prefeitura do município de são bernardo do campo · Êmila stender- terapeuta ocupacional ......

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO Departamento de Ações Educacionais Macrorregião 5

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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

Departamento de Ações Educacionais Macrorregião 5

2

Sumário I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ..................................... 3

1. Quadro de Identificação dos Funcionários ..................................... 7

2. Quadro de Organização das Turmas 2017 .................................. 10

II. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................ 10

1. Concepção Pedagógica ................................................................ 11

2. Caracterização da Comunidade .................................................... 14

3.1. Caracterização .......................................................................................16 OBJETIVOS DO PLANO DE AÇÃO .......................................................................... 20

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO ......................................................................................... 20

AVALIAÇÃO ............................................................................................................... 20

3. Equipe Escolar ............................................................................... 21

Professores .....................................................................................................21 4.1.1. Caracterização ............................................................................................. 24

4.1.2. Plano de Formação para os Professores .................................................... 24

4.1.3. Avaliação e Documentação do Plano de Formação ................................... 29

4.2. Auxiliares em Educação .........................................................................29

Caracterização ................................................................................................29 Plano de Formação para os Auxiliares em Educação .............................................. 31

4.2.1. Avaliação e Documentação do Plano de Formação ................................... 31

4.3. Funcionários .............................................................................................31 4.2.1. Caracterização ............................................................................................. 31

4.2.1. Plano de Formação dos Funcionários ......................................................... 33

4.2.2. Avaliação do Plano de Formação ................................................................ 34

5. Composição da APM e Conselho de escola ................................ 35

5.1. Órgãos colegiados (Associação de Pais e Mestres- APM) e Conselho de Escola 35

5.2. Caracterização .......................................................................................35

5.3. PLANO DE AÇÃO DA APM E CONSELHO DE ESCOLA ......................36

5.4. AVALIAÇÃO ...........................................................................................36

III. Avaliações realizadas pelas famílias em 2016 ....................................... 37

IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 40

1. Objetivos ........................................................................................ 41

2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos ........................ 41

3. Experiências dos bebês e crianças na creche ............................. 42

4. Rotina ............................................................................................. 52

5.1. Acompanhamentos dos Instrumentos Metodológicos.............................77

V. REFERÊNCIAS ..................................................................................... 79

VI. ANEXOS ................................................................................................. 80

1. Projeto Coletivo 2017 .................................................................... 82

2. Projeto Institucional 2017-2018 ..................................................... 84

3

3. Calendário 2017 ............................................................................ 88

I. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Nome: Escola Municipal de Educação Básica “Bernardo Pedroso”

Endereço: Rua Maria de Fátima, 372.

Baeta Neves – São Bernardo do Campo – SP

Tel(s): 4123 8192/ 4123 9334

E-mail: [email protected]

CIE: Código de Identificação Escolar: 082855

Equipe Gestora:

Alessandra Giriboni de Oliveira - Coordenadora Pedagógica.

Gabriela Reis Silva Pinheiro – Diretora Escolar

Orientadora Pedagógica:

Márcia Scarlatto.

Equipe Técnica:

Êmila Stender- Terapeuta Ocupacional

Adriana Lopes Cleto Antonialli – Fonoaudióloga

Rosemeire Ogassawa – Psicóloga

Nível de Ensino:

4

Educação Infantil de 0 a 3 anos (Berçário Inicial ao Infantil II) - Creche

Períodos e Horários de Funcionamento:

Entrada: Das 7h30 às 8h00

Saída: Das 17h00 às 17h30

Horário de Atendimento da Secretaria: Das 7h30 às 17h30.

Histórico da escola

Em meados do ano de 1977 as autoridades da época ligadas às áreas da Educação e

Obras perceberam que dentre as obras pertencentes ao Centro Recreativo e Esportivo

“Humberto de Alencar Castelo Branco” (Baetão), havia um conjunto formado por cancha de

bocha e malha completamente abandonado.

Após visitas ao local, entendeu-se que aquele espaço ocioso poderia ser recuperado e

reaproveitado para a instalação de uma escola de educação infantil, que se fazia necessária

para o bairro.

A recuperação do espaço existente propiciou a criação de uma nova escola, 1.300m2 de

área construída num terreno total de 8.000m2. As obras de reconstrução da escola tiveram

início em 02 de março de 1979 e sua inauguração ocorreu em 10 de maio de 1980, no

endereço Rua Maria de Fátima, 372, Bairro Baeta Neves, São Bernardo do Campo, telefone

4123-81-92.

A escola foi denominada “Bernardo Pedroso” em homenagem ao poeta são

bernardense, homem voltado às letras, que muito contribuiu para a cultura do país.

“Bernardo Pedroso nasceu em nossa cidade a 11 de abril de 1898, onde fez os primeiros

estudos. Escritor, poeta e jornalista, atuou com dinamismo em vários jornais do estado e em

revistas da época como “Augusta” e “Portugália”. Transferiu-se em 1908 para a capital. Era

funcionário aposentado da Diretoria Regional dos Correios e Telégrafos de São Paulo. Faleceu

nesta capital a 06 de fevereiro de 1972. Lutou infatigavelmente, pelos objetivos culturais da

Casa do Poeta de São Paulo, a qual dirigiu de 1965 a 1971, sendo nomeado Presidente do

Instituto Monteiro Lobato, membro da União Brasileira de Escritores da Associação Paulista de

Imprensa, do Grêmio Literário Castro Alves de Porto Alegre, da Academia de Letras de

Uruguaiana, do Centro de Estudos Históricos Gustavo Barroso, da Universidade Católica de

Lorena e de outras entidades culturais de várias cidades. Seus méritos são também atestados

5

pelas medalhas com que foi agraciado: Centenário Marechal Rondon, Brigadeiro Couto de

Magalhães, Combatentes da Revolução Paulista de 1932 e o Diploma de Honra ao Mérito nas

comemorações do I Centenário da Introdução dos Telégrafos no Brasil. As crianças e os jovens

mereceram da sua parte atenção e carinho. Bernardo Pedroso escreveu para elas poesias,

especialmente “Juvenília”, contribuindo assim para a sua formação intelectual”. (Autor

desconhecido).

No ano de 2012 a APM (Associação de Pais e Mestres) juntamente com a comunidade

local se uniu para a participação na Plenária do Orçamento Participativo da Região com o

objetivo de indicar como demanda prioritária a reforma da EMEB obtendo êxito.

Desta forma, a reforma da U.E. iniciou em dezembro de 2013, época em que a

Secretaria de Educação indicou que a região carecia de uma creche. Assim sendo, a reforma

da escola também foi para adequá-la ao novo atendimento, sendo construídos banheiros, mais

uma sala de aula e tendo seus espaços reformados.

A reforma durou um semestre e no dia 04 de agosto retomou suas atividades, agora com

as crianças pequenas.

Segue abaixo a poesia retirada do livro Juvenília de Bernardo Pedroso publicado em

1947 (Poesias Infantis).

CANÇÃO ÀS CRIANÇAS

Ei-las, gentis, delicadas, Pondo-me a vê-las brincar,

as criancinhas queridas! sinto - depressa emoção...

São borboletas doiradas, - Uma criança a cantar,

6

que vêm ornar nossas vidas. Dá outra vida à canção!

São como as aves garridas Enfim, quem tem criancinhas,

de tão alegres cantares, feliz se deve julgar...

que, nas campinas floridas, São as sutis bonequinhas

dão vida a muitos lugares... Que nos enfeitam o lar!

Descrição da Estrutura Física da Escola

A área interna da escola possui as seguintes instalações:

Oito salas de atividades;

Dois fraldários com duas cubas para banhos nos berçários;

Um lactário;

Dois fraldários com chuveiro e vaso sanitário;

Uma sala de estudos e reuniões;

Uma secretaria;

Uma sala para a gestão;

Uma sala para o funcionamento da biblioteca;

Um ateliê/ Sala multiuso;

Um conjunto de banheiros interligado à área de serviço;

Uma cozinha com despensa;

Um refeitório;

Um banheiro adulto masculino;

Um pátio coberto com palco e um camarim;

Um conjunto de banheiro adulto feminino;

Um conjunto de banheiro infantil;

Um conjunto de banheiro infantil com acessibilidade;

Um bebedouro para higiene das crianças localizado na saída dos banheiros;

7

A área externa da escola possui as seguintes instalações:

Um estacionamento;

Horta com quinze canteiros;

Gramado;

Uma casa de bonecas;

Um teatro de arena;

Uma quadra sem cobertura;

Um jardim sensorial;

Pátio descoberto;

Um parque emborrachado com brinquedos adaptados para deficiente físico;

Um banheiro infantil masculino no parque;

Um banheiro infantil feminino adaptado para deficiente físico no parque;

Um almoxarifado de brinquedos no parque;

Pátio externo;

Dois bebedouros para higiene das crianças.

1. Quadro de Identificação dos Funcionários

Nome Cargo/Função Horário de Trabalho Férias Adriana Soares Cardoso Aux. Em Educação 8h. às 17h Janeiro Alessandra Alves Moreira Cozinheira 6h30 às 16h18 Janeiro Alessandra Giriboni de Oliveira

Coordenadora Pedagógica

3as. Às 6as. Das 7h. às 17h. 2as. Das 13h às 17h

Janeiro

Aline Paula Ventrame Professora 2as. E 6as. Das 12h às 18h00 3as. Das 7h às 17h30 4as. Das 10h às 17h30 5as. 7h50 às 17h30

Janeiro

Andrea Paula Mesas Professora 2as, 5as. E 6as. Das 11h30 às 18h30 3as. Das 7h às 17h30 4as. 7h40 às 17h50

Janeiro

Andreia Cristina Patrício Professora 2as. 7h40 às 17h30 3as. 7h00 às 17h30 4as. 7h30 às 17h30

Janeiro

8

5as. 11h10 às 17h30 6as. 12h20 às 17h30

Antônio Oliveira Araujo Aux. Em Educação 8h às 17h Janeiro Bárbara Cristina Bomfá Marques

Aux. Em Educação 8 às 17h Janeiro

Carla Maria Afonso López Professora 2as., 5as. E 6as. Das 11h30 às 17h30 3as. Das 7h às 17h50 4as. Das 8h às 17h50

Janeiro

Cintia Hiroco Tariki Professora 2as, 5as e 6as das 7h às 13h

3as. E 4as. Das 7h às 17h20

Janeiro

Cleide Roseli Ribeiro Gonçalves

Professora Substituta 2as. 4as. E 6as das 7h às 13h 3as. E 5as. Das 7h às 17h20

Janeiro

Cynthia Aparecida Mendes Luz

Aux. Em educação Das 8h30 às 17h30 Janeiro

Daniele de Brito Nieri Professora 2as, 5as e 6as das 7h às 13h

3as. E 4as. Das 7h às 17h20

Janeiro

Daniele Palazon Garcia Oliveira

Professora 2as., 3as. 7h às 17h20 4as, 5as. E 6as. Das 7h30 às 13h30

Janeiro

Denise P. Alvarez Professora 2as. E 6as. 12h10 às 17h30

3as. Das 7h10 às 17h30

4as. E 5as. 8h10 às 17h30

Janeiro

Edileide Lopes da S. Oliveira

Aux. Em Educação 8h às 17h Janeiro

Edson Gomes da Silva Aux. Em Educação 8h às 17h Janeiro Eliete do Carmo Garcia Aux. De limpeza 9h às 18h Março Florinda de Jesus Silva Aux. Em Educação 8h às 17h Janeiro

Gabriela Reis Silva Pinheiro

Diretora 2ª 08h30 às 18h 3ª 08h às 18h 4ª 09h às 18h 5ª 08h45 às 17h45 6ª 10h30 às 18h

Janeiro

Girlene Santos C. de Oliveira

Professora 2as., 3as. 7h às 17h20

4as, 5as. E 6as. Das 7h00 às 13h00

Janeiro

Jacinete Sandra T. A. da Silva

Aux. Em educação 7h30 às 16h30 Janeiro

João Jorge do Nascimento Junior

Frente de Trabalho 7h30 às 11h30 A definir

José Souza dos Santos Aux. Em educação 8h às 17h Janeiro

Juliana Corrêa Marchena

Professora 2as, 5as e 6as das 7h às 13h

3as. E 4as. Das 7h às 17h20

Janeiro

9

Julio Cesar Alves

Aux. Em educação 8h30 às 17h30 Janeiro

Karina Borsari

Aux. Em Educação 8h às 17h Janeiro

Larissa Danielle Bortoni Professora 2as, 5as. E 6as. Das 11h30 às 18h30 3as. Das 7h às 17h30

4as. 7h40 às 17h50

Janeiro

Letícia Vano Bernardi Professora 2as. 5as. E 6as. Das 7h às 13h50

3as. Das 7h às 17h50

4as. Das 7h às 17h20

Janeiro

Lina Maria de Souza

Aux. De limpeza 6h30 às 15h30 Setembro

Lúcia Aparecida Terassi Moelas

Merendeira (readaptada)

8h30 às 17h30 Janeiro

Luciane Bitu Professora 2as e 4as. Das 7h30 às 17h30 3as. Das 8h10 às 17h30 5as e 6as. Das 12h20 às 17h30

Janeiro

Maila Pacífico da Silva Professora 2as das 12h10 às 18h 3as. 7h às 17h30 4as. E 5as. Das 8h30 às 17h30 6as. Das 12h10 às 17h30

Janeiro

Maria do Carmo M. P. de Almeida

Aux. De limpeza 8h30 às 17h30 Novembro

Maria Claudete V. Coelho Aux de limpeza 6h30 às 15h30 Junho

Mayara Anyelle David dos Santos

Aux. Em educação 8h às 17h Em licença maternidade

Rebeca Carmo T. Lemke Aux. Em educação 8h às 17h Janeiro

Regina Ap. Sousa da Conceição

Aux. De limpeza (readaptada)

6h50 às 15h50 Janeiro

Rivaneide da Conceição B. Silva

Aux. De limpeza Das 7h às 16h Janeiro

Sara Bueno Gerbelli Professora 2as. 4as e 6as. Das 7h às 13h 3as e 5as das 7h às 17h20

Janeiro

Valéria de Freitas Speiar

Professora 2as. 5as. E 6as. Das 7h às 13h

3as e 4as das das 7h ás 17h20

Janeiro

Vítor Sabino Oficial de Escola Das 8h às 17h Julho

10

2. Quadro de Organização das Turmas 2017

*TOTAL DE CRIANÇAS ATENDIDAS NA CRECHE: 143 II. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA

Período Agrupamento Turma Educadores Total de

crianças por

turma

Integral Berçário Inicial Andreia,

Cintia T., Jucinete e

Karina

13

Integral Berçário Final Aline, Edileide,

Julio César e Letícia

12

Integral Infantil I A Andrea, Rebeca e

Sara

18

Integral Infantil I B Antonio, Girlene e

Larissa

18

Integral Infantil I C Adriana, Daniele P.

e Luciane

18

Integral Infantil II A Bárbara, Maila e

Valéria

20

Integral Infantil II B Carla, Edson e

Juliana

23

Integral Infantil II C Daniele N., Denise e

José

20

11

ESCOLA

Princípio da Unidade Escolar (U.E.)

A gratuidade e laicidade, norteadores da escola pública, estarão presentes em

todas as propostas de aprendizagem e demais ações realizadas pela escola;

O respeito frente às diferenças individuais de qualquer ordem;

A Construção de atitudes autônomas pelas crianças nas diversas situações do

cotidiano escolar;

Propiciar à comunidade escolar o conhecimento do papel desta escola e do

trabalho pedagógico desenvolvido pela equipe escolar estabelecendo parcerias.

1. Concepção Pedagógica

As concepções de infância e de Educação Infantil são construções históricas, que

determinam as práticas pedagógicas das instituições de Educação Infantil.

A criança é reconhecida como sujeito social, histórico e detentora de direitos

sociais previstos constitucionalmente.

Vários estudos têm favorecido a construção de uma nova identidade da criança,

como um sujeito em potencial, devendo ser respeitada as suas particularidades e

individualidade.

A partir dessa concepção de infância, as instituições de Educação Infantil têm a

função de enriquecer os conhecimentos das crianças e desenvolver atividades nas quais ela

possa construir novas aprendizagens, desenvolver potencialidades, ampliar o processo de

socialização e conquistar a autonomia.

Com isso, a concepção pedagógica adotada pela Secretaria de Educação e por

esta unidade escolar é a sócio-interacionista, que considera a construção do conhecimento a

partir das necessidades que o ambiente nos coloca e das inter-relações que fazemos com ele.

