PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAÚNA

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

ÂNGELO BRAZ DE MATOS

PERFIL DEMOGRÁFICO, SOCIAL E ECONÔMICO DE ITAÚNA - MG.

ITAÚNA – MG Fevereiro de 2017.

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAÚNA

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

PERFIL DEMOGRÁFICO, SOCIAL E ECONÔMICO DE ITAÚNA – MG.

Trabalho elaborado com o objetivo

de apresentar de forma tabular os

principais dados geográficos,

demográficos, sociais e econômicos

do município de Itaúna.

Autor: Economista Ângelo Braz de

Matos – CRE-MG 2.952

ITAÚNA – MG

Fevereiro de 2017.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização de Itaúna no Estado de Minas Gerais. ......................................... 11

Figura 2: Mapa dos acessos de Itaúna a outros pontos do Brasil .................................. 12

Figura 3: Imagem das áreas urbanas e áreas industriais................................................ 15

Figura 4: Vista aérea de Itaúna (norte na parte de cima da imagem) ........................... 15

Figura 5: Curva pluviométrico média de Itaúna (1947 a 2004) ...................................... 16

Figura 6: Pirâmide etária de Itaúna (2010) ..................................................................... 19

Figura 7: Pirâmide etária do Brasil (1980) ...................................................................... 20

Figura 8: Pirâmide etária do Brasil (2000) ...................................................................... 20

Figura 9: Pirâmide etária do Brasil (2010) ...................................................................... 21

Figura 10: Pirâmide etária do Brasil (2030) .................................................................... 22

Figura 11: Pirâmide etária do Brasil (2050) .................................................................... 22

Figura 12: Evolução do grau de urbanização de Itaúna ................................................. 23

Figura 13: Distribuição do nº de moradores por domicílio ............................................ 26

Figura 14: Casamentos e nascimentos em Itaúna .......................................................... 26

Figura 15: Relação % entre o Lixo Seco (Reciclável) e o Molhado (orgânico) ................ 31

Figura 16: Valor Adicionado por setores econômicos .................................................... 44

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Localização do Município .............................................................................. 12

Quadro 2: Macrozona Rural – Núcleos Urbanos da Zona Rural ..................................... 24

Quadro 3: Universidade de Itaúna - Cursos oferecidos ................................................. 38

Quadro 4: Teatros e Organizações Culturais .................................................................. 39

Quadro 5: Clubes Recreativos, Dançantes e Campestres. ............................................ 40

Quadro 6: Áreas esportivas e de lazer ............................................................................ 40

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Distância entre Itaúna e alguns centros Metropolitanos ..................................... 13

Tabela 2: Padrões de relevo de Itaúna ................................................................................. 14

Tabela 3: Elementos básicos das Bacias Hidrográficas de Itaúna ........................................ 17

Tabela 4: População residente nos bairros em Itaúna, por gênero. .................................... 18

Tabela 5: Evolução da urbanização da população de Itaúna ............................................... 23

Tabela 6: Distribuição étnica da população de Itaúna, Minas Gerais e Brasil (2010) .......... 24

Tabela 7: Padrões de Domicílios em Itaúna (2010) .............................................................. 25

Tabela 8: Condição de ocupação dos domicílios de Itaúna (2010) ...................................... 25

Tabela 9: Resumo do saneamento básico em Itaúna .......................................................... 28

Tabela 10: Características do sistema de abastecimento de água em 2010 ....................... 29

Tabela 11: Esgotamento Sanitário em Itaúna (2010) ........................................................... 29

Tabela 12: Lixo urbano em Itaúna (2010) ............................................................................ 30

Tabela 13: Consumo de Energia elétrica em Itaúna - 2014 (MWh) ..................................... 33

Tabela 14: Frota de Veículos de Itaúna ................................................................................ 34

Tabela 15: População de 15 anos ou mais de idade e Taxa ................................................. 35

Tabela 16: Nº de Estabelecimentos escolares e nº de alunos por rede de ensino, ............ 36

Tabela 17: Pessoas de 5 anos ou mais de idade, alfabetizadas, por grupos de idade. ........ 36

Tabela 18: Indicadores de frequência (%) à escola em faixas de idade adequadas ........... 37

Tabela 19: IDH-MG e IDH-M – Ano: 2010............................................................................ 40

Tabela 20: Indicadores de Pobreza e Índice de GINI ............................................................ 41

Tabela 21: Variação do IDH de Itaúna .................................................................................. 42

Tabela 22: Evolução do valor adicionado ao PIB de Itaúna ................................................. 43

Tabela 23: Tabela 23 - Número de empresas pelos grandes setores IBGE .......................... 45

Tabela 24: Número de Empregados nos grandes setores (IBGE) ......................................... 45

Tabela 25: Nº Empresas e de empregados pelo setor Industrial ......................................... 46

Tabela 26: Nº Empresas e de empregados no setor Serviços .............................................. 47

Tabela 27: Tabela 27 - Nº de Empresas e de Empregados no setor de Agropecuária ......... 48

Tabela 28: Estrutura fundiária (%)........................................................................................ 49

Tabela 29: Utilização das terras (%) ..................................................................................... 49

Tabela 30: Efetiva do Rebanho (Nº cabeças). ...................................................................... 50

Tabela 31: Produção de origem animal ................................................................................ 50

Tabela 32: Produção agrícola, segundo os principais produtos (toneladas). ...................... 51

SUMÁRIO

2. ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO ...................................................................................... 7

2.1. Caracterização Histórica, Geográfica e Demográfica........................................................................ 7

2.1.1. Localização e acesso ............................................................................................................... 11

2.1.2. Relevo e geologia ..................................................................................................................... 13

2.1.3. Clima ......................................................................................................................................... 16

2.1.4. Hidrografia ................................................................................................................................ 17

2.2. Aspectos demográficos .................................................................................................................... 18

2.3. Infraestrutura da cidade ................................................................................................................... 27

2.3.1. Serviços .................................................................................................................................... 27

2.3.2. Saneamento básico .................................................................................................................. 28

2.3.3. Lixo urbano ............................................................................................................................... 30

2.3.4. Energia elétrica ......................................................................................................................... 33

2.4. Educação ......................................................................................................................................... 35

2.4.1. Educação Infantil, Fundamental e Média, e os Indicadores da Educação. ............................. 35

2.4.2. Educação Superior: A Universidade de Itaúna ........................................................................ 37

2.4.3. Cultura: Teatros e Organizações Culturais .............................................................................. 39

2.4.4. Lazer ......................................................................................................................................... 40

2.5. Desenvolvimento Social de Itaúna .................................................................................................. 40

3. ASPECTOS DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DO MUNICÍPIO .............................................. 42

3.1. Setor Industrial ................................................................................................................................. 44

3.2. Setor de Serviços ............................................................................................................................. 47

3.3. Setor da Agricultura, Pecuária, Produção Florestal e Aquicultura .................................................. 48

4. REFERÊNCIAS......................................................................................................................52

6

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho foi elaborado com o objetivo de suprir a demanda por informações e dados

oficiais do município de Itaúna, em especial dos seus aspectos históricos, geográficos,

demográficos, sociais, educacionais e econômicos.

É um trabalho elaborado com base em referências diretas de instituições e órgãos oficiais, e

procurou-se segui-los com toda a fidelidade e metodologia, e indicação das fontes, segundo

normas da ABNT 2016.

Não houve a pretensão de esgotar as temáticas abordadas, portanto é um trabalho aberto à

entrada de novas informações e dados oficiais, tabulados dentro das normas da ABNT 2016,

que poderão ser acrescentados sempre que necessário ou solicitado.

Espera-se, portanto, que este trabalho seja referência para os munícipes, e que seja também

o documento adequado de dados para a elaboração de planos, projetos e programas que

requeiram dados oficiais, bem como para pesquisas escolares e acadêmicas a respeito do

município de Itaúna.

7

2. ASPECTOS GERAIS DO MUNICÍPIO

2.1. Caracterização Histórica, Geográfica e Demográfica.

Itaúna é uma cidade com de 92.091 habitantes (estimativa 2016, IBGE), situada no anel

metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Trata-se de um município

nascido durante o ciclo do ouro, em virtude da produção agrária, necessária ao suprimento

dos trabalhos de busca das riquezas minerais das Minas Gerais.

No alvorecer do Século XVIII, iniciou-se o povoamento da região. Três portugueses, solteiros,

jovens, sócios, tornaram-se donos de “datas” de mineração no ribeirão das Lavrinhas, hoje

córrego do Paiol, na região de Jacuba: Tomás Teixeira, Manoel Neto de Melo e o sargento-

mor Gabriel da Silva Pereira. Este último, oficial de maior patente da região, o verdadeiro

fundador da cidade, abriu a primeira “picada”, a partir de Bonfim até Pitangui, ao longo do

rio São João, no princípio pela margem direita. Ao passar para a margem esquerda, na

“passagem do Rio São João”, aí iniciou uma povoação. O sargento-mor Gabriel da Silva

Pereira, dono de muitos escravos e sesmeiro, ao tempo de solteiro, teve uma filha bastarda,

a mulata Francisca da Silva Pereira, que se casou com o posseiro português, Manoel Pinto de

Madureira, o velho. Este, antes do casamento já pai bastardo também de um filho

homônimo, Manoel Pinto de Madureira, o moço. Seguindo a tradição, o noivo recebeu do

sogro dote em terras. Donos de bom patrimônio e já estabelecidos na região há anos,

Gabriel e Tomás resolveram casar e o fizeram em 12 de agosto de 1739, em cerimônia

realizada na capela de São Francisco Xavier, em Cachoeira do Campo, a que pertenciam

como fregueses. Gabriel construiu um oratório, no alto do morro, a pedido de sua esposa

Florência Cardoso de Camargo e das esposas de seus sócios: Ana Maria Cardoso de Camargo

esposa de Tomás Teixeira e Maria de Jesus Camargo, esposa de Manoel Neto de Melo.

Famílias muito católicas, as três irmãs, filhas de João Lopes de Camargo, fundador de Ouro

Preto, não admitiam morar em local onde não pudessem cumprir seus deveres religiosos.

Em 1750, na “passagem do São João” já havia uns 100 moradores entre portugueses, seus

descendentes e escravos. Manoel Pinto de Madureira, que aqui residia, requereu a pedido

dos demais moradores, também signatários do documento, ao primeiro bispo de Minas

Gerais, Dom Frei Manoel da Cruz, uma provisão para construir uma capela nos terrenos de

8

sua propriedade, obtidos através do dote. O despacho favorável exigia que a capela fosse

construída no mesmo lugar do oratório. Somente em 1765 a capela ficou pronta, tendo

como padroeira a Senhora de Santana. A partir de então, a comunidade ficou conhecida

como “povoação nova de Santana do São João Acima”.

Custódio Coelho Duarte, português, casou-se com sua prima Angélica Nogueira Duarte. O pai

desta, João Nogueira Duarte, casou-se com Clara Maria Assunção. Uma filha de Custódio e

de Angélica, Umbelina Nogueira Duarte, casou-se com Manoel Ribeiro de Camargos, dando

origem às famílias “Nogueira”, “Nogueira Machado” e “Soares Nogueira”. Manoel Nogueira

Penido, casado com Luíza Rodrigues de Sousa, da "Vila dos Penidos", em Portugal, é o

responsável pelos “Nogueira Penido” de Itaúna.

