Plano por parte da Concessionária, ou a sua ineficácia, a SEMOB aplicará as penalidades cabíveis, na forma do Regulamento Operacional.

4.1.6.4. Plano de Consequências para as Concessionárias com avaliação de nível insuficiente

A Concessionária, quando classificada no nível de operação insuficiente, será penalizada na forma do Regulamento, devendo ainda apresentar à SEMOB um Plano de Ações Corretivas em um prazo máximo de 10 (dez) dias a contar da divulgação dos resultados da avaliação da qualidade. A SEMOB, com apoio do Verificador Independente, realizará um acompanhamento contínuo e permanente dos serviços da Concessionária enquadrada nesta condição. Constatada a não aplicação desse Plano por parte da Concessionária, ou a sua ineficácia, a SEMOB aplicará penalidades adicionais, na forma do Regulamento Operacional. A avaliação da qualidade do serviço no nível de operação insuficiente, por mais de 4 (quatro) trimestres consecutivos, configurará deficiência grave de operação, sujeitando a Concessionária às penalidades definidas no Regulamento Operacional e no Contrato de Concessão.

4.1.6.5. Forma de implantação do Sistema de Gestão da Qualidade do Serviço de Transporte Coletivo

A Concessionária implantará o Sistema de Gestão da Qualidade do Serviço de acordo com as diretrizes e orientações estipuladas pelo Poder Concedente, nas instalações da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana com a sua participação direta e fiscalização, em um prazo máximo de 06 (seis) meses a contar da assinatura do Contrato de Concessão. Neste período, serão detalhadas as formas de apuração dos dados, conforme descrito neste Anexo, especialmente a interface com os sistemas de registro de informações operacionais.

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A operação do Sistema de Gestão da Qualidade do Serviço de transporte coletivo será realizada pela Diretoria de Transportes da SEMOB, com apoio do Verificador Independente, a quem caberá a apuração dos indicadores, o estabelecimento dos Planos de Consequências e o seu acompanhamento.

A aplicação das penalidades regulamentadas caberá à Gerência de Fiscalização na forma do Regulamento Operacional. Ao longo dos primeiros 6 (seis) meses de aplicação do Sistema, admitir-se-á que alguns indicadores não sejam calculados, em razão da adaptação dos procedimentos de trabalho internos à SEMOB e da Concessionária no fornecimento das informações. Esse prazo poderá ser prorrogado mediante solicitação fundamentada e autorização do Poder Concedente.

Os indicadores referidos neste Anexo, os valores dos padrões de referência, as notas atribuídas aos indicadores e outras definições poderão ser revistos ao longo do prazo da Concessão de forma a incorporar novas compreensões sobre a questão da sistemática de avaliação da qualidade dos serviços de transporte, bem como pela incorporação de novas tecnologias no serviço de transporte público coletivo de passageiros no Município.

Considerando que o Sistema de Gestão da Qualidade do Serviço constitui dispositivo contratual e regulamentar, a SEMOB, quando da modificação da sistemática definida, ouvirá as Concessionárias, colhendo as sugestões e observações para a definição das modificações. Na hipótese de haver dissenso sobre as modificações, serão acionados os mecanismos de solução de controvérsias fixados no Contrato.

4.2. Sistema de Monitoramento

O Sistema de Monitoramento do Poder Concedente será estruturado de forma que as informações geradas instrumentalizem tanto o Gestor Público quanto a Concessionária a atuarem no sentido de garantir uma melhor execução dos serviços e um aproveitamento racional dos recursos disponibilizados para a prestação do serviço.

As atuais Concessionárias do STCO, nos termos do Acordo Operacional celebrado, implantaram e mantém em operação um Sistema de Monitoramento do Poder Concedente (CCI), nas instalações da SEMOB, que passará a se denominar COIM. A Concessionária deverá adotar procedimento análogo para ampliar e modernizar o sistema existente ou adotar novo sistema compatível com o atual ou que o abranja, incluindo as alterações propostas pelo Verificador Independente, determinadas pela SEMOB.

A Concessionária deverá apresentar ao Poder Concedente o Plano de Adequação do COIM, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da assinatura do Contrato de Concessão, sob pena de incorrer nas penalidades cabíveis. Após aprovação do Poder Concedente, a Concessionária propiciará as adequações necessárias no COIM sob sua responsabilidade e expensas no prazo apresentado no referido Plano.

No que se refere à interface a ser desenvolvida para uso pela gestão pública de forma a possibilitar avaliações da qualidade do serviço prestado, a partir da obtenção de informações sobre o cumprimento dos horários e sobre a regularidade da operação, esta funcionalidade deverá fornecer diariamente relatórios específicos capazes de possibilitar o acompanhamento da operação dos serviços por parte da SEMOB, que contenham, pelo menos:

a) Pontualidade;

b) Regularidade;

c) Passageiros embarcados;

d) Cumprimento de viagens: Comparação entre a oferta programada e a oferta efetivamente realizada;

e) Ocupação do Veículo: comparação da oferta de lugares e demanda crítica de cada linha;

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f) Cumprimento de itinerário: Registros para cada linha, a partir do tratamento dos dados de rastreamento dos veículos (GPS), das diferenças entre o itinerário programado, especificado nas ordens de serviço, e o trajeto real, com indicação das reduções ou acréscimos na produção quilométrica das linhas;

g) Mapa para as diferenças maiores que 20%, entre a produção quilométrica realizada e a programada, indicando o itinerário programado e o trajeto real, com a justificativa da diferença.