Hoje, o educador sabe que o meio social no qual as crianças e a escola pertencem, bem

como o direito de viver a infância devem ser fatores importantes na elaboração e no

desenvolvimento do trabalho pedagógico. Além disso, entendemos que a aprendizagem se dá

de forma lúdica e prazerosa e que acontece na interação com o educador e com outras

crianças. A relação: adulto – criança deve ser uma relação de cooperação, de respeito e de

crescimento. A criança é considerada como um sujeito interativo e ativo, ou seja, a criança é

12

protagonista no seu processo de construção de conhecimento e produtora de cultura. O

educador assume um papel fundamental nesse processo, como mediador entre o sujeito

(criança) e a aprendizagem, ou seja, é ele quem promove a organização de um espaço seguro,

tranquilo e rico em possibilidades de exploração, de movimento, de interação e cuidados.

EDUCAR A PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA

Partindo do princípio da educação feita a partir da e para a criança, as descobertas

acerca do desenvolvimento dos bebês podem ser de grande valia para nós educadores. A

neurociência mostra que uma criança chega ao mundo com incríveis 100 bilhões de neurônios.

Mais importante do que a quantidade é o que será feito deles. Até os 18 meses, os excessos

são podados e as sinapses começam a ser construídas. Até os 3 anos, o cérebro está em

formação. São nesses três primeiros anos que a qualidade das interações com o ambiente

físico e relacional, ou seja, a qualidade das experiências é que vai definir as aprendizagens e

relações que a criança irá estabelecer entre um conhecimento e outro.

Neste contexto, procuramos considerar alguns aspectos:

As instituições de Educação Infantil como espaço de cuidado e educação;

As crianças enquanto sujeito de direitos;

A identidade dos profissionais e das famílias;

A intencionalidade das ações educativas.

Os princípios e diretrizes que norteiam as ações nesta unidade escolar estão inseridos

nos documentos oficiais do Ministério da Educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, o Plano Nacional de Educação, os Referenciais Curriculares para a Educação Infantil,

a Resolução nº 05/2009 que fixa as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil e a

Declaração Internacional de Montreal sobre a Inclusão, a saber:

Qualidade da educação

Atendimento à diversidade

Autonomia

Gestão democrática

Valorização do profissional da educação

13

A criança é um ser social e histórico, ou seja, está inserida dentro de um contexto, e de

diversas instituições que a determinam e que também age sobre modificando-os, como nos diz

Vygotsky.

Cada criança tem seu próprio tempo e as aprendizagens que faz passam pelo corpo, pelo

movimento e sensorialidade através da ludicidade.

Ela possui potencialidade de aprendizagem e desenvolvimento para isso precisa do outro,

do parceiro mais experiente, de estímulos, necessita de cuidados, porém aos poucos vai

construindo sua autonomia, principalmente quando o ambiente é seguro.

O adulto privilegiado que está na relação de educador da criança precisa estar bem

consigo mesmo, sabendo da sua responsabilidade enquanto cuidador e educador. Desta forma,

deve ser paciente, ter olhar atento e interpretativo, ter escuta para o que as crianças trazem na

fala.

É o parceiro mais experiente, desta forma deve propor experiências desafiadoras às

crianças, explicando e sendo modelo.

A afetividade, conforme Wallon nos traz, deve estar presente nesta relação, ou seja, deve

ser carinhoso e também colocar os limites, pois as crianças são competentes, mas necessitam de

apoio e supervisão.

Além disso, o educador na creche é quem investiga bebês e crianças, estudando,

interpretando e qualificando seu fazer.

A escola de educação da primeira infância é um espaço de cuidado e educação, no qual

bebês, crianças e adultos investigam e criam. Todos que passam por aqui saem de alguma

14

maneira diferente.

Todos são educadores na escola da primeira infância: o oficial de escola, a cozinheira, o

apoio e os educadores do trio, pois todos terão em maior ou menor grau uma relação com a

criança. Assim, o respeito entre todos permeia todas as interações.

Neste espaço as interações devem ser inclusivas e de parceria de todos da comunidade

escolar: educadores e família.

A ludicidade e a brincadeira estão por toda parte, pois permeiam as experiências das

crianças, respeitando os eixos norteadores nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

2. Caracterização da Comunidade

O Bairro Baeta Neves foi fundado em 1925 e, desde então, cresceu ativamente em

vários setores e, ao mesmo tempo, preservou marcos importantes de sua história.

O primeiro parque municipal da cidade foi erguido neste bairro, o qual foi intitulado “Água

Mineral” em decorrência de um afluente, Rio dos Meninos, que corria onde é hoje a atual Av.

Armando Ítalo Setti.

Há o CLAC (Centro Livre de Artes Cênicas) Bairro Baeta Neves, que oferece cursos e

apresentações gratuitas de teatro. Neste mesmo espaço, há também o teatro Abílio Pereira de

Almeida, que apresenta peças teatrais, sendo um meio de divulgação da cultura do bairro. A

EMIP Pastor Delfino que oferece cursos profissionalizantes na área de corte e costura e a Emip

Madre Celina Polci que oferece curso profissionalizante na área da Construção Civil.

O Espaço Henfil reúne uma coleção variada de obras de artes, promove cursos

referentes às linguagens artísticas e expõe trabalhos de artistas locais. Conta com uma

biblioteca com acervo especializado nas artes plásticas e visuais.

O bairro também conta com a Biblioteca Municipal “Manuel Bandeira” que oferece aos

moradores e público oficinas, palestras, exposições, contação de histórias, workshop, além de

empréstimo do acervo.

Há dois Centros Recreativos e Esportivos, cujos nomes são Deputado Odemir Furlan e

Prefeito Geraldo Faria Rodrigues, popularmente conhecidos, respectivamente, como “Baetinha”

e “Baetão”, que oferecem várias modalidades esportivas à comunidade.

O bairro possui várias instituições públicas de ensino e creches conveniadas, que

atendem a educação básica e o ensino médio, das quais podemos citar: EMEB Bernardo

Pedroso, EMEB Cecília Meireles, EMEB Odette Edith Périgo de Lima, EMEB Santos Dumont,

15

EMEB Gofredo Texeira da Silva Telles, EMEB Prof. Annita Magrini Guedes E.E Dr. Baeta

Neves, E.E Dr. José Fornari, EMIP Pastor Delfino Martins Ferreira, Emip Madre Celina Polci,

Creche João Paulo II, Creche Lar Madre Vincenza, Creche Pelicano e Creche Lar de Maria.

Há uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que disponibiliza atendimento ambulatorial

com fluxo de clientela voltado ao atendimento da demanda espontânea e referenciada. Esta

Unidade não possui leitos cadastrados. A UBS conta também com agentes de saúde que

realizam um trabalho de parceria junto a UBS realizando acompanhamento da população

cadastrada. Esta Emeb mantém desde 2014 uma parceria muito grande e efetiva com a UBS

fazendo parte da equipe Àgua. Contamos com uma enfermeira referência e já realizamos

palestras em conjunto com a equipe da UBS e este ano já estamos nos preparando para no

final de Fevereiro uma palestra com a nutricionista e com o pediatra no mês de março de forma

a sanar dúvidas dos nossos profissionais que lidam diariamente com crianças tão pequeninas.

Muito tem a contribuir conosco e nós com eles.

Ao lado, ainda no mesmo prédio, encontra-se o Posto de Puericultura que realiza

atendimento a crianças, não só na administração de vacinas, como também em consultas com

pediatras.Em 2011 foi inaugurada a UPA Baeta Neves que atende em Pronto Atendimento.

Na Av. Armando Ítalo Setti encontra-se o Centro de Especialidades Médicas, atendendo

a população em consultas pré-agendadas.

No bairro existem dois Distritos Policiais, um Posto Policial e a 73.ª Ciretran.

Existe uma variedade de comércio concentrado principalmente na Av: Getúlio Vargas e

R: Giacinto Tognato nas diversas modalidades: têxtil, alimentação, prestação de serviços etc.

A sede do bairro está situada à Rua Avaré. No local são oferecidas diversas atividades a

baixo custo para a população.

16

3. Comunidade Escolar

3.1. Caracterização

A caracterização da comunidade tem um grande valor para o nosso trabalho, pois é

nesse conhecer quem são as famílias e crianças que também nos dará um norte as nossas

ações atuais e também às futuras. Temos como objetivo realizar anualmente a caracterização e

utilizá-la no planejamento das diferentes ações da escola.

Os trios ou quartetos de educadores realizaram a tabulação dos dados de sua turma com

o objetivo de conhecer a parte da comunidade com a qual está trabalhando diretamente. Neste

documento optamos por expor os dados da escola como um todo para facilitar o nosso olhar

para esta comunidade. Os dados são colhidos da seguinte documentação: ficha de matrícula,

ficha de entrevista com pais e avaliação da 1ª reunião com pais do ano letivo.

Quanto à caracterização de 2017 temos:

Onde nasceram os pais das crianças (2017)

SBC

Grande ABC e Interior doEstado

Interior ou litoral

Outros Estados

17

Quais Outros Estados? (2017)

Minas Gerais

Ceará

Paraná

Maranhão

Piauí

Alagoas

Espírito Santo

Bahia

Configuração familiar. Quem mora com a criança (2017)

Mães

Pais

Irmãos

Avós

Tios

Padrastos

18

Em que bairro a família mora (2017)

Baeta Neves

Nova Petrópolis

Centro

Montanhão

V. São Pedro

Pq. São Bernardo

Santa Terezinha

B. Assunção

B. dos Casas

Terra Nova

Rugde Ramos

B. Anchieta

Ferrazópolis

Jd. Três Marias

Quais as expectativas das famílias em relação ao nosso trabalho?(2017)

Desenvolvimento

Socialização

Comportamento

Autonomia

Cuidados

Oralidade

Novas descobertas

Alimentação

Vínculo

19

Plano de Ação para Comunidade Escolar

O envolvimento da comunidade escolar para participar efetivamente da elaboração,

acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico de nossa escola é fundamental,

sendo um dos primeiros pontos para o planejamento das ações.

Acreditamos que quanto mais pessoas se engajarem nesta empreitada e nas ações para

a melhoria da qualidade da instituição, maiores serão os ganhos para as crianças desta

comunidade e para a sociedade como um todo.

Temos clareza também o quanto ainda é difícil trazer para dentro dos muros da escola

as discussões para a melhoria da qualidade através do pensar juntos, escrever juntos e avaliar

juntos com toda equipe. Esta escola já tem em seu histórico a construção do PPP de forma

coletiva, mas dentro da escola com a participação de todas as equipes mas não conseguimos

ainda atingir e trazer os pais para esta empreitada. Ainda falta compreensão do PPP por parte

das famílias: o que é, para quê serve, como faz etc.

Para que esta parceria ocorra nosso Plano de Ação com a comunidade deste ano terá

Que talentos tem as famílias de nossas crianças?

Dançarino

Bateristas

Ballet

Arte

Músico

Violão

Guitarra

Baixo

Teclado

Cantora

Desenhista

Costureira

20

como pano de fundo o conhecimento deste instrumento que dá o norte para o nosso trabalho:

O Projeto Político Pedagógico (PPP).

OBJETIVOS DO PLANO DE AÇÃO

O objetivo principal é que as famílias conheçam o nosso trabalho através do PPP e

possam estar mais perto de conhecê-lo e discuti - lo para que possam assim fazer parte da

construção do mesmo. Além disso, durante as reuniões com pais serão discutidos temas

relacionados às aprendizagens infantis para que a comunidade conheça mais o nosso trabalho,

ação que também ocorre durante os dois sábados letivos.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Na avaliação do final de ano com as equipes a mesma sugeriu que este ano façamos um

projeto em que o Documento PPP possa ser visto e lido por todos os pais e desta forma nossa

estratégia será de colocar em prática o “PPP em casa”. Toda semana ele será disponibilizado

para os pais de forma impressa e também àqueles que quiserem podem levar em mídia

gravando em seu PC para depois poder ler com mais calma. O projeto consistirá em colher

informações, críticas e ou sugestões para avançarmos cada vez mais na qualidade de nosso

trabalho.

AVALIAÇÃO

A compreensão de que um dos aspectos importantes desta construção coletiva é o

compromisso ético de todos os envolvidos no processo e todos, como membros da

escola, têm direitos e responsabilidades a partir de cada lugar que ocupam, precisam

compreender que a sua ação implica na do outro e, consequentemente, o que um deixa

de fazer afeta o trabalho do outro.

Assim, realizaremos avaliações em todas as reuniões pedagógicas e levaremos as

reuniões com as diferentes equipes discussões sobre os indicadores de qualidade.

21

3. Equipe Escolar

Professores

Nome Situação Funcional

Escolaridade Tempo na PMSBC

Tempo na Escola

Observação

Ensino Médio

Graduação Pós-graduação

Aline Paula Ventrame Efetiva Pedagogia Desde 23/09/15

Desde 23/09/15

*Sem titularidade

Andrea Paula Mesas Efetiva Magistério Geografia Desde 03/11/15

Desde 01/02/17

*Sem titularidade

Andreia Cristina Patrício Efetiva Pedagogia Alfabetização e Letramento

Desde 01/08/15

Desde 01/02/17

*Sem titularidade

Carla Maria Alonso López

Efetiva Pedagogia e Matemática

Educação Especial Desde 28/08/14

Desde 01/02/17

*Sem titularidade

Cintia Hiroco Tariki Efetiva Pedagogia Desde 04/05/95

Desde 02/02/15

Cleide Roseli Ribeiro Gonçalves

Substituta Magistério Pedagogia Educação Inclusiva Desde 18/02/02

Desde 01/02/17

Daniele de Brito Nieri Efetiva Pedagogia Psicopedagogia/ Desde Desde

22

Ludoterapia 25/06/07 02/02/15

Daniele Palazon Garcia Oliveira

Efetiva Magistério Normal Superior

Educação Infantil/ Psicomotricidade

Desde 22/02/11

Desde 02/02/15

Denise P. Alvarez Efetiva Pedagogia Psicopedagogia/ Alfabetização e

Letramento

Desde 21/05/15

Desde 01/02/17

*Sem titularidade

Girlene Santos Cardoso de Oliveira

Efetiva Magistério Pedagogia Arte em contar histórias/

Psicomotricidade

Desde 01/08/11

Desde 02/02/15

Juliana Correa Marchena de Lima

Efetiva Pedagogia Educação Infantil/ A arte de contar

história

Desde 25/01/12

Desde 02/02/15

Larissa Danielle Gonçalves Bortoni

Efetiva Pedagogia Desde

20/07/15

Desde

20/07/15

*Sem titularidade

Letícia Vano Bernardi Efetiva Magistério incompleto

Pedagogia Alfabetização e Letramento e

Ludopedagogia

Desde 25/08/14

Desde 01/02/17

*Sem titularidade

Luciane Bitu Efetiva Magistério Pedagogia Psicopedagogia Desde 11/08/88

Desde 01/02/17

23

Maila Pacífico da Silva Efetiva Pedagogia Alfabetização e Letramento

Desde 18/06/15

Desde 01/02/17

*Sem titularidade

Sara Bueno Gerbelli Efetiva Pedagogia Educação Infantil e Alfabetização

Desde 06/03/12

Desde 01/02/17

Valéria de Freitas Speiar Efetiva Pedagogia Arte e Educação e Gestão

Desde 06/08/90

Desde 02/02/15

24

4.1.1. Caracterização

O grupo docente é composto por 17 professoras sendo que 8 trabalham no período da

manhã com as crianças das 7h30 às 12h50 e as outras 8 no período da tarde com as crianças

das 11h10 às 17h30. São 16 professoras efetivas em sala e 1 professora substituta que trabalha

nas substituições de faltas no período da manhã e tarde.

Desde 2015 os professores de creche passaram a realizar 1/3 da sua jornada de trabalho

em formação, seguindo regulamentação da lei. Após a avaliação da equipe gestora e da própria

equipe docente, decidiu-se que em 2017 cada professora organizará seu próprio horário

contemplando: 26 h e 40’ de regência, 7 h de HTP (horário pedagógico de trabalho destinado à

formação, planejamento e registros), 3 h de HTPC (horário de trabalho pedagógico coletivo) e 3h

e 20’ de HTPL (horário de trabalho pedagógico livre). Nosso objetivo é que proporcionando essa

flexibilidade as professoras possam aproveitar melhor o tempo do HTP, pois não teremos um

grupo grande realizando no mesmo horário na sala de estudos.

Parte da equipe de professores está na escola desde 2015 e outra parte ingressou em

2017 vindas do processo de remoção. Desta forma, os acumulados de discussões e

sistematizações no PPP serão brevemente retomadas em cada HTPC para que as professoras

ingressantes se apropriem da nossa Proposta de Trabalho.

Temos dois grupos de HTPC:

Às 3as. Feiras das 08h10 às 11h10

Às 3as. Feiras das 13h50 às 16h50

O HTPC para os auxiliares em educação acontece às 4as. Feiras das 11h00 às 12h20.

Essa possibilidade ocorreu, pois as professoras retornam do HTP alguns minutos

antecipadamente.

4.1.2. Plano de Formação para os Professores

Ao definir o conteúdo do plano de formação da unidade escolar de todos os

segmentos, a equipe de gestão considera o interesse e as necessidades indicadas pelo grupo,

mas também as observações feitas pela diretora e coordenadora pedagógica quanto às

necessidades formativas.