Manoel Ribeiro de Camargos era filho do português Antônio Ribeiro da Silva, fundador do

povoado “Ribeiros” em Carmo do Cajuru, genro de Tomás Teixeira, um dos fundadores de

Itaúna. O sargento-mor Gabriel da Silva Pereira, por sua vez, através das filhas Maria Josefa

de Camargos e Isabel Rosa de Camargos, deu origem à família dos Camargos que, com a dos

Nogueira, responde pelo pioneirismo nas terras de Santana.

Sabe-se que três irmãos da família Gonçalves da Guia, João, Joaquim e Antônio vieram para

essa região. Antônio Gonçalves da Guia que aqui já residia com sua mulher, Marcelina Maria

Martins teve uma filha, Maria Francisca Gonçalves, que se casou com Manoel Pereira da

Silva. O neto do pioneiro Antônio Gonçalves da Guia, Manoel Pereira da Silva, casou-se com

Herculana Petronila Assunção, dando origem à família Herculano, de Itaúna.

Outro português, nascido em 1730, Salvador Fernandes do Rego, foi personagem ilustre e de

grande prestígio na época. Casou-se duas vezes A primeira com Francisca Maria da Silva e, a

segunda com Francisca Maria de Morais. Do primeiro casamento nasceram 12 filhos e do

segundo, apenas dois. Do primeiro, a filha Ana Fernandes da Silva casou-se com João

Gonçalves da Guia, irmão do português Antônio Gonçalves da Guia que o historiador João

Dornas Filho acreditou ser o primeiro povoador de Itaúna. Também do primeiro casamento,

através de Maria Fernandes da Silva, é ancestral da família Calambau.

Outra enorme família dos primeiros tempos é a Faria, descendente do primeiro Juiz

Ordinário de Pitangui, Miguel de Faria Sodré, que se casou com Verônica Dias Leite Ferraz.

9

Misturaram-se com os Marinho e os Santos, descendentes do luso Antônio Francisco dos

Santos Maia.

De Bonfim vieram, em meados do século XIX, os cinco Sousa Moreira, de uma família de

treze irmãos, que se casaram com as cinco moças filhas de Manoel Gonçalves Cançado.

Deste, dois irmãos, Felizardo Gonçalves Cançado e Manoel Gonçalves Bonfim foram os

primeiros Gonçalves a pisar o solo itaunense. Dos Sousa Moreira e dos Gonçalves Cançado

nasceram os Gonçalves de Sousa, responsáveis pela implantação da indústria têxtil em

Santanense.

Em 1877, com a criação, em 17 de fevereiro, de uma agência do correio, fez-se o primeiro

movimento para a criação da vila de Itaúna, recusado pela Assembleia Provincial. Em 14 de

junho de 1901, em nome dos moradores, Senocrit Nogueira, Presidente do Conselho

Distrital, assinou um apelo dirigido à Assembleia, transformado na lei nº 319, de 16 de

setembro de 1901, que emancipou o município, separando-o de Pará de Minas, graças,

também, aos esforços do deputado itaunense José Gonçalves de Sousa. Dr. Augusto

Gonçalves de Sousa, considerado o pai do município, assumiu o cargo de Presidente da

Câmara (Agente do Executivo, prefeito). A vila de Itaúna foi elevada à categoria de cidade

pela lei nº 663, de 18 de setembro de 1915, e de Comarca, em 24 de janeiro de 1925, pela

lei nº 879.

Até emancipar-se politicamente, Itaúna pertenceu administrativamente aos seguintes municípios:

1. Sabará: 1711

2. Pitangui: 1715

3. Pará de Minas: 1848

4. Pitangui: 1850

5. Pará de Minas: 1858

6. Pitangui: 1872

7. Pará de Minas: 1874

8. Itaúna: 1901

(Fonte: Pesquisa documental feita por Guaracy de Castro Nogueira, no acervo da Biblioteca do Instituto Cultural “Maria de Castro Nogueira”.).

10

Hoje, a cidade estrutura-se numa economia relativamente equitativa entre os setores

industriais e de serviços, com agricultura incipiente. A qualidade de vida e condição social da

cidade, medida pelo IDH-M, cujo índice de 2010 foi de 0,758 indica alta qualidade de vida,

segundo classificação PNUD-ONU, e encontra-se em 400º lugar no ranking dos 5.570

municípios brasileiros e em 25º lugar no ranking dos 853 municípios mineiros, superando,

portanto, 828 municípios do estado (IPEA: 2015).

O clima é relativamente chuvoso e quente, o relevo apresenta aspectos colinosos e boas

faixas de terrenos planos nas margens dos rios que compõem a Bacia do Rio São João. Os

terrenos de melhor topografia estão basicamente esgotados e a mancha urbana da cidade

tem crescido num padrão rendilhado de modo a contornar os morros mais íngremes, mas a

futura expansão pode resultar na ocupação de áreas mais inclinadas que as atuais (IGA:

1985).

11

2.1.1. Localização e acesso

Figura 1 - Localização de Itaúna, em vermelho, no Estado de Minas Gerais, onde Belo Horizonte aparece em azul.

Itaúna pertence à Mesorregião Oeste de Minas, microrregião de Divinópolis e ainda é parte do

Anel Metropolitano da Região Metropolitana de Belo Horizonte. É uma cidade de médio porte

com área de 495,769 km² e população de 92.091 habitantes (estimativa IBGE). Localiza-se sobre

o paralelo 20o sul e faz fronteira ao norte com Igaratinga e Pará de Minas, a leste com Mateus

Leme, ao sul com Itatiaiuçu e a oeste com Carmo do Cajuru. A síntese destes dados pode ser

mais bem visualizada no Quadro 1.

Fica aproximadamente a 80 km do centro de Belo Horizonte, em caminho que pode ser

percorrido pelas Rodovias Newton Penido (MG-050), Presidente Arthur da Costa e Silva (BR-262)

e trecho da Rodovia Fernão Dias (BR-381) em aproximadamente uma hora, quando as condições

de trânsito estão favoráveis. De fato, Itaúna, por situar-se nas proximidades de uma das maiores

capitais brasileiras, possui acesso simplificado ao restante do país (

12

1 e Figura 2), e esta mesma localização submete o deslocamento de Itaúna para outras regiões

importantes do país.

13

Figura 2 - Mapa dos acessos de Itaúna a outros pontos do Brasil

O quadro 1 resume a localização geográfica do município, a tabela 1 mostra a distância entre os centros metropolitanos brasileiros e a tabela 1-A a distância entre municípios próximos à Itaúna que tem importantes elos com a cidade.

Quadro 1: Localização do Município

1.1. Regiões:

De Planejamento: Centro-Oeste

Mesorregião (IBGE): Oeste de Minas (OE-9)

Microrregião (IBGE): Divinópolis (DIV-43)

Região Administrativa: Central (Região 11)

Região Metropolitana: Pertence ao Anel Metropolitano

da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

1.2- Área: 495,769 Km2

1.3- Altitude: Máxima: 1.191 m, Local: Serra dos Marques.

Mínima: 857 m, Local: Faz. Córrego do Sítio.

1.4- Posição Geográfica: 20o 04' 32" de latitude Sul;

44 o 34' 35" de longitude oeste.

1.5- Municípios Vizinhos:

Ao NORTE: Igaratinga e Pará de Minas

Ao SUL: Itatiaiuçu

Ao LESTE: Mateus Leme

Ao OESTE: Carmo do Cajuru

Fonte: IBGE - Cidades. Disponível em http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php Acesso em 03/05/2016.

14

Tabela 1: Distância entre Itaúna e alguns centros Metropolitanos

Cidade Rodoviária (km) Ferroviária (km)

Belo Horizonte 82 90

Brasília 775 1.072

Rio de Janeiro 510 666

São Paulo 542 707

Vitória 599 807 Fonte: DER – MG - Disponível em http://br.distanciacidades.com/

Tabela 1-A: Distâncias entre os municípios próximos a Itaúna

Município Rodoviária (Km)

Belo Horizonte 82

Betim 51

Carmo do Cajuru 39

Contagem 66

Divinópolis 42

Igaratinga 44

Itatiaiuçu 25

Juatuba 34

Mateus Leme 24

Pará de Minas 30

Fonte: DER-MG - Disponível em http://br.distanciacidades.com/

2.1.2. Relevo e geologia

Os solos são argilosos, de moderada resistência à erosão, de profundidade variável, de baixa

a moderada fertilidade natural, com maior aproveitamento na pecuária. Formação

aparecendo na maioria das vezes em associação (podzólico e latossolo vermelho-amarelo).

As montanhas são rochosas, pré-cambrianas, intensamente dobradas, provocando a

formação de colinas côncavas, convexas e cristas esparsas, com altitudes de 860 a 1.200 m.

O ponto com maior altitude é a Serra dos Marques, com 1.191 m. Já o ponto de menor

altitude é a Fazenda Córrego do Sítio, com 857 m (IGA: 1985).

15

Tabela 2: Padrões de relevo de Itaúna Tipo de Relevo %

Plano 20 Ondulado 40

Montanhoso 40 TOTAL 100

Fonte: IGA - Instituto de Geociências Aplicadas de Minas Gerais

Itaúna assenta-se sobre rochas pré-cambrianas intensamente dobradas, falhadas e cortadas

por zonas de cisalhamento em várias direções. As litologias dominantes são gnaisses,

migmatitos e granitos do embasamento cristalino e, secundariamente, xistos, filitos e

quartzitos, todas de idade Arqueana. Rochas do proterozóico inferior, representadas por

quartzitos, filitos, xistos e itabiritos constituem, no extremo sudeste do município, o

acidente geográfico denominado de “Serra Azul”.

Os solos são argilosos, de moderada resistência à erosão, de profundidade variável, de baixa

a moderada fertilidade natural, com maior aproveitamento na pecuária. Formação

aparecendo na maioria das vezes em associação (podzólico e latossolo vermelho - amarelo).

As montanhas são rochosas, pré-cambrianas, intensamente dobradas, provocando a

formação de colinas côncavas e convexas e cristas esparsas, com altitudes de 860 a 1.200

metros.

Um aspecto importante a ser observado é que tanto as áreas de vale, como as áreas de

terrenos suaves e colinosos, parecem estar se esgotando e, tanto ao norte como ao sul da

cidade, existem zonas montanhosas não ocupadas (Figura 4) e mesmo no interior da mancha

urbana, observa-se uma formação montanhosa que já apresenta ocupação urbana e

industrial em suas faldas (IGA: 1985).

