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PREFEITURA DE UBERLÂNDIA Pós-edital DIREITO TRIBUTÁRIO IMUNIDADES, LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR Livro Eletrônico

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Page 1: PREFEITURA DE UBERLÂNDIA

PREFEITURADE UBERLÂNDIA

Pós-edital

DIREITO TRIBUTÁRIOIMUNIDADES, LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR

Livro Eletrônico

Page 2: PREFEITURA DE UBERLÂNDIA

PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado

COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes

ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho

SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo

ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima

REVISOR(A): Mayra Barbosa Souza

DIAGRAMADOR: Weverton Carvalho

CAPA: Washington Nunes Chaves

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© 08/2019

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CLAUDIO ROISMAN

Auditor Fiscal do Espírito Santo e desde o ano de 2016 e Professor de Direito Tributário e de Legislação Tributária para os mais variados concursos. Aprovado em vamos concursos, dentre eles: Auditor Fiscal da Receita, Auditor Fiscal do Espírito Santo, Analista Legislativo do Senado, Agente Fiscal de Rendas em Americana, SP e Analista Administrativo do TRT, 1ª Região

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DIREITO TRIBUTÁRIO

Imunidades, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

Prof. Claudio Roisman

Imunidade Tributária ...................................................................................5

Imunidade Religiosa ....................................................................................6

Imunidade dos Partidos Políticos, das Entidades Sindicais e das Instituições de Educação ou de Assistência Social, sem Fins Lucrativos ...................................9

Imunidade Cultural ...................................................................................12

Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos ...................................................12

Imunidade dos Fonogramas e Videofonogramas ............................................13

Imunidade Recíproca ................................................................................15

Outras Imunidades ...................................................................................15

Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar ............................................16

Princípio da Legalidade ..............................................................................16

Princípio da Isonomia ................................................................................17

Princípio da Irretroatividade .......................................................................18

Princípio da Anterioridade ..........................................................................19

Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou Noventena ...................................20

Princípio do Não Confisco ...........................................................................21

Princípio da Liberdade de Tráfego ................................................................21

Princípio da Uniformidade Geográfica ..........................................................23

Competência Tributária ..............................................................................24

Competência Cumulativa ...........................................................................30

Resumo ...................................................................................................31

Questões de Concurso ...............................................................................49

Gabarito ..................................................................................................69

Gabarito Comentado .................................................................................70

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DIREITO TRIBUTÁRIO

Imunidades, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

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IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

Amigo(a), e aí, como está? Estudando?

Hoje, veremos imunidades, limitações constitucionais ao poder de tributar e

competência tributária.

As imunidades estão previstas na Constituição Federal. Pode até estar escri-

to não incidência, isenção ou qualquer coisa assim, mas se está na CF/1988,

é imunidade.

CF/1988, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:VI – instituir impostos sobre:a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;b) templos de qualquer culto;c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência so-cial, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musi-cais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artis-tas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

Vamos a alguns conceitos...

De acordo com o tradicional conceito de Aliomar Baleeiro, são as “vedações ab-

solutas ao poder de tributar certas pessoas (subjetivas) ou certos bens (objetivas)

e, às vezes, uns e outras. Imunidades tornam inconstitucionais as leis ordinárias

que as desafiam” (1996, p. 82).

Hugo Brito Machado conceitua dizendo que “imunidade é o obstáculo decorrente

de regra da Constituição à incidência de regra jurídica de tributação. O que é imune

não pode ser tributado. A imunidade impede que a lei defina como hipótese de in-

cidência tributária aquilo que é imune. É limitação de competência” (2011, p. 285).

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Tem imunidade, não se cobra imposto. Eu disse imposto.

Existem alguns tipos de imunidades:

Imunidade Religiosa

Vamos começar pela imunidade religiosa.

Questão 1 (ADAPTADA) Acerca das imunidades tributárias, é correto afirmar que:

A imunidade dos templos de qualquer culto abrange o local de culto e também imó-

veis de propriedade da entidade religiosa locados a terceiros, desde que o aluguel

reverta em benefício da atividade religiosa.

Certo.

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Uma súmula importante sobre esse tema:

Súmula n. 724 do STFAinda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

Mas, por que existem essas imunidades na Constituição? Existem para que o

Estado não se utilize do poder de tributar como meio de embaraçar o funcio-

namento de entidades religiosas. Como a liberdade de culto é direito individual

constitucionalmente assegurado, e a imunidade religiosa é uma das garantias

que protegem esse direito, ambas estão protegidas por cláusula pétrea. A imu-

nidade não é apenas do templo, fisicamente falando, mas também da entida-

de religiosa, abrangendo todas as suas atividades. Assim, o que você acha? A

entidade tem um carro, ela paga IPVA? É um imposto, não é? Então não paga.

Obviamente esse carro teria que ser usado nas atividades da entidade.

O STF, em relação à imunidade de templos de qualquer culto, tem concedido inter-

pretações amplas, permitindo a imunidade mesmo em atividades que não guardem

relação direta com os fins da entidade religiosa, desde que o produto dessa atividade

seja revertido para as finalidades essenciais da entidade. Como disse, o aluguel de

imóveis, ainda que tal atividade não tenha nada a ver com a atividade religiosa, será

imune desde que o produto desse aluguel seja revertido para o templo:

EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qualquer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, “b” e § 4º, da Constitui-ção. 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no art. 150, VI, “b”, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços “rela-cionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas”. 5. O § 4º do

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dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas “b” e “c” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referi-das. 6. Recurso extraordinário provido. (RE 325822 / SP, Min. ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, DJ 14-05-2004).

Mais jurisprudência:

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. ARTIGO 150, VI, “B”, CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. 2. A imunidade aos tri-butos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, “b”. 3. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas. Recurso extraordinário provido. (RE 578562, Min. Rel. Eros Grau, D.J. 21-05-2008).

Nem o cemitério nem o estacionamento de entidades religiosas pagam impos-

tos. Coloquei isso porque várias perguntas giram em torno dessas exceções.

Questão 2 (ADAPTADA) Julgue o item:

Os frutos da atividade de locação de espaço para estacionamento dos fiéis pela

entidade religiosa estão abrangidos pela imunidade tributária, desde que esses va-

lores sejam revertidos para as atividades essenciais da entidade.

Certo.

Professor, para que tanta jurisprudência, é necessário mesmo? Infelizmente,

sim, kkkkkk. Prova de nível elevado, para candidatos(as) que almejam um sa-

lário top, cai jurisprudência, não tem jeito.

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Imunidade dos Partidos Políticos, das Entidades Sindicais e das Instituições de Educação ou de Assistência Social, sem Fins Lucrativos

Espécie de imunidade subjetiva, ligada à entidade.

Nos termos da previsão constitucional, nenhum imposto incide sobre patrimônio,

renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sin-

dicais dos trabalhadores, não é entidade patronal, das instituições de educação e

de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. Porém, de

acordo com o art. 150, § 4º, tal vedação compreende somente patrimônio, renda e

serviços, relacionados com as finalidades essenciais das respectivas entidades.

De novo, não é entidade patronal, é entidade de trabalhadores.

Vamos ler dois autores famosos.

Alexandre de Moraes afirma que:

Igualmente, a Constituição de 1988 prevê imunidade tributária aos Partidos Políticos para que se evite a possibilidade de nefasta utilização do poder de tributar do Estado com a finalidade de restrição e perseguições a determinadas ideologias. Trata-se de previsão corolária aos arts. 1º, parágrafo único, 14, §3º, V e 17 do texto constitucio-nal, que consagram a regra da democracia representativa, além de alcançar os direitos relacionados à criação, organização e participação em partidos políticos como espécies do gênero Direitos Fundamentais (capítulo V, do título II), afirmando ser livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos (2009, p. 883).

De acordo com a lição de Hugo Machado:

[...] imunidade das instituições de educação e de assistência social, todavia, é condi-cionada. Só existe para aquelas instituições sem fins lucrativos. Não ter fins lucrativos não significa, de modo nenhum, ter receitas limitadas aos custos operacionais. Essas instituições, na verdade, podem e devem ter sobras financeiras, até para que possam

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progredir, modernizando e ampliando suas instalações. O que não pode haver é distri-buição de lucros. Devem, assim, aplicar todas as suas disponibilidades na manutenção dos seus objetivos institucionais, à luz da inteligência do art. 14 do Código Tributário Nacional (CTN) (2011, p. 291-292).

Resumindo:

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As entidades de educação ou de assistência social podem ter lucros? Sim. O que

não podem é distribuir esses lucros pelos seus diretores. Podem, inclusive, e isso

é meio óbvio, remunerar seu pessoal.

Questão 3 (ADAPTADA) A imunidade tributária assegurada às instituições de edu-

cação sem fins lucrativos garante imunidade apenas para os:

Impostos, não vedando a instituição de outras modalidades de tributos.

Certo.

Outra questão recorrente em provas:

Súmula n. 730A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de pre-vidência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

Questão 4 (ADAPTADA) Em relação às imunidades tributárias, é correto afirmar:

A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucra-

tivos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada, se não

houver contribuição dos beneficiários.1

1 Certo.

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Imunidade Cultural

Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos

Espécie de imunidade objetiva, ligada a certos bens, independentemente da

pessoa a quem pertençam, prevista no art. 150, VI, d, da CF/1988.

Nos termos da previsão constitucional, nenhum imposto incide sobre livros,

jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão, seja qual for a natureza,

formato ou conteúdo, haja vista que não há restrições na CF/1988.

Perguntinha que não quer calar. Álbum de figurinha tem imunidade? E revista

pornográfica? Repetindo, não interessa o conteúdo, tem imunidade.

A consagração dessa imunidade, de acordo com a Suprema Corte, tem como

finalidade a garantia e efetivação da livre manifestação do pensamento, da cultura

e da produção cultural, científica e artística, sem possibilidade de criação de empe-

cilhos econômicos, via tributação, por parte do Estado, capazes de inibir a produção

material e intelectual de livros, jornais e periódicos (STF, RE 206.169/SP, 1998).

Vamos aos mestres.

Para Roque Carrazza, o sentido dessa imunidade tributária é “dar meios mate-

riais para que as pessoas possam divulgar suas ideias” (1997, p. 125).

Sacha Calmon Navarro Coêlho afirma que “a imunidade filia-se aos dispositivos

constitucionais que asseguram a liberdade de expressão e opinião e partejam o de-

bate das ideias, em prol da cidadania, além de simpatizar com o desenvolvimento

da cultura, da educação e da informação” (1989, p. 378).

Em decisão recente do STF, livro digital também tem imunidade tributária:

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=337857

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Questão 5 (ADAPTADA) Haverá imunidade sobre:

Tributos incidentes sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua

impressão.

Errado.

E, aí? Fala mais alto, sim, muito bem, está prestando atenção na aula. Não são

tributos e sim impostos. Errou? Passou batido? Fique tranquilo(a), de tanto repetir

a gente acerta.

Imunidade dos Fonogramas e Videofonogramas

É a famosa imunidade musical.

Espécie de imunidade objetiva e subjetiva (ligada tanto a certos bens quanto a

determinadas pessoas) prevista no art. 150, VI, e, da CF/1988.

Tal imunidade foi acrescentada ao inciso VI do art. 150, por meio da Emenda

Constitucional n. 75 pulicada, em 16 de outubro de 2013, ampliando o rol das imu-

nidades tributárias.

Nos termos do texto da EC, nenhum imposto incide sobre fonogramas (CDs) e

videofonogramas (DVDs) musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou

literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas

brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os conte-

nham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

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Portanto, há, atualmente, impedimento de criação de impostos sobre CDs e

DVDs produzidos no Brasil com obras musicais ou literomusicais de autores bra-

sileiros. Estão imunes também aos impostos, as obras em geral interpretadas por

artistas brasileiros e as mídias ou arquivos digitais que as contenham (CÂMARA

NOTÍCIAS, 2013).

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que deu origem à alteração cons-

titucional, também chamada de PEC da Música, teve como balizadores, de acordo

com suas justificativas: 1) o combate à contrafação (pirataria); 2) o revigoramen-

to do mercado fonográfico brasileiro; 3) a difusão da cultura musical a todas as

classes sociais do Brasil, em especial as menos privilegiadas. Assim, o objetivo

maior da PEC é reduzir os preços daqueles produtos (com alto valor cultural) ao

consumidor final, dando a eles condições de competir com a venda de reproduções

piratas, popularizando ainda mais o acesso às classes menos favorecidas do país,

o que está alinhado com a diretriz da democratização e acesso aos bens culturais

(Botosso; BEHAR, 2013).

Questão 6 (ADAPTADA) Julgue o item:

Antonio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando apenas

melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.

Errado.

E aí, verdadeiro ou falso? Falso. Produziu na Itália, não tem imunidade.

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Imunidade Recíproca

Espécie de imunidade subjetiva, ligada a pessoas, prevista no art. 150, VI, a,

da CF/1988.

Nos termos da previsão constitucional, os entes federados (União, estados, Dis-

trito Federal e municípios) não podem instituir impostos sobre renda, patrimônio

ou serviços uns dos outros, ou seja, reciprocamente. De acordo com o art. 150,

§ 2º, tal vedação é extensiva às autarquias e às fundações públicas instituídas e

mantidas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços

vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

A garantia constitucional da imunidade recíproca impede a incidência de tributos

sobre o patrimônio e a renda dos entes federados. Os valores investidos e a renda

auferida pelo membro da Federação são imunes de impostos. A imunidade tribu-

tária recíproca é uma decorrência pronta e imediata do postulado da isonomia dos

entes constitucionais, sustentado pela estrutura federativa do Estado brasileiro e

pela autonomia dos municípios (STF, Ag. 172.80-7, 1996).

O § 3º do art. 150 estipula que essas vedações não se aplicam ao patrimônio,

à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas re-

gidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja con-

traprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o pro-

mitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

Outras ImunidadesCF/1988, Art. 5º, XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamen-to de taxas:a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclareci-mento de situações de interesse pessoal;

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Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

Princípio da Legalidade

CF/1988, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Famoso princípio da legalidade. Para inventar algum tributo ou mesmo aumentar,

há necessidade de lei. Todos os elementos essenciais para a criação de um tributo

devem estar na lei (fato gerador, alíquota, base de cálculo, sujeito passivo e multa).

Esse princípio tem exceções, vamos a elas, porque, para variar, elas sempre caem.

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Súmula n. 160 do STJÉ defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.

Em português, isso quer dizer que, dentro dos índices de inflação oficiais, pode

ser por decreto.

O princípio da legalidade se aplica a todos os tributos, não somente aos impostos.

De uma maneira geral, tributos necessitam de lei. Só necessitam de lei comple-

mentar, esses:

Princípio da Isonomia

CF/1988, Art. 150, II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se en-contrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;CF/1988, Art. 145, § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à adminis-tração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

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Imunidades, Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar

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Isso não afronta a isonomia. Vamos tratar igualmente os iguais, e desigual-

mente os desiguais, na medida de sua desigualdade.

Questão 7 (ADAPTADA) Respeita o princípio da isonomia:

A concessão de isenção, em favor do Ministério Público e aos membros e servidores

do Poder Judiciário, inclusive inativos, de custas processuais, notariais, cartorárias,

e quaisquer taxas e emolumentos.

Errado.

Não respeitaria a isonomia.

Princípio da IrretroatividadeCF/1988, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:III – cobrar tributos:a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os hou-ver instituído ou aumentado;

Há exceções no CTN:

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:I – em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;II – tratando-se de ato não definitivamente julgado:a) quando deixe de defini-lo como infração;b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

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Via de regra, a lei se aplica ao que vai vir, ao que vai ocorrer. Há exceções, que

foram essas colocadas. Claro, você já sabe.

Princípio da Anterioridade

CF/1988, Art. 150, III, b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada

a lei que os instituiu ou aumentou;

Essa é a anterioridade geral.