O Plano de Formação para os professores está sempre articulado aos demais Planos de

Formação da Unidade. O Plano de Formação para os professores na creche está vinculado às

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, sendo que o nosso maior objetivo é

constituir um currículo vivo e significativo para esta nova unidade escolar de 0 a 3 anos.

25

Em 2014 iniciamos a construção do nosso P.P.P. estudando com maior profundidade o

Brincar do bebê e crianças pequenas, culminando na organização do Cesto dos Tesouros e na

Brincadeira Heurística, que hoje integra nossas atividades permanentes.

Em 2015 o nosso objetivo foi o de dar continuidade ao plano de formação de 2014,

articulando as concepções do grupo sobre a infância, sobre o ser adulto na relação com a criança

e sobre a educação com as diretrizes curriculares nacionais, construindo um currículo vivo em

campos de experiências.

Em 2016 estudamos em HTPC sobre as experiências estéticas dos bebês e crianças,

dando maior ênfase nas Artes Visuais.

Agora, em 2017, com a chegada de novas professoras o grupo optou por aprofundar os

estudos nas características e educação da Primeiríssima Infância. Concomitante a este tema

iremos desenvolver reflexões acerca da Documentação Pedagógica.

Justificativa:

Objetivo geral:

Conhecer os diferentes aspectos da Primeiríssima Infância

Objetivos Específicos:

Sensibilizar o grupo a escuta de sua criança interior;

Focar o olhar da observação das crianças durante as experiências;

Conhecer psicólogos da educação que tratam da primeiríssima infância, a saber: Piaget,

Freud, Wallon, Vygotsky, Brunner, Elkonin, Winnicott além da teria de Pikler;

Relacionar as teorias às crianças e bebês da creche;

Realizar observação, registro e interpretação acerca das experiências das crianças.

Ações Propostas:

Solicitar que cada educador pense em algum questionamento a investigar durante o ano

para compor a documentação pedagógica.

Cada educador trará uma foto sua quando criança. Pedirei que essa foto seja quando

tinham de 0 a 3 anos de idade. Conversaremos sobre o que sabem dessa fase. Algo que

26

se recorde através de fotos ou filmagens ou algo que seus pais contam e faremos um

mural composto das turmas dos três htpc´s;

Separar em temas os fatos que aconteceram enquanto crianças e solicitar que observem

as crianças da creche trazendo também uma foto juntamente com um relato de um fato

ocorrido;

Conversa sobre documentação pedagógica;

Estudar em Winnicot os quatro eixos da constituição psíquica. Como se relaciona com as

nossas observações da criança e como esta teoria nos ajuda no planejamento com as

crianças?

Estudar em Piaget – Etapa sensório-motora do desenvolvimento. Em que esta teoria nos

ajuda a planejar nosso trabalho com as crianças?

Estudar em Vygotsky – Desenvolvimento dos conceitos cotidianos/espontâneos X

conceitos científicos; Desenvolvimento do pensamento e linguagem; Atividade-guia. Como

esta teoria nos ajuda no planejamento com as crianças?

Estudar em Brunner – desenvolvimento das narrativas e brincar. Como esta teoria nos

ajuda no planejamento com as crianças?

Estudar em Elkonin – brincar do bebê e criança pequena. Como esta teoria nos ajuda no

planejamento com as crianças?

Estudar em Freud – fase oral. Como esta teoria nos ajuda no planejamento com as

crianças?

Estudar em Wallon – desenvolvimento da percepção, movimentos e afetividade, ações dos

adultos na relação com as crianças e com os bebês – higiene, alimentação, interações

entre bebês de diferentes idades. Como esta teoria nos ajuda no planejamento com as

crianças?

Estudar em Pikler – desenvolvimento da motricidade livre, afetividade, etc. Como esta

teoria nos ajuda no planejamento com as crianças?

Retomar o currículo por experiências a partir das teorias de Dewey, Larossa e Vygotsky

observando a Base Comum Curricular Nacional e realizando proposições de organização

do nosso currículo da creche.

Orientações Didáticas:

27

1) Relacionar os psicólogos trabalhados com as observações feitas das crianças em todas

as etapas;

2) Em cada htpc solicitar que tragam registros em forma de fotografia, vídeo e escrito para

relacionarmos aos teóricos estudados sem esquecer de focar no que é próprio da

pedagogia que são as aprendizagens. Desta forma faremos as análises com base em

perguntas-guia.

Referências Bibliográficas do Plano de formação: BRUNER, Jerome S. Child´s Talk: learning to use language. Nova York: W.W. Norton, 1983.

_______________. El habla del niño. Barcelona: Paidós, 1995

DEWEY, John. Experiência e Educação. Tradução de Renata Gaspar. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2010. __________. A Escola e a Sociedade e A criança e o Currículo. Tradução de Paulo de Faria. Lisboa: D’água Editores, 2002. ELKONIN, Daniil B. Psicologia do Jogo. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009. – (Coleção Textos de Psicologia). FALK, Judit. Educar os três primeiros anos: a experiência de Loczy; Tradução: Suely Amaral

Mello. Araraquara, SP: Junqueira & Marin, 2011.

FLAVELL, John H. 1928 – A psicologia de desenvolvimento de Jean Piaget; tradução Maria

Helena Souza Patto. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.

FOCHI, Paulo Sergio; PIVA, Luciane Frosi; FOCESI, Luciane Varisco. A documentação

pedagógica como mote para a formação de professores: o caso de uma escola participante do

OBECI. In: Revista Crítica Educativa v.2 n.2. Ufscar: Sorocaba. Disponível em:

http://www.criticaeducativa.ufscar.br/index.php/criticaeducativa/article/view/103/162

GOLDSCHMIED, Elinor. JACKSON, Sonia. Educação de 0 a 3 anos: o atendimento em creche;

Tradução: Marlon Xavier. Porto Alegre: Grupo A, 2006.

PIAGET, Jean; INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São Paulo: Difusão Européia do Livro,

1968.

PIKLER, Emmi. Moverse em Liberdad: Desarrollo de la Motricidad Global. Madrid, Espanha.

28

Editora Narcea, 1984.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Pensamento e Linguagem. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. 2ª Edicação. São Paulo: Martins Fontes, 1998. BRASIL, MEC. Brinquedos e Brincadeiras na Creche. Brasília: 2012.

WALLON, Henri. Do ato ao pensamento: ensaio de psicologia comparada. Petrópolis, RJ: Vozes,

2015.

____________. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007

29

Responsável pela Formação:

Alessandra Giriboni de Oliveira - Coordenadora Pedagógica com a colaboração da diretora escolar

Gabriela Reis Silva Pinheiro

4.1.3. Avaliação e Documentação do Plano de Formação

A documentação do Plano de formação será feita individualmente a cada encontro de HTPC

a partir de perguntas-guia.

4.2. Auxiliares em Educação

Caracterização

Em 2016 recebemos os 12 auxiliares em educação vindos da remoção, visto que os

auxiliares desta creche não possuíam titularidade. Oito são auxiliares fixos das salas e quatro são

volantes. Optamos por deixar um volante em cada berçário por entendermos que as necessidades

dos bebês são diferenciadas, precisando de atenção individual para o seu desenvolvimento

psíquico, necessitando de um banho para garantir seu bem-estar, etc.

30

Nome Situação

Funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC

Tempo na

escola Graduação Pós-

graduação

Adriana Soares

Cardoso Efetiva

Cursando

Pedagogia

Desde

07/02/08

Desde

03/02/16

Antonio Oliveira

de Araújo

Efetivo

*sem

titularidade

Cursando

Engenharia

Desde

02/07/15

Desde

07/03/16

Cynthia Aparecida

Mendes Luz Efetiva

Jornalismo/

Letras

Desde

22/02/11

Desde

03/02/16

Edileide Lopes da

S. Oliveira Efetiva

Educação

Física

Educação

Física

Escolar

Edson Gomes da

Silva

Efetivo

*sem

titularidade

Desde

21/09/16

Desde

21/09/16

Florinda de Jesus

Silva

Efetiva

*sem

titularidade

Processos

gerenciais

Desde

16/10/14

Desde

19/12/16

Jacinete Sandra

Torres Angelo da

Silva

Efetiva Magistério/

Letras

Desde

06/03/12

Desde

03/02/16

José Souza dos

Santos Efetivo

Cursando

Pedagogia

Desde

29/03/09

Desde

03/02/16

Julio César Alves Efetivo Cursando

Pedagogia

Desde

21/06/11

Desde

03/02/16

Karina Borsari

Efetiva

*sem

titularidade

Turismo e

Sociologia

Desde

26/01/16

Desde

07/03/16

Mayara Anyelle

Dana dos Santos Efetivo

Administraçã

o

Desde

02/02/09

Desde

03/02/16

Rebeca Carmo

Teixeira Zemke Efetiva

Química/

Pedagogia

Ed. Infantil

(cursando)

Desde

03/07/06

Desde

03/02/16

31

Plano de Formação para os Auxiliares em Educação

O maior desafio imposto está na construção de uma creche em que todos sejam de fato

educadores da infância, discutindo, participando, opinando, realizando intervenções, cuidados e

reconhecendo a intencionalidade de suas ações. As formações com esta equipe acontecem durante

as Reuniões Pedagógicas, além do acompanhamento pedagógico realizado pela coordenação

pedagógica em HTPC semanal de às quartas-feiras das 11h00 às 12h20.

Justificativa

Consideramos os auxiliares em educação como mais um educador que participa

ativamente do trabalho pedagógico da creche. E por outro lado, sabemos hoje da complexidade

que é trabalhar com crianças pequenas, pois é nesta fase da vida que muitas aprendizagens

ocorrem, e que as relações entre adultos, crianças e o espaço darão condições favoráveis ou não

para a aprendizagem e o desenvolvimento global.

Objetivos Gerais e Específicos

Socializar as necessidades ou dificuldades encontradas no decorrer do trabalho;

Reconhecer-se como integrante de um trio de educadores;

Aprofundar as discussões sobre a concepção;

Realizar discussões feitas com as professoras dentro do plano de formação aos

docentes de 2017 com o tema: “A primeiríssima Infância”.

Responsáveis:

Equipe Gestora.

4.2.1. Avaliação e Documentação do Plano de Formação

A avaliação acontecerá a partir do diálogo realizado em todos os encontros com os

auxiliares e os registros serão feitos através de escritas, fotos e vídeos que serão feitos

e retomados a cada HTPC.

4.3. Funcionários

4.2.1. Caracterização

Contamos com três equipes de apoio: limpeza, merenda e administrativo. A equipe da

cozinha no ano de 2012 foi terceirizada. Hoje a empresa que presta serviços na rede municipal é a

32

Convida. Contamos com o quadro de cinco funcionárias para atendimento das crianças em

período integral. Há ainda uma funcionária readaptada estatutária Lúcia que atualmente está como

responsável pelo atendimento aos pais no portão da escola e na limpeza da copa dos

funcionários

Na equipe da limpeza contamos com seis funcionários na função, porém um funcionário é

da Frente de Trabalho fazendo somente meio período de trabalho e estudando no período

contrário. Cada profissional é responsável pela sua atribuição de forma a exercê-la com o cuidado

e responsabilidade enquanto equipe. No inicio dos trabalhos desta creche neste semestre em

reuniões individuais com cada funcionário elaborou-se a grade de função/atribuição levando em

consideração as necessidades da escola, de cada turma/faixa etária, mas também o desejo de

cada funcionário. Desta forma conseguimos ainda que não 100% mas atingimos quase a

totalidade das expectativas dos membros da equipe.

Temos na equipe de limpeza a auxiliar readaptada Regina Souza que exerce a função de

cuidados na entrada e saída das pessoas na escola sendo responsável também pela manutenção

da copa dos funcionários. Quando solicitada também realiza horário diferenciado do seu almoço

para cobrir faltas abonadas da oficial de escola e/ ou equipe gestora sendo também porta voz da

equipe de gestão para com a equipe de educadores na transmissão de redes advindas da SE ,

comunicados internos dando ciência à todos. A divisão das tarefas está sempre sendo revisitada

pela equipe gestora e funcionários de forma que contemple primeiramente as necessidades das

crianças da U.E., e que seja benéfica a todos. Na equipe administrativa contamos com o oficial de

escola Vítor que iniciou o seu trabalho na Unidade em novembro/2016. Ele exerce um papel

importante na unidade. Transmitindo segurança no acompanhamento diário da escola,

responsabilizando pela parte administrativa e de recepção da comunidade ao adentrar a escola..

Acreditamos que o trabalho em parceria com todos os envolvidos reforça a importância das

pessoas no trabalho e na postura de entendimento sendo observada e readequada, tendo como

meta maior o bem estar das crianças.

NOME FUNÇÃO TEMPO NA U.E.

Isabel Apª de Pádua R.

Silva

Cozinheira 3 meses

Alessandra Alves Moreira Cozinheira 3 meses

Eliane Oliveira da Silva Auxiliar de cozinha 2 anos

Nome Cargo Exercido Tempo na

PMSBC

Angela Maria Silva Bernardo Auxiliar de limpeza 9 anos

33

4.2.1. Plano de Formação dos Funcionários

Justificativa:

Levando em consideração o processo formativo iniciado em 2011 onde as discussões

coletivas nos momentos de reuniões pedagógicas, reuniões com equipes e plenárias realizadas

no segundo semestre sobre os Indicadores de Qualidade e tendo em vista os avanços que a

equipe já conquistou desde então, a equipe de gestão neste semestre investirá no formato de

trabalho da equipe de apoio com foco na “liderança da equipe”

Este novo formato de trabalho requer antes de tudo o “querer” da gestão em descentralizar

as ações co-responsabilizando seus parceiros de trabalho. Nesta ótica e, tendo como um dos

princípios a gestão democrática e o olhar avaliativo desde 2012 da gestão para saber se o grupo

estava preparado para este desafio é que decidimos trazer esta proposta. Assim em reunião de

grupo elegeu-se a primeira líder do grupo tanto da equipe da limpeza como da equipe de cozinha.

Como todos nós, enquanto educadores, necessitamos de formação constante não menos

esta equipe também necessitará. Este ano o objetivo da formação será:

Objetivo:

Trocar experiências de forma a ampliar a expectativa de cada um e de todos;

Desenvolver as aptidões já existentes em cada profissional para o aperfeiçoamento no

trato com a equipe de trabalho;

Adequar e adotar procedimentos de higiene conforme exigência da Vigilância Sanitária

e demais órgãos da Secretaria de Educação e Convida;

Eliete do Carmo Garcia Auxiliar de limpeza 7 anos

Lina Maria de Souza Auxiliar de limpeza 9 anos

Lúcia Aparecida Terassi Moelas Merendeira

(readaptada)

20 anos

Maria Claudete Vasconcelos Coelho Auxiliar de limpeza 8 anos

Maria do Carmo Melo P. de Almeida Auxiliar de limpeza 10 anos

Regina Aparecida de Sousa da

Conceição

Auxiliar de limpeza

(readaptada)

7 anos

Rivaneide da Conceição B. Silva Auxiliar de limpeza 10 anos

34

Analisar indicadores de qualidade na unidade escolar, pensando no ambiente

educativo, formação e condições de trabalho dos profissionais (formação continuada),

espaço físico escolar.

Ações/ Estratégias

Momentos de reflexão através de atividades em reuniões mensais ou quando necessárias

com cada equipe;

Utilizar slides disponibilizados pela vigilância sanitária, para que contribuam de forma

efetiva na formação das equipes (se possível);

Sistematização da prática e discussão para avaliação constante

4.2.2. Avaliação do Plano de Formação

Durante o processo de formação, avaliaremos:

Aplicação e melhoria na qualidade de itens abordados durante a formação

Acompanhamento e observação de grupo na aplicação dos conhecimentos adquiridos

durante as formações em reuniões específicas e

Comportamento anterior e posterior à construção do código de conduta da escola.

Como estamos lidando com o novo?

4.1.4 Responsável pelo Plano de Formação

Gabriela Reis Silva Pinheiro ( diretora escolar)

4.1.5 Referências Bibliográficas utilizadas na Formação

- FREEMANTLE, Davi. De Olho na Equipe. 50 pequenos passos para inspirar as pessoas a darem o melhor de si. Rio de Janeiro, Sextante, 2004.

- ZENGER, John H. In: FOLKMAN, Joseph. Desenvolva sua capacidade de liderança. Você S/A.Rio de Janeiro, Sextante, 2008.

- PPP 2016 EMEB Bernardo Pedroso.

