prefeitura da cidade do rio de janeiro - apo - … · 2015-04-28 · reaterro manual de vala...

111
COMPLEXO OLÍMPICO DE DEODORO ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E ESCOPO DE SERVIÇOS PARA CONSTRUÇÃO DO COMPLEXO ESPORTIVO DE DEODORO (ÁREA SUL) DAS DIVERSAS INSTALAÇÕES, COM VISTAS À REALIZAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS E PARAOLÍMPICOS RIO 2016, COM OPERAÇÃO, DESMONTAGEM E POSTERIOR ADAPTAÇÃO PARA O LEGADO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. INSTALAÇÕES ESPORTIVAS DE DEODORO AREA SUL TERMO DE REFERÊNCIA MEMORIAL DESCRITIVO PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos Empresa Municipal de Urbanização - RIOURBE

Upload: nguyenliem

Post on 17-Jun-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

COMPLEXO OLÍMPICO DE DEODORO

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E ESCOPO DE SERVIÇOS PARA

CONSTRUÇÃO DO COMPLEXO ESPORTIVO DE DEODORO (ÁREA SUL) DAS

DIVERSAS INSTALAÇÕES, COM VISTAS À REALIZAÇÃO DOS JOGOS OLÍMPICOS E

PARAOLÍMPICOS RIO 2016, COM OPERAÇÃO, DESMONTAGEM E POSTERIOR

ADAPTAÇÃO PARA O LEGADO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.

INSTALAÇÕES ESPORTIVAS DE DEODORO

AREA SUL

TERMO DE REFERÊNCIA MEMORIAL DESCRITIVO

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos

Empresa Municipal de Urbanização - RIOURBE

2

SUMÁRIO

1. OBJETIVO ................................................................................................................................. 7

2. GLOSSARIO .............................................................................................................................. 8

3. TERMOS E DEFINIÇÕES ........................................................................................................... 10

4. NORMAS E DIRETRIZES ........................................................................................................... 12

5. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA: ................................................................. 14

6. GENERALIDADES .................................................................................................................... 15

6.1. REQUERIMENTOS OLÍMPICOS ............................................................................................................... 15

6.2. MARCAS DE REFERÊNCIA....................................................................................................................... 15

6.3. DISCREPÂNCIA, PRIORIDADES E INTERPRETAÇÕES ............................................................................... 15

7. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 16

7.1. LOCALIZAÇÃO ........................................................................................................................................ 16

7.2. ESTRUTURA VIÁRIA DE ACESSIBILIDADE ............................................................................................... 17

7.3. INSTALAÇÕES ESPORTIVAS DE DEODORO E CONTRATAÇÕES .............................................................. 18

8. ESCOPO DE SERVIÇOS ............................................................................................................. 20

8.1. MODO JOGOS E PÓS-JOGOS .................................................................................................................. 20

8.1.1. ZONA C............................................................................................................................................... 22

9. ZONAC ................................................................................................................................... 23

9.1. CENTRO NACIONAL DE HIPISMO ........................................................................................................... 23

9.1. ARQUITETURA ................................................................................................................................... 24

10. INSTALAÇÕES TEMPORÁRIAS ................................................................................................. 27

10.2. TABELA COM RESUMO GERAL DAS ARQUIBANCADAS TEMPORÁRIAS ...................................... 27

10.2. SISTEMA MODULAR DE ARQUIBANCADAS ............................................................................... 27

11. APRESENTAÇÃO DAS PARTES ................................................................................................. 29

12. PRAZOS E MARCOS DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS: ................................................................. 29

13. REQUISITOS DE PLANEJAMENTO: ........................................................................................... 29

14. REQUISITOS DE PLANEJAMENTO: ........................................................................................... 30

14.1. OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA. ....................................................................................................... 30

14.2. DESPESAS LEGAIS............................................................................................................................... 31

14.3. LICENÇA AMBIENTAL ......................................................................................................................... 32

14.4. COMUNICAÇÃO PRÉVIA .................................................................................................................... 32

14.5. LISTA DE DECUMENTAÇÃO PARA REGULARIZAÇÃO DA OBRA .......................................................... 32

15. SUSTENTABILIDADE: .............................................................................................................. 33

15.1. DIRETRIZES DE CONSTRUÇÃO ........................................................................................................... 33

15.1.1. Planejamento da obra visando controle de poluição do canteiro ................................................ 33

3

16. ACESSIBILIDADE: .................................................................................................................... 38

16.1. RECOMENDAÇÕES CONCEITUAIS ...................................................................................................... 38

17. SEGURANÇA DA OBRA: .......................................................................................................... 40

17.1. SEGURANÇA DO TRABALHO: ............................................................................................................. 40

17.1.1. PLANO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL ................................................. 41

17.1.2. ACOMPANHAMENTO DA SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................................. 42

17.1.3. REQUISITOS LEGAIS E AUDITORIAIS .............................................................................................. 42

17.1.4. TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL . 43

17.1.5. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL .................................................................................. 44

17.1.6. MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS, MÁQUINAS E FERRAMENTAS ............. 45

17.1.7. TRABALHO COM FONTES RADIOATIVAS ....................................................................................... 48

17.1.8. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÕES ............................................................................... 48

17.1.9. SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS, COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS ......................................................... 49

17.1.10. TRABALHO A QUENTE ............................................................................................................... 49

17.1.11. APARELHO DE MEDIÇÃO DE GASES E TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO ............................ 50

17.1.12. SISTEMA DE PROTEÇÃO E DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ........................................................... 50

17.1.13. RESTRIÇÃO AO FUMO, ÁLCOOL E DROGAS ............................................................................... 51

17.1.14. Ordem, arrumação e limpeza .................................................................................................... 51

17.1.15. Atividades em horário extraordinário ....................................................................................... 52

17.1.16. Comunicação ............................................................................................................................. 53

17.1.17. Plano de emergência ................................................................................................................. 53

17.2. SEGURANÇA DO TRABALHO: ............................................................................................................. 54

17.2.1. Diretrizes específicas ..................................................................................................................... 55

17.2.2. Responsabilidades das empresas de segurança privada subcontratadas pelas construtoras ...... 55

17.2.3. Controle de acesso e registros a serem observados nos canteiros de obras, por parte das

empresas de segurança privada .................................................................................................................... 56

17.2.4. Recursos humanos – contratação de mão de obra ....................................................................... 58

17.2.5. Dos órgãos de FISCALIZAÇÃO, monitoramento e controle ........................................................... 58

17.2.6. Plano de emergência ..................................................................................................................... 58

17.3. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA: .................................................................................................................. 59

18. REQUESITOS AMBIENTAIS: ..................................................................................................... 59

19. FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS: .......................................... 60

20. FORNECIMENTO DOS MATERIAIS: .......................................................................................... 60

21. TESTE E COMISSIONAMENTO: ................................................................................................ 61

22. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO: ........................................................................................................ 62

4

22.1. ITENS CONVENCIONAIS: .................................................................................................................... 62

22.2. ITENS DE RELEVÂNCIA CONTRATUAL: ............................................................................................... 62

22.3. ETAPAS DE MEDIÇÃO: ....................................................................................................................... 63

22.3.1. Estrutura metálica nº. xxxxxx ........................................................................................................ 63

22.3.2. Sistema de ar condicionado central .............................................................................................. 63

22.3.1. Areia especial para pista de treinamento de hipismo ................................................................... 63

23. ACOMPANHAMENTO DE PROJETO E CADASTRO: .................................................................... 63

24. FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS: .......................................... 64

25. ADMINISTRAÇÃO DA OBRA: ................................................................................................... 64

26. CANTEIRO DE OBRAS E INFRAESTUTURA PARA FISCALIZAÇÃO: ................................................ 65

27. FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS: .......................................... 68

28. LOCAÇÃO DA OBRA: ............................................................................................................... 69

29. ENSAIOS: ............................................................................................................................... 69

29.1. ENSAIO DE SOLO: ............................................................................................................................... 69

29.2. ENSAIO DE FUNDAÇÃO: ..................................................................................................................... 70

29.3. ENSAIO DE CONCRETO ARMADO: ..................................................................................................... 70

29.4. ENSAIO DE PAVIMENTAÇÃO: ............................................................................................................ 71

29.5. ENSAIOS DE ESTRUTURA METÁLICA: ................................................................................................ 72

29.5.1. ENSAIO DE SOLDA.......................................................................................................................... 72

29.5.2. ENSAIO DE PARAFUSO ................................................................................................................... 72

29.5.3. ENSAIO DE AÇO ............................................................................................................................. 72

29.5.4. ENSAIO DE BLOCOS DE CONCRETO ............................................................................................... 72

29.5.5. ENSAIO DE PLACAS DE CONCRETO ................................................................................................ 72

29.5.6. ENSAIO DE CARGO DINÂMICA:...................................................................................................... 72

29.5.7. ENSAIOS DE REVESTIMENTO CERÂMICOS..................................................................................... 72

29.5.8. ENSAIOS DE REVESTIMENTO CERÂMICOS..................................................................................... 72

30. METODOLOGIAS EXECUTIVAS:................................................................................................ 73

30.1. MOVIMENTAÇÃO DE TERRA: ............................................................................................................. 73

30.2. ESCAVAÇÃO MANUAL: ...................................................................................................................... 74

30.3. REATERRO MANUAL DE VALA APIOLADO: ........................................................................................ 74

30.4. TERRA ADUBADA: .............................................................................................................................. 74

30.5. ATERRO: ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO MECÂNICOS: ............................................................. 75

30.5.1. Espalhamento: ............................................................................................................................... 75

30.5.2. Compactação: ................................................................................................................................ 75

30.6. LASTRO DE CONCRETO (CAMADA IMPERMEABILIZADORA): ............................................................ 75

5

30.6.1. PREPARAÇÃO DO SUBLEITO: ......................................................................................................... 75

30.6.2. LASTRO: ......................................................................................................................................... 75

30.7. FORMA: ............................................................................................................................................. 75

30.7.1. MATERIAIS: .................................................................................................................................... 76

30.7.2. ARMAZENAMENTO DAS FORMAS: ................................................................................................ 78

30.7.3. REMOÇÃO E LIMPEZA DAS FORMAS (DESFORMA): ...................................................................... 78

30.8. AÇO PARA CONCRETO ARMADO: ...................................................................................................... 78

30.8.1. VERGALHÕES: ................................................................................................................................ 78

30.8.2. ARAME e TELA SOLDADA: ............................................................................................................. 79

30.9. CONCRETO: ........................................................................................................................................ 81

30.9.1. Materiais de composição do concreto .......................................................................................... 81

30.9.2. Dosagem de concreto:................................................................................................................... 82

30.9.3. Execução: ....................................................................................................................................... 83

30.9.4. Transporte de concreto: ................................................................................................................ 85

30.9.5. Equipamentos:............................................................................................................................... 85

30.9.6. Lançamento: .................................................................................................................................. 85

30.9.7. Adensamento: ............................................................................................................................... 86

30.9.8. Juntas de concretagem: ................................................................................................................ 87

30.9.9. Cura do concreto: .......................................................................................................................... 87

30.9.10. Inspeção do concreto: ............................................................................................................... 88

30.10. ESTRUTURAS: ..................................................................................................................................... 89

30.10.1. ESTRUTURA DAS FUNDAÇÕES: .................................................................................................. 89

30.10.2. ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO: ................................................................................... 90

30.10.3. ESTRUTURAS METÁLICAS: ......................................................................................................... 90

30.11. PAVIMENTAÇÃO: ............................................................................................................................... 91

30.11.1. PAVIMENTO FLEXÍVEIS E SEMI-RÍGIDOS: .................................................................................. 92

30.11.2. PAVIMENTOS RÍGIDOS: ............................................................................................................. 93

30.12. PAISAGISMO E URBANISMO: ............................................................................................................. 94

30.13. INSTALAÇÃO DE ESGOTO: ................................................................................................................. 95

30.14. INSTALAÇÃO DE GÁS: ........................................................................................................................ 95

30.15. INSTALAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS (DRENAGEM): ............................................................................. 95

30.16. INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS: ................................................................................................... 96

30.17. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: .................................................................................................................. 97

30.17.1. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM MÉDIA TENSÃO: ...................................................... 97

30.17.2. SUBSTAÇÕES INDIVIDUAIS: ....................................................................................................... 98

6

30.17.3. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM MÉDIA TENSÃO: ...................................................... 98

30.17.4. GERADORES: .............................................................................................................................. 98

30.17.5. ILUMINAÇÃO E LUMINOTÉCNICA: ............................................................................................. 98

30.18. ARGAMASSAS: ................................................................................................................................... 99

30.18.1. COLOCAÇÃO E ADERÊNCIA: ....................................................................................................... 99

30.19. ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO - VEDAÇÃO: ....................................................................... 100

30.20. CHAPISCO EM PAREDE COM ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA: ................................................. 101

30.21. REBOCO COMUM: ........................................................................................................................... 101

30.21.1. APLICAÇÃO EM ELEMENTOS DE ALVENARIA: ......................................................................... 102

30.21.2. APLICAÇÃO EM ELEMENTOS DE CONCRETO: .......................................................................... 102

30.22. PINTURAS: ....................................................................................................................................... 102

30.23. IMPERMEABILIZAÇÕES: ................................................................................................................... 103

30.24. REVESTIMENTOS DE PISOS: ............................................................................................................. 103

30.24.1. PISO EM PORCELANATO: ......................................................................................................... 103

30.24.2. PISO EMBORRACHADO: ........................................................................................................... 103

30.24.3. PISO GRANILITE: ...................................................................................................................... 103

30.24.4. PISO PODOTÁTIL: ..................................................................................................................... 104

30.24.5. PISO ELEVADO: ........................................................................................................................ 104

30.24.6. PISO MICRO-CIMENTO: ........................................................................................................... 104

31. TRANSPORTE: ...................................................................................................................... 105

32. EQUIPAMENTOS: ................................................................................................................. 105

32.1. RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS: ........................................................................................................ 105

33. SERVIÇOS COMPLEMENTARES: ............................................................................................. 107

33.1. REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO: .......................................................................................... 107

33.2. DEMOLIÇÕES ................................................................................................................................... 107

34. SISTEMAS: ........................................................................................................................... 108

34.1. AR CONDICIONADO E EXAUSTÃO MECÂNICA (CLIMATIZAÇÃO): .................................................... 108

34.2. ATIVOS DE REDE E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: ...................................................................... 108

34.3. ÁUDIO E VIDEO: ............................................................................................................................... 108

34.4. AUTOMAÇÃO E MONITORAMENTO: ............................................................................................... 108

34.5. DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIOS.............................................................................................. 108

34.6. ATERRAMENTO E PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ............................................. 108

35. CONSULTORIA: .................................................................................................................... 109

36. OPERAÇÃO: ......................................................................................................................... 110

37. RELAÇÃO DE ANEXOS: .......................................................................................................... 111

7

1. OBJETIVO

O presente documento tem por finalidade apresentar o conjunto de informações técnicas para compor o Edital de Licitação

da Concorrência n°01/2014, processo nº 06/500.155/2014, para execução das Obras do Complexo Esportivo de Deodoro –

Área Norte para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 e Legado da Cidade do Rio de Janeiro.

A construção do Complexo Esportivo de Deodoro receberá as competições de Ciclismo Mountain Bike e BMX, Canoagem

Slalom, Tiro Esportivo, Pentatlo Moderno, Rugby, Hóquei sobre Grama, Esgrima, Basquete e Hipismo, nos Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

A área total de intervenção do Complexo Esportivo de Deodoro é de 2.478.174,20 m², sendo1.578.001,81 m²

correspondente a Área Norte.

8

2. GLOSSARIO Critério de numeração e nomenclatura de documentos técnicos, elementos gráficos e arquivos.

Codificação sequencial:

DESCRIÇÃO CÓDIGO

[1] CÓDIGO

[2] CÓDIGO

[3] CÓDIGO

[4] CÓDIGO

[5] CÓDIGO

[6] Organização Consórcio Vigliecca Marobal 004 Objeto / Venue

Centro Aquático de Pentatlo Moderno AQU 00

Arena de Deodoro ARN 00

Bacia Marangá BCM 00

Centro Olímpico de BMX BMX 00

Domínio Comum Pentatlo DCP 00

Domínio Comum do Parque Radical DCR 00

Instalações Esportivas de Deodoro - Geral DEO 00

Instalações Esportivas de Deodoro - ÁREA NORTE DEO 01

Estádio Olímpico de Canoagem Slalom ECS 00

Centro Olímpico de Hóquei HOQ 00

Campo 1 HOQ 01

Campo 2 HOQ 02

Vestiários HOQ 03

Parque Olímpico de Mountain Bike MBK 00

Arena de Rugby e Pentatlo Moderno RPM 00

Centro Nacional de Tiro Esportivo TIR 00 Fases / Serviços* Projeto Básico Jogos BJ *

Projeto Básico Legado BL * Disciplinas

Acessibilidade AB

Ar Condicionado e Exaustão Mecânica AC

Análise de Fluxo de Multidões AM

Águas Pluviais AP

Urbanismo UB

Arquitetura AQ

Ativos de Rede e TI AR

Acústica AS

Áudio e Vídeo AV

Combate à Incêndio CI

Comunicação Visual CV

Drenagem DR

Instalações Elétricas EL

Estrutura ET

Fundação FU

Geométrico GE

Instalações Hidráulicas HD

Instalações de Gás IG

Irrigação IR

Coleta e Remoção de Lixo LI

Iluminação e Luminotécnica LU

Paisagismo e Landscaping PA

Pavimentação Externa PE

Sondagem SD

Proteção contra Descargas Atmosféricas SP

Terraplanagem TL

Topografia TO Tipos de Documento

Desenho Técnico DE

Caderno de Especificação Técnica ET

Lista de Documentos LD

Memória de Cálculo MC

Memorial Descritivo MD

Modelo 3D e Perspectivas MP

Relatório Técnico RT

* Ver nota sobre ‘Projeto Básico Jogos’ e ‘Projeto Básico Legado’ no capítulo Generalidades

Todos os documentos são identificados por um código alfanumérico através de um conjunto de 18 (dezoito) dígitos de

acordo com o modelo abaixo seguindo a codificação apresentada na pagina anterior:

9

DCR 00 BJ AQ DE 0001 R00 (modelo)

SETOR SUBSETOR FASE DISCIPLINA TIPO NUMERAÇÂO SEQUENC. REV

Todos os arquivos digitais são identificados por um código alfanumérico através de um conjunto de 18 (dezoito) dígitos,

exatamente iguais a identificação do documento, sendo acrescido de mais 3 (três) dígitos no início, que identificam a

responsabilidade ou organização do material apresentado.

Todos os arquivos digitais se encontram na versão em PDF.

004 DCR 00 BJ AQ DE 0001 R00. pdf (modelo)

ORGANIZAÇÃO SETOR SUBSETOR FASE DISCIPLINA TIPO NUMERAÇÂO SEQUENC. REV

A numeração sequencial das pranchas e demais documentos é baseada na seguinte sequência numérica:

0000 a 0099 IMPLANTAÇÃO

0100 a 0199 PLANTAS

0200 a 0299 CORTES

0300 a 0399 ELEVAÇÕES

0400 a 0499 AMPLIAÇÕES

0500 a 0599 DETALHES

0600 a 0699 CAIXILHOS

0700 a 0799 FORROS

0800 a 0899 ESQUEMAS

0900 a 0999 PERSPECTIVAS

1000 a 1100 ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS

10

3. TERMOS E DEFINIÇÕES

Neste capítulo são apresentados as principais abreviações, definições e termos, utilizados neste documento.

3.1. Principais Agentes

GERJ: Governo do Estado do Rio de Janeiro

PCRJ: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

EOM: Empresa Olímpica Municipal

RiO-URBE: Empresa Municipal de Urbanização

SMO: Secretaria Municipal de Obras;

SMU: Secretaria Municipal de Urbanismo;

SMAC: Secretaria Municipal de Meio Ambiente;

COMLURB: Companhia Municipal de Limpeza Urbana;

EB: Exército Brasileiro

ME: Ministério do Esporte

CBMERJ: Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro;

RioLuz: Companhia Municipal de Energia e Iluminação

Light: Empresa de Distribuição de Energia

CEDAE: Companhia Estadual e Águas e Esgoto

RioAguás: Fundação Instituto das Águas do Rio de Janeiro

RioFoz5: Empresa responsável pelo serviço de esgoto da Zona Oeste do Rio de Janeiro

COI: Comitê Olímpico Internacional;

COB: Comitê Olímpico Brasileiro

IPC: International Paralympic Committee (Comitê Paraolímpico Internacional);

Rio 2016: Comitê organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016

FIs: Federações Esportivas Internacionais

FEI: Fédération Equestre Internationale (Federação Internacional de Hipismo)

OF: Olympic Family (Família Olímpica)

3.2. Normatizações e Licenças

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas;

LMI: Licença Municipal de Instalação;

LMO: Licença Municipal de Operação;

PCR: Pessoas em Cadeiras de Rodas;

PMR: Pessoas com Mobilidade Reduzida;

PNE: Pessoas com Necessidades Especiais;

PO: Pessoas Obesas;

CCTV: Closed Circuit Television (Circuito Fechado de TV)

11

3.3. Termos Usados nos Jogos Olímpicos

FOH: Front of House (Área Externa Operacional - área de acesso público);

BOH: Back of House (Área Externa Operacional - área de acesso restrito / serviços);

FOP: Field of Play (Área de Competição);

OBS: Olympics Broadcast Service (Serviço de Transmissão por Televisão e Rádio)

MODO JOGOS: Termo utilizado para designar todas as ações de projeto previstas para o perfeito atendimento aos

requisitos funcionais e técnicos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016;

MODO PÓS-JOGOS: Período de desmontagem e adaptações dos equipamentos para a configuração definitiva das

instalações para legado da cidade do Rio de Janeiro;

MODO LEGADO: Configuração definitiva das instalações para legado da cidade do Rio de Janeiro;

OBRAS PERMANENTES: Ações de infraestruturas e arquiteturas executadas em caráter permanente para legado da

cidade do Rio de Janeiro;

OBRAS TEMPORÁRIAS: Ações de infraestruturas e arquiteturas executadas em caráter temporário, com o objetivo de

viabilizar as operações dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016;

OVERLAY: Adaptação temporária de construções, permanentes ou temporárias, de apoio às operações durante os jogos.

DOMÍNIO COMUM: Espaço entre as instalações que os espectadores poderão circular;

LOOK OF THE GAME: Identidade Visual dos Jogos

FAMÍLIA OLÍMPICA: Grupo que inclui atletas olímpicos, Comitê Olímpico Internacional, Comitê organizador dos Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos, Comitê Olímpico Nacional e Federações Esportivas Internacionais.

VENUE: Local que abrange determinada modalidade esportiva

BLUE ZONE: Área reservada para atletas e Federações;

LIVE SITE: Praça dos Espectadores;

WORKFORCE: Força de Trabalho composta por pessoal de apoio.

12

4. NORMAS E DIRETRIZES

Para a execução das obras e serviços do Complexo Esportivo de Deodoro, deverão ser cumpridas todas as normas,

especificações e métodos aprovados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sempre nas versões mais

atualizadas independente das referências destacadas neste Memorial, aplicáveis ao objeto do Contrato.

Caberá a CONTRATADA atender, no que lhe couber, e prover dos meios à disposição da FISCALIZAÇÃO, necessários a

permitir o atendimento à Portaria nº 84, de 24 de abril de 2013, que aprova o Manual de Instruções para Aprovação e

Execução dos Programas e Ações do Ministério do Esporte, visando à implantação de infraestruturas necessárias à

realização dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016.

Além das especificações contidas no Manual acima citado deverão ser observados e cumpridos ainda, as diretrizes

constantes do RGCAF (Regulamento Geral do Código de Administração Financeira e Contabilidade Pública do Município

do Rio de Janeiro), a Lei 8.666/93, a Legislação Municipal, Estadual e Federal quando couber, sendo qualquer infração ao

disposto nessas leis e regulamentos passíveis das penalidades previstas.

Os serviços serão executados em estrita e total observância às indicações constantes nos parâmetros mínimos definidos

no Projeto Básico e deverá estar de acordo com as normas e procedimentos das seguintes organizações:

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (Site: http://www.abnt.org.br)

COI - Comitê Olímpico Internacional (Site: http://www.olympic.org/uk/organisation/ioc/index-uk.asp)

COB - Comitê Olímpico Brasileiro (Site: http://www.cob.org.br)

IPC - International Paralimpic Comitee (Site: http://www.paralympic.org/)

OBS - Olympic Broadcasting Service (Site: www.obs.es)

ME - Ministério do Esporte (Site: http://www.esporte.gov.br/)

Rio 2016 (Site: http://www.rio2016.org/)

Referência de Normas

Referência de Normas

ABNT - NBR 5.413: Iluminância de interiores.

ABNT - NBR 5.626: Instalação predial de água fria.

ABNT – NBR 5.641: Iluminação – Terminologia.

ABNT - NBR 6.118: 2004: Projeto de Estrutura de Concreto

ABNT - NBR 6.120: 1980: Cargas Para o Calculo de Estruturas de Edificações (Loads)

ABNT - NBR 6.122: 1994: Projeto e execução de fundações

ABNT - NBR 6.123: 1988: Força Devido aos Ventos

ABNT – NBR 6.401: Instalações centrais de ar condicionado – parâmetros básicos de projeto.

ABNT - NBR 8.572: Fixação de valores de redução de nível de ruído para tratamento acústico de edificações expostas ao

ruído aeronáutico.

ABNT - NBR 8.681: 2004: Ações e Segurança nas Estruturas – Procedimento

ABNT - NBR 8.800: 1986: Projeto e execução de estruturas de aço e mistas em edifícios (Steel)

13

ABNT - NBR 8.953: 1992: Concreto para Fins Estruturais - Classificação

ABNT - NBR 9.062: 2006: Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado

ABNT - NBR 10.004: Resíduos Sólidos: Classificação.

ABNT - NBR 10.151: Acústica – avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade.

Procedimentos.

ABNT - NBR 10.152: Níveis de ruído para conforto acústico.

ABNT - NBR 12.179: Norma para tratamento acústico em recintos fechados.

ABNT - NBR 12.540: Grandezas e unidades de acústica.

ABNT - NBR 13.969:1997: Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes

líquidos - Projeto, construção e operação.

ABNT - NBR ISO 14.001: Sistemas de Gestão Ambiental – Requisitos e diretrizes para uso.

ABNT - NBR ISO 14.004: Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.

ABNT - NBR ISO 14.021: Rótulos e declarações ambientais. Autodeclarações ambientais – Rotulagem ambiental Tipo II.

ABNT - NBR ISO 14.024: Rótulos e declarações ambientais. Rotulagem ambiental Tipo I – Princípios e Procedimentos.

ABNT - NBR ISO 14.025: Rótulos e declarações ambientais. Declarações ambientais Tipo III – Princípios e Procedimentos.

ABNT - NBR ISO 14.040: Gestão Ambiental – Avaliação do ciclo de vida – Princípios e estrutura.

ABNT NBR ISO 14.044: Gestão Ambiental – Avaliação do ciclo de vida - Requisitos e diretrizes.

ABNT - NBR 15.116:2004: Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e

preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos.

ABNT - NBR 15.220-3:2005: Desempenho térmico de edificações - Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes

construtivas para habitações unifamiliares de interesse social.

ABNT - NBR 15.421: 2006: Projeto de Estrutura Resistente a Sismos

ABNT - NBR 15.575: 2008: Edifícios Habitacionais de até 5 pavimentos – Desempenho

ABNT - NBR 15.527:2007: Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis –

Requisitos.

ABNT - Projeto 02:135.02-001: Iluminação natural – Parte 1: Conceitos básicos e definições.

ABNT - Projeto 02:135.02-002: Iluminação natural – Parte 2: Procedimentos de cálculo para a estimativa da

disponibilidade de luz natural.

ABNT - Projeto 02:135.02-003: Parte 3: Procedimentos da iluminação natural em ambientes internos.

ABNT - Projeto 02:135.07.001/3: Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e

diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social.

ABNT - Projeto 02:135.07-002: Desempenho térmico de edificações - Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância

térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de

edificações.