Vamos a elas, às exceções:

Questão 8 (ADAPTADA) Julgue o item:

As pessoas políticas não podem exigir tributos sem que haja prévia autorização

orçamentária para a cobrança deles em cada exercício financeiro.

Errado.

Esse é o princípio da anualidade, que não tem em Direito Tributário.

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Princípio da Anterioridade Nonagesimal ou Noventena

O princípio da anterioridade anual tributária foi revigorado com o advento da

Emenda Constitucional n. 42/2003.

Essa emenda vedou a cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias (não

são três meses) da data em que tenha sido publicada a lei que haja instituído

ou majorado o tributo, em consonância com a alínea c do inciso III do art. 150

da CF/1988.

Vamos às nossas amigas:

Questão 9 (ADAPTADA) Obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não o

nonagesimal, o imposto sobre:

Produtos industrializados (IPI).

Errado.

O IPI é exceção à noventena, à anterioridade anual.

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Vamos pegar emprestada uma tabela do mestre Sabbag:

REGRA GERAL

Caso o tributo seja criado ou majorado entre os meses de janeiro e setembro de um ano, a incidência ocorrerá sempre em 1º de janeiro do ano posterior. Se isso se der entre outubro e dezembro, a data de incidência será posterior a 1º de janeiro do ano seguinte.

Princípio do Não Confisco

CF/1988, Art. 150, IV – utilizar tributo com efeito de confisco;

Essa restrição também é aplicada às multas.

ADI 551/RJ: O 3º DO ART. 57 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSI-TÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO RECOLHIMENTO E SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ES-TADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A DESPRO-PORÇÃO ENTRE O DESRESPEITO À NORMA TRIBUTÁRIA E SUA CONSEQUÊNCIA JURÍ-DICA, A MULTA, EVIDENCIA O CARÁTER CONFISCATÓRIO DESTA, ATENTANDO CONTRA O PATRIMÔNIO DO CONTRIBUINTE, EM CONTRARIEDADE AO MENCIONADO DISPOSI-TIVO DO TEXTO CONSTITUCIONAL FEDERAL. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE.

Outra jurisprudência: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/visualizarE-

menta.asp?s1=000149190&base=baseMonocraticas

Em resumo, tanto os tributos quanto as multas não podem ter caráter confiscatório.

Princípio da Liberdade de Tráfego

CF/1988, Art. 150, C, V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

Pedágio não é tributo. Leia a jurisprudência, é importante.

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O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias não tem natureza tributária, mas de preço público, consequentemente, não está sujeito ao princípio da legalidade estrita... (“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: …V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou inter-municipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”). É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... II – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais”). Ressaltou que a falta de referência à cobrança de pedágio, no regime constitucional precedente despertara a controvérsia a respeito da natureza dessa exação – se tributária ou não tributária –, divergência que persistiria, especialmente no âmbito doutrinário. Afirmou que os defensores da natureza tributária, da subespécie taxa, o fariam sob os seguintes fundamentos: a) a referência ao pedá-gio, nas limitações constitucionais ao poder de tributar; b) o pagamento de um serviço específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; e c) a im-possibilidade de remunerar serviços públicos por meio outro que não o de taxa. Aludiu, entretanto, que os defensores da natureza contratual da exação como preço público o fariam com base nas seguintes considerações:a) a inclusão no texto constitucional apenas esclareceria que, apesar de não incidir tributo sobre o tráfego de pessoas ou bens, poderia, excepcionalmente, ser cobrado o pedágio, espécie jurídica diferenciada;b) a ausência de compulsoriedade na utilização de rodovias; ec) a cobrança se daria em virtude da utilização efetiva do serviço, e não seria devida com base no seu oferecimento potencial.ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)ADI: pedágio e preço público – 2A Corte realçou que essa discussão teria sido contaminada pela figura do denominado “selo-pedágio”, prevista na Lei 7.712/1988, reconhecido como taxa pelo STF. Lembrou, porém, que essa exação seria compulsória a todos os usuários de rodovias federais, por meio de pagamento renovável mensalmente, independentemente da frequência de uso, cobrada antecipadamente, como contrapartida a serviço específico ou divisível, pres-tado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Consignou haver profundas diferenças entre o citado “selo-pedágio” e o pedágio, na forma em que atualmente disciplinado. Asseverou que esse último somente seria cobrado se, quando e cada vez que houves-se efetivo uso da rodovia, o que não ocorreria com o “selo-pedágio”, que seria exigido em valor fixo, independentemente do número de vezes que o contribuinte fizesse uso das estradas durante o mês. Destacou que o enquadramento do pedágio como taxa ou preço público independeria de sua localização topológica no texto constitucional, mas seria relacionado ao preenchimento, ou não, dos requisitos previstos no art. 3º do CTN (“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se pos-sa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”).ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)ADI: pedágio e preço público – 3

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O Plenário sublinhou que seria irrelevante também, para a definição da natureza jurídica do pedágio, a existência, ou não, de via alternativa gratuita para o usuário trafegar. Reconheceu que a cobrança de pedágio poderia, indiretamente, limitar o tráfego de pessoas. Observou, todavia, que essa restrição seria agravada quando, por insuficiência de recursos, o Estado não construísse rodovias ou não conservasse adequadamente as existentes. Ponderou que, diante dessa realidade, a Constituição autorizara a co-brança de pedágio em rodovias conservadas pelo Poder Público, inobstante a limitação de tráfego que essa cobrança pudesse eventualmente acarretar. Registrou, assim, que a contrapartida de oferecimento de via alternativa gratuita como condição para a co-brança de pedágio não seria uma exigência constitucional, tampouco estaria prevista em lei ordinária. Consignou que o elemento nuclear para identificar e distinguir taxa e preço público seria o da compulsoriedade, presente na primeira e ausente na segunda espécie. Nesse sentido, mencionou o Enunciado 545 da Súmula do STF (“Preços de ser-viços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu”).ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800).

Questão 10 (ADAPTADA) Sobre as taxas e o pedágio é correto afirmar que:

O pedágio, segundo entendimento do STF, é uma taxa e não um preço público.

E agora? A banca considerou certa, mas está errada, principalmente pelo que le-

mos na jurisprudência que está antes dessa questão. Se você não leu, leia.

Princípio da Uniformidade Geográfica

CF/1988, Art. 151. É vedado à União:I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País;

Lá vamos nós de novo, fazer o quê?

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Não é possível ao Poder Judiciário estender isenção a contribuintes não contemplados pela lei, a título de isonomia. 5. Recurso extraordinário não conhecido”. No julgamento do AI 333.862-AgR (RE 159.026)/GO, por mim relatado, o RE não foi admitido (“D.J.” de 14.3.2003). Posta assim a questão, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 11 de junho de 2003.Ministro CARLOS VELLOSO – Relator -(“D.J.” de 15.3.2002).

Segue o link com a decisão completa: https://stf.jusbrasil.com.br/jurispruden-

cia/14807889/recurso-extraordinario-re-328509-pr-stf

Questão 11 (ADAPTADA) É exceção ao princípio da uniformidade geográfica a

Concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de diferença tributá-

ria entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência.

Errado.

É vedado aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer diferença

tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedên-

cia ou destino.

Competência Tributária

É o poder constitucionalmente atribuído de editar leis que instituam tributos.

Exemplo: a União institui, por meio de lei, o IR, o ITR, o PIS e a Cofins, entre

outros tributos.

Como todos sabemos, a competência tributária é indelegável, é só do ente cuja

atribuição foi feita pela CF/1988. A competência tributária é minha, ninguém tas-

ca, eu vi primeiro.

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Você sabe o que é TRIFIPECUR? Prazer em conhecer.

CF/1988, Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concor-rentemente sobre:I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

A CF/1988 não cria tributos, apenas outorga competência para que os entes o

façam por meio de leis próprias.

E se o ente não fizer, outro pode fazer?

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Exemplo: a cidade de Vila Velha não instituiu o ISSQN, o estado do ES pode

instituí-lo? Não.

Mas, professor, como fica isso? Não fica, se o ente político nada fizer, nada será feito.

Obs.:� a competência é indelegável para instituir o tributo (competência tributária

em sentido estrito), e delegável para as funções de arrecadar, fiscalizar ou

executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributá-

ria (capacidade ativa).

O exercício da competência tributária é uma faculdade dos entes. Entretanto,

a LRF afirma que são requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a

instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência

constitucional do ente da Federação. A LRF ainda proíbe transferências voluntárias

para os entes que deixem de instituir os impostos de sua competência.

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Ah, já entendi. O banco então possui capacidade ativa, pois arrecada tributo? Não.

A função dele é só arrecadar, só isso, ele só arrecada. Isso vive caindo nas provas

Competência tributária privativa

União Estados e DF Municípios

II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF, empréstimos compulsórios, con-tribuições especiais, contribuições residuais, impostos residuais.

ICMS, IPVA, ITCMD. IPTU, ISS, ITBI, contribuição de iluminação pública (muni-cípios e DF).

Questão 12 (ADAPTADA) São titulares da competência tributária própria:

As autarquias e as pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder Legislativo.

Errado.

Terei de pensar um pouco. Depois respondo.

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CTN, Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a com-petência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arreca-dar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

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§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito pri-vado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.Art. 8º O não exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de di-reito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

Competência Cumulativa

O art. 147 da CF/1988 estatui: competem à União, em território federal, os im-

postos estaduais e, se o território não for dividido em municípios, cumulativamen-

te, os impostos municipais;

Questão 13 (ADAPTADA) Em relação à competência tributária, cabe:

Aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão causa

mortis; II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; III) pro-

priedade de veículos de qualquer natureza.

Errado.

Não perca os próximos capítulos.

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RESUMO

Súmula n. 724 do STFAinda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

O STF, em relação à imunidade de templos de qualquer culto, vem concedendo inter-pretações amplas, permitindo a imunidade mesmo em atividades que não guardem re-lação direta com os fins da entidade religiosa, desde que o produto dessa atividade seja revertido para as finalidades essenciais da entidade. Como disse, o aluguel de imóveis, ainda que tal atividade não tenha nada a ver com a atividade religiosa, será imune des-de que o produto desse aluguel revertido para o templo:EMENTA: Recurso extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qualquer culto. Vedação de instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, “b” e § 4º, da Constitui-ção. 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no art. 150, VI, “b”, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços “rela-

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cionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas”. 5. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas “b” e “c” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referi-das. 6. Recurso extraordinário provido. (RE 325822 / SP, Min. ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, DJ 14-05-2004).

Mais jurisprudência:

EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. ARTIGO 150, VI, “B”, CB/88. CEMITÉRIO. EXTENSÃO DE ENTIDADE DE CUNHO RELIGIOSO. 1. Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. 2. A imunidade aos tri-butos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, “b”. 3. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas. Recurso extraordinário provido. (RE 578562, Min. Rel. Eros Grau, D.J. 21-05-2008).

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Súmula n. 730A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de pre-vidência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

Em decisão recente do STF, livro digital também tem imunidade tributária:

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=337857

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Súmula n. 160 do STJÉ defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.

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Essa restrição também é aplicada às multas.

ADI 551/RJ: O 3º DO ART. 57 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSI-TÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO RECOLHIMENTO E SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ES-TADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A DESPRO-PORÇÃO ENTRE O DESRESPEITO À NORMA TRIBUTÁRIA E SUA CONSEQUÊNCIA JURÍ-DICA, A MULTA, EVIDENCIA O CARÁTER CONFISCATÓRIO DESTA, ATENTANDO CONTRA O PATRIMÔNIO DO CONTRIBUINTE, EM CONTRARIEDADE AO MENCIONADO DISPOSI-TIVO DO TEXTO CONSTITUCIONAL FEDERAL. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE.

Outra jurisprudência: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/visualizarE-

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Em resumo, tanto os tributos quanto as multas não podem ter caráter confis-

catório.

O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias não tem natureza tributária, mas de preço público, consequentemente, não está sujeito ao princípio da legalidade estrita... (“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: …V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou inter-municipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”). É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... II – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais”). Ressaltou que a falta de referência à cobrança de pedágio, no regime constitucional precedente despertara a controvérsia a respeito da natureza dessa exação – se tributária ou não tributária –, divergência que persistiria, especialmente no âmbito doutrinário. Afirmou que os defensores da natureza tributária,

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da subespécie taxa, o fariam sob os seguintes fundamentos: a) a referência ao pedá-gio, nas limitações constitucionais ao poder de tributar; b) o pagamento de um serviço específico ou divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; e c) a im-possibilidade de remunerar serviços públicos por meio outro que não o de taxa. Aludiu, entretanto, que os defensores da natureza contratual da exação como preço público o fariam com base nas seguintes considerações:a) A inclusão no texto constitucional apenas esclareceria que, apesar de não incidir tributo sobre o tráfego de pessoas ou bens, poderia, excepcionalmente, ser cobrado o pedágio, espécie jurídica diferenciada;b) A ausência de compulsoriedade na utilização de rodovias; ec) A cobrança se daria em virtude da utilização efetiva do serviço, e não seria devida com base no seu oferecimento potencial.ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)ADI: pedágio e preço público – 2A Corte realçou que essa discussão teria sido contaminada pela figura do denominado “selo-pedágio”, prevista na Lei 7.712/1988, reconhecido como taxa pelo STF. Lembrou, porém, que essa exação seria compulsória a todos os usuários de rodovias federais, por meio de pagamento renovável mensalmente, independentemente da frequência de uso, cobrada antecipadamente, como contrapartida a serviço específico ou divisível, pres-tado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Consignou haver profundas diferenças entre o citado “selo-pedágio” e o pedágio, na forma em que atualmente disciplinado. Asseverou que esse último somente seria cobrado se, quando e cada vez que houves-se efetivo uso da rodovia, o que não ocorreria com o “selo-pedágio”, que seria exigido em valor fixo, independentemente do número de vezes que o contribuinte fizesse uso das estradas durante o mês. Destacou que o enquadramento do pedágio como taxa ou preço público independeria de sua localização topológica no texto constitucional, mas seria relacionado ao preenchimento, ou não, dos requisitos previstos no art. 3º do CTN (“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se pos-sa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”).ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)ADI: pedágio e preço público – 3O Plenário sublinhou que seria irrelevante também, para a definição da natureza jurídica do pedágio, a existência, ou não, de via alternativa gratuita para o usuário trafegar. Reconheceu que a cobrança de pedágio poderia, indiretamente, limitar o tráfego de pessoas. Observou, todavia, que essa restrição seria agravada quando, por insuficiência de recursos, o Estado não construísse rodovias ou não conservasse adequadamente as existentes. Ponderou que, diante dessa realidade, a Constituição autorizara a co-brança de pedágio em rodovias conservadas pelo Poder Público, inobstante a limitação de tráfego que essa cobrança pudesse eventualmente acarretar. Registrou, assim, que a contrapartida de oferecimento de via alternativa gratuita como condição para a co-brança de pedágio não seria uma exigência constitucional, tampouco estaria prevista em lei ordinária. Consignou que o elemento nuclear para identificar e distinguir taxa e preço público seria o da compulsoriedade, presente na primeira e ausente na segunda

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espécie. Nesse sentido, mencionou o Enunciado 545 da Súmula do STF (“Preços de ser-viços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu”).ADI 800/RS, rel. Min. Teori Zavascki, 11.6.2014. (ADI-800)Não é possível ao Poder Judiciário estender isenção a contribuintes não contemplados pela lei, a título de isonomia. 5. Recurso extraordinário não conhecido”. No julgamento do AI 333.862-AGR (RE 159.026)/GO, por mim relatado, o RE não foi admitido (“D.J.”de 14.3.2003). Posta assim a questão, nego seguimento ao recurso. Publique-se. Brasília, 11 de junho de 2003.Ministro CARLOS VELLOSO – Relator -(“D.J.” de 15.3.2002).