35

5. Composição da APM e Conselho de escola

5.1. Órgãos colegiados (Associação de Pais e Mestres- APM) e Conselho de Escola

5.2. Caracterização

A Assembleia Geral da APM foi realizada no dia quatro de março de dois mil e dezesseis

para composição dos novos membros e a Assembleia do Conselho de Escola. Para esta

assembleia contamos com uma participação pequena, mas singela do ponto de vista da vontade

CONSELHO

DELIBERATIVO

Presidente

GABRIELA (DIRETORA)

Primeira Secretária ALINE (PROFESSORA)

Segunda Secretária RAFAELA ( MÃE)

Diretora PRISCILA

(MÃE)

DIRETORIA

EXECUTIVA

Vice Diretora TATIANA

(MÃE)

Primeiro Tesoureiro

CLARISSA (MÃE)

Segundo Tesoureiro

TIBÉRIO (PAI)

Primeira Secretária

LUCIANE (PROFESSORA)

Presidente TATIANE (MÃE)

CONSELHO

FISCAL

Membro JÉSSICA (MÃE)

Membro

JÚLIO CÉSAR (EDUCADOR)

FUNCIONÁRIOS GABRIELA (DIRETORA)

ALESSANDRA (CP)

JULIANA (PROFA.)

CYNTHIA (AUX. ED)

VÍTOR( OF. ESCOLA)

CINTIA T. (PROFA.)

PAIS ( COMUNIDADE) KAREN (MÃE)

CLARISSA (MÃE)

TIBÉRIO (PAI)

JÉSSICA ( MÃE)

TATIANA (MÃE)

PRISCILA (MÃE)

CONSELHO DE ESCOLA

Segunda Secretária VALÉRIA

(PROFESSORA)

EMEB BERNARDO PEDROSO - 2017

Membro

1ª- KAREN

(MÃE) 2ª RENATA

(MÃE)

36

em participar de tomadas de decisões na escola. Alguns membros permaneceram em 2016 no

mesmo órgão colegiado.

Os membros novos dos órgãos colegiados terão seu mandato de trabalho no período de

01/04/2017 à 31/03/2018 e foi agendada a próxima reunião mensal da APM em conjunto com o

CE para o próximo mês. Socializamos também com os pais que até o final do ano teremos

reuniões mensais para discutirmos sobre compras, PPP e demais assuntos a serem levantados

pelos órgãos ou equipe da escola.

5.3. PLANO DE AÇÃO DA APM E CONSELHO DE ESCOLA

Tendo como elemento base os trabalhos dos órgãos que já passaram por esta escola nos

anos anteriores e a reavaliação pela equipe escolar dos resultados dos indicadores de qualidade,

esta nova equipe da APM e CE irá de certa forma continuar os trabalhos já iniciados por outras

equipes. Para tanto uma das necessidades prioritárias de acompanhamento por parte da APM e

Conselho de Escola em conjunto com a equipe gestora a supervisão dos reparos pós-obra da

escola, além de outras melhorias e adaptações a serem feitas para os pequenos.

OBJETIVOS DO PLANO DE AÇÃO

Resgatar com os membros da APM e CE histórico das ações realizadas até o ano de

2016 em relação à reforma da U.E. ;

Acompanhar, fiscalizar e supervisionar as ações quanto aos reparos pós-obra da U.E

e sua entrega definitiva;

Criar comissões de trabalho (comissão de compras principalmente) entre os membros

para que possibilite a divisão de tarefas;

Deliberar a utilização de recursos do convênio e PDDE julgando as prioridades a partir

das necessidades apontadas pela equipe escolar.

Sabendo que hoje vivemos um intenso processo de revisão de concepções sobre educação

de crianças em espaços coletivos entendemos que há necessidade de discutirmos o currículo da

educação infantil embasados pelas novas diretrizes curriculares nacionais conforme resolução

05/2009 em consonância com o PPP da U.E. Desta forma, o plano de formação tanto da APM

como do Conselho de Escola, teria como base o conhecimento dos documentos:

Diretrizes Curriculares Nacionais;

Eca – Estatuto da Criança e do Adolescente;

PPP 2017.

5.4. AVALIAÇÃO

Nesta perspectiva a avaliação do trabalho será um processo formativo e processual de

37

forma a garantir que os objetivos elencados possam fazer sentido na busca e compreensão de

uma escola realmente cidadã.

Será realizada avaliação tanto do trabalho com os órgãos quanto com a comunidade ao

término do ano letivo de 2017 conforme solicitação também da Secretaria de Educação.

III. Avaliações realizadas pelas famílias em 2016

Reuniões entre a escola e a família

Organização de entrada e saída

Comunicação entre a escola e a família (agenda, telefone, e-mail e cartazes)

Atendimento da secretaria

Excelente

Ótimo

Bom

Regular

Excelente

Ótimo

Bom

Excelente

Ótimo

Bom

Regular

Melhorar: Ter reuniões aos sábados

Melhorar horário

Nada a melhorar

Melhorar: Ter GCM nas entradas.

Melhorar Anotações diárias na agenda;

Mais e-mails.

38

Coordenação Pedagógica - Alessandra

Direção Escolar – Gabriela

Limpeza da Escola

Educadores da Turma

Excelente

Ótimo

Bom

Regular

Excelente

Ótimo

Bom

Excelente

Ótimo

Bom

Regular

Excelente

Ótimo

Bom

Melhorar: Cardápio não enviado;

Demora para atender telefone;

Receber lembretes da escola por e-mail;

Melhorar:

Não tive contato.

Melhorar: Precisa ouvir mais;

Não a conheço;

Proximidade com as famílias.

39

Estudo de Meio (passeio ao Estoril)

Projeto Coletivo da U.E. sobre manifestações indígenas

Projetos da Sala

Atividades da horta e biblioteca circulante

Excelente

Ótimo

Bom

Excelente

Ótimo

Bom

Regular

Excelente

Ótimo

Bom

Excelente

Ótimo

Bom

Melhorar: Observar a troca de roupa em vista do clima;

Mais atenção.

Melhorar: Ter mais passeios.

Melhorar: Falta dia dos pais/ mães, Natal e Páscoa.

40

Sábados Letivos

Qual foi a contribuição pedagógica da creche no desenvolvimento da sua criança?

Como foi a sua participação na vida escola da sua criança?

IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Excelente

Ótimo

Bom

Excelente

Ótimo

Bom

Excelente

Ótimo

Bom

Regular

Não sei

Ótimo

Bom

Regular

Melhorar: Levar mais plantações para casa.

Melhorar: Eventos diversificados;

Ter mais vezes;

Melhorar horários.

Melhorar: Dedicar mais tempo;

O trabalho impede.

41

1. Objetivos

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, estabelece em seu

art. 3º que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - Igualdade de condições de acesso e permanência na escola;

II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas

e privadas de ensino;

IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - Valorização dos profissionais do ensino...;

VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei:

VII - Garantia de padrão de qualidade.

Objetivo da Educação Básica

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, no Título V – Dos

Níveis e Modalidades de Educação e Ensino, estabelece:

“Art. 29 – A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o

desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a cinco, na medida em que as

crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico, psicológico,

intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.

2. Levantamento de Objetivos Gerais e Específicos

Objetivos da Educação Infantil

A Proposta Curricular da Secretaria da Educação estabelece que a Educação Infantil deva

se organizar de forma que os alunos construam as seguintes capacidades:

Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas, reelaborando

significados sobre o mundo, sobre os contextos e as relações entre os seres humanos;

Ampliar o conhecimento sobre seu próprio corpo, suas possibilidades de atuação no

espaço, bem como desenvolver e valorizar hábitos de cuidado com a saúde e bem estar;

Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas capacidades, atuando

cada vez mais de forma autônoma nas situações cotidianas;

Conhecer diferentes manifestações culturais como constitutivas de valores e

princípios, demonstrando respeito e valorizando a diversidade;

Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus interesses e

pontos de vista com os demais, respeitando as diferenças e desenvolvendo atitudes cooperativas;

42

Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente, reconhecendo-se

como integrante dependente e agente transformador do mesmo;

Construir e apropriar-se do conhecimento organizado nas diferentes linguagens

(corporal, musical, plástica, oral e escrita), utilizando-as para expressar suas ideias, sentimentos,

necessidades e desejos, ampliando sua rede de significações;

Aprender a buscar informações de forma autônoma, exercitando sua curiosidade

frente ao objeto de conhecimento.

Objetivos Gerais da Escola para o ano de 2017:

Conhecer e valorizar diferentes culturas;

Oportunizar interações entre crianças de diferentes idades;

Desenvolver um projeto institucional de alimentação considerando: as relações, o ambiente, o tempo, o prazer, ruídos e aromas.

3. Experiências dos bebês e crianças na creche

Durante o plano de formação de 2015 com os professores discutimos o currículo

embasado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução nº 05/2009).

Em 2016 e 2017 continuaremos a discussão partindo nos norteadores da Base

Curricular Comum Nacional. Ressaltamos ainda que, esta equipe escolar irá discutir ao longo de

anos a reformulação do trabalho em eixos pautados nas diretrizes e não mais como área de

conhecimento, considerando o item 6- Objetivos da proposta pedagógica que diz:

“A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como objetivo garantir à

criança acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e

aprendizagens de diferentes linguagens, à confiança, ao respeito, à dignidade, à brincadeira, à

convivência e à interação com outras crianças.

A proposta pedagógica da nossa escola segue três princípios norteadores que estão

presentes do planejamento à execução das ações:

Éticos: da convivência em grupo de maneira segura e respeitando a coletividade;

Estéticos: do respeito à individualidade, aos sentimentos e percepções de cada criança, através da

ludicidade e das linguagens criativas;

Políticos: da possibilidade de exercer escolhas.

Estamos organizando o currículo da creche para garantir as diferentes experiências para

43

bebês e crianças, desta forma as diretrizes curriculares foram divididas em três grandes áreas. Para

esta organização curricular nos pautamos no livro “Currículo na Educação Infantil: Diálogos com os

demais elementos da Proposta Pedagógica” de Fátima Salles e Vitória Faria, entregue pelo FNDE

às escolas em 2013. Revisitaremos a organização do nosso currículo após o fechamento da versão

final da Base Curricular Comum Nacional.

Garantir experiências que:

Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências

sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla,

expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;

Como os berçários proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Os ambientes são preparados (e sempre modificados) para proporcionar desafios

motores e sensoriais respeitando o tempo e individualidade.

Existe a exploração dos diferentes espaços e suas possibilidades;

As crianças interagem com seu próprio grupo e com outras turmas de diferentes

idades.

Durante a alimentação, o repouso e o banho há foco no conhecimento de si através

dos sentidos.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Experimentando as sensações de diferentes materiais artísticos.

Cesto dos Tesouros.

Projeto Horta.

Projeto com materiais recicláveis (vidro, plástico, alumínio e papéis).

Como as turmas de Infantil I proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Os educadores respeitam os ritmos individuais;

44

Na rotina são propostas com frequência explorações e criações com água, massinha

de modelar, no jardim sensorial, com tecidos, com bolinhas de sabão e elementos

artísticos;

Higiene;

Brincadeiras heurísticas.

Chamada com fotos.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto Horta.

Projeto músicas e seus instrumentos.

Jogo da memória com fotos.

Como as turmas de Infantil II proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Os educadores respeitam os ritmos individuais;

Na rotina são propostas com frequência explorações e criações com água, massinha

de modelar, no jardim sensorial, com tecidos, com bolinhas de sabão e elementos

artísticos;

Circuitos motores;

Higiene;

Atividades diversificadas;

Brincadeiras heurísticas.

Chamada com fotos.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto Horta.

Sequenciada com tintas

Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade

e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos

naturais;

45

Como as turmas de Berçário, Infantil I e Infantil II proporcionam essas

experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Chamar a atenção das crianças para observar e cuidar da área verde, árvores, frutos,

água, etc.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto Horta.

Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a

indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao

tempo e à natureza;

Como os berçários proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Idas ao jardim sensorial;

Rotina de cuidados;

Leitura e contação de histórias.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto sensações

Como as turmas de Infantil I proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Chamamos a atenção para a contemplação e cuidado com as áreas naturais da

escola e uso da água.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto Horta;

Como as turmas de Infantil II proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Rodas de conversa; Contação de histórias.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

46

Horta;

Tintas naturais e elementos gráficos secos.

Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia

das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

Como os berçários proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Ao finalizar as atividades incentivá-los a guardar os objetos;

Segurar as frutas e mamadeiras para se alimentar;

Durante o banho, trocas e escovação solicitar cooperação do bebê;

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto livro em casa (autonomia na escolha dos livros)

Como as turmas de Infantil I proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Durante a rotina: colocar os próprios calçados, escovar os dentes, lavar as mãos,

guardar os pertences, organizar os materiais.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto Horta.

Projeto livro em casa (autonomia na escolha dos livros)

Como as turmas de Infantil II proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Durante a higiene, organização da sala, idas ao banheiro, alimentação, guardar os

pertences e retirar as roupas de cama;

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto livro em casa (autonomia na escolha dos livros)

Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e

coletivas;

47

Durante toda a rotina são planejadas experiências em diferentes agrupamentos e

também individuais. Desta forma, esta experiência é uma orientação didática aos

educadores.

Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições

culturais brasileiras;

Como as turmas de berçário, Infantil I e Infantil II proporcionam essas

experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Rodas de músicas diversas, brincadeiras de roda, parlendas e brincadeiras

populares.

PROJETO COLETIVO DE 2016:

“A cultura dos índios brasileiros”

PROJETO COLETIVO DE 2017:

“Oxente, tem nordeste no Bernardo”

Garantir experiências que:

Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio

por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática

e musical;

Como os berçários proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Roda de música;

Teatro;

Dança;

Desenho;

Conversas Individuais durante a rotina;

48

Experiências com modelagem em massinha;

Como as turmas de Infantil I proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Roda de música;

Teatro;

Dança;

Leitura.

Momentos no ateliê em oficinas de proposta e de percurso;

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Oficinas de percurso.

Parlendas;

Uso de suportes e marcadores diferentes;

Projeto da Maleta.

Como as turmas de Infantil II proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Roda de música;

História

Teatro;

Atividades de pintura e percurso criador

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Maleta literária.

Oficinas de percurso

Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a

linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros

textuais orais e escritos;

Como os berçários proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

A conversa e a comunicação permeiam todos os momentos da rotina.

Contação de histórias.

49

Roda de música

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Música e imagens com bichinhos.

Projeto Livro em Casa.

Como as turmas de Infantil I proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Rodas de: história, música, conversa, chamada e rotina.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Projeto Livro em casa;

Apreciação de imagens;

Música;

História,

Artes.

Como as turmas de Infantil II proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Rodas de história, música, conversa, chamada;

Manuseio de livros;

Áudios de histórias;

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Caixa Surpresa;

Projeto Livro em casa;

Registro circulante (casa-escola).

Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais,

que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e

reconhecimento da diversidade.

Como os berçários, Infantil I e II proporcionam essas experiências:

50

ATIVIDADES PERMANENTES:

Durante a rotina respeitamos a individualidade e valorizamos a identidade de cada

um;

Teatros e contação de histórias.

Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas

manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro,

poesia e literatura;

Como os berçários proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Repertório musical diversificado;

Rodas de conversa, música e história;

Textos diversos;

Apreciação de imagens.

Manuseio de livros e revistas;

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Exploração de materiais e “melecas”;

Projeto Livro em casa.

Como as turmas de Infantil I proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Roda de música (utilizando CD com ritmos diferentes)

Manuseio de livros e revistas

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Maletas de música e história;

Parlendas;

Projeto Livro em casa;

Apreciação de fotos do projeto e do estudo de meio.

Como as turmas de Infantil II proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Roda de música;

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Roda de história;

Possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas

fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.

Como os berçários proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Registro com fotos e imagens;

Uso de TV com histórias.

Como as turmas de Infantil I proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Fotos e vídeos das crianças;

Pesquisas;

Vídeos informativos.

SEQUENCIADAS E PROJETOS DE 2016:

Teatro de Sombras;

Gravação das vozes das crianças.

Como as turmas de Infantil II proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Contação de histórias;

Vídeos em projetor.

Garantir experiências que:

Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas,

medidas, formas e orientações espaço temporais;

Como os berçários proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Brincadeiras com recicláveis;

Caixas de encaixe;

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Cestos dos Tesouros e brincadeiras heurísticas;

Músicas com números;

Chamadinha;

Contagem;

Rotina.

Como as turmas de Infantil I e II proporcionam essas experiências:

ATIVIDADES PERMANENTES:

Locomoção pelos espaços da escola;

Contagem de crianças;

Brincadeiras heurísticas;

Calendário;

Sucatas;

Rotina.

4. Rotina

PRIMEIRA REUNIÃO COM AS FAMÍLIAS

O primeiro contato com as famílias acontece no momento da matrícula. Na ocasião, as

famílias dão as informações básicas da criança. Neste mesmo dia informamos o dia e horário da

primeira reunião que acontece ainda no ano letivo anterior ao que a criança frequentará a creche,

normalmente no mês de dezembro.