16

Figura 3 - Imagem de satélite de Itaúna, com realce de áreas urbanas em amarelo e áreas industriais em vermelho

Sabendo que Itaúna é uma cidade de 92.091 habitantes, prestes a ingressar nas dimensões

das grandes cidades e conhecendo os padrões de crescimento de outros municípios que já

atravessaram esta fase, é de se supor que o crescimento do município pode resultar em

ocupação das áreas montanhosas, sobretudo ao norte, onde as indústrias tendem a se

transformar em polos atrativos para populações em busca de empregos. Este fenômeno foi

observado ao longo do século XX em praticamente todos os municípios que se

industrializaram.

Figura 4 - Vista aérea de Itaúna (norte na parte de cima da imagem)

17

Observe que a ocupação de áreas em faldas de montanhas ou mesmo em suas encostas não

pode ser coibido pelo plano diretor do município, exceto em condições de ocupações de

encostas com declividades superiores a 30% (18,5o), que são proibidas pela lei 6766/79.

2.1.3. Clima

Pela classificação de Köppen, o clima de Itaúna é do tipo Cwa: Tropical de Altitude com

verões quentes.

Temperatura média de 21,8°C

Temperatura mínima anual: 13,2°C

Temperatura máxima anual: 32,2°C

Temperatura mínima absoluta: 7°C

Temperatura máxima absoluta: 35°C

Índice pluviométrico anual: 1.419 mm

Umidade relativa do ar média: 64,15%

Umidade relativa mínima do ar: 53,5 %

Umidade relativa máxima do ar: 74,8%

A característica mais marcante do clima de Itaúna é o índice pluviométrico que se manifesta

mais intensamente nos meses de verão (Figura 55). Entre os meses de dezembro a fevereiro,

costuma ocorrer precipitações de até 600 mm de chuva. Eventos da ordem de 80 mm/dia

não são incomuns.

0

50

100

150

200

250

300

350

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Mês

Ind

ice

plu

vio

mét

rico

(m

m)

Figura 5 - Curva pluviométrico média de Itaúna (1947 a 2004)

18

2.1.4. Hidrografia

Em Itaúna corre o leito do Rio São João, afluente do Rio Pará – Bacia do Rio São Francisco.

Afluentes do Rio São João: Córrego do Soldado; Ribeirão dos Capotos; Ribeirão Calambau;

Ribeirão dos Coelhos.

Represas: do Benfica (4,5 Km²) e dos Britos.

Tabela 3: Elementos básicos das Bacias Hidrográficas de Itaúna

BACIA HIDROGRÁFICA

TRECHO Área

da Bacia (km2)

L (m)

Cotas (m) Desnível

(m)

Área Urbaniza- da (Km2)

Urbanização (%)

Montante Jusante Monta

nte Jusante

Córrego dos Capotos

Início Rio São João

65,77 20.117 1.160 825 335 5,86 8,90

Córrego do Sumidouro

Início Rio São João

6,56 6.440 1.040 842 198 2,67 40,7

Córrego da Várzea

Início Rio São João

41,84 12.740 980 842

138 5,67 13,6

Córrego da Lavrinha

Início Rio São João

1,74 2.760 920 775

145 0,28 16,1

Rio São João Inicio Barragem do Benfica

230,00 - - - - - -

Rio São João Barragem Benfica

Barragem Aug. Gonç.

51,98 15.834 1.160 915 245 - -

Rio São João Barragem Aug.Gonç.

Córrego da Várzea

13,18 7.369 940 842 98 3,02 22,9

Rio São João Córrego .Várzea

Córrego dos Capotos

5,96 4.027 960 825 135 1,91 32,0

Rio São João Córrego Capotos

Córrego da Lavrinha

6,59 4.830 860 775 85 0,72 10,9

Rio São João Córrego Lavrinha

Jusante - - - - - - -

Fonte: CHS Engenharia Ltda. – Sistema de Recursos Hídricos e Drenagem Urbana de Itaúna. Trabalho elaborado em 2007 para subsidiar os trabalhos do Plano Diretor

Observa-se na tabela 3 que todas as bacias hidrográficas de Itaúna são fortemente marcadas

por desníveis variando de 85 a 335 m e nas proximidades de muitos dos córregos já se

apresentam expressivamente urbanizados, de modo que, atualmente, pelo menos 20 km de

córregos estão inseridos dentro da mancha urbana.

As características torrenciais dos córregos de Itaúna trazem tanto benefícios como riscos

para a população local. Vale ressaltar que no entorno de todos os rios e córregos da região

urbana do município foram construídos interceptores de esgoto – portanto, não há descarte

de esgotos (sanitário ou industrial) dentro deles (CHS: 2007).

19

2.2. Aspectos demográficos

A população de Itaúna é 49.3% masculina e 50,7% feminina, mostrando uma ligeira

diferença em favor do sexo feminino, conforme demonstrado na tabela 4.

O crescimento populacional estimado pelo IBGE foi de 7,76% para 2016 em relação ao censo

de 2010.

Tabela 4: População residente nos bairros em Itaúna, por gênero. Bairro Homens Mulheres Total 2010 Estimativa 2016

Centro 3.932 3.327 7.259 7.822

Morada Nova 3.047 3.009 6.056 6.526

Lourdes 2.754 2.583 5.337 5.751

Parque Jardim Santanense 1.936 2.113 4.049 4.363

Itaunense 1.825 1.820 3.645 3.928

Santanense 1.766 1.639 3.405 3.669

Padre Eustáquio 1.770 1.632 3.402 3.666

Piedade 1.692 1.495 3.187 3.434

Jadir Marinho de Faria 1.561 1.535 3.096 3.336

Das Graças 1.380 1.342 2.722 2.933

Irmãos Auler 1.311 1.391 2.702 2.912

Garcias 1.346 1.312 2.658 2.864

Olaria 1.281 1.309 2.590 2.791

Cidade Nova 1.248 1.228 2.476 2.668

Aeroporto 1.125 1.106 2.231 2.404

Cerqueira Lima 1.118 1.047 2.165 2.333

Três Marias 1.055 1.072 2.127 2.292

Nogueira Machado 1.067 965 2.032 2.190

Cidade Leonani 711 731 1.442 1.554

Residencial Morro do Sol 694 694 1.388 1.496

Residencial Veredas 667 687 1.354 1.459

Santo Antônio 592 502 1.094 1.179

Pio XII 553 495 1.048 1.129

Fazenda Morro do Engenho 488 483 971 1.046

Residencial Santanense 487 482 969 1.044

Residencial Novo Horizonte 487 473 960 1.034

Vila Nazaré 440 423 863 930

Belvedere 458 394 852 918

Residencial São Geraldo 392 402 794 856

Nova Vila Mozart 396 356 752 810

Vila Vilaça 387 360 747 805

Nogueirinha 335 335 670 722

Vila Tavares 305 295 600 647

Chácara Quitão 282 311 593 639

São Geraldo 302 253 555 598

Santa Mônica 266 270 536 578

Universitário 225 233 458 494

São Bento 225 223 448 483

São Judas Tadeu 215 185 400 431

20

- Continuação da Tabela 4 - População residente nos bairros em Itaúna, por gênero.

Bairro Homens Mulheres Total 2010 Estimativa 2016

Vargem Verde 157 163 320 345 Res. Victor Gonçalves de Souza 160 149 309 333 Vila Mozart 139 133 272 293 Antunes 119 121 240 259 Vila Washington 103 107 210 226 Vila Santa Maria 47 66 113 122 Vila Augusto Chaves 51 47 98 106 Tropical 42 47 89 96 Eldorado 45 37 82 88 Vila Santiago 16 17 33 36 Alaíta 23 29 52 56 Zona rural 2.341 2.671 5.012 5.401

Total 43.364 42.099 85.463 92.091 Fonte: IBGE - Censo 2010. Disponível em www.ibge.gov.br – Acesso em 03/10/2016

Outro aspecto observável na Figura 6 é que a distribuição entre sexos, para as diversas faixas

etárias, mostra o mesmo tipo de curva que o Brasil, ou seja, que Itaúna está atravessando

um período de transição etária através da redução da taxa de fecundidade. Observe a

diferença entre as Pirâmides de 1980 (Figura 7) e de 2000 (Figura 8).

Figura 6 – Pirâmide etária de Itaúna (2010)

21

Figura 7 - Pirâmide etária do Brasil (1980)

Figura 8 - Pirâmide etária do Brasil (2000)

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o

país registra taxa de fecundidade média de 1,94 filhos por mulher, estando abaixo da taxa de

reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a

fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade

reprodutiva.

Em 1960, a taxa de fecundidade no Brasil foi de 6,3 filhos por mulher. Desde então, a

redução ocorreu de forma gradativa: 1970 (5,8), 1980 (4,4), 1991 (2,9), 2000 (2,3) e, em

2006, com dois filhos por mulher, registrando média abaixo da necessária para a reposição

populacional.

Vários fatores contribuem para a queda da fecundidade, principalmente a expansão da

urbanização, pois no meio rural as famílias tinham a ideia de que era necessário ter muitos

filhos para ajudar nos trabalhos do campo. Os avanços da medicina e a utilização de

métodos contraceptivos (preservativos, diafragma, pílula anticoncepcional, etc.) também

influenciam na redução do número médio de filhos, além, é claro, o fator cultural e a

inserção cada vez mais marcante das mulheres no mercado de trabalho.

De fato, o envelhecimento da população já pode ser observado na pirâmide brasileira de

2010 (Figura 9), que mostra uma larga faixa de indivíduos vivos entre 10 e 29 anos. Na

verdade, o Brasil experimenta atualmente uma fase altamente vantajosa do ponto de vista

22

demográfico, pois grande parte da sua população está em idade produtiva ou em vias de

ingressar nessa faixa etária, mas essa condição deverá ser alterada nos próximos anos.

Figura 9 - Pirâmide etária do Brasil (2010)

Itaúna, assim como boa parte do país, tem reduzido a sua taxa de fecundidade e com isso

apresenta um envelhecimento acelerado de sua população. Essa característica tende a se

mostrar benéfica entre hoje e os próximos 20 anos, mas em prazo mais longo essa vantagem

tende a se reverter.

Observe as projeções feitas pelo IBGE para as pirâmides brasileiras de 2030 ( Figura 10)

e 2050 ( Figura 11). Essas imagens mostram que a população estará envelhecida e a

maior parte dos indivíduos estará se aproximando da idade de aposentadoria. Quando se

compara a Figura 8 com a Figura 11, é fácil entender que os jovens e adultos do futuro

não serão capazes de manter o funcionamento de um sistema de previdência e saúde no

qual a quantidade de contribuintes será de dimensões tão grandes como a de beneficiários.

Incorporem-se neste processo todos os custos de saúde relacionados ao tratamento das

doenças da terceira idade.

23

Itaúna, assim como o restante do país, tem a obrigação urgente de preparar pessoas que

precisarão trabalhar e viver até uma idade muito mais avançada que aquelas que são

registradas atualmente. As gerações que deverão se manter até mesmo quando tiverem

ingressado na terceira idade já estão vivas nos dias de hoje.

Figura 10 - Pirâmide etária do Brasil (2030)

Figura 11 - Pirâmide etária do Brasil (2050)

A evolução do grau de urbanização da população de Itaúna pode ser vista na Tabela 5 e na

Error! Reference source not found.. Percebe-se que Itaúna passou por um processo muito

intenso de urbanização (êxodo rural) entre 1940 a 1980 e, desde então, parece ter

estabilizado o processo num ambiente eminentemente urbano, no qual mais de 90% da

população já não vive nas áreas rurais. Outro aspecto importante sobre Itaúna é que a

transição do modelo rural para o urbano (população urbana maior que 50%) aconteceu

ainda nos anos 50, quando a cidade tinha meros 30.000 habitantes. Este fenômeno de

urbanização de municípios tão pequenos não era frequente no Estado de Minas Gerais no

início da segunda metade do século XX, mas é provável que isto tenha ocorrido em função

do processo de industrialização crescente do município e da absorção de mão de obra pelos

municípios da vizinha região metropolitana de Belo Horizonte.

Resulta disso que Itaúna, apesar de suas dimensões relativamente reduzidas (86.112

habitantes na zona urbana), já é um núcleo urbanizado há mais de meio século.

24

Tabela 5: Evolução da urbanização da população de Itaúna

ANOS

URBANA RURAL TOTAL

Habitantes % Habitantes % Habitantes Taxa de

Crescimento

1940 7.762 23,52 25.240 76,48 33.002 -

1950 9.817 41,23 13.995 58,77 23.812 -27,85%

1960 23.036 70,97 9.423 29,03 32.459 36,31%

1970 32.716 86,90 4.932 13,10 37.648 15,99%

1980 49.408 92,47 4.024 7,53 53.432 41,93%

1991 61.891 93,30 4.442 6,70 66.333 24,14%

1996 66.369 93,58 4.550 6,42 70.919 6,91%

2000 71.770 93,38 5.092 6,62 76.862 8,38%

2007 76.563 94,14 4.770 5,86 81.333 5,82%

2010 80.451 94,14 5.012 5,86 85.463 5,08%

2011 (*) 81.031 94,09 5.093 5,91 86.124 0,77%

2012 (*) 81.586 94,03 5.176 5,97 86.762 0,74%

2013 (*) 84.834 94,16 5.260 5,84 90.094 3,84%

2014 (*) 85.459 94,14 5.324 5,86 90.783 0,76%

2015 (*) 86.112 94,16 5.341 5,84 91.453 0,74%

2016 (*) - - - - 92.091 0,70% Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Censos IBGE: de 1970 a 2010.

(*)2011 a 2016: Estimativas IBGE.

Figura 12: Evolução do grau de urbanização de Itaúna

O quadro 2 apresenta os 38 núcleos urbanos (povoados e condomínios) que compõem a

Macrozona Rural de Itaúna.

25

Quadro 2 - MACROZONA RURAL – Núcleos Urbanos da Zona Rural

(Povoados e Condomínios)

1 Angicos 20 Fazenda Mato Grosso

2 Angu Seco 21 Fundão

3 Área Turística 22 Grota dos Paulistas

4 Arrudas 23 Lopes

5 Barragem do Benfica 24 Marques

6 Beira Rio 25 Matinha

7 Brejo Alegre 26 Mato Dentro

8 Cachoeirinha 27 Morro grande

9 Calambau 28 Parque Primavera

10 Campos 29 Parque Primavera II

11 Carneiros 30 Paulas

12 Coelhos 31 Recanto dos Pássaros

13 Condomínio Arraial do Lago 32 Recanto dos Pequis

14 Condomínio Lago do Sol 33 Retiro dos Faria

15 Condomínio Solar dos Lagos 34 São José de Pedras

16 Córrego da Estiva 35 Serrinha de Freitas

17 Córrego Soldado 36 Tabuões

18 Enseada Azul 37 Vale das Flores

19 Fazenda dos Coelhos 38 Vista Alegre

Fonte: Prefeitura Municipal de Itaúna – Secretaria Municipal de Finanças – Divisão de Cadastro

A distribuição étnica da população de Itaúna (Error! Not a valid bookmark self-

reference.6) é consideravelmente mais embranquecida que as típicas distribuições mineira e

brasileira.

Tabela 6: Distribuição étnica da população de Itaúna, Minas Gerais e Brasil segundo a IBGE (2010)

Etnia Itaúna Minas Gerais Brasil

Brancos 71,04% 46,20% 47,70%

Pardos 22,40% 44,60% 43,10%

Pretos 6,10% 8,20% 7,60%

Amarelos 0,41% 0,97% 1,10%

Indígenas 0,05% 0,03% 0,50% Fonte: IBGE – Censo 2010

Observa-se, na Tabela 77, que a população vive basicamente em casas térreas urbanas (87%

dos domicílios), mas os apartamentos são bastante presentes e cerca de 6% dos domicílios já

são deste tipo. A Tabela 8 mostra que a maioria dos domicílios é própria, mas o meio

urbano apresenta um grande contingente de domicílios alugados (outra características típica

das cidades que passaram por processos de urbanização acelerado) e, no meio rural,

26

observa-se ainda uma forte presença de pessoas vivendo em domicílios cedidos por

empregadores. Esta condição de ocupação aparece nos casos em que o ocupante trabalha

como caseiro para proprietários de classe média que mantêm chácaras de veraneio ou

quando o ocupante trabalha como colono em fazenda. O primeiro caso é prevalente no

meio rural de Itaúna e isso é também uma característica da imersão da cidade no meio

urbano da metrópole da capital mineira.

Tabela 7: Padrões de Domicílios em Itaúna (2010)

Tipo do Domicílio Urbana Rural Total

Casa 18.457 1.490 19.947

Apartamento 1.227 4 1.231

Cômodo 65 4 69

Total 19.749 1.498 21.247 Fonte: IBGE – Censo 2010

Observa-se na tabela 8 que a grande maioria dos domicílios de Itaúna apresentou, no censo

de 2010 do IBGE, a condição de ocupação de domicílio próprio, já quitado, com 66% na

região urbana e 58% na região rural.

Tabela 8: Condição de ocupação dos domicílios de Itaúna (2010)

Itaúna Urbana Rural

Próprio já quitado 12.979 66% 867 58%

Próprio em aquisição 1.683 9% 2 0%

Alugado 3.738 19% 72 5%

Cedido por empregador 75 0% 449 30%

Cedido de outra forma 1.162 6% 99 7%

Outra forma 112 1% 9 1%

Total 19.749 100% 1.498 100%

Fonte: IBGE – Censo 2010

A casa típica de Itaúna contém uma família de dois filhos, e isso ocorre tanto na área

urbana com na área rural, mas os domicílios com sete pessoas ou mais ainda integram 4%

das moradias da cidade. De qualquer modo, as moradias com muitas pessoas (15 ou mais)

que tipicamente correspondem aos cortiços das grandes cidades, não fazem parte da

paisagem urbana ou rural de Itaúna. Vale ressaltar que Itaúna não tem favelas.

27

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Númerto de moradores / domicilio

Fra

çã

o d

e d

om

icílio

s

Urbana

Rural

Figura 13 - Distribuição do nº de moradores por domicílio

0

200

400

600

800

1000

1200

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Nú

me

ro d

e c

as

am

en

tos

e n

as

cim

en

tos

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

Ra

zã

o e

ntr

e c

as

am

en

tos

e n

as

cim

en

tos

Registros de Nascimentos

Registros de Casamentos

Razão entre casamentos e nascimentos

Figura 14 - Casamentos e nascimentos em Itaúna

Quando se observa os dados do Registro Civil de Itaúna (Figura 144), percebe-se que a

cidade mantém um crescimento de 25 casamentos a cada ano, compatível com o

crescimento populacional, enquanto o número de nascimentos está em queda de 19

nascimentos a cada ano. O que se observa é que as pessoas continuam se casando em

28

Itaúna, mas o ímpeto em converter os casamentos em ato de maternidade está se reduzindo

cada vez mais e, desta forma, a razão entre casamentos e nascimentos, que era de 2,5

nascimentos para cada casamento em 2005, foi de 1,8 em 2009.

2.3. Infraestrutura da cidade

2.3.1. Serviços

a) Rede bancária: Banco do Brasil, Banco Santander (Brasil) S.A., Bradesco, Caixa

Econômica Federal, HSBC, Itaú e Mercantil do Brasil;

b) Cooperativas de crédito: Sicoob-Centro-Oeste, Sicoob-Crediuna e Unicred;

c) Comunicação: 3 (três) Agências de Correio; 4 (quatro) Agências de Turismo; Rádios:

(Rádio Santana FM; Rádio Clube FM; Rádio Alternativa FM; Rádio Santanense; Rádio Clube AM);

1 (uma) Estação Rodoviária; 6 (seis) Repetidoras de Sinal de TV; 1 (uma) TV a cabo; 1 (uma)

Emissora de TV local (TV Cidade); 10 (dez) Jornais e Revistas; 13 (treze) usuários qualificados

Radioamadores.

d) Distritos industriais

Distrito industrial “Guarany Nogueira”: Localizado às margens da Rodovia MG-

050, a 6,5 km do centro da cidade, em terreno dotado de infraestrutura,

possibilitando a implantação de indústrias de pequeno, médio e grande porte,

sendo sua área destinada à implantação industrial de 560.000 m².

Distrito industrial da fazendinha (CDI): Localizado na região denominada

"Fazendinha", a 7 km do centro da cidade, em terreno dotado de infraestrutura,

possibilitando a implantação de indústrias de pequeno e médio porte, sendo sua

área destinada à implantação industrial de 381.417m². Este Distrito Industrial

pertence à CODEMIG.

e) Telecomunicações

A cidade conta com Telefonia fixa e 4 (quatro) operadoras de telefonia celular (Claro; Oi; TIM;

Vivo) e Serviços de Internet banda larga em 4 (quatro) padrões (ADSL, rádio, fibra ótica e cabo).

29

2.3.2. Saneamento básico

O número de domicílios existentes em Itaúna, observado pelo IBGE no censo de 2010, foi de

26.669 unidades e o número de ligações de água supera este valor (ver

Tabela 9: 9). Isto se deve provavelmente à existência de mais de uma instalação de água em

alguns domicílios (prédios de salas e apartamentos), mas a rigor, é possível afirmar que a

população de Itaúna é integralmente atendida em relação ao abastecimento de água

encanada e tratada e à rede de esgoto. O tratamento e a distribuição da água e o sistema de

coleta de esgoto sanitário são de responsabilidades do próprio município, através da

autarquia de saneamento SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto.

Tabela 9: Resumo do saneamento básico em Itaúna

Itaúna 2014

Ligações domiciliares de rede de água 29.627

Ligações domiciliares de rede de esgoto 26.507

Extensão da Rede de Água (em metros) 560.389

Extensão da Rede de Esgoto (em metros) 360.649

Volume de água consumida (em m3/dia) 19.243

Volume de água tratada (em m3/dia) 25.032 Fonte: SAAE - Itaúna

Percebe-se na Tabela 9 que a cidade é bem servida de água tratada, como já dito

anteriormente, praticamente 100% dos domicílios são servidos de água tratada e rede de

esgoto. O volume de água tratada atualmente supera o de consumo em cerca de 4.000

m3/dia e ainda existe capacidade para produzir mais, caso necessário.

Na Tabela 1010 pode-se observar que o sistema de abastecimento de água melhorou desde

2000, quando a zona rural ainda era fortemente dependente de poços e nascentes.

30

Tabela 10: Características do sistema de abastecimento de água em 2010

Abastecimento de Água Urbana Rural Total % Rede Geral 24.935 803 25.738 96,51%

Poço ou nascente (na propriedade) 56 693 749 2,81%

Poço ou nascente (fora da propriedade) 3 98 101 0,38%

Carro-pipa ou água de chuva 6 46 52 0,19%

Rio, açude, lago ou igarapé. 0 2 2 0,01%

Outra 22 5 27 0,10%

Total 25.022 1.647 26.669 100,00% Fonte: IBGE – Censo 2010

Ainda observando a

Tabela 9: 9 (confrontada com os 26.669 domicílios de Itaúna), pode-se perceber que algo da

ordem de 92% dos domicílios de Itaúna já eram servidos por esgotamento doméstico em

2009 e este número manteve-se constante desde 2000, como se vê pela Tabela 1111.

Tabela 11: Esgotamento Sanitário em Itaúna (2010)

Tipo de Esgotamento Sanitário Urbana Rural Total %

Rede geral de esgoto ou pluvial 24.799 316 25.115 94,17%

Fossa séptica 77 412 489 1,83%

Fossa rudimentar 119 886 1.005 3,77%

Vala 2 12 14 0,05%

Rio, lago ou mar. 9 11 20 0,07%

Outro escoadouro 11 7 18 0,07%

Não tinham banheiro nem sanitário 5 3 8 0,03%

Total 25.022 1.647 26.669 100,00% Fonte: IBGE – Censo 2010

De uma maneira geral, os lançamentos diretos em valas ou fluxos de águas permanecem

próximo de 1% dos domicílios, contudo, os esgotos coletados na área urbana ainda não são

tratados, porém não são jogados diretamente em rios ou córregos do município, pois no

entorno de todos eles foram construídos interceptores de esgoto. A estação de tratamento

de esgotos encontra-se em construção, com início de funcionamento previsto para o final de

2017.

31

2.3.3. Lixo urbano

Itaúna deposita parte do lixo produzido por seus habitantes e o destina desde 2009 ao

aterro sanitário municipal, devidamente licenciado pelos Órgãos Ambientais.

Tabela 12: Lixo urbano em Itaúna (2010)

Destino do Lixo Urbana Rural Total %

Coletado, destinado ao aterro sanitário. 24.993 1.201 26.194 98,22%

1) Coletado por serviço de limpeza 24.973 806 25.779 96,66%

2) Coletado em caçamba de serviço de limpeza 20 395 415 1,56%

Queimado (na propriedade) 18 359 377 1,41%

Enterrado (na propriedade) - 13 13 0,05%

Jogado em terreno baldio ou logradouro 4 3 7 0,03%

Jogado em rio, lago ou mar. - - - 0,00%

Outro destino 7 71 78 0,29%

Total 25.022 1.647 26.669 100% Fonte: IBGE – Censo 2010

A coleta de resíduos é diária, seis dias por semana, de forma intercalada entre “orgânicos” e

“reutilizáveis ou recicláveis”, com coleta diária dos dois tipos de resíduos na região central,

atendendo a 100% da área urbana do município. A coleta seletiva do tipo “Lixo Seco e Lixo

Molhado” foi iniciada em Itaúna no dia 1º de Julho de 2002 e vem sendo mantida nestes 14

anos. O serviço de coleta é do próprio Município, por meio de sua autarquia de saneamento,

SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto desde o mês de março de 2015. Anteriormente

era realizada pelo Município, por meio de estrutura própria. A coleta dos resíduos

“reutilizáveis ou recicláveis” é contratada junto à COOPERT - Cooperativa de Reciclagem e

Trabalho Ltda., composta de catadores, sob a supervisão e gestão do Município, desde o dia

20 de janeiro de 2013 (CUNHA, 2016).

O aterro sanitário localiza-se na Fazenda Três Barras, que fica a 15 km da sede do município,

e opera com todas as licenças ambientais. O processo operacional do aterro é eficiente e

adequada na disposição do lixo, que é comprimido por máquinas para reduzirem o seu

volume.

32

Com auxílio de tratores, o lixo é empurrado, esparramado e amassado sobre uma espessa

manta de impermeabilização. Posteriormente, é coberto por uma camada de terra, que

minimiza os odores e a proliferação de insetos e roedores. Os gases gerados no aterro são

captados por drenos e o chorume gerado na massa de lixo recebe tratamento adequado

antes de ser lançado no curso d’água, para impedir a contaminação do solo e da água.

Segundo CUNHA (2016), são recolhidas mensalmente 1.850 toneladas de resíduos, sendo

1.210 toneladas de resíduos orgânicos e 640 toneladas reaproveitáveis/recicláveis. Destas

640 toneladas, 430 toneladas, em média, são selecionadas e recolocadas no mercado, e o

restante de 210 toneladas classificadas como rejeitos, é aterrado no aterro sanitário, junto

às 1.210 toneladas de resíduos orgânicos recolhidas. Por meio de análise gravimétrica

realizada em 2014, constatou-se que a geração média de resíduos por habitante-dia, em

Itaúna, é de 800 gramas. A figura 16 ilustra de forma simples estes dados.

Figura 15: Proporção % entre o Lixo Seco (Reciclável) e o Molhado (orgânico) Fonte: CUNHA, 2016.

O lixo molhado destina-se ao aterro sanitário e o lixo seco é encaminhado para a COOPERT –

Cooperativa de Reciclagem e Trabalho que, em local apropriado, faz a triagem dos materiais

e o enfardamento dos mesmos, que são vendidos para empresas de materiais recicláveis. O

óleo de cozinha utilizado, quando recolhido em garrafas Pet ou outra embalagem adequada,

é também destinado à COOPERT, para ser transformado em produtos de limpeza. Itaúna

33

recicla aproximadamente de 23,5% do lixo através da COOPERT, um dos índices de

aproveitamento de destaque em nível nacional.

O SINDIMEI – Sindicato das Indústrias do Setor Metal Mecânico de Itaúna é o responsável

pelo aterro dos resíduos sólidos industriais. Instalado em área de 300 mil metros quadrados,

é o local destinado, também, para a destinação correta das ADF (Areias Descartadas das

Fundições), com condições técnicas e ambientais de conformidade com as normas

determinadas pela ABNT e órgãos ambientais.

O Depósito de Pneus Inservíveis, localizado no Bairro Universitário, dispõe de condições

adequadas de armazenamento, conforme exigido pela legislação ambiental e pela ANIP –

Associação Nacional de Indústria de Pneus.

Os resíduos produzidos pelos serviços de saúde, tais como seringas descartáveis, agulhas,

algodão e curativos utilizados, embalagens de medicamentos e resíduos de materiais

cirúrgicos têm sua coleta feita de forma específica e adequada. Esses resíduos são coletados

nos postos de saúde, PSFs, hospitais, clínicas e nas farmácias pela empresa que cuida da

limpeza urbana do município. Em seguida, são encaminhados ao tratamento para inativação

dos micro-organismos presentes e, posteriormente, dispostos em aterros sanitários,

totalmente imunes às contaminações.

a- Comentários sobre o Saneamento Básico

Em relação aos impactos do sistema de saneamento básico de Itaúna sobre a saúde da

população, a cidade encontra-se em nível bastante desenvolvido quando comparada a

outros municípios mineiros e brasileiros.

A ampla distribuição de água tratada, canalização de esgotos, coleta de lixo urbano e a

construção em fase de conclusão da ETE – Estação de Tratamento de Esgotos, tornam a

cidade relativamente resistente às doenças infecciosas e parasitárias.

34

2.3.4. Energia elétrica

Itaúna apresenta plena disponibilização de energia elétrica aos seus cidadãos, e a

Tabela 1313 mostra o consumo local.

Tabela 13: Consumo de Energia elétrica em Itaúna - 2014 (MWh)

Classes Consumidores Consumo

(Mwh)

Residencial 33.160 54.747 Industrial 544 182.050 Comercial 4.316 31.729 Rural 1.587 7.398 Poder Público 211 2.690 Serviço Público

42 4.096 Outros 23 7.470 TOTAL 38.995 290.180

Fonte: CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais.

2.3.5. Transporte

a) Malha rodoviária

Cortam o município duas rodovias estaduais:

a) MG-050 (Rodovia Nilton Penido): a oeste, no sentido de Divinópolis e a leste

(pedágio Nascentes das Gerais km 81), no sentido de Belo Horizonte. Rodovia em fase de

duplicação.

b) MG-431 (Rodovia Nilo Penido): ao sul, no sentido de Itatiaiuçu (caminho

alternativo para BH) e ao norte, no sentido de Pará de Minas.

Essas rodovias interligam-se com as seguintes rodovias federais:

* BR-381 (Fernão Dias), a trinta quilômetros, pela Rodovia MG-431, dirigindo-se

no sentido Itatiaiuçu. Permite acesso ao Sul de Minas e à cidade de São Paulo.

* BR-262, a 22 quilômetros de Itaúna, pela Rodovia MG-431, dirigindo-se no

sentido Pará de Minas. Permite acesso ao Triângulo Mineiro e Centro-Oeste do

País.

35

* BR-262, a trinta quilômetros de Itaúna, pela Rodovia MG-050, dirigindo-se no

sentido de Belo Horizonte. Permite o acesso a BH e, pelo anel rodoviário dessa

capital, ao Rio de Janeiro e Brasília.

b) Ferrovia

Ferrovia Centro Atlântica. Existe o terminal de Cargas J. Mendes, modal para escoamento da

produção de minérios.

c) Frota de veículos

Itaúna apresenta uma grande frota de veículos particulares (tabela 14), que se estabelece

em mais de 1 veículo particular para cada 1,8 habitantes.

Essa grandeza de posse de veículos privados, ainda que pese o fato de se tratar de uma

cidade de médio porte, é bastante alto para os padrões brasileiros e mesmo para os padrões

europeus.

Tabela 14: Frota de Veículos de Itaúna

Grupo de Veículos Quantidade de Veículos Variação

% 2014 2015 Automóvel 28.514 29.328 2,85% Caminhão 1.591 1.620 1,82% Caminhão trator 685 660 -3,65% Caminhonete 4.120 4.270 3,64% Camioneta 1.450 1.530 5,52% Micro-ônibus 240 239 -0,42% Motocicleta 11.397 11.668 2,38% Motoneta 1.096 1.112 1,46% Ônibus 282 294 4,26% Trator de rodas 6 6 0,00% Utilitário 217 238 9,68% Outros 1.846 1.914 3,68% Total de Veículos 51.444 52.879 2,79%

Fonte: Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN Disponível em: www.denatran.gov.br/frota.htm - Acesso em 03/05/2016.

36

2.4. Educação

2.4.1. Educação Infantil, Fundamental e Média, e os Indicadores da Educação.

Itaúna conta com um sistema completo de educação, com ofertas de creches, educação

infantil, Ensino fundamental, médio, superior e pós-graduação em nível de especialização e

mestrado, através da Universidade de Itaúna.

Conforme pode ser verificado na tabela XIV, Itaúna apresentou, no censo de 2010 do IBGE, o

baixo nível de analfabetismo, com resultados significativos tanto na área urbana quanto na

rural, em comparação com o estado de Minas Gerais.

Vale ressaltar que a população alfabetizada com idade igual ou superior a cinco anos de

idade apresentou taxas significativamente crescentes nos censo dos anos de 1991, 2000 e

2010, de acordo com as taxas de analfabetismo tendo sido reduzida de 9,9% em 1991 para

6,30% em 2000 e para 3,79% em 2010, o que mostra o trabalho feito nas práticas

pedagógicas e políticas educacionais no município.

Tabela 15: População de 15 anos ou mais de idade e Taxa

de analfabetismo (%), por localização urbana e rural. Itaúna e Minas Gerais

Municípios e Minas Gerais

1991 2000 2010

Total - Absoluto

Taxa de Analfabetismo

(%)

Total - Absoluto

Taxa de Analfabetismo

(%)

Total - Absoluto

Taxa de Analfabetismo

(%)

Itaúna 45.570 9,90 56.325 6,30 67.981 3,79 a- Urbana 42.544 9,58 52.703 5,87 64.141 3,39

b- Rural 3.026 14,46 3.622 12,47 3.840 10,39 Minas Gerais

10.318.594 17,43 12.724.314 11,32 15.203.309 8,09 a- Urbana 10.560.888 12,76 10.543.521 8,97 13.042.585 6,47

b- Rural 3.472.853 32,47 2.180.819 22,63 2.160.724 17,92

Fonte: Censos Demográficos do IBGE anos 1991, 2000 e 2010.

Na tabela 16 verifica-se que a educação formal em Itaúna apresenta os seguintes números

de estabelecimentos de ensino, segundo a rede e o nível de ensino, nas zonas rural e

urbana:

37

Tabela 16: Nº de Estabelecimentos escolares e nº de alunos matriculados por rede de ensino, segundo nível de ensino e áreas urbana e rural

Ano: 2015

Município de Itaúna

Nº de Estabeleci

mentos

Matrícula inicial (Alunos de Escolas Especiais, Classes Especiais e Incluídos).

Ensino Regular EJA

Educação Infantil Ensino Fundamental Médio

EJA Presencial

Creche Pré- escola Anos Iniciais Anos Finais Fundamental

Médio

Parcial

Integral

Parcial

Integral

Parcial

Integral

Parcial

Integral

Parcial

Integral

Estadual Urbana

18 0 0 0 0 1.652 97 3.745 0 2.553 0 50 208

Municipal Urbana

17 0 409 1.233 90 1.743 572 388 128 0 0 55 287

Municipal Rural

8 0 0 99 0 140 170 0 0 0 0 0 0

Particular Urbana

15 388 0 473 0 1.029 0 965 0 580 0 0 0

Total 58 388 409 1.805 90 4.564 839 5.098 128 3.133 0 105 495 Fonte: MEC - INEP - Censo Escolar 2015. Disponível em <http://portal.inep.gov.br/basica-censo> . Acesso em 03/05/2016.

Assim, o município conseguiu atingir um bom nível de alfabetização em todas as faixas

etárias de escolarização. Na tabela 17 podem ser analisados os índices de alfabetização por

faixa etária, da população com 5 anos ou mais de idade, por faixa etária. Os índices podem

ser comparados com os do estado de Minas Gerais.

Tabela 17: Pessoas de 5 anos ou mais de idade, alfabetizadas, por grupos de idade.

Ano: 2010

Município e Estado de

Minas Gerais

Pessoas de 5 anos ou mais de idade, alfabetizadas.

Total Grupos de idade

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 ou mais

Itaúna 76 580 6,06% 8,90% 9,40% 19,44% 17,33% 16,30% 11,87% 10,71% Minas Gerais 16.706.211 6,64% 9,93% 10,17% 20,20% 17,27% 14,82% 10,82% 10,16%

Fonte: Censo Demográfico do IBGE ano 2010. Disponível em <www.ibge.gov.br> (SIDRA) - Acesso em 03/05/2016

É importante ressaltar o percentual da população dos indicadores da dimensão educação,

que evoluíram de forma acentuada, em função das políticas educacionais e investimentos na

educação feitos no município, elevando o número de alunos nas idades adequadas para as

salas de aula, conforme pode ser visto na tabela 18, a evolução nos anos de 1991, 2000 e

2010.

38

Tabela 18: Indicadores de frequência (%) à escola em faixas de idade adequadas

Indicadores na Dimensão Educação 1991 (%)

2000 (%)

2010 (%)

Percentual da população de 5 a 6 anos de idade frequentando a escola

69,29 94,86 98,31

Percentual da população de 11 a 13 anos de idade frequentando os anos finais do fundamental ou que já concluiu o fundamental

45,19 77,19 89,64

Percentual da população de 15 a 17 anos com fundamental completo

17,98 59,12 67,14

Percentual da população de 18 a 20 anos de idade com o ensino médio completo

12,22 35,42 51,26

Fonte: Censo Demográfico do IBGE ano 2010. Disponível em <www.ibge.gov.br> (SIDRA) Acesso em 03/05/2016.

No ensino fundamental, a população atendida no município é basicamente a local. Já no

nível médio, além dos alunos de Itaúna são atendidos outros oriundos de Pará de Minas,

Bonfim, Igarantiga, Itaguara, Itatiaiuçu, Juatuba, Mateus Leme e Rio Manso.

2.4.2. Educação Superior: A Universidade de Itaúna

A Universidade de Itaúna foi autorizada e instituída pela Lei Estadual nº 3.596 de

26/11/1965, e instalada em 28 de janeiro de 1966.

É a Instituição de Ensino Superior mantida pela Fundação Universidade de Itaúna, entidade

comunitária de direito privado, com personalidade jurídica própria cujos atos constitutivos e

estatutos estão inscritos no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Comarca de

Itaúna, desde dezembro do ano de 1965.

Em 31 de dezembro de 1998, a Universidade foi devidamente credenciada pelo prazo de

cinco anos através do Decreto Estadual n 40.231, passando, assim, a gozar da plena

autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, na forma

preconizada pelos artigos 207, da Constituição Federal e 54, seus incisos e parágrafo único

da Lei nº 9.394, de 20/12/1996 (LDB).

O credenciamento da Universidade foi renovado por mais cinco anos, através do Decreto de

17/05/2005.

39

A Universidade tem forte abrangência regional, em especial nas regiões Oeste de Minas,

Central e Região Metropolitana de Belo Horizonte (incluindo-se o Colar Metropolitano).

Recebe alunos também de diversas partes do estado e do país. Atualmente, os cursos

oferecidos pela Instituição, conforme Quadro 3 são:

Quadro 3: Universidade de Itaúna - Cursos oferecidos

3.1- Cursos de Graduação:

Administração Engenharia Industrial Mecânica

Arquitetura e Urbanismo Farmácia

Ciências Biológicas Filosofia

Ciências Contábeis Fisioterapia

Ciência da Computação Gestão Comercial

Ciências Econômicas Letras

Direito (noite) Medicina

Educação Física Nutrição

Enfermagem Odontologia

Engenharia de Produção Pedagogia

Engenharia Eletrônica Química

3.2- Cursos de Pós Graduação "Lato Sensu" (Especialização)

Dentística Restauradora Odontopediatria

Endodontia Ortodontia

Engª de Segurança do Trabalho Periodontia

Gestão Ambiental Prótese Dentária

3.3- Cursos de Pós Graduação "Stricto Sensu" em nível de mestrado

Mestrado em Direito Empresarial

Mestrado em Educação

Mestrado Profissional em Engenharia Fonte: Universidade de Itaúna - PDI: Plano de Desenvolvimento Institucional

40

2.4.3. Cultura: Teatros e Organizações Culturais

Itaúna tem espaços culturais, teatros e organizações culturais bastante atuantes, com

atividades culturais intensas que atraem todos os tipos de público. O quadro 4 a seguir

resume estes espaços e organizações.

Quadro 4: Teatros e Organizações Culturais

1- Teatros: Nº de lugares

a- Sílvio de Matos 383 lugares

b- Vânia Campos 180 lugares c- Grande Teatro da Universidade de Itaúna

750 lugares

2- Organizações Culturais:

ACATVC – Associação Cultural “Vânia Campos”

AILE - Academia Itaunense de Letras

Associação Escambo Cultural

Banda Marcial de Música

Banda Sagrado Coração de Jesus

Banda Nossa Senhora Aparecida

Blocos Caricatos

Centro de Artes e Artesanato “Yara Tupynambá”

CODEMPACE - Conselho Deliberativo Municipal do Patrimônio Cultural, Artístico e Ecológico de Itaúna.

Coral Una Voz

Escola de Dança e Expressão Criativa ”Zélia de Paula Machado”

Escolas de Música Teclado

Grupo Vértice de Dança

Orquestra de Câmara de Itaúna

Guardas de Congado – São 16 Guardas atuantes

Instituto Cultural “Maria de Castro Nogueira”

Projeto Usina de Sonhos

SIA – Sede Itaunense de Artes

TOTEM Centro Gerador de Cultura

ZAJO Comunicações

Fonte: Prefeitura Municipal de Itaúna – Departamento de Cultura

a- Instituto Cultural Maria de Castro Nogueira – (ICMCN): Trata-se de uma sociedade civil de direito privado, órgão de colaboração com os poderes públicos federal, estadual e municipal, e é aberto à comunidade. Suas principais finalidades são as de promover o estudo, a pesquisa e a divulgação da História, Geografia, Genealogia, Artes Plásticas e Ciências Correlatas.

41

2.4.4. Lazer

a- Clubes Sociais

Quadro 5: Clubes Recreativos, Dançantes e Campestres.

Automóvel Clube de Itaúna

AABB - Associação Atlética Banco do Brasil

Centro Esportivo Universitário

Condomínio Lago do Sol

Iate Clube de Itaúna

Tropical Tênis Clube Fonte: Prefeitura Municipal de Itaúna

Secretaria Municipal dos Esportes, Lazer e Turismo.

b- Áreas esportivas e de Lazer

Quadro 6: Áreas esportivas e de lazer

12 Quadras Esportivas Públicas (descobertas)

02 Quadras Esportivas Públicas (cobertas)

04 Ginásios Poliesportivos

04 Estádios de Futebol

12 Praças de Esportes Públicas

01 Pista Pública de Skate

Complexo Esportivo da Universidade de Itaúna Fonte: Prefeitura Municipal de Itaúna

Secretaria Municipal dos Esportes, Lazer e Turismo.

2.5. Desenvolvimento Social de Itaúna A forma mais amplamente divulgada de medir o desenvolvimento social e da qualidade de

vida de uma região é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Este valor é composto de

índices representativos dos padrões educacionais, longevidade e de renda. No Brasil, o IPEA

- Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, já produziu, em parceria com o Programa das

Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), relatórios variados de medição do IDH para

os municípios e estados brasileiros (IDH-M).