Segue o link com a decisão completa: https://stf.jusbrasil.com.br/jurispruden-

cia/14807889/recurso-extraordinario-re-328509-pr-stf

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Competência tributária privativa

União Estados e DF Municípios

II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF, emprés-timos compulsórios, contribuições especiais, contribuições residuais, impostos residuais.

ICMS, IPVA, ITCMD. IPTU, ISS, ITBI, contribuição de iluminação pública (muni-cípios e DF).

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Súmula n. 730 do STFA imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, vi, “c”, da constituição, somente alcança as entidades fechadas de previ-dência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

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Os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos estão alcançados pela imuni-dade tributária prevista no artigo 150, VI, d, da Constituição Federal (imunidade cultu-ral). (RE 179.893, de 15/04/2008).

As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. (ADI 3.089, de 01/08/2008).É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas públicas que prestem inequívoco serviço público, desde que, entre outros requisitos constitucionais e legais não distribuam lucros ou resultados direta ou indiretamente a particulares, ou tenham por objetivo principal conceder acréscimo patrimonial ao poder público (ausên-cia de capacidade contributiva) e não desempenhem atividade econômica, de modo a conferir vantagem não extensível às empresas privadas (livre iniciativa e concorrência). O Serviço Autônomo de Água e Esgoto é imune à tributação por impostos (art. 150, VI, a e § 2º e § 3º da Constituição). A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, não altera a conclusão.” (RE 399.307-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 16-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.).

As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária prevista na alínea “a” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. (RE 580.264/RS 16/12/2010).

Súmula Vinculante n. 52Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, des-de que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

Súmula n. 730 do STFA imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo Art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de pre-vidência social privada se não houver contribuição dos beneficiários

STF – AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA ACO 1331 GO (STF)Data de publicação: 11/12/2014Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. DIREITO CONSTITUCIO-NAL E TRIBUTÁRIO. ESTADO QUE NOTIFICOU A ECT PARA RECOLHIMENTO DE ICMS. INCIDÊNCIA DA IMUNIDADE RECÍPROCA ÀS EMPRESAS PÚBLICAS PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. A ECT, atuando como empresa pública prestadora de serviço público, está albergada pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, alínea a, do texto constitucional. Precedentes. 2. No julgamen-to da ADPF 46, o Supremo Tribunal Federal afirmou o entendimento de que o serviço

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postal, prestado pela ECT em regime de exclusividade, não consubstancia atividade econômica estrita, constituindo modalidade de serviço público. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.STF – AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO RE 542454 BA (STF)Data de publicação: 16/02/2012Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ISS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. INFRAERO. EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. EXTENSÃO. 1. Ao julgar o ARE 638.315, da relatoria do ministro Cezar Peluso, o Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da questão constitucional analisada e resolveu reafirmar a jurisprudência desta nossa Casa de Justiça no sentido de que as empresas públicas prestadoras de serviço público estão abrangidas pela imunidade tributária recíproca prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 da Magna Carta de 1988. Ressalva do ponto de vista pessoal do relator. 2. Agravo regimental desprovido.

STF. Plenário. RE 566622, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/02/2017 (repercussão geral).Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, apreciando o tema 32 da repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário, vencidos os Ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Reajustou o voto o Ministro Ricardo Lewandowski, para acompanhar o Relator. Em seguida, o Tribunal fixou a seguinte tese de repercussão geral: “Os requisitos para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei complementar”. Não votou o Ministro Edson Fachin por suceder ao Ministro Joaquim Barbosa. Ausente, justificadamente, o Ministro Luiz Fux, que proferiu voto em assentada anterior. Presidência da Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 23.02.2017.

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Súmula Vinculante n. 50Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.

DIREITO TRIBUTÁRIO. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988 DO ACORDO GERAL DE TARIFAS E COMÉRCIO. ISENÇÃO DE TRIBUTO ESTADUAL PREVIS-TA EM TRATADO INTERNACIONAL FIRMADO PELA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRA-SIL. ARTIGO 151, INCISO III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ARTIGO 98DO CÓ-DIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE ISENÇÃO HETERÔNOMA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO.1. A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio para as mercadorias importadas dos países signatários quando o similar nacional tiver o mes-mo benefício foi recepcionada pela Constituição da República de 1988.2. O artigo 98 do Código Tributário Nacional “possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados e os Municípios” (voto do eminente Ministro Ilmar Galvão).3. No direito internacional apenas a República Federativa do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da Constituição da República), dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente da República não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição.4. Recurso extraordinário conhecido e provido.

Súmula do Claudio RoismanPara alterar prazo de recolhimento não há necessidade de lei, basta um decreto do Po-der Executivo.

Princípio da legalidade, que veda expressamente à União Federal, aos estados,

ao DF e aos municípios exigir ou aumentar tributos (e contribuições) sem lei que

o estabeleça.

Princípio da anterioridade: veda a cobrança de tributos no mesmo exercício fi-

nanceiro em que houver sido publicada a lei que instituiu ou aumentou.

Princípio da irretroatividade: por esse princípio ficou vedado a cobrança de tri-

butos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que

os houver instituído ou aumentados.

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Súmula Vinculante n. 19A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza tribu-tária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que procla-mam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade. (ADI 1.378-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-1995, Plenário, DJ de 30-5-1997.) No mesmo sentido: ADI 3.260, rel. min. Eros Grau, julgamento em 29-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007. Vide: ADI 1.926-MC, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-4-1999, Plenário, DJ de 10-9-1999.

Prescrição e decadência tributárias. Matérias reservadas a lei complementar. Disciplina no Código Tributário Nacional. Natureza tributária das contribuições para a seguridade social. Inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 da Lei 8.212/1991 e do parágrafo único do art. 5º do DL 1.569/1977. As normas relativas à prescrição e à decadência tributá-rias têm natureza de normas gerais de direito tributário, cuja disciplina é reservada a lei complementar, tanto sob a Constituição pretérita (art. 18, § 1º, da CF de 1967/1969) quanto sob a Constituição atual (art. 146, b, III, da CF de 1988). Interpretação que pre-serva a força normativa da Constituição, que prevê disciplina homogênea, em âmbito nacional, da prescrição, decadência, obrigação e crédito tributários. Permitir regulação distinta sobre esses temas, pelos diversos entes da federação, implicaria prejuízo à vedação de tratamento desigual entre contribuintes em situação equivalente e à segu-rança jurídica. (...). (RE 556.664 e RE 559.882, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-6-2008, Plenário, DJE de 14-11-2008.) No mesmo sentido: RE 560.626, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-6-2008, Plenário, DJE de 5-12-2008. Vide: RE 543.997-AgR, voto da Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-6-2010, Segunda Tur-ma, DJE de 6-8-2010.

Recurso extraordinário. Constitucional. Imunidade Tributária. IPTU. Art. 150, VI, b, CF/1988. Cemitério. Extensão de entidade de cunho religioso. Os cemitérios que con-substanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos arts. 5º, VI, 19, I, e 150, VI, b. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas. (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-2008, Plenário, DJE de 12-9-2008.).

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A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza tribu-tária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que procla-mam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade.” (ADI 1.378-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-1995, Plenário, DJ de 30-5-1997.) No mesmo sentido: ADI 3.260, rel. min. Eros Grau, julgamento em 29-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007.Vide: ADI 1.926-MC, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-4-1999, Plenário, DJ de 10-9-1999.

Lei 959, do Estado do Amapá, publicada no DOE de 30-12-2006, que dispõe sobre cus-tas judiciais e emolumentos de serviços notariais e de registros públicos, cujo art. 47 – impugnado – determina que a ‘lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2006’: procedência, em parte, para dar interpretação conforme à Constituição aos dispositivos questionado e declarar que, apesar de estar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2006, a eficácia dessa norma, em relação aos dispositivos que aumentam ou instituem novas custas e emolumentos, se iniciará somente após 90 dias da sua publicação. Custas e emolumentos: serventias judiciais e extrajudiciais: natureza jurídica. É da jurisprudência do Tribunal que as custas e os emolumentos judiciais ou extra-judiciais tem caráter tributário de taxa. Lei tributária: prazo nonagesimal. Uma vez que o caso trata de taxas, devem observar-se as limitações constitucionais ao poder de tributar, dentre essas, a prevista no art. 150, III, c, com a redação dada pela EC 42/2003 – prazo nonagesimal para que a lei tributária se torne eficaz.” (ADI 3.694, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 20-9-2006, Plenário, DJ de 6-11-2006.)

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Acesse este link e veja que algumas coisas só aprendemos pesquisando:

http://jus.com.br/forum/7928/lei-em-tese#ixzz3WIHDR28i

Aumento na base de cálculo do IPTU deve ser por lei, decide STF.

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento ao Recurso Ex-traordinário (RE) 648245, com repercussão geral reconhecida, interposto pelo Município de Belo Horizonte a fim de manter reajuste do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) instituído pela prefeitura em 2006. No recurso julgado na sessão plenária desta quinta--feira (1º), o município questionava decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ--MG) que derrubou o novo valor venal dos imóveis do município por ele ter sido fixado por decreto, e não por lei.Segundo o relator do RE, ministro Gilmar Mendes, o reajuste do valor venal dos imóveis para fim de cálculo do IPTU não dispensa a edição de lei, a não ser no caso de correção monetária. Não caberia ao Executivo interferir no reajuste, e o Código Tributário Na-cional (CTN) seria claro quanto à exigência de lei. “É cediço que os municípios não po-dem majorar o tributo, só atualizar valor pela correção monetária, já que não constitui aumento de tributo e não se submete a exigência de reserva legal”, afirmou. No caso analisado, o Município de Belo Horizonte teria aumentado em 50% a base de cálculo do tributo – o valor venal do imóvel – entre 2005 e 2006.

A tabela com o reajuste da planta de valores teria que ser publicada no ano an-

terior. E essa tabela não é mero regulamento.

Privatividade: competência tributária é privativa, no sentido de exclusiva. A Cons-

tituição Federal, ao fazer a divisão das competências, atribui alguns tributos para a

União, alguns para os estados e alguns para os municípios. Ao fazer essa divisão,

a Constituição a faz de maneira inflexível, de maneira definitiva, com exclusividade.

Somente o ente que recebe a competência tributária pode exercê-la. A atribuição de

competência para um dos entes implica automática incompetência dos demais.

Indelegável: de certa forma, consequência da primeira. Significa a impossi-

bilidade de o ente competente autorizar outro a exercer sua competência. A com-

petência atribuída pela CF/1988 somente pode ser exercitada pelo ente originaria-

mente definido.

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Inalterável: competência tributária é de trato exclusivo da Constituição. Já que

somente a Constituição pode regular matéria de competência tributária, estabele-

cendo a distribuição de competência, não há de se falar na possibilidade de a lei do

ente competente alterar as regras de competência. Como é exclusiva e indelegável,

então a lei do ente competente não pode tratar de competência. Portanto, nesse

sentido, é inalterável.

Incaducável: por esse atributo, se afastam os efeitos da decadência, ou seja,

a perda de um direito por seu não exercício por determinado lapso. Em outras pala-

vras, o não exercício da competência, por qualquer prazo, não implicará sua perda.

Podem se passar 20, 30, 50 anos. Mesmo que o ente tributante não exerça a com-

petência, no momento em que achar conveniente, poderá exercê-la. Vale lembrar

como exemplo de competência ainda não exercida a previsão constitucional para a

instituição de impostos sobre grandes fortunas (art. 153, VII, CF/1988).

Exercício facultativo: o ente tributante exerce a competência tributária somente

se desejar, caso tenha interesse político nisso. Não há como obrigar o ente tributante

a editar lei, criando tributo (basta lembrar do imposto sobre grandes fortunas).

Recurso extraordinário. Repercussão geral. 2. Imunidade tributária. Instituições de edu-cação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. 3. IPTU. Lote vago. Não incidência. 4. A imunidade tributária, prevista no art. 150, VI, c, da CF/88, aplica-se aos bens imóveis, temporariamente ociosos, de propriedade das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos que atendam os requisitos legais. Precedentes. 5. Recurso não provido. Reafirmação de jurisprudência. (RE 767332 RG, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 31/10/2013, PROCESSO ELETRÔNICO RE-PERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-230 DIVULG 21-11-2013 PUBLIC 22-11-2013).

EMENTA: A cláusula de vedação inscrita no art. 151, inciso III, da Constituição – que proíbe a concessão de isenções tributárias heterônomas – é imponível ao Estado Fe-deral brasileiro (vale dizer, à República Federativa do Brasil), incidindo, unicamente, no plano das relações institucionais domésticas que se estabelecem entre as pessoas po-líticas de direito público interno. Doutrina. Precedentes. – Nada impede, portanto, que o Estado Federal brasileiro celebre tratados internacionais que veiculem cláusulas de

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exoneração tributária em matéria de tributos locais (como o ISS, p. ex.), pois a Repú-blica Federativa do Brasil, ao exercer o seu treaty-making power, estará praticando ato legítimo que se inclui na esfera de suas prerrogativas como pessoa jurídica de direito internacional público, que detém – em face das unidades meramente federadas – o monopólio da soberania e da personalidade internacional. – Considerações em torno da natureza político-jurídica do Estado Federal. Complexidade estrutural do modelo federa-tivo. Coexistência, nele, de comunidades jurídicas parciais rigorosamente parificadas e coordenadas entre si, porém subordinadas, constitucionalmente, a uma ordem jurídica total. Doutrina”. (RE 543943 AGR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 30/11/2010).

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO. APLICABILIDADE ÀS MULTAS TRIBUTÁRIAS. INOVAÇÃO DE MATÉRIA EM AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – A vedação à utilização de tributos com efeito de confisco (art. 150, IV, da Constituição) deve ser observada pelo Estado tanto na instituição de tributos quanto na imposição das multas tributárias. […]. (RE 632315 AGR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 14/08/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-181 DIVULG 13-09-2012 PUBLIC 14-09-2012).

AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. MULTA PUNITIVA. VEDAÇÃO DE TRIBUTAÇÃO CONFISCATÓRIA. ART. 3º DA LEI 8.846/94. ADI 1.075-MC/DF. EFICÁCIA ERGA OMNES DA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTI-TUCIONALIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – É aplicável a proibição constitucional do confisco em matéria tributária, ainda que se trate de multa fiscal resultante do inadim-plemento pelo contribuinte de suas obrigações tributárias. Precedentes. […](AI 482281 AGR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 30/06/2009, DJe-157 DIVULG 20-08-2009 PUBLIC 21-08-2009 EMENT VOL-02370-07 PP-01390 LEXSTF v. 31, n. 368, 2009, p. 127-130).

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. MULTA. VEDAÇÃO DO EFEITO DE CONFISCO. APLICABILIDADE. RAZÕES RECURSAIS PELA MA-NUTENÇÃO DA MULTA. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO PRECISA DE PECULIARIDADE DA INFRAÇÃO A JUSTIFICAR A GRAVIDADE DA PUNIÇÃO. DECISÃO MANTIDA. 1. Conforme orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal, o princípio da vedação ao efeito de confisco aplica-se às multas. 2. Esta Corte já teve a oportunidade de considerar multas de 20% a 30% do valor do débito como adequadas à luz do princípio da vedação do con-fisco. Caso em que o Tribunal de origem reduziu a multa de 60% para 30%. […] Agravo regimental ao qual se nega provimento.(RE 523471 AGR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 06/04/2010, DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-05 PP-00915 LEXSTF v. 32, n. 377, 2010, p. 203-209).

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QUESTÕES DE CONCURSO

Questão 1 (SEFAZ-PE/AUDITOR-FISCAL/FCC/2014) Em relação às imunidades

tributárias, é correto afirmar:

a) A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lu-

crativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada, se

não houver contribuição dos beneficiários.

b) A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua

impressão não se aplica ao álbum de figurinhas.

c) Os serviços notariais e de registro, por serem exercidos em caráter público, por

delegação do Poder Público, sujeitam-se à imunidade tributária recíproca.

d) A sociedade de economia mista prestadora de serviço público de água e esgoto

não é abrangida pela imunidade tributária recíproca.

e) As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, ain-

da que seu capital social seja majoritariamente estatal, não gozam da imunidade

tributária recíproca.

Questão 2 (TCM-RJ/AUDITOR/FCC/2015) Acerca das imunidades tributárias,

é correto afirmar que

a) A imunidade dos templos de qualquer culto abrange o local de culto e também

imóveis de propriedade da entidade religiosa locados a terceiros, desde que o alu-

guel reverta em benefício da atividade religiosa.

b) As entidades fechadas de previdência privada estão amparadas pela imunidade,

devido à natureza assistencial.

c) São aplicáveis exclusivamente em relação aos impostos.

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d) A imunidade relativa às operações com petróleo, combustíveis e minerais alcan-

ça os tributos em geral, compreendendo impostos e contribuições.

e) A imunidade recíproca beneficia as empresas públicas e sociedades de econo-

mia mista.

Questão 3 (TCE-PI/AUDITOR/FCC/2014) Paulo, de nacionalidade argentina, Anto-

nio, de nacionalidade paraguaia, Mário, de nacionalidade espanhola, e Eduardo, de

nacionalidade peruana, todos residentes no Brasil, formam um grupo musical, que

compõe e executa melodias brasileiras e estrangeiras. Apresentam-se em todos os

Estados brasileiros.

Seu trabalho musical é divulgado de diversas maneiras: apresentações públicas

em programas televisivos, espetáculos abertos ao público em geral, com entrada

gratuita, e comercialização de CDs e DVDs de suas apresentações.

(1) O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas andinas, cujas letras e

melodias foram criadas por autores bolivianos residentes no Brasil, foi produzido

nos Estados Unidos.

(2) Antes de Antonio juntar-se ao grupo, Paulo, Mário e Eduardo formaram um trio

que chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com melodias de autoria

de artistas gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios.

(3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções, cujas me-

lodias foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram compostas por

autores paraguaios.

(4) Antonio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando apenas

melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.

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Com base nas afirmações acima e no que dispõe a Constituição Federal a respeito

de imunidades tributárias, são abrangidas por essas imunidades APENAS as situa-

ções de números

a) 2 e 4.

b) 1 e 4.

c) 1 e 2.

d) 2 e 3.

e) 3 e 4.

Questão 4 (CÂMARA MUNICIPAL DE ITATIBA/ADVOGADO/VUNESP/2015) A imu-

nidade e a isenção

a) São institutos que possuem a mesma origem.

b) Identificam-se por representarem, ambas, liberalidades fiscais.

c) Distinguem-se porque a primeira verifica-se no âmbito do poder de tributar, ao pas-

so que a segunda constitui-se em mero não exercício da competência tributária.

d) Identificam-se em nível da lei que as concede.

e) Confundem-se quanto ao efeito que produzem, na medida em que o crédito tri-

butário constituído será dispensado da cobrança relativamente ao contribuinte, em

ambos os casos.

Questão 5 (TJ-SP/NOTARIAL/VUNESP/2016) É correto dizer que a imunidade

tributária

a) É outorgada a Municípios, Estados, Distrito Federal e União, excetuando impos-

tos indiretos como ICMS.

b) É outorgada a templos de qualquer culto, livros, periódicos e papel destinado à

sua impressão.

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c) É outorgada às fundações, desde que estas não distribuam lucros.

d) É assegurada às entidades públicas e privadas sem fins lucrativos.

Resposta: como existe a série também quero ser juiz, inauguro a série também

quero um cartório. Pra você saber que existem questões horrorosas e fáceis como

essa aí. Mas não nos percamos.

Questão 6 (TRF-3ª/JUIZ/2016) O princípio da anterioridade genérica significa que:

a) As pessoas políticas não podem cobrar tributos levando em conta fatos gerado-

res ocorridos antes do início da vigência da lei que os instituiu ou aumentou.

b) As pessoas políticas não podem exigir tributos no mesmo exercício financeiro

em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

c) As pessoas políticas não podem exigir ou majorar tributos antes de decorridos

três meses da entrada em vigor da lei que os instituiu ou aumentou.

d) As pessoas políticas não podem exigir tributos sem que haja prévia autorização

orçamentária para a cobrança deles em cada exercício financeiro.

Questão 7 (TJ-PR/NOTARIAL/IBFC/2014) Obedece ao princípio da anterior idade

anual, mas não o nonagesimal, o imposto sobre:

a) A renda (IR).

b) Importação (II).

c) Serviços de qualquer natureza (ISS).

d) Produtos industrializados (IPI).

Questão 8 (SEFAZ/ANALISTA/FGV/2011) Lei Estadual instituiu pedágio a ser co-

brado por empresa privada, concessionária, para os usuários de determinada rodo-

via que passa pelo território de diferentes municípios, sem, no entanto, estabelecer

via alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a hipótese acima, assinale a

alternativa correta.

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a) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta obrigatoria-

mente a característica da compulsoriedade.

b) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é compatível com

o princípio da indelegabilidade da competência tributária.

c) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo ser cobra-

do pela empresa concessionária, conforme aduz o princípio da irrenunciabilidade.

d) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a cobrança

de pedágio.

e) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por

meio de pedágio, por imposição constitucional.

Questão 9 (TCE-AL/PROC/FCC/2008) É exceção ao princípio da uniformidade

geográfica a

a) Vedação da União em instituir tributo uniforme em todo o território nacional.

b) Concessão, pela União, de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio

do desenvolvimento socioeconômico entre diferentes regiões do País.

c) Vedação aos Estados e Distrito Federal de instituir isenções de tributos de com-

petência dos Municípios.

d) Concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de diferença tri-

butária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência.

e) Vedação de estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de

tributos interestaduais ou intermunicipais.

Questão 10 (PREFEITURA DE SP/AUDITOR/CETRO/2014) São titulares da compe-

tência tributária própria:

a) As autarquias e as pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder Legislativo.

b) As pessoas jurídicas de direito privado e as autarquias.

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c) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado.

d) A administração indireta e as pessoas jurídicas de direito privado.

e) As pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder Legislativo.

Questão 11 (SEFAZ/AGENTE FISCAL/FCC/2009) Em relação à competência tri-

butária, cabe

a) À União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II)

propriedade territorial rural; III) doação de quaisquer bens e direitos.

b) Aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão causa

mortis; II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; III) pro-

priedade de veículos de qualquer natureza.

c) Aos Municípios instituir impostos sobre: I) propriedade territorial urbana e rural;

II) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência tributária dos

Estados, definidos em lei complementar; III) doação de quaisquer bens e direitos.

d) Aos Estados instituir impostos sobre: I) propriedade predial territorial e urbana;

II) transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso ou gratuito de quais-

quer bens e direitos; III) serviços de qualquer natureza.

e) À União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II)

propriedade territorial rural; III) os impostos estaduais em território Federal e, se o

Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais.

Questão 12 (PGFN/ESAF/2015) A Lei que diminui o prazo de recolhimento de tributo

a) Submete-se ao princípio da anterioridade nonagesimal.

b) Somente se aplica no exercício financeiro seguinte àquele em que foi publicada.

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c) Não se submete ao princípio da anterioridade.

d) Somente se aplica no exercício financeiro seguinte ao da data de sua vigência.

e) Somente gera efeitos normativos 30 (trinta) dias após a data da sua publicação.

Questão 13 (TJ-SP/JUIZ/VUNESP/2015) Na hipótese da União, mediante tratado in-

ternacional, abrir mão de tributos de competência de Estados e Municípios, nos ter-

mos do decidido pelo Supremo Tribunal Federal (RE 229096), é correto afirmar que

a) Se caracteriza a denominada isenção heterônoma, vedada nos termos do

art. 151, III, da Constituição Federal.

b) Se caracteriza violação ao princípio federativo, objeto de cláusula pétrea, nos

termos do art. 60, § 4º, I, da Constituição Federal.

c) O tratado é válido desde que acompanhado de medidas de “compensação tribu-

tária” em favor dos Estados e Municípios prejudicados.

d) Se insere a medida na competência privativa do Presidente da República, sujei-

ta a referendo do Congresso Nacional, com prevalência dos tratados em relação à

legislação tributária interna.

Questão 14 (TCE-CE/ANALISTA/FCC/2015) Considerando o conjunto de regras e

disposições relativas à legalidade, estabelecidas no plano constitucional e no CTN,

prescinde de lei a

a) Concessão ou supressão de créditos presumidos relativos à apuração de impos-

tos e contribuições.

b) Estipulação dos critérios para a atualização da tabela de incidência do imposto

sobre a renda.

c) Definição das condições e limites aplicáveis à alteração das alíquotas do imposto

sobre produtos industrializados.

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d) Modificação do termo de vencimento da obrigação tributária principal a cargo do

sujeito passivo.

e) Redução no percentual das multas para o pagamento de tributos em atraso.

Questão 15 (MANAUS PREV/PROCURADOR/FCC/2015) O Município de Manaus,

desejando promover o aumento da base de cálculo do IPTU incidente sobre a pro-

priedade de imóveis localizados em seu território, deverá elaborar norma jurídica

que atenda, dentre outros, aos princípios constitucionais da

a) Legalidade, anterioridade e irretroatividade.

b) Legalidade, anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irre-

troatividade.

c) Legalidade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.

d) Legalidade, anterioridade e noventena (ou anterioridade nonagesimal).

e) Anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.

Questão 16 (TJ-MS/NOTARIAL/VUNESP/2009) A vedação a que os entes tribu-

tantes instituam impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros,

consiste em

a) Anistia.

b) Remissão.

c) Isenção.

d) Imunidade.

e) Compensação.

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Questão 17 (PC-RN/DELEGADO/CESPE/2009) Em relação ao Sistema Tributário

Nacional e à jurisprudência do STF, assinale a opção correta.

a) O ordenamento jurídico brasileiro admite a instituição de taxa para o custeio de

serviços prestados por órgãos de segurança pública, na medida em que tal ativida-

de, por ser essencial, pode ser financiada por qualquer espécie de tributo existente.

b) As taxas cobradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, re-

moção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são

constitucionais, no entanto é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa

em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos.

c) O STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos

concernentes aos serviços notariais e registrais não possuem natureza tributária, uma

vez que não se enquadram em nenhuma das espécies tributárias previstas na CF.

d) As normas relativas à prescrição e à decadência tributárias têm natureza de

normas específicas de direito tributário, cuja disciplina é reservada a lei ordinária,

sendo certo que as contribuições previdenciárias prescrevem em dez anos, conta-

dos da data da sua constituição definitiva.

e) Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso

não estão abrangidos pela imunidade tributária prevista na CF, uma vez que as nor-

mas que tratam de renúncia fiscal devem ser interpretadas restritivamente.

Questão 18 (SEAD-PA/AUDITOR/UEPA/2013) Considerando as regras constitucio-

nais sobre competência tributária, assinale a alternativa CORRETA.

a) A competência residual para estabelecer impostos não previstos na Constituição

Federal é comum aos entes federativos.

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b) A competência residual, que será exercida mediante lei complementar, permite

criar impostos que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de

cálculo próprios dos impostos discriminados na Constituição.

c) A competência residual poderá ser exercida pelos entes federativos para criar

tributo destinado a fazer frente a investimento necessário e imprescindível decor-

rente de calamidade pública ou grave situação de risco à saúde pública.

d) A União poderá criar impostos extraordinários em caso de guerra externa, res-

peitada sua competência tributária e a obrigação de suprimi-los, gradativamente,

cessadas as causas de sua criação.

e) Compete à União a competência residual, bem como a competência para criação

de impostos extraordinários no caso de guerra externa ou sua iminência, sempre

por meio de lei complementar.

Questão 19 (SEFAZ-PE/JULGADOR/FCC/2015) De acordo com a Constituição Fe-

deral, sobre o sistema tributário nacional, é correto afirmar:

a) Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o

objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência

de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

b) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição

previdenciária, cobrada de seus servidores, em benefício destes, cuja alíquota não

será superior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

c) É vedado à União, Estados e Municípios instituir impostos sobre fonogramas e

videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou lite-

romusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas

brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham,

inclusive na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

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d) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de res-

ponsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocor-

rer posteriormente, assegurada a restituição da quantia paga no início do período

de apuração seguinte, caso não se realize o fato gerador presumido.

e) Os benefícios fiscais, salvo redução da base de cálculo e concessão de crédito

presumido, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido

mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente

as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo.

Questão 20 (TCE-AM/AUDITOR/FCC/2015) A Constituição Federal ora estabelece

que é vedado às pessoas jurídicas de direito público instituir impostos em deter-

minadas circunstâncias, ora estabelece que um imposto específico não incidirá em

determinada circunstância. De acordo com o texto constitucional,

a) É vedado aos Municípios instituir o IPTU sobre terrenos de propriedade de em-

presas públicas estaduais, cuja utilização não esteja vinculada às finalidades essen-

ciais da respectiva empresa.

b) Não incidirá o ITR sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as ex-

plore o proprietário, seu cônjuge, seus descendentes ou seus parentes colaterais,

até o terceiro grau.

c) É vedado aos Estados instituir o ICMS sobre as operações de circulação de su-

portes materiais que contenham videofonogramas musicais produzidos no Brasil,

contendo obras musicais de autores brasileiros.

d) É vedado à União instituir qualquer imposto sobre o ouro, quando definido em

lei como ativo financeiro ou instrumento cambial.

e) É vedado aos Municípios instituir o ISSQN sobre templos de qualquer culto, salvo

disposição de lei complementar em contrário.

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Questão 21 (TJ-DFT/JUIZ/CESPE/2014) Em decreto expedido pelo governador do

DF, em 8/8/2012, a data do pagamento do ICMS, inicialmente estipulada para o dia

cinco, foi antecipada para o dia primeiro do mês seguinte ao fato gerador do impos-

to. Pelo mesmo instrumento normativo, também foram alteradas a guia do recolhi-

mento do imposto, que passou a ter novos códigos, conforme o tipo de mercadoria,

e a multa de mora, que deixou de ser mensal, no percentual de 30% sobre o valor

do tributo em atraso, e passou a ser diária – 1%, limitada a 30%. Sem atentar para

tal alteração, um contribuinte recolheu, em 4/3/2013, por meio da guia antiga,

o tributo relativo a fato gerador ocorrido em fevereiro de 2013.

Em relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) A mudança da data de recolhimento por decreto é válida, visto que não implica

majoração de tributo com alteração de alíquota e de base de cálculo.

b) A antecipação do recolhimento do tributo significa um gravame para o contri-

buinte, visto que altera o seu fluxo financeiro, e, por ter direta relação com o as-

pecto temporal do fato gerador da obrigação tributária, deveria ter sido proposta

por meio de lei, e não de decreto.

c) A mudança da data de recolhimento por decreto é válida, assim como a altera-

ção na multa, por resultar, no caso apresentado, a aplicação da penalidade mais

recente em redução de 30% para 1%, aplicando-se o art. 112 do CTN, que, em

termos de punição, determina a aplicação da norma mais favorável.

d) O recolhimento por meio da guia antiga implica o não pagamento do tributo, de

modo que o contribuinte em questão estará inadimplente até novo pagamento do

tributo, nos termos do referido decreto.

e) Por força do princípio da legalidade, são inválidas tanto a antecipação da data

do pagamento quanto a alteração de guia e da multa.

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Questão 22 (PGM-NITERÓI/PROCURADOR/FGV/2014) O Município X publica De-

creto elevando a alíquota da taxa para emissão de alvará de localização, prevendo

sua incidência imediata. Determinado contribuinte, já detentor de seu alvará de

localização e sem anunciar a intenção de abrir um novo estabelecimento que possa

levar à solicitação de novo alvará, impetra Mandado de Segurança para questionar

o Decreto que majorou a taxa.