Esta reunião é coordenada pela equipe gestora da escola e tem por objetivo apresentar a

escola, a equipe, sanar dúvidas e realizar as primeiras parcerias

com as famílias pensando no sucesso da adaptação no ano

seguinte. Os principais assuntos tratados durante a reunião são:

desmame, desfralde, rotina da criança em casa X rotina da

criança na creche, o que a creche oferece, questões de saúde e

solicitação de orientações ao pediatra antes do inicio das aulas,

informar aos pais sobre a pediculose (solicitar orientação

detalhada ao pediatra) o que é importante antecipar para a

criança e para os adultos em relação à ida para escola pela primeira vez.

53

ADAPTAÇÃO

”Transformar as dores do enfrentamento do

desconhecido em processo de crescimento e

amadurecimento é um desafio instigante para

todos nós.” (DAVINI, P. 5)

A adaptação na creche não é somente da criança, mas principalmente da família. São duas

situações distintas: a adaptação do bebê ou criança que está indo pela primeira vez a creche e a

adaptação dos bebês e crianças que já frequentam a creche após o período de férias.

Planejamos cuidadosamente este momento para garantir que progressivamente crianças e

famílias sintam segurança e prazer em estar na creche.

Nas primeiras semanas o tempo de permanência da criança na escola é reduzido e vai

aumentando até que ao final da terceira semana estejam frequentando o período completo.

Observamos que caso a criança ainda não esteja adaptada

combinamos com a família o prolongamento do período de

adaptação.

No primeiro dia os pais participam da rotina com os bebês e

crianças com o objetivo de que conheçam o trabalho da creche

gerando maior confiança. A família estando confiante a criança

também ficará.

Algumas crianças possuem um objeto de apego que pode

ser um paninho, uma chupeta, um brinquedo, ou até mesmo uma

música. Estes objetos auxiliam muito na adaptação das crianças,

pois são objetos que fazem a transição da casa para a escola. As

crianças que não possuem estes objetos podem trazer algum

objeto de casa ou da mãe para que possam fazer essa função

transicional.

Na primeira semana os educadores realizam uma conversa individual com o responsável com

o objetivo de conhecer a rotina que a criança está realizando em casa, bem como conhecer outros

aspectos de desenvolvimento. Especialmente no caso dos bebês este momento é muito rico, pois

podemos ter informações sobre a amamentação, o uso de mamadeiras, chupetas, como o bebê se

alimenta, como dorme, ente outras, facilitando a adaptação de todos da turma. Incluir na entrevista

com os pais sobre como pretende trazer a criança (transporte, pessoalmente) para organizarmos a

rotina dos bebês na creche.

ENTRADA E SAÍDA

A entrada na creche acontece entre às 7h30 e às 8h. Durante todo o ano a entrada é

acompanhada por uma funcionária readaptada e um membro da equipe gestora com o objetivo de

54

acolher crianças, famílias, sanar dúvidas dando segurança a todos. As famílias levam as crianças

até a sala de atividades de sua criança, bem como os transportadores escolares.

A saída é realizada entre às 17h e às 17h 30 nas salas de atividades e acompanhada por

funcionários e equipe gestora, no qual as famílias buscam as crianças junto à professora. Os

transportadores também buscam as crianças nas salas garantindo a segurança.

Quando acontecem atrasos ou saídas antecipadas o responsável assina o livro justificando o

motivo junto a oficial de escola. Quando a criança tiver 3 atrasos na entrada ou saída; saídas

antecipadas sem prévio aviso no mês, o responsável será convocado para conversar com a equipe

gestora.

Para saídas antecipadas um funcionário deverá buscar a criança em sala, e o responsável

ficará aguardando na secretaria.

Procuramos sempre enfatizar as famílias a importância da pontualidade para que os bebês e

crianças sintam-se seguros e confiantes na escola e na família.

SÁBADOS LETIVOS

Os sábados com a

participação da comunidade são momentos em que nos aproximamos das famílias de uma forma

menos formal. Assim, temos como objetivo que as atividades propostas sejam agradáveis,

compartilhadas e que estejam relacionadas ao nosso fazer aqui na creche. Nos últimos anos

incluímos oficinas práticas relacionadas aos planos de formação e projetos coletivos realizados.

ESPAÇOS

Hoje estamos estudando que o espaço é o terceiro educador. A creche é um espaço de vida

para todos que aqui passam períodos de seu dia, não um espaço em que as crianças se preparam

para a vida. É espaço de brincadeira, concentração e investigação. A partir deste conhecimento, a

equipe de gestão da escola passou a estudar mais este assunto. Participou de palestra com a

educadora Vera Mellis, a Coordenadora Pedagógica esteve em Reggio Emilia - Itália e em rodas de

conversa sobre a abordagem Pikler-Loczy.

Alguns aspectos precisam estar presentes quando pensamos na organização de uma sala de

atividades na creche, presentes nos documentos oficiais:

1- O espaço deve promover a autonomia das crianças;

55

2- O espaço deve promover a interação e o estar só;

3- O espaço deve ser multissensorial;

4- O espaço deve conter a memória e a documentação.

Temos observado e estudado que nos berçários o espaço deve ser promotor do livre movimento,

pois a partir dessa condição é que o bebê terá um desenvolvimento motor saudável.

Para ampliar as possibilidades de experiências livres e garantir a autonomia dos bebês e

crianças podemos organizar alguns espaços na sala de atividade, como:

1) Espaço para leitura e exploração dos livros: canto da sala destinado a contação de histórias, manipulação de

livros e leitura pelas crianças. Este espaço está presente em todas as turmas incluindo os berçários. Os bebês

estão decifrando o mundo e o que é a cultura humana. Assim a equipe observou a importância de os bebês

terem contato com este objeto da nossa cultura que é o livro. A forma como o bebê conhece o mundo é pela

boca, desta forma observamos quais são os livros mais mordidos para conhecermos as preferências dos bebês.

2) Materiais estruturados para construções: brinquedos de encaixe para estimular o planejamento, construções e

interações;

3) Espaço para a gráfica e pintura: materiais disponíveis para que as crianças possam realizar seus primeiros

traços e ir qualificando com intervenções e interações. Aos poucos as crianças vão fazendo deste um espaço de

expressão.

4) Materiais não estruturados para a construção

5) Jogos simbólicos e fantasias

6) Coisinhas interessantes caindo do

teto: a multissensorialidade também é

estimulada quando penduramos algo que vem de cima, do teto da sala. Tendo

este objetivo estes objetos devem estar ao alcance das mãos das crianças e não

apenas ao alcance visual, pois as crianças pequenas exploram e conhecem os

objetos utilizando todos os sentidos.

TEMPOS

Pensar no tempo da creche é necessariamente pensar no tempo das crianças pequenas.

Quais são os tempos delas? Todas têm a mesma necessidade ao mesmo tempo? Como organizá-lo

de forma a respeitar estes tempos?

Conversamos com a equipe sobre essas questões logo na primeira semana, que antecedeu a

adaptação das crianças à creche.

Começamos pensando sobre quais seriam os tempos das crianças quando organizamos os

56

horários para a alimentação e procuramos organizar sempre observando e avaliando se seria a

melhor opção. Desta forma, organizamos dois grupos para que o uso dos banheiros para a

realização da higiene não ficasse prejudicado. Para 2015 a equipe indicou que os menores façam a

alimentação no primeiro horário.

Para a realização de atividades em espaços coletivos utilizamos duas formas de organização:

um horário fixo por semana por período e nos espaços vagos os educadores podem realizar

agendamento quando necessitarem utilizar mais vezes os espaços da biblioteca, ateliê, palco,

casinha, arena e jardim sensorial.

Pensamos nesta forma de organização para que os espaços estejam a favor dos projetos e

experiências e não o contrário. Quem deve determinar o planejamento são os objetivos e

experiências e não mais a obrigatoriedade do uso dos espaços.

INTERAÇÕES

As interações de qualidade aliadas ao espaço bem preparado é que garante um ambiente

possibilitador de desenvolvimento e aprendizagens.

Aqui na creche as interações são pensadas entre adultos e crianças e entre crianças de

diferentes idades e interações com as possibilidades do seu próprio corpo.

Os educadores planejam diferentes agrupamentos, sendo: coletivo, individual ou em

pequenos grupos. Cada um desses agrupamentos garante objetivos diferenciados.

Os adultos respeitam os ritmos individuais e dão autonomia às crianças e durante as diversas

experiências que acontecem e também se comunicam com os bebês e crianças, ajudando a

produzir significados e apoiando o pensamento.

TEMPOS E ESPAÇOS

COMO ORGANIZAMOS A ROTINA

No âmbito pedagógico, considera-se a rotina como estratégia organizadora do tempo e

espaços didáticos. A construção de uma rotina contribui para que o educador estruture sua prática

pedagógica, organizando os fazeres de forma intencional.

A rotina diária é o planejamento do trabalho pedagógico, que implica a organização do

espaço físico, dos materiais e das atividades que serão realizadas.

Segundo Madalena Freire, a rotina desvela todas as intenções educativas que acabam

denunciando a concepção de ensino e aprendizagem através da forma como são organizados o

tempo, o espaço, os materiais e as propostas didáticas. Guiados por esse princípio, ao elaborar a

rotina diária, os professores devem considerar os seguintes aspectos:

57

Os diversos espaços da escola serão utilizados a favor da aprendizagem e das

propostas pedagógicas, assim poderão ser realizados agendamentos para a utilização dos

espaços coletivos, além dos horários fixos previstos, de acordo com a funcionalidade e objetivos

que contemplem etapas dos projetos. Por exemplo: Se numa determinada semana a turma estiver

envolvida com uma construção tridimensional poderá utilizar o ateliê quantas vezes for necessário.

O planejamento é construído por campos de experiências em modalidades

organizativas: atividades permanentes, atividades sequenciadas e projetos. As Sequenciadas e os

projetos são construídos observando os interesses e curiosidades dos bebês e crianças.

ATIVIDADES PERMANENTES DAS TURMAS DA

CRECHE

OBSERVAÇÃO E CUIDADO DAS ÁREAS VERDES

Nossa creche possui um amplo espaço de áreas verdes com pomar, hortas, flores e

gramado. Acreditamos que esse espaço deve ser utilizado com frequência com o objetivo que

os bebês e crianças contemplem a paisagem estimulando a sua sensibilidade e que, por

estarem inseridos nesse ambiente possam compreender a importância dos cuidados com

esse espaço natural.

É impossível conceber que na nossa escola esse espaço não seja utilizado pelos

adultos e crianças.

ANTECIPAÇÃO DAS ATIVIDADES UTILIZANDO OBJETOS E

IMAGENS:

Já é prática de nossos educadores a antecipação da rotina com as crianças e no decorrer

do dia a retomada do que já foi cumprido e o que ainda falta. Um importante recurso utilizado na

creche são as imagens da rotina e cada trio realiza este momento buscando estratégias que

contemplem a participação das crianças. Esta situação serve como um marcador espaço-temporal

para o grupo, pois assinala mudanças entre as atividades, facilitando a visão da passagem do

tempo, bem como da transição entre as atividades.

CHAMADA

A chamada com uso das fotos das crianças é um momento diário em que os educadores vão

constituindo o grupo-turma com as crianças. A partir da foto das crianças, os educadores conversam

58

e realizam um registro das crianças presentes e ausentes. É mais um espaço de constituição de

identidade das crianças.

CONTAGEM

A contagem faz parte do momento inicial com as crianças em que são realizadas contagem

de dias, dos presentes ou ausentes. O principal objetivo da contagem é colocar as crianças em

contato com o vocabulário dos números, com a sequencia e forma de organização numérica

utilizada em nossa cultura.

CALENDÁRIO

O calendário é utilizado pelas turmas a partir dos segundo semestre do infantil I.

Por ser um objeto da nossa cultura indica-se que o calendário utilizado seja um calendário

real, e na ausência dele que seja utilizado uma forma de escrita que se assemelhe a ele.

Neste calendário são realizadas marcações como aniversários, eventos importantes da escola

e eventos da própria turma. O importante é que ele seja utilizado com funcionalidade pelas crianças.

HIGIENE

O cuidado é parte fundamental na educação da primeira infância.

Entendemos que é no momento do cuidado que o adulto cria e fortalece

os vínculos com bebês e crianças. Procuramos fazer deste um

momento de atenção individualizada, em que a educadora conversa

com a criança e antecipa o que irá fazer, por exemplo: “Agora me ajude

a tirar sua bermuda”; “Coloque seu pé no tênis”.

Sendo assim, os trios se organizam para realizar as trocas de

fraldas, o banho para as crianças dos berçários, o desfralde, higiene

das mãos e a higienização bucal.

Utilizamos as fraldas e pomadas trazidas pelas famílias e que

são guardadas individualmente, bem como seguimos a mesma

forma de higienização bucal utilizada pela família. Nos berçários as

crianças que não possuem dentes realizam a higienização com

gaze conforme a orientação da família e da dentista que

acompanha a escola.

Os bebês (berçário inicial e berçário final) tomam banho

diariamente na creche.

59

Acreditamos que este seja um momento de relaxamento e que proporciona um bem-estar ao bebê

que permanece um longo período do dia na escola. É importante que seja um momento individual,

de cuidado entre adulto e bebê, no qual este bebê estará satisfazendo suas necessidades biológicas

e também emocionais. Desta forma, as educadoras conversam, cantam e brincam com os bebês.

Para o ano de 2016 a equipe indicou que sejam discutidos e fechados alguns procedimentos

comuns quanto a higiene das crianças para garantir que toda creche pense e aja da mesma

maneira com as crianças e seus pertences.

CUIDADO COM OS PERTENCES E MATERIAIS DA ESCOLA

Outro conteúdo procedimental experenciado pelas crianças da creche é em relação aos

cuidados com as próprias coisas, as coisas dos colegas e da escola. O cuidado no momento de

utilizar, o guardar, emprestar ou utilizar junto com outro colega permeia o planejamento dos

educadores.

DESFRALDE

O processo de desfralde faz parte do desenvolvimento humano. Entendemos que este deve

ser um momento tranquilo para crianças e para os adultos (educadores e famílias).

Sendo assim temos uma observação cuidadosa para iniciar este trabalho:

A criança deve demonstrar aprendizagens para o desfralde, ou seja:

-A criança já aprendeu a andar e tem paciência para ficar sentada.

- Presta atenção no que os adultos dizem e mostra que entende.

- Compreende que tem desejos e capacidade de dizer não.

- Sabe o lugar dos objetos e começa a guardá-los corretamente.

- Imita os mais velhos com gestos ou na maneira de andar.

- Faz xixi e cocô em horários previsíveis e tem mais consciência do próprio corpo.

- Sente-se incomodada com a fralda.

- Apresenta curiosidade de conhecer o espaço (banheiro e vaso sanitário).

Além disso, conversamos com as famílias para que este processo seja de total compromisso e

parceria.

Tendo esses dois aspectos positivos, conversamos com a família pessoalmente quando

possível ou via agenda solicitando maior quantidade de peças de roupas e combinando um dia

para iniciar o desfralde conjuntamente. A comunicação entre educadores e família deve ser

constante durante todo o processo para minimizar ansiedades de ambas as partes.

Lembrando que quando a criança utiliza o transporte escolar devemos lembrar a família de

realizar os combinados necessários com o transportador evitando constrangimentos à criança.

Os educadores realizam algumas estratégias para o sucesso deste processo: 1) Adaptam as

crianças ao vaso solicitando que sentem no mesmo enquanto ainda utilizam fraldas; 2)

Conversam com a família de forma a estabelecer uma parceria durante este processo; 3)

60

Utilizam a literatura infantil para iniciar o diálogo com a criança, fortalecendo assim sua

segurança; 4) Utilizam imagens para estimular a utilização do vaso; 5) Oferecem o banheiro em

uma regularidade de tempo; 6) Fazem deste um momento lúdico e prazeroso; 7) Conhecem as

características individuais das crianças enquanto utiliza o banheiro; e 8) Não punem nem tecem

comentários negativos para a criança.

Nem sempre é um momento fácil ou rápido, porém é um momento de crescimento e felicidade

para todos os envolvidos.

ALIMENTAÇÃO

As crianças recebem cinco refeições durante o período de permanência na creche. Sendo

elas: o café-da-manhã, a hidratação, o almoço, o lanche e o jantar. Segundo a Seção de

Alimentação Escolar este cardápio é elaborado para suprir

70% das necessidades nutricionais diárias das crianças,

sendo os demais 30% de responsabilidade da família.

Portanto, informamos às famílias na primeira reunião

que é necessário alimentar a criança quando retorna para a

casa.

O porcionamento da refeição é feito pela equipe da

cozinha (Convida) seguindo orientações da Seção de

Alimentação Escolar. Não é permitida a entrada de

alimentos externos, somente os fornecidos pela Secretaria de Educação.

Na creche temos três cardápios: Para crianças de 4 a 5 meses; de 6 a 11 meses e de 12 a 36

meses. A transição entre um cardápio e outro é realizado de forma gradativa sendo sempre

observada a aceitação da criança.

Disponibilizamos o cardápio às famílias por e-mail e o afixamos no mural externo da

secretaria, além disso, informamos às crianças quais serão as refeições do dia através de imagens

dos alimentos afixadas diariamente no cavalete de cardápio da escola.