ABNT - Projeto CE 02:136.01-001/1: Edifícios habitacionais de até 5 pavimentos – desempenho. Parte 1: Requisitos

gerais.

AFNOR - Norme NF P01-020-1: Qualité environnementale des bâtiments - Partie 1: Cadre méthodologique pour la

description et la caractérisation des performances environnementales et sanitaires des bâtiments – Mars 2005

14

(AFNOR – Norma NF P01-020-1: “Qualidade ambiental dos edifícios – Parte 1: Quadro metodológico para a

descrição e a caracterização dos desempenhos ambientais e sanitários dos edifícios – março 2005).

Norme NF EN ISO 7730:2003: Ergonomie des ambiances thermiques - Détermination analytique et interprétation du

confort thermique par le calcul des indices PMV et PPD et par des critères de confort thermique local – Mars 2006.

(Ergonomia dos ambientes térmicos – Determinação analítica e interpretação do conforto térmico pelo cálculo dos

índices PMV e PPD e por critérios de conforto térmico local. Março 2006.)

ANVISA. Resolução - RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003.

ASHRAE Handbook of fundamentals. Chapter 8: Thermal Confort - Chapter 9: Indoor Environmental health. Atlanta: SI,

1997. ASHRAE Manual de fundamentos. (Conforto Térmico – Capítulo 9: Saúde do ambiente interno. Atlanta: SI,

1997.)

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Norma Regulamentadora NR-15, capítulo V, Título II, relativa à Segurança e

Medicina do Trabalho, 17; Lei n. 6.514, de 22/12/1977, Portaria n. 3.214, de 8/6/1978.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION. ISO 15686: Buildings and constructed assets: Service life

planning (Ativos de Edifícios e Construções: planejamento da vida útil).

NFS 31-074: Acoustics - Measurement Of Sound Insulation In Buildings And Of Building Elements - Laboratory

Measurement Of In Room Impact Noise By Floor Covering Put In This Room (Acústica - Medição do isolamento

acústico em edifícios e elementos construídos - Laboratório de Medição de ruído em ambientes e Análise de

Impacto por revestimento de piso colocado).

Norma EN 1717: Proteção contra a contaminação de água potável nas instalações hidráulicas e requisitos gerais dos

dispositivos aptos a prevenir a contaminação por refluxo. 2000.

NR-18: Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção.

Resolução Conama nº 307/2002.

SENASP - Nota Técnica de Referência em Prevenção Contra Incêndio e Pânico em Estádios e Áreas Afins

ABNT NBR 15925/11: Especifica requisitos mínimos e métodos de ensaios que determinam a resistência e durabilidade de

todos os assentos plásticos para eventos esportivos fixados sobre o piso e/ou espelho de modo permanente, seja

em forma de múltiplos assentos ou banco.

5. ESPECIFICAÇÕES E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA:

Para elaboração de propostas, compreensão do Projeto Básico e execução dos serviços deverão ser observados os

seguintes documentos:

Edital de Licitação;

Termo de Referência e anexos;

Orçamento e Cronograma;

Memória de cálculo do orçamento;

Projeto Básico de Arquitetura e Engenharias e respectivos memoriais descritivos e cadernos de especificações

técnicas.

15

6. GENERALIDADES

6.1. REQUERIMENTOS OLÍMPICOS

Os projetos aqui apresentados, suas soluções e justificativas, foram desenvolvidos em consonância com as diretrizes

recebidas e estabelecidas pelo Comitê Olímpico Rio 2016; visando atender aos Requerimentos Olímpicos tanto para as

novas edificações como para as readequações das existentes, no que diz respeito às questões de funcionalidade e

operacionalidade como também, das especificações dos materiais de acabamento adequados e estabelecidos nos

documentos “Venue Requirements-2”.

6.2. MARCAS DE REFERÊNCIA

No Caderno Técnico de Especificações foram citadas “MARCAS DE REFERÊNCIA”, que são meramente indicativas das

características de forma, textura, cor, resistência, qualidade e outros aspectos do material a ser empregado, podendo ser

utilizado material de qualquer marca similar, contanto que atenda às citadas características.

6.3. DISCREPÂNCIA, PRIORIDADES E INTERPRETAÇÕES

Os projetos, Termo de Referência, Memoriais Descritivos, Especificações Técncias, planilha orçamentária e as memórias

de cálculo são elementos que se complementam, devendo as eventuais discrepâncias ser equacionadas pela

FISCALIZAÇÃO na ordem de prevalência abaixo indicada, obedecido os dispostos.

Em caso de divergência entre as especificações do Caderno de Especificação Técnica e os desenhos do Projeto

de Arquitetura ou de Engenharia: prevalecem as especificações do Caderno de Especificação Técnica.

Em caso de divergência entre as especificações do Caderno de Especificação Técnica e a Planilha de

Orçamentação: prevalece a Planilha de Orçamentação.

Em casos de divergência entre os quantitativos de serviços entre Planilha de Orçamentação e Caderno de

Especificações Técnicas, Desenhos ou Memoriais descritivos, prevalece a Planilha de Orçamentação.

Em caso de divergência entre as cotas dos Desenhos e suas reais dimensões medidas em escala: prevalecem as

cotas dos Desenhos.

Em caso de divergência entre Desenhos de escalas diferentes, prevalecerão os em escala mais ampliada.

Em caso de divergência entre essas especificações, desenhos de arquitetura e os desenhos dos Projetos

especializados - de Estrutura, de Instalações, etc; prevalecerão os desenhos dos projetos especializados.

Em caso de divergência entre os desenhos de datas diferentes, prevalecerão os mais recentes.

Em caso de dúvida quanto à interpretação dos desenhos, das normas, destas especificações e do Edital de

Concorrência deverá ser consultada a FISCALIZAÇÃO.

Caso alguma indicação referente aos Memoriais descritivos, às Especificações Técnicas ou a qualquer outro

documento esteja omitido neste Termo de Referência, mas conste como anexo ao Edital, as informações omitidas

do Termo também deverão ser adicionadas às considerações da execução dos serviços.

16

7. INTRODUÇÃO

7.1. LOCALIZAÇÃO

As Olimpíadas Rio 2016 será realizada em quatro Zonas de instalações que foram projetadas afim de absorver ao máximo

as vantagens operacionais e mitigar os impactos de implantação de cada Zona. São Elas:

Zona Barra Região Barra, incluindo Núcleo do Parque Olímpico do Rio e Núcleo do Riocentro Zona Copacabana Região da Praia de Copacabana Região do Parque do Flamengo Zona Maracanã Região Maracanã, incluindo o Núcleo do Maracanã Zona Deodoro Região Deodoro, incluindo o Núcleo do Parque Radical, localizada, na Vila Militar, Município do Rio de Janeiro – RJ. Na Zona Especial 7 – XXXIII R.A – AP 5.1.

MAPA DE DISTRIBUIÇÃO DAS ZONAS OLÍMPICAS DOS JOGOS RIO 2016. FONTE: DOSSIÊ DE CANDIDATURA, VOLUME 2.

Cada uma das Regiões contém seu “centro de celebração” de forma a promover o envolvimento das comunidades locais.

As regiões também se beneficiarão das facilidades operacionais e logísticas, estando garantida a circulação de

credenciados entre instalações de uma mesma região.

A Região de Deodoro compreende uma Vila Militar e é uma das quatro principais regiões dos Jogos Olímpicos e

Paraolímpicos Rio 2016™. Está situada na Zona Norte da cidade, a cerca de 30km da Vila Olímpica, localizada no Bairro

da Barra da Tijuca, e irá sediar sete esportes e modalidades esportivas. Além das instalações já existentes para Hipismo e

Tiro Esportivo, serão construídas modernas instalações para o Pentatlo Moderno e o Parque Radical, um centro de

esportes radicais com instalações Olímpicas para o Mountain Bike, BMX e Canoagem (Slalom).

17

Deodoro possui a maior concentração de jovens da região metropolitana do Rio de Janeiro. A construção de instalações

nessa área para os Jogos Pan-americanos Rio 2007 resultou na participação ativa dos jovens em várias modalidades

esportivas, participação que espera ser intensificada após os Jogos Rio 2016.

7.2. ESTRUTURA VIÁRIA DE ACESSIBILIDADE

A Zona Deodoro receberá ainda investimentos em infraestrutura de transportes, reaproximando esta região à Barra e ao

restante da cidade.

A configuração geográfica do território do Rio de Janeiro, composta por maciços litorâneos e planícies limitadas pela linha

de costa, representa um entrave ao planejamento de transporte. O projeto do Arco Metropolitano, juntamente ao projeto de

novas vias expressas transversais (TransOlímpica e TransCarioca), tem uma função maior de reestruturação do modelo de

circulação da cidade. Entende-se a área de Deodoro como ponto chave de articulação na nova rede.

MAPA DE LOCALIZAÇÃO DE DEODORO, DESTACADO EM VERMELHO, NA CIDADE. FONTE: CONSÓRCIO VIGLIECCA MAROBAL.

Dessa forma, as infraestruturas de mobilidade podem ser consideradas como principal legado Olímpico para a Cidade do

Rio de Janeiro. Será criada uma nova rede de transporte coletivo por ônibus rápido, Corredores BRT (Bus Rapid Transit),

conectando os Quarto Núcleos Olímpicos. A rede consiste em 4 novas linhas (TransOlímpica, TransBrasil, TransCarioca e

TransOeste) a serem facilitadas por linhas alimentadoras. A infraestrutura criada também irá exercer um importante papel

para o transporte individual, criando eixos de circulação viária expressa. O sistema de transporte público será

complementado mediante a expansão da rede de metrô.

A via TransOlímpica vai interligar desde a Av. Brasil (Deodoro) até a Av. Salvador Allende (Barra da Tijuca). Já a via

TransBrasil vai ligar Deodoro ao Aeroporto Santos Dumond e ao Centro, se tornando o corredor de maior demanda de

passageiros da cidade. Atualmente, Deodoro é um importante ponto de conexão da linha de trem urbano (Supervia), entre

os ramais Central do Brasil e Santa Cruz. Com a implantação da rede de BRT o novo Terminal Deodoro irá ligar vários

meios, tais como trens, BRT e ônibus alimentadores, tornando-se peça fundamental da nova configuração de circulação da

cidade.

18

7.3. INSTALAÇÕES ESPORTIVAS DE DEODORO E CONTRATAÇÕES

Na Zona Deodoro serão realizadas as competições de Canoagem Slalom, Ciclismo BMX, Ciclismo Mountain Bike, Tiro,

Hipismo, Esgrima, Hóquei sobre grama, Pentatlo Moderno, Rugby, Basquete,Esgrima Paralímpica, Hipismo Paraolímpico,

Futebol 5 e Futebol 7.

Serão construídas instalações novas que permanecerão como legado (Estádio de Canoagem Slalom, Centro Olímpico de

BMX, Arena de Deodoro e Centro Olímpico de Hóquei), instalações temporárias (Parque Olímpico de Mountain Bike, Arena

de Rugby e Pentatlo Moderno), além da execução de readequações em instalações existentes (Centro Nacional de Tiro

Esportivo, Centro Nacional de Hipismo e Centro Aquático de Pentatlo Moderno).

Além das instalações esportivas, serão construídos:

Plataforma para transposição da via férrea e da linha do BRT, em modo temporário, que servirá como espaço de

conexão entre as áreas de eventos, integração de sistemas modais de transportes, dispersão e organização dos

espectadores;

Vila dos Tratadores, que abrigará os tratadores e veterinários dos cavalos de competição de Hipismo e que

permanecerá no legado como residências para oficiais do Exercito;

Melhorias em espaços públicos, como praças e vias, criando ligações de pedestres entre as instalações,

requalificação dos principais acessos ao Complexo Esportivo;

Aumento significativo da arborização.

A implantação da Zona Deodoro está distribuída em 3 contratações distintas:

CONTRATO1: Melhorias viárias das ruas do entorno

CONTRATO2: Área Norte, instalações do modo jogo e modo legado no perímetro norte, tendo como divisa a Av. Duque de

Caxias, que compreende a Zona A e Zona B.

CONTRATO3: Área Sul, instalações do modo jogo e modo legado no perímetro sul, tendo como divisa a Av. Duque de

Caxias, que compreende a Zona C.

19

MAPA DE DIVISÃO DA ÁREA NORTE E DA ÁREA SUL. FONTE: CONSÓRCIO VIGLIECCA MAROBAL.

AREA NORTE:

A Área Norte do Complexo Esportivo de Deodoro está localizada na área ao norte do Ramal Deodoro da Supervia, na Vila

Militar, Município do Rio de Janeiro – RJ. Na Zona Especial 7 – XXXIII R.A – AP 5.1.

Zona A – Parque Radical abrigará as competição de Canoagem Slalom e Ciclismo BMX e Mountain Bike, e está localizado

no extremo norte com acesso pela Rodovia Marechal Alencastro e próximo à estação de trem Ricardo de

Albuquerque.

No modo jogos a Zona A possui área de 920.000m2 e, como legado, terá área aproximada de 490.000m2, que

será administrada pela municipalidade como Parque Público com características de centro de esporte radicais.

O equipamento do Ciclismo Mountain Bike será desmontado e o lote utilizado devolvido à área de

administração do Exército Brasileiro. Os equipamentos de Canoagem Slalom e Ciclismo BMX, que farão parte

do novo parque público, poderão ser concedidos de forma onerosa a um administrador privado. O principal

acesso a esta área se dará pela Estação de Ricardo de Albuquerque.

Zona B – Nesta zona, entre a Avenida Brasil e a Estrada de São Pedro de Alcântara, estarão localizadas a Arena Deodoro,

e Centro Olímpico de Hóquei, o Centro Aquático de Pentatlo e a Arena temporária de Rugby e Pentatlo

Moderno e, ao norte da Avenida Brasil, o Centro Nacional de Tiro Esportivo. O principal acesso a esta área se

dará pela de trem Vila Militar e pela nova estação de BRT Vila Militar.

ZONA C

ZONA A

ZONA B

20

A Arena Deodoro terá cinco mil lugares no modo jogos e dois mil no modo legado, além da readequação do

Centro Aquático existente e Centro de Treinamento de Hóquei sobre Grama.

O Centro Nacional de Tiro Esportivo foi construído foi construído recentemente para os Jogos Pan-americanos

Rio 2007 de acordo com os padrões da Federação Internacional, é utilizado para treinamento de alto

desempenho e receberá readequações para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.

AREA SUL:

A Área Norte do Complexo Esportivo de Deodoro está localizada na área ao sul do Ramal Deodoro da Supervia, na Vila

Militar, Município do Rio de Janeiro – RJ. Na Zona Especial 7 – XXXIII R.A – AP 5.1.

Zona C – Centro Nacional de Hipismo está localizado ao sul da Avenida Duque de Caxias e abrigará as competições

Olímpicas e Paralímpicas de Hipismo.

Parte das instalações do Centro Nacional de Hipismo foi construída recentemente para os Jogos Pan-

americanos Rio 2007 de acordo com os padrões da Federação Internacional

É atualmente administrado pela Escola de Equitação do Exército e receberá readequações para os Jogos

Olímpicos e Paraolímpicos, com a construção de novas baias e uma clínica veterinária. Também serão

construídas residências para tratadores e veterinários que ficarão como legado para uso do Exército Brasileiro.

Todas as áreas serão integradas permitindo que os espectadores e clientes credenciados possam se deslocar a pé entre

elas ou por meios de veículos da operação em sistema de shuttle para pessoas com necessidades especiais.

As instalações de Deodoro, como o Estádio de Canoagem Slalom, o Centro Olímpico de BMX, o Centro Nacional de Tiro

Esportivo, a Arena de Deodoro, o Centro Aquático de Pentatlo e Centro Nacional de Hipismo, configurarão como legado no

Centro Olímpico de Treinamento de Deodoro e será fundamental para o desenvolvimento de atletas, incorporando os

programas de treinamento das Confederações, valendo-se da ampla experiência dos atletas e das entidades esportivas

brasileiras, e facilitando o intercâmbio com centros esportivos de primeira linha. Todas as instalações de competição

atenderão aos requisitos técnicos das Federações Internacionais e do COI/IPC. O Centro será usado para treinamento e

competição durante os Jogos Rio 2016 e depois dos Jogos será a referência brasileira e continental em treinamento

esportivo.

Além das instalações esportivas, O Parque Radical será um importante legado para a população do entorno, como o bairro

Ricardo de Albuquerque, carente de áreas verdes qualificadas na região.

8. ESCOPO DE SERVIÇOS

8.1. MODO JOGOS E PÓS-JOGOS

Para a melhor compreensão das obras e seus tempos de implantação foram elaborados os quadros sínteses abaixo. O

quadro apresenta as ações divididas em Modo Jogos e Modo Pós-Jogos. O Modo Jogos está dividido em duas

categorias de ações, Ações Permanentes e Ações Temporárias para Overlay. Da mesma forma, o Modo Pós Jogos foi

dividido em Demolições e Construções.

21

MODO JOGOS

o Ações Permanentes: Infraestruturas e arquiteturas projetadas para o perfeito atendimento aos requisitos

funcionais e técnicos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, que serão executadas em caráter

permanente e farão parte do escopo de legado para a região de Deodoro;

o Ações Temporárias para Overlay: Infraestruturas e arquiteturas projetadas para receber e atender ao

perfeito funcionamento dos equipamentos temporários aplicados às edificações, com o objetivo de

viabilizar as operações dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos;

MODO PÓS-JOGOS

o Demolições: Compreende ações de demolições, desmontagem e remoção de infraestruturas e

arquiteturas para adaptação dos Jogos para o Legado da Cidade do Rio de Janeiro.

o Construções: Compreende ações de readequações, construções e reconstruções de infraestruturas e

arquiteturas para adaptação dos Jogos para o Legado da Cidade do Rio de Janeiro.

NOTAS:

1. MODO JOGOS (BJ) é o conjunto de desenhos técnicos correspondentes a versão Modo Jogos.

MODO LEGADO (BL) é o conjunto de desenhos técnicos da versão Modo Legado e corresponde ao que deverá

ser readequado para a entrega da obra no Modo Pós-jogos. OS DOCUMENTOS QUE NÃO POSSUIREM A

VERSAO BL NÃO SOFRERÃO ALTERAÇÃO PARA O MODO PÓS-JOGOS.

2. Os projetos de layout e especificações de mobiliário, projetos específicos de cozinhas industriais e outras áreas

destinadas a produção de alimentos, projetos de exploração de mídia para todo o evento e suas instalações serão

de responsabilidade do Comitê Organizador Rio 2016 e deverão ser desmontadas e retiradas pela operação dos

jogos.

O quadro síntese da AREA SUL das Instalações Esportivas de Deodoro consiste nos equipamentos da ZONA C, Centro

Nacional de Hipismo.

ZONA C é composta pelos seguintes equipamentos:

Centro Nacional de Hipismo

Arena Central

Vila dos Tratadores

Clinica Veterinária

Ferradoria

Pista de Cross Country

Pistas de Treinamento

Picadeiro Coberto

Coliseu

Girador

Abrigo de Resíduos Orgânicos

Estábulos

22

8.1.1. ZONA C

(VER ESQUEMAS PRANCHA DEO-02-BJ-AQ-DE-001-R00)

DEMOLIÇÕES E PREPARAÇÃO DE TERRENO

CENTRO NACIONAL DE HIPISMO (DOMINIO COMUM DO HIPISMO)

SERVIÇOS DE REMOÇÃO DE PAVIMENTAÇÃO EXISTENTE PARA EXECUÇÃO DO PISO DE AREIA EM TODA A ÁREA DE CIRCULAÇÃO DOS CAVALOS.

MOVIMENTAÇÃO DE TERRA

READEQUAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DA ESCOLA DE EQUITAÇÃO CONFORME PROJETO DO EXÉRCITO BRASILEIRO

REMOÇÃO DE PAVIMENTAÇÃO

CLINICA VETERINARIA (NOVO)

DEMOLIÇÃO DA CLINICA VETERINARIA EXISTENTE

PISTA DE CROSS COUNTRY (READEQUAÇÃO)

REMOÇÃO DE PARTE DO PERCURSO DE CROSS COUNTRY EXISTENTE PARA ADAPTAÇÃO DO NOVO PERCURSO (REQUERIMENTO OLIMPICO)

REMOÇÃO DE PISOS

DEMOLIÇÃO DE CONSTRUÇÕES EXISTENTES

MOVIMENTAÇÃO DE TERRA

MODO JOGOS OBRAS PERMANENTES OBRAS TEMPORÁRIAS PARA OVERLAY CENTRO NACIONAL DE HIPISMO

EXECUÇÃO DE PISO EM AREIA PARA CIRCULAÇÃO DOS CAVALOS.

CLINICA VETERINARIA (NOVO)

CONSTRUÇÃO DE NOVO EDIFICIO PARA CLINICA VETERINÁRIA NUMA EDIFICAÇÃO COM BLOCOS DE PÉ-DIREITOS DISTINTOS PARA ATENDIMENTO ESPECIFICO DE RECEPÇÃO, DIAGNOSTICO E TRATAMENTO DOS ANIMAIS (INCLUINDO CENTRO CIRURGICO E SALA DE RAIO-X E BAIAS DE RECUPERAÇÃO). BLOCO DE APOIO COM SALAS ADMINSTRATIVAS, VETERINARIOS E FEDERAÇÃO.

FERRADORIA (NOVO)

CONSTRUÇÃO DE NOVO EDIFICIO LOCALIZADO NO MESMO LOTE DA NOVA VETERINÁRIA.

VILA DOS TRATADORES (NOVO)

CONSTRUÇÃO DE UNIDADES HABITACIONAIS PARA ALOJAMENTO, DURANTE OS JOGOS, DOS TRATADORES E VETERINÁRIOS. SERÃO UTILIZADAS AS TIPOLOGIAS PADRÃO DO EXERCITO BRASILEIRO NUM TOTAL DE 72 UNIDADES EM 3 BLOCOS DE 6 ANDARES (4APTOS/ANDAR)

ABERTURA DE NOVO VIÁRIO PARA ACESSO ÀS NOVAS EDIFICAÇÕES EM CONEXÃO PELA AV. DUQUE DE CAXIAS.

PISTA DE CROSS COUNTRY (READEQUAÇÃO)

CONSTRUÇÃO DE NOVOS TRECHOS DE PISTA PARA ADEQUAÇÃO DO EXISTENTE AOS REQUERIMENTOS OLIMPICOS ACRESCIMO DE PISTAS DE TREINAMENTO EXECUÇÃO DO PROJETO DE DRENAGEM

EXECUÇÃO DO PROJETO DE IRRIGAÇÃO DO GRAMADO

EXECUÇÃO DO PROJETO DE PAISAGISMO

PISTAS DE TREINAMENTO (READEQUAÇÃO)

PICADEIRO COBERTO (READEQUAÇÃO DA COBERTURA)

COLISEU (NOVO)

GIRADOR (RELOCAÇÃO)

ABRIGO DE RESIDUOS ORGANICOS (NOVO)

ESTÁBULOS (READEQUAÇÃO)

REFORMAS BASICAS DE ACABAMENTOS GERAIS.

ACESSIBILIDADE E ATENDIMENTO ÀS NORMAS

ATENDIMENTO AOS REQUERIMENTOS OLIMPICOS

ARENA CENTRAL (READEQUAÇÃO)

RECONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO DOS JUIZES

AMPLIAÇÃO DA ÁREA DO FOP PARA ATENDIMENTO AO REQUERIMENTO OLÍMPICO E INTERVENÇÕES NAS ARQUIBANCADAS PARA ATENDIMENTO ÀS NORMAS

ARENA CENTRAL

REFORMAS BASICAS DE ACABAMENTOS GERAIS.

CONSTRUÇÃO DE SANITÁRIOS ADAPTADOS

ACESSIBILIDADE E ATENDIMENTO AS NORMAS

PISTA DE CROSS COUNTRY

INFRAESTRUTURAS PARA APOIO AO CONTROLE DE ACESSO PÚBLICO DA ORGANIZAÇÃO DO EVENTO

PONTOS DE ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA E ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA OVERLAY

ESTABULOS TEMPORÁRIOS

CONSTRUÇÃO EM CARATER TEMPORÁRIO DE 132 ESTÁBULOS PARA ATENDIMENTO À DEMANDA DOS REQUERIMENTOS OLIMPICOS DENTRO DO CONCEITO DE EQUIVALENCIA EM RELAÇÃO AOS ESTABULOS EXISTENTES.

ESTRUTURAS TEMPORÁRIAS

ARQUIBANCADA TEMPORÁRIA DA ARENA DE SALTOS

ARQUIBANCADA TEMPORÁRIA DO CROSS COUNTRY

MODO LEGADO DEMOLIÇÕES CONSTRUÇÕES

ESTABULOS TEMPORÁRIOS

DEMOLIÇÃO DOS 132 ESTÁBULOS TEMPORÁRIOS.

REMOÇÃO DE TODAS AS INFRAESTRUTURAS TEMPORÁRIAS GERADAS PARA ABASTECIMENTO DOS ESTABULOS DURANTE OS JOGOS.

ESTABULOS TEMPORÁRIOS

3. DEMOLIÇÃO PARCIAL DOS ESTÁBULOS. A COBERTURA

SERÁ MANTIDA

23

9. ZONAC

CENTRO NACIONAL DE HIPISMO

9.1. CENTRO NACIONAL DE HIPISMO

O Centro Nacional de Hipismo irá acomodar as competições de Salto, Adestramento e Concurso Completo de Equitação -

CCE, nos Jogos Olímpicos, e Hipismo (Para-Equestrian Dressage), nos Jogos Paralímpicos.

Os equipamentos estão separados em dois tipos de intervenções: edificações novas e readequações das instalações

existentes, fundamentalmente para adequá-las padrões exigidos pelo Comitê Olímpico:

EDIFICAÇÕES NOVAS:

Vila dos Tratadores

Clinica Veterinária

Ferradoria

Picadeiro Coberto

Coliseu

Abrigo de Resíduos Orgânicos

READEQUAÇÕES:

Centro Nacional de Hipismo

Arena Central

Pista de Cross Country

Pistas de Treinamento

Girador (relocação)

Estábulos

O Centro Nacional de Hipismo é constituído pelas instalações já mencionadas, tendo assim diversas soluções construtivas

empregadas.

O público terá acesso a diversas áreas abertas e gramadas do Centro Nacional de Hipismo, principalmente no campo de

competição do Cross Country. Para estas áreas, além da questão visual para a transmissão televisiva, está previsto um

tratamento paisagístico de modo a garantir uma área aberta segura e que ofereça condições de fácil manutenção.

Os caminhos que serão exclusivos para percurso dos animais receberão piso de areia ou grama.

O maior núcleo do Complexo Esportivo de Deodoro, o Centro Nacional de Hipismo concentra uma série de equipamentos

que se inter-relacionam e estabelecem configurações espaciais importantes para a experiência do público. Segurança e

funcionalidade de fluxos, além da qualidade de conexão espacial dos equipamentos, são fatores importantes considerados

durante todo o processo de projeto. Buscando garantir que estes fatores sejam atendidos dentro das expectativas de todas

as partes envolvidas, a proposta para o Centro Nacional de Hipismo busca soluções para questões de pavimentação,

infraestrutura urbana, paisagismo e drenagem, um dos mais graves problemas da área.

24

9.1. ARQUITETURA

Os documentos referenciais para execução dos serviços, além de outros está: 004-DEO-01-PJ-AQ-MD-0002-R00.

9.1.1. SETOR 1 – ARENA CENTRAL

A Arena Central para saltos, edificação existente, terá reformas de acabamentos gerais, ajustes para atendimento à

acessibilidade, inclusão de assentos para deficientes de acordo com as normas, ampliação da área do FOP para

atendimento aos requerimentos olímpicos, construção de uma pista de inspeção de cavalos e consequentemente

reconstrução da edificação dos juízes.

Em função do aumento da demanda de publico para o evento olímpico serão acrescentadas arquibancadas em caráter

temporário ao redor do FOP completando um total de 14 mil espectadores.

9.1.2. SETOR 2 – VILA DOS TRATADORES

A Vila dos Tratadores estará localizada na Avenida Duque de Caxias, nas proximidades da Rua Salustiano Silva, no

terreno disponível próximo a um conjunto residencial integrante a Vila Militar. Segundo requerimento Olímpico a Vila dos

Tratadores deve estar no máximo a 500 metros das baias dos cavalos do Centro Nacional de Hipismo. Na proposta sua

implantação no ponto mais crítico chega a 480 metros de distancia das baias.