Os benefícios esperados são:

• Para os usuários:

- Melhoria da qualidade dos serviços, em razão da confiabilidade da operação, bem como da pontualidade no cumprimento dos quadros de horários definidos para os serviços, principalmente, permitir uma regularidade em pontos intermediários do percurso, somente alcançável com um sistema de controle de posição e interface de informações com o veículo;

- Acesso a informações abrangentes, corretas e de pronta consulta sobre os serviços que permitam o seu uso de forma prática.

- Maior segurança, em razão do acompanhamento por imagens da situação a bordo dos ônibus e nos principais locais de concentração de passageiros.

• Para a gestão pública: obtenção de informações sobre o cumprimento dos horários e sobre a regularidade da operação, que permita uma avaliação da qualidade do serviço.

• Para o operador: maior eficiência, eficácia e efetividade do processo operacional, com otimização dos recursos empregados e um controle abrangente, em tempo real, da situação da operação em campo.

Em relação à infraestrutura a ser instalada no CCO próprio da Concessionária, os equipamentos e sistemas compõem-se das unidades relacionadas a seguir.

a) Equipamentos tecnológicos:

- Computador instalado nos ônibus;

- Equipamento de captura de sinais GPS instalado no ônibus e conectado ao computador de bordo para localização georreferenciada da posição em que o veículo se encontra;

- Câmeras de captura de imagens dos ônibus e respectivos equipamentos de gravação;

- Contador eletrônico automático de passageiros capaz de aferir o número de usuários através de sensores nas portas de entrada/saída dos ônibus, permitindo monitorar a lotação veículo, demanda de origem e destino por ponto de parada.

b) Infraestrutura:

- Sala equipada, configurada como Centro de Controle Operacional – CCO, para controle da movimentação da frota e monitoramento das imagens do CFTV;

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- Data Center com configuração de infraestrutura de Tecnologia de Informação;

- Centro de análise das imagens gravadas nas câmeras instaladas nos veículos;

c) Sistemas de processamento de dados:

- Sistema de cadastro das informações do serviço, como: linhas, itinerários, pontos de parada, veículos, operadores, quadros de horários etc.;

- Sistema de tratamento das informações de posição dos veículos, representação em mapas geográficos e sinóticos, cruzamento com os dados cadastrais, emissão de alertas operacionais e outras funcionalidades de apoio a ações operacionais;

- Sistema de manutenção de bancos de dados da operação prevista e realizada, com funcionalidades de log de sistema, emissão de relatórios, exportação de dados, backups e armazenamento de dados entre outros.

4.2.1. Requisitos a Serem Atendidos pelo Sistema

O Sistema deverá ser projetado e implantado mediante uma arquitetura de sistemas e processos de trabalho nos níveis de atuação descritos a seguir. O Sistema de Monitoramento deverá permitir:

a) Captura, concentração e armazenamento de dados operacionais nos veículos da frota: O Sistema de Monitoramento deverá contar com equipamentos e tecnologias para captura, concentração e armazenamento de dados operacionais instalados nos veículos com as seguintes funções:

− Localização automática de veículos por coordenadas espaciais;

− Registro de data e hora;

− Armazenamento de dados durante a operação;

− Interface com outros equipamentos e ou sensores instalados no veículo, principalmente com o equipamento de bilhetagem;

− Transmissão de dados armazenados no veículo para o CCO.

b) Transmissão de dados e imagens

- O intercâmbio de informações entre o CCO e todos os ônibus, pessoal de campo e garagens;

- A comunicação com o COIM a ser implantado pela Concessionária na SEMOB;

- A transmissão de informações do CCO para painéis de mensagens variáveis PMVs que venham a ser instalados em terminais, estações de integração e locais de maior concentração de pessoas;

- Futura transmissão para celulares, via SMS (Short Message Service, ou Serviço de Mensagem Curta), dos dados de consulta de horários reais das linhas;

- Futura transmissão, por interface internet, dos dados de horários reais, linhas em operação etc.

c) Recepção, processamento e disponibilização de dados operacionais

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- A conversão dos dados da operação em informações estatísticas que permitam subsidiar estudos de planejamento como ajustes da oferta à demanda;

- A consolidação, em tempo real, do posicionamento da frota em operação, permitindo a visualização, no nível de linha, do cumprimento das viagens e da regularidade da operação em todos os pontos de parada e, em especial, em pontos escolhidos do trajeto para fins de monitoramento da regularidade e de velocidade;

- A consolidação do quadro geral da oferta do serviço por dia e período, em data imediatamente posterior à operação, para fins de controle da qualidade e fiscalização do serviço pelo organismo gestor.

4.2.2. Especificação Básica dos Equipamentos e Sistemas

4.2.2.1. Centro de Controle Operacional (CCO) próprio da Concessionária

O Centro de Controle Operacional (CCO) deverá ser implantado em uma instalação única, concentrando toda a atuação da equipe de controladores de transporte, supervisores, analistas e técnicos que integram a equipe de controle operacional da Área C.