Tabela 19: IDH-MG e IDH-M – Ano: 2010

IDH Minas Gerais Itaúna

Educação 0,638 0,685 Longevidade 0,838 0,850 Renda 0,730 0,749 IDH-M 0,731 0,758

Fonte: Fundação João Pinheiro. Disponível em <www.fjp.mg.gov.br>

42

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Minas Gerais é 0,731 em 2010, o que situa

essa Unidade Federativa (UF) na faixa de Alto Desenvolvimento Humano (IDHM entre 0,700

e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM da UF é Longevidade, com índice de

0,838, seguida de Renda, com índice de 0,730, e de Educação, com índice de 0,638.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Itaúna é 0,758, em 2010, o que situa esse

município na faixa de Alto Desenvolvimento Humano (IDHM entre 0,700 e 0,799). A

dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,850,

seguida de Renda, com índice de 0,749, e de Educação, com índice de 0,685.

O IDH-M de Itaúna é superior ao do Estado e encontra-se bem acima da média no ranking

nacional de municípios.

Se o IDH e seus subíndices são importantes ferramentas para medir o desenvolvimento

social de uma região, ainda é importante considerar a desigualdade entre seus habitantes,

ou seja, normalmente os fenômenos de desigualdade social estão associados aos processos

de concentração de renda e de poder e o Coeficiente de GINI, tabela 20, é a ferramenta de

avaliação de desigualdade de renda mais aplicada no mundo. Este coeficiente varia entre 0 e

1, onde 0 é a completa igualdade de renda e 1 é a completa desigualdade (1 pessoa é dona

de toda a renda e os demais não possuem nada). Quanto mais próximo de 1, mais acentuada

a desigualdade.

Renda, Pobreza e Desigualdade – Itaúna – MG.

Tabela 20: Indicadores de Pobreza e Índice de GINI

Classe 1991 2000 2010

Renda Per Capta (R$) 411,38 620,85 847,74

% de extremamente pobres 5,72 1,85 0,58

% de pobres 23,22 9,95 2,75

Índice de GINI 0,51 0,55 0,48

Fonte: PNUD, IPEA e FJP. Disponível em <www.fjp.mg.gov.br>

A Dinamarca apresenta o melhor padrão de distribuição de renda do mundo com coeficiente

igual a 0,247, seguido pelo Japão com GINI = 0,249. O Brasil, que figura entre os países cuja

43

distribuição de renda é considerada concentrada, está entre os 10% dos países mais

desiguais do mundo, com coeficiente de GINI de 0,57 medido em 2007.

O Município de Itaúna, em 2000, tinha coeficiente de GINI igual a 0,55 (bom em relação ao

resto do país), e reduziu para 0,48 em 2010, reduzindo em 0,07 a desigualdade social no

município. Contudo, é inapropriado comparar municípios com países em relação aos

padrões de desigualdade.

Tabela 21: Variação do IDH de Itaúna

Anos IDH - M Variação %

1991 0,538 -

2000 0,685 27,32%

2010 0,758 15,20% Fonte: Fundação João Pinheiro. Disponível em <www.fjp.mg.gov.br>

Vale destacar o crescimento exponencial do IDH-M de Itaúna, de 27,38% de 1991 a 2000 e

de 15,20% de 2000 a 2010.

3. ASPECTOS DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DO MUNICÍPIO

A indústria (32%) e o setor de serviços (65%) dividem as principais atividades econômicas da

cidade de Itaúna e a produção agropecuária (2,7%) é pouco expressiva historicamente para a

economia do município (Tabela 22). Itaúna tem no setor industrial os pilares de sua

economia, haja vista que antes da emancipação política do município, já existia sua primeira

indústria, a Cia. Tecido Santanense. Alguns anos após a emancipação política, outras

indústrias surgiram, crescendo assim a importância deste setor em sua economia. Destaca-

se, no setor industrial, a cadeia produtiva total do setor têxtil e a cadeia produtiva total do

setor metal-mecânico. Outros setores vêm se desenvolvendo, como o de autopeças,

confecções e o de couros e derivados.

44

Tabela 22: Evolução do valor adicionado ao PIB de Itaúna

VALOR ADICIONADO SETORIAL E PRODUTO INTERNO BRUTO DE ITAÚNA - MG

Anos: 2010-2014

Valores a preços correntes

Valor Adicionado (R$ mil) 2010 2011 2012 2013 2014 (*)

AGROPECUARIA 17.640 18.859 20.738 27.531 25.135

INDÚSTRIA 530.964 641.814 717.478 770.290 800.990

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 201.335 225.568 251.741 281.495 314.639

SERVIÇOS 658.745 766.206 876.872 1.007.100 1.055.106

VALOR ADICIONADO BRUTO 1.408.684 1.652.447 1.866.829 2.086.416 2.195.870

Impostos, Líquidos de Subsídios. 248.727 291.212 305.628 322.028 314.926

PIB (pm) 1.657.411 1.943.659 2.172.457 2.408.444 2.510.796

PIB Per Capta (R$ 1,00) 19.409 22.568 25.039 26.736 27.657

Fonte: IBGE e FJP - (*) 2014: último ano disponível

Vale destacar que nos “Serviços” incluem-se todas as prestações de serviços, inclusive as

atividades educacionais, comerciais e bancárias. Se houvesse a separação do setor comercial

do de serviços, o setor industrial estaria prevalecendo sobre este.

O setor agropecuário é composto de pequenas e médias propriedades rurais, cuja produção

básica é a de gado de corte e pecuária leiteira, com pequenas variações agrárias e pastoris

em outras atividades.

Esse padrão de distribuição de importância entre os setores econômicos de Itaúna já se

mantém a algum tempo, de modo que o setor industrial e o de serviços apresentam taxas

geométricas anuais médias muito elevadas (entre 15 e 20%), enquanto a agricultura também

cresce em taxas elevadas (8%), maiores que a média nacional, mas ainda assim muito abaixo

dos valores observados nos outros setores.

45

Figura 16: Valor Adicionado por setores econômicos – Fonte: Tabela 22

As principais atividades industriais também são variadas, mas destaque-se que se trata de

um parque industrial formado por algumas empresas muito sólidas no mercado mundial,

como é o caso da Arcelor Mittal, da Saint-Gobain e da Intercast S.A., existindo ainda outra

grande indústria de alcance internacional, como é o caso da Magneti Marelli do Brasil,

pertencente ao grupo Fiat.

Apesar de haverem duas siderúrgicas e uma fundição entre as maiores empresas de Itaúna, os

aspectos ocupacionais tendem a se reduzir num futuro próximo. O zelo ocupacional costuma ser

rapidamente implantado em indústrias de padrão internacional e nas grandes empresas, mas a

formação desse parque industrial bem sucedido tende a atrair outras indústrias de pequeno e

médio porte a se instalarem na região.

3.1. Setor Industrial

Itaúna é uma cidade que surgiu em decorrência do setor industrial. A primeira indústria do

município, Cia Tecidos Santanense, foi fundada em 23 de outubro de 1891, dez anos antes,

portanto, da emancipação política do município, que se deu em 16 de setembro de 1901.

A tabela 23 mostra o número de empresas classificadas segundo os grandes setores do IBGE,

nos anos de 2011 a 2014. Nota-se que o número de indústria cresceu no período e vem

permanecendo estável.

46

Tabela 23: Tabela 23 - Número de empresas pelos grandes setores IBGE

IBGE Grande Setor Ano

2011 2012 2013 2014

Indústria 378 375 396 396

Construção Civil 154 151 145 177

Comércio 1.076 1.105 1.083 1.098

Serviços 891 906 906 947

Agropecuária 230 215 218 209

Total 2.729 2.752 2.748 2.827 Fonte: Ministério do Trabalho e do Emprego – MTE.

Disponível em <http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_rais_estabelecimento_id> Acesso em 03/05/2016

O número de empregos formais gerados na indústria é bastante significativo pela realidade

econômica do município, destacando-se o setor industrial.

Tabela 24: Número de Empregados nos grandes setores (IBGE)

IBGE Grande Setor 2011 2012 2013 2014

Indústria 9.167 9.585 10.094 9.224

Construção Civil 861 957 1.184 1.435

Comércio 5.305 5.647 5.396 5.617

Serviços 9.076 8.592 9.038 9.179

Agropecuária 473 496 472 510

Total 24.882 25.277 26.184 25.965

Fonte: Ministério do Trabalho e do Emprego - MTE Disponível em <http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_rais_estabelecimento_id>

A

Acesso em 03/05/2016

Analisando o setor industrial, verifica-se que o número de empregos do setor no município

que mais se destaca está situado em seus dois principais polos industriais históricos, que são

dos setores metal-mecânico e têxtil.

A tabela 25 apresenta o número de empresas do setor industrial total e estratificadas, e seus

respectivos números de empregados nos anos de 2011 a 2014.

47

Tabela 25: Nº Empresas e de empregados pelo setor Industrial

Industrial 375 9.162 372 9.540 394 10.063 393 9.195

01-Extrativa

Mineral12 180 11 188 11 197 13 185

02-Prod. Mineral

não Metálico34 255 36 302 40 303 39 270

03-Indústria

Metalúrgica92 2.877 84 2.629 99 3.055 95 2.384

04-Indústria

Mecânica22 216 28 223 30 233 30 161

05-Elétrico e

Comunic3 8 4 13 3 15 3 14

06-Material de

Transporte4 526 5 778 5 727 6 659

07-Madeira e

Mobiliário38 186 43 186 40 155 40 186

08-Papel e Gráf 17 102 13 104 15 114 15 131

09-Borracha,

Fumo, Couros16 308 17 349 19 346 20 354

10-Indústria

Química18 247 18 264 17 273 18 248

11-Indústria Têxtil 48 3.274 51 3.591 50 3.703 52 3.731

12-Indústria

Calçados10 66 9 55 9 58 8 47

13-Alimentos e

Bebidas61 917 53 858 56 884 54 825

Total setor

Industrial 375 9.162 372 9.540 394 10.063 393 9.195

IBGE Subsetor

Anos

2011 2012 2013 2014

Nº

empresas

Nº

Emprega

Nº

empresas

Nº

Emprega

Nº

empresas

Nº

Empregad

Nº

empresas

Nº

Emprega

Fonte: Ministério do Trabalho e do Emprego – PDET – RAIS/CAGED

Disponível em: <http://bi.mte.gov.br/bgcaged/caged_rais_estabelecimento_id/login.php> Acesso em 03/05/2016.

Pode-se observar que o setor industrial metal-mecânico, onde se concentram as indústrias

de gusa, de fundição e de acabamento (usinagem, caldeiraria, etc.) apresenta uma média

aproximada de 3.000 empregados e que o setor têxtil (fiação, tecelagem, acabamento de

tecidos e confecções em geral) apresenta uma média de 3.500 empregados no período,

sendo, portanto, os maiores empregadores do município.

48

3.2. Setor de Serviços

Conforme pode ser verificado nas tabelas 23 e 24, o setor de serviços de Itaúna apresenta

um número médio de 900 estabelecimentos que empregam cerca de 9.100 pessoas. A

distribuição dos empregados, por tipo de prestação de serviços, está na tabela 26.