A Vila dos Tratadores abrigará 238 tratadores de cavalos e 40 veterinários.

As residências que servirão de estadia para as Olímpiadas serão legado habitacional para a Vila Militar. O projeto

arquitetônico a ser construído é o modelo tipológico do Exército Brasileiro denominado Vila Verde, com 6 andares (4

aptos/andar) e garagem no térreo com 1vaga/apto. Serão implantados 3 blocos num total de 72 unidades.

Nessa configuração será executada a abertura de nova via para acesso às novas edificações em conexão com a Av.

Duque de Caxias.

9.1.3. SETOR 3 – CLINICA VETERINARIA

A clínica veterinária atual foi construída em containers para atender ao Jogos Pan-Americanos. O requerimento Olímpico

entende a clínica existente como provisória e demanda a necessidade de que seja construída uma nova clínica permanente

no Centro Nacional de Hipismo, que incorpore os componentes de um hospital veterinário suficiente para realização de

uma cirurgia de emergência se necessário.

Construída sobre um platô executado para receber a obra, a clínica atual dará lugar a um novo edifício, de cerca de

1500m², posicionado no alinhamento da via. Para suavizar as inclinações de rampas, tanto para acesso dos cadeirantes

quanto para entrada da ambulância ou caminhão que estiver transportando os animais, o terreno será nivelado no

perímetro da implantação da clínica e rebaixado 50cm em relação ao nível atual.

A concepção arquitetônica para o novo edifício da clinica veterinária leva em consideração a privacidade dos

procedimentos com os animais e foi considerado como partido de projeto, dessa forma a implantação do edifício dispõe

junto ao alinhamento com a via o programa de ambientes não acessados por animais e o bloco com o programa de

atendimento de equinos voltado para os fundos, criando um pátio gramado atrás do edifício, com área para duas pistas de

inspeção.

25

A definição física, ou seja, a divisão em dois blocos adjacentes e suas características reflete a distribuição do programa de

acordo com as necessidades funcionais especificas, a saber:

Bloco com frente para via de acesso representativo abriga as áreas destinadas às funções administrativas, recepção de

público e dormitórios para veterinários.

Bloco com pé-direito maior para atendimento dos animais com acesso restrito pelo pátio gramado abrigará as com salas

para diagnóstico de imagens, centro cirúrgico e salas relacionadas, além de quatro baias para internação e recuperação

dos animais.

9.1.4. SETOR 4 – FERRADORIA

Construção de novo edifício localizado no mesmo lote da nova veterinária. A implantação da Ferradoria estabelece uma

proximidade prática com os estábulos e a clínica veterinária, além de estrategicamente colaborar para a preservação visual

do pátio da Clínica, onde haverá circulação restrita de animais e pessoas autorizadas.

O projeto leva em consideração questões importantes em termos de qualidade acústica e conforto térmico, lançando mão

de uma cobertura de concreto com telhado verde e ventilação mecânica controlada, uma vez que as atividades

acontecerão em ambiente fechado com iluminação natural através de grandes janelas de vidro instaladas na fachada. Além

de buscar o controle do ruído produzido, a solução do programa desenvolvido em ambiente fechado atende à privacidade

durante o processo de ferrageamento dos animais.

A planta se divide basicamente em dois ambientes, um menor onde se encontram duas forjas à gás para preparo das

ferraduras e um maior contendo sete espaços divididos através de divisórias baixas de alvenaria posicionados de forma

criar circulações estratégicas para cavalos e pessoas, controlando de forma segura o fluxo de acesso de animais e de

operação entre sala das forjas e área de ferrageamento.

9.1.5. SETOR 5 - PISTA DE CROSS COUNTRY

A proposta de readequação da pista de Cross Country reuniu diversas ações de ordem diferentes no intuito de alcançar o

melhor resultado com o melhor aproveitamento da situação existente. A partir da avaliação de especialistas nessa

modalidade, tanto para a definição do traçado (course design), especificação do tipo de grama e definição da proposta

paisagística; a pista de Cross Country existente terá seu percurso alterado de 5.720 para 6.500 metros para atender a

operação dos jogos, além da inclusão de novos obstáculos e definições no que diz respeito à vegetação existente e a

inserção de complementações da paisagem. A Área do Cross Country será equipada com infraestrutura (escopo desta

licitação) específica para atendimento das instalações de overlays. Também será necessário o acréscimo de pistas de

treinamento e demais projetos de infraestrutura de drenagem e irrigação do gramado.

Durante a prova, a área destinada à competição assemelha-se a um grande parque e receberá uma quantidade de

espectadores que se locomoverá entre as áreas dos obstáculos, e algumas arquibancadas temporárias deverão instaladas.

26

9.1.6. SETOR 6 - PISTAS DE TREINAMENTO

Ao total são 9 pistas de treino de adestramento e 3 lunging áreas distribuídas em 4 Pistas Principais – Pista Leste, Pista

Central, Pista Oeste e Pista Sul. Será utilizada a infraestrutura existente, com poucas alterações no terreno. Onde estará

locada a Pista Oeste haverá movimentação de terra e demolição das pistas existentes, e onde estará locada a Pista

Central haverá um pequeno acréscimo de área para sua conformação de acordo com o requerimento olímpico. Toda área

que diz respeito às pistas de treino se utilizará de um piso especial de areia para a movimentação dos cavalos, assim como

um novo fechamento de proteção, composto de cercas especificas.

9.1.7. SETOR 7 - PICADEIRO COBERTO

O Picadeiro Coberto existente receberá intervenções na cobertura, de modo a corrigir as falhas de manutenção através de

substituição de telhas e calhas, receberá o alargamento de uma das portas para garantir que um veículo possa acessar o

espaço interno, terá toda a areia existente substituída pelo mesmo material especificado para as áreas de treino e

aquecimento e pista da Arena de Hipismo além de revisões de infraestrutura, sanitários, recuperação geral das fachadas e

definição de rotas acessíveis.

9.1.8. SETOR 8 - COLISEU

O Coliseu existente, executado em tubulação de PVC, será demolido para dar lugar à implantação das novas baias e

reconstruído em estrutura metálica, além de ter dimensões maiores, mais adequadas para a realização de exercícios dos

animais. Será executada toda a infraestrutura como bases e cercas para seu perfeito funcionamento, assim como os

respectivos acessos com pavimentos adequados à circulação dos cavalos.

9.1.9. SETOR 9 – GIRADOR

O Girador existente, atualmente descoberto, será relocado e sua estrutura de funcionamento reaproveitada, sobre nova

base e acabamentos específicos será acrescentada cobertura. Estão sendo previstos novos acessos com pavimentos

adequados à circulação dos cavalos.

9.1.10. SETOR 10 - ABRIGO DE RESIDUOS ORGANICOS

O atual abrigo coberto de resíduos orgânicos será demolido, em função da construção da Transolímpica, e relocado com

área compatível às novas demandas e em local estratégico tanto pela maior proximidade das áreas dos estábulos como

também para facilitar a coleta periódica através da Av. Marechal Malett, em função da proposta de destinação dos resíduos

para reciclagem na produção de biogás ou adubo orgânico.

9.1.11. SETOR 11 – ESTABULOS

O projeto de readequação dos Estábulos compreende a reforma do existente e acréscimo de área de modo uniforme para

a acomodação dos animais, levando em consideração requisitos básicos dos Requerimentos das Instalações Olímpicas

27

que prevê o fornecimento das mesmas condições em todas as instalações. Serão suprimidos os corredores internos,

gerando baias maiores com acessos externos, através de calçadas alargadas e pavimentadas com piso de borracha

adequado para o fluxo de animais. Serão acrescentadas marquises metálicas vazadas e cobertas com placas alveolares

translúcidas para garantir proteção e iluminação natural aos acessos das baias.

Complexo de Baias passará por reformas básicas de acabamentos gerais, adequação das instalações existentes ao

atendimento das normas de acessibilidade e aos Requerimentos Olímpicos, além da construção de 132 novas baias, áreas

de banho, depósitos e banheiros em caráter temporário, sendo:

72 baias executadas como edificações anexas aos blocos existentes - nos mesmos moldes da configuração final

dos blocos existentes reformados - e transformadas posteriormente no modo pós-jogos como área de

palanqueamento através da retirada das divisórias internas e manutenção da cobertura.

60 baias como novas construções em outro local que serão totalmente demolidas no modo pós-jogos

Para as 132 novas baias, estão incluídos no escopo desta licitação, os serviços de construção, retirada de divisórias e

demolições e recomposição das áreas de terreno temporárias.

10. INSTALAÇÕES TEMPORÁRIAS

10.2. TABELA COM RESUMO GERAL DAS ARQUIBANCADAS TEMPORÁRIAS

VENUE CAPACIDADE ÁREA

ZO

NA

C

HIP01 CENTRO NACIONAL DE HIPISMO - ARENA CENTRAL

12.817 7.246 m2

HIP05 CENTRO NACIONAL DE HIPISMO – PISTA DE CROSS COUNTRY

(5 x 215) 1.075

(5x 137,75m2) 688,75m2

TOTAL 13.892 7.934,75m2

10.2. SISTEMA MODULAR DE ARQUIBANCADAS

Estão previstos sistemas modulares de arquibancadas temporárias a fim de suprir a necessidade de aumento da

capacidade em edificações existentes (readequações), assim como, em modalidades cuja demanda de público exigida

pelos requerimentos olímpicos é específica para os jogos e não será a mesma para legado e, portanto as arquibancadas

não serão mantidas após os jogos.

Seguem abaixo as especificações padrão para as arquibancadas em geral e respectivos pré-requisitos e condições:

ESPECIFICAÇÕES:

Sistema modular ajustável em estrutura de aço galvanizado a fogo S235 / S355, ø 48,3mm.

Plataformas degraus e pisos feitos de painéis de compensado de madeira selado, antiderrapante e revestido de

resina de melamina. Espessura: 21mm.

28

Revestimento de borda de piso emborrachado antiderrapante.

Espelho da escada/base em chapa perfurada de alumínio.

Sistema preparado para instalação de assentos esportivos fixos e rebatíveis, conforme indicação de projeto de

arquitetura. Os assentos devem ser fornecidos e instalados pelo fornecedor do Sistema Modular de Andaimes /

Arquibancadas.

A localização e os tipos de assentos devem respeitar as plantas de capacidades (ver pranchas da série BJ-AQ-

DE-1000 das venues que terão estruturas provisórias). Espaçamento entre assentos será de 0.50cm, incluindo

assentos, comuns (MO-01), para acompanhantes de PCR (MO-02) e assentos para Pessoa Obesa (MO-09) e

seguir a norma NBR 15925/11.

Guarda-corpo/corrimão de tubos de aço galvanizado a quente, com desenho que atenda a requisitos de

segurança, incluindo segurança infantil, requisitos indicados em projeto e em conformidade com as normas de

segurança e acessibilidade.

Escada com estrutura principal e secundária de tubo de aço galvanizado a quente com degraus de alumínio.

Grid básico de construção conforme indicado em projeto. (ver pranchas da série BJ-AQ-DE-1000)

Variação de altura de degraus conforme projeto de arquitetura. (ver pranchas da série BJ-AQ-DE-1000)

Profundidade de degrau conforme projeto de arquitetura. (ver pranchas da série BJ-AQ-DE-1000)

Fornecimento de sistema completo, ou seja, estrutura, subestrutura, bases de apoio, guarda-corpos, degraus,

degraus intermediários de circulação, revestimento de fechamento, assentos, elementos de fixação de assentos.

Referência de qualidade: FAST Estruturas Modulares.

O dimensionamento estrutural das peças deverá ser desenvolvido por calculista.

Deverá ser previsto o fechamento externo das estruturas tubulares por membranas com impressão.

PRÉ-REQUISITOS E CONDIÇÕES PARA PROJETO DE MONTAGEM A SER ELABORADO:

Os desenhos deverão indicar os detalhes e elementos construtivos e o projeto de montagem deverá ser

submetido à aprovação.

Deverão ser verificadas no campo todas as condições existentes para determinar com exatidão as restrições às

quais o trabalho relacionado estará sujeito.

Deverão ser fornecidos todos os acessórios complementares necessários à instalação e funcionamento dos itens

indicados nesta especificação;

Todos os serviços relacionados às fundações de cada arquibancada deverão fazer parte do escopo dos serviços

das arquibancadas.

O projeto deverá atender a todas as normas exigidas.

29

11. APRESENTAÇÃO DAS PARTES

Neste documento entende-se por CONTRATANTE a Empresa Municipal de Urbanização (RIOURBE); CONTRATADA a

empresa a qual será adjudicado o Contrato; e por FISCALIZAÇÃO entende-se o conjunto de profissionais, Arquitetos e/ou

Engenheiros, designados pela RIOURBE para fiscalizar a execução do Contrato.

12. PRAZOS E MARCOS DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS:

O prazo total do contrato, previsto no cronograma físico-financeiro anexo ao Edital, é de 34 meses. Sendo 18 meses para

execução de obras (área de maior tempo de intervenção), 10 meses para operação (área de menor tempo de operação) e

06 meses de adequação do modo legado (todas as áreas).

Todas as etapas de obra que impactam na realização do Evento-Teste, em nenhuma hipótese poderão exceder a data

limite de 30 dias que antecedem o respectivo Evento-Teste, cuja data prevista é em Agosto/2015.

A CONTRATADA deverá apresentar um cronograma-físico-financeiro detalhado, considerando a Estrutura Analítica de

Projeto (EAP), com suas respectivas tarefas, recursos e as datas limites especificadas acima, de acordo com ANEXO 1 -

PLANEJAMENTO, CONTROLE E AQUISIÇÕES.

13. REQUISITOS DE PLANEJAMENTO:

O planejamento tem por finalidade apresentar as principais estratégias e atividades necessárias à execução das obras e

serviços, considerando-se as interdependências e as formas mais adequadas de executá-las objetivando a otimização dos

prazos, custos, qualidade, dentre outros fatores, assim como estabelecer as diretrizes contratuais, requisitos e critérios que

deverão ser atendidas pela CONTRATADA para a execução dos serviços contratados, a fim de possibilitar que a

FISCALIZAÇÃO, possa acompanhar e controlar as atividades de planejamento desenvolvidas.

A CONTRATADA deverá disponibilizar a FISCALIZAÇÃO, conforme periodicidade e prazos estabelecidos no ANEXO 1 -

PLANEJAMENTO, CONTROLE E AQUISIÇÕES, relatórios, informações e demais insumos necessários às atividades de

planejamento, monitoramento e controle de projetos e obras do Complexo Esportivo de Deodoro, inclusive, mas não se

limitando a:

Elaborar e emitir relatórios semanais de atividades contendo indicadores de evolução dos trabalhos, bem como os

dados e informações solicitados pela FISCALIZAÇÃO, nos padrões a serem definidos pela mesma;

Disponibilizar conforme estabelecido no Quadro de Requisitos de Planejamento e Controle, cronogramas em MS

Project® versão 2013 ou mais atual. Não serão aceitos cronogramas em outros formatos de arquivos;

Emitir Relatório Diário de Obras (RDO) impresso no padrão a ser definido pela FISCALIZAÇÃO e em meio digital

sendo inserido diariamente no GED. A entrega oficial é mensalmente, porém sua confecção deve ser diária (como

próprio nome diz) e não isenta a CONTRATADA de apresentar o documento, a qualquer momento, quando

solicitado pela FISCALIZAÇÃO.

Todos os documentos emitidos pela CONTRATADA (planilhas, cronogramas, desenhos, correspondências,

relatórios fotográficos, dentre outros), deverão ser inseridos pela mesma na ferramenta GED.

30

O GED é um software específico para gerenciamento eletrônico de documentos para o qual a FISCALIZAÇÃO

providenciará os devidos acessos para a CONTRATADADA.

14. REQUISITOS DE PLANEJAMENTO:

A obra será fiscalizada por intermédio de profissionais devidamente habilitados e registrados, e respectivos auxiliares,

elementos esses doravante indicados pelo nome FISCALIZAÇÃO.

Não se poderá alegar, em hipótese alguma, como justificativa ou defesa, por qualquer elemento da CONTRATADA,

desconhecimento, incompreensão, dúvidas ou esquecimentos das cláusulas e condições destas Especificações e do

Contrato, bem como de tudo que estiver contido no Projeto, nas Normas, Especificações e Métodos da ABNT.

Deverá a CONTRATADA acatar de modo imediato às determinações da FISCALIZAÇÃO, dentro deste Memorial de

Especificação e do Contrato.

Ficam reservadas à FISCALIZAÇÃO o direito e a autoridade para resolver todo e qualquer caso singular, duvidoso, omisso,

não previsto no Contrato, nestas Especificações, no Projeto e em tudo o mais que de qualquer forma se relacione ou venha

a se relacionar, direta ou indiretamente, com a obra em questão e seus complementos.

A CONTRATADA deverá permanentemente prover de meios, à disposição da FISCALIZAÇÃO, necessários e aptos a

permitir a medição dos serviços executados, bem como a inspeção das instalações de obra, dos materiais e dos

equipamentos, independentemente das inspeções e medições para efeito de faturamento e, ainda, independentemente do

estado da obra e do canteiro de trabalho.

A existência e a atuação da FISCALIZAÇÃO em nada diminuem a responsabilidade única, integral e exclusiva da

CONTRATADA no que concerne às obras e suas implicações próximas ou remotas, sempre em conformidade com o

Contrato, demais leis e regulamentos vigentes.

A FISCALIZAÇÃO poderá exigir, a qualquer momento, de pleno direito, que sejam adotadas pela CONTRATADA

providências suplementares necessárias à segurança dos serviços e ao bom andamento da obra.

A CONTRATADA proverá, no Canteiro de Obras, equipe para realizar o acompanhamento dos projetos e dar assistência à

execução das obras.

Todas as reuniões formais entre as partes serão registradas em Ata de Reunião, assinadas ao término das mesmas pelos

presentes e pelos prepostos de ambas as partes, que se obrigam ao cumprimento das decisões registradas, desde que

não conflitantes com o contrato. Cópias das atas serão sistematicamente distribuídas;

Toda comunicação entres as partes deverá ser escrita e através dos mecanismos de correspondência: GED, Ofício, Carta

registrada, email, Diário de Obras e/ou outras que devem ser validadas em reunião formal.

14.1. OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA.

Cabe a CONTRATADA total responsabilidade na execução dos serviços e obras contratadas inclusive, mas não se

limitando a prover dos meios necessários para que todos os serviços e obras sejam executados rigorosamente em

31

concordância com o disposto nos Projetos, nas Especificações Técnicas, nas Normas e Métodos pertinentes da ABNT,

dentro dos prazos e demais condições contratuais estabelecidas, leis e regulamentos vigentes, bem como atender as

normas e procedimentos das Organizações citadas no item 3, deste manual; e suas respectivas normas e diretrizes.

A CONTRATADA deverá notificar à FISCALIZAÇÃO, por escrito, quaisquer condições significativamente diferentes das

indicadas em projeto ou que possam vir a alterar os prazos executivos, ou a quantidade e qualidade dos serviços e obras

controlados, antes que tais condições sejam alteradas.

Em caso de dificuldade na aquisição dos produtos especificados, ou observadas vantagens construtivas na troca de

produtos, devem ser apresentadas as alternativas de substituição à FISCALIZAÇÃO, quando da execução das obras, e

consulta à FISCALIZAÇÃO, em tempo hábil para a tomada de decisões. As alternativas deverão ser apresentadas com

estudo comparativo de custos e prazo de execução.

A CONTRATADA deverá assegurar a guarda no Canteiro de Obras de materiais especiais e equipamentos já adquiridos e

ainda não aplicados e/ou instalados, e contratando seguro para este fim.

Somente será permitida a troca de materiais ou equipamentos por outros “similares” ao especificado, se comprovadamente

equivalentes em qualidade e desempenho ao original, isto é, se desempenharem idênticas funções construtivas,

apresentarem as mesmas características formais e tecnológicas e contarem com a aprovação da FISCALIZAÇÃO;

Reserva-se à FISCALIZAÇÃO o direito de impugnar o andamento das obras e a aplicação de materiais ou equipamentos,

desde que não satisfaçam o que está contido nestas especificações, obrigando-se a CONTRATADA a desfazer por sua

conta e risco o que for impugnado, refazendo tudo de acordo com as mesmas especificações.

A CONTRATADA será responsável pela execução das Obras e Serviços em rigorosa obediência às orientações

determinadas pela FISCALIZAÇÃO.

A CONTRATADA deverá conservar na obra uma cópia destas especificações e dos projetos, sempre à disposição da

FISCALIZAÇÃO.

De modo algum a atuação da FISCALIZAÇÃO, durante a execução das obras, eximirá ou atenuará a responsabilidade da

CONTRATADA pelos defeitos de ordem construtiva que as mesmas vierem a apresentar. Somente à CONTRATADA

caberá a responsabilidade pela perfeita execução das obras em todos os seus detalhes.

O acesso da FISCALIZAÇÃO a qualquer parte da obra e a qualquer momento deverá ser facilitado pela CONTRATADA,

que manterá na obra continuamente um representante devidamente credenciado;

Não poderão ser introduzidas quaisquer modificações nos projetos e especificações sem a aprovação da FISCALIZAÇÃO e

consulta aos autores do projeto, em garantia a legislação de Diretos Autorais vigente.

14.2. DESPESAS LEGAIS.

Será de responsabilidade exclusiva da CONTRATADA a obtenção de todas as licenças e suas eventuais prorrogações,

incluídos os impostos, taxas e emolumentos federais, estaduais e municipais correspondentes, as contribuições e

despesas devidas a órgãos de classe, e ainda as concessionárias de serviços públicos municipais, estaduais e federais

que forem necessárias à execução e legalização da obra.

Será também de responsabilidade exclusiva da CONTRATADA o registro da obra no CREA e no CAU, pagamento de

todos os impostos e taxas incidentes sobre a obra.

32

À CONTRATADA competirá ainda, o pagamento de quaisquer multas eventualmente impostas pelas autoridades públicas,

em consequência da inobservância ou infração de leis, decretos, posturas, regulamentos ou exigências administrativas

vigentes durante a execução das obras e serviços.

14.3. LICENÇA AMBIENTAL

Deverá ser solicitada a Licença Municipal de Instalação de Obra (L.M.I) e a Licença Municipal de Operação (L.M.O) de

equipamentos, quando houver, de acordo com:

Resolução SMAC nº 520 de 17/09/2012: Estabelece modelos para requerimento e emissão de Licenças

Ambientais Municipais e Autorização para Remoção de Vegetação.

Decreto nº 28.329 de 17/08/2007: Regulamenta critérios procedimentos destinados ao Licenciamento Ambiental à

avaliação de Impactos Ambientais e Cadastro Ambiental de atividades e empreendimentos que menciona e dá

outras providências.

14.4. COMUNICAÇÃO PRÉVIA

É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início das atividades, das seguintes informações:

Endereço completo da obra;

Endereço completo e qualificação (CEI, CGC, ou CPF) do contratado;

Tipo de obra;

Datas previstas de início e conclusão da obra;

Número máximo previsto de trabalhadores na obra.

14.5. LISTA DE DECUMENTAÇÃO PARA REGULARIZAÇÃO DA OBRA

É obrigação da CONTRATADA obter toda a documentação necessária à regularização de obras tais como: Aceitação da

Via Interna, Drenagem (Rio-Águas), Pavimentação (CGC da SMO), Aceitação das obras de urbanização do logradouro de

acordo com o Termo de Compromisso assinado, Aceitação das obras de Drenagem (Rio-Águas), Aceitaç

ão de pavimentação (CGC da SMO), Declaração de aceitação de abastecimento de água e esgotamento sanitário

(CEDAE), Arborização (FPJ), Aceitação do Dispositivo de Tratamento da CEDAE ou Rio-Águas, Parques e Jardins

(declarações), Averbação do recuo/investidura, Caixa Postal (Declaração do PREO), Certidão de ISS / Visto Fiscal,

Concessionárias - Certidões ou Declaração do PREO (Anexo III Dec. 5.726/86), Certificados: CBMERJ, Exaustão

Mecânica, Ar condicionado, Elevadores e Outros, Declaração do PREO referente ao Dec. 22.705/03 (adaptações

arquitetônicas), Documento comprobatório SMAC – Res. Conj. SMAC/SMU, Manutenção de 50% da área livre do lote em

condições de permeabilidade e plantio de árvores, rebaixo de meio-fio, RI do remembramento / desmembramento,

Sinaleiras, Atender exigências: Sec. de Saúde, GEO-RIO, CET-RIO, SMAC e outros, Apresentar Certidão Negativa de

Tributos Municipais atualizada, emitida pela SMF.

33

15. SUSTENTABILIDADE:

A CONTRATADA deverá conhecer e respeitar os Compromissos de Sustentabilidade constantes no Dossiê de Candidatura

bem como sua revisão aprovada perante o Comitê Olímpico Internacional, consolidados no documento Plano de Gestão de

Sustentabilidade (PGS), em especial os que se aplicam à fase de construção das instalações olímpicas.

Para alcançar a transformação sustentável proposta na candidatura dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, os

organizadores dos Jogos assumiram o compromisso de integrar critérios de sustentabilidade em todo o ciclo de gestão dos

Jogos, desde a concepção e planejamento até as atividades de implementação, revisão e pós-evento. Os princípios que

regem esta integração são: responsabilidade, inclusão, integridade e transparência.

Desta forma, almeja-se não apenas atingir níveis de excelência na organização dos Jogos, mas também demonstrar

liderança ao estabelecer novos padrões de gestão da sustentabilidade em eventos no país e na região.

15.1. DIRETRIZES DE CONSTRUÇÃO

As diretrizes específicas para a fase de construção, são diretrizes para controle de poluição e minimização dos impactos

ambientais no canteiro bem como controle da obra para garantir atendimento das metas ambientais previstas em projeto.

15.1.1. PLANEJAMENTO DA OBRA VISANDO CONTROLE DE POLUIÇÃO DO CANTEIRO

O planejamento da obra visando o controle de poluição do canteiro tem como objetivo a redução do impacto ambiental e

humano no sitio e entorno imediato. A maioria das atividades de um canteiro de obras provoca poluição, através da

emissão de materiais particulados (poeira, fumaça, fumo e névoa) e de outros gases poluentes (gás carbono e dióxido de

enxofre); contaminação do solo e lençol freático com produtos contaminantes (óleos, combustíveis, etc), a

descaracterização do habitat natural (flora e fauna) existente no local e o controle de efluentes.

Devem ser adotadas no mínimo as diretrizes abaixo:

a) Emissão de material particulado

Reduzir a produção da poluição gerada pelas atividades da construção, controlando a erosão do solo, sedimentação dos

cursos da água e geração de poeira, criando e implementando um Plano e Projeto de Controle de Sedimentação e Erosão.

A emissão de particulado pode acontecer por via aérea através da circulação de veículos em solo exposto, e por via

terrestre pelos portões de acesso ou perímetro da obra através do escoamento das águas superficiais do canteiro ou pelo

deslocamento de veículos para dentro e fora do canteiro. A consequência dessas atividades inclui uma variedade de

aspectos ambientais relacionados à qualidade da água e impacto no entorno imediato.

A emissão de material particulado dos canteiros de obra no habitat natural gera perturbações devido a quantidade de

poluentes, sedimentos e nutrientes diferentes da situação original. Além disso, o carreamento de material particulado para

os corpos d’água contribui para a degradação das lagoas e rios levando a um potencial aumento de enchentes.

Sendo assim, devem ser previstas estratégias para controle da emissão de particulado, tais como:

Prevenir a erosão do solo por águas de chuva e /ou pelo vento através da estabilização de solo exposto em áreas

onde não ocorram atividades;

Controle da saída de sedimento em portões de acesso de veículos e perímetro da obra;

Controle da saída de sedimento através do escoamento das águas pluviais (sistema de drenagem);

34

Controle de emissão de material particulado por atividade, ex.: lixamento, serragem, britagem, demolição,

descarga e transporte de material, armazenamento de resíduo e material pulverulento (sacaria de cimento,

resíduo de gesso e classe A, rejunte, etc.)