Algumas turmas desenvolvem projetos com as crianças sobre alimentos utilizando os diversos

recursos presentes na escola como o cardápio por imagens, a horta, músicas, livros. Em caso de

criança com algum tipo de restrição alimentar o pediatra deve realizar um relatório especificando

qual a necessidade da criança contendo diagnóstico e CID,

assim a seção de alimentação escolar providencia a

substituição dos gêneros.

Durante a alimentação um dos nossos objetivos é que

a criança aprenda a se alimentar com autonomia,

manuseando a colher de maneira independente, este

trabalho se iniciar nos berçário e se prolonga até o Infantil II.

Para tanto os educadores observam, sentam-se próximos as

crianças e incentivam a pegar a colher e levar até a boca.

61

REPOUSO

Durante o dia as crianças podem repousar ou dormir.

Nos berçários este momento acontece de acordo com a necessidade de cada bebê. Há bebê

que dorme pela manhã e a tarde, outros dormem apenas a tarde. O ambiente dos berços foi

organizado pelas educadoras a fim de ficar o mais

silencioso e calmo possível, pois ficam na mesma sala

de atividades.

As crianças que já se locomovem dormem em

colchões no chão favorecendo sua autonomia ao

acordar e garantindo a segurança. É comum que essas

crianças maiores durmam no mesmo horário o que não

caracteriza uma regra.

A equipe de apoio auxilia na organização dos colchões e as educadoras criam um ambiente

tranquilo para o repouso: fecham as cortinas, colocam uma música tranquila e procuram observar

quais são as necessidades das crianças neste momento, por exemplo: algumas crianças dormem

com chupetas ou paninhos, outras precisam ser levemente balançadas.

O momento do repouso é sempre observado por pelo menos um educador para garantir a

segurança das crianças. Neste momento os educadores se revezam para realizar seu horário de

almoço.

A PRINCIPAL AÇÃO DA CRIANÇA: BRINCAR:

COMO ISSO ACONTECE NAS DIFERENTES FASES?

Brincar faz parte do desenvolvimento humano. É no brincar que bebês e crianças

compreendem como os objetos e relações humanas funcionam. Durante a brincadeira o bebê e a

criança são protagonistas, e, portanto, percebem que suas ações provocam reações nos objetos e

pessoas, sendo assim um momento primordial para a constituição do “eu”.

Durante este ano tivemos o desafio de observar como os bebês e as crianças brincam para

conversarmos sobre as nossas propostas e descobrimos que:

Os bebês brincam com as mãos e com os objetos que conseguem alcançar levando-os a boca;

Os bebês exploram os objetos chacoalhando, batendo-os no chão, batendo um objeto no outro;

As crianças de um a dois anos além de explorar as propriedades dos objetos começam a imitar

as ações dos adultos pegando um celular e colocando-o próximo ao ouvido, por exemplo;

As crianças de 2 a 3 anos começam a brincar simbolicamente construindo enredos e

substituindo objetos ausentes por outros.

62

Elencamos também quais são as principais ações das crianças em cada turma e assim

montamos um gráfico com o objetivo de nos auxiliar no planejamento das experiências com as

crianças.

REGULARIDADE DE AÇÕE S DAS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS

(Observações e registros realizados pelos educadores no 2º semestre de 2014)

A partir da observação das principais ações dos bebês e crianças quando brincam ou

manuseiam objetos, pensamos em propostas em que as crianças possam utilizar ao máximo essas

ações, construindo através da atenção, diferentes percepções. Como nos diz Vygostsky temos que

trabalhar com os conceitos no momento de sua formação qualificando ao máximo essas

aprendizagens.

Desta forma, buscamos em nossos estudos duas experiências importantes para construção

de percepções, conceitos espontâneos e autonomia: O Cesto dos Tesouros e a Brincadeira

Heurística.

CESTO DOS TESOUROS

O Cesto dos tesouros é uma proposta para bebês de 0 a 12 meses que já sentam. Discutida

durante o semestre em nossos encontros de HTPC’s e realizada com os pequenos após estudos.

A brincadeira tem por objetivo proporcionar aos

bebês descobrir e desenvolver o tato, paladar, audição,

visão e o movimento do corpo.

O Cesto deve conter 60 objetos que não sejam

brinquedos, nem plástico. Classificados em materiais

naturais, metálicos, papel e papelão, madeira, vidro, couro,

tecido, borracha e feltro.

Os bebês sentam em volta do cesto e exploram os

objetos que ali contém. Aprendem sozinhos e por si

mesmos. Neste momento os educadores sentam-se próximos para proporcionar-lhes segurança,

sem interferir, favorecendo sempre a livre exploração, manipulação, concentração e atenção dos

pequenos. Durante a observação os educadores notam as ações, evolução, manipulação,

preferências, falas, gestos e como são estimulados pelos objetos.

Infantil II

Infantil I

Berçário Final

Berçário Inicial

Apertar Jogar Empurrar Puxar Bater Subir ChacoalharEscorregarEscalar Observar Inserir Morder EngatinharEntrar e Esconder Pular Empilhar Enfileirar

Amassar objetos Descer Levar a boca Sair

63

Os mesmos são renovados com frequência, sempre em partes garantindo assim a segurança

e estimulo dos bebês.

BRINCADEIRA HEURÍSTICA

Desenvolvida como continuidade do Cesto dos tesouros a brincadeira é uma proposta para

crianças de 12 a 36 meses. Também construída após estudos e discussões em nossas reuniões.

A brincadeira é realizada em lugares que favoreçam a concentração das crianças. O material

se divide em três tipos: os objetos, de 15 a 20, que devem ser diversificados e combináveis entre si,

os recipientes (receptáculos) e as sacolas.

No início da brincadeira os educadores preparam a sala, deixando o espaço livre para os

elementos da brincadeira. Selecionam três ou quatro tipos de objetos e retiram da sacola 15

unidades de cada tipo (ou mais de acordo com a quantidade de crianças). Disponibilizam um pouco

de objetos em cada canto da sala e sentam-se para observar as atividades das crianças. A

brincadeira divide-se em dois momentos, o de exploração e combinação dos objetos e a sua

recolha. No momento da recolha os educadores nomeiam os objetos que deverão ser guardados

nas sacolas correspondentes a cada material.

Aos educadores proporcionam-se reflexões sobre as ações das crianças e sobre suas

propostas, atitudes e recursos utilizados para o desenvolvimento das crianças e aos pequenos

proporciona-se tomar consciência das leis da natureza e das propriedades dos objetos.

Durante este semestre graças aos esforços de toda a equipe, coletamos uma grande

quantidade de materiais tanto para o Cesto dos Tesouros como para a brincadeira heurística, o que

irá favorecer ainda mais o nosso planejamento e qualificar a brincadeira das crianças. Abaixo consta

a listagem dos materiais que estão disponíveis no ateliê para utilização em sala. Para organizar o

uso dos materiais os educadores utilizam o agendamento.

Materiais das sacolas:

1- Pedaços de corda de sisal;

2- Retalhos de tecidos e renda;

3- Caixas de CD;

4- Discos de vinil pequenos;

5- Caixas de diversos tamanhos;

64

6- Bobes de cabelo;

7- Buchas e lixas;

8- Pastilhas de vidro;

9- Potinhos de vidro;

10- Argolas de madeira e metal;

11- Pedaços de mangueira;

12- Pedaços de EVA grossos com texturas;

13- Esferas;

14- Pompons de lã;

15- Placas de isopor;

16- Pedaços de isopor;

17- Escovas;

18- Tocos de madeira;

19- Espirais de caderno;

20- Molhos de chave;

21- Rolhas;

22- Pratos de papelão;

23- Zíperes e prendedores de roupa de madeira;

24- Pinhas (ainda estamos arrecadando).

Receptáculos:

1- Metal;

2- Plástico;

3- Papelão.

a. Fechados por um lado ou abertos em ambos os lados.

BRINCADEIRAS SIMBÓLICAS

Por volta dos dois anos e meio as crianças passam a brincar simbolicamente, ou seja,

brincam de faz-de-conta substituindo objetos ausentes e realizando a brincadeira de papéis sociais.

Durante os diversos momentos da rotina as crianças simbolizam, portanto a equipe procura

alimentar a brincadeira com diálogos e materiais.

Durante as brincadeiras simbólicas os educadores propiciam que as crianças experimentem

os diferentes papéis sociais, independente de gênero. Respeitam a escolha dos materiais e

brinquedos que as crianças fazem espontaneamente, pois essas experiências são fundamentais

para a construção da identidade, do respeito ao outro e de sua cidadania. Temos como objetivo o

desenvolvimento das múltiplas inteligências das crianças.

EXPERIÊNCIAS NARRATIVAS

65

Quanto mais oportunidades as crianças tem de se fazerem ouvidas, mais elas desenvolverão

a habilidade de narrar e a confiança necessária para expressar-se e desenvolver-se.

A escola tem, então, um papel tão importante quanto o da família em mediar esse

desenvolvimento de autoestima nos momentos de diálogo, pois é na interação com as crianças e

com os outros adultos que ela se desenvolve e adquire coragem para expressar-se.

Em encontros com o grupo de docentes, discutimos e pontuamos como mediar o

desenvolvimento da narrativa infantil e como priorizar a oralidade, o

uso de jogos orais e músicas nos momentos de nossa rotina.

Entendemos, então, que há a necessidades de saber o que

se passa com a criança para poder ajudá-la a contar sua história ou

para fazer perguntas que a direcione para o que ela quer transmitir,

sem interromper a fala da criança.

Algumas propostas são realizadas pelos educadores com o

objetivo de desenvolver a narrativa infantil:

Realizar roda de história com comentários, mesmo

com os bebês do berçário inicial;

Realizar rodas de conversa que estejam encadeados com projetos da turma, alguma

história lida. Importante que sejam utilizadas imagens e objetos para apoiar o pensamento e

construção da narrativa pelas crianças;

Conversar com os bebês durante o banho;

Cantar com as crianças em rodas de música e em determinados momentos da rotina;

Ofertar livros ilustrados para que possam contar as histórias;

Interagir com as crianças (permitir que a criança questione o que o adulto está

fazendo);

Trabalhar com textos orais como trava-línguas e parlendas;

Questionar sobre os pertences das crianças nos momentos de higiene e escovação,

proporcionando que eles reconheçam os seus pertences e os dos amigos.

Realizar a chamadinha no início do período, proporcionando o reconhecimento do

nome próprio e o do amigo;

Questionar qual será a rotina do dia por mostrar as fotos e pedir que as crianças digam

o que farão;

Descrever suas produções artísticas, como desenhos e modelagem com argila.

Proporcionar ao aluno ser o leitor de um livro para a turma.

Disponibilizar fantoches para que as crianças contem uma história.

RODA DE MÚSICA

66

A música é uma das linguagens mais apreciadas pelas crianças pequenas. É através

dos ritmos e palavras que as crianças ampliam repertorio, brincam, socializam, exercitam a

concentração. Desta forma esse momento acontece diariamente nas turmas da creche.

São utilizados recursos visuais para que a criança vá significando as músicas e possa

ter autonomia na escolha de suas preferências, por exemplo: há turmas que utilizam uma

caixa com objetos relacionados às músicas conhecidas e vai inserindo objetos conforme a

inserção de músicas no repertório da sala. Assim também são utilizadas as imagens como

apoio no momento de escolha e do cantar.

Uma das ações que aparecem com maior regularidade entre bebês e crianças

pequenas é o chacoalhar e bater objetos no chão para que produzam sons, assim os diversos

objetos, o próprio corpo e os instrumentos musicais devem também ser utilizados para que as

crianças tenham contato e possam emitir sons.

BRINCADEIRAS DE RODA

As brincadeiras de roda fazem parte da cultura de diversos povos e também da cultura

brasileira.

A roda nos une, nos permite olhar uns aos outros. A brincadeira é ação primordial das

crianças. Assim as brincadeiras de roda são realizadas diariamente como forma de inserção

na cultura humana, estimulando as crianças a cantar e brincar.

As rodas podem ser: rodas de samba, rodas de quadrilha, cirandas, parlendas, etc.

EXPERIÊNCIAS ESTÉTICAS

O trabalho envolvendo as linguagens artísticas está fundamentado em três eixos: apreciar,

refletir e produzir arte.

Dentro do eixo da apreciação utilizamos as imagens como disparadoras de conversas,

contemplação e reflexão.

As experiências podem acontecer em Oficinas de Proposta ou de Percurso.

As oficinas de Proposta podem ser iniciadas ou não iniciadas e devem acontecer

semanalmente. É este o espaço para que as crianças conheçam suportes, meios e instrumentos

variados, para que explorem ou produzam suas obras. Houve preferência por parte da equipe em

realizá-la em pequenos grupos qualificando as observações das pesquisas que cada criança está

realizando.

As oficinas de Percurso são experiências que proporcionam a escolha e autonomia das

crianças. A criança escolhe o suporte, o meio, o instrumento que irá utilizar, quanto tempo irá gastar

e quantas produções irá realizar. Os educadores disponibilizam os materiais e apoiam as pesquisas

das crianças. É uma atividade que ocorre quinzenalmente alternando períodos, uma vez ocorre pela

manhã e outra vez ocorre no período da tarde.

67

O ateliê da creche foi repensado apoiado em alguns princípios do ateliê da Itália pensando

nas suas múltiplas linguagens, bem como nas diretrizes da Rede quanto a oferta de suportes, meios

e instrumentos para realização de produções dirigidas e oficinas de percurso.

Os materiais do ateliê estão separados em: materiais gráficos secos, materiais aquosos,

instrumentos para pintura, materiais para modelagem, suportes, materiais para produções (coladas e

soltas) e meios de ligação, sucatas e materiais da natureza, um canto para exploração da luz com

tapete e um retroprojetor. Além disso, temos cavaletes e pastas com diversas reproduções de

artistas plásticos que podem ser utilizados durante as apreciações.

O ateliê foi organizado também levando em consideração aspectos estéticos. Desta forma é

de fácil utilização e um local agradável para crianças e adultos. É espaço de exploração,

investigação, apreciação e criação. Temos:

1) Materiais gráficos secos: canetinhas, lápis de cor, giz de cera, lápis grafite, juntamente com borrachas,

apontadores, réguas e reguetes. Estão separados por cor para estimular a escolha intencional das crianças em

suas produções e acondicionados em recipientes transparentes para garantir o acesso visual das crianças;

2) Materiais aquosos: tintas guache, aquarelas, pintura a dedo e cola colorida;

3) Instrumentos para pintura: rolinhos, esponjas, pincéis, espátulas, panos, potes, bisnagas;

4) Materiais para modelagem: massinha, argila, biscuit;

5) Suportes: papelão, folhas coloridas e de diversos tamanhos e texturas, isopor, plástico bolhas, etc;

6) Materiais para produções: pastilhas, canudos, tampinhas, pedras, areias, etc. Os materiais podem ser utilizados

em criações sendo colados ou não colados. Os educadores registram as produções através de fotos.

7) Meios de ligação ( servem para ligar um material ao outro): colas, durex, fitas adesivas diversas e cola quente

8) Sucatas: diversas embalagens e tampinhas para construções tridimensionais;

9) Materiais da natureza: folhas, galhos, tocos, conchas, fibras. São utilizados para explorações e criações;

68

10) Espaço de exploração de luz e sombra: tapete e retroprojetor. As propostas podem variar de acordo com o

objetivo dos educadores. Por exemplo: a luz e as cores, a luz e o corpo, a luz e objetos leitosos, a luz e objetos

transparentes, a luz e os elementos naturais, os tamanhos das sombras, etc.

No ateliê e em outros espaços da escola os educadores exploram e criam experiências com

as crianças utilizando a: bi dimensão, a tri dimensão e a dimensão digital (através do uso do

computador).

O USO DE ELEMENTOS TRIDIMENSIONAIS

Hoje na escola, o material mais utilizado ainda é a massinha. A modelagem é criação e

brincadeira, pois:

A experimentação das crianças passa pela fase oral e após tátil utilizando mãos e outras partes do

corpo.

A modelagem aparece na creche como uma possibilidade de significar histórias,fatos, personagens e

como forma de simbolizar, pois as crianças se valem do que constroem para brincar umas com as

outras.

Neste momento os educadores conversam, interagem também modelando.

Durante nosso Plano de Formação de 2016 inserimos a proposta do uso de sucatas e

empapelamento para trabalhar com a tri dimensão. O grupo avaliou que esta proposta deve

acontecer quinzenalmente nas oficinas de proposta e percurso, bem como ser inserida nas

atividades diversificadas, pois naturalmente as crianças têm ações de sobrepor, encaixar e

classificar objetos.

Outras experiências passaram a constar como atividade permanente em nossa rotina:

O USO DE MATERIAIS GRÁFICOS SECOS: A equipe indicou ao final do plano de formação

que seja um material utilizado diariamente nas atividades diversificadas ou em ambientes externos,

mas que primordialmente as crianças tenham livre acesso a estes materiais na sala. Para os

berçários a indicação foi de iniciar utilizando uma vez na semana e começar com os mais grossos.

O USO DE MATERIAIS GRÁFICOS AQUOSOS: que no início do ano seja incluído

quinzenalmente e quando as crianças se apropriarem passar a estar semanalmente no

planejamento. Importante que o ambiente seja previamente preparado pelo educador e que coloque

um balde com água para auxiliar na higiene. Com este material as crianças podem ter como suporte

o próprio corpo, o azulejo, os vidros da escola e papéis de diferentes texturas.

OS MEIOS DE LIGAÇÃO: este é um material muito interessante para as crianças pequenas,

pois antes de produzir elas experimentam colando e descolando os materiais. A indicação é que seja

planejada semanalmente para o Infantil II e para o Infantil I e Berçários iniciar com menor

periodicidade garantindo uma permanência na rotina para que as crianças possam se apropriar da

função de ligar as coisas, emendar ou revestir.

69

ELEMENTOS DA NATUREZA: são materiais facilmente encontrados pela escola que podem

ser utilizados em natura como as folhas, galhos e terra ou transformados, como por exemplo, as

tintas de terra, de legumes ou de folhas. A equipe indica que inicialmente trabalhemos com estes

elementos da natureza mensalmente.

A LUZ (NATURAL E ARTIFICIAL): Elemento ainda pouco utilizado pela equipe. A indicação é

que planejemos mensalmente atividade em que utilizemos a luz do sol, do retroprojetor ou lanternas

na refração ou reflexão da luz, com objetos, com o corpo, com as cores, para desenhar ou explorar.

• O LUGAR ESPECIAL DO DESENHO: O desenho é uma forma de linguagem expressiva

tipicamente infantil. Mas na creche, os bebês e crianças já desenham?

No nosso plano de formação descobrimos que o bebê e a criança pequena investigam os

materiais através do polissensorial; que o corpo age sobre o material através dos movimentos; que

aos poucos a linguagem oral acompanha as produções e investigações; que surge a

intencionalidade (quando o corpo acompanha o pensamento) criativa e a apreciação da sua

produção e do outro; e que a garatuja é a única que aparece sem a educação, já que o

desenvolvimento do desenho é cultivado (Iavelberg, 2006). Descobrimos que a arte na primeiríssima

infância está no corpo, no material, no traço, no espaço, na natureza; que ela é uma experiência

individual que pode ser compartilhada.

Estudamos que quanto mais se desenha, mais se aprende a desenhar, desta forma o desenho

passou a acontecer diariamente na rotina das crianças em sala, nas diversificadas, no ateliê, na

quadra com o giz. Nos berçários essa deve ser uma exploração permanente na sala, assim deve ser

organizado uma parede ou mesa em que estejam sempre disponíveis materiais riscantes e suportes.

Como orientação didática combinamos que o nome das crianças deve ser sempre colocado no verso

da folha de forma a respeitar a produção das crianças, evitando interferências.

AS PAREDES DA ESCOLA FALAM: Quando as os bebês produzem algo, estão

necessariamente apreciando e refletindo sobre aquela marca gráfica deixada no suporte. As

crianças maiores passam a apreciar suas produções após prontas e a compartilhar impressões com

os adultos e outras crianças, assim a apreciação pode acontecer em diversos momentos da rotina.

Nossa escola não possui murais externos para a exposição das produções das crianças, desta

forma os educadores utilizam os vidros e paredes da escola que tem cada vez mais refletindo os

produtos e processos artísticos. As produções das crianças são apreciadas pela turma e são

levantadas reflexões pelo educador sobre como fez, o que pensou e o que utilizou. Após este

processo as produções são expostas nas paredes e as crianças, ao circular pela escola podem

conhecer a produção dos colegas das outras turmas. A equipe tem se valido de registros

interessantes dos processos através de filmagens, fotos e registros das falas das crianças que são

expostos junto com as produções como forma de valorizar o processo e não apenas o produto final.

RECURSOS AUDIOVISUAIS

70

A televisão é um dos recursos disponíveis na biblioteca da creche. É utilizada como momento

de aprofundamento de um projeto, como disparador de conversas e temas.

É um recurso que deve ser utilizado de maneira diferente da utilizada em casa pela família e

que merece uma discussão entre os educadores do grupo.

EXPERIÊNCIAS NO PARQUE

O parque é mais um espaço onde ocorrem várias ações

relacionadas ao brincar, pois proporciona o desenvolvimento de

habilidades corporais como: subir, escorregar, saltar, pular etc., além

de possibilitar interações entre as crianças.

O parque também foi reformado e passou a contar com

espaço emborrachado e

cimentado. Há uma rampa de

acesso, banheiros masculinos e

femininos com acessibilidade,

pequeno almoxarifado para

guardar os brinquedos.

Os brinquedos do parque são de

troncos rústicos de eucalipto: gangorra dupla; escorregador grande e pequeno; balança

multifuncional com upa-upa e uma balança para cadeirante; casa do Tarzan com escadas de

troncos; rampa de escalada e de rapel e escorregador.

O momento do parque ocorre para todas as turmas e é utilizado conforme horário

combinado no início do ano.

O parque é um momento de prazer e criação de vínculos, onde as crianças e bebês

brincam, tomam sol, realizam a hidratação, etc.

Os educadores realizam intervenções no espaço ao longo do ano construindo cabanas,

circuitos e levando outros brinquedos e materiais para ampliar as possibilidades das crianças

neste espaço.

ATIVIDADES DIVERSIFICADAS/ ATIVIDADES EM

PEQUENOS GRUPOS

71

É parte integrante da rotina diária e ocorre de acordo

com o planejamento de cada professor. Cada sala de aula

dispõe de um pequeno acervo de materiais, além de contar

com outros existentes na escola como: jogos diversos,

fantoches, livros, massinha, materiais de arte, brinquedos.

As atividades diversificadas favorecem a autonomia na

escolha das propostas e escolhas das parcerias. É um

momento propício para o professor realizar intervenções individualizadas e/ou acompanhar um

grupo mais específico. Porém, é essencial que observe as preferências, atitudes e

comportamentos dos alunos que servirão como elementos para novas organizações tanto da

experiência como do próprio espaço.

Nestes momentos os três educadores realizam intervenções ou dirigem atividades em

pequenos grupos, como por exemplo: contação de histórias, brincadeiras, experiências com

construções ou música, etc. Estar com um grupo menor de crianças favorece a observação, a

mediação e a realização da atividade por parte dos bebês e crianças.

EXPERIÊNCIAS COM O CORPO E A MOTRICIDADE

As experiências com o corpo e a motricidade acontecem diariamente em todas as idades.

Os educadores exploram o corpo, a contenção e motricidade

utilizando materiais e brincadeiras conforme os objetivos.

A fim de contemplar as diversas propostas no planejamento, são

considerados:

Atividades de exploração e pesquisa com materiais

diversos.

Circuitos e estações de desafios corporais.

Jogos e brincadeiras.

Danças e rodas cantadas.

Experiências com melecas.

Massagens.

Experiências em que as crianças mudam de aparência com fantasias, adereços,

pinturas que estimulam a flexibilidade do pensar, do se reconhecer no espelho e, além disso, é

mais uma atividade que prioriza a expressão corporal, a percepção do próprio corpo, a

representação do “mundo do faz de conta”, o estímulo da imaginação infantil, ampliando suas

relações afetivas com o grupo.

72

LOCOMOÇÃO PELA ESCOLA

Quando o bebê aprende a andar o faz pelo prazer que o movimento proporciona, desta forma

ele anda para brincar.

Aos poucos vamos trabalhando com as crianças pequenas que temos uma função

instrumental quando andamos que é a de nos locomover, de irmos de um local a outro.

Esse trabalho é realizado diariamente quando as crianças vão de um ambiente a outro da

creche.

Nosso objetivo é que as crianças realizem pequenos trajetos com autonomia, sendo

supervisionadas pelos adultos.

MOVER-SE EM LIBERDADE

No ano de 2017 temos a intenção de aprofundar o estudo sobre o desenvolvimento motor e a

importância do livre movimento para esse desenvolvimento segundo a abordagem Pikler-Loczy.

ESTUDO DO MEIO

Estão previstos estudos do meio para todos os alunos durante este ano letivo, como já

ocorria em anos anteriores.

Ficará a critério de cada professor a seleção dos

locais a serem visitados, além das sugestões da equipe

gestora.

Destacamos que haverá a preocupação quanto à

adequação do local para a faixa etária, além de observar se

o local promoverá experiências ricas aos pequenos.

Assim, os estudos de meio serão contemplados

como etapa dos Projetos desenvolvidos com as turmas.

INTERAÇÕES ENTRE BEBÊS E CRIANÇAS DE

DIFERENTES IDADES E TURMAS Em nossa rotina incluímos momentos em que duas ou mais turmas realizem atividades

conjuntamente. Nosso objetivo é que as crianças possam aprender com os parceiros mais

73

experientes, possam conhecer os adultos da creche e, além disso, que sejam estimulados a auxiliar

as crianças menores ou com ritmos diferentes.

Assim semanalmente cada turma realiza uma integração com outra turma que são planejadas

pelos educadores em HTP.

Para tanto no planejamento é semanalmente contemplada alguma experiência com outra

turma de idade diferente. Após as observações e avaliações do grupo de educadores, essa

interação não tem sido feita coletivamente com todas as crianças da escola. Avaliamos que para a

interação ocorrer as crianças precisam privilegiadamente brincar juntas, desta forma as interações

ocorrem tendo dois momentos: um momento em que uma turma pode apresentar algo que esteja

estudando, ou os educadores podem coordenar uma roda de música, de história ou de conversa e

num segundo momento o espaço é organizado para que as turmas brinquem juntas dando opções

de escolha às crianças.

HORTA

Durante os anos de 2015 e 2016 desenvolvemos ações na horta

da creche em parceria com o Programa Ação Saudável. O projeto

consistiu em preparar a terra, plantar sementes e mudar, cuidar das

hortaliças e legumes e consumi-los na alimentação.

Alguns educadores observaram que as crianças passaram a se

alimentar melhor após o desenvolvimento do projeto.

Em 2016 o projeto passou a ser uma atividade permanente da

creche com ampliações de suas ações como o preparo e processamento

dos alimentos pelas crianças antes do consumo. As turmas de Infantil I e

II prepararam suco e salada.

LIVRO EM CASA

Em 2015 estudamos em HTPC algumas características que se modificam na relação dos

bebês e crianças com os livros.

O bebê a partir de 1 ano começa a estabelecer relação entre uma figura e um objeto

ausente e assim dar um significado a uma ilustração simples. Aos poucos passa a compreender

as ações implícitas nas imagens até chegar a compreensão de textos narrativos que contenham

crises existenciais por volta de 2, 3 anos.

A partir de então intensificamos o uso do livro e da literatura infantil passando a realizar

uma parceria com a família. Assim às sextas-feiras os bebês e crianças fazem a escolha de um

livro para levar para casa e ser lido junto à família. Às segundas-feiras este livro é devolvido à

74

escola.

Nosso objetivo é que a criança tenha contato com grande frequência com o livro e suas

possibilidades textuais, além de um momento afetivo com a família, agregando experiências

narrativas e simbólicas a seu repertório, desta forma o empréstimo é realizado pelos educadores

na própria sala de atividades da sua turma, neste momento a criança escolhe dentre os livros da

caixa qual deseja compartilhar com a família.

A escolha garante autonomia e interesse para os bebês e crianças, assim os educadores

proporcionam um arranjo na sala para que os bebês e crianças possam de fato escolher,

colocando os livros ao alcance visual e tátil deles.

ANIVERSARIANTES

Após orientação da Seção de Alimentação Escolar e conforme Resolução FNDE nº38 de 2009,

que impede a entrada de qualquer gênero alimentício que

não seja fornecido por esta seção, esta equipe discutiu

qual seria a melhor maneira de comemorarmos os

aniversários.

Assim, ficou decidido que cada turma escolhe como irá

comemorar esta data junto ao aniversariante. Algumas

turmas confeccionam um mural, utilizam o calendário

convencional, vestem o aniversariante com um acessório

ou fantasia, utilizam um bolo simbólico, tiram retrato e todas as turmas cantam parabéns e outras já

tiveram a participação de pais que passaram um momento em sala com seu filho contando

histórias.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA - PLANEJAMENTO

O planejamento pode ser flexibilizado de acordo com a necessidade do grupo, alterações

no clima e acontecimentos ocasionais. Porém os educadores devem garantir:

1. Tempo para a organização do espaço que deve preferencialmente acontecer juntamente com as crianças

para que elas aprendam que os espaços são flexíveis e devem ser organizados;

2. Tempo para as experiências das crianças – livres e dirigidas;

3. Tempo para observar e registrar;

4. Tempo para a reorganização dos espaços.

5. Educação Infantil

75

Segundo Madalena Freire, “na ação de avaliar pensa-se o passado e o presente para poder

construir o futuro. Nesta concepção de educação, portanto, a avaliação é vivida como processo

permanente de reflexão cotidiana. É neste sentido que o ato de avaliar é processual”. (Madalena

Freire)

Entendemos que a avaliação não é mais considerada como um momento terminal do

processo educativo, mas como ação contínua, em que ensino e aprendizagem são avaliados. Neste

caso, a avaliação torna-se um processo permanente de reflexão, caracterizando-se como

processual.

Diante desse contexto, compreender a avaliação como um processo contínuo, a prática da

observação e registros torna-se fundamental no acompanhamento sistemático dos alunos. Observar

é mais do que ver e constatar exige profundidade e reflexão, é preciso “focar o olhar”.

Entendemos que a observação é fundamental no ato de avaliar, mas também consideramos

que é preciso registrar as observações individuais.

Durante o ato de registrar é possível ao educador interpretar as ações e falas das crianças e

planejar as próximas experiências.

O relatório individual de aprendizagens é um instrumento que contempla o reconhecimento

das particularidades de cada criança nas sucessivas relações que vão estabelecendo durante o

processo de construção de conhecimentos.

Na creche realizamos dois relatórios individuais semestrais que são apresentados às famílias

nas reuniões com pais dos meses de agosto e dezembro, uma cópia fica na escola e a outra é

entregue às famílias na ocasião da reunião. Na reunião que acontece em abril os educadores

conversam com as famílias sobre a caracterização da turma, a adaptação, os interesses das turmas

e início dos projetos.

Além dos relatórios, os professores organizam portfólios dos alunos para auxiliar o

acompanhamento do processo de aprendizagem.

Na formatação dos relatórios é necessário colocar: Logo da prefeitura e cabeçalho da Escola;

Nome completo da criança e data de nascimento; Nome completo da professora; Turma; Como a

criança chegou à escola; Trabalho pedagógico /Intervenções feitas; Avanços ou próximos

encaminhamentos para que avance (Percurso individual); Assinaturas: professora, equipe de gestão;

professora do AEE e responsável;

As dificuldades encontradas devem aparecer, porém junto com as intervenções feitas pelos

educadores e avanços, mesmo que pequenos. Outros itens que o relatório pode conter para

qualificá-lo são: imagens, fotos ou atividades escaneadas. O que deve ser evitado: rótulos, juízos de

valor e comparação a outras crianças, visto que cada uma tem seu percurso individual. Os materiais

que embasam a construção dos relatórios são: Proposta Curricular, PPP da escola, leis,

planejamento: projetos, sequenciadas e registros semanais, registros individuais feitos pelo

professor e portfólio da criança.

Os relatórios serão escritos pelos professores e lidos pela equipe gestora da escola que, se

necessário indica alterações.

Em 2014 com o início do atendimento em uma nova modalidade repensamos a organização

dos relatórios e avaliamos a construção dos mesmos para que nos próximos anos possamos

76

avançar e qualificar a construção deste documento.

Algumas observáveis foram levantadas pela equipe de educadores como importantes constar

nos relatórios dos bebês e crianças:

• 1- Período de adaptação;

• 2- Socialização e interação entre criança-criança e criança-adulto;

• 3- Desenvolvimento da comunicação e da oralidade;

• 4- Desenvolvimento motor;

• 5- Desenvolvimento do processo de autonomia;

• 6- Alimentação;

• 7- Brincar (brincadeiras livres e planejadas);

• 8 – Momentos de higiene: trocas, banhos, escovação, processo do desfralde;

• 9 – Repouso;

• 10- Experiências com as linguagens artísticas;

• 11- Música;

• 12- Projetos da turma e projeto coletivo;

• 13- Desenvolvimento da criança dentro da rotina da creche e da sua turma;

• 14- Características individuais;

• 16 – Experiências nas áreas verdes;

• 17- Experiências nas áreas externas;

• 18- Sentimentos;

• 19- Intervenções dos educadores.