Tabela 26: Nº Empresas e de empregados no setor Serviços

Serviços 2.124 15.247 2.165 15.241 2.136 15.649 2.225 16.260

Serviço Utilidade Pública 3 5 3 45 2 31 3 29

Construção Civil 154 861 151 957 145 1.184 177 1.435

Comércio Varejista 966 4.518 1.000 4.765 978 4.508 984 4.630

Comércio Atacadista 110 787 105 882 105 888 114 987

Instituição Financeira 21 301 21 334 23 353 21 346

Adm Técnica Profissional 300 1.672 309 1.613 320 1.561 330 1.689

Transporte e Comunicações 163 1.445 164 1.420 160 1.322 152 1.040

Alojamento Comunic 237 1.002 242 1.028 241 1.116 267 1.220

Médicos, Odontológicos,

Veterinários 129 706 127 654 121 641 139 696

Ensino 37 1.541 39 1.576 37 1.654 34 1.728

Administração Pública 4 2.409 4 1.967 4 2.391 4 2.460

Total do setor Serviços 2.124 15.247 2.165 15.241 2.136 15.649 2.225 16.260

IBGE Subsetor

Anos

2011 2012 2013 2014

Nº

empresas

Nº

Empregado

Nº

empresas

Disponível em: www.mte.gov.br - Consulta fei ta em 03/05/2016

Nº

Empregado

Nº

empresas

Nº

Empregado

Nº

empresas

Nº

Empregado

Fonte: Minis tério do Trabalho e do Emprego - MTE. Sis tema RAIS/CAGED

Destaca-se o setor Comercial como maior empregador, com 5.617 empregados formais,

sendo 4.630 no comércio varejista e 987 no comércio atacadista no ano de 2014, mostrando

uma média de cerca de 4.500 empregados em cada ano, no comércio varejista, e cerca de

880 no atacadista.

Destaca-se também o setor de Administração Técnica Profissional, que é o de prestação de

serviços de contabilidade, administração, recursos humanos, consultoria e outros, que

empregou em 2014 o número de 1.689 trabalhadores. O setor da construção civil, embora

apresente em seus quadros trabalhadores informais, empregou em 2014 o número de 1.435

trabalhadores.

49

3.3. Setor da Agricultura, Pecuária, Produção Florestal e Aquicultura

O PIB do setor de agronegócios de Itaúna representa apenas 7% do PIB total, sendo o menos

expressivo de todas as atividades econômicas do município.

Este setor em Itaúna é composto em sua maioria por pequenas propriedades rurais e

agronegócio familiar, com grande prevalência na atividade pecuária de leite e de corte.

A tabela 27 abaixo mostra o nº de estabelecimentos rurais e de empregados no setor e nos

subsetores correspondentes, para o período de 2011 a 2014.

Tabela 27: Tabela 27 - Nº de Empresas e de Empregados no setor de Agropecuária

CNAE 2.0 Grupo Anos

2011 2012 2013 2014

AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQUICULTURA.

Nº Empresas

Nº Empregos

Nº Empresas

Nº Empregos

Nº Empresas

Nº Empregos

Nº Empresas

Nº Empregos

Produção de Lavouras Temporárias

18 12 29 11 13 10 29 10

Horticultura e Floricultura 8 2 12 3 9 3 6 1

Produção de Lavouras Permanentes

0 0 2 2 2 2 2 1

Produção de Sementes e Mudas Certificadas

0 1 0 0 0 0 0 0

Pecuária 406 186 400 169 408 180 421 173

Atividades de Apoio à Agricultura e à Pecuária

24 22 30 21 26 15 26 17

Produção Florestal - Florestas Plantadas

9 3 16 5 11 4 14 3

Aquicultura 1 2 3 2 3 2 3 2

Fonte: Ministério do Trabalho e do Emprego - MTE. Sistema RAIS/CAGED

Pode-se verificar que para o grupo de Pecuária, incluindo-se o de atividades de apoio,

apresenta cerca de 420 estabelecimentos em média nos anos, empregando cerca de 180

trabalhadores em média em cada ano.

Com foi dito, tanto em número de estabelecimentos como de empregos formais, o grupo da

Pecuária se destaca de forma acentuada em Itaúna.

Os setores de agropecuária, de produção animal e vegetal em Itaúna apresentam ainda

características que podem ser analisadas nas tabelas 31 e 32.

50

Embora os últimos dados disponíveis sejam os do Censo Agropecuário de 2006, é possível

verificar que o número de estabelecimentos, bem como a área destinada à produção

agropecuária vem reduzindo ao longo dos anos, registrados na tabela 28 a partir de 1970,

quando havia área de 44.151 ha. , e em 2006 a área encontrada foi de 22.459 ha, reduzindo-

se quase 50% neste período.

Tabela 28: Estrutura fundiária (%)

Anos

Total Tamanho dos Estabelecimentos

Estab. - nº

Área (ha)

Até 10 ha 10 a 50 ha 50 a 200 ha 200 a 1.000

ha 1.000 e +ha

Estab. (%)

Área (%)

Estab. (%)

Área (%)

Estab. (%)

Área (%)

Estab. (%)

Área (%)

Estab. (%)

Área (%)

1970 860 44.151 36,90 3,40 35,70 18,10 22,80 44,40 4,50 31,80 0,10 2,30 1980 578 33.402 22,30 1,70 44,30 149,70 27,80 46,60 5,60 32,00 - - 1985 844 33.862 41,00 3,60 34,10 20,70 21,40 52,40 3,00 23,30 - - 2006 647 22.459 39,88 3,79 41,89 27,92 14,84 39,95 3,40 25,90 - -

Fonte: IBGE. Censos Agropecuários 1970, 1980, 1985 e 2006. Disponível em: www.ibge.gov.br - Acesso em 03/05/2016

A estrutura fundiária, conforme a tabela 28 é apresentada com grande prevalência de

pequenas e médias propriedades rurais (até 50 hectares), representando aproximadamente

82% dos estabelecimentos, e estes detêm apenas aproximadamente 18,5% da área total

rural em 2006.

Apenas 18% dos estabelecimentos detêm aproximadamente 46% das áreas de agropecuária,

mostrando, portando, uma forte concentração de terra em poucas propriedades.

As formas de utilização das áreas são demonstradas na tabela 29 a seguir.

Tabela 29: Utilização das terras (%)

Anos Área Total (ha.)

Lavouras Pastagens Matas e Florestas

Terras em descanso e produtivas

não utilizadas

Terras inaprovei

táveis

Permanentes

Temporárias

Naturais Plantadas Naturais Plantadas

1970 44.151 0,90 11,40 66,50 1,20 7,50 3,30 3,00 6,20

1980 33.402 1,60 11,10 57,40 7,00 9,00 4,80 3,10 6,00 1985 33.862 1,30 14,80 51,80 4,10 13,20 4,50 2,90 7,40

2006 22.459 25,27 5,25 14,00 32,58 11,01 3,70 ND 0,85 Fonte: IBGE. Censos Agropecuários 1970, 1980, 1985 e 2006.

Disponível em: www.ibge.gov.br - Acesso em 03/05/2016

51

Pode-se verificar que 46,58% das áreas dos estabelecimentos rurais são utilizadas para

pastagens, sendo 14% de pastagens naturais e 32,58% de pastagens plantadas,

corroborando com os dados anteriores de prevalência da pecuária leiteira e de corte em

Itaúna.

Indica ainda que 30,52% do total da área são utilizadas na lavoura, sendo 25,27% em

lavouras permanentes e 5,25% em temporárias, e 14,71% em matas e florestas.

Nas áreas de agronegócios utilizadas, é criado o efetivo de rebanho, cujo quantitativo é

apresentado na tabela 30.

Tabela 30: Efetiva do Rebanho (Nº cabeças).

Espécie - Ano

Número de Cabeças

1990 2006 2012 2013 2014

Bovino 31.000 29.420 31.527 33.028 31.748 Bubalino - 15 120 215 218 Equino 1.950 440 850 805 1.088

Suíno 10.500 8.945 10.500 12.350 10.050 Caprino 450 1.000 90 47 47

Ovino 240 655 160 52 58

Galináceos - total 295.000 769.000 840.000 850.000 700.000 Galináceos - galinhas 163.000 68.000 160.000 162.000 132.000

Codornas - 5.000 11.000 11.200 10.800 Fonte: IBGE. PPM - Pesquisa Pecuária Municipal: 1990, 2006, 2012-14.

Disponível em: www.ibge.gov.br - Acesso em 03/05/2016 Nota-se na tabela 30 que a pecuária apresenta números mais significativos, junto com a

produção de suínos e galináceos.

A produção de origem animal, segundo pesquisa pecuária municipal do IBGE, apresenta os

seguintes resultados, conforme tabela 31.

Tabela 31: Produção de origem animal

Produtos - Anos 1990 2006 2012 2013 2014

Leite (Mil litros) 13.860 20.524 32.000 34.360 33.721 Ovos de galinha (Mil dzs)

978 1.428 3.000 3.050 2.485 Ovos de codorna (Mil dzs)

- 115 330 334 322 Mel de abelha (Kg) 2.900 11.000 15.000 15.500 14.500

Lã (Kg) - 765 - - - Fonte: IBGE. PPM - Pesquisa Pecuária Municipal: 1990, 2006, 2012-14.

Disponível em: www.ibge.gov.br - Acesso em 03/05/2016

52

A produção agrícola municipal, segundo IBGE, apresentou os seguintes quantitativos,

segundo a tabela 32.

Tabela 32: Produção agrícola, segundo os principais produtos (toneladas).

Produtos - Anos 1990 2006 2012 2013 2014

Cana-de-açúcar 510 7.500 3.000 3.000 4.500 Feijão (em grão) 393 248 112 112 112

Mandioca 492 1.120 150 150 350 Milho (em grão) 4.588 1.200 1.000 1.000 1.000

Tomate 60 1.080 600 700 490 Banana (cacho) 19 160 80 80 120 Café (em grão) Total

88 38 28 28 -

Laranja 4.450 260 - - - Maracujá - - 100 45 -

Tangerina 400 28 50 60 60 Fonte: IBGE. PAM - Pesquisa Agrícola Municipal: 1990, 2006, 2012-14.

Disponível em: www.ibge.gov.br - Acesso em 03/05/2016

Percebe-se que são poucos itens de produtos agrícolas produzidos no município, e as

quantidades são pouco significativas em relação ao PIB do município. Isto demonstra a baixa

participação relativa do PIB agropecuário no PIB total ao longo dos anos analisados,

conforme visto na tabela 22.

53

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54

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Prefeitura Municipal de Itaúna – Secretaria Municipal de Finanças – Divisão de Cadastro. Ofício 446/2015. SAAE. Serviço Autônomo de Água e Esgoto – Itaúna. Relatório Anual de Atividades, ano 2015. UNIVERSIDADE DE ITAÚNA. Reitoria. PDI: Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade de Itaúna. Ano: 2008.