Manutenção e limpeza do entorno da obra (ruas e calçadas)

Realizar atividade de concretagem de maneira controlada, evitando que o concreto e seus subprodutos atinjam as

bocas de lobo e corpos d’água

b) Contaminação do solo e lençol freático

A quantidade considerável de máquinas e equipamentos que atuam em campo, todos normalmente movidos a diesel são

responsáveis por dois aspectos ambientais que devem ser tomados em consideração: emissão de gases poluentes e

contaminação do solo, corpos d’água e lençol freático.

A contaminação do solo acontece quando materiais e resíduos contaminantes, tais como combustíveis, graxas, óleos

lubrificantes não são armazenados ou utilizados em campo adequadamente, ou até mesmo quando o maquinário não

recebe revisão adequada contínua o que pode ocasionar gotejamentos ou até mesmo vazamentos desse material

contaminante no solo. Estratégias para controle da contaminação do solo e lençol freático:

Disponibilizar local apropriado para o acondicionamento dos materiais e resíduos contaminantes: sinalizado,

coberto, fechado e ventilado, que contenha piso impermeável com calha e ladrão para caso de vazamento;

Disponibilizar local apropriado para acondicionamento de corpos de prova;

Ao utilizar qualquer material contaminante, o mesmo deverá estar disposto sobre bandejas metálicas ou lonas;

Durante abastecimento dos equipamentos, deverá ser disponibilizada superfície (bandeja, lona, etc.) para

contenção de possíveis vazamentos;

Disponibilizar dispositivo (bandeja, lona, recipiente, etc.) sob máquinas e equipamentos a base de combustível nos

pontos de gotejamento.

c) Alteração do “habitat” natural

Alguns projetos demandam a alteração física do terreno, incluindo movimentação de terra, remoção de vegetação e desvio

da fauna. Toda área de vegetação que for permanecer in loco deve ser mantida em condições adequadas ao longo de todo

o processo de construção. A falta de cuidados adequados com o habitat natural pode gerar alteração da qualidade

paisagística assim como na biodiversidade das espécies locais, pois a supressão da vegetação gera um processo dinâmico

de alteração do ecossistema local, trazendo riscos à fauna e à flora.

Estabelecer medidas para reutilização da camada superficial rica em matéria orgânica (Topsoil);

Estabelecer um plano de manutenção e proteção do habitat natural a ser preservado;

Realizar proteção física de espécies vegetais e animais permanentes e áreas de preservação no terreno, na

calçada e na vizinhança (quando houver interferência);

Estabelecer um plano de replantio adequado no caso de espécies vegetais que serão replantadas;

Ocupar o mínimo do terreno possível com a montagem do canteiro de obras, permanecendo e protegendo as

áreas verdes existentes;

Não estocar produtos ou fixar objetos nos troncos e raízes das árvores

35

d) Vibração, Ruído e emissão de gases poluentes

A emissão de gases poluentes é uma das questões diretamente relacionadas ao uso extensivo de maquinário e

equipamento movido a diesel. A qualidade do ar do canteiro e áreas limítrofes é afetada por essa questão.

Ademais, a vibração e o ruído dos equipamentos e máquinas utilizados podem provocar danos à saúde dos trabalhadores.

A constante verificação desses equipamentos e o uso adequado de EPI, é uma estratégia fundamental para o controle

desse aspecto ambiental.

Realizar manutenção frequente em todo o maquinário

Os funcionários devem utilizar equipamento de proteção individual apropriado para a atividade

Sempre que possível utilizar equipamentos e estratégias de execução que gerem menor ruído e vibração.

Estabelecer medidas para controle de ruído e vibração: reforço estrutural em construções vizinhas, utilizar

silenciadores em escapamentos, utilizar proteções acústicas complementares (barreiras) quando viável e realizar

a atividade em períodos que ocorra menor incômodo a vizinhança.

e) Controle de efluentes

A atividade da construção civil gera uma série de efluentes que devem ser corretamente descartados, tais como: águas

residuais de lavagem de equipamentos e veículos, caixas de decantação de lava-rodas e sanitários.

Controle e correto tratamento e descarte do efluente gerado em áreas de decantação de material particulado e

lavagem de equipamentos e veículos (no lava-rodas, gesso, concreto, etc);

Controle e correto tratamento e descarte do efluente gerado durante a atividade de lavagem de pincéis;

Controle e correto descarte do efluente gerado pelos sanitários, refeitórios e cozinhas;

Controle e correto tratamento e descarte das águas superficiais do terreno

f) Gestão de resíduos

Os resíduos de construção civil representam um significativo percentual dos resíduos sólidos produzidos em áreas

urbanas. De acordo com o CONAMA 307/2002 o princípio para a gestão de resíduos em um canteiro de obras consiste em

primeiro lugar na não geração de resíduos e, depois, a redução, reutilização, reciclagem e a correta destinação final.

Deve ser estabelecido um plano de gestão de resíduos da construção para cada canteiro.

No caso de instalações temporárias, deve-se levar em consideração a gestão de resíduos durante a etapa de montagem e

desmontagem que deve estar contido no plano de gestão de resíduos.

Evitar a geração de resíduos através da redução do desperdício através das iniciativas abaixo:

Manter o canteiro organizado e limpo;

Realizar triagem dos resíduos por classe, de acordo com a classificação estabelecida pelo CONAMA 307/2002;

Disponibilizar recipientes corretamente sinalizados para o acondicionamento primário dos resíduos;

Sempre que possível fazer a reutilização de materiais ou mesmo estudar a viabilidade econômica da reciclagem

dos resíduos no canteiro, evitando sua remoção e destinação;

Disponibilizar local apropriado e com dimensionamento adequado à etapa da obra para o correto

acondicionamento final dos resíduos;

36

Realizar o transporte adequado dos resíduos: o veículo deve estar com a sua manutenção em dia e a caçamba

deverá estar coberta;

Prioritariamente, destinar os resíduos para recicladoras e cooperativas licenciadas;

g) Uso racional de recursos

O uso racional de recursos envolve o consumo consciente de materiais, produtos e componentes, água e energia. O

consumo desnecessário de recursos tem como consequência imediata o esgotamento de jazidas, redução no volume e

alteração da qualidade das águas disponíveis, poluição e uso de combustíveis fósseis e a geração de resíduos.

Racionalizar a utilização dos materiais e recursos de modo a minimizar suas perdas, gastos desnecessários é fundamental

para uma construção sustentável.Adotar as medidas listadas abaixo:

Realizar o correto armazenamento dos materiais no canteiro, evitando que sejam danificados e gerando resíduos;

Realizar compra racional de materiais, de acordo com a necessidade identificada na atividade. A grande

quantidade de materiais em estoque pode gerar a sensação de abundância e o consequente desperdício;

Planejar a localização dos almoxarifados no interior da obra, evitando deslocamentos extensivos ao longo do

canteiro, o que pode acarretar na quebra ou no dano do material;

Calcular corretamente o consumo de argamassa e gesso para que não haja desperdícios pelo excesso;

Realizar campanha para conscientização do uso racional de água e luz no canteiro de obras;

Utilizar construções provisórias modulares (ex.: containers) para escritório, área de vivência dos funcionários, etc.;

Quando possível, captar a água da chuva e reutiliza-la dentro do canteiro;

Reutilizar a água de lavagem de rodas dos veículos;

No escritório da obra utilizar iluminação com lâmpadas eficientes

h) Plano de capacitação de mão de obra

Atualmente o mercado da construção civil vivencia uma escassez de mão de obra que não está qualificada para lidar com

as novas tecnologias construtivas. Normalmente o processo de qualificação do operário é realizado de maneira informal, ou

seja, baseada unicamente na experiência, deixando uma lacuna entre a vivência da prática do dia a dia e o entendimento

de questões técnicas e avanços dos materiais e do setor. Para uma constante melhoria da qualidade de execução dos

serviços e especialização é fundamental o investimento na capacitação da mão de obra da construção civil por parte da

CONTRATADA.

Sugere-se a adoção das estratégias abaixo:

Elaborar um plano de capacitação de mão de obra

Realizar parcerias com empresas e escolas de capacitação de mão de obra

Aplicação de treinamentos mensais e semanais com temas específicos relacionados à segurança do trabalho e

educação ambiental.

37

i) Garantir o fornecimento responsável e priorizar fornecedores regionais

A escolha acertada de materiais e seus respectivos fabricantes contribuem com a sustentabilidade da construção como um

todo. Questões como fornecimento responsável e priorização por fornecedores regionais devem ser tratadas com

prioridade durante o processo de orçamento e escolha entre empresas.

Para a aquisição de produtos e materiais indicamos como referência o Guia da Cadeia de Suprimentos Sustentável

elaborado pelo Comitê Organizador dos Jogos Rio2016 e o processo sugerido pelo CBCS (Conselho Brasileiro de

Construções Sustentáveis) que estabelece um procedimento para seleção de insumos e fornecedores com critérios de

sustentabilidade a partir da adoção de seis passos. Especificamente para o insumo de madeira e seus subprodutos,

devem-se priorizar madeiras certificadas FSC, PEFC / Cerflor.

j) Gestão de qualidade e gestão de mudanças

A gestão de qualidade na construção civil é o mecanismo que analisa e monitora a execução dos serviços de acordo com

as normas, garantindo a qualidade do produto final. Para tanto, é fundamental a criação de um mecanismo de atualização

sobre produtos, processos, legislações, equipamentos, normas etc. de maneira a disponibilizar as informações mais

pertinentes a serem utilizadas.

A CONTRATADA deve apresentar relatórios conforme as etapas construtivas previstas no contrato, salientando as

mudanças previstas durante o processo, explicitando os impactos financeiros e no atendimento das metas de

sustentabilidade determinadas no projeto, além de possíveis riscos no sentido de balizar tomada de decisão pelas escalas

superiores de acompanhamento da obra.

l) Gestão da construção para atendimento a toda legislação aplicável

Garantir um processo de gestão que contemple o atendimento da legislação brasileira aplicada à construção civil,

notadamente: legislação ambiental, trabalhista, saúde e segurança do trabalhador e demais aplicáveis.

m) Controle para garantia das metas de sustentabilidade

A gestão de qualidade inclui garantir que as metas de sustentabilidade previstas em projeto para cada tipologia específica

sejam alcançadas. A CONTRATADA, através da equipe de sustentabilidade, deve estabelecer processo junto aos setores

de aquisição de materiais e de documentação para garantir o atendimento às metas estabelecidas, tais como conteúdo

reciclado em materiais, materiais regionais, equipamentos elétricos com etiqueta PROCEL A, materiais com baixa emissão

de compostos orgânicos voláteis, madeira certificada/ madeira de origem legal etc. e respectivo registro visando permitir a

confecção do relatório de sustentabilidade.

n) Relatórios

Deverá ser elaborado relatório de acompanhamento de aspectos e ações de sustentabilidade e meio ambiente de canteiro

de obras (tais como gerenciamento de resíduos, controle de erosão e sedimentação, controle de poluição, consumo de

água etc.), bem como do cumprimento das metas estabelecidas em projeto (tais como aquisição de materiais regionais,

materiais com conteúdo reciclado etc.) contendo registro fotográfico do canteiro de obras, semanalmente, sendo entregue à

FISCALIZAÇÃO no mínimo um relatório mensal consolidado, em meio digital e impresso.

38

16. ACESSIBILIDADE:

Todos os equipamentos esportivos ou administrativos a serem utilizados nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016

devem criar condições favoráveis de acessibilidade ampla e irrestrita, incluindo atletas e o público em geral, tanto para os

Jogos Rio 2016 quanto para o legado.

As instalações e equipamentos esportivos e seus entornos devem apresentar condições favoráveis de acessibilidade

proporcionando à maior quantidade possível de pessoas a utilização do ambiente de maneira autônoma e segura. Para

isso, é preciso considerar a diversidade de habilidades físicas e sensoriais da população, inclusive das pessoas idosas,

obesas, gestantes e pessoas com deficiência física, auditiva, visual, intelectual e mental, podendo estas serem

permanentes ou temporárias.

As ações descritas neste documento têm como objetivo fornecer os requisitos mínimos que devem ser atendidos pela

CONTRATADA em todas as etapas da obra e fases de construção ou duração do contrato, de forma a monitorar a

qualidade da acessibilidade em todas as fases de desenvolvimento, através do acompanhamento próximo do controle dos

processos.

16.1. RECOMENDAÇÕES CONCEITUAIS

Considerar que a acessibilidade de um itinerário, lugar, objeto ou ambiente, implica que as pessoas em sua diversidade

possam chegar, entrar, utilizar e sair do ambiente em condições de segurança e com a maior equidade, autonomia e

conforto possível.

Basear a aplicação, o desenvolvimento dos projetos e a execução da obra nos princípios de Desenho Universal (ABNT

NBR 9050) em normas uniformes internacionais e regionais, geradas por consenso e recomendadas nesse edital.

Devido ao conhecimento relativamente recente ao tema de Desenho Universal, ressalta-se a importância do detalhamento

do projeto com ênfase nesses requisitos. A observância a alguns detalhes tem importância especial, onde poucos

centímetros de diferença podem comprometer todo um itinerário acessível.

Considerar o conceito de rota acessível (ABNT NBR 9050) para o desenvolvimento do projeto, garantindo pelo menos um

percurso acessível a todas as pessoas em suas diversidades, levando à todas as áreas de interesse, tais como:

concessões, sanitários e vestiários, assentos, etc. Para esse conceito ressaltamos que nos Jogos existem diferentes tipos

de fluxos de pessoas (clientes): público, mídia, imprensa, atletas, oficiais de jogos, família olímpica e paralimpica e fluxos

operacionais. A qualidade da acessibilidade está diretamente ligada à segurança e ao conforto que proporcionam aos

usuários, tais como: rotas acessíveis interligando todas as áreas de interesse, rotas de fuga acessíveis, rampas com

inclinações suaves, barras de apoio bem fixadas, pisos táteis, itens de sinalização e comunicação visual de acordo com as

questões de contrastes visual, dentre outros exemplos.

Ressaltamos que conforme os documentos constantes nos contratos e licitações para a realização dos equipamentos

destinados aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, os projetos, a obra e as fases de construção devem seguir os

princípios de acessibilidade e do conceito de Desenho Universal, contemplados no Decreto 5296/2004, no Decreto

7823/2012, bem como nas Normas Técnicas Brasileiras - ABNT, com destaque para a Norma Técnica ABNT NBR

9050/2004: Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos, da Associação Brasileira de

Normas Técnicas.

39

De acordo com os compromissos de candidatura, entende-se também a importância do cumprimento dos Manuais

Técnicos do International Paralympic Committee - IPC, com destaque para o IPC Accessibility Guide (disponível no site:

http://www.paralympic.org/sites/default/files/document/130902143349868_IPC+Accessibility+Guide_2nd+EDITION_FINAL.

pdf), bem como o Caderno de Diretrizes Técnicas de Acessibilidade do Comitê Rio 2016/Versão 3, de 2013 (ou

versão posterior) - ANEXO 3, bem como as Notas Técnicas elaboradas pelo Grupo de Trabalho de Acessibilidade

aprovadas pelo Comitê Executivo, ficando A CONTRATADA responsável por seu pleno atendimento.

Por ser o tema Acessibilidade mais comumente tratado nas fases de projeto, sua incorporação às fases de execução de

obra requer dos profissionais envolvidos o conhecimento da legislação e das normas, de forma a se estabelecer rotinas de

controle de qualidade específicas que assegurem a qualidade necessária.

Devido a isso, ressalta-se a importância da FISCALIZAÇÃO com ênfase nesses requisitos. A observância a alguns

detalhes tem uma importância especial e poucos centímetros de diferença entre o desenho e a execução pode

comprometer todo um itinerário acessível.

A CONTRATADA designará em sua equipe profissional qualificado em Acessibilidade, designado como assessor em todas

as etapas dos projetos nessa disciplina. O mesmo deverá ser o ponto focal nesse tema, estando a disposição para fornecer

as informações necessárias. Profissional qualificado é definido como aquele comprovadamente apto e detentor de

conhecimentos relacionados ao conteúdo deste documento, podendo ser arquiteto(a) ou engenheiro(a) civil.

Este profissional, denominado Gestor de Acessibilidade será responsável pela verificação e adequação dos projetos à obra

de forma a garantir que a acessibilidade dos ambientes construídos atenda às exigências da legislação e das Normas

Técnicas vigentes.

Anteriormente ao início das obras a CONTRATADA deve apresentar à FISCALIZAÇÃO o profissional responsável (Gestor

de Acessibilidade) contratado, e que deverá ser o ponto focal nesse tema.

O Gestor de Acessibilidade deve ser um profissional residente em obra e deverá estar presente durante todas as visitas de

inspeção do Responsável de Acessibilidade da CONTRATANTE.

O Gestor de Acessibilidade será responsável pelo fornecimento de informações e relatórios reportando os indicadores de

performace (KPIs) relacionados ao tema de acessibilidade, como percentual de pessoas com deficiência no total de mão de

obra empregada.

Cabe ao Gestor de Acessibilidade a emissão de documento atestando o completo atendimento às especificações de

acessibilidade previstas na norma técnica de acessibilidade NBR 9050: Acessibilidade a Edificação, Mobiliário, Espaços e

Equipamentos Urbanos, da ABNT - em sua última versão, do Decreto Federal nº 5.296, de 2004 e do Decreto Federal nº

7.823, de 2012, para a aprovação ou licenciamento ou emissão de certificado de conclusão de execução da obra.

A CONTRATADA deverá garantir o perfeito funcionamento e disponibilidade das instalações e equipamentos de

acessibilidade, tais como: elevadores, controles eletrônicos para informação visual e sonora, sinais sonoros de travessia,

manutenção da sinalização de comunicação visual e tátil (braille). Deverá também garantir a manutenção das rotas

acessíveis de integração entre as diversas zonas de deslocamento manutenção de calçadas e verificação do piso tátil,

conservação do paisagismo, dentre outros, para que não ocorra interferência sobre as rotas de percurso.

A CONTRATADA deverá garantir que todos os projetos de arquitetura, instalações e demais disciplinas sejam examinados

e compatibilizados entre si e em conjunto com os projetos de urbanismo para garantia de acessibilidade na obra. Os

projetos, bem como sua execução, devem ser analisados e, se necessário, adequados sempre com a validação da

40

FISCALIZAÇÃO. Itens como alocação de bueiros, grelhas nos pisos, postes de iluminação, sinalização, mobiliário urbano,

dentre outros, não podem prejudicar as rotas acessíveis, devendo evitar posicioná-los em frente às rampas ou escadas e

em áreas destinadas à maior circulação de pedestres.

A CONTRATADA deverá atender a todas as solicitações da FISCALIZAÇÃO acerca das adequações com foco em

acessibilidade durante a execução das obras de sua responsabilidade e que dependa da seleção ou especificação de

produtos, ou dos seus procedimentos de obra até que a FISCALIZAÇÃO tenha finalizado o processo de aceitação formal.

Os escritórios de obras (Canteiro de Obras) construídos para atender as obras das instalações, temporárias ou

permanentes devem atender aos princípios básicos de acessibilidade quanto à garantia de rota acessível, desde a entrada

dos equipamentos que atenderão aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos até o interior (inclusive) dos escritórios nos

canteiros. Isso permitirá, por exemplo, a participação de pessoas usuárias de cadeiras de rodas nos ambientes e/ou

reuniões de trabalho. Deve haver 1 (um) sanitário acessível em cada edificação ou equipamento.

A CONTRATADA fornecerá as informações que forem consideradas necessárias para melhor entendimento, execução e

acabamento dos quesitos relativos à acessibilidade e/ou itens relacionados a essa disciplina.

17. SEGURANÇA DA OBRA:

Este item descreve as responsabilidades e define as exigências contratuais de Segurança do Trabalho e Saúde

Ocupacional e a Política de segurança patrimonial dos canteiros de obras, que deverão ser observadas e cumpridas por

todas as CONTRATADAS durante a execução das obras.

A CONTRATADA deverá elaborar um Plano de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional em conformidade com os

requisitos abaixo:

17.1. SEGURANÇA DO TRABALHO:

Durante a execução das obras e serviços, a CONTRATADA deverá atender a todos os requisitos de Segurança do

Trabalho e Saúde Ocupacional, previstos na Constituição Federal, Leis, Decretos, Portarias e Normas regulamentadoras,

no âmbito Federal, Estadual e Municipal, zelando pela plena proteção contra riscos de acidentes com seus empregados,

colaboradores e com terceiros, independentemente da transferência daqueles riscos a companhias ou institutos

seguradores.

Cabe a CONTRATADA a obrigação e responsabilidade de fazer com que todos os seus empregados e os empregados das

eventuais empresas subcontratadas cumpram todas as leis, regulamentos, normas, decretos, portarias, regras e códigos

governamentais, estaduais e locais pertinentes relacionadas à Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional, não podendo

em hipótese alguma alegar desconhecimento das mesmas.

A FISCALIZAÇÃO se reserva o direito de modificar ou acrescentar novas exigências legais ou técnicas de Segurança do

Trabalho e Saúde Ocupacional, sempre que se fizer necessário.

Porque a necessidade de atendimento aos princípios da FISCALIZAÇÃO?

A RIOURBE valoriza a “VIDA” acima de tudo.

41

A RIOURBE exige das suas CONTRATADAS o estabelecimento de padrões de saúde e segurança ocupacional.

A RIOURBE incentiva a aplicação de tecnologias cada vez mais avançadas na melhoria contínua dos aspectos de

saúde e segurança.

17.1.1. PLANO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL

Além dos requisitos estabelecidos nesta diretriz contratual, a CONTRATADA, deverá elaborar o seu Plano de Segurança

do Trabalho e Saúde Ocupacional, devendo o mesmo contemplar o seguinte:

Definição da estrutura de gestão e do coordenador de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional;

Estrutura organizacional da CONTRATADA;

Definição da Matriz de Atribuições e Responsabilidades de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional da

CONTRATADA;

Definição das políticas de saúde e segurança;

Apresentação da documentação comprobatória de atendimento a todos os requisitos legais, em especial

referentes à Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho que regulamenta as Normas Regulamentadoras – NR, as

normas e procedimentos preconizados pela FISCALIZAÇÃO, dentre outras normas aplicáveis;

Apresentação do planejamento, implementação, operação, verificação de ações e de programas de auditorias a

serem desenvolvidos para todos os níveis da organização;

Atendimento a padrões corporativos e específicos de saúde e segurança;

Plano de Comunicação englobando os principais envolvidos na implantação do Parque Olímpico, em especial

para as equipes de obras, público interno, órgãos públicos e outros parceiros considerando as situações de rotina

e de emergências;

Definição das metas de saúde e segurança;

Análise de perigos, riscos e toxicologia de todos os materiais, incluindo a apresentação da FISPQ;

Análise de impacto da construção sobre saúde e segurança;

Definição de auditorias, inspeções e ações para monitoramento e controle da gestão de saúde e segurança;

Definição da infraestrutura necessária para atendimento aos requisitos legais tais como: ambulatório, refeitório,

canteiro de obras, vestiário e banheiros, locais de estocagem temporária e destinação final de resíduos,

tratamento de esgoto doméstico e efluentes contaminados, dentre outros;

Definição do Plano de Emergência englobando: identificação dos cenários emergenciais, brigada de emergência,

treinamentos, Plano de Comunicação, rotas de fuga, simulados, sistemas de combate a incêndio, sinergias com

órgãos locais, comunidades e área operacional, incluindo a estrutura e os recursos materiais e humanos;

Programa de treinamento e de sensibilização;

Definição de um processo de gestão de mudanças.

42

17.1.2. ACOMPANHAMENTO DA SEGURANÇA DO TRABALHO

Depois de assinada a Ordem de Serviços a CONTRATADA deverá apresentar a sua Planilha de Identificação de Perigos e

Danos, de suas subcontratadas para apreciação e aprovação da FISCALIZAÇÃO.

A elaboração da Planilha de Identificação de Perigos e Danos deverá contar com a participação dos empregados que irão

realizar a APT.

Para a realização de toda atividade que não houver Procedimento Específico aprovado, onde os funcionários não foram

treinados, devem ser feitas antes do início das atividades a APT.

Para a realização de todos os Trabalhos Especiais deve ser utilizado formulário próprio denominado Permissão para

Trabalhos Especiais (PTE).

Durante a execução das obras e serviços, quando aplicável, serão formados comitês para acompanhamento das ações e

avaliação de desempenho de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional.

Estes comitês se reunirão extraordinariamente no caso de acidentes CPT ou conforme a necessidade. Os acidentes CPT

deverão ser apresentados pela diretoria da CONTRATADA à FISCALIZAÇÃO.

17.1.3. REQUISITOS LEGAIS E AUDITORIAIS

A CONTRATADA terá sua documentação avaliada pelas áreas de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional da

FISCALIZAÇÃO, que deverá estar conforme as exigências das NR (Portaria nº 3.214).

A CONTRATADA deve apresentar a ART do PCMAT ou PPRA.

Os levantamentos ambientais devem ser avaliados conforme a NR 15 - Atividades e Operações Insalubres e NR 16 -

Atividades e Operações Perigosa; com metodologia reconhecida, cronograma, definição de prazos e responsáveis pela

implantação das medidas no PCMAT ou PPRA.

Todos os operadores de máquinas e equipamentos são identificados no PCMAT ou PPRA para que os controles da

qualificação mínima da função e médico ocupacional, sejam realizados.

O PCMAT ou PPRA deve obedecer aos requisitos da NR 09 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e a NR 18 -

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, respectivamente.

A FISCALIZAÇÃO poderá em qualquer momento, auditar e inspecionar a CONTRATADA nos aspectos de Segurança do

Trabalho e Saúde Ocupacional. A CONTRATADA deverá elaborar um plano de ação para adequação às exigências da

FISCALIZAÇÃO.

A CONTRATADA deverá realizar, mensalmente e/ou bimestralmente, a Análise Crítica dos Resultados das avaliações e

dos indicadores do Sistema de Gestão de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional, gerando Planos de Ação para

garantir a implementação das. A melhoria contínua do desempenho em Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional deve

ser promovida em todos os níveis, de modo a assegurar seu avanço nessas áreas.

43

17.1.4. TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE

OCUPACIONAL

A CONTRATADA deve comprovar a capacitação e habilitação de todos os profissionais especializados, tais como:

eletricistas, soldadores, motoristas, operadores de equipamentos, dentre outros. O crachá definitivo de empregados que

eventualmente necessitarem de treinamentos somente será liberado após a apresentação do comprovante de participação

em tais treinamentos e ações de conscientização.

A CONTRATADA deverá programar treinamento e conscientização de segurança do trabalho e saúde ocupacional.

O Plano de Treinamento da CONTRATADA deve prever, no mínimo, a realização dos seguintes treinamentos para sua

equipe e de suas subcontratadas:

Primeiros Socorros;

Direção Defensiva e Primeiros Socorros para condutores de veículos e operadores de equipamentos móveis e

semimóveis;

Treinamento específico para executantes de serviços de movimentação de carga, tais como: operadores de

máquinas, sinalizadores e ajudantes;

Treinamento conforme a NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade para todos os

supervisores e executantes de atividades com eletricidade;

Treinamento de armazenamento, manuseio e montagem de andaimes para os supervisores e executantes dos

serviços de montagem de andaimes apresentando evidências de capacitação para montadores de andaimes;

Treinamento para execução de serviços em espaços confinados;

Combate a incêndios;

Prevenção a ataques a animais peçonhentos;

Segurança com cargas suspensas;

Treinamento sobre Responsabilidade Civil e Criminal relacionados a acidentes de trabalho;

Prevenção e controle de doenças infecciosas e parasitárias; alcoolismo e drogas; e doenças bucais;

Nas frentes de serviço, principalmente APT e Coleta Seletiva.

Os Treinamentos Diários, chamados de DDS devem ser ministrados diariamente antecedendo a jornada de

trabalho do empregado. O objetivo do DDS é a prevenção da ocorrência de acidentes fazendo que o funcionário

planeje as atividades em conjunto, tenha conhecimento dos riscos de sua atividade ou serviço e divulgar acidentes

ocorridos no Parque Olímpico.