Em função de serem executadas diferentes atividades no Centro de Controle Operacional, como acompanhamento da operação em tempo real, que gera alto índice de ruídos causados pelo diálogo entre operadores e motoristas e outras atividades que necessitam atenção e concentração, como é o caso da análise de imagens de CFVT e de análises técnicas em geral, o ambiente físico do CCO deverá ser projetado e implantado com salas próprias para cada função proposta, evitando que haja influência e ruído entre as funções.

Assim, o CCO da Concessionária deverá possuir os seguintes ambientes:

a) Ambiente de monitoramento da operação em tempo real: Ambiente com dimensão para acomodação dos controladores para monitoramento e controle da linha e respectivos veículos em operação, constituído por mesas de trabalho (consoles) com estações de trabalho (CPUs, monitores de vídeo e periféricos), e outros equipamentos necessários de acordo com o provedor da tecnologia. É recomendável a existência de monitor de vídeo com tela de grande dimensão (40 polegadas ou superior) para projeção de mapas e quadros sinóticos com informações da operação.

b) Ambiente de análise de imagens das câmeras embarcadas nos veículos: Ambiente com estações de trabalho (CPUs, monitores de vídeo e periféricos) com sistema para análise dos cartões de memória gravados nos veículos na operação do dia anterior com velocidade compatível com as necessidades das análises.

Os ambientes de trabalho deverão ser projetados e implantados de forma compatível com a quantidade de profissionais dimensionados, com a quantidade de equipamentos e mobiliário, tudo de forma adequada com os requisitos dos trabalhos a serem executados. Deverão, ainda, contar com equipamentos de climatização.

4.2.2.2. Data Center

O Data Center constitui ambiente específico para a centralização dos recursos tecnológicos de processamento e armazenamento de dados em larga escala, atendendo requisitos de flexibilidade, alta segurança e igual capacidade de desempenho para conexão e disponibilização de dados processados ao CCO.

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Os equipamentos deverão ser dimensionados para suportar a recepção e o processamento dos dados enviados pelos veículos e pelos equipamentos de CFTV, além de armazenamento e back-ups.

A relação de equipamentos e sistemas que integram o Data Center deverá observar a solução tecnológica do provedor de tecnologia contratado. Sem prejuízo desta condição, entende-se necessário que sejam previstos os elementos a seguir relacionados:

- Servidores de banco de dados;

- Servidor de conexão para recepção de dados do sistema de monitoramento;

- Servidor de backup;

- Sistema de nobreaks contra falha no fornecimento de energia;

- Licenças dos sistemas operacionais.

Todos os registros primários e secundários, gerados por processamento dos dados, deverão ser mantidos por um período mínimo dos últimos 5 (cinco) anos.

O Data Center deverá ser instalado em ambiente específico, contíguo ou não com o CCO observada a necessidade de atendimento dos seguintes requisitos:

- Adequados projetos de arquitetura, elétrico e lógico, que garanta a integridade, a segurança das informações e um ambiente de trabalho compatível com a quantidade de profissionais em serviço. Em especial, o projeto deverá atentar para a previsão de piso elevado e antiestático, dutos apropriados para instalação de cabeamento estruturado;

- Ambiente com climatização e controle de umidade;

- Instalações adequadas de telecomunicações;

- Sistema de controle de acesso.

4.2.2.3. ITS – Sistema de monitoramento de frota

Os equipamentos e sistemas de monitoramento da frota de ônibus deverão permitir o monitoramento e o acompanhamento operacional, em tempo real, da posição dos ônibus no trajeto das linhas utilizando tecnologias de hardware e software instalados nos veículos e conectados ao CCO via rede de transmissão de dados, instalados em pontos como terminais, garagens entre outros.

A tecnologia a ser fornecida deverá contemplar as seguintes funções:

• Módulo Embarcado:

- Local de processamento e armazenamento de informações pertinentes à operação do veículo.

- Integração com outros sistemas embarcados, como bilhetagem eletrônica.

• Módulo Rastreador: obtém a localização do veículo utilizando o sistema GPS de recepção de sinais de satélites.

• Interface de transmissão e recepção de dados (Modem): realiza a comunicação do computador de

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bordo com o CCO para envio e recepção de dados, mensagens e imagens.

• Terminal de comunicação com o motorista: módulo de comunicação do motorista com o CCO e vice-versa, através da conexão 4G ou superior, que permita a comunicação através de painel de mensagens de texto e teclado com mensagens pré-codificadas.

• Módulo de gravação de imagens geradas nas câmeras embarcadas: sistema estático, posicionado estrategicamente e acionado de forma automática, utilizado para gravar todos os eventos durante a operação do veículo, o qual deverá observar os seguintes requisitos:

- Gravação em cartão de memória com capacidade para gravação de 24 horas de operação, o qual deverá ser retirado e substituído por um novo cartão vazio diariamente, no acesso à garagem, com posterior envio para análise pelo CCO.

- Transmissão de imagens em tempo real para o CCO, em casos específicos, por acionamento do motorista ou por comando remoto do CCO.

Todos os veículos deverão contar com câmeras de monitoramento posicionadas para gravação de imagens, sendo 3 (três) internas e 1 (uma) externa, no caso de ônibus, e 2 (duas) internas e 1 (uma) externa, no caso dos micro-ônibus.

• Sistema operacional (firmware) e base de dados:

− Sistema com atualização de firmware ou dados operacionais via sistema de rádio frequência ou outro, evitando o uso da rede 4G ou superior.

− Alarme ou sinalização no CCO de desatualização de dados.