A autoridade coatora foi apontada corretamente na petição, sendo alegado violação

aos princípios da legalidade, anterioridade e nonagesimalidade/noventena.

Em defesa do Município, o argumento dotado de maior efetividade será

a) A inexistência de violação ao princípio da legalidade, inaplicável às taxas.

b) O descabimento do Mandado de Segurança, pois, inexistindo sequer iminência

da exigência fiscal, ele é dirigido contra lei em tese.

c) O descabimento de liminar no Mandado de Segurança, pois inexiste risco para o

impetrante (ausência de periculum in mora).

d) A inexistência de violação ao princípio da anterioridade, este inaplicável às taxas.

e) A inexistência de violação ao princípio da nonagesimalidade / noventena, este

inaplicável às taxas.

Questão 23 (PGM-NITERÓI/PROCURADOR/FGV/2014) O Município X publica, em

26 de setembro de 2014, Decreto prevendo que, a partir de janeiro do ano sub-

sequente, a base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial

Urbana (IPTU) seria reajustada na mesma proporção da inflação do período, sendo

ademais majorada em um ponto percentual a alíquota do tributo. Determinado

contribuinte questiona o Decreto em tela, alegando que o mesmo vulnera o princí-

pio da legalidade e da anterioridade.

A alegação do contribuinte

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a) Está integralmente correta.

b) Está correta em relação ao argumento da ilegalidade, mas incorreta em relação

ao argumento da anterioridade.

c) Está correta em relação ao argumento da anterioridade, mas incorreta em rela-

ção ao argumento da ilegalidade.

d) Está correta em relação ao argumento da ilegalidade no que tange à majoração

de alíquota, mas incorreta em relação aos argumentos da anterioridade e da ilega-

lidade atinente ao reajuste da base de cálculo.

e) Está integralmente incorreta.

Questão 24 (LIQUIGÁS/ADVOGADO/CESGRANRIO/2014) Quando a Constituição

Federal estabelece que a União não pode tributar nem a renda das obrigações da

dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nem a remunera-

ção e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que

fixar para suas obrigações e para seus agentes, está sendo realizado o princípio da

a) Isonomia.

b) Capacidade.

c) Legalidade.

d) Uniformidade.

e) Proporcionalidade.

Questão 25 (PREFEITURA DE RECIFE/AUDITOR/FGV/2014) Augusto José se in-

surge em face da cobrança de IPTU que recebeu, com valores majorados para o

presente exercício fiscal. Segundo alegado e provado, a lei que alterou a legislação

anterior sobre o referido imposto foi publicada, de forma parcial, no ano anterior

ao presente exercício; a tabela relativa à Planta de Valores, contudo, foi publicada

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no mesmo exercício fiscal da cobrança dos novos valores. A Fazenda Municipal,

entretanto, registra que a tabela representa mero regulamento editado pelo Poder

Executivo local, não se confundindo com a lei anterior, esta regularmente publica-

da, conforme determina a Constituição.

A cobrança com base na nova tabela e a posição da Fazenda Municipal podem ser

caracterizadas como

a) Constitucionais, não havendo exigência para que o ato que fixa a Planta de

Valores seja publicado em exercício anterior, sendo materialmente de natureza

administrativa.

b) Inconstitucionais, já que a cobrança no mesmo exercício fiscal fere o princípio da

anterioridade, e a argumentação da Fazenda fere o princípio da legalidade.

c) Constitucional a posição da Fazenda Municipal, sendo certo que a Planta de Va-

lores não majora o IPTU, mas sim a lei que instituiu as novas alíquotas.

d) Inconstitucionais, uma vez que há ofensa ao princípio da legalidade por parte

da cobrança e ofensa ao princípio da irretroatividade na argumentação da Fazenda.

e) Constitucional a cobrança, já que houve a publicação da lei no exercício anterior

ao de sua vigência e a posição da Fazenda é legal, por observar a natureza jurídica

da Planta de Valores.

Questão 26 (CGE-MA/AUDITOR/FGV/2014) A respeito das limitações constitucionais

ao poder de tributar do Sistema Tributário Nacional, analise as afirmativas a seguir.

I – Pelo princípio da legalidade somente a Constituição Federal pode criar e majorar

tributos.

II – Pelo princípio da legalidade tributária só lei em sentido estrito pode criar tribu-

to novo.

III – A lei complementar só de forma excepcional é utilizada para criar tributos.

IV – A iniciativa da lei tributária, sempre privativa, é reflexo do princípio da legalidade.

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Assinale:

a) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) Se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

e) Se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.

Questão 27 (MPE-MA/PROMOTOR/2014) Analise as assertivas dispostas abaixo:

I – O tributo de cunho confiscatório não se define por intermédio de um percentual,

mas pelo ônus econômico que se torne insuportável para o contribuinte;

II – A dificuldade de se aferir o caráter confiscatório de um tributo encontra-se

justamente na determinação prática do que se deve entender como grau abusivo

de exigência do patrimônio do contribuinte, sendo que tal determinação deve se

processar em cada situação concreta;

III – Representa afronta ao princípio do não confisco por parte do Poder Público

Municipal, a cobrança simultânea dos valores de Imposto Predial Territorial Urbano

devidos por proprietário de imóvel dos últimos cinco anos e que não foram pagos

na oportunidade própria;

IV – O princípio tributário do não confisco é uma decorrência da premissa consti-

tucional que assegura aos cidadãos o direito de propriedade, desde que essa de-

sempenhe a sua função social. Portanto, constitui uma afronta a esse princípio o

estabelecimento por lei de alíquota do Imposto Territorial Rural em 20% (vinte por

cento) para as chamadas terras absolutamente improdutivas.

a) Apenas a I e II estão corretas;

b) Apenas a I, II e IV estão corretas;

c) Todas estão corretas;

d) Apenas a II e III estão corretas;

e) Apenas II, III e IV estão corretas.

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Questão 28 (TJ-MG/NOTARIAL/CONSULPLAN/2016) A Constituição Federal esta-

belece regras de competência tributária. São características da competência tribu-

tária, EXCETO:

a) Exclusividade.

b) Indelegabilidade.

c) Cadubilidade.

d) Inalterabilidade.

Questão 29 (PGE-PI/PROCURADOR/CESPE/2014) A respeito das competências

tributárias, assinale a opção correta.

a) Por ser tributo vinculado, a contribuição de melhoria somente pode ser exigida

quando realizada obra pública que proporcione a valorização de imóvel de proprieda-

de do contribuinte, estando sua cobrança limitada pelo valor global da obra pública

e, concomitantemente, pelo valor do benefício econômico auferido pelo contribuinte.

b) As contribuições sociais gerais são fundadas na CF e, diferentemente das con-

tribuições sociais de financiamento da seguridade social, devem ser instituídas por

meio de leis complementares.

c) As taxas de serviço podem ser exigidas em virtude da mera disponibilidade do ser-

viço público específico e divisível e, no caso de serviços de natureza compulsória, a sua

cobrança independe da efetiva prestação da atividade pelo Estado ao contribuinte.

d) A denominação do tributo, assim como a destinação do produto da sua arreca-

dação, é irrelevante para a identificação da espécie tributária e do regime jurídico

a ela aplicável.

e) São pressupostos dos empréstimos compulsórios a ocorrência de calamidade

pública, guerra, investimento público urgente e de relevante interesse nacional,

e uma conjuntura econômica que exija a absorção temporária de poder aquisitivo,

exigindo-se, em todos os casos, aprovação por lei complementar.

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Questão 30 (AL-BA/AUDITOR/FGV/2014) Com referência à competência tributá-

ria, assinale a afirmativa correta.

a) Limita-se à esfera legislativa e é plena para todos os entes políticos.

b) É plena nas esferas legislativa, administrativa e de julgar para todos os entes

políticos.

c) À União cabe a competência tributária plena, sendo limitada para Estados e

Municípios.

d) No caso da União, está restrita à possibilidade de editar normas gerais de direito

tributário.

e) Aos Estados e Municípios cabe a competência plena na esfera legislativa.

Questão 31 (TJ-MG/NOTARIAL/CONSULPLAN/2018) Sobre as imunidades tributá-

rias, é correto afirmar que:

a) As imunidades do art. 150, VI, da Constituição Federal, negam a competência

para a instituição de impostos, taxas e contribuições.

b) O § 5º do art. 184 da Constituição (“são isentas de impostos federais, estaduais

e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de

reforma agrária”) concede isenção, não imunidade.

c) A imunidade prevista no art. 150, VI, alínea c, da Constituição Federal, aplica-se

aos bens imóveis, mesmo que temporariamente ociosos, de propriedade das ins-

tituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos que atendam aos

requisitos legais.

d) A imunidade prevista no art. 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal,

a impedir a instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das entida-

des sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,

sem fins lucrativos, beneficia o contribuinte de fato, não alcançando o de direito.

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Questão 32 (PGE-SE/PROCURADOR/CESPE/2017) A principal distinção entre imu-

nidade tributária e isenção tributária é que

a) As imunidades estão expressamente previstas na CF e nas leis; e as isenções se

referem a fatos não abrangidos pela hipótese de incidência.

b) As imunidades estão previstas na CF; e as isenções, no texto infraconstitucional.

c) As isenções estão previstas na CF; e as imunidades, no texto infraconstitucional.

d) As imunidades se referem ao aspecto subjetivo do contribuinte; e as isenções,

ao elemento objetivo do fato gerador.

e) As isenções se referem ao aspecto subjetivo do contribuinte; e as imunidades,

ao elemento objetivo do fato gerador.

Questão 33 (PREFEITURA DE CRICIÚMA/FISCAL/FEPESE/2017) A respeito das li-

mitações do poder de tributar, assinale a alternativa correta.

a) É permitido à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados,

do Distrito Federal ou dos Municípios.

b) De acordo com o princípio da legalidade, aos entes federativos é vedado exigir

ou aumentar tributo sem lei ou decreto que o estabeleça.

c) A imunidade recíproca é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos servi-

ços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

d) Com base no princípio da noventena, é proibido cobrar tributos em relação

a fatos geradores ocorridos antes da publicação da lei que os houver instituído

ou aumentado.

e) A imunidade tributária aplica-se ao patrimônio, à renda ou aos serviços dos

partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais patronais, das

instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos.

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Questão 34 (TJ-SP/JUIZ/VUNESP/2018) Com relação à competência tributária e

aos princípios e limitações constitucionais ao poder de tributar, é correto afirmar:

a) A Constituição prevê a progressividade não só para o Imposto de Renda mas

também para o Imposto Territorial Rural e para o Imposto sobre a Propriedade

Territorial Urbana, e, com relação a estes, acrescentou previsão de confisco na hi-

pótese de não cumprimento da função social da propriedade.

b) O Supremo Tribunal Federal tem adotado entendimento no sentido de que, em-

bora o confisco seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do con-

fisco deve ser utilizado para limitar o percentual de multa imposta ao contribuinte.

c) A competência tributária, nela compreendidas a competência legislativa para

instituir e majorar tributos e a competência para fiscalizá-los e arrecadá-los, é in-

delegável, não recebidas pela atual Constituição as normas que dispunham em

sentido contrário.

d) O princípio da anterioridade, tal como previsto no texto constitucional vigente,

impede que qualquer imposto seja cobrado no mesmo exercício em que haja sido

publicada a lei que o instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da

data daquela publicação.

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GABARITO

1. a

2. a

3. d

4. c

5. b

6. b

7. a

8. b

9. b

10. e

11. e

12. c

13. d

14. d

15. a

16. d

17. b

18. b

19. a

20. c

21. a

22. b

23. d

24. a

25. b

26. b

27. a

28. c

29. a

30. c

31. c

32. b

33. c

34. b

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GABARITO COMENTADO

Questão 1 (SEFAZ-PE/AUDITOR-FISCAL/FCC/2014) Em relação às imunidades tri-

butárias, é correto afirmar:

a) A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lu-

crativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada, se

não houver contribuição dos beneficiários.

b) A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua

impressão não se aplica ao álbum de figurinhas.

c) Os serviços notariais e de registro, por serem exercidos em caráter público, por

delegação do Poder Público, sujeitam-se à imunidade tributária recíproca.

d) A sociedade de economia mista prestadora de serviço público de água e esgoto

não é abrangida pela imunidade tributária recíproca.

e) As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, ain-

da que seu capital social seja majoritariamente estatal, não gozam da imunidade

tributária recíproca.

Letra a.

a) Certa. Já falei, né, detesto quando o gabarito é logo a letra “a”, kkkk.

Súmula n. 730 do STFA imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, vi, “c”, da constituição, somente alcança as entidades fechadas de previ-dência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

b) Errada.

“Os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos estão alcançados pela imu-nidade tributária prevista no artigo 150, VI, d, da Constituição Federal (imunidade cultural). (RE 179.893, de 15/04/2008).

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c) Errada.

As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. (ADI 3.089, de 01/08/2008).

d) Errada.

É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas públicas que prestem inequívoco serviço público, desde que, entre outros requisitos constitucionais e legais não distribuam lucros ou resultados direta ou indiretamente a particulares, ou tenham por objetivo principal conceder acréscimo patrimonial ao poder público (ausên-cia de capacidade contributiva) e não desempenhem atividade econômica, de modo a conferir vantagem não extensível às empresas privadas (livre iniciativa e concorrência). O Serviço Autônomo de Água e Esgoto é imune à tributação por impostos (art. 150, VI, a e § 2º e § 3º da Constituição). A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, não altera a conclusão. (RE 399.307-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 16-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010).

e) Errada.

As sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal, gozam da imunidade tributária prevista na alínea “a” do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal.” (RE 580.264/RS 16/12/2010).

Questão 2 (TCM-RJ/AUDITOR/FCC/2015) Acerca das imunidades tributárias,

é correto afirmar que

a) A imunidade dos templos de qualquer culto abrange o local de culto e também

imóveis de propriedade da entidade religiosa locados a terceiros, desde que o alu-

guel reverta em benefício da atividade religiosa.

b) As entidades fechadas de previdência privada estão amparadas pela imunidade,

devido à natureza assistencial.

c) São aplicáveis exclusivamente em relação aos impostos.

d) A imunidade relativa às operações com petróleo, combustíveis e minerais alcan-

ça os tributos em geral, compreendendo impostos e contribuições.

e) A imunidade recíproca beneficia as empresas públicas e sociedades de economia mista.

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Letra a.

Adivinha se tem jurisprudência?

a) Certa. detesto dizer isso, mas é o gabarito.

A Súmula n. 724 subiu de nível, virou súmula vinculante.

Súmula Vinculante n. 52Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.

b) Errada.

Súmula n. 730 do STFA imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo Art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previ-dência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

c) Errada. Há as imunidades genéricas que não são aplicadas somente aos impostos.

d) Errada.

CF/1988, Art. 155, § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo (ICMS) e o art. 153, I e II (II e IE), nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.

e) Errada. Só estaria correto se fossem prestadoras de serviço público.

STF – AG.REG. NA AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA ACO 1331 GO (STF)Data de publicação: 11/12/2014Ementa: Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. DIREITO CONS-TITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ESTADO QUE NOTIFICOU A ECT PARA RECOLHIMENTO DE ICMS. INCIDÊNCIA DA IMUNIDADE RECÍPROCA ÀS EMPRESAS PÚBLICAS PRESTADO-RAS DE SERVIÇO PÚBLICO. JURISPRUDÊNCIA. AGRAVO DESPROVIDO. 1. A ECT, atuan-do como empresa pública prestadora de serviço público, está albergada pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, alínea a, do texto constitucional. Precedentes. 2. No julgamento da ADPF 46, o Supremo Tribunal Federal afirmou o entendimento de que o serviço postal, prestado pela ECT em regime de exclusividade, não consubstancia ativi-dade econômica estrita, constituindo modalidade de serviço público. 3. Agravo regimen-tal a que se nega provimento.STF – AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO RE 542454 BA (STF)Data de publicação: 16/02/2012

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Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ISS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. INFRAERO. EMPRESA PÚBLICA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. EXTENSÃO. 1. Ao julgar o ARE 638.315, da relatoria do ministro Cezar Peluso, o Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da questão constitucional analisada e resolveu reafirmar a jurisprudência desta nossa Casa de Justiça no sentido de que as empresas públicas prestadoras de serviço público estão abrangidas pela imunidade tributária recíproca prevista na alínea a do inciso VI do art. 150 da Magna Carta de 1988. Ressalva do ponto de vista pessoal do relator. 2. Agravo regimental desprovido.

Questão 3 (TCE-PI/AUDITOR/FCC/2014) Paulo, de nacionalidade argentina, Anto-

nio, de nacionalidade paraguaia, Mário, de nacionalidade espanhola, e Eduardo, de

nacionalidade peruana, todos residentes no Brasil, formam um grupo musical, que

compõe e executa melodias brasileiras e estrangeiras. Apresentam-se em todos os

Estados brasileiros.

Seu trabalho musical é divulgado de diversas maneiras: apresentações públicas

em programas televisivos, espetáculos abertos ao público em geral, com entrada

gratuita, e comercialização de CDs e DVDs de suas apresentações.

(1) O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas andinas, cujas letras e

melodias foram criadas por autores bolivianos residentes no Brasil, foi produzido

nos Estados Unidos.

(2) Antes de Antonio juntar-se ao grupo, Paulo, Mário e Eduardo formaram um trio

que chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com melodias de autoria

de artistas gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios.

(3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções, cujas me-

lodias foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram compostas por

autores paraguaios.

(4) Antonio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando apenas

melodias (sem letra) compostas por autores piauienses.

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Com base nas afirmações acima e no que dispõe a Constituição Federal a respeito

de imunidades tributárias, são abrangidas por essas imunidades APENAS as situa-

ções de números

a) 2 e 4.

b) 1 e 4.

c) 1 e 2.

d) 2 e 3.

e) 3 e 4.

Letra d.

Vai cair na prova

CF/1988, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:VI – instituir impostos sobre:e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musi-cais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artis-tas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

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Questão 4 (CÂMARA MUNICIPAL DE ITATIBA/ADVOGADO/VUNESP/2015) A imu-

nidade e a isenção

a) São institutos que possuem a mesma origem.

b) Identificam-se por representarem, ambas, liberalidades fiscais.

c) Distinguem-se porque a primeira verifica-se no âmbito do poder de tributar, ao pas-

so que a segunda constitui-se em mero não exercício da competência tributária.

d) Identificam-se em nível da lei que as concede.

e) Confundem-se quanto ao efeito que produzem, na medida em que o crédito tri-

butário constituído será dispensado da cobrança relativamente ao contribuinte, em

ambos os casos.

Letra c.

a) Errada. A imunidade está prevista na CF/1988; a isenção, na lei que a concede.

b) Errada. Questão nada a ver. Liberalidade fiscal? Quando você vir um termo

meio diferente, pode desconfiar, é invenção da banca.

c) Certa. A imunidade é uma limitação ao poder de tributar. Na isenção, sempre

por lei, há realmente o não exercício da competência tributária. Não se esquecendo

de que isenção é para frente, anistia é para trás.

d) Errada. Mesma coisa da “a”.

e) Errada. Na imunidade, o ente está proibido de constituir o crédito tributário.

STF. Plenário. RE 566622, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/02/2017 (repercussão geral).Decisão: O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, apreciando o tema 32 da repercussão geral, deu provimento ao recurso extraordinário, vencidos os Ministros Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Reajustou o voto o Ministro Ricardo Lewandowski, para acompanhar o Relator. Em seguida, o Tribunal fixou a seguinte tese de repercussão geral: “Os requisitos para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei complementar”. Não votou o Ministro Edson Fachin por suceder ao Ministro Joaquim Barbosa. Ausente, justificadamente, o Ministro Luiz Fux, que proferiu voto em assentada anterior. Presidência da Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 23.02.2017.

Os requisitos para o gozo de imunidade hão de estar previstos em lei complementar.

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Questão 5 (TJ-SP/NOTARIAL/VUNESP/2016) É correto dizer que a imunidade

tributária

a) É outorgada a Municípios, Estados, Distrito Federal e União, excetuando impos-

tos indiretos como ICMS.

b) É outorgada a templos de qualquer culto, livros, periódicos e papel destinado à

sua impressão.

c) É outorgada às fundações, desde que estas não distribuam lucros.

d) É assegurada às entidades públicas e privadas sem fins lucrativos.

Letra b.

Como existe a série também quero ser juiz, inauguro a série também quero um

cartório. Para você saber que existem questões horrorosas e fáceis como essa aí.

Mas não nos percamos.

Questão 6 (TRF-3ª/JUIZ/2016) O princípio da anterioridade genérica significa que:

a) As pessoas políticas não podem cobrar tributos levando em conta fatos gerado-

res ocorridos antes do início da vigência da lei que os instituiu ou aumentou.

b) As pessoas políticas não podem exigir tributos no mesmo exercício financeiro

em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou.

c) As pessoas políticas não podem exigir ou majorar tributos antes de decorridos

três meses da entrada em vigor da lei que os instituiu ou aumentou.

d) As pessoas políticas não podem exigir tributos sem que haja prévia autorização

orçamentária para a cobrança deles em cada exercício financeiro.

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Letra b.

a) Errada.

CF/1988, Art. 150, III – cobrar tributos:a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os hou-ver instituído ou aumentado;

Princípio da irretroatividade.

b) Certa.

CF/1988, Art. 150, b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

Princípio da anterioridade. É o nosso gabarito.

c) Errada.

CF/1988, Art. 150, c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido pu-blicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

Princípio da noventena.

d) Errada. Princípio da anualidade, não tem em Direito Tributário.

Questão 7 (TJ-PR/NOTARIAL/IBFC/2014) Obedece ao princípio da anterior idade

anual, mas não o nonagesimal, o imposto sobre:

a) A renda (IR).

b) Importação (II).

c) Serviços de qualquer natureza (ISS).

d) Produtos industrializados (IPI).

Letra a.

Cuidado com questões que parecem fáceis, isso faz com que baixemos a guarda.

O IR obedece à anual, mas não à noventena.

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Questão 8 (SEFAZ/ANALISTA/FGV/2011) Lei Estadual instituiu pedágio a ser co-

brado por empresa privada, concessionária, para os usuários de determinada rodo-

via que passa pelo território de diferentes municípios, sem, no entanto, estabelecer

via alternativa, gratuita, de trânsito. Considerando a hipótese acima, assinale a

alternativa correta.

a) O Pedágio, no caso, tem natureza de tarifa e, como tal, apresenta obrigatoria-

mente a característica da compulsoriedade.

b) A cobrança do pedágio por pessoa jurídica de direito privado é compatível com

o princípio da indelegabilidade da competência tributária.

c) O pedágio, na situação retratada, tem natureza de taxa, não podendo ser cobra-

do pela empresa concessionária, conforme aduz o princípio da irrenunciabilidade.

d) O oferecimento de via alternativa gratuita é condição necessária para a cobrança

de pedágio.

e) É vedado o estabelecimento de limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por

meio de pedágio, por imposição constitucional.

Letra b.

Se você leu aquela jurisprudência imensa, acertou. Caso tenha errado, não tem

problema, acertará na próxima.

a) Errada. O pedágio não é compulsório, você não precisa usar a estrada, conse-

quentemente, não é obrigado a pagar.

c) Errada. Não é taxa, é preço público.

d) Errada. Não é condição necessária.

e) Errada. Nada a ver.

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Questão 9 (TCE-AL/PROC/FCC/2008) É exceção ao princípio da uniformidade

geográfica a

a) Vedação da União em instituir tributo uniforme em todo o território nacional.

b) Concessão, pela União, de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio

do desenvolvimento socioeconômico entre diferentes regiões do País.

c) Vedação aos Estados e Distrito Federal de instituir isenções de tributos de com-

petência dos Municípios.

d) Concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de diferença tri-

butária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência.

e) Vedação de estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de

tributos interestaduais ou intermunicipais.

Letra b.

Já vimos que não é a letra “d”. O gabarito é a letra “b”.

CF/1988, Art. 151, É vedado à União:I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País;

a) Errada. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o ter-

ritório nacional.

c) Errada. É vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos es-

tados, do Distrito Federal ou dos municípios.

d) Errada. É vedado aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer

diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua

procedência ou destino.

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e) Errada. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é veda-

do à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios estabelecer limitações

ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermuni-

cipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo

poder público.

Questão 10 (PREFEITURA DE SP/AUDITOR/CETRO/2014) São titulares da compe-

tência tributária própria:

a) As autarquias e as pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder Legislativo.

b) As pessoas jurídicas de direito privado e as autarquias.

c) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado.

d) A administração indireta e as pessoas jurídicas de direito privado.

e) As pessoas jurídicas de direito público, dotadas de Poder Legislativo.

Letra e.

CTN, Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a com-petência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arreca-dar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

Questão 11 (SEFAZ/AGENTE FISCAL/FCC/2009) Em relação à competência tri-

butária, cabe

a) À União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II)

propriedade territorial rural; III) doação de quaisquer bens e direitos.

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b) Aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão causa

mortis; II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; III) pro-

priedade de veículos de qualquer natureza.

c) Aos Municípios instituir impostos sobre: I) propriedade territorial urbana e rural;

II) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência tributária dos

Estados, definidos em lei complementar; III) doação de quaisquer bens e direitos.

d) Aos Estados instituir impostos sobre: I) propriedade predial territorial e urbana;

II) transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso ou gratuito de quais-

quer bens e direitos; III) serviços de qualquer natureza.

e) À União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II)

propriedade territorial rural; III) os impostos estaduais em território Federal e, se o

Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais.

Letra e.

Parece fácil, mas foi difícil.

a) Errada. ITCMD é estadual.

b) Errada. Veículos de qualquer natureza não, isso foi pegadinha da banca.

c) Errada. Tudo errado.

d) Errada. Tudo municipal. Menos a palavra “gratuito” do item II.

Questão 12 (PGFN/ESAF/2015) A Lei que diminui o prazo de recolhimento de tributo

a) Submete-se ao princípio da anterioridade nonagesimal.

b) Somente se aplica no exercício financeiro seguinte àquele em que foi publicada.

c) Não se submete ao princípio da anterioridade.

d) Somente se aplica no exercício financeiro seguinte ao da data de sua vigência.

e) Somente gera efeitos normativos 30 (trinta) dias após a data da sua publicação.

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Letra c.

Súmula Vinculante n. 50Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.

Acrescentando que essa norma legal não precisa ser lei, basta que eja decreto.

Questão 13 (TJ-SP/JUIZ/VUNESP/2015) Na hipótese da União, mediante trata-

do internacional, abrir mão de tributos de competência de Estados e Municípios,

nos termos do decidido pelo Supremo Tribunal Federal (RE 229096), é correto

afirmar que

a) Se caracteriza a denominada isenção heterônoma, vedada nos termos do

art. 151, III, da Constituição Federal.

b) Se caracteriza violação ao princípio federativo, objeto de cláusula pétrea, nos

termos do art. 60, § 4º, I, da Constituição Federal.

c) O tratado é válido desde que acompanhado de medidas de “compensação tribu-

tária” em favor dos Estados e Municípios prejudicados.

d) Se insere a medida na competência privativa do Presidente da República, sujei-

ta a referendo do Congresso Nacional, com prevalência dos tratados em relação à

legislação tributária interna.

Letra d.

Não se preocupe se você não tem ideia do que seja esse RE n. 229096, atenha-se

ao que foi pedido. O gabarito é a letra “d”. O presidente da República, atuando

como chefe de Estado, pode fazer isso.

Isso não significa isenção heterônoma.

Vamos ver esse recurso extraordinário.

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DIREITO TRIBUTÁRIO. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988 DO ACORDO GERAL DE TARIFAS E COMÉRCIO. ISENÇÃO DE TRIBUTO ESTADUAL PREVIS-TA EM TRATADO INTERNACIONAL FIRMADO PELA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRA-SIL. ARTIGO 151, INCISO III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ARTIGO 98DO CÓ-DIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE ISENÇÃO HETERÔNOMA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO.1. A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comércio para as mercadorias importadas dos países signatários quando o similar nacional tiver o mes-mo benefício foi recepcionada pela Constituição da República de 1988.2. O artigo 98 do Código Tributário Nacional “possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados e os Municípios” (voto do eminente Ministro Ilmar Galvão).3. No direito internacional apenas a República Federativa do Brasil tem competência para firmar tratados (art. 52, § 2º, da Constituição da República), dela não dispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente da República não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição.4. Recurso extraordinário conhecido e provido.

Questão 14 (TCE-CE/ANALISTA/FCC/2015) Considerando o conjunto de regras e

disposições relativas à legalidade, estabelecidas no plano constitucional e no CTN,

prescinde de lei a

a) Concessão ou supressão de créditos presumidos relativos à apuração de impos-

tos e contribuições.

b) Estipulação dos critérios para a atualização da tabela de incidência do imposto

sobre a renda.

c) Definição das condições e limites aplicáveis à alteração das alíquotas do imposto

sobre produtos industrializados.

d) Modificação do termo de vencimento da obrigação tributária principal a cargo do

sujeito passivo.

e) Redução no percentual das multas para o pagamento de tributos em atraso.

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Letra d.

Vamos lá, primeiro grave que prescinde é dispensa, esse prescinde só está aí pra

atrapalhar. Toda hora aparece questão nova sobre o mesmo tema.

Súmula do Claudio RoismanPara alterar prazo de recolhimento, não há necessidade de lei, basta um decreto do Poder Executivo.

Questão 15 (MANAUS PREV/PROCURADOR/FCC/2015) O Município de Manaus,

desejando promover o aumento da base de cálculo do IPTU incidente sobre a pro-

priedade de imóveis localizados em seu território, deverá elaborar norma jurídica

que atenda, dentre outros, aos princípios constitucionais da

a) Legalidade, anterioridade e irretroatividade.

b) Legalidade, anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretro-

atividade.

c) Legalidade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.

d) Legalidade, anterioridade e noventena (ou anterioridade nonagesimal).

e) Anterioridade, noventena (ou anterioridade nonagesimal) e irretroatividade.

Letra a.

O IPTU atende aos princípios da legalidade, anterioridade e irretroatividade.

Princípio da legalidade, que veda expressamente à União Federal, aos estados,

ao DF e aos municípios exigir ou aumentar tributos (e contribuições) sem lei

que o estabeleça.

Princípio da anterioridade: veda a cobrança de tributos no mesmo exercício finan-

ceiro em que houver sido publicada a lei que instituiu ou aumentou.

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Princípio da irretroatividade: por esse princípio ficou vedado a cobrança de tributos

em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os

houver instituído ou aumentados.

Questão 16 (TJ-MS/NOTARIAL/VUNESP/2009) A vedação a que os entes tribu-

tantes instituam impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros,

consiste em

a) Anistia.

b) Remissão.

c) Isenção.

d) Imunidade.

e) Compensação.

Letra d.

É a imunidade recíproca, ok?

Questão 17 (PC-RN/DELEGADO/CESPE/2009) Em relação ao Sistema Tributário

Nacional e à jurisprudência do STF, assinale a opção correta.

a) O ordenamento jurídico brasileiro admite a instituição de taxa para o custeio de

serviços prestados por órgãos de segurança pública, na medida em que tal ativida-

de, por ser essencial, pode ser financiada por qualquer espécie de tributo existente.

b) As taxas cobradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, re-

moção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são

constitucionais, no entanto é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa

em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos.

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c) O STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos

concernentes aos serviços notariais e registrais não possuem natureza tributária, uma

vez que não se enquadram em nenhuma das espécies tributárias previstas na CF.

d) As normas relativas à prescrição e à decadência tributárias têm natureza de

normas específicas de direito tributário, cuja disciplina é reservada a lei ordinária,

sendo certo que as contribuições previdenciárias prescrevem em dez anos, conta-

dos da data da sua constituição definitiva.

e) Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso

não estão abrangidos pela imunidade tributária prevista na CF, uma vez que as nor-

mas que tratam de renúncia fiscal devem ser interpretadas restritivamente.

Letra b.

a) Errada.

CF/1988, Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou po-tencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

Segurança pública não é específico nem divisível.

b) Certa.

Súmula Vinculante n. 19A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.

c) Errada. Mais jurisprudência.

A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza tribu-tária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional pertinente a essa especial

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modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que procla-mam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade.” (ADI 1.378-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-1995, Plenário, DJ de 30-5-1997.) No mesmo sentido: ADI 3.260, rel. min. Eros Grau, julgamento em 29-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007. Vide: ADI 1.926-MC, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-4-1999, Plenário, DJ de 10-9-1999.

d) Errada. Mais.

Prescrição e decadência tributárias. Matérias reservadas a lei complementar. Disciplina no Código Tributário Nacional. Natureza tributária das contribuições para a seguridade social. Inconstitucionalidade dos arts. 45 e 46 da Lei 8.212/1991 e do parágrafo único do art. 5º do DL 1.569/1977. As normas relativas à prescrição e à decadência tributá-rias têm natureza de normas gerais de direito tributário, cuja disciplina é reservada a lei complementar, tanto sob a Constituição pretérita (art. 18, § 1º, da CF de 1967/1969) quanto sob a Constituição atual (art. 146, b, III, da CF de 1988). Interpretação que pre-serva a força normativa da Constituição, que prevê disciplina homogênea, em âmbito nacional, da prescrição, decadência, obrigação e crédito tributários. Permitir regulação distinta sobre esses temas, pelos diversos entes da federação, implicaria prejuízo à vedação de tratamento desigual entre contribuintes em situação equivalente e à segu-rança jurídica. (...).” (RE 556.664 e RE 559.882, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-6-2008, Plenário, DJE de 14-11-2008.) No mesmo sentido: RE 560.626, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-6-2008, Plenário, DJE de 5-12-2008. Vide: RE 543.997-AgR, voto da Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-6-2010, Segunda Tur-ma, DJE de 6-8-2010.

e) Errada. Última (dessa questão).

Recurso extraordinário. Constitucional. Imunidade Tributária. IPTU. Art. 150, VI, b, CF/1988. Cemitério. Extensão de entidade de cunho religioso. Os cemitérios que con-substanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos arts. 5º, VI, 19, I, e 150, VI, b. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas. (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-2008, Plenário, DJE de 12-9-2008).

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Questão 18 (SEAD-PA/AUDITOR/UEPA/2013) Considerando as regras constitucio-

nais sobre competência tributária, assinale a alternativa CORRETA.

a) A competência residual para estabelecer impostos não previstos na Constituição

Federal é comum aos entes federativos.

b) A competência residual, que será exercida mediante lei complementar, permite

criar impostos que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de

cálculo próprios dos impostos discriminados na Constituição.

c) A competência residual poderá ser exercida pelos entes federativos para criar

tributo destinado a fazer frente a investimento necessário e imprescindível decor-

rente de calamidade pública ou grave situação de risco à saúde pública.

d) A União poderá criar impostos extraordinários em caso de guerra externa, res-

peitada sua competência tributária e a obrigação de suprimi-los, gradativamente,

cessadas as causas de sua criação.

e) Compete à União a competência residual, bem como a competência para criação

de impostos extraordinários no caso de guerra externa ou sua iminência, sempre

por meio de lei complementar.

Letra b.

CF/1988, Art. 154. A União poderá instituir:I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos dis-criminados nesta Constituição;II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendi-dos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

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Questão 19 (SEFAZ-PE/JULGADOR/FCC/2015) De acordo com a Constituição Fe-

deral, sobre o sistema tributário nacional, é correto afirmar:

a) Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o

objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência

de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

b) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir contribuição

previdenciária, cobrada de seus servidores, em benefício destes, cuja alíquota não

será superior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

c) É vedado à União, Estados e Municípios instituir impostos sobre fonogramas e

videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou lite-

romusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas

brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham,

inclusive na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

d) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de res-

ponsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocor-

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rer posteriormente, assegurada a restituição da quantia paga no início do período

de apuração seguinte, caso não se realize o fato gerador presumido.

e) Os benefícios fiscais, salvo redução da base de cálculo e concessão de crédito

presumido, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido

mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente

as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo.

Letra a.

a) Certa.

CF/1988, Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tri-butação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

b) Errada.

CF/1988, Art. 149, § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão con-tribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

c) Errada.

CF/1988, Art. 150, VI, e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

d) Errada.

CF/1988, Art. 150, § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gera-dor deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

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e) Errada.

CF/1988, Art. 150, § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou mu-nicipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, g.

Questão 20 (TCE-AM/AUDITOR/FCC/2015) A Constituição Federal ora estabelece

que é vedado às pessoas jurídicas de direito público instituir impostos em deter-

minadas circunstâncias, ora estabelece que um imposto específico não incidirá em

determinada circunstância. De acordo com o texto constitucional,

a) É vedado aos Municípios instituir o IPTU sobre terrenos de propriedade de em-

presas públicas estaduais, cuja utilização não esteja vinculada às finalidades essen-

ciais da respectiva empresa.

b) Não incidirá o ITR sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as ex-

plore o proprietário, seu cônjuge, seus descendentes ou seus parentes colaterais,

até o terceiro grau.

c) É vedado aos Estados instituir o ICMS sobre as operações de circulação de su-

portes materiais que contenham videofonogramas musicais produzidos no Brasil,

contendo obras musicais de autores brasileiros.

d) É vedado à União instituir qualquer imposto sobre o ouro, quando definido em

lei como ativo financeiro ou instrumento cambial.

e) É vedado aos Municípios instituir o ISSQN sobre templos de qualquer culto, salvo

disposição de lei complementar em contrário.

Letra c.

a) Errada.

CF/1988, Art. 150, VI, § 2º A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

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b) Errada.

CF/1988, Art. 153, §4º, II – não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;

c) Certa.

CF/1988, Art. 150, VI, e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Bra-sil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em ge-ral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

d) Errada.

CF/1988, Art. 153, § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou ins-trumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do “caput” deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: (Vide Emenda Constitucional n. 3, de 1993)I – trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;II – setenta por cento para o Município de origem.

e) Errada.

CF/1988, Art. 150, VI – instituir impostos sobre:a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;b) templos de qualquer culto;

Questão 21 (TJ-DFT/JUIZ/CESPE/2014) Em decreto expedido pelo governador do

DF, em 8/8/2012, a data do pagamento do ICMS, inicialmente estipulada para o dia

cinco, foi antecipada para o dia primeiro do mês seguinte ao fato gerador do impos-

to. Pelo mesmo instrumento normativo, também foram alteradas a guia do recolhi-

mento do imposto, que passou a ter novos códigos, conforme o tipo de mercadoria,

e a multa de mora, que deixou de ser mensal, no percentual de 30% sobre o valor

do tributo em atraso, e passou a ser diária – 1%, limitada a 30%. Sem atentar para

tal alteração, um contribuinte recolheu, em 4/3/2013, por meio da guia antiga,

o tributo relativo a fato gerador ocorrido em fevereiro de 2013.

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Em relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) A mudança da data de recolhimento por decreto é válida, visto que não implica

majoração de tributo com alteração de alíquota e de base de cálculo.

b) A antecipação do recolhimento do tributo significa um gravame para o contri-

buinte, visto que altera o seu fluxo financeiro, e, por ter direta relação com o as-

pecto temporal do fato gerador da obrigação tributária, deveria ter sido proposta

por meio de lei, e não de decreto.

c) A mudança da data de recolhimento por decreto é válida, assim como a altera-

ção na multa, por resultar, no caso apresentado, a aplicação da penalidade mais

recente em redução de 30% para 1%, aplicando-se o art. 112 do CTN, que, em

termos de punição, determina a aplicação da norma mais favorável.

d) O recolhimento por meio da guia antiga implica o não pagamento do tributo, de

modo que o contribuinte em questão estará inadimplente até novo pagamento do

tributo, nos termos do referido decreto.

e) Por força do princípio da legalidade, são inválidas tanto a antecipação da data

do pagamento quanto a alteração de guia e da multa.

Letra a.

Enunciado grande, resposta...

Questão 22 (PGM-NITERÓI/PROCURADOR/FGV/2014) O Município X publica De-

creto elevando a alíquota da taxa para emissão de alvará de localização, prevendo

sua incidência imediata. Determinado contribuinte, já detentor de seu alvará de

localização e sem anunciar a intenção de abrir um novo estabelecimento que possa

levar à solicitação de novo alvará, impetra Mandado de Segurança para questionar

o Decreto que majorou a taxa.

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A autoridade coatora foi apontada corretamente na petição, sendo alegado violação

aos princípios da legalidade, anterioridade e nonagesimalidade/noventena.

Em defesa do Município, o argumento dotado de maior efetividade será

a) A inexistência de violação ao princípio da legalidade, inaplicável às taxas.

b) O descabimento do Mandado de Segurança, pois, inexistindo sequer iminência

da exigência fiscal, ele é dirigido contra lei em tese.

c) O descabimento de liminar no Mandado de Segurança, pois inexiste risco para o

impetrante (ausência de periculum in mora).

d) A inexistência de violação ao princípio da anterioridade, este inaplicável às taxas.

e) A inexistência de violação ao princípio da nonagesimalidade / noventena, este

inaplicável às taxas.

Letra b.

a) Errada. Perguntinha difícil.

A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços notariais e registrais possuem natureza tribu-tária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que procla-mam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade.” (ADI 1.378-MC, rel. min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-1995, Plenário, DJ de 30-5-1997.) No mesmo sentido: ADI 3.260, rel. min. Eros Grau, julgamento em 29-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007.Vide: ADI 1.926-MC, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-4-1999, Plenário, DJ de 10-9-1999.Lei 959, do Estado do Amapá, publicada no DOE de 30-12-2006, que dispõe sobre cus-tas judiciais e emolumentos de serviços notariais e de registros públicos, cujo art. 47 – impugnado – determina que a ‘lei entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2006’: procedência, em parte, para dar interpretação conforme à Constituição aos dispositivos questionado e declarar que, apesar de estar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2006, a eficácia dessa norma, em relação aos dispositivos que aumentam ou instituem novas custas e emolumentos, se iniciará somente após 90 dias da sua publicação. Custas

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e emolumentos: serventias judiciais e extrajudiciais: natureza jurídica. É da jurisprudência do Tribunal que as custas e os emolumentos judiciais ou extra-judiciais tem caráter tributário de taxa. Lei tributária: prazo nonagesimal. Uma vez que o caso trata de taxas, devem observar-se as limitações constitucionais ao poder de tributar, dentre essas, a prevista no art. 150, III, c, com a redação dada pela EC 42/2003 – prazo nonagesimal para que a lei tributária se torne eficaz. (ADI 3.694, rel. min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 20-9-2006, Plenário, DJ de 6-11-2006).

b) Certa.

Súmula n. 266 do STFNão cabe mandado de segurança contra lei em tese.

Professor, o que é lei em tese? Vou colocar um link. Algumas coisas só aprendemos

pesquisando: http://jus.com.br/forum/7928/lei-em-tese#ixzz3WIHDR28i

c) Errada. Justificativa errada.

d) Errada. Taxa não é exceção a nada.

Questão 23 (PGM-NITERÓI/PROCURADOR/FGV/2014) O Município X publica, em

26 de setembro de 2014, Decreto prevendo que, a partir de janeiro do ano sub-

sequente, a base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial

Urbana (IPTU) seria reajustada na mesma proporção da inflação do período, sendo

ademais majorada em um ponto percentual a alíquota do tributo. Determinado

contribuinte questiona o Decreto em tela, alegando que o mesmo vulnera o princí-

pio da legalidade e da anterioridade.

A alegação do contribuinte

a) Está integralmente correta.

b) Está correta em relação ao argumento da ilegalidade, mas incorreta em relação

ao argumento da anterioridade.

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c) Está correta em relação ao argumento da anterioridade, mas incorreta em rela-

ção ao argumento da ilegalidade.

d) Está correta em relação ao argumento da ilegalidade no que tange à majoração

de alíquota, mas incorreta em relação aos argumentos da anterioridade e da ilega-

lidade atinente ao reajuste da base de cálculo.

e) Está integralmente incorreta.

Letra d.

Mesmo que achemos uma resposta certa, somos obrigados a ler todas as alterna-

tivas. Não se esqueça: ler todas as alternativas. Repita em voz baixa. A letra “b”

está certa, mas a letra “d” está mais certa.

Decreto pode atualizar a base de cálculo do IPTU, desde que dentro de índices ofi-

ciais de inflação. Mas se majorar, precisa de lei. E essa majoração obedece à ante-

rioridade geral.

Questão 24 (LIQUIGÁS/ADVOGADO/CESGRANRIO/2014) Quando a Constituição

Federal estabelece que a União não pode tributar nem a renda das obrigações da

dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nem a remunera-

ção e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que

fixar para suas obrigações e para seus agentes, está sendo realizado o princípio da

a) Isonomia.

b) Capacidade.

c) Legalidade.

d) Uniformidade.

e) Proporcionalidade.

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Letra a.

Lembre-se, na prova também tem questão fácil. E pasme, também tem resposta

que é letra “a”.

Questão 25 (PREFEITURA DE RECIFE/AUDITOR/FGV/2014) Augusto José se in-

surge em face da cobrança de IPTU que recebeu, com valores majorados para o

presente exercício fiscal. Segundo alegado e provado, a lei que alterou a legislação

anterior sobre o referido imposto foi publicada, de forma parcial, no ano anterior

ao presente exercício; a tabela relativa à Planta de Valores, contudo, foi publicada

no mesmo exercício fiscal da cobrança dos novos valores. A Fazenda Municipal,

entretanto, registra que a tabela representa mero regulamento editado pelo Poder

Executivo local, não se confundindo com a lei anterior, esta regularmente publica-

da, conforme determina a Constituição.

A cobrança com base na nova tabela e a posição da Fazenda Municipal podem ser

caracterizadas como

a) Constitucionais, não havendo exigência para que o ato que fixa a Planta de Valores

seja publicado em exercício anterior, sendo materialmente de natureza administrativa.

b) Inconstitucionais, já que a cobrança no mesmo exercício fiscal fere o princípio da

anterioridade, e a argumentação da Fazenda fere o princípio da legalidade.

c) Constitucional a posição da Fazenda Municipal, sendo certo que a Planta de Va-

lores não majora o IPTU, mas sim a lei que instituiu as novas alíquotas.

d) Inconstitucionais, uma vez que há ofensa ao princípio da legalidade por parte

da cobrança e ofensa ao princípio da irretroatividade na argumentação da Fazenda.

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e) Constitucional a cobrança, já que houve a publicação da lei no exercício anterior

ao de sua vigência e a posição da Fazenda é legal, por observar a natureza jurídica

da Planta de Valores.

Letra b.

Difícil mesmo.

Aumento na base de cálculo do IPTU deve ser por lei, decide STF:

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento ao Recurso Ex-traordinário (RE) 648245, com repercussão geral reconhecida, interposto pelo Município de Belo Horizonte a fim de manter reajuste do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) instituído pela prefeitura em 2006. No recurso julgado na sessão plenária desta quinta-fei-ra (1º), o município questionava decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) que derrubou o novo valor venal dos imóveis do município por ele ter sido fixado por decreto, e não por lei.Segundo o relator do RE, ministro Gilmar Mendes, o reajuste do valor venal dos imóveis para fim de cálculo do IPTU não dispensa a edição de lei, a não ser no caso de correção monetária. Não caberia ao Executivo interferir no reajuste, e o Código Tributário Na-cional (CTN) seria claro quanto à exigência de lei. “É cediço que os municípios não po-dem majorar o tributo, só atualizar valor pela correção monetária, já que não constitui aumento de tributo e não se submete a exigência de reserva legal”, afirmou. No caso analisado, o Município de Belo Horizonte teria aumentado em 50% a base de cálculo do tributo – o valor venal do imóvel – entre 2005 e 2006.

A tabela com o reajuste da planta de valores teria que ser publicada no ano ante-

rior. E essa tabela não é mero regulamento.

Questão 26 (CGE-MA/AUDITOR/FGV/2014) A respeito das limitações constitucionais

ao poder de tributar do Sistema Tributário Nacional, analise as afirmativas a seguir.

I – Pelo princípio da legalidade somente a Constituição Federal pode criar e majorar

tributos.

II – Pelo princípio da legalidade tributária só lei em sentido estrito pode criar tribu-

to novo.

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III – A lei complementar só de forma excepcional é utilizada para criar tributos.

IV – A iniciativa da lei tributária, sempre privativa, é reflexo do princípio da legalidade.

Assinale:

a) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) Se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

d) Se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.

e) Se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.

Letra b.

O gabarito é letra “b”. Celeuma se formou sobre o item II, pois medida provisória

pode criar tributo, e MP não é lei em sentido estrito. Mas era a melhor resposta e

não vamos brigar com a banca.

Questão 27 (MPE-MA/PROMOTOR/2014) Analise as assertivas dispostas abaixo:

I – O tributo de cunho confiscatório não se define por intermédio de um percentual,

mas pelo ônus econômico que se torne insuportável para o contribuinte;

II – A dificuldade de se aferir o caráter confiscatório de um tributo encontra-se

justamente na determinação prática do que se deve entender como grau abusivo

de exigência do patrimônio do contribuinte, sendo que tal determinação deve se

processar em cada situação concreta;

III – Representa afronta ao princípio do não confisco por parte do Poder Público

Municipal, a cobrança simultânea dos valores de Imposto Predial Territorial Urbano

devidos por proprietário de imóvel dos últimos cinco anos e que não foram pagos

na oportunidade própria;

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IV – O princípio tributário do não confisco é uma decorrência da premissa consti-

tucional que assegura aos cidadãos o direito de propriedade, desde que essa de-

sempenhe a sua função social. Portanto, constitui uma afronta a esse princípio o

estabelecimento por lei de alíquota do Imposto Territorial Rural em 20% (vinte por

cento) para as chamadas terras absolutamente improdutivas.

a) Apenas a I e II estão corretas;

b) Apenas a I, II e IV estão corretas;

c) Todas estão corretas;

d) Apenas a II e III estão corretas;

e) Apenas II, III e IV estão corretas.

Letra a.

I – Certo. Dez por cento sobre quem ganha um salário mínimo é muito, mas 10%

sobre quem ganha 100 salários é suportável.

II – Certo. Cada situação concreta é que decidirá se há situação confiscatória.

III – Errado. Se o contribuinte não pagou na época certa, não é culpa da adminis-

tração, e sim culpa dele, contribuinte.

IV – Errado. O objetivo é realmente que não haja terras improdutivas, assim sen-

do, esse ITR não seria uma afronta ao princípio do não confisco.

Questão 28 (TJ-MG/NOTARIAL/CONSULPLAN/2016) A Constituição Federal esta-

belece regras de competência tributária. São características da competência tribu-

tária, EXCETO:

a) Exclusividade.

b) Indelegabilidade.

c) Cadubilidade.

d) Inalterabilidade.

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Letra c.

Questão meio diferente, por isso a coloquei.

Privatividade: competência tributária é privativa, no sentido de exclusiva. A Cons-

tituição Federal, ao fazer a divisão das competências, atribui alguns tributos para a

União, alguns para os estados e alguns para os municípios. Ao fazer essa divisão,

a Constituição a faz de maneira inflexível, de maneira definitiva, com exclusividade.

Somente o ente que recebe a competência tributária pode exercê-la. A atribuição

de competência para um dos entes implica automática incompetência dos demais.

Indelegável: de certa forma, consequência da primeira. Significa a impossibilidade

de o ente competente autorizar outro a exercer sua competência. A competência atri-

buída pela CF/1988 somente pode ser exercitada pelo ente originariamente definido.

Inalterável: competência tributária é de trato exclusivo da Constituição. Já que

somente a Constituição pode regular matéria de competência tributária, estabele-

cendo a distribuição de competência, não há de se falar na possibilidade de a lei do

ente competente alterar as regras de competência. Como é exclusiva e indelegável,

então a lei do ente competente não pode tratar de competência. Portanto, nesse

sentido, é inalterável.

Incaducável: por esse atributo, se afastam os efeitos da decadência, ou seja,

a perda de um direito por seu não exercício por determinado lapso. Em outras pala-

vras, o não exercício da competência, por qualquer prazo, não implicará sua perda.

Podem se passar 20, 30, 50 anos. Mesmo que o ente tributante não exerça a com-

petência, no momento em que achar conveniente, poderá exercê-la. Vale lembrar

como exemplo de competência ainda não exercida a previsão constitucional para a

instituição de impostos sobre grandes fortunas (art. 153, VII, CF/1988).

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Exercício facultativo: o ente tributante exerce a competência tributária somente

se desejar, caso tenha interesse político nisso. Não há como obrigar o ente tributan-

te a editar lei, criando tributo (basta lembrar do imposto sobre grandes fortunas).

Questão 29 (PGE-PI/PROCURADOR/CESPE/2014) A respeito das competências

tributárias, assinale a opção correta.

a) Por ser tributo vinculado, a contribuição de melhoria somente pode ser exigida

quando realizada obra pública que proporcione a valorização de imóvel de proprieda-

de do contribuinte, estando sua cobrança limitada pelo valor global da obra pública

e, concomitantemente, pelo valor do benefício econômico auferido pelo contribuinte.

b) As contribuições sociais gerais são fundadas na CF e, diferentemente das con-

tribuições sociais de financiamento da seguridade social, devem ser instituídas por

meio de leis complementares.

c) As taxas de serviço podem ser exigidas em virtude da mera disponibilidade do

serviço público específico e divisível e, no caso de serviços de natureza compul-

sória, a sua cobrança independe da efetiva prestação da atividade pelo Estado

ao contribuinte.

d) A denominação do tributo, assim como a destinação do produto da sua arreca-

dação, é irrelevante para a identificação da espécie tributária e do regime jurídico

a ela aplicável.

e) São pressupostos dos empréstimos compulsórios a ocorrência de calamidade

pública, guerra, investimento público urgente e de relevante interesse nacional,

e uma conjuntura econômica que exija a absorção temporária de poder aquisitivo,

exigindo-se, em todos os casos, aprovação por lei complementar.

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Letra a.

À primeira vista, parece tudo correto, esse é o problema.

a) Certa.

CTN, Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Dis-trito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

b) Errada.

CF/1988, Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.Art. 154. A União poderá instituir:I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos dis-criminados nesta Constituição;

c) Errada.

CTN, Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:I – utilizados pelo contribuinte:b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua dispo-sição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;

d) Errada.

CTN, Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.

e) Errada. Absorção temporária do poder aquisitivo não foi recepcionada pela

CF/1988.

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Questão 30 (AL-BA/AUDITOR/FGV/2014) Com referência à competência tributá-

ria, assinale a afirmativa correta.

a) Limita-se à esfera legislativa e é plena para todos os entes políticos.

b) É plena nas esferas legislativa, administrativa e de julgar para todos os entes

políticos.

c) À União cabe a competência tributária plena, sendo limitada para Estados e

Municípios.

d) No caso da União, está restrita à possibilidade de editar normas gerais de direito

tributário.

e) Aos Estados e Municípios cabe a competência plena na esfera legislativa.

Letra c.

O que tem de questão esquisita nesse mundo não é fácil. O gabarito foi letra “c”,

isso mesmo. Muita calma na hora de resolver um troço estranho, kkkk.

Questão 31 (TJ-MG/NOTARIAL/CONSULPLAN/2018) Sobre as imunidades tributá-

rias, é correto afirmar que:

a) As imunidades do art. 150, VI, da Constituição Federal, negam a competência

para a instituição de impostos, taxas e contribuições.

b) O § 5º do art. 184 da Constituição (“são isentas de impostos federais, estaduais

e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de

reforma agrária”) concede isenção, não imunidade.

c) A imunidade prevista no art. 150, VI, alínea c, da Constituição Federal, aplica-se

aos bens imóveis, mesmo que temporariamente ociosos, de propriedade das ins-

tituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos que atendam aos

requisitos legais.

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d) A imunidade prevista no art. 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal,

a impedir a instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das entida-

des sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,

sem fins lucrativos, beneficia o contribuinte de fato, não alcançando o de direito.

Letra c.

Recurso extraordinário. Repercussão geral. 2. Imunidade tributária. Instituições de edu-cação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. 3. IPTU. Lote vago. Não incidência. 4. A imunidade tributária, prevista no art. 150, VI, c, da CF/88, aplica-se aos bens imóveis, temporariamente ociosos, de propriedade das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos que atendam os requisitos legais. Precedentes. 5. Recurso não provido. Reafirmação de jurisprudência. (RE 767332 RG, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, julgado em 31/10/2013, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO DJe-230 DIVULG 21-11-2013 PUBLIC 22-11-2013).

Questão 32 (PGE-SE/PROCURADOR/CESPE/2017) A principal distinção entre imu-

nidade tributária e isenção tributária é que

a) As imunidades estão expressamente previstas na CF e nas leis; e as isenções se

referem a fatos não abrangidos pela hipótese de incidência.

b) As imunidades estão previstas na CF; e as isenções, no texto infraconstitucional.

c) As isenções estão previstas na CF; e as imunidades, no texto infraconstitucional.

d) As imunidades se referem ao aspecto subjetivo do contribuinte; e as isenções,

ao elemento objetivo do fato gerador.

e) As isenções se referem ao aspecto subjetivo do contribuinte; e as imunidades,

ao elemento objetivo do fato gerador.

Letra b.

Acertando tudo!

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Questão 33 (PREFEITURA DE CRICIÚMA/FISCAL/FEPESE/2017) A respeito das li-

mitações do poder de tributar, assinale a alternativa correta.

a) É permitido à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados,

do Distrito Federal ou dos Municípios.

b) De acordo com o princípio da legalidade, aos entes federativos é vedado exigir

ou aumentar tributo sem lei ou decreto que o estabeleça.

c) A imunidade recíproca é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos servi-

ços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

d) Com base no princípio da noventena, é proibido cobrar tributos em relação

a fatos geradores ocorridos antes da publicação da lei que os houver instituído

ou aumentado.

e) A imunidade tributária aplica-se ao patrimônio, à renda ou aos serviços dos

partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais patronais, das

instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos.

Letra c.

O gabarito é a letra “c”, mas quero que você saiba isto, em relação à letra “a”:

EMENTA: A cláusula de vedação inscrita no art. 151, inciso III, da Constituição – que proíbe a concessão de isenções tributárias heterônomas – é imponível ao Estado Federal brasileiro (vale dizer, à República Federativa do Brasil), incidindo, unicamente, no plano das relações institucionais domésticas que se estabelecem entre as pessoas políticas de direito público interno. Doutrina. Precedentes. – Nada impede, portanto, que o Estado Federal brasileiro celebre tratados internacionais que veiculem cláusulas de exoneração tributária em matéria de tributos locais (como o ISS, p. ex.), pois a República Fede-rativa do Brasil, ao exercer o seu treaty-making power, estará praticando ato legítimo que se inclui na esfera de suas prerrogativas como pessoa jurídica de direito interna-cional público, que detém – em face das unidades meramente federadas – o monopólio da soberania e da personalidade internacional. – Considerações em torno da natureza

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político-jurídica do Estado Federal. Complexidade estrutural do modelo federativo. Co-existência, nele, de comunidades jurídicas parciais rigorosamente parificadas e coorde-nadas entre si, porém subordinadas, constitucionalmente, a uma ordem jurídica total. Doutrina. (RE 543943 AGR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 30/11/2010).

Questão 34 (TJ-SP/JUIZ/VUNESP/2018) Com relação à competência tributária e

aos princípios e limitações constitucionais ao poder de tributar, é correto afirmar:

a) A Constituição prevê a progressividade não só para o Imposto de Renda mas

também para o Imposto Territorial Rural e para o Imposto sobre a Propriedade

Territorial Urbana, e, com relação a estes, acrescentou previsão de confisco na hi-

pótese de não cumprimento da função social da propriedade.

b) O Supremo Tribunal Federal tem adotado entendimento no sentido de que, em-

bora o confisco seja conceito jurídico indeterminado, o princípio da vedação do con-

fisco deve ser utilizado para limitar o percentual de multa imposta ao contribuinte.

c) A competência tributária, nela compreendidas a competência legislativa para

instituir e majorar tributos e a competência para fiscalizá-los e arrecadá-los, é in-

delegável, não recebidas pela atual Constituição as normas que dispunham em

sentido contrário.

d) O princípio da anterioridade, tal como previsto no texto constitucional vigente,

impede que qualquer imposto seja cobrado no mesmo exercício em que haja sido

publicada a lei que o instituiu ou aumentou e antes de decorridos noventa dias da

data daquela publicação.

Letra b.

Fazer o quê?

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO. APLICABILIDADE ÀS MULTAS TRIBUTÁRIAS. INOVAÇÃO DE MATÉRIA EM AGRAVO REGIMENTAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – A vedação à

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utilização de tributos com efeito de confisco (art. 150, IV, da Constituição) deve ser observada pelo Estado tanto na instituição de tributos quanto na imposição das multas tributárias. […]. (RE 632315 AGR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 14/08/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-181 DIVULG 13-09-2012 PUBLIC 14-09-2012).AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. MULTA PUNITIVA. VEDAÇÃO DE TRIBUTAÇÃO CONFISCATÓRIA. ART. 3º DA LEI 8.846/94. ADI 1.075-MC/DF. EFICÁCIA ERGA OMNES DA MEDIDA CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTI-TUCIONALIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – É aplicável a proibição constitucional do confisco em matéria tributária, ainda que se trate de multa fiscal resultante do inadim-plemento pelo contribuinte de suas obrigações tributárias. Precedentes. […](AI 482281 AGR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 30/06/2009, DJe-157 DIVULG 20-08-2009 PUBLIC 21-08-2009 EMENT VOL-02370-07 PP-01390 LEXSTF v. 31, n. 368, 2009, p. 127-130).PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. MULTA. VEDAÇÃO DO EFEITO DE CONFISCO. APLICABILIDADE. RAZÕES RECURSAIS PELA MA-NUTENÇÃO DA MULTA. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO PRECISA DE PECULIARIDADE DA INFRAÇÃO A JUSTIFICAR A GRAVIDADE DA PUNIÇÃO. DECISÃO MANTIDA. 1. Conforme orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal, o princípio da vedação ao efeito de confisco aplica-se às multas. 2. Esta Corte já teve a oportunidade de considerar multas de 20% a 30% do valor do débito como adequadas à luz do princípio da vedação do con-fisco. Caso em que o Tribunal de origem reduziu a multa de 60% para 30%. […] Agravo regimental ao qual se nega provimento.(RE 523471 AGR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 06/04/2010, DJe-071 DIVULG 22-04-2010 PUBLIC 23-04-2010 EMENT VOL-02398-05 PP-00915 LEXSTF v. 32, n. 377, 2010, p. 203-209).

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