Construir relatórios individuais na creche é um grande desafio, pois os educadores são

compostos em trio. Desta forma realizamos alguns combinados para a escrita dos relatórios com

o objetivo de agregar informações sobre cada criança, sem fragmentar períodos ou intervenções,

como por exemplo, tempo durante a reunião pedagógica para o trio alinhar a escrita.

A avaliação da equipe foi positiva, pois disseram que fazer em trio traz outros pontos de vista

sobre o desenvolvimento de cada criança. Além disso, os educadores pontuaram que quando o

trio está coeso em concepções e conhecem bem as crianças a escrita fica mais fácil.

Alguns educadores julgaram difícil sintetizar o relatório, desta forma alguns relatórios ficaram

mais extensos.

Para os educadores o mais positivo da construção dos relatórios é poder constatar com maior

segurança os avanços das crianças e neste percurso já discutir e planejar as próximas

intervenções.

Para as famílias o fato de acompanhar de perto os avanços dos bebês e crianças foi

importante e muitas famílias se emocionaram, pois em muitos casos os primeiros passos foram

dados aqui na creche, por exemplo. Quando o percurso da criança está bem registrado as

famílias confiam mais no nosso trabalho.

Em 2017 contemplaremos juntamente com o Plano de Formação uma forma de registro dos

HTPC´s que aproximem os educadores de uma documentação pedagógica. Aos poucos, e

partindo das nossas aproximações faremos a transposição para uma prática de documentar o

que os bebês e crianças realizam aqui na creche. Não temos como intenção que esse processo

seja rápido, porque sabemos que precisaremos nos apropriar de conceitos e formas de fazer e

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organizar, já que, com a entrada do HTP, os educadores permanecem a maior parte do tempo

em apenas dois com as crianças.

5.1. Acompanhamentos dos Instrumentos Metodológicos

Na creche os instrumentos metodológicos são ricas fontes de trabalho pedagógico, pois é

através dos registros que os educadores embasam seu fazer pedagógico, já que as crianças bem

pequenas utilizam de diversas formas de linguagem para comunicar desejos e pensamentos.

Assim, cabem aos educadores o olhar, a escuta, o registro e a interpretação das ações infantis.

Para 2017 a equipe optou por combinar nos trios qual o melhor instrumento para planejar e

registrar. A maior parte do grupo planeja utilizando uma grade e realiza o registro em caderno

própria sendo que orientamos que todos do trio utilizem apenas um instrumento por sala,

qualificando a fluidez do planejamento e das observações.

Os registros são entregues à coordenadora pedagógica quinzenalmente para

acompanhamento e devolutiva com sugestões para o trabalho.

Durante os HTP´s os educadores estão refletindo sobre como qualificar esses instrumentos

fazendo com que cada vez mais sejam funcionais e significativos para a prática de cada um.

Iniciamos a discussão em grupos pequenos sobre o planejamento considerando todas as

variáveis da experiência envolvida com as crianças. Por enquanto chegamos aos seguintes

aspectos a serem planejados: 1) momento do dia; 2) adultos envolvidos; 3) Local; 4) natureza da

atividade – se são livres ou dirigidas e se são em grande grupo, em pequeno grupo ou

individual; 5) propósitos; 6) preciso preparar recursos antes; 7) recursos durante; 8) Serão feitos

registros? Por quem? Como?; 9) Variáveis; 10) Avaliação; 11) próximo passo e 12) Crianças

observadas individualmente.

Este estudo foi apresentado ao grupo todo em HTPC de 2016, ano que muitos trios passaram

a registrar as experiências seguindo essa organização incluindo itens e fotos.

O planejamento é organizado em MODALIDADES ORGANIZATIVAS

Atividades permanentes: São atividades que têm uma periodicidade definida e acontecem com

frequência. Por exemplo: Rodas de história, higiene, etc.

Sequencia de atividades ou sequenciadas: São atividades que seguem uma lógica definida,

podem estar relacionadas a um tema específico. Por exemplo: sequenciada de brincadeiras de roda.

É necessário planejar o tempo de duração, objetivos, etapas (atividades), recursos e avaliação/

registro.

Projetos: nasce de um problema observado por adultos ou crianças, contém objetivo geral,

objetivos específicos, aprofundamento do educador, etapas (que podem incluir a participação da

comunidade), recursos, avaliação, como o projeto será comunicado às famílias.

Atividades independentes: São atividades que não estão encadeadas a outras, que podem

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acontecer por algum evento específico ou ter como objetivo rápido de ser atingido.

6. Plano de Acompanhamento da Coordenação Pedagógica

A principal atribuição do coordenador pedagógico é atuar nas formações continuadas

dos profissionais de educação que acontece nos HTPC´s, HTP´s, nas Reuniões Pedagógicas e

Reuniões com auxiliares em educação. Na nossa unidade esta pessoa é responsável pelos

Planos de Formação dos Docentes e dos Auxiliares em Educação em parceria com a direção da

escola.

Além desse espaço institucionalizado de trocas e aprendizagens, a coordenadora

pedagógica também acompanha individualmente o planejamento dos educadores e seus registros

reflexivos, participa de momentos da rotina objetivando contribuir com as propostas, realizando

devolutivas escritas e conversas com os profissionais.

O acompanhamento das reuniões e encaminhamentos dados pela EOT (Equipe de

Orientação Técnica), bem como das professoras do AEE também são de responsabilidade da

coordenadora pedagógica realizando os registros específicos, acompanhamento e intervenções

junto aos Planos de Ação da Educação Especial.

Objetivo Geral:

Contribuir na reflexão da prática docente dentro do princípio de autonomia do professor

e autoria de sua própria prática;

Objetivos Específicos:

Realizar nas reuniões coletivas (HTPC´s, formação com auxiliares e Reuniões

Pedagógicas) reflexões sobre as práticas da nossa escola com base nas diretrizes e

teorias;

Desenvolver os Planos de Formação Docente e de Auxiliares;

Realizar reflexões pontuais de práticas e registros em reuniões individuais de

acompanhamento mensal;

Realizar devolutiva escrita com apontamentos e sugestões dentro das diversas

linguagens e áreas de experiência;

Auxiliar o professor a buscar fontes teóricas para qualificar sua prática;

Contribuir nas escolhas de materiais e organização dos espaços.

Ações:

Desenvolvimento do Plano de formação em HTPC´s;

Desenvolvimento do Plano de Ação da comunidade nas Reuniões Pedagógicas;

Desenvolvimento do Plano de Formação dos Auxiliares e estagiárias quinzenalmente;

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Acompanhamento dos Planejamentos, Registros Reflexivos e Práticas mensalmente

realizando devolutivas escritas e verbais;

Avaliação:

Será realizada semestralmente com instrumento individual.

V. REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de

outubro de 1988. Brasília - DF: Ministério da Educação, 2002.

BRASIL, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de

dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996.

Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação

e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.

CAMARGO, Fátima; DAVINI Juliana;FREIRE, Madalena; MARINS, Mirian C. Avaliação e

Planejamento: a prática educativa em questão – Instrumentos Metodológicos II. Espaço

Pedagógico.1997

DAVINI, Juliana; FREIRE, Madalena. Adaptação: Pais, educadores e crianças enfrentando

mudanças. SP: Espaço Pedagógico, 1999.

EMEB Gofredo Teixeira da S. Telles. “Cantos & Encantos” da Vila Baeta Neves

GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. Petrópolis: Vozes, 2000.

IAVELBERG, Rosa. O desenho cultivado da criança: práticas e formação de educadores.

Porto Alegre: Zouk, 2006

SÃO BERNARDO DO CAMPO, Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações

Educacionais. Proposta Curricular, Vol.I e II.São Bernardo do Campo: SEC, 2007.

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Acolhimento e Adaptação, Secretaria de Educação: 2011.

UNESCO. – Declaração de Montreal. Organização Mundial de Saúde, 2004.

______. – Declaração de Salamanca e Linhas de Ação para satisfazer Necessidades Educativas Especiais. Salamanca, Espanha, 1994.

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ANEXOS

ACORDOS DE CONVIVÊNCIA

Os acordos de convivência foram construídos coletivamente nos espaços de

reuniões com equipes e finalizados na última reunião pedagógica de 2014.

O que é ACEITÁVEL em nossa escola:

• Preservar as áreas externas e de uso coletivo, ou seja, manter esses espaços limpos e

organizados para a próxima turma;

• Cumprir os combinados estabelecidos coletivamente, discutir sobre o que é bom para a

equipe;

• Manter o respeito e a comunicação dentro da equipe e entre as demais equipes;

• Ter consciência dos seus deveres;

• Ouvir o outro e o seu ponto de vista;

• Ter propriedade e compromisso com o seu trabalho;

• Ser correto em suas ações (idoneidade moral);

• Caprichar no trabalho

• Ser solícito oferendo ajuda sempre que possível, cooperando com a equipe;

• Ser companheiro

• Ser discreto nas resoluções de conflitos e quando se está na copa.

• Falar com quem é de direito para que possam entrar em um acordo.

O que é INACEITÁVEL em nossa escola:

• Discussões e comentários pejorativos em público (na frente da comunidade, no portão, na

frente das crianças e educadores).

• Falta de respeito com o trabalho das equipes (não esperar secar o chão, pisar, sujar sem

chamar o apoio – a comunicação é uma forma de minimizar essas questões);

• Falar palavrão ou gritar de forma desrespeitosa;

• Fazer comentários de ordem preconceituosa, obscena ou de exclusão;

• Perseguição dos colegas das equipes;

• Autoritarismo (impor suas ideias de como se deve trabalhar);

• Furtar materiais da escola e de colegas de trabalho;

• Não respeitar momentos da rotina como a “hora da história” com interrupções

desnecessárias;

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• Não respeitar o descanso das crianças fazendo barulho ou falando alto.

ORGANIZAÇÃO DOS EDUCADORES EM DIA DE REUNIÃO PEDAGÓGICA

Em dias de reunião pedagógica em período integral todos os funcionários da U.E.

cumprem sua carga horária de trabalho das 7h às 16h.

Quando as reuniões pedagógicas forem de meio período (sendo o outro período de

dia letivo) todas as professoras cumprirão regência no período da manhã e HTP no momento da

reunião pedagógica. O horário continuará sendo das 7h ás 16h.

Se por ventura ultrapassar a carga horária da semana as horas excedentes deverão

ser fruídas na quinta-feira anterior ou na segunda-feira posterior.

Qualquer alteração de horário deverá ser anotada em folha a parte anexada à folha de

ponto para que a direção entenda os horários quando do fechamento mensal da folha.

ORGANIZAÇÃO DOS EDUCADORES EM DIA DE ESTUDO DE MEIO

Quando a turma for realizar estudo de meio no período da manhã a professora da

tarde entrará em regência às 7h30 caracterizando Horas crédito que deverão ser fruídas durante

seu HTP. Caso as horas acumuladas somem um dia poderá ser fruído em um dia letivo. A

professora da manhã cumprirá seu HTP em sala.

Como as professoras da manhã flexibilizam na sexta-feira à tarde, caso o estudo de meio

seja na sexta-feira o dia de flexibilização do horário deverá ser realizado na quinta-feira anterior.

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Projeto Coletivo 2017

Justificativa:

Respondendo à indicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação infantil,

nossa escola tem proporcionado à comunidade escolar o contato com diferentes culturas. Em 2017

fizemos a opção de trabalhar com a cultura do nordeste pois observamos que há muitas famílias que

vem desta região do país.

Objetivo geral para todas as turmas:

Envolver a comunidade, os funcionários e as crianças na cultura nordestina.

Aprofundamento dos educadores:

Visita ao Museu de Arte Popular de Diadema em Reunião Pedagógica;

Visita ao Centro de Tradições Nordestinas;

Realizar um almoço típico nordestino em uma reunião pedagógica;

Pesquisas em livros, internet e com os funcionários que nasceram na região Nordestina;

Construção de uma caixa do projeto que ficará na sala de estudos contendo todos os

materiais que encontramos sobre o assunto com o objetivo de circular as informações

entre todos.

Demais Etapas do projeto:

Pesquisar os conhecimentos prévios das famílias e funcionários;

Espalhar redes pela escola;

Realizar uma exposição com empréstimos de objetos nordestinos;

Apresentar para as crianças brinquedos e brincadeiras típicas da região;

Incluir brincadeiras simbólicas que façam menção às atividades da região como pescar, andar

de cavalo, etc.

Apresentar músicas, danças, histórias e culinária da região;

Apresentar palavras e dialetos da região nordestina;

Apresentar e conversar sobre imagens naturais, bem como vídeos da região;

Organizar um cesto dos tesouros com objetos nordestinos como: rendas, chitas, cerâmica,

cabaça, entre outros;

Incluir curiosidades nordestinas no jornal da escola;

83

Confecção de um jegue de tecido, que será o mascote de cada turma e passará um dia na

casa de cada criança;

Solicitar receitas típicas para as famílias e escolher uma para que as crianças degustem. As

receitas serão incluídas no jornal da escola;

Conhecer artistas plásticos da região nordestina, como:

Trabalhar interdisciplinarmente com a horta;

Apresentação de grupos ou talentos nos sábados letivos.

Recursos utilizados:

Internet, Datashow, livros, revistas, objetos, fotos, vídeos, cds, argila, materiais do ateliê, horta,

ingredientes para as culinárias, redes, instrumentos musicais, fantasias,

Registro e Documentação do Projeto:

Observação, fotos, vídeos, registros escritos que tenham como objetivo comunicar as ações do

projeto às famílias.

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Projeto Institucional 2017-2018

A alimentação na nossa creche

O projeto institucional faz parte dos objetivos levantados pela equipe em 2016. Foi elaborado

por todos os funcionários da escola na Reunião Pedagógica de 1º de março de 2017 e será

trabalhado primordialmente nas reuniões pedagógicas, por entendermos que é um assunto que

envolve a todas as equipes.

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OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS: AÇÕES QUAL O MELHOR ESPAÇO FORMATIVO

E AGRUPAMENTO

QUANDO (imediato ou a longo prazo)

Desenvolver um Projeto de Alimentação Escolar

1) Trabalhar as relações humanas: compreensão do papel de cada adulto envolvido com respeito e comunicação;

1.Promover uma conversa com todos os profissionais expondo seu ponto de vista em relação aos momentos das refeições, 2. Afinar as concepções com todos os adultos da escola; 3. Reunião com pais novos divididos por faixa etária; 4. Manter o agrupamento por faixa etária; 5. Apoiar e confiar na ação dos educadores envolvidos, caso ocorra alguma objeção conversar em particular; 6. Organizar e expor procedimentos para toda a equipe.

Reunião Pedagógica/ HTPC/ Reunião com os segmentos/ Reunião com pais

Início imediato e ao longo do ano.

2) Conhecer o valor nutricional ou

repensar o cardápio;

1.Orientações com profissionais de diversas áreas; 2. Troca do suco pela fruta; 3.Adequar o cardápio à estação do ano; 4.Compra de frutas que as crianças possam manusear.

Reunião Pedagógica para reunião com profissionais

Início imediato; Alternar entre suco e fruta no início.

3) Refletir sobre a concepção de alimentação da escola;

1. Estudos

Reuniões por segmentos A longo prazo

4) Conhecer os documentos vigentes sobre alimentação;

1. Pesquisas e estudos Reuniões por segmentos A longo prazo

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5) Fazer com que as crianças sintam prazer durante a alimentação;

1.Espaço limpo; 2. Tirar os baldes de descartes do caminho;3. Os adultos

envolvidos sentar junto com as crianças; 4. Apresentar o prato antes do momento do almoço; 5. Qualquer

adulto da escola pode fornecer o prato para a criança; 6. Diminuir ruídos dos

adultos; 7. Melhorar o olhar do educador para a criança; 8. Ofertar

diferentes preparos com alimentos; 9. Insistir na oferta; 10. Realizar receitas

ligadas ao projeto.

Reunião Pedagógica ou reuniões por segmentos.

Imediato e a longo prazo.

Estudar relações de adultos primeiro

6) Oferecer às crianças um melhor Tempo de alimentação;

1.Manter os agrupamentos como estão; 2. Ter apoio no refeitório, como

volantes e cozinha

Reuniões por segmentos Imediato

7) Criar um ambiente favorável durante a alimentação;

1.Espaço limpo e organizado (não só mesas e cadeiras); 2. Organização dos

adultos para que não haja gritaria entre os mesmos

Reunião Pedagógica Imediato

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8) Envolver a comunidade; 1.Palestras com nutricionistas e pediatras; 2. Informativos no jornal; 3.

Cardápio com especificações de preparo; 3.Parceria com a UBS

Reuniões com os pais no horário em que as

crianças estão em sala (entrada ou saída)

Ao longo do ano

9) Respeitar a individualidade;

1.Oferecer sem forçar, se, acelerar; 2. Observar o tempo de cada um; 3. Reestruturar o uso dos copos da

hidratação

HTPC/por segmento Imediato ao longo do ano

10)Apresentar diferentes formas e texturas.

1.Levar frutas, legumes e verduras paras as crianças explorarem uma vez

por semana.

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Calendário 2017