Todos os registros de treinamento devem possuir data da realização, carga horária, o tema abordado e a assinatura dos

participantes.

Todo serviço em horário extraordinário deve ser planejado, sendo que, se ultrapassar o total de horas permitidas pela

legislação, a CONTRATADA deve substituir qualquer profissional, naquele período, por outro de igual qualificação.

44

17.1.5. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A CONTRATADA tem a responsabilidade e obrigação pelo fornecimento gratuito dos EPIs aos seus empregados,

aprovados pelo MTE, em conformidade com as especificações da NR 6 - Equipamento de Proteção Individual.

Os empregados devem ser treinados pela CONTRATADA para o uso adequado dos mesmos e a matriz do uso de EPIs por

função deve constar do PCMAT ou PGR ou PPRA.

A CONTRATADA deve registrar a entrega dos EPIs em formulário específico denominado de Ficha de Controle de EPIs

com Termo de Responsabilidade assinado pelo empregado e deve manter esses documentos arquivados, de preferência

no prontuário de cada trabalhador.

A qualidade dos EPIs deve ser comprovada por meio do Certificado de Aprovação (CA) e poderão ser solicitados para

verificação pela FISCALIZAÇÃO e/ou por Órgãos Legais.

A seleção e especificação técnica dos EPIs devem ser definidas pelo SESMT, em função da avaliação dos riscos inerentes

aos serviços que serão realizados, devendo ser eficazes e eficientes para garantir a preservação da saúde dos

empregados em relação aos riscos do ambiente de trabalho e dos níveis e limites de tolerância a que poderão estar

expostos.

A CONTRATADA deve fornecer EPIs aos seus empregados em quantidade suficiente mantendo um estoque de pronta

reposição. Os EPIs que possam ser reutilizados, desde que respeitado o prazo de vida útil (com exceção de calçados de

segurança), devem ser higienizados por processo de limpeza e desinfecção desenvolvido pelo fabricante do EPI e/ou

empresa especializada comprovadamente eficaz e que não provoquem danos ao equipamento. Após a higienização os

EPIs devem ser acondicionados em sacos plásticos para futuras utilizações.

Constatada a falta ou o uso inadequado de EPI, cabe a CONTRATADA corrigir a “Não Conformidade” imediatamente ou

retirar o empregado da exposição aos agentes agressivos até que seja suprida a sua falta ou adotada a prática de uso

adequado, sem ocasionar quaisquer ônus para a FISCALIZAÇÃO.

A CONTRATADA deve sinalizar os locais e áreas de risco, indicando a obrigatoriedade de uso e o tipo adequado de EPI a

ser utilizado.

Todo empregado encontrado sem o EPI deve ser encaminhado para treinamento de reciclagem, em caso de reincidência

outras iniciativas devem ser tomadas formalmente pela CONTRATADA.

A CONTRATADA deve fornecer óculos de segurança com lentes de grau, quando o empregado assim o

necessitar em função de quaisquer deficiências visuais.

Os óculos para trabalhos noturnos devem ser incolor ou apropriados ao tipo de serviço.

É obrigatório o uso de jugular nos capacetes.

Todos os empregados envolvidos em atividades acima de 2,00m de altura devem utilizar, obrigatoriamente, cinto

de segurança tipo pára-quedista, com 2 talabartes, mosquetão de 65 mm e trave de segurança.

Nas operações de lançamento de concreto, a CONTRATADA deve fornecer no mínimo: calças de PVC, botas de

borracha e luvas de PVC para os envolvidos na operação. Poderão ser exigidos EPIs complementares em função

do risco da atividade.

Os manipuladores de alimentos devem utilizar como EPIs no mínimo: uniformes completos, brancos ou de cor

clara, avental branco sem bolso acima da cintura, proteção que vede completamente os cabelos, máscara, luva

apropriada e calçado tipo bota de PVC antiderrapante e fechada.

45

17.1.6. MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS, MÁQUINAS E FERRAMENTAS

A entrada de equipamentos, máquinas ou ferramentas será realizada mediante apresentação, na Portaria de Acesso, da

relação dos itens contendo sua descrição e quantidade. Esse documento será retido na Portaria.

a) Equipamentos de içamento de cargas

Para toda operação de içamento de carga deverá ser emitida a APT, a PTE e devem ser observados os seguintes

procedimentos e recomendações:

É vedado o acesso de todo e qualquer meio de transporte e/ou movimentação de cargas que não tenha certificado de

revisão geral fornecido pelo fabricante ou oficina credenciada, atestando o satisfatório e adequado funcionamento de todos

os sistemas e dispositivos mecânicos, elétricos, hidráulicos, pneumáticos e todos os outros requisitos necessários à

operação a que se destinar o veículo, em condição segura, função da depreciação e uso normal.

Os equipamentos de içamento de carga devem estar munidos de cabos de elevação de lança, ligados aos demais

acessórios básicos do tipo manilhas, clips, sapatilhas, patescas e cintas para movimentação, em perfeitas condições de

uso e com os respectivos certificados de qualidade reconhecidos por entidade Certificadora.

As cintas deverão ser de acordo com as cores de padrão internacional para a capacitação de carga.

Para içamento de cargas com auxílio de cintas, deverá ser utilizado quebra quina, quando forem peças com quina viva.

A CONTRATADA deve possuir e manter uma equipe exclusiva e devidamente qualificada para a execução de operação de

carga e descarga.

O uso de gaiolas suspensas por guindastes, para execução de qualquer serviço, somente deverá ser liberado se todas as

alternativas técnicas se mostrarem inviáveis. Havendo necessidade deste uso deverá ser liberado pela FISCALIZAÇÃO

e/ou órgão competente. Neste caso, os guindastes deverão possuir dispositivos de segurança tais como: válvula de

segurança para excesso de carga e contra balanço em todos os cilindros hidráulicos protegendo em caso de rupturas no

circuito de óleo dinâmico. Toda Gaiola deve ter registro do Responsável Técnico (RT).

b) Transporte de carga

Os veículos de transporte de cargas, do tipo caminhonete, caminhões, caminhões munck e carretas, cujo objetivo seja a

movimentação de peças, equipamentos e materiais, durante toda a vigência do contrato, devem atender aos requisitos:

Os veículos devem estar em perfeito estado de uso.

Os veículos devem ser mantidos tanto internamente, quanto externamente em bom estado de conservação.

O controle do equipamento munck deve ser instalado com manoplas de comando duplo, as quais permitam o

acionamento pelo operador em ambos os lados do veículo. É expressamente proibido operar o munck do mesmo

lado da movimentação da carga.

A equipe de carga e descarga deve ser capacitada para a atividade de carga e descarga e dotados de meio

eficiente de comunicação.

Os veículos da CONTRATADA, transportando carga ou material granulado, devem ter cobertura que impeça

arraste eólico ou carreamento do material.

No caso de transporte de produtos perigosos o operador deverá possuir o treinamento MOPP definido pelo Código

de Trânsito Brasileiro, certificado do INMETRO e seguir a legislação aplicável.

Todos os equipamentos, móveis e semimóveis, deverão ter Plano de Manutenção.

46

No local de saída dos caminhões de obra deverá ser utilizado lava rodas, evitando espalhamento de materiais

pelas vias.

c) Concreto formas e armações de aço

A dobra e o corte de vergalhões de aço e o corte das fôrmas (caso sejam de madeira) para as obras, deverão ser feitos em

áreas isoladas, sobre bancadas ou plataformas apropriadas, estáveis, afastadas da área de circulação de trabalhadores e

deverão ser cobertas para abrigo dos envolvidos nessa atividade.

A policorte e as serras circulares devem estar em conformidade a NR 12 - Máquinas e Equipamentos, Portaria nº 3.214.

A área de trabalho onde estará situada a bancada de armação e fôrmas deverá ter piso não-escorregadio e as lâmpadas

protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas ou de vergalhões.

As fôrmas deverão ser projetadas e construídas de modo que resistam às cargas máximas de serviço, sendo que os

suportes e escoras de fôrmas deverão ser obrigatoriamente inspecionados antes e durante a concretagem.

O armazenamento do aço deve ser feito em baias separadas por bitolas e sinalizado. As peças de madeira devem ser

separadas por qualidade e espessura.

As pilhas de materiais devem ter altura que não prejudique o material e não tenha risco de instabilidade.

Fica proibido o uso de caçambas para transporte de concreto, sendo permitido somente o uso de caminhões betoneira.

A lavagem das bombas de concreto e/ou caminhões betoneiras deve ser feita em área pré-determinada pela

FISCALIZAÇÃO.

d) Fundações e Movimentação de Terra

As fundações devem seguir o projeto, entretanto quando forem utilizadas estacas, deve ser priorizado o uso de bate-

estacas hidráulicos, os quais devem ser apresentados para aprovação da FISCALIZAÇÃO.

Os serviços de escavação, perfuração e fundação deverão ser programados e acompanhados por responsável técnico

legalmente habilitado.

Os muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação deverão ser previamente

escorados.

O escoramento deverá ser reforçado nos locais onde houver máquinas operando.

Todos os equipamentos para execução de fundação profunda devem trabalhar com a área isolada em um perímetro que

proporcione segurança em caso de tombamento do referido equipamento. Devem-se tomar cuidados especiais em

escavações realizadas em vias de acesso, onde deverá ter barreira de isolamento reflexível em todo o seu perímetro e

sinalização de advertência, inclusive noturna.

Os equipamentos de fundação e movimentação de terra devem ser submetidos às inspeções diárias e para o equipamento

de estaqueamento deve-se ter um cuidado especial de realizar a manutenção mensal.

É obrigatório que haja a liberação formal para atividades de fundações e escavação manual e mecânica em áreas com

interferências operacionais.

47

e) Andaimes, escoramento e trabalhos em altura

Os aspectos relacionados à montagem de andaimes e plataformas elevadas deverão seguir os requisitos legais, em

especial a NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, Portaria nº 3.214 do MTE e os

requisitos técnicos contidos na ABNT NBR 6494:1990 Versão Corrigida:1991 - Segurança nos andaimes.

A equipe de montagem de andaimes deve ser qualificada, ter no mínimo 2 (dois) montadores, experientes e ser exclusiva

para esta atividade. As equipes de montagem de andaime devem ser coordenadas por um responsável técnico legalmente

habilitado.

Os empregados componentes da equipe de montagem de andaimes devem ter experiência comprovada na Carteira de

Trabalho e/ou serem certificados por meio de treinamento e qualificação por uma empresa especializada.

Durante a montagem dos andaimes, deve ser mantido no local uma Etiqueta Vermelha proibindo o uso do mesmo para

trabalho e permitindo o acesso restrito pelos montadores de andaime. Quando o andaime estiver com o seu acesso

liberado para trabalho, deverá ser afixado no mesmo uma Etiqueta Verde com um checklist contendo, no mínimo, o local da

montagem e a data de liberação.

A FISCALIZAÇÃO deve evidenciar com registro uma sistemática de especificação e inspeção periódica nos andaimes e

escoramentos. A identificação da inspeção deve ser afixada aos mesmos.

Deverá ser estudado, caso a caso, e se possível colocado nas estruturas acima de 2,00m, pontos de ancoragem definidos

para facilitar as futuras manutenções.

Os pontos de ancoragem para a fixação de cintos de segurança deverão estar disponibilizados nas estruturas e edificações

com resistência mínima de 1.500 kgf/cm².

Não é permitido o uso de cordas de sisal para ancoragem ou cabo guia.

Não é permitido o trabalho simultâneo em 2 (dois) níveis sobrepostos, salvo, quando houver instalação de dispositivo de

proteção contra projeção de materiais/ferramentas em toda extensão do trabalho. Os dispositivos de proteção de trabalhos

sobrepostos devem ser aprovados pela FISCALIZAÇÃO.

Para trabalhos em altura devem ser utilizados os EPCs apropriados, tais como: cabo guia, passarela de acesso, guarda

corpo, dentre outros, EPIs básicos, cinto de segurança com três pontos e duplo talabarte.

Somente em casos especiais será permitido trabalho com cadeira suspensa, esta exceção, deverá ser acordada com a

FISCALIZAÇÃO. Quando houver trabalho em cadeira suspensa, a mesma deverá ser montada pela CONTRATADA e

aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Deverá ser elaborado Plano de Trabalho e Emergência contemplando resgate vertical, exclusivo para a atividade.

f) Máquinas, equipamentos e ferramentas portáteis

É de responsabilidade da CONTRATADA, assegurar que todos os seus empregados e os das suas subcontratadas sejam

instruídos e treinados para a utilização segura e adequada de máquinas, equipamentos e ferramentas.

Todo ferramental envolvido na construção deve estar em prefeita condição de uso, principalmente proteções e cabos.

Para os trabalhos em altura as ferramentas e equipamentos devem ser utilizados amarrados evitando o risco de queda.

Após o início e durante todo o transcurso do Contrato, as ferramentas devem ser inspecionadas regularmente. O selo de

inspeção afixado na máquina e equipamentos, apresentando a cor do mês, deve ser a comprovação, em campo, da

inspeção realizada. A responsabilidade desta inspeção é da CONTRATADA.

48

Não é permitido o uso de ferramentas improvisadas ou adaptadas, com defeitos, danificadas ou em quaisquer condições

de risco, devendo ser as mesmas imediatamente substituídas.

A CONTRATADA deve utilizar ferramentas, equipamentos, métodos e processos que favoreçam o aumento da segurança,

conservação e preservação do meio ambiente, manutenção da saúde ocupacional, aliados à alta produtividade e qualidade

final do produto.

Todos os equipamentos elétricos e eletrônicos atuantes em áreas de risco devem ser intrinsecamente seguros.

17.1.7. TRABALHO COM FONTES RADIOATIVAS

A execução de serviços envolvendo fontes radioativas estará condicionada ao cumprimento das Normas da CNEN, dos

planos de proteção radiológica da FISCALIZAÇÃO e da CONTRATADA.

17.1.8. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EXPLOSÕES

A CONTRATADA deverá apresentar para a FISCALIZAÇÃO o seu Plano de Emergência antes do início das atividades,

considerando as equipes de suas subcontratadas. O Plano de Emergência deve prever as situações de emergência

ambiental, médicas, resgate e operacional a que suas atividades estarão sujeitas e disponibilizar recursos materiais e

humanos para dar sustentação ao mesmo. A CONTRATADA deve anexar no Plano de Emergência, o layout do seu

canteiro, com localização dos respectivos equipamentos de controle e combate a incêndio, para aprovação da

FISCALIZAÇÃO. Os equipamentos devem estar em área de fácil acesso, visibilidade e em perfeitas condições para uso.

A CONTRATADA deve manter equipe treinada para prevenção e combate a incêndio e explosões conforme requisitos da

ABNT NBR 14276:2006 - Brigada de incêndio – Requisitos e Portaria nº 3.214 do MTE.

Nas frentes de serviço onde houver risco de incêndio deverá ser previsto, conforme necessidade pela CONTRATADA, a

colocação de Equipamentos de Proteção Contra Incêndio.

As CONTRATADAS deverão preparar e executar simulados de emergência sobre os riscos críticos detectados.

Deverão fazer parte do sistema de prevenção e combate a incêndio as sinalizações de saída, iluminações de emergência,

hidrantes, mangueiras, extintores, tubulações de ferro galvanizado, bombas, quadros de força, cilindros de pressão,

eletrobombas, válvulas, campainha ou sirene de alarme e tudo o mais que seja necessário para garantir a prevenção e o

combate a incêndios perfeitamente.

A obra pronta deverá atender ao Decreto nº 44.035 de 18/01/2013 do CBMERJ, que estabelece os requisitos mínimos de

segurança contra incêndio e pânico em Centros esportivos, de eventos e de exibição, em especial quanto à determinação

da população máxima e o dimensionamento das saídas.

49

17.1.9. SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS, COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

As substâncias perigosas, combustíveis e inflamáveis, (cilindros de oxigênio, de acetileno, de nitrogênio, óleo diesel,

gasolina, solventes, tintas, lubrificantes, estopas, dentre outras) devem ser armazenadas conforme os requisitos a seguir:

Em ambientes específicos para este fim, sinalizados, isolados, ventilados e distantes no mínimo 10,00m de outras

edificações ou locais de execução de serviços conforme a NR 16 - Atividades e Operações Perigosas.

No caso dos cilindros de gases, os cilindros cheios devem ser separados dos vazios. Os cilindros de gases

deverão ser presos com correntes, sempre na posição vertical.

Os cilindros de oxigênio devem ser segregados dos demais cilindros e de materiais inflamáveis a uma distância

mínima de 6,00m ou possuir uma barreira contra fogo de, pelo menos, 1,50m de altura e com uma capacidade de

resistência a fogo de pelo 30 minutos.

Possuir dispositivos e sistemas de combate a incêndio.

Serem contemplados no Plano de Ação de Emergência (PAE).

Possuir facilidades de acesso para pessoas e veículos de transporte.

Possuir acesso controlado por meio de portão com cadeado e sistema de controle de estoque.

Possuir piso cimentado, iluminação com proteção contra explosão, cobertura contra insolação e intempéries.

Cerca de mourão de concreto e telas metálicas revestida são obrigatórias.

Possuir sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA).

Ter as suas FISPQ e Fichas de Emergência no local de armazenamento com cópia nos locais de atendimento à

Emergência em português.

17.1.10. TRABALHO A QUENTE

A CONTRATADA deve utilizar tapumes para proteção contra projeção de partículas e emissão de radiação não ionizante.

É obrigatório manter extintores e/ou outros dispositivos de combate a incêndio junto às frentes de trabalhos a quente.

Os funcionários devem utilizar além dos EPI’s básicos e os específicos, como protetor facial, óculos específicos para

atividade, avental, casaco e calça de raspa, dentre outros, conforme necessidade regulamentar.

Nas operações de solda e oxi-corte em área aberta, somente poderão utilizar lona com retardador de chamas, sendo

proibido o uso de lonas plásticas comuns.

A rotação de trabalho dos discos dos equipamentos deve ser a preconizada pelo Fabricante, não devendo ser alterada. O

uso de lixadeiras, esmeril e discos de corte devem ser restritos apenas às operações para as quais foram projetadas e

recomendadas pelos fabricantes. Os discos não devem apresentar fissuras e/ou dentes quebrados.

50

17.1.11. APARELHO DE MEDIÇÃO DE GASES E TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO

As atividades em Espaço Confinado deverão prever e possuir aparelhos de medição de gases necessários para

executarem suas atividades (os mais usuais são: CO, O2 e Índice de Explosividade), com certificado de calibração e

aferição.

A CONTRATADA deverá possuir aparelho de medição de gases de reserva devidamente calibrado e aferido.

A calibração e aferição dos aparelhos são de responsabilidade da CONTRATADA.

Os Planos de Proteção Respiratória deverão ser submetidos pela CONTRATADA para análise e aprovação da

FISCALIZAÇÃO e os aparelhos para medição de gases deverão ser aferidos/verificados antes do início das medições,

conforme orientações do fabricante.

Deve ser observada pela CONTRATADA a NR 18 - Condição e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção,

item 18.20, a ABNT NBR 14787:2001 Versão Corrigida: 2002 - Espaço confinado - Prevenção de acidentes, procedimentos

e medidas de proteção e Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO.

Para serviços em espaços confinados, a CONTRATADA deve providenciar treinamento, crachá de identificação próprio

para esta atividade, EPCs, EPIs e comunicação. Deve ter um vigia na boca de visita, sistema de descida e içamento de

pessoas, cabo guia, trava-quedas, iluminação para não haver risco de explosão (menor que 24V), equipe de resgate

prontamente equipada e demais ações preventivas constantes no procedimento pertinente.

Para qualquer serviço em espaço confinado, a CONTRATADA deverá realizar simulado de resgate antes do início das

atividades e registro em PTE. Durante a execução de serviços em espaço confinado deverá ser previsto uma estrutura para

deslocamento de vítimas em caso de acidentes.

17.1.12. SISTEMA DE PROTEÇÃO E DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

As áreas administrativas, de vivência e canteiros da CONTRATADA devem estar equipadas com o SPDA.

Na execução de serviços com presença de trabalhadores em locais onde não haja construções com SPDA, a

CONTRATADA deve monitorar a incidência de descargas elétricas atmosféricas (raios). A sistemática adotada para este

monitoramento deverá ser aprovada pela FISCALIZAÇÃO.

Sempre que ocorrer indicativo de risco de descargas elétricas atmosféricas nas áreas do empreendimento, os

trabalhadores devem ser orientados a dirigir-se a abrigos com SPDA até o retorno das condições atmosféricas normais.

Esta paralisação de serviço não deve representar ônus para a FISCALIZAÇÃO.

Todas as instalações da CONTRATADA devem ser providas de SPDA que utilizem o princípio da “Gaiola de Faraday” com

aterramento eficaz. O projeto do SPDA deve descrever e identificar as áreas protegidas, contendo a assinatura e a ART do

Responsável Técnico.

A CONTRATADA deve orientar os trabalhadores por meio de treinamento e DSS sobre os riscos da exposição a descargas

elétricas atmosféricas.

A FISCALIZAÇÃO divulgará detalhes específicos em relação aos critérios a serem adotados pela CONTRATADA para a

paralisação e a retomada dos trabalhos devido ao risco de exposição a descargas elétricas atmosféricas.

As instalações elétricas provisórias ou definitivas devem estar em conformidade com a legislação em vigor NR10 -

Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade e atender aos requisitos das Normas ABNT NBR 5410:2004 Versão

51

Corrigida: 2008 - Instalações elétricas de baixa tensão e ABNT NBR 5419:2005 - Proteção de estruturas contra

descargas atmosféricas.

As luminárias a serem usadas no interior de equipamentos devem ser de 24V Corrente Contínua - VCC. Quando da

utilização de Dispositivos Residuais de Detecção de fuga de corrente - DRs, a tensão das luminárias poderá ser de 110V

Corrente Alternada - VCA e as ferramentas elétricas devem ser de 110V Corrente Alternada - VCA, adequadas à

necessidade do serviço.

A CONTRATADA deve utilizar painéis elétricos, máquinas, equipamentos, ferramentas e instrumentos elétricos adequados

aos serviços. Não utilizar equipamentos com alteração da rotação recomendada de fábrica, com cabos danificados e/ou

improvisados.

As máquinas de solda e outros equipamentos devem ser testados, quanto ao isolamento elétrico, sinalizados e instalados

em locais protegidos das intempéries.

Os motores elétricos com potência superior a 2 Cavalo Vapor - CV devem ter tensão de alimentação de 440V, possuir

painel protegido de intempéries, comando elétrico fechado, aterramento da rede e do equipamento e dispositivo de

manobra.

Os circuitos elétricos devem ser protegidos por dispositivos de proteção a corrente diferencial-residual (DR). Todos os

equipamentos e instalações devem ser aterrados conforme a NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em

Eletricidade.

17.1.13. RESTRIÇÃO AO FUMO, ÁLCOOL E DROGAS

É proibido fumar no interior de veículos, nos auditórios, salas de aula, copas, restaurante, salas coletivas de trabalho,

banheiros, vestiários e próximo a depósitos de combustíveis. Somente é permitido fumar em locais previamente

autorizados pela FISCALIZAÇÃO e identificados como área para esta finalidade.

É proibido possuir ou consumir quaisquer bebidas alcoólicas ou substância ilegal, nas dependências das obras. É de

responsabilidade da CONTRATADA monitorar, em conformidade com a legislação brasileira, seus empregados antes de

seu ingresso nas dependências da FISCALIZAÇÃO e também no curso de seu trabalho. Aqueles que forem encontrados

sob influência de álcool ou drogas serão retirados do local.

17.1.14. ORDEM, ARRUMAÇÃO E LIMPEZA

A CONTRATADA é responsável pelo Canteiro de Obras, área onde estiver executando trabalhos e de suas

subcontratadas, devendo mantê-las em perfeitas condições de ordem, arrumação e limpeza, observando as seguintes

diretrizes:

A CONTRATADA deverá adotar as medidas descritas na NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na

Indústria da Construção.

A CONTRATADA deve ter um plano diário de limpeza, onde defina uma equipe de limpeza permanente com

objetivo de manter o canteiro e frentes de trabalho ordenados, arrumados e limpos.

Utilizar sistemas de separação, identificação e isolamento dos materiais e dos equipamentos.

52

Manter a passagem, equipamentos de prevenção de incêndios, rota de fuga e equipamentos contra incêndios

desobstruídos para o tráfego de pedestres e de veículos.

Manter as áreas limpas, seguras sem risco de quedas de pilhas.

Manter as áreas de trabalho livres de combustíveis, lixo e resíduos.

Não permitir a acumulação de refugos.

Atender ao Programa de Gestão de Resíduos.

Posicionar recipientes apropriados na área de trabalho da CONTRATADA para a coleta de resíduos, e serem

esvaziados de maneira regular.

Não estocar material sobre as Plataformas de trabalho.

Fixar todos os materiais soltos nos telhados para que não sejam arrastados pelo vento.

Remover imediatamente ou rebater pregos salientes das madeiras.

Manter mangueiras e cordas de maneira que as mesmas não se tornem riscos potenciais.

Não estocar materiais ou equipamentos sob ou próximo de linhas ou equipamentos de alta tensão.

Não estocar ferramentas ou equipamentos defeituosos ou inservíveis na área de Canteiro.

17.1.15. ATIVIDADES EM HORÁRIO EXTRAORDINÁRIO

A liberação de serviços em horário extraordinário, somente ocorrerá após solicitação da CONTRATADA e autorização da

FISCALIZAÇÃO, sendo o processo por escrito, e atendendo aos requisitos a seguir:

Programação prévia com antecedência mínima de 24 horas.

Para trabalho noturno, existência de sistema de iluminação adequado.

Disponibilidade de equipe de Segurança, Meio Ambiente, e Saúde em número compatível com o volume de

atividades e efetivo em serviço, sendo obrigatório no mínimo um representante de segurança do trabalho para

acompanhamento das atividades.

Disponibilidade de equipe de Supervisão e apoio administrativo em número compatível com o volume de

atividades e efetivo em serviço.

Fornecimento de alimentação.

Elaboração de APT e PTE e DDS.

Não ultrapassar o limite de horas definido pela CLT, Acordos Trabalhistas e Convenção Coletiva, todos vigentes.

Proporcionar um interstício mínimo de 11 horas entre as jornadas.

53

17.1.16. COMUNICAÇÃO

O Plano de Comunicação para obra, incorporando as campanhas de conscientização de segurança e saúde, será

programado e divulgado pela CONTRATADA.

A divulgação das rotinas diárias e fatos marcantes ocorridos na obra, assim como os próximos marcos da construção,

devem ser apresentados em forma de um painel de Gestão à Vista, fornecido e atualizado semanalmente pela

CONTRATADA.

A utilização dos rádios transceptores deve ser precedida de autorização da FISCALIZAÇÃO, sendo que a solicitação dessa

autorização deve ser acompanhada do respectivo processo de uso de frequência e registro dos equipamentos na ANATEL.

A CONTRATADA deve disponibilizar sistema de comunicação eficiente em toda área do projeto, que não interfira no

sistema de comunicação da FISCALIZAÇÃO, para as equipes de campo, que devem utilizar frequências designadas pela

CONTRATADA, para comunicação e pronto atendimento em caso de emergência, principalmente àquelas que executarão

serviços nas áreas com dificuldades de acesso.

Deve ser fornecido pela CONTRATADA rádio de comunicação individual para os lideres de brigadas de emergência e

integrantes de sua equipe de Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional.

17.1.17. PLANO DE EMERGÊNCIA

A CONTRATADA deverá definir os Planos de Emergência, com identificação dos cenários emergenciais, definindo as

brigada de emergência, treinamentos, plano de comunicação, rotas de fuga, simulados, sistemas de combate a incêndio,

resgate de emergência próprio composto de:

Ambulância tipo UTI Móvel, equipada no mínimo com cânula orofaríngea, máscara, cilindros de oxigênio,

instrumentos de monitoração de pressão arterial, cardioscópio, oximetro de pulso, desfibrilador, colete cervical,

talas para imobilização e outros.

Previsão de sinergia com órgãos locais, comunidades e área operacional.

Estrutura, recursos materiais e humanos compostos de profissionais treinados para prestar os primeiros socorros.