4.2.2.4. Câmeras de vídeo embarcadas para monitoramento nos veículos

O uso da tecnologia de monitoramento de imagem e áudio embarcado nos veículos oferece alguns benefícios diretos, principalmente relacionados à segurança do veículo, do motorista e dos passageiros.

Com o monitoramento, a tendência é que os funcionários sejam mais atentos na execução de suas atividades, evitando falhas e negligências.

A instalação de câmeras internas influencia diretamente na redução de furtos, assaltos e atos de vandalismo dentro dos veículos, dando maior tranquilidade aos motoristas e aos passageiros.

Com câmeras posicionadas na parte dianteira externa do veículo é possível a obtenção de informações para a análise das condições do tráfego, permitindo avaliações de desempenho da via, bem como imagens da operação do ônibus e eventuais ocorrências como, por exemplo, o não atendimento em pontos quando houver solicitação, desvio de rotas ou ultrapassagem indevidas em pontos de parada de embarque e desembarque, parada sobre a faixa de pedestre, avanço em sinal vermelho etc.

O sistema a ser implantado é composto por DVR (gravador digital de vídeo e áudio), câmeras e microfones com as seguintes funcionalidades:

- Gravação em cartão de memória;

- Sistema com detecção digital de movimento para gravação;

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- Acesso on-line das imagens via WEB, em situação de emergência;

- Integração com sistema de rastreamento;

- Acesso a imagens por dia, data e hora;

- Disponibilização de vídeo e áudio;

- Notificação automática do CCO em caso de violação;

- Proteção contra sobreposição de imagens.

4.2.3. Estrutura Operacional do Sistema

Garantido o atendimento dos objetivos com a implantação do Sistema e o cumprimento das atividades previstas nesta seção do Projeto Básico, a Concessionária poderá organizar a sua equipe e processos de trabalho internos de acordo com a sua política organizativa e de recursos humanos.

Sem prejuízo desta faculdade, este Projeto Básico estabelece os seguintes requisitos para a estrutura funcional do Sistema:

a) Gerência do Sistema: nível responsável por todos os aspectos referentes ao Monitoramento, particularmente sobre a gestão da operação dos serviços de transporte na área de operação;

b) Supervisão da Operação: nível responsável pela coordenação cotidiana dos trabalhos dos Controladores de Operação, atuando diretamente na supervisão geral da operação de campo;

c) Controladores de Operação: nível responsável pelo acompanhamento da movimentação da frota e da operação por grupo de linhas, cabendo-lhes rotinas diárias de:

− instrução e monitoração de supervisores, inspetores e despachantes que atuam no campo;

− resolução de inconformidades da operação no momento em que elas ocorrem;

− encaminhamento de redução ou reforço da frota em operação;

− requisição de carros para substituição de veículos avariados;

− acionamento para manutenção de veículo em via pública;

− acionamento de atendimento de incidentes e acidentes.

d) Apoio técnico e administrativo: nível responsável pela “retaguarda” dos demais níveis atuando na coleta, tratamento e armazenamento de dados; preparação, disponibilização e distribuição de dados e informações; análise de informações para o planejamento; e documentação das informações;

e) Suporte de informática: nível responsável pela manutenção dos equipamentos e sistemas, rotinas de segurança dos dados e demais funções correlatas.

4.2.4. Prazo de Implantação

A Concessionária terá um prazo máximo de 06 (seis) meses para contar com todo o Sistema de Monitoramento, sob sua responsabilidade, implantado, testado e em pleno funcionamento.

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4.3. Verificador Independente

Como previsto no item 2.3.3 do Subanexo 1.2 – Características e Organização da Gestão e Operação dos Serviços Objeto da Licitação, deste Anexo 1, o Verificador Independente prestará serviços de apoio à ação de monitoramento e de fiscalização do Poder Concedente. Assim, o desempenho adequado deste ente deve se pautar nas especificações dos itens que se seguem.

4.3.1. Disposições Gerais para Contratação do Verificador Independente

A Concessionária deverá apresentar, para prévia homologação do Poder Concedente, em até 90 (noventa) dias corridos contados da data de assinatura do Contrato, em documentos apartados para a seleção do Verificador Independente, ao menos 3 (três) empresas ou consórcios de empresas, devendo estas reunirem as condições mínimas previstas no item 4.3.2 desse Subanexo 1.4 - Certificação Técnico-Operacional.

O Poder Concedente se manifestará, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, acerca da adequação das empresas ou consórcios de empresas apresentados, cabendo à Concessionária formalizar a assinatura do contrato com uma das proponentes homologadas pelo Poder Concedente, para atuar como o Verificador Independente em até 5 (cinco) dias do início da operação dos serviços objeto dessa Concessão.

O Poder Concedente poderá, a seu critério, excluir da seleção das empresas que possivelmente tenham conflitos de interesse com a prestação dos serviços, de modo a comprometer sua independência e imparcialidade.

Caso o Poder Concedente rejeite a totalidade da lista de empresas apresentada, a Concessionária deverá apresentar outra lista, até que o Poder Concedente manifeste sua concordância, para a assinatura do contrato entre a Concessionária e o Verificador Independente. Neste caso, a Concessionária estará isenta das penalidades decorrentes da não contratação do Verificador Independente, até que tenha havido concordância do Poder Concedente com relação à lista apresentada.

A rejeição, pelo Poder Concedente, da lista apresentada pela Concessionária, deverá ser sempre de maneira motivada e fundamentada, mediante a indicação do requisito previsto no item 4.3.2 desse Subanexo 1.4 - Certificação Técnico-Operacional não atendido pelas empresas indicadas pela Concessionária ou da relação de imparcialidade sugerida.

O Poder Concedente constará como interveniente no contrato do Verificador Independente. E, caso o contrato não seja firmado no prazo previsto por fato imputável ao Poder Concedente, os serviços terão sua operação continuada conforme os prazos definidos nesse Projeto Básico, cujos os eventos principais estão sintetizados no item 6 do Subanexo 1.6 - Prazos e Regras da Transição para Iniciar a Operação da Área C, sem que haja responsabilização da Concessionária por eventual atraso no monitoramento da prestação dos serviços ou na verificação dos Indicadores de Desempenho.

No prazo de 15 (quinze) dias da assinatura do contrato com a Concessionária, o Verificador Independente deverá apresentar Plano de Trabalho, contemplando a metodologia a ser aplicada na aferição do desempenho da Concessionária no cumprimento dos encargos obrigatórios tendo como referência os itens 4.1 e 4.2 anteriores.

O Poder Concedente terá a prerrogativa de solicitar à Concessionária que encerre o contrato do Verificador Independente, mediante justificativa técnica e fundamentada. Nesta hipótese, a Concessionária poderá substituir a empresa dispensada, de imediato, por alguma das opções já homologadas pelo Poder Concedente, desde que ainda cumpram os requisitos aqui previstos.

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Caso as demais empresas ou consórcios de empresas indicadas na lista homologada não cumpram mais os requisitos demandados neste item 4.3, deverá ser reiniciado o processo de contratação do Verificador Independente, com uma nova lista a ser apresentada ao Poder Concedente.

Eventuais custos decorrentes da rescisão do contrato previsto nesse item 4.3 deverão ser suportados pela Concessionária. É importante ressaltar que, a substituição do Verificador Independente não exime a prestadora dos serviços da sua responsabilidade até então assumida.

Em até 45 (quarenta e cinco) dias antes do advento do contrato celebrado em decorrência desse item 4.3, a Concessionária deverá iniciar procedimento de seleção de novo Verificador Independente, mediante submissão das empresas selecionadas ao Poder Concedente.

Caso a Concessionária não atenda aos prazos estabelecidos, estará sujeita às penalidades previstas no Contrato e no Regulamento.

O Poder Concedente poderá solicitar, a qualquer tempo, informações ou esclarecimentos diretamente ao Verificador Independente.

4.3.2. Requisitos Mínimos para Contratação do Verificador Independente

O Verificador Independente deverá atender aos seguintes requisitos:

I. Não ser controlado, controlador, e/ou empresas sob controle comum, direta ou indiretamente, nos termos definidos na Lei Federal nº 6.404/1976, e de empresa matriz estrangeira de filial brasileira da Concessionária, ou de seus acionistas, assim como não ter participado de estudos ou projetos de engenharia e fornecimentos dos equipamentos ou sistemas, como empresa, consórcio ou membro de consórcio contratado diretamente pelas Concessionárias do STCO, nem ter participado como Licitante da concorrência pública da Concessão;

II. Não estar submetida a liquidação, intervenção ou Regime de Administração Especial Temporária – RAET, falência, concordata e recuperação judicial, bem como não se encontrar em cumprimento de pena de suspensão temporária de participação em licitação ou impedimento de contratar com a Administração;

III. Não ter sido declarada inidônea por qualquer esfera federativa, não estando proibida de licitar ou contratar com a Administração Pública por estar incluída no Cadastro Nacional de Empresas Punidas – CNEP e no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas – CEIS, ambos do Governo;

IV. Não estar proibida de contratar com a Administração Pública em virtude de sanção restritiva de direito decorrente de infração administrativa ambiental, nos termos do art. 72, § 8°, inciso V, da Lei Federal n° 9.605/1998;

V. Não poderá participar, direta ou indiretamente, da equipe técnica vinculada ao Verificador Independente, técnicos vinculados à execução do objeto do Contrato, e/ou pessoa que seja ou que tenha sido, nos últimos 6 (seis) meses, dirigente, gerente, empregado, contratado terceirizado ou sócio dos acionistas da Concessionária.

O Verificador Independente deverá, comprovadamente, ter executado serviços com características semelhantes aos seguintes:

I. fiscalização ou verificação independente de Contratos de Concessão; II. gerenciamento de projetos; III. avaliação de indicadores de desempenho; e

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IV. fiscalização e controle.

A experiência requerida poderá ser comprovada pela própria empresa ou consórcio de empresas, ou por profissional técnico especializado, desde que acompanhados da declaração de que trata o item 4.3.2.1 a seguir, e considerando empreendimentos de porte semelhante, abrangendo obrigatoriamente os serviços objeto desta Licitação.

4.3.2.1. Capacitação Técnica

A capacitação técnica dos membros da equipe do Verificador Independente deverá estar refletida na apresentação da relação dos profissionais, integrantes ou não do quadro funcional da empresa, a qual deverá ser acompanhada de:

I. declaração de cada profissional indicado concordando com sua inclusão na equipe; e II. currículo de cada profissional indicado contendo, no mínimo, as seguintes informações: nome completo, data

de nascimento, nacionalidade, função proposta, vínculo, instrução, cursos de extensão, pós-graduação, discriminação dos serviços, ou projetos que participou, com identificação do cliente.

A equipe do Verificador Independente deverá contar com especialistas de nível superior em todas as áreas de conhecimento relevantes para o cumprimento das atribuições previstas no Contrato e nesse Subanexo 1.4 - Certificação Técnico-Operacional.

Dentre outros os profissionais indicados para compor a equipe técnica do Verificador Independente, deverão necessariamente estar relacionados técnicos devidamente qualificados profissionalmente para a execução das atividades previstas nesse Anexo 1 – Projeto Básico, incluindo:

I. engenheiro coordenador geral, com, no mínimo, 10 anos de experiência em coordenação de projetos; II. engenheiro civil, de transporte ou de produção especialista em planejamento operacional de transporte

público coletivo urbano de passageiros, com, no mínimo, 10 anos de experiência na atividade; III. engenheiro civil, de transporte, de produção, economista ou administrador de empresas especialista em

estudos de viabilidade econômico-financeira de sistemas de transporte público coletivo urbano de passageiros ou outra formação de nível superior com especialização ou titulação superior em finanças, com, no mínimo, 5 anos de experiência na atividade;

IV. analista de sistemas especialista em sistemas computacionais de gestão e controle de sistemas de transporte público coletivo de passageiros, com, no mínimo, 5 anos de experiência na atividade.

Para cada uma das especialidades indicadas será exigido pelo menos 1 (um) atestado dos profissionais comprovando a formação e a experiência compatíveis com o exercício nas respectivas áreas e atividades requeridas.

4.3.2.2. Obrigações do Verificador Independente

Obriga-se, o Verificador Independente, a:

I. dispor de um sistema informatizado em plena operação em até 90 (noventa) dias do início da exploração dos serviços previstos neste Projeto Básico, para suporte executivo à gestão dos serviços relacionados, que represente, a cada instante e de maneira compreensível e eficaz, o real estado do andamento destes serviços, em todos os seus aspectos;

II. o sistema de que trata o inciso I, desse item 4.3.2.2, deve operar em ambiente pelo Verificador Independente e irrestritamente acessado para consulta pelo Poder Concedente;

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III. avaliar o desempenho da Concessionária por meio de relatórios e laudos técnicos de aferição do cumprimento dos indicadores de desempenho definidos no item 4.1.2, desse Subanexo 1.4 - Certificação Técnico-Operacional, relativos aos serviços constantes no Subanexo 1.2 – Características e Organização para a Gestão e a Operação dos Serviços Objeto da Licitação, sem prejuízo do regular exercício do Poder Concedente na ampla e completa fiscalização do Contrato;

IV. encaminhar, em até 7 (sete) dias do prazo de aferição pelo Poder Concedente, os relatórios e laudos técnicos de aferição do cumprimento dos indicadores de desempenho definidos no item 4.1.2, desse Subanexo 1.4 - Certificação Técnico-Operacional.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR

SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANISMO E TRANSPORTES

CONCORRÊNCIA – N° XXX/2021

ANEXO 01 PROJETO BÁSICO

Subanexo 1.5 - Diretrizes para a implantação e conservação dos módulos de conforto

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5. DIRETRIZES PARA A IMPLANTAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS MÓDULOS DE CONFORTO

5.1. Requisitos dos Módulos de Conforto

Os Módulos de Conforto são estruturas construídas junto aos pontos terminais de linhas, destinadas a oferecer conforto, segurança, comodidade e facilidades para os passageiros e para os operadores.

A Concessionária será responsável pela construção ou locação com as respectivas adequações do(s) imóvel(eis) no caso de inviabilidade técnica para a construção no local indicado, bem como e conservação destes equipamentos como parte das obrigações comuns a serem realizadas pelo conjunto das Concessionárias na forma de Acordo Operacional, conforme disposto no Edital, Anexos e no Contrato de Concessão.

A Concessionária deverá prover os serviços de conservação através de equipes permanentes devidamente qualificadas, observando rotinas de trabalho e com a aplicação dos materiais apropriados.

Está prevista instalação de 10 Módulos de Conforto na Área C para servir de base operacional das linhas objeto da licitação, que devem ser instalados pela Concessionária. Como referência para essa implantação, está apresentado a seguir o Projeto Modulo Padrão desenvolvido pelo Poder Concedente e adotado como referência na Concorrência nº 001/2014.

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5.2. Especificação de Materiais

5.2.1. Sanitário

Paredes - Em alvenaria de blocos cerâmicos. As paredes internas serão revestidas com cerâmica de primeira qualidade, tipo A, fabricação ELIANE, PORTOBELLO ou similar equivalente, nas dimensões de 40x30, devidamente rejuntada com junta fina da ELIANE ou similar, na cor branca. O revestimento será assentado com argamassa colante da VOTORANTIN, ELIANE ou de qualidade similar, até o teto e externamente em pastilha 7,5x7,5cm, fabricação ELIANE, “Studio” Creme, assentada sobre argamassa colante e rejunte da cor da pastilha. O reservatório elevado será em textura acrílica, IBRATIN ou similar, na cor marrom escuro.

Soleiras – Em Granito Cinza Andorinha com acabamento polido, com espessura de 15 cm, assentado com argamassa colante da VOTORANTIN, ELIANE ou similar equivalente e rejunte das marcas PORTOBELLO, QUARTZOLIT ou similar equivalente.

Piso – Cerâmica 30x30cm, tipo A, fabricação da ELIANE, PORTOBELLO, ou similar equivalente, na cor branca, assentada com argamassa colante da VOTORANTIN, ELIANE ou similar equivalente e rejunte das marcas PORTOBELLO, QUARTZOLIT ou similar equivalente.

Fechamento

- Em combogó de concreto 20x10x10cm.

- Em tela galvanizada fixada em perfil metálico com portão de acesso, acabamento em esmalte sintético. Todos os elementos metálicos receberão duas demãos de zarcão. Neste fechamento serão colocadas 2

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peças de eucalipto tratado com diâmetro de 10cm em todo o perímetro da área de convivência conforme o projeto. Portas

– Entrada dos sanitários em madeira, semi oca, lisa para cera/verniz (0,60 x 2,10m).

– Porta do Depósito: Porta em alumínio, tipo veneziana, série 25 (0,80x2,10m).

– Aduelas e alizares – Serão em madeira de lei, de boa qualidade, serrada e aparelhada. Deverão ser pintadas em verniz ou encerada.

– Ferragens – Serão do tipo cromado, de boa qualidade, da marca Papaiz, La Fonte, Brasil ou similar. As fechaduras serão do tipo maçaneta, altura entre 0,90m e 1,10m do piso. A marca e linha escolhida deverão ser submetidas e aprovadas antecipadamente pela fiscalização da obra.

– Teto – pintura acrílica acetinada na cor branca.

– Lavatório – Em louça branca, sem coluna, Deca ou similar.

– Vaso sanitário – Em louça, na cor branca, Deca ou similar, bacia com caixa de descarga acoplada. Acessórios:

• Papeleira, Porta toalha e Porta sabão – De boa qualidade, de acordo com o padrão adotado.

• Assento – Assento em poliéster, Deca, ref. AP-60 na Cor branca.

• Metais sanitários – Serão do tipo cromado, de boa qualidade, da marca Deca, Docol, Fabrimar, Mafal ou similar. As torneiras para lavatório serão com acionamento por pressão, alavanca ou sensor. A marca e linha escolhida deverá ser submetida e aprovada antecipadamente pela fiscalização da obra.

• Ferragens – Serão do tipo cromado, de boa qualidade, da marca Papaiz, La Fonte, Brasil ou similar. As fechaduras serão do tipo maçaneta, altura entre 0,90m e 1,10m do piso. A marca e linha escolhida deverá ser submetida e aprovada antecipadamente pela fiscalização da obra.

• Espelho – Espelho de 6mm de espessura.

• Bebedouro - De pressão inóx Libell ou similar.

• Porta Toalha – Em plástico da marca Dispenser ou similar.

• Ducha higiênica – Na cor branca da Vícua ou similar.

• Reservatório – Em fibra de vidro com capacidade de 500 lt.

5.2.2. Quiosque

− Piso - Em placas de concreto pré-moldado 40x40 cm.

− Fundação – Em concreto armado.

− Estrutura em madeira.

− Pilares – Em eucalipto autoclavado, diâmetro 25 cm Cobertura.

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− Madeiramento - Em peças de Massaranduba aparelhada.

− Telhado - em telhas cerâmicas tipo paulista. Estrutura em concreto.

− Laje de apoio da caixa d’agua e cobertura dos sanitários – Em concreto armado.

− Pilares e vigas – Em concreto armado Pintura.

− Paredes externas – As paredes que não receberem o revestimento em cerâmica 7,5 x 7,5cm, deverão ser pintadas c/ textura acrílica da Ibratin na cor marrom escuro.

5.3. Mobiliário Urbano

− Bancos e mesas em concreto - Padrão Desal.

5.4. Considerações Gerais acerca dos Módulos de Conforto

• As presentes Considerações Gerais destinam-se a definir critérios executivos e suas particularidades para construção e/ou locação, conforme item 5.1. deste Subanexo, dos módulos de conforto.

• Sempre prevalecerá o material constante das especificações. Onde estas forem omissas, ou na hipótese de dúvidas quanto a sua interpretação gráfica o elemento ou equipamento deverá ser definido através da equipe de projetos.

• A obra será executada de acordo com as especificações apresentadas no projeto, (textos e peças gráficas) e Normas gerais da ABNT. Os detalhes construtivos e projetos elaborados e apresentados para aprovação, durante a construção, terão sempre a finalidade de elucidar indicações contidas nas especificações e projetos originais sem alterá-los.

• Havendo qualquer divergência entre as medidas verificadas nos desenhos e nas cotas indicadas, prevalecerão estas últimas.

• Os materiais a serem utilizados na construção ou adaptação do imóvel locado deverão ser de primeira qualidade para o fim a que se destina. No caso de substituição por material de “similar” qualidade, deverá ser considerado o produto de outro fabricante que apresente rigorosamente as mesmas características, performance, acabamento, padrão de qualidade e seja fabricado com os mesmos materiais básicos.

• Eventuais discordâncias ou omissões não incluídas ou mencionadas nestas Especificações e nos seus anexos e projetos, serão resolvidas pelos Responsáveis dos Projetos.

• Também será observada a qualidade de mão de obra e o uso correto de materiais tendo em vista o bom acabamento dos serviços contratados.

• A Concessionária obrigar-se-á corrigir quaisquer vícios ou defeitos na execução das obras e serviços, objeto de contrato.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR

SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANISMO E TRANSPORTES

CONCORRÊNCIA – N° XXX/2021

ANEXO 01 PROJETO BÁSICO

Subanexo 1.6 - Prazos e Regras da Transição para Iniciar a Operação da Área C

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6. TRANSIÇÃO PARA INICIAR A OPERAÇÃO DA ÁREA C A Concessão dos serviços de Transporte Coletivo da Área C do STCO de Salvador será iniciada junto com a FASE A da implantação da nova rede, conforme apresentado no item 2.1 das Características Operacionais dos Corredores.

Anteriormente ao início da operação, durante o período denominado pré-operacional, será dado um prazo de três meses entre a assinatura do Contrato e o seu início efetivo, para a Concessionária adequar-se às exigências do Edital e Anexos, de forma a disponibilizar garagens, pessoal, frota entre outras providências necessárias para o início da prestação dos serviços objeto dessa Concessão.

6.1. Período Pré-Operacional

Este período tem duração de 3 (três) meses, com a ocorrência dos principais eventos, que envolvem a Concessionária, e prazos relacionados a seguir. Alguns desses eventos podem ultrapassar o período pré-operacional, com finalização após o início da operação dos serviços objeto dessa Concessão. Os principais eventos deste período são:

• Disponibilização da infraestrutura de Garagem pela Concessionária, com instalações e equipamentos em conformidade ao item 3.1 desse Projeto Básico, após a assinatura do contrato;

• Elaboração dos Planos de Marketing e de Comunicação Social pela Concessionária, com a adoção da identidade visual dos ônibus até 30 (trinta) dias após a assinatura do contrato, devendo ser submetida à prévia aprovação do Poder Concedente;

• Capacitação dos Motoristas pela Concessionária, com comprovação a ser apresentada em até 20 (vinte) dias antes do início da operação dos serviços objeto dessa Concessão, principalmente no caso do uso de nova tecnologia de propulsão elétrica em parte da frota;

• Apresentação da frota pela Concessionária, em conformidade ao item 3.2 desse Projeto Básico, com os equipamentos embarcados, referente à operação das linhas, para vistoria do Poder Concedente, em até 20 (vinte) dias antes do início da operação dos serviços objeto dessa Concessão;

• Testes operacionais dos veículos e da infraestrutura de alimentação elétrica, se houver, pela Concessionária em conjunto com o Poder Concedente, em até 15 (quinze) dias antes do início da operação dos serviços objeto dessa Concessão;

• Adesão ao Acordo Operacional do STCO, pela Concessionária;

• Montagem do Centro de Controle Operacional (CCO) próprio, pela Concessionária;

• Implantação do Sistema de Monitoramento definido no item 4.2 desse Projeto Básico, em até 6 (seis) meses da assinatura do contrato, pela Concessionária;

• Apresentação, pela Concessionária, de pelo menos 3 (três) empresas ou consórcios de empresas, com a documentação exigida no Edital, para atuação como Verificador Independente das Concessões, em até 90 (noventa) dias corridos contados da data de assinatura do Contrato;

• Manifestação pelo Poder Concedente, em no prazo máximo 30 (trinta) dias após a apresentação das empresas, acerca da adequação das empresas ou consórcios de empresas apresentados;

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• Formalização, pela Concessionária, da assinatura do contrato do Verificador Independente, após homologação por parte do Poder Concedente, em até 5 (cinco) dias do início da operação dos serviços objeto dessa Concessão;

• Instalação ou disponibilização dos Módulos de Conforto das bases operacionais das linhas, pela Concessionária;

• Apresentação, pela Concessionária, do Plano de Implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica em até 15 (quinze) dias a contar da assinatura do Contrato de Concessão. O sistema deve estar implantado, no máximo, até 10 (dez) dias antes do início da operação da FASE A, para os testes a serem realizados pela SEMOB;

• Implantação pela Concessionária do Sistema de Comunicação Social, conforme item 3.5 desse Projeto Básico;

• Ampliação e adequação dos sistemas do COIM pela Concessionária e sob suas expensas;

• Implantação do Sistema de Gestão da Qualidade do Serviço em até 6 (seis) meses a contar da assinatura do Contrato.

• É importante ressaltar que a aquisição da frota pela Concessionária, relativa à inclusão de veículos que dependem da disponibilização de infraestrutura de corredor e estações para iniciar a operação, só será efetivada mediante solicitação formal da SEMOB, que se dará 8 meses antes da previsão da entrega da respectiva obra. Essa condição não se aplica à FASE A, cujas obras tem previsão de conclusão em novembro de 2020.

6.2. Período de Operação de Fases

O período de operação ocorrerá com cenário de Rede atual, e iniciará transição a partir da implantação dos corredores do BRT/BRS, com a implantação gradativa das fases subsequentes, referentes a ampliações da rede, conforme anteriormente detalhada as linhas alimentadoras e remanescentes.

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ANEXO 01 PROJETO BÁSICO

Subanexo 1.7 – Convenio De Cooperação Intrafederativo E Contrato De Programa

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ANEXO 01 PROJETO BÁSICO

Subanexo 1.8 – Acordo Operacional e Memorando de Entendimento de Remuneração do Acordo Operacional – RAO

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