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Prefeitura Municipal de Mimoso do Sul Plano de Recuperação de Área Degradada PRAD Aterro Controlado de Resíduos Sólidos Urbanos Distrito de Santo Antônio do Muqui Município de Mimoso do Sul Espirito Santo Outubro de 2015

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Prefeitura Municipal de Mimoso do Sul

Plano de Recuperação de Área Degradada – PRAD Aterro Controlado de Resíduos Sólidos Urbanos

Distrito de Santo Antônio do Muqui Município de Mimoso do Sul

Espirito Santo

Outubro de 2015

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

PREFEITURA MUNICIPAL DE MIMOSO DO SUL

SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE

Pça. Cel. Paiva Gonçalves, 50 – Centro – Mimoso do Sul – ES CNPJ nº 27.174.119/0001-37 28 3555 1333

SUMÁRIO

I – INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

II – IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL ...................................................................................... 5

III – IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE .......................................................................... 7

IV - IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ........................................................ 7

V - ÁREA A SER REFLORESTADA ...................................................................................... 7

Solo .............................................................................................................................. 7

Clima ........................................................................................................................... 7

Hidrografia................................................................................................................... 8

Relevo .......................................................................................................................... 8

Umidade ...................................................................................................................... 8

Vegetação e Fauna ....................................................................................................... 8 VI - PREPARO DA ÁREA .................................................................................................... 9

VII - COVEAMENTO ............................................................................................................. 9

VIII - ESPAÇAMENTO .......................................................................................................... 9

IX - CONTROLE DE FORMIGAS .......................................................................................... 9

X - ADUBAÇÃO DE COVA .................................................................................................. 10

XI - PLANTIO ...................................................................................................................... 10

XII - REPLANTIO ................................................................................................................ 11

XIII - COROAMENTO DE MUDAS E CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS .............. 11

XIV - ADUBAÇÃO DE COBERTURA .................................................................................. 12

XV - FASES DE MANUTENÇÂO ......................................................................................... 12

XVI - ESCOLHA DAS ESPÉCIES ......................................................................................... 13

XVII - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DE ATIVIDADES................................................ 14

XVIII - RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES ............................................................ 15

XIX - CONSIDERAÇÕES GERAIS ....................................................................................... 16

XX – CROQUI DA ÁREA A SER REFLORESTADA ........................................................... 17

XXI – FOTOS DA ÁREA A SER REFLORESTADA ............................................................ 20

XXII – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA-ART ....................................... 22

XXIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 23

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I – INTRODUÇÃO

Devido ao constante aumento da população urbana e proporcionalmente o aumento

da demanda de bens de consumo para atender as necessidades da população, os Resíduos

Sólidos Urbanos – RSU vem se tornando uma temática bastante problemática para muitos

municípios onde este material ainda não tem uma disposição final adequada.

O RSU tem atingindo níveis críticos por todo o país, isso se torna cada vez mais

evidente com o passar das décadas. Apesar das inúmeras intervenções e legislações

cabíveis, o RSU vem causando grandes problemas nos locais quando não corretamente

descartados. Problemas esses não só diretamente ligados ao meio ambiente, mais a saúde,

sociedade e economia entre outros mais diversos setores.

Diante desta situação crítica no Brasil, foi elaborada Política Nacional de Resíduos

Sólidos, Lei 12.305/2010 que estabelece critérios e diretrizes para tratar o problema do

RSU no Brasil.

Na busca de soluções, o Governo Federal juntamente com o Ministério Público

Estadual, Ministério Publico do Trabalho e Órgãos Públicos Ambientais vem assessorando

principalmente a municípios na busca sistemática para a recuperação de áreas degradadas

pela disposição inadequada de RSU.

O estado do Espírito Santo através do Instituto Estadual de Meio Ambiente e

Recursos Hídricos – IEMA, elaborou Termo de Referência – TR 01/2013 para o PLANO

DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PELA DISPOSIÇÃO

INADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS – PRAD, para nortear

tecnicamente os municípios devido à complexidade de tal atividade.

O município de Mimoso do Sul dispõe hoje de um modal de transporte e destinação

de Resíduos Sólidos diversificada, contando com:

Central final de destinação de Resíduos da Construção Civil – RCC devidamente

licenciada;

Destinação de RSU devidamente licenciada;

Destinação de Lixo Hospitalar devidamente licenciada;

Coleta de Material reciclável abrangendo todo o Município;

Todavia, outrora, a destinação não era adequada. Devido a grande extensão

territorial deste município, Aterros Controlados foram surgindo naturalmente nos

distritos. A municipalidade utilizou posteriormente estes locais como destinação final

de RSU e RCC gerado naquelas localidades.

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O distrito de Santo Antônio possuía uma área de Aterro Controlada tal qual a

mencionada, sendo que este PRAD visa atender, promover e reforçar as ações

mitigatórios que a Prefeitura Municipal já vem implantando.

Ressalta-se que já vem sendo realizadas ações de mitigação dos danos nesta região e

que propõe-se ações complementares.

Como pode ser vistas na imagens do item XXI, a área já possui avançado grau de

cobertura vegetal consolidada.

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II – IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL

Proprietário: Jorge Amado.

Local: Antigo Lixão de Santo Antônio do Muqui.

Área: 0,04 ha.

Coordenadas Geográficas: E-0243732 / N-7674665

Endereço: – Zona Rural

Distrito: Santo Antônio do Muqui

Município: Mimoso do Sul / ES

Roteiro de acesso: Saindo de Mimoso do Sul seguir sentido distrito de Santo Antônio do

Muqui, ao chegar no referido distrito, entrar na primeira rua à esquerda e percorrer

aproximadamente 200 metros e encontrará o local desejado.

FIGURA 1 – Localização do Município de Mimoso do Sul

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FIGURA 2 – Mapa politico Mimoso do Sul

FIGURA 3 – FOTO DIGITAL DO DISTRITO

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III – IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE

Nome do requerente: Prefeitura Municipal.

Endereço: Praça Cel. Joaquim Paiva Gonçalves nº. 50, Centro, Mimoso do Sul/ES.

CGC (MF): nº. 27.174.119/0001-37

Telefone: 0xx (28) 555-1333.

IV - IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome do responsável: Gino Brum

Formação profissional: Engº. Florestal

Endereço: Edif. Residencial Brum, nº. 214, Rua Alto São Sebastião, Mimoso do Sul/ES.

CPF: 522.438.186-04

Registro no CONFEA: 140135697-4

V - ÁREA A SER REFLORESTADA

O terreno a ser reflorestado (0,04 ha), apresenta solo com textura mediana, plano em

sua totalidade, com altitude de 350 metros, sendo que a área impactada encontra-se com

médio potencial de regeneração. As espécies indicadas seguirão os critérios técnicos quanto

a possíveis encharcamentos que poderão ocorre.

Solo

Os solos predominantes na região são os classificados como Latossolo Vermelho

Amarelo Distrófico Coeso A moderado textura argilosa, com fertilidade variando de média

a baixa e PH em torno de 5,0 de acordo com Levantamento de recolhimentos de solos do

Estado do Espírito Santo e dados descritos pelo Escritório Local do INACAPER de

Mimoso do Sul/ES.

Clima

Segundo a classificação de Wladimir Köppen o município de Mimoso do Sul,

encontra-se dentro da zona climática AW (clima tropical úmido com estação chuvosa no

verão e seca no inverno), com a temperatura média das máximas do mês mais quente

variando de 33,5 a 27,8ºC, e temperatura média das mínimas do mês mais frio, 13,3 a

9,4ºC.

O déficit hídrico encontra-se nos meses de agosto a outubro e o excedente hídrico

nos meses de dezembro a abril.

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Hidrografia

A bacia hidrográfica local é composta pelo Rio Muqui do Sul, compondo a Bacia

Hidrográfica do Rio Itabapoana, de acordo com o mapa hidrológico do Espírito Santo,

mapa das bacias hidrográficas - IEMA.

Relevo

O relevo da localidade se apresenta com características forte ondulado, de acordo

com a descrição do Levantamento: Aspectos Naturais do Espírito Santo – Brasil Escola.

Umidade

A umidade relativa do ar encontra-se em torno de 80%.

Vegetação e Fauna

De acordo com a localização da região, classificamos a vegetação primária

anteriormente existente como floresta subperenifólia.

Hoje, após a retirada da vegetação primária, principalmente a de área ciliar,

encontramos à maior parte da região coberta por pastagens, principalmente capim angola

ou bengo (Panicus purpuracens Raddi) e capim brachiária (Brachiária radicans), e à medida

que vai aumentando a altitude, nota-se maior predomínio de capim gordura e samambaia.

Pequenos fragmentos de cobertura florestal nativa, também se fazem presentes no

entorno, com predominância de estágio inicial e médio de regeneração da Mata Atlântica,

de acordo com a Lei Nº 11.428/2006 e Resolução CONAMA Nº 423.

Em relação a Fauna local, podemos citar de acordo com levantamentos realizados

pelos técnicos do IEMA – Gerência de Recursos Naturais, com finalidade de criação da

Unidade de Conservação Monumento Natural Serra das Torres, uma ótima diversidade,

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sendo encontrado aproximadamente 18 espécies de anfíbios, 189 espécies de aves e 17

espécies de mamíferos, local este próximo da área objeto de recuperação florestal.

VI - PREPARO DA ÁREA

Visando a recomposição da área impactada, será feita uma ceifa manual de plantas

invasoras, sendo respeitadas plantas nativas que estiverem em processo de regeneração

natural, acondicionando o local para a realização do plantio de espécies pioneiras, espécies

secundárias e espécies clímax, todas adaptadas às condições de clima e solo da região.

VII - COVEAMENTO As covas deverão ser abertas com dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm, podendo ser

abertas manualmente com enxadão ou com perfurador motorizado. O solo dos primeiros 20

cm da cova deverá ser separado da camada mais profunda, por ocasião da abertura das

covas, para que o solo mais fértil seja colocado no fundo da cova, quando se fizer o

enchimento destas.

VIII - ESPAÇAMENTO

O espaçamento ideal para a área a ser reflorestada é indicado a partir da capacidade de

regeneração da área impactada. Esta área em questão apresenta capacidade média de

regeneração, sendo assim, utilizaremos uma densidade média de plantas por hectare, será

recomendado o espaçamento de 2,00 metros entre plantas e 2,50 metros entre carreiras,

correspondendo a 2.000 plantas por hectare.

IX - CONTROLE DE FORMIGAS

As formigas cortadeiras saúvas e quenquéns são as principais inimigas do

reflorestamento, sendo necessário combatê-las para obtenção de bons resultados.

O combate às formigas deve ser executado com atenção e iniciando antes do preparo do

solo, na área a ser plantada e em áreas vizinhas. Durante o período de formação das mudas

nativas plantadas deve ser realizado monitoramento freqüente na área para identificação de

novos formigueiros e seu posterior combate.

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Existem diversos formicidas no mercado, sendo a isca granulada, a mais indicada

para o controle destas pragas. É recomendável que se consulte um Agrônomo ou um

Engenheiro Florestal, para aquisição destes formicidas, onde serão fornecidas dosagens

adequadas do produto por formigueiro e equipamentos de proteção individual necessário

para a aplicação deste formicida.

X - ADUBAÇÃO DE COVA

A adubação de cova é realizada de acordo com os teores de nutrientes existentes no

solo, e deve ser realizada de preferência com 30 dias de antecedência ao plantio, sendo

assim é recomendada para a área em questão a seguinte adubação por cova:

140 gramas de supersimples granulado (36 gramas de P2O5);

06 litros de esterco de curral curtido;

200 gramas de calcário dolomítico.

As fontes de nutrientes acima relacionados deverão ser misturadas juntamente com a

terra superficial que foi separada por ocasião da abertura das covas, após a mistura volta-se

essa terra fértil para o fundo da cova, e em seguida completa-se a cova com a terra menos

fértil retirada da camada mais profunda da cova.

XI - PLANTIO

As mudas serão adquiridas no viveiro municipal, sendo plantadas no mínimo 10

espécies florestais diferentes, para que ocorra uma diversificação de espécies na área a ser

reflorestada. As mudas deverão apresentar bom aspecto vegetativo e capacidade para

tolerar as diversidades climáticas da região, para um bom desenvolvimento no local

definitivo.

O plantio deve ser realizado preferencialmente no ínicio da estação das chuvas (outubro á

novembro), para que a planta possa desenvolver-se o máximo possível até a estação da

seca, para que adquira maior resistência para suportar um período prolongado de

deficiência de água e temperaturas baixas. O plantio deve seguir as seguintes orientações:

Deve ser realizado o plantio em dias consecutivos a chuvas, para que ocorram

menor índices de perdas de mudas;

Deve ser retiradas mudas das sacolas ou tubetes por ocasião do plantio;

O colo da planta, região intermediária entre as raízes e o caule, deve ser posicionado

na mesma altura do solo;

Fazer pressão com as mãos nas laterais das covas para firmar a planta na cova;

Não deixar as raízes descobertas por ocasião do plantio;

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Colocar uma cobertura morta, como capim seco ou outro material, para evitar perda

de água e aquecimento do solo da cova.

XII - REPLANTIO

Deve-se adquirir 30% além do necessário de mudas, para que se possa fazer a

substituição das plantas, que por ventura venha a morrer por algum motivo. A maior parte

de perda de mudas ocorre nos primeiros dois meses após o plantio, portanto o replantio

deverá ser realizado neste período, devido a este fator as mudas para replantio, podem ser

adquiridas juntamente com as mudas para o plantio.

XIII - COROAMENTO DE MUDAS E CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS

Na época da água, com mais freqüência do que em outra época do ano, ocorre o

surgimento de plantas invasoras, que se não forem controladas podem prejudicar o

desenvolvimento das plantas ou até causar a morte destas, provocando formação lenta da

vegetação da área a ser reflorestada. O mais indicado para o controle destas invasoras é o

coroamento das covas, feitos manualmente com enxadas, com eliminação das plantas

invasoras num raio de 80 cm ao redor da muda plantada.

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XIV - ADUBAÇÃO DE COBERTURA

Para que ocorra uma formação rápida da vegetação, fazem-se necessárias adubações

de cobertura durante o período das águas, as quantidades de nutrientes que devem ser

distribuídas por cova, estão relacionadas abaixo:

09 gramas de N;

09 gramas de K2O.

São necessários 45 gramas do formulado 20:00:20, aplicados de 3 a 6 meses após o

plantio, coincidindo com o período das águas.

XV - FASES DE MANUTENÇÂO

A manutenção é realizada num período mínimo de dois anos após o plantio.

1ª manutenção: inicia-se três meses após o plantio. Nesta fase é previstos quatro

manutenções, com intervalos de três meses. As práticas envolvidas são o controle de

formigas cortadeiras, roçada manual e coroamento das mudas com enxada.

2ª manutenção: compreende o segundo ano após a implantação, é realizado a

mesma seqüência de tratos culturais, num total de três manutenções com intervalos

de quatro meses.

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XVI - ESCOLHA DAS ESPÉCIES

A escolha das espécies para o reflorestamento deve ser feita observando as espécies

que ocorrem na região, para que sejam introduzidas na área a ser reflorestada, espécies

adaptadas ao microclima da região. Serão utilizados na área a ser reflorestada, as

proporções de 60% de espécies pioneiras, 35% de espécies secundárias e 5% de espécies

clímax, tendo como função restabelecer a vegetação natural da área. As espécies indicadas

para o reflorestamento são citadas abaixo:

ESPÉCIES NATIVAS INDICADAS PARA O REFLORESTAMENTO DA AREA

DEGRADADA – 0,15 ha.

NOME DAS ESPÉCIES CARACTERISTICAS

NOME COMUM NOME CIENTÍFICO PE GE RE

Angico branco Senna multijuga AR PI NEI

Ingá macarrão Ingá edulis AR SI SEC/SIN

Boleira Joanesia princeps AR PI NEI

Imbaúba Cercropia graziovi AR PI SEC/SIN

Urucum de mata Bixa arbórea AR PI SEC/SIN

Gurindibá Trema micrantha AR PI NEI

Imbaúba Mirim Cercropia pachystachya AR PI SEC

Guapuruvu Schilozobium parayba AR PI NEI

Amoreira Morus nigra AR SI SEC

Canafístula Cássia feruginea AR SI NEI

Cedro Rosa Cedrela odorata AR SI SEC/SIN

Ipê Rosa Tabebuia roseo-alba AR SI NEI

Jacarandá Caviúna Dalbergia nigra AR SI NEI

Leiterinha Sapium glandulatum AR SI SEC/SIN

Pau dá lho Gallesia integrifólia AR ST SEC

Palmito doce Euterpe edulis PA SI SEC

Aroeirinha Schinus terebinthifolius AR SI SEC

Calabura Muntigia calabura AB SI SEC

Quaresma Tibouchineae stenocarpa AR SI SEC/SIN

Mamica de porca Zanthoxylon rhoifolium AR SI SIN

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Jequitibá rosa Cariniana legalis AR ST NEI

Jatobá mirim Himenaea courbaril AR CL SEC

Jenipapo do brejo Macoubea guianensis AR CL SEC/SIN

Sapucaia Vermelha Lecythis pisonis AR CL NEI

Canela Nectandra lanceolata AR X X

Arariba Simira sampaiona AR X X

Cedro Cedrela fisilis AR X X

Vinhático Planthimenia foliosa AR X X

Angico vermelho Anandenanthera

macrocarpa

AR X X

Palmito Amargoso Polyandrococus

caudescens

PA X X

Fedegoso Senna macranthera AR X X

Figueira Fícus guaranitica AR X X

Mata-pau Fícus insipida AR X X

Paineira Chorisia speciosa AR X X

Ipê amarelo Tabebuia alba AR X X

Sibipiruna Caesalpina Peltophoroides AR X X

Cinco Folhas Sparathosperma

leucathum

AR X X

Legenda das espécies:

PE(porte): AR(arbórea) / AB(arbustiva)

GE (grupo ecológico): PI (pioneira) / SI (secundária inicial) / ST (secundária tardia) / CL (clímax)

RE (resiat): SEC (suporta encharcamento) / SIN (suporta inundação) / NEI (não suporta encharc. /inund.).

X: identificação não encontrada.

XVII - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DE ATIVIDADES

As atividades relacionadas à execução do projeto devem seguir um cronograma,

onde devem ser respeitadas as seqüências de operações e as épocas corretas para a

execução destas, na tabela abaixo, encontra-se o cronograma de execução das atividades

relacionadas ao reflorestamento.

Tabela 1: Cronograma de execução de atividades, relacionando as operações envolvidas no

reflorestamento e o seu período correto de execução:

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ANOS

2015 2016 2017

MEDIDAS SET OUT NOV DEZ MAR JUN SET JAN

Preparo de Terreno X - - - - - - -

Preparo de Covas - - X - - - -

Controle de Formigas X X X X X X X X

Adubação - - - X X - - -

Plantio - - - X - - - -

Tratos Culturais - - - - X X X X

Replantio - - - - X - X -

Resultados - - - - X X X X LEGENDA: - (não acontecendo)

X (acontecendo) – Obs: o combate de formiga se faz nescesário em todas a etapas do

processo.

XVIII - RECOMENDAÇÕES COMPLEMENTARES

Algumas recomendações importantes devem ser anexadas ao projeto, para melhor

auxiliar o requerente na fase de implantação do projeto de reflorestamento. Estas

recomendações são citadas abaixo:

Caso necessite adquirir mudas das essências florestais que serão que serão utilizadas

na implantação do projeto, que seja de viveiristas idôneos certificados pelo

Ministério da Agricultura;

As mudas ao serem transportadas para o local do plantio, que não se faça o mesmo

em carros abertos, expostas ao vento, pois pode provocar desfolhamento de algumas

espécies mais sensíveis, aumentando o risco de perdas pó ocasião do plantio;

Deve ser realizado o plantio de um mínimo de 20 espécies florestais, mas neste caso

por se tratar de uma pequena área, utilizaremos 10 espécies na área impactada,

sendo que é necessário efetuar o plantio de forma heterogênea, para que haja uma

perfeita distribuição das espécies no local;

Depois de efetuado o plantio recolher as sacolas, eliminadas por ocasião do plantio

das espécies, recolhendo em um saco plástico e colocado em locais adequados ou

destinados a centros de recolhimento de lixo seco;

Fazer o isolamento da área com cerca de arame farpado de três fios.

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XIX - CONSIDERAÇÕES GERAIS

Com a condução correta deste cronograma de atividades, certamente com um

espaço de tempo pequeno, ocorrerá de forma satisfatória à formação de uma área

revegetada com uma boa diversidade de espécies, onde o impacto ambiental gerado será

minimizado.

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XX – CROQUI DA ÁREA A SER REFLORESTADA

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XXI – FOTOS DA ÁREA A SER REFLORESTADA

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XXII – ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA-ART

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XXIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DADALTO, G.G; FULLIN, E.A. Manual de recomendação de calagem e adubação

para o Estado do Espírito Santo. – 4ª aproximação. Vitória, ES: SEEA/ INCAPER,

2001, 266p.

LORENZI, H. Arvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas

arbóreas do Brasil. Nova Odesa, SP: Editora Plantarum, 1992, 352p.

PASSAMANI, A.C; SANTOS , E.M. Manual prático de plantios florestais. SEMAMB.

Castelo, ES: PMC, 2002, 13p.

Avaliação de impacto ambiental: agentes sociais, procedimentos e ferramentas,

coordenação e adaptação de Mirian Laila Absy e outros. Brasília: Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1995.

Levantamento de recolhimentos de solos do Estado do Espírito Santo

Técnicas de Controle de Recuperação – Revegetação de Áreas Degradadas – Álvaro

Garcia.

LIMA, W. P.; ZAKIA, M. J. B. 2000. Hidrologia de matas ciliares. In: RODRIGUES,R.

R.; LEITÃO FILHO, H. F. Matas ciliares: conservação e recuperação.EDUSP/FAPESP. 3

ed., p. 33-44.

Attanasio Cláudia Mira; Rodrigues Ricardo Ribeiro; Gandolfi Sergius e Nave André

Gustavo; Adequação Ambiental De Propriedades Rurais, Recuperação de Áreas

Degradadas e Restauração de Matas Ciliares, Universidade de São Paulo;Escola Superior

de Agricultura “Luiz de Queiroz”; Departamento de Ciências Biológicas; Labiratório de

Ecologia e Restauração Florestal.

Simpósio Sul-Americano e II Simpósio Nacional Recuperação de Áreas Degradadas

ANAIS – Foz do Iguaçu – Paraná – Brasil – 1994.

Gestão Ambiental no Brasil: experiência e sucesso

Editora Fundação Getulio Vargas, 1996