Em princípio, o Plano de Emergência conterá os seguintes tópicos, sem a eles se limitar:

Objetivos;

Campo de aplicação;

Referências;

Definições e conceitos;

Relação dos empregados e órgãos a serem acionados em caso de emergência;

Telefones úteis tanto internos como externos;

Descrição da localidade;

Possíveis cenários de emergências;

Procedimentos para resposta a emergência para cada cenário avaliado;

Procedimentos específicos para abandono de área;

Definição dos padrões de sinalização;

Relação de produtos perigosos a serem utilizados na obra com suas fichas de emergência;

54

Relação de brigadistas e recursos externos;

Plano de treinamento;

Matriz de comunicação e responsabilidade;

Simulados e seu cronograma;

Avaliação dos simulados e Lições Aprendidas.

A CONTRATADA deverá seguir o estabelecido em seu Plano de Emergência e as recomendações do Plano de

Emergência.

17.2. SEGURANÇA DO TRABALHO:

Durante a execução das obras e serviços, a CONTRATADA deverá atender ao disposto no ANEXO 2 - NORMAS

SEGURANÇA CANTEIROS OBRAS - 1ª DE – MINISTÉRIO DA DEFESA.

A CONTRATADA tem a responsabilidade pela segurança, guarda e conservação de todos os materiais, equipamentos,

ferramentas e utensílios e ainda pela proteção destes e das instalações da obra.

A CONTRATADA deverá manter livres os acessos aos equipamentos contra incêndio e aos registros situados no canteiro,

a fim de poder combater eficientemente o fogo na eventualidade de incêndio, ficando expressamente proibida a queima de

lixo, madeira ou qualquer outro material no Canteiro de Obras.

O Comitê Organizador Rio 2016 é também responsável pela execução e entrega de parte das instalações temporárias.

É importante ressaltar que cuidados extras em relação à contratação de recursos humanos para as obras de construção de

edificações e infraestrutura dos Jogos deverão ser fielmente observados.

Tais medidas se justificam pelo fato de essas construções estarem vinculadas à realização de evento internacional, com

grande concentração de pessoas (nacionais e estrangeiras), bem como de delegações de atletas internacionais, muitos

com grau de risco considerável.

Os requisitos mínimos de segurança descritos no presente documento deverão ser implementados pelas CONTRATADAS

responsáveis pela construção das instalações.

A vigilância dos canteiros de obras das instalações em foco deverá ser executada por empresas de segurança privada,

durante 24 (vinte e quatro) horas por dia e sete dias na semana, enquanto perdurar a construção e até a entrega das obras

ao órgão CONTRATANTE.

O presente documento tem por finalidade estabelecer normas de segurança a serem observadas nos canteiros de obras

das instalações dos Jogos, sejam permanentes ou temporárias, por parte das CONTRATADAS, tendo como objetivos:

Padronizar os procedimentos de segurança a serem adotados nos canteiros de obras das instalações dos Jogos.

Permitir a FISCALIZAÇÃO e o monitoramento dos canteiros de obras por parte dos agentes públicos

encarregados da Segurança dos Jogos e representantes do Comitê Organizador dos Jogos.

Controlar a entrada de pessoas, veículos e material nos canteiros de obras, a fim de evitar o ingresso de pessoas

não autorizadas, bem como de objetos suspeitos (explosivos, armas, substâncias proibidas etc.) que possam

comprometer o desenvolvimento da construção e/ou, futuramente, a estrutura física da instalação.

55

17.2.1. DIRETRIZES ESPECÍFICAS

Contratar Empresa de Segurança Privada, regularmente autorizada a funcionar e com efetivo capacitado, de

acordo com os padrões estabelecidos pela Polícia Federal (Portaria 3.233/12-DG/DPF, com alterações da Portaria

3258/13-DG/DPF, publicada no DOU de 14.01.2013).

Submeter à equipe especializada do Grupo de Trabalho de Segurança dos Jogos (GT Segurança) o Plano de

Segurança do Canteiro de Obras, elaborado pela empresa de segurança privada devidamente contratada, de

forma independente ao cumprimento de outras exigências legais.

Apresentar à equipe especializada do Grupo de Trabalho de Segurança dos Jogos (GT Segurança) o Plano de

Emergência do Canteiro de Obras, de forma independente ao cumprimento de outras exigências legais.

Fiscalizar o cumprimento dos Planos de Segurança e Emergência dos Canteiros de Obras.

Permitir que os agentes públicos e representantes do Comitê Organizador Rio 2016 pertencentes às instituições

representadas no GT Segurança fiscalizem e monitorem os canteiros de obras, inopinadamente, mediante prévio

cadastro, para a verificação do cumprimento dos requisitos preconizados neste documento, bem como para o

acompanhamento de etapas críticas da construção, que possam comprometer a segurança dos eventos

(concretagem de grandes estruturas, instalação de tubulações de grande vulto, dentre outras).

Manter a Coordenação do GT Segurança devidamente informada sobre o cronograma das obras, em especial no

que concerne às etapas críticas, referenciadas no item anterior.

Organizar o canteiro de obras de forma que as áreas de apoio aos colaboradores (refeitórios, vestiários,

alojamentos, postos médicos e outras) disponham de controles de acesso específicos, distintos daquele da área

de trabalho.

Prover o Canteiro de Obras de toda infraestrutura necessária à instalação dos sensores e equipamentos de

segurança e emergência.

Prover nos canteiros de obras área para estacionamento, retenção e revista de veículos de entrega de materiais e

equipamentos, com observância à fluidez do trânsito na via pública.

17.2.2. RESPONSABILIDADES DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA SUBCONTRATADAS

PELAS CONSTRUTORAS

As empresas de segurança privada contratadas serão responsáveis por desenvolver o Plano de Segurança do Canteiro de

Obras, a ser apresentado às autoridades competentes. Tal planejamento deverá contemplar, no mínimo, os requisitos:

Prover planta com descrição de toda a área da obra, indicando o perímetro de segurança, os pontos de acesso de

pessoas e veículos, a localização dos vigilantes, dos dispositivos de segurança adotados e das torres ou pontos

elevados de observação;

Discriminar a quantidade e a disposição dos vigilantes no perímetro de segurança da obra, com a respectiva

localização dos postos fixos e das áreas de cobertura dos postos móveis;

Instalar e operar o Posto de Controle Central da Segurança para monitoramento e controle da movimentação

interna e externa da obra;

56

Descrever o Sistema de Comunicação a ser utilizado, que deverá permitir, com rapidez e segurança, a

comunicação entre os postos de vigilância e destes com o Posto de Controle Central da Segurança;

Dispor de capacidade de comunicação entre o Posto de Controle Central da Segurança, a sede da empresa

contratada e os Órgãos de Segurança Pública;

Adquirir e utilizar software adequado à gestão do Posto de Controle Central da Segurança, que permita a emissão

de relatórios situacionais diários, que devem ser apresentados quando requeridos pelas autoridades competentes

pela FISCALIZAÇÃO, monitoramento e controle da segurança do canteiro de obras, incluídas aquelas que

representem as instituições integrantes do GT Segurança;

Descrever o Sistema de Registro de Imagens a ser utilizado e respectivos equipamentos (câmeras de vídeo

monitoramento – CCTV) capazes de captar, gravar e armazenar imagens de toda a movimentação no perímetro

de segurança da obra e no seu entorno;

Prover torres ou pontos elevados de observação no perímetro da obra, localizados em pontos estratégicos;

Prover de cercas todo o perímetro de segurança da obra, para melhor controle dos acessos e observação, sendo

que a especificação dessas cercas (material, altura etc.) deverá constar, obrigatoriamente, do Plano de Segurança

do Canteiro de Obras;

Dispensar especial atenção aos acessos de colaboradores, visitantes e veículos especializados à obra

propriamente dita, impedindo o ingresso não autorizado de materiais à construção, por intermédio de portadores

de bolsas, mochilas e compartimentos veiculares.

Instalar artefatos que retardem a ação de criminosos, permitindo sua perseguição, identificação e captura

(ofendículos);

Prover local adequado para custódia de bens acautelados nos postos de controle de acesso;

Adotar outros itens que a empresa entender relevantes para a segurança do canteiro de obras.

17.2.3. CONTROLE DE ACESSO E REGISTROS A SEREM OBSERVADOS NOS CANTEIROS DE

OBRAS, POR PARTE DAS EMPRESAS DE SEGURANÇA PRIVADA

a) Para os Trabalhadores e Prestadores de Serviços em Geral

Submeter aos órgãos responsáveis pela segurança dos Jogos os dados dos colaboradores contratados.

Identificar, por meio de crachá com foto, todos os trabalhadores da CONTRATADA e suas subcontratadas, bem

como prestadores de serviços terceirizados (limpeza, segurança etc.).

Arquivar os registros de entrada, de permanência e saída de pessoas, veículos e materiais nos canteiros de obras.

Executar revista pessoal e dos pertences, inclusive com o uso de dispositivos de detecção de metais, nas

entradas e saídas de pessoas e veículos do canteiro de obras.

b) Para os Visitantes

Identificar, por meio de crachá, todos os visitantes do canteiro de obras.

Somente permitir a visitação ao canteiro de obras de pessoas que possuam autorização da FISCALIZAÇÃO,

sendo que tal fato deverá constar dos registros.

57

Arquivar registros de entrada, de permanência e saída de visitantes do canteiro de obras.

Adotar medidas necessárias para que os visitantes, enquanto no perímetro de segurança, estejam devidamente

acompanhados por representante da empresa construtora e utilizando os equipamentos de proteção individual

previstos na legislação vigente.

Executar revista pessoal e dos pertences dos visitantes, inclusive com o uso de dispositivos de detecção de

metais, nas entradas e saídas das pessoas e veículos do canteiro de obras.

c) Para os Fornecedores

Identificar, por meio de crachá, todos os fornecedores que ingressem ao canteiro de obras.

Todos os fornecedores deverão ser cadastrados, bem como identificados quanto ao tipo de material que fornecem

à obra e aos veículos que utilizam para o transporte da mercadoria (dados dos proprietários e principais contatos),

conforme a seguir especificado:

Pessoa Jurídica − nome da empresa (razão social), número de inscrição no CNPJ da matriz, endereço completo,

atividade principal desenvolvida, nome das pessoas autorizadas a representá-la e dos proprietários (endereço,

telefone, endereço eletrônico);

Pessoa física nacional − nome e endereço completos, RG, CPF, telefones, endereço eletrônico e atividade

desenvolvida;

Pessoa física estrangeira − nome e endereço completos (telefones e endereço eletrônico), número de passaporte,

país de origem, filiação, data e local de nascimento, atividade desenvolvida e, se possuir, número de CPF e RNE

(Registro Nacional de Estrangeiro), respeitadas as condições diplomáticas vigentes.

Além das acima descritas, as seguintes ações deverão ser consideradas na segurança dos canteiros de obras:

Adotar mecanismos que permitam a imediata consulta ao cadastro de fornecedores nos postos de acesso ao

canteiro de obras;

Registrar, no respectivo cadastro, a entrada e a saída dos transportadores e de seus veículos;

Realizar a revista pessoal e de pertences dos fornecedores, inclusive com o uso de dispositivos de detecção de

metais, nas entradas e saídas de pessoas e veículos do canteiro de obras.

Por ocasião das entregas de materiais, produtos e equipamentos:

Autorizar a entrada de materiais, produtos e equipamentos no canteiro, mediante consulta à área responsável.

Nos casos de suspeita quanto ao conteúdo do material entregue pelo fornecedor, acionar os técnicos e

encarregados para uma análise minuciosa da situação e informar ao Posto Central de Segurança.

De acordo com a demanda, pórticos de detecção de metais deverão ser instalados e operados por profissionais

qualificados, nos pontos de acesso ao canteiro.

As revistas pessoais e de veículos:

Deverão ser realizadas sem causar constrangimentos e executadas sempre por pessoa do mesmo sexo do

revistado.

No caso de visitante, será informado da necessidade da revista, ficando ao arbítrio do interessado submeter-se a

ela, ou não − no caso de recusa de submeter-se à revista, o visitante não poderá ingressar no perímetro da obra.

58

17.2.4. RECURSOS HUMANOS – CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA

a) Do trabalhador nacional:

Quando da contratação dos empregados dos canteiros de obras de Instalações dos Jogos, caberá às empresas

empregadoras buscar a comprovação da idoneidade dessas pessoas, mediante a apresentação de certidões de

antecedentes criminais.

Nos casos em que constar algum registro, caberá às empresas CONTRATANTEs solicitar complementação de

informações para que o empregador analise a viabilidade de contratação, de acordo com a legislação vigente.

b) Do trabalhador estrangeiro:

Observar os requisitos do Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80), bem como as orientações do Ministério do Trabalho e

Emprego.

Da segurança no trabalho: cumprir disposto no Capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e demais normas

aplicáveis.

17.2.5. DOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO, MONITORAMENTO E CONTROLE

Os agentes públicos e representantes do Comitê Organizador Rio 2016 pertencentes às instituições representadas no GT

Segurança, devidamente cadastrados, são responsáveis pela FISCALIZAÇÃO, monitoramento e controle da segurança dos

canteiros de obras das Instalações dos Jogos.

As ações previstas no subitem anterior deverão ser devidamente registradas (entrada e saída).

A revista pessoal e dos pertences deverá seguir as normas vigentes.

Os agentes, enquanto no perímetro de segurança do canteiro de obras, deverão ser acompanhados de funcionário técnico

da obra, devidamente habilitado a prestar as informações devidas.

17.2.6. PLANO DE EMERGÊNCIA

O Plano de Segurança do Canteiro de Obras apresentado pela empresa de segurança privada será analisado por equipe

composta por representantes do GT Segurança, para conhecimento e eventuais sugestões. Nesse exame, serão

consideradas orientações do Plano Geral de Segurança dos Jogos.

O Plano de Segurança do Canteiro de Obras deverá ser revisado para se adaptar a novas situações que ocorrerem no

transcurso do empreendimento.

A ocorrência de infrações penais no perímetro de segurança do Canteiro de Obras será comunicada imediatamente às

autoridades competentes, bem como à Coordenação do GT Segurança.

Todos os registros de controle de acesso deverão estar disponíveis para verificação dos responsáveis pela

FISCALIZAÇÃO, monitoramento e controle da segurança nos Canteiros de Obras.

Todos esses registros, em meio físico e mídia eletrônica, deverão ser preservados por, no mínimo, 5 (cinco) anos após a

entrega da obra, a fim de subsidiar qualquer demanda judicial ou administrativa.

59

As imagens geradas pelas câmeras de monitoramento dos canteiros de obras deverão ser armazenadas por, no mínimo,

90 (noventa) dias, no Posto de Controle Central da Segurança. Em casos de acidentes, ocorrências criminais, ou qualquer

outra demanda, esse armazenamento se dará no período em que perdurar o processo judicial ou administrativo respectivo.

No caso dos Canteiros de Obras das instalações dos Jogos localizadas em áreas militares os Planos de Segurança e

Emergência serão ajustados para peculiaridades definidas pelo Ministério da Defesa em documentos específicos.

17.3. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA:

Deverão ser previstas saídas de emergência para funcionários envolvidos na obra, atendendo às recomendações do Corpo

de Bombeiros e aos requisitos de segurança do trabalho, que também deverá fazer parte do plano de segurança da obra.

18. REQUESITOS AMBIENTAIS:

Durante a execução das obras e serviços a CONTRATADA (inclusive suas associadas e/ou subcontratadas) será

responsável pelo cumprimento das exigências ambientais previstas na Legislação Brasileira e deverá elaborar um Plano de

Gestão Ambiental, específico para as obras e serviços a serem contratados e apresentá-lo à FISCALIZAÇÃO em até 30

(trinta) dias após a assinatura do Contrato, mantendo-o sempre no Canteiro de Obras na versão mais atualizada. O Plano

de Gestão Ambiental deve conter, no mínimo, abordagem e tratamento aos seguintes temas:

Mecanismos e sistemas de controle e proteção ambiental requeridos para atendimento à legislação ambiental

vigente nos níveis Federal, Estadual e Municipal;

Máquinas e equipamentos deverão ser rotineiramente vistoriados e submetidos às manutenções programadas

(preventivas e corretivas), mitigando interferências ao meio ambiente devido à emissão de gases ou de ruídos, a

vazamentos ou derramamentos e de forma prevenir acidentes;

A CONTRATADA deverá adotar os controles adequados para evitar a emissão de material particulado (poeira);

Apresentar métodos e práticas para controles ambientais de efluentes líquidos;

Apresentar Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil instruída de acordo com as seguintes

especificações:

- Resolução SMAC nº 519 de 21 de agosto de 2012 - disciplina a apresentação de Projetos de

Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil PGRCC;

- Decreto nº 27.078 de 28 de setembro de 2006 - todos os geradores responsáveis por atividades ou

empreendimentos que gerem resíduos de construção civil, deverão ter como objetivo prioritário a sua não geração, e

secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e o seu destino final adequado.

Apresentar licença do órgão competente, e também o manifesto de entrega no momento da destinação final dos

resíduos;

Métodos de proteção contra incêndio.

60

19. FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA, EQUIPAMENTOS E

SERVIÇOS:

A CONTRATADA deverá fornecer toda a mão-de-obra, equipamentos e serviços especializados necessários para a inteira

realização das atividades relacionadas aos serviços especificados.

Estas providências serão estendidas também a atividades complementares à execução da obra, não indicadas neste

Memorial e que poderão ser autorizadas pela FISCALIZAÇÃO.

Os uniformes dos funcionários deverão seguir o padrão da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro detalhado no ANEXO 4 –

UNIFORME.

20. FORNECIMENTO DOS MATERIAIS:

Todos os materiais necessários à completa execução da obra serão fornecidos pela CONTRATADA.

Os materiais a serem empregados deverão ser submetidos a exame e aprovação, antes da sua aplicação, por parte da

FISCALIZAÇÃO, à qual caberá impugnar seu emprego, se não forem atendidas as condições exigidas nas especificações

contidas neste documento. Cada material será caracterizado por uma amostra, convenientemente autenticada pela

FISCALIZAÇÃO e servirá de referencial para aceitação de outros fornecimentos.

Na aquisição a CONTRATADA dará preferência, em igualdade de condições, a materiais que tenham MARCA DE

CONFORMIDADE, de acordo com a ABNT e com as especificações constantes do Projeto.

Qualquer indicação neste Memorial de marcas comerciais em materiais, peças técnicas e/ou sistemas construtivos

deve ser considerada, meramente, uma indicação de padrão de qualidade do produto.

Os elementos construtivos assim caracterizados por suas marcas de referência, só poderão ser substituídos por outros que

alcancem os mesmos padrões tecnológicos, funcionais e formais de qualidade, comprovados por ensaios em órgão

idôneos, a critério da FISCALIZAÇÃO.

Os materiais rejeitados pela FISCALIZAÇÃO deverão ser retirados do Canteiro pela CONTRATADA no prazo máximo de

72 horas.

A CONTRATADA não poderá manter no local da obra quaisquer materiais ou equipamentos estranhos à obra.

Todos os materiais a serem utilizados deverão obedecer às Normas Técnicas da ABNT e em caso de inexistência destas

ficará a critério da FISCALIZAÇÃO a indicação das Normas ou Especificações a serem cumpridas pelos fornecedores de

materiais e equipamentos na obra.

A CONTRATADA será inteira e exclusivamente responsável pelo uso ou emprego de material, equipamento, dispositivo,

método ou processo eventualmente patenteado a empregar-se e incorporar-se na obra, cabendo-lhe, pois, pagar os

royalties devidos e obter previamente as permissões ou licença de utilização.

A CONTRATADA tomará todas as providências para o perfeito armazenamento e respectivo acondicionamento dos

materiais a fim de preservar a sua natureza, evitando a mistura com elementos estranhos.

Será de inteira responsabilidade da CONTRATADA a realização de ensaios tecnológicos de caracterização dos materiais a

serem empregados nas obras, cujos resultados deverão ser mantidos sempre à disposição da FISCALIZAÇÃO.

61

21. TESTE E COMISSIONAMENTO:

As etapas de teste e comissionamento visam à verificação e documentação de todos os componentes, equipamentos,

sistemas e subsistemas, construtivos e de instalações, edificações e conjuntos de edifícios, comprovando que os mesmos

estão instalados, calibrados, testados, operados e mantidos de acordo com os requisitos técnicos operacionais,

especialmente aqueles relativos à segurança e qualidade e em conformidade com os documentos de escopo contratual das

instalações do Complexo Olímpico de Deodoro.

Todos os componentes físicos do Empreendimento deverão ser inspecionados e testados, desde os componentes

individuais como peças, instrumentos, equipamentos, até os mais complexos tais como: módulos, sistemas e subsistemas.

A CONTRATADA deverá elaborar um Plano de Testes e Comissionamento, e apresentá-lo à FISCALIZAÇÃO até 30 (trinta)

dias após a assinatura do contrato, descrevendo passo a passo a sua metodologia para realização dos testes e inspeções,

bem como todas as fases envolvidas e os seus respectivos procedimentos.

A CONTRATADA deverá também disponibilizar profissionais devidamente habilitados para a elaboração do Plano de

Testes e Comissionamento, que se responsabilizará por seu acompanhamento e documentará de maneira organizada os

testes, seus resultados e medidas mitigatórias aplicáveis.

Este Plano deverá contemplar as 5 (cinco) fases a seguir definidas:

Fase 1 – Testes Estáticos

Nesta fase serão realizados testes em cada componente de um sistema, em estado não energizado para confirmar:

Se os sistemas de instalação e equipamentos foram construídos e montados de acordo com os projetos e

especificações;

Se as etapas de ensaios podem ser iniciadas sem riscos à segurança;

Se o processo não causará quaisquer danos ou avarias.

Fase 2 – Testes de Sistemas

Cada sistema será testado, verificando-se a integração com outros sistemas dentro do Empreendimento. Com isso deve-se

garantir que todas as partes do sistema a serem ligados entre si estão executando suas funções conforme projetado.

Fase 3 – Projeto Integrado do Sistema

Tratam-se dos testes e atividades de comissionamento necessários para demonstrar que todos os sistemas funcionarão

quando forem interligados.

Fase 4 – Integração do Complexo Olímpico

Os testes e atividades de comissionamento desta fase visam a demonstrar que os sistemas das diferentes instalações e

projetos, funcionarão conforme previsto, interligados à infraestrutura do Complexo olímpico de Deodoro e às

concessionárias de serviços públicos.

Fase 5 – Integração Jogos / Overlay

Nesta fase serão realizados os testes e atividades de comissionamento obrigatórios para demonstrar que os sistemas

implantados como overlay, no momento de maior solicitação dos Jogos, e quaisquer outros sistemas afetados pelo mesmo

operem conforme previsto e ainda garantam a operação quando interligado com os demais sistemas.

62

22. CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO:

Os critérios a seguir definem a metodologia a ser aplicada na composição das medições, de forma a determinar os

montantes apurados em relação ao avanço dos serviços.

Serão considerados dois critérios de medição: Critério para os itens convencionais e Critérios para itens de relevância no

contrato (peso significativo no contrato).

O cálculo dos valores para pagamento de equipamentos e/ou de itens importados, não levará em conta a variação cambial.

As medições serão efetuadas exclusivamente pela FISCALIZAÇÃO, ou por profissionais indicados por ela.

A aceitação de cada fase da contratação se dará mediante a avaliação de COMISSÃO da RIOURBE, que constatará se o

serviço atende a todas as especificações contidas no Edital e todos os seus anexos.

Os pagamentos serão efetuados em conformidade com as etapas mensais estabelecidas no Cronograma Físico-

Financeiro, observada a obrigatoriedade da retenção de 10% (dez por cento) prevista no artigo 463 do RGCAF, que incidirá

sob o valor correspondente a cada fase desta contratação, a saber: a primeira fase de obras, a segunda contemplando

operação e a terceira fase a de adequação para o legado.

22.1. ITENS CONVENCIONAIS:

Os serviços serão realizados observando-se as etapas de cronograma e serão medidos na proporção em que forem sendo

fornecidos e/ou instalados, conforme os percentuais do conjunto do item, ou seja, a medição ocorrerá após o serviço

efetivamente executado.

Não será pago o item de fornecimento separadamente da execução, instalação, montagem ou assentamento do serviço.

22.2. ITENS DE RELEVÂNCIA CONTRATUAL:

Os itens de relevância no contrato são os itens que agrupados para um determinado serviço tenham tido percentual

significativo na Curva ABC do contrato e que necessite de pagamento diferenciado em suas etapas (para início de

fabricação e/ou condição contratual de mobilização para instalação, entre a CONTRATADA e o FORNECEDOR).

O grupo de itens que será considerado está descrito abaixo e nenhum outro item que não esteja descrito abaixo poderá ter

a mesma consideração de pagamento diferenciado.

Em nenhuma hipótese haverá adiantamento de valor contratual para cumprimento de alguma etapa de compra e/ou

contratação do serviço, e/ou início de fabricação. A CONTRATADA deverá pagar o valor contratual com seu

FORNECEDOR e efetuará a medição (segundo os critérios definidos nas Etapas de Medição, abaixo descritos), observada

a Portaria nº 84 do Ministério dos Esportes de 24 de abril de 2013 e demais legislações que regem a matéria.

Os itens relacionados a itens específicos de requerimentos olímpicos e/ou consultores, só serão medidos com o aval

destes, aferidos através da FISCALIZAÇÃO.

O critério de percentuais adotado teve como base os critérios apresentados para Câmara Técnica do Município, para

aprovação dos itens especiais da planilha orçamentária.

63

22.3. ETAPAS DE MEDIÇÃO:

22.3.1. ESTRUTURA METÁLICA

1ª Etapa: Solicitação do material para Estrutura = 30%;

2ª Etapa: Fornecimento do material, posto obra = 30%;

3ª Etapa: Montagem da Estrutura = 30%;

4ª Etapa: Testes de comissionamento e aceite = 10%.

22.3.2. SISTEMA DE AR CONDICIONADO CENTRAL

O Sistema de ar condicionado do Complexo Esportivo de Deodoro – Área Sul, terá os seguintes critérios de medição:

1ª Etapa: Início da fabricação dos equipamentos (de acordo com Projeto Básico, Especificação Técnica, Memorial

Descritivo e Planilha Orçamentária) = 30%;

2ª Etapa: Fornecimento dos equipamentos, posto obra (de acordo com Projeto Básico, Especificação Técnica, Memorial

Descritivo e Planilha Orçamentária) = 30%;

3ª Etapa: Finalização da instalação e montagem da Infraestrutura Elétrico-mecânica = 30%;

4ª Etapa: Testes de comissionamento e aceitação = 10%.

22.3.1. AREIA ESPECIAL PARA PISTA DE HIPISMO

A areia especial do Complexo Esportivo de Deodoro – Área Sul, terá os seguintes critérios de medição:

1ª Etapa: Início da fabricação da areia (de acordo com, Especificação Técnica, Memorial Descritivo e Planilha

Orçamentária) = 30%;

2ª Etapa: Fornecimento dos equipamentos, posto obra = 30%;

3ª Etapa: Finalização da instalação e montagem da Infraestrutura Elétrico-mecânica = 30%;

4ª Etapa: Testes de comissionamento e aceitação = 10%.

23. ACOMPANHAMENTO DE PROJETO E CADASTRO:

Será de responsabilidade da CONTRATADA a execução do "AS BUILT" da obra, de todas as disciplinas, a serem

fornecidos em 3 (três) cópias impressas e meio digital (PDF e dwg).

A CONTRATADA deverá ter equipe de projeto para analisar e, quando necessário corrigir detalhes de projeto que possam

existir. Os desenhos de "AS BUILT" deverão estar de acordo com a obra e os serviços executados no que se referem às

dimensões, locações, identificações e especificações dos materiais e equipamentos introduzidos, alterados ou modificados

durante os trabalhos.

Os desenhos devidamente corrigidos pela CONTRATADA deverão ser aprovados junto às concessionárias responsáveis.

Todas as interferências encontradas, e que não constem de desenhos fornecidos, deverão ser levantadas e cadastradas.

64

24. FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA, EQUIPAMENTOS E

SERVIÇOS:

De acordo com o Código Civil Brasileiro (Lei 10.406/2002), Art.618 a CONTRATADA para a execução das obras e o

fornecimento de materiais, equipamentos, mão de obra e serviços, responderá pelo prazo irredutível de 5 (cinco) anos,

pela solidez e segurança dos trabalhos realizados.

De acordo com a Lei nº 8.666/93, Lei de Licitações, Art. 73, o recebimento provisório ou definitivo da obra, não exclui a

responsabilidade civil pela solidez e segurança da mesma, assim como pela perfeita execução do contrato, dentro dos

limites estabelecidos pela Lei ou pelo Contrato.

25. ADMINISTRAÇÃO DA OBRA:

Será mantida na obra uma equipe composta de engenheiros, arquitetos, técnicos, mestres, apontadores, encarregados,

almoxarifes e vigias supervisionados e orientados pela CONTRATADA.

Caberá a CONTRATADA todas as providências correspondentes à instalação da obra, aparelhamento, maquinário e

ferramentas necessários à execução dos trabalhos contratados, inclusive escritório e instalações sanitárias.

A direção geral deverá ficar a cargo de profissional, qualificado e registrado no CREA e/ou CAU, que será auxiliado por

supervisor(s) geral, cuja presença no local dos trabalhos deverá ser permanente, objetivando atender, a qualquer tempo, a

FISCALIZAÇÃO e prestar-lhe(s) todos os esclarecimentos necessários sobre o andamento dos serviços.

A substituição de qualquer dos profissionais, será imediatamente comunicada pela CONTRATADA à FISCALIZAÇÃO.

A FISCALIZAÇÃO poderá exigir a substituição dos profissionais, encarregado pela direção dos serviços, sempre que julgar

necessário.

A CONTRATATADA deverá elaborar um Plano de Comunicação adequado ao gerenciamento de projetos do Complexo

Olímpico de Deodoro a ser aprovado pela FISCALIZAÇÃO e que deverá prever e organizar visitas programadas do COI, e

acompanhamento de visitas técnicas e públicas.

65

26. CANTEIRO DE OBRAS E INFRAESTUTURA PARA

FISCALIZAÇÃO:

As instalações do Canteiro de Obras da CONTRATADA serão submetidas à aprovação da FISCALIZAÇÃO, devendo ser

atendidas as exigências por ela formuladas.

O cercamento deverá ser em tapume de chapa metálica branca, com aplicação de adesivos plásticos (com motivos

institucionais de acordo com modelo a ser fornecido pela FISCALIZAÇÃO), e instalado em todo o perímetro da obra. Os

tapumes serão executados de forma a resistir ao impacto de, no mínimo, 600 Pa ( 60 Kgf / m2) e observar a altura mínima

de 2,50 m em relação ao nível do passeio. (NBR 7678)

A CONTRATADA deverá manter vigilância ininterrupta no Canteiro da Obra, colocando tantos vigias quantos forem

necessários para impedir a entrada de estranhos na obra de acordo com os critérios específicos de segurança.

A CONTRATADA providenciará as ligações provisórias de água, esgoto, luz e força necessários ao Canteiro da Obra, bem

como o seu fornecimento durante o prazo de execução das obras.

O transporte dos equipamentos e materiais dentro e fora do Canteiro da Obra, bem como o seu remanejamento, deverá ser

realizado em condições de segurança.

A CONTRATADA providenciará a confecção e a colocação das placas exigidas pela Prefeitura, pelos órgãos financiadores,

e organizadores, cujo padrão e localização serão indicados pela FISCALIZAÇÃO.

A CONTRATADA deverá elaborar um Plano de Comunicação adequado ao gerenciamento de projetos do Complexo

Esportivo de Deodoro que deverá prever e organizar visitas programadas do COI, e acompanhamento de visitas técnicas e

públicas.

A qualidade do canteiro deve ser adequada ao valor da obra e conservável durante todo o prazo do modo jogos e até a

entrega do modo legado.

Prever dependências reservadas à FISCALIZAÇÃO e demais equipes de apoio que a FISCALIZAÇÃO julgar necessário

que deverão estar diariamente limpas e suficientemente equipadas para atender à infraestrutura necessária à melhor

performance da FISCALIZAÇÃO.

O barracão da obra deverá ser climatizado e ter como estrutura de paredes e forro, painéis OSB, parede dupla, tubulações

embutidas e pintadas com tinta acrílica.

A Contratada deve prever segurança para atender às dependências reservadas para a FISCALIZAÇÃO.

As instalações sanitárias permanecerão limpas, mantidas as condições higiênicas, devendo o mobiliário (mesas, cadeiras,

estantes de plantas, etc.) se apresentar sempre em bom estado.

A Contratada para atender à FISCALIZAÇÃO, precisa considerar em seu canteiro principal, uma área para escritório

administrativo da FISCALIZAÇÃO e estacionamento e uma sala equipada nas demais frentes de serviço para atender à

equipe de FISCALIZAÇÃO no campo:

A conformação definitiva dos escritórios para atender a FISCALIZAÇÃO será determinada no Projeto Executivo, de acordo

com a Planilha Orçamentária.

A Infraestrutura de TI deverá prever:

66

Acesso à internet por todo o perímetro do empreendimento através de rede wifi. Link de internet de 10 Mbps

contingenciado. Pontos de rede fixos (cabeados) em número suficiente para suportar a quantidade de

profissionais que atuarão no canteiro de obras (considerar pontos adicionais para impressoras e plotters).

Para a área FISCALIZAÇÃO prever instalação de licença de uso de programas: MSOffice, MSProject, Corel Draw,

Autocad.

Da mesma forma e em igual número, deverá estar disponível PABX para contemplar os profissionais com ramais

telefônicos. Mesmo com os pontos físicos/cabeados de rede, o canteiro, como colocado acima, deve ser atendido por rede

wireless (wifi).

Estabelecer contrato de serviço com empresa especializada em infraestrutura para atendimento e suporte de problemas de

microinformática e telecomunicações (Help-Desk).

A CONTRATADA deve apresentar as plantas do Canteiro de Obras, contemplando toda sua infraestrutura, conforme a NR

18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, as suas instalações deverão atender

inteiramente ao exposto na NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho, ambas da Portaria nº

3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego.

A CONTRATADA deverá apresentar projeto de localização, planta baixa das facilidades e dimensionamento dos

dispositivos de controle ambientais tais como, sistemas de drenagem, tratamento de efluentes, sistemas separadores de

água e óleo (SAO), bacias de contenção dentre outros necessários.

Identificar e notificar previamente a FISCALIZAÇÃO caso haja alguma divergência com o projeto, localização,

especificações previstas no licenciamento, antes da construção do canteiro, além de verificar as condições estabelecidas

na Autorização de Supressão Vegetal e outorgas para consumo de água no canteiro, frentes de serviços, poços profundos,

interferências em cursos d’água e em Áreas de Preservação Permanente (APPs).

Os componentes e facilidades do Canteiro de Obras, conforme preconizado pelas Normas Regulamentadoras Portaria nº

3.214 do Ministério do Trabalho e Emprego, tais como: escritórios, sanitários, refeitórios, mobiliário, iluminação dentre

outros deverão ser projetados com base nas normas técnicas de maneira harmônica prevendo aspectos paisagísticos

como parte das obras de implantação, de forma a se adquirir um efeito imediato desde o início da implantação destas

facilidades. O projeto de engenharia deve estar em conformidade com as informações estabelecidas nos estudos

ambientais.

Quaisquer divergências deverão ser identificadas e comunicadas à FISCALIZAÇÃO.

Os reservatórios de água para consumo humano deverão ser instalados em local elevado, mantidos fechados e ter

programação quinzenal, mensal ou semestral de limpeza e desinfecção, conforme indicação da FISCALIZAÇÃO, levando-

se em consideração o clima, estações do ano, ventos, bem como as particularidades da região e atividades. A frequência

de limpeza deverá ser proposta segundo as condições locais e cronograma de obras. A água fornecida para consumo

humano deverá ser analisada pela CONTRATADA periodicamente apresentando relatório comprobatório da qualidade,

conforme a Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde.

A CONTRATADA é responsável pela coleta de lixo, sua destinação e limpeza de entulho de obras em seus alojamentos,

escritórios e frentes de serviços, devendo ser obedecidas, nesses casos as Normas Regulamentadoras NR 24 - Condições

Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho e NR 25 - Resíduos Industriais.

67

Todos os locais onde se realizarão obras, estradas e acessos de serviços deverá conter sistema de drenagem e

sinalização prevendo dispositivos de controle de erosões evitando assoreamento de cursos d’água e carreamento de

materiais, proteções contra deslizamentos e ação de águas pluviais e ventos fortes, quebra de energia devido a chuvas

torrenciais ou liberação súbita de grande quantidade de água acumulada. Deve ser prevista e programada a manutenção

periódica das facilidades implantadas do sistema de drenagem.

Durante as obras as rampas deverão ser antiderrapantes, dotadas de guardas e corrimãos, sinalização, ausência de

obstáculos e declividade máxima de 10% em conformidade com o projeto de segurança do Trabalho.

Instalações móveis, inclusive contêineres, serão aceitas em áreas de vivência de Canteiro de Obras e frentes de trabalho,

desde que, cada módulo:

Possua área de ventilação natural, efetiva,

Garanta condições de conforto térmico;

Possua pé direito mínimo de 2,40m

Garanta os demais requisitos mínimos de conforto e higiene.

Possua proteção contra riscos de choque elétrico por contatos indiretos, além do aterramento elétrico.

Em quaisquer casos, para tratar assuntos referentes ao Canteiro de Obras, deverão ser seguidas as diretrizes contidas na

NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.

As visitas aos canteiros de obras do Complexo Esportivo de Deodoro somente poderão ocorrer com as devidas

autorizações e agendamento prévio junto à RIOURBE/EOM.

As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza.

O Canteiro de Obras deverá estar sempre organizado, limpo e desimpedido, principalmente nas vias de circulação,

passagens e escadarias.O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente coletados e removidos.

É expressamente proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do Canteiro de Obras.

A obra será suprida de todas as ferramentas (betoneiras, serras, vibradores, etc.) e equipamentos necessários, de

responsabilidade da CONTRATADA.

Todo o equipamento deverá sofrer manutenção constante a fim de garantir o bom funcionamento e segurança do mesmo.

Normativa:

NR- 18: “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção”;

NR 24 – “Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho”;

NR 25 – “Resíduos Industriais”;

NBR 7678: Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção;

NBR 7678 - Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção;

NBR 9648 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário - Procedimento;

NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário – Procedimento

NBR 11799 - Material filtrante - Areia, antracito e pedregulho – Especificação;

NBR 13969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos -

Projeto, construção e operação.

68

27. FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA, EQUIPAMENTOS E

SERVIÇOS:

A ligação provisória de energia elétrica ao canteiro obedecerá, rigorosamente, às prescrições da Concessionária local de

energia elétrica.

Na fase de planejamento do canteiro, é necessário estudar a melhor localização para o P.C. e o Quadro geral de

Distribuição – QGD – para evitar:

Grande distância ao P.C. do poste de onde sairá a ligação da Concessionária, impondo um percurso de cabos por

locais indesejáveis, muitas vezes de alta tensão;

Distância excessiva entre o P.C. e o Q.G.D., procurando centralizar todo o sistema do canteiro;

Dificuldade de distribuição de energia para os diversos pontos;

Dificuldade de acesso em caso de emergência.

A chave geral, tipo faca e com capacidade igual à chave do P.C. que a alimenta, será instalada de maneira a desligar toda

a rede. As chaves e fios deverão ser dimensionados;

Cada máquina ou equipamento, além da chave própria no QGD, será protegido por uma chave eletromagnética (guarda-

motor) ou uma chave blindada automática. As potências dos equipamentos devem ser verificadas, a fim de evitar

sobrecarga no sistema.

Normativa:

NBR 7678 - Segurança na execução de Obras e Serviços de Construção;

NBR 5361 - Disjuntores de baixa tensão;

NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão.

NBR 5413 - Iluminância de interiores: Procedimento;

NBR 5597 - Eletroduto rígido de aço-carbono e acessórios com revestimento protetor, com rosca ANSI/ASME

B1.20.1: Especificação;

NBR 5598 - Eletroduto rígido de aço-carbono com revestimento protetor: Especificação;

NBR 5624 - Eletroduto rígido de aço-carbono, com costura, com revestimento protetor e rosca ABNT NBR 8133:

Especificação;

NBR 6147 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo: Especificação;

NBR 6150 - Eletrodutos de PVC rígido: Especificação;

NBR 6527 - Interruptores para instalação elétrica fixa doméstica e análoga: Especificação;

NBR 11301 - Cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos isolados em regime permanente (fator de

carga 100%): Procedimento;

NBR 13248 - Cabos de potência e controle e condutores isolados sem cobertura, com isolação extrudada e com

baixa emissão de fumaça para tensões até 1 kV: Requisitos de desempenho;

NBR 13249 - Cabos e cordões flexíveis para tensões até 750 V: Especificação;

NBR 14136 - Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até 20 A/250 V em corrente alternada:

Padronização.

69

28. LOCAÇÃO DA OBRA:

Compete à CONTRATADA a execução dos trabalhos de locação da obra de acordo com o projeto, aferindo as dimensões

dos alinhamentos dos ângulos e de quaisquer outras indicações constantes dos projetos, comparando-as às reais

condições encontradas no local.

Será de responsabilidade da CONTRATADA qualquer erro, tanto de alinhamento quanto de nivelamento que vier a ser

constatado na obra, assim como os ônus decorrentes de demolições e refazimento de serviços que forem considerados

imperfeitos ou defeituosos.

A locação da obra deverá ser realizada com instrumentos e equipamentos utilizados em levantamentos planialtimétricos.

Serão utilizados o sistema de coordenadas UTM (Universal Transverse Mercator), para a locação planialtimétrica e a

referência oficial de nível (RN) para a altimetria (Datum de Imbituba).

Após a demarcação dos alinhamentos e ponto de nível, a CONTRATADA fará comunicação à FISCALIZAÇÃO, a qual

procederá às verificações e aferições que julgar oportunas.

A sinalização provisória para disciplinar o trânsito durante as obras será realizada pela CONTRATADA de acordo com a

orientação da CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro) e da FISCALIZAÇÃO.

29. ENSAIOS:

Antes de iniciar as obras, a CONTRATADA deverá elaborar um Plano da Qualidade para a execução dos serviços,

estabelecendo as práticas, recursos e atividades para a implantação das suas políticas de qualidade, com base na

legislação e normas aplicáveis. Esse Plano deverá ser apresentado à FISCALIZAÇÃO para análise e validação.

O Plano da Qualidade da CONTRATADA deverá contemplar e abordar, pelo menos, os seguintes elementos:

Política de Qualidade da Empresa destacando quais são os seus compromissos com a garantia e controle da

qualidade dos serviços a serem executados no Complexo Olímpico de Deodoro;

As responsabilidades das equipes de qualidade, indicando as atribuições dos principais profissionais envolvidos

na implantação do referido Plano da Qualidade;

Planos de Ação Corretiva e Preventiva, para evitar e prevenir não-conformidades.

Deverão ser realizados, caso necessário, os seguintes ensaios técnicos para verificação e controle nas diversas disciplinas:

29.1. ENSAIO DE SOLO:

Quando necessário, para determinação das características, físicas e químicas do solo, as seguintes análises deverão ser

efetuadas, à critério da FISCALIZAÇÃO, sem detrimento de outras que possam vir ser necessárias:

Ensaio de adensamento endométrico em amostra de solo, envolvendo, no mínimo, 10 estágios de carga;

Ensaio de laboratório, para determinação da Densidade Real dos grãos de amostra de solo;

Ensaio para determinação, em laboratório, do Limite de Liquidez de amostra de solo fino;

Ensaio para determinação, em laboratório, do Peso Especifico Aparente de amostra de solo;

Ensaio para determinação, no campo, da umidade aparente do solo, através do Método "speedy";

70

Ensaio para determinação da umidade natural de amostras de solo, em laboratório;

Sondagem a percussão com diâmetro até 3", com ensaio de penetração (SPT) a cada metro, incluindo relatório

contendo classificação tátil visual das amostras, perfis individuais dos furos, planta de localização e respectivas

cotas das sondagens.

Normativa:

NBR 12007 - (Solo - Ensaio de adensamento unidimensional - Método de ensaio).

NBR 6457 - (Amostras de solo - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização).

NBR 6459 - (Solo - Determinação do Limite de Liquidez).

NBR 7180 - (Solo - Determinação do Limite de Plasticidade).

NBR 7185 - Ensaio para determinação de massa específica aparente "in situ".

NBR 6484:2001 (Solo - Sondagens de simples reconhecimentos com SPT - Método de ensaio).

29.2. ENSAIO DE FUNDAÇÃO:

Testes dinâmicos e testes de integridade das estacas: Como controle de qualidade, são necessários testes dinâmicos em

3% das estacas, e testes de integridades de 4% das estacas. Com os testes de integridade, podem ser detectadas falhas

no concreto.

Testes de carga estática devem ser realizados em 1% das estacas de teste construídas, separadamente antes da

execução da fundação de estacas. As estacas de teste são carregadas até a sua capacidade de carga máxima, a fim de

determinar a resistência característica da estaca. Os resultados dos testes em estacas são utilizados para finalizar o

projeto. Deverá ser prevista a realização de testes de carga. A configuração de testes deve ser adaptada adequadamente e

sujeita à aprovação da FISCALIZAÇÃO, assim como o local escolhido.

Normativa:

NBR 12131 - (Estacas - Prova de carga estática - Método de ensaio);

NBR 6122 - (Projeto e execução de fundações - Procedimento);

ASTM D5882 - 07 Standard Test Method for Low Strain Impact Integrity Testing of Deep Foundations.

29.3. ENSAIO DE CONCRETO ARMADO:

Ensaio químico completo de cimento. Controle tecnológico de obras em concreto armado, considerando-se apenas o

controle do concreto e constando de coleta, moldagem e capeamento de corpos de prova, transporte ate 50Km, ensaios de

resistência a compressão aos 28 dias e "slump test", medido por m³ de concreto colocado nas formas, ensaio de

resistência à compressão de corpo de prova cilíndrico (15x30)cm, ensaio de cisalhamento direto, em juntas (diaclases), em

laboratório, com controle de deslocamento cisalhante e da tensão normal aplicada, através de sistema de aquisição de

dados automático, para 5 níveis de tensão normal, incluindo a preparação da amostra por corpo de prova e de relatório,

incluindo a extração da amostra orientada.

71

Ensaio para determinação de Modulo de Deformação, coeficiente de Poisson e resistência à compressão, em corpos de

prova de rocha, nos diâmetros N ate H, incluindo a preparação da amostra, por corpo de prova.

Ensaio para determinação da resistência a compressão simples axial, em corpos de prova em rocha, com diâmetro entre N

ate H, incluindo a preparação da amostra.

Extração de corpo de prova de concreto, diâmetro de 4", com corte, preparo e ensaios de compressão axial, para

determinação da resistência do concreto em estruturas de concreto, armado ou protendido, inclusive coleta da amostra.

Verificação do potencial de corrosão da armadura (por ensaio, área de 2m²) em estrutura de concreto armado ou

protendido.

Normativa:

NBR 5738 - (Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova);

NBR 5739:2007 (Concreto - Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos).

NBR 5739 - (Concreto - Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos);

NBR 10342 - (Concreto - Perda de abatimento - Método de ensaio);

NBR 7181 - (Solo - Análise granulométrica);

NBR 7680 - (Concreto - Extração, preparo e ensaio de testemunhos de concreto);

NBR NM 67 - (Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone);

ASTM-C-868/87.

29.4. ENSAIO DE PAVIMENTAÇÃO:

Alguns ensaios serão necessários para acompanhamento da qualidade dos serviços executados. Os ensaios abaixo, e

outros que a FISCALIZAÇÃO determinar, deverão ser efetuados:

Ensaios de compactação com energia Proctor Intermediário, Modificado e Normal, Ensaio de compressão não

confinada em amostra natural de solo, ensaio para determinação do coeficiente de permeabilidade, em amostra

argilosa moldada, a carga variável, ensaio para determinação de coeficiente de permeabilidade, em amostra

granular natural, a carga constante, conforme, ensaio para determinação do Índice Suporte Califórnia (CBR) - 5

(cinco) pontos e 3 (três) pontos - obtido com energia Proctor Modificado e Proctor Intermediário, respectivamente

através de, no mínimo, 5 (cinco) corpos de prova.

Normativa:

NBR 6457 - (Amostras de solo - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização);

NBR 7182 - (Solo - Ensaio de compactação);

NBR 9895 - (Solo - Índice de suporte califórnia - Método de ensaio),;

NBR 12770 - (Solo coesivo - Determinação da resistência à compressão não confinada - Método de ensaio);

NBR 13292 - (Solo - Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante -

Método de ensaio);

NBR 14545 - (Solo - Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga variável);

72

29.5. ENSAIOS DE ESTRUTURA METÁLICA:

Os ensaios referentes às estruturas metálicas deverão ser ensaiadas, de acordo com o critério da FISCALIZAÇÃO e das

normas abaixo apresentadas, além de outras que possam ser solicitadas:

29.5.1. ENSAIO DE SOLDA

Ensaios não destrutivos - Líquidos penetrantes - Detecção de descontinuidades, conforme ABNT NBR NM 334.

Ensaios não destrutivos - Ultrassom em solda - Procedimento, conforme ABNT NBR NM 336.

Ensaios não destrutivos - Radiografia em juntas soldadas - Detecção de descontinuidades, conforme ABNT NBR 15739.

29.5.2. ENSAIO DE PARAFUSO

Ensaio de cisalhamento de acordo com as recomendações da ASTM A325.

29.5.3. ENSAIO DE AÇO

Ensaio de tração à temperatura ambiente - Materiais metálicos, conforme ABNT NBR ISO 6892-1:2013 (Materiais metálicos

- Ensaio de Tração).

NBR-6152 - Materiais metálicos - Determinação das propriedades mecânicas à tração;

NBR-6153 - Produto metálico - Ensaio de dobramento semi-guiado;

29.5.4. ENSAIO DE BLOCOS DE CONCRETO

Ensaio de Compressão - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Métodos de ensaio, conforme ABNT NBR

12118:2013.

29.5.5. ENSAIO DE PLACAS DE CONCRETO

Requisitos e métodos de ensaios em placa de concreto para piso, conforme ABNT NBR 15805:2010 Ed 2.

29.5.6. ENSAIO DE CARGO DINÂMICA:

Ensaios não destrutivos - Provas de cargas dinâmicas em grandes estruturas - Procedimento - ABNT NBR 15.307.

Ensaio não destrutivo - Análise de vibrações - Terminologia - ABNT NBR 15928:2011.

BRE - Vibrations: Building and Human Response. Building Research Establishment (UK), BRE Digest 278, 1983.

DIN 4150/3 - Structural Vibration in Buildings; Effects on Structures ,available also in German Norm DIN 4150 Teil

3, Deutsches Institut für Normung, Beuth Verlag GmbH, Berlin 1986

29.5.7. ENSAIOS DE REVESTIMENTO CERÂMICOS

Ensaio de Arrancamento, conforme ABNT NBR 13528 - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas -

Determinação da resistência de aderência à tração.

Para as argamassas, seguir recomendações da ABNT NBR 14081-4 (Argamassa colante industrializada para

assentamento de placas cerâmicas - Parte 4: Determinação da resistência de aderência à tração).

29.5.8. ENSAIOS DE REVESTIMENTO CERÂMICOS

Avaliar quanto ao projeto, as recomendações da ABNT NBR 6123 (Forças devidas ao vento em Edificações).

73

30. METODOLOGIAS EXECUTIVAS:

Todos os serviços deverão ser executados com rigorosa obediência às normas estabelecidas pela Associação Brasileira de

Normas Técnicas - ABNT pertinentes às Construções de Obras Civis.

A administração da obra ficará a cargo de um Engenheiro ou Arquiteto designado pelo construtor. Caberá a Contratada o

cumprimento de todas as disposições da Segurança e Medicina do Trabalho Lei No. 6514 de 22 de dezembro de 1977 da

Consolidação das Leis do Trabalho, bem como as NR's da Portaria No. 3214 de 08 de junho de 1978.

Haverá ao longo da obra, reuniões periódicas da Contratada com a FISCALIZAÇÃO, devendo ocorrer a 1ª. (primeira) logo

após a publicação em diário oficial, porém antes do início da obra, objetivando a implantação geral da obra.

Cabe a licitante analisar minuciosamente o Projeto, Nota de Serviço e Planilha, bem como o local dos serviços antes de

formular a proposta, sanado quaisquer dúvidas por correspondência, antes da licitação.

30.1. MOVIMENTAÇÃO DE TERRA:

Será realizado todo o movimento de terra necessário para nivelamento do terreno de acordo com as cotas e níveis

apresentados no projeto. As áreas externas serão regularizadas de forma a permitir sempre fácil acesso e perfeito

escoamento das águas superficiais.

Os trabalhos de aterro e reaterro serão executados com material de boa qualidade, de modo a serem evitadas posteriores

fendas, trincas e desníveis por recalque, das camadas aterradas.

Na execução dos trabalhos de escavações deverá ser obedecido, no que for aplicável, a “Recomendação Técnica de

Procedimento”.

As cavas de fundação deverão ser executadas com taludes na vertical, escorando-os, se necessárias. O esgotamento das

cavas e valas deverá ser processado com o encaminhamento das águas efluentes para fora do terreno (sem prejuízos a

terceiros ou a logradouro público), podendo ser exigida a ligação direta com qualquer componente do sistema de drenagem

pluvial local.

As valas para assentamento das tubulações subterrâneas de esgotos serão escavadas com seção transversal trapezoidal

com largura base igual ao diâmetro do tubo acrescido de 0,60 m. Os materiais de má qualidade escavados serão

removidos.

Os reaterros das cavas deverão ser de preferência manuais com o uso de materiais arenosos ou argilo-arenosos, de boa

qualidade e na umidade ótima. A compactação manual será com emprego de artefatos de madeira ou metálico em

camadas de 0,20 m de altura, ou através de equipamentos compactadores mecânicos de 0,30 m de espessura. Nas áreas

destinadas a paisagismo ou jardins deverá ser utilizado o solo original (top soil) sempre que houver disponibilidade.

74

30.2. ESCAVAÇÃO MANUAL:

Os serviços previstos abaixo do nível do terreno serão compatíveis com as indicações constantes no projeto executivo,

com a natureza do terreno e previamente aprovados pela FISCALIZAÇÃO.

As escavações, caso contrário, serão convenientemente isoladas, escoradas e esgotadas adotando-se todas as

providências e cautelas aconselháveis para segurança dos operários, garantia das propriedades vizinhas e integridade dos

logradouros e redes públicas.

Da classificação dos Materiais:

Materiais de 1a. categoria: Compreendem solos em geral, residual ou sedimentar, seixos rolados ou não, com

diâmetro máximo inferior a 0,15m qualquer que seja o teor de umidade que apresentem;

Materiais de 2a. categoria: Compreendem os materiais com resistência ao desmonte mecânico inferior ao de uma

rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação dos métodos que obriguem a utilização do maior

equipamento de escarificação existente. A extração eventualmente poderá envolver o uso de explosivos ou

processos manuais adequados. Estão incluídos nesta classificação os blocos de rocha de volume inferior a 2m3 e

os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 e 1,00m.

Materiais de 3a. categoria: Rocha viva.

Normativa:

NBR 9061 – Segurança de escavação a céu aberto.

30.3. REATERRO MANUAL DE VALA APIOLADO:

Será executado em camadas horizontais superpostas de 20 a 40 cm. de espessura.

O apiloamento do solo será executado com soquete de 30 kg. golpeando-se aproximadamente 50 vezes por metro

quadrado a uma altura média de queda de 50cm.

A umidade de compactação do solo terá que ser observada.

O material excedente será aproveitado para aterro na própria obra ou retirado do canteiro após carga manual em caminhão

basculante a ser descarregado mecanicamente em local indicado pela FISCALIZAÇÃO.

30.4. TERRA ADUBADA:

Serão executados os aterros e preenchimentos de canteiros, indicados em projeto de paisagismo, com o fornecimento de

terra vegetal de coloração escura – alto teor de matéria orgânica decomposta – com boa drenagem, isenta de organismos

patológicos, isenta de entulhos ou outros corpos estranhos, destorroada e com a adição de 0,10 m3 de esterco de curral

curtido por m3 de terra.

O aterro será lançado e levemente compactado.

75

30.5. ATERRO: ESPALHAMENTO E COMPACTAÇÃO MECÂNICOS:

30.5.1. ESPALHAMENTO:

A terra será espalhada em camadas com espessura uniforme a fim de permitir sua compactação. O espalhamento será

feito no trajeto de ida e a regularização no trajeto de volta. Os serviços serão executados com retroescavadeira.

30.5.2. COMPACTAÇÃO:

O aterro será iniciado sempre no ponto mais baixo, em camadas horizontais superpostas de até 30 cm e camada final de

até 20 cm. Será previsto o caimento lateral ou longitudinal para evitar acumulo de águas pluviais em qualquer ponto. Os

serviços serão realizados em três etapas: Lançamento do material pelo equipamento de transporte – Espalhamento em

camadas – Compactação propriamente dita. Sempre que as condições locais permitirem os serviços serão organizados

para que se tenha uma ou mais frentes de trabalho em que as etapas sejam devidamente escalonadas. Uma vez que a

camada já estiver lançada e regularizada, havendo risco de precipitação imprevista será considerado o uso de rolos lisos

ou pneumáticos para selar a camada.

30.6. LASTRO DE CONCRETO (CAMADA IMPERMEABILIZADORA):

Na espessura indicada em projeto.

30.6.1. PREPARAÇÃO DO SUBLEITO:

A fim de que se alcance a permeabilidade necessária para que a água não suba por capilaridade a camada superficial do

solo pouco permeável (30 a 40 cm) será retirada, procedendo-se em seguida ao reaterro com o mesmo material misturado

em partes iguais com areia ou entulho da própria obra. O subleito será compactado.

30.6.2. LASTRO:

Sobre o subleito será executado um lastro com concreto não estrutural fck =10 Mpa. De preferência a concretagem do

lastro será efetuada em operação contínua e interrupta. Na hipótese de não ser isso possível, ao chegar o concreto para a

nova etapa, o concreto da etapa anterior não tenha tido início de pega, evitando-se, com esse procedimento, junta de

concretagem.

Após o início da pega e antes que o concreto endureça demasiadamente, a superfície será escovada até que os grãos do

agregado graúdo se tornem aparentes pela remoção da película que aí costuma se formar.

30.7. FORMA:

Na execução das fôrmas, terão de ser observadas:

Adoção de contraflechas, quando necessárias,

Superposição nos pilares,

Nivelamento das lajes e das vigas,

Suficiência do escoramento adotado,

Furos para passagem futura de tubulação,

Limpeza das fôrmas.

76

A confecção das fôrmas e do escoramento terá de ser feita de modo a haver facilidade na retirada dos seus diversos

elementos, mesmo aqueles colocados entre lajes. Em juntas maiores da fôrma ou em peças de cantos irregulares, poder-

se-á melhorar a vedação com a utilização de tiras de espuma plástica. Antes do lançamento do concreto, as fôrmas

precisam ser molhadas até a saturação. No caso de concreto aparente, é necessário ser misturada uma pequena porção

de cimento à água, para eliminar a eventual ferrugem que possa ter sido depositada na fôrma. A perfuração para

passagem de canalização através de vigas e outros elementos estruturais, quando inteiramente inevitável, será assegurada

por caixas embutidas nas fôrmas. Quando se desejar o prosseguimento de uma superfície uniforme em relação à

concretagem de vários elementos superpostos (por exemplo, um pilar externo com vários andares de altura), a fôrma do

elemento no andar superior deverá recobrir a superfície do elemento já desformado do andar inferior, a fim de evitar a

formação de saliência característica (rebarba), que costuma aparecer nesse tipo de emenda (junta) de concretagem.

30.7.1. MATERIAIS:

a) Madeira serrada de coníferas:

As peças de madeira serrada de coníferas em forma de pontaletes, sarrafos e tábuas não podem apresentar defeitos,

como desvios dimensionais (desbitolamento), arqueamento, encurvamento, encanoamento, (diferença de deformação entre

a face e a contraface), nós (aderidos ou soltos), rachaduras, fendas, perfuração por insetos ou podridão além dos limites

tolerados para cada classe. Tais classes são: de primeira qualidade industrial, de segunda qualidade industrial e de terceira

qualidade industrial. A máxima grandeza dos defeitos para as diversas classes das coníferas consta da tabela a seguir:

b) Chapas de Madeira Compensada

As chapas de madeira compensada para fôrmas de concreto não podem apresentar defeitos sistemáticos, tais como

desvios dimensionais (desbitolamento) além dos limites tolerados; número de lâminas inadequado à sua espessura;

desvios no esquadro; ou defeitos na superfície. Precisam ser resistentes à ação da água. As dimensões corretas das

chapas são de 1,10 m x 2,20 m para chapas resinadas e 1,22 m x 1,44 m ou 1,10 m x 2,20 m para as chapas plastificadas,

com espessura de 6 mm, 9 mm, 12 mm, 18 mm ou 21 mm. As chapas são classificadas nos subgrupos A, B e C em função

principalmente da área de defeitos superficiais que apresentam. As verificações e limites de tolerância para chapas de

compensado seguem a tabela a seguir:

77

c) Prego:

Os pregos são confeccionados com arame galvanizado. Há pregos de cabeça vedante (chamados telheiros, que servem

para fixar telhas), pregos quadrados, os retorcidos (ou aspirais), os com farpas e até os de duas cabeças (que permitem

sua posterior retirada mais facilmente). Os pregos são ditos de carpinteiro ou de marceneiro (sem cabeça) conforme

tenham cabeça apropriada para embutir ou não. Os pregos são bitolados por dois números (antigas medidas francesas). O

primeiro corresponde à bitola do arame e o segundo, à medida de comprimento. As bitolas mais comuns, constam na

tabela a seguir:

d) Desmoldante:

Forma uma fina camada entre o concreto e a fôrma, impedindo a aderência entre eles; torna fácil a remoção das fôrmas

sem danificar as superfícies e arestas do concreto, diminuindo o trabalho de limpeza e ao mesmo tempo conserva a

madeira; não mancha o concreto;

Deverá ser aplicado para todas as fôrmas (madeira bruta ou compensado resinado). Para fôrmas metálicas, recomenda-se

o uso de desmoldante específico.

A aplicação deverá ser criteriosa, pois uma das falhas mais comuns costuma ser a de aplicação do desmoldante em

demasia, o que provoca manchas no concreto; será suficiente uma leve camada aplicada com cobertura uniforme.

Plastificantes de fabricação diferente não poderão ser misturados. A perfuração de fôrmas na obra deverá ser feita com a

maior perfeição para que as vedações ou os embutimentos se apliquem mais facilmente; por esse motivo, será necessário

eliminar lascas e farpas no madeiramento das fôrmas, as quais, ao serem perfuradas, deverão sê-lo face a face. Todos os

batentes ou peças de fixação terão de ser pregados levemente, a fim de que permaneçam presos ao concreto ao se

removerem as fôrmas. Serragem, aparas, arame para a amarração, pregos etc. precisam ser removidos das fôrmas; os

grampos de arame e pregos poderão manchar as fôrmas e consequentemente o concreto durante a concretagem. Antes de

revestir o concreto, é recomendável a lavagem superficial com água e escova de aço para remoção da película residual.

78

30.7.2. ARMAZENAMENTO DAS FORMAS:

Os painéis sempre deverão ser empilhados face a face, em posição horizontal, ou também se disporão verti-calmente,

desde que possam suas unidades ser identificadas (sendo necessário, para esse fim, serem pintados números que as

identifiquem facilmente). De igual modo, placas e sarrafos para reforço precisam ser numerados e empilhados com os

painéis. Quando as fôrmas não forem utilizadas imediatamente, as pilhas terão de ser cobertas com lonas plásticas para

evitar deformações exageradas por secagem rápida (empenamento). Outros componentes, tais como gravatas, caibros e

cunhas, deverão ser guardados em estoque regular. Os componentes de maior porte, como grampos e reforços metálicos,

não necessitarão ser empilhados no solo para não se cobrirem de lama e enferrujarem.

30.7.3. REMOÇÃO E LIMPEZA DAS FORMAS (DESFORMA):

Após a remoção de peças, como pinos, amarras e parafusos, deverão elas ser colocadas em caixas e não abandonadas

sem cuidado, a pretexto de que serão guardadas posteriormente. Não poderão ser usadas alavancas (pés-de-cabra) entre

o concreto endurecido e as fôrmas. Para afrouxar um painel, deverão de ser usadas cunhas de madeira dura.

As fôrmas precisarão ser limpas imediatamente após o seu uso e não deixadas para que isso seja feito por ocasião da

utilização seguinte. As fôrmas de madeira deverão ser limpas com uma escova, para eliminar argamassa endurecida que

tenha aderido à sua superfície.

30.8. AÇO PARA CONCRETO ARMADO:

Os produtos de aço para concreto estrutural podem ser divididos nos seguintes tipos:

Vergalhões e arames para concreto armado (barras e fios);

Telas de aço soldado;

Fios e cordoalhas para concreto protendido;

Barras para concreto protendido;

Fibras de aço.

30.8.1. VERGALHÕES:

Cabe destacar que cada produto requer cuidados especiais nas etapas de especificação de projeto, compra, recebimento,

armazenamento e utilização. O aço deve ser comprado em empresa idônea e deve vir com sua certificação de qualidade.

É preciso sempre anexar à nota fiscal o comprovante das pesagens do fornecedor, da balança neutra e, quando houver, o

romaneio (relação que acompanha os materiais entregues, com as especificações de qualidade, quantidade e peso) do

processo de contagem das barras. Para pequenas quantidades, é possível realizar a conferência do aço por contagem das

barras, utilizando o romaneio do carregamento. Assim, deve-se medir o comprimento das barras e contar o número delas

de mesma bitola. Sabendo-se a massa linear de cada diâmetro, calcula-se por multiplicação o peso total de cada diâmetro

de aço entregue.

79

As barras e fios, fornecidos em feixes ou rolos, necessitam trazer obrigatoriamente, além do nome do fabricante,

informações como categoria, classe e diâmetro. A presença de uma identificação da massa contida ficará a critério da

construtora.

Os fabricantes devem entregar certificados contendo o resultado dos ensaios realizados. Os certificados deverão ser

entregues junto à medição dos itens referentes ao fornecimento de aço, para conferência da FISCALIZAÇÃO. A inspeção

tem de ser composta das seguintes verificações que constituem os critérios de recebimento:

Verificação visual de defeitos (fissuras, esfoliação e corrosão) e do comprimento;

Verificação da marcação das barras com identificação do fabricante;

Ensaio de tração realizado de acordo com as normas técnicas (resistência de escoamento, resistência de ruptura

e alongamento);

Ensaio de dobramento realizado conforme as normas técnicas.

Ensaio de fadiga.

Os critérios para estabelecimento dos lotes de inspeção são definidos por norma técnica. A aprovação do lote depende do

atendimento às condições do comprimento observado nas barras e de resultados satisfatórios para os ensaios de tração e

de dobramento de todos os exemplares da amostra ensaiada. Caso um ou mais requisitos não sejam atendidos, é

necessário proceder a uma contraprova, de acordo com os critérios previstos na norma técnica, aceitando-se o lote se

todos os requisitos forem então atendidos.

30.8.2. ARAME E TELA SOLDADA:

Os arames são finos fios de aço laminado, galvanizado ou não. São vendidos em rolos, nas bitolas de 0,2 até 10 mm, de

acordo com as bitolas BWG (Birmingham Wire Gauge). O arame recozido (queimado), é o arame, usado para amarrar as

barras de armadura de concreto armado. É apresentado usualmente nas bitolas 16 BWG (1,65 mm) e 18 BWG (1,24 mm).

A tela de aço soldado é uma armadura montada por soldagem elétrica de fios trefilados, obtida por meio de um processo

no qual o aço é encruado, atingindo elevados limites de escoamento e resistência, dotando o produto final de alta precisão

de dimensões e correto posicionamento de seus componentes. As telas de aço soldado podem ser fornecidas em rolos ou

painéis, segundo padrões de composição de diâmetros, espaçamentos e dimensões globais (largura e comprimento). São

adquiridas por medida de área a ser armada.

No mercado, há telas destinadas à armação de estruturas de concreto de um modo geral (lajes, piscinas, pisos etc.), à

armação de tubos de concreto e à execução de alambrados. As telas para alambrados são galvanizadas, em função das

condições de exposição a que estarão sujeitas. Segundo cálculo dos fabricantes, a utilização de armadura convencional

representa um custo final do elemento estrutural superior ao custo que seria obtido com o uso de telas de aço soldado.

Embora o custo de aquisição das telas de aço soldado seja cerca de 25% superior ao da armadura convencional similar,

seu uso, além de excluir a necessidade de arame de amarração, reduz perdas e requer menos mão-de-obra (cerca de 25%

da exigida pelo processo convencional). A tela de aço soldado não é um produto concorrente dos vergalhões, mas sim

complementar, na medida em que pode substituir a armadura convencional em alguns elementos estruturais. As

características a serem observadas na especificação e aquisição de telas podem ser assim resumidas:

80

A área a ser armada com tela precisa ser dimensionada especificamente para esse material. Em projetos

elaborados com armadura convencional, os fabricantes oferecem serviço de conversão para o uso de telas. A fim

de preservar as características do projeto original, o resultado tem de ser submetido ao projetista estrutural;

Assim como os vergalhões, as telas necessitam obedecer ao controle da qualidade dos fios componentes e da

tela resultante. O fornecedor deve garantir a qualidade e acompanhar os resultados de ensaios realizados

seguindo as especificações das normas técnicas, ou contratar laboratório especializado para a inspeção;

Condições especiais de dimensões previstas no projeto podem ser atendidas pelos fabricantes a partir de consulta

técnica prévia;

O detalhamento do projeto estrutural preverá o uso da tela, assegurando as amarrações com os demais

componentes. Em caso de conversão de um projeto com barras e fios convencionais para tela de aço soldado, é

necessário observar que esse detalhamento seja efetivamente realizado.

As telas soldadas são caracterizadas pela bitola do arame usado e pela abertura da malha. São fabricadas em

três tipos básicos:

Tipo Q: tem a mesma área de aço por metro (linear) nas duas direções: área de aço longitudinal (AsL) igual à área

de aço transversal (Ast);

Tipo L: tem maior área de aço por metro (linear) na direção longitudinal;

Tipo T: tem maior área de aço por metro (linear) na direção transversal.

As telas padronizadas são ofertadas das seguintes formas: em rolos (largura: 2,45 m e comprimento: 60 m e 120

m) ou em painéis (largura: 2,45 m e comprimento: 4,2 m e 6,0 m).

Anexo às telas, deve haver uma etiqueta que identifique o nome do fabricante; o tipo de aço; a designação da tela;

a área das seções transversal e longitudinal; o diâmetro e o espaçamento entre os fios transversais e

longitudinais; e a massa por unidade de área em quilogramas por metro quadrado. Além disso, as telas precisam

ser fabricadas com fios de aço classe B, com Ø 3 mm a Ø 12,5 mm, e designação padronizada conforme a seguir:

81

30.9. CONCRETO:

30.9.1. MATERIAIS DE COMPOSIÇÃO DO CONCRETO:

O concreto é composto de elementos que variam de acordo com a qualidade do produto final que se deseja obter. Sendo

assim é necessário abordar cada um destes elementos separadamente.

a) Agregados:

Os agregados serão identificados por suas características, cabendo ao laboratório, encarregado do controle

tecnológico, proceder a modificação da dosagem, quando um novo tipo de material substitui o inicialmente empregado.

Quando os agregados forem medidos em volume, as padiolas ou carrinhos, especialmente construídos para

a finalidade, deverão trazer, na parte externa e em caracteres bem visíveis, o nome do material, o número de padiolas por

saco de cimento e o traço respectivo.

A dimensão máxima característica do agregado será definida na NBR 6118.

b) Água:

A água destinada ao concreto obedecerá ao disposto na NBR 6118. A água destinada ao amassamento do concreto será

isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas. Presumem-se satisfatórias as águas potáveis e as que tenham Ph

entre 5,8 e 8,0 e respeitem os seguintes limites máximos:

COMPONENTE LIMITE MÁXIMO

Matéria orgânica (expressa em DBO) 3,0 mg/l

Resíduo sólido 5.000,0 mg/l

Sulfatos (expressos em íons SO4) 300,0 mg/l

Cloretos (expressos em íons CL-) 500,0 mg/l

Açúcar 5,0 mg/l

Presume-se satisfatória a água potável fornecida pela rede de abastecimento público da cidade.

Observação: Caso ocorra, durante a estação chuvosa, uma turbidez excessiva da água, será providenciada a decantação

ou filtragem.

c) Cimento:

Nas peças sujeitas a ambientes agressivos, recomenda-se o uso de cimentos que atendam a NBR

5376/1991 (EB-758/1991) e a NBR 5737/1992 (EB-903/1992).

Não será conveniente, à critério da FISCALIZAÇÃO, em uma mesma concretagem, a mistura de tipos

diferentes de cimento, nem de marcas diferentes ainda que do mesmo tipo.

Não será conveniente o uso de traços de meio saco ou fração. Os volumes mínimos a misturar, de cada vez,

deverão corresponder a 1 (um) saco de cimento.

O cimento será obrigatoriamente medido em peso, não sendo permitida sua medição em volume.

82

d) Aditivos:

Aditivos com finalidade de modificação das condições de pega, endurecimento, resistência, trabalhabilidade, durabilidade e

permeabilidade do concreto, só poderão ser usados após consentimento da FISCALIZAÇÃO.

Só poderão ser utilizados os aditivos que tiverem suas propriedades atestadas por laboratório nacional especializado e

idôneo.

A porcentagem de aditivo no concreto será feita de acordo com as recomendações do fabricante e/ou laboratório

credenciado pelo CONTRATANTE.

Os aditivos aprovados pela FISCALIZAÇÃO conterão indicações precisas de marca, procedência, composição; não se

admitindo emprego indiscriminado, mesmo que tenham iguais efeitos. O emprego de cada aditivo, mesmo os de idêntica

ação, exigirá aprovação em separado. A autorização de utilização de determinado aditivo será dada por marca e por

quantidade em relação ao traço e para cada emprego.

30.9.2. DOSAGEM DE CONCRETO:

O estabelecimento do traço do concreto será função da dosagem experimental (racional), na forma preconizada na NBR

6118, de maneira que se obtenha, com os materiais disponíveis, um concreto que satisfaça as exigências do projeto a que

se destina (fck).

Todas as dosagens de concreto serão caracterizadas pelos seguintes elementos:

Resistência de dosagem aos 28 dias, com testes de resistência aos 7, 14 e 28 dias, para produção do gráfico de

resistência.

Dimensão máxima característica (diâmetro máximo) do agregado em função das dimensões das peças a serem

concretadas, conforme NBR 6118.

Consistência, medida através de “Slump-test”, de acordo com o método preconizado na NBR 7223.

Composição granulométrica dos agregados.

Fator água/cimento em função da resistência e da durabilidade desejadas.

Controle de qualidade a que será submetido o concreto.

Adensamento a que será submetido o concreto.

A fixação da resistência de dosagem será estabelecida em função da resistência característica do concreto (fck), definida

no Projeto de Estrutura e em obediência ao disposto na NBR 6118. A classificação dos concretos por grupos de resistência

(Grupos I e II) é objeto da NBR 8953.

O controle tecnológico abrangerá as verificações da dosagem utilizada, da trabalhabilidade, das características dos

constituintes e da resistência mecânica.

O controle tecnológico obedecerá ao disposto na NBR 6118, na NBR 12654 - “Controle Tecnológico de Materiais

Componentes do Concreto”

Independentemente do tipo de dosagem adotado, o controle da resistência do concreto obedecerá, rigorosamente, ao

disposto na NBR 6118, e às recomendações constantes dos itens seguintes.

83

Será retirado, no mínimo, 1 (um) exemplar para cada 25 (vinte e cinco) m3 de concreto aplicado. Cada exemplar será

constituído por 2 (dois) corpos de prova, conforme NBR 6118.

Sem prejuízo do disposto no item precedente, serão necessariamente extraídos corpos de prova todas as vezes que

houver modificações nos materiais ou no traço.

Além das prescrições precedentes, será observado o cuidado de moldagem de corpos de prova de cada elemento

representativo da estrutura, à razão mínima de 8 exemplares nas fundações, 4 exemplares em cada teto com as

respectivas vigas e 4 exemplares nas extremidades dos pilares de cada pavimento.

Cuidados iguais aos precedentes serão adotados em relação a quaisquer elementos estruturais não incluídos nos acima

referidos.

Quando houver dúvidas sobre a resistência do concreto da estrutura, serão efetuados ensaios não destrutivos. Em obras

importantes e/ou naquelas em que houver dúvidas sobre o resultado dos ensaios não destrutivos, serão também ensaiados

corpos de prova extraídos da estrutura.

30.9.3. EXECUÇÃO:

A execução de qualquer parte da estrutura implica na integral responsabilidade da CONTRATADA por sua resistência e

estabilidade. O serviço será executado, de acordo com a NBR 6118 - Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado.

Alguns cuidados especiais deverão ter atenção especial, para o sucesso da concretagem:

a) Temperatura do concreto:

Limitar a temperatura máxima do concreto para minimizar fissura durante a colocação, compactação e cura. Ter em conta:

Altas temperaturas e gradientes elevados de temperatura: evitar a acumulação durante as primeiras 24h após a

concretagem. Prevenir coincidência de ganho máximo de calor de hidratação do cimento com a temperatura do ar

elevada e/ou ganho solar.

Mudanças bruscas de temperatura: Evitar durante os primeiros 7 dias após a moldagem.

b) Superfícies para receber concreto

Limpeza de superfícies imediatamente antes da colocação do concreto, não deixando detritos, amarrando recortes de

arame, fixações, ou água livre.

c) Inspeção de superfícies

Notificar antes de derramar o concreto para permitir inspeções de armadura e superfícies.

d) Transporte

Evitar a contaminação, segregação e a perda de ingredientes, evaporação excessiva e perda de aplicabilidade.

Proteger contra chuva pesada.

Ar interno: antecipar os efeitos de transporte e de métodos de instalação a fim de alcançar o conteúdo de ar especificado.

84

e) Aplicação

Registro: Manter por horário, data e local de todas as concretagens.

Tempo: Derramar logo que possível a mistura enquanto suficientemente plástico para compactação completa.

Limitações de temperatura para o concreto: 30ºC (máximo) e 5ºC (mínimo);

Cuidados devem ser tomados para evitar deslocamento de armadura, fixação ou formas e danos às superfícies

das mesmas.

Continuidade do derramamento: executar na posição final em uma operação contínua até as juntas de construção.

Evitar as formações de juntas frias.

Descarga do concreto: impedir a dispersão desigual, segregação ou a perda de ingredientes ou qualquer efeito

adverso sobre as formas ou acabamentos já executados.

Espessura das camadas: Para se adequar a métodos de compactação e alcançar amálgama eficiente durante a

compactação.

Vibradores: Não utilizar para posicionar o fluxo de concreto na horizontal, exceto quando necessário para atingir a

compactação total sob os formadores de vazios e acessórios fundidos e nas juntas verticais.

f) Compactação

Geral: concreto totalmente compactado até a profundidade total para remover o ar aprisionado. Continuar até que

as bolhas de ar deixem de aparecer na superfície superior.

Áreas de especial atenção: nos arredores das armaduras, sob os formadores de vazio, acessórios fundidos, em

cantos de cofragem e nas juntas.

Lotes consecutivos de concreto: amalgamar sem danificar o concreto adjacente em parte endurecido.

Métodos de compactação: para se adequar à classe de consistência e uso do concreto.

g) Vibradores

Geral: manter um número suficiente e tipos de virador para atender a consistência, taxa de derramamento e

localização do concreto.

Vibradores externos: Obter a aprovação para uso.

Excesso de vibração deve ser evitado para minimizar o risco de formação de uma camada superficial fraca.

Onde as formas permanentes estiverem incorporadas à estrutura, é necessário cuidado extra para assegurar a

compactação completa do concreto.

h) Assentamento plástico

Fissura de assentamento: inspecionar o concreto fresco de perto e de forma contínua, onde quer que seja

provável haver fissuras, inclusive na parte superior das seções de profundidade e em mudanças significativas na

profundidade das seções de concreto.

Tempo: durante as primeiras horas após a colocação e enquanto o concreto poderá ser fluidizado pelo vibrador.

Remoção de fissuras: vibrar novamente o concreto.

85

30.9.4. TRANSPORTE DE CONCRETO:

O transporte do concreto será efetuado de maneira que não haja segregação ou desagregação de seus componentes, nem

perda sensível de qualquer deles por vazamento ou evaporação.

Poderão ser utilizados, na obra, para transporte de concreto da betoneira ao ponto de descarga ou local da concretagem,

carrinhos de mão, jiricas, caçambas, pás mecânicas ou outros.

No bombeamento de concreto, deverá existir um dispositivo especial na saída do tubo para evitar a segregação. O

diâmetro interno do tubo será, no mínimo, três vezes o diâmetro máximo do agregado, quando utilizado brita e 2,5 vezes o

diâmetro, no caso de seixo rolado.

O transporte do concreto não excederá ao tempo máximo permitido para seu lançamento.

Sempre que possível será escolhido sistema de transporte que permita o lançamento direto nas fôrmas.

Não sendo possível o lançamento direto, serão adotadas precauções para manuseio do concreto em depósitos

intermediários.

O transporte a longas distâncias só será admitido em veículos especiais dotados de movimento capaz de manter uniforme

o concreto misturado.

No caso de utilização de carrinhos ou padiolas (jiricas), terão que ser criadas condições de percurso suave, tais como

rampas, aclives e declives, inclusive estrados.

30.9.5. EQUIPAMENTOS:

Poderão ser empregados vibradores de imersão, vibradores de fôrma ou réguas vibradoras, de acordo com a natureza dos

serviços executados e desde que satisfaçam à condição de perfeito adensamento do concreto.

A capacidade mínima da betoneira será a correspondente a 1 (um) traço com consumo mínimo de um saco de cimento.

Serão permitidos todos os tipos de betoneira, desde que produzam concretos uniformes e sem segregação dos materiais.

30.9.6. LANÇAMENTO:

Competirá à CONTRATADA informar, com oportuna antecedência, à FISCALIZAÇÃO e ao laboratório encarregado do

controle tecnológico, do dia e hora do início das operações de concretagem estrutural, do tempo previsto para sua

execução e dos elementos a serem concretados.

Os processos de lançamento do concreto serão determinados de acordo com a natureza da obra, cabendo à

FISCALIZAÇÃO modificar ou impedir processo que acarrete segregação dos materiais.

Não será permitido o lançamento de concreto de altura superior a 2 m. Para evitar segregação, em quedas livres maiores

que a mencionada, utilizar-se-ão calhas apropriadas. No caso de peças estreitas e altas, o concreto será lançado por

janelas abertas na parte lateral ou por meio de funis ou trombas.

O intervalo máximo de tempo permitido entre o término do amassamento do concreto e o seu lançamento não excederá a 1

(uma) hora.

Quando do uso de aditivos retardadores de pega o prazo para lançamento poderá ser aumentado em função das

características do aditivo, a critério da FISCALIZAÇÃO.

86

Nos lugares sujeitos à penetração de água, serão adotadas providências para que o concreto seja lançado sem que haja

água no local e ainda que, quando fresco, não possa ser levado pela água de infiltração.

A concretagem seguirá rigorosamente um programa de lançamento pré-estabelecido pela NBR 6118.

Algumas condições não serão permitidas, para que a resistência do concreto não seja comprometida, arriscando e

elevando o preço de uma eventual correção pós-execução:

Não será permitido o “arrastamento” do concreto a distâncias muito grandes, durante o espalhamento, devido ao

fato de que o deslocamento da mistura com enxada, sobre fôrmas, ou mesmo sobre o concreto já aplicado,

poderá provocar perda da argamassa por adesão aos locais de passagem;

Em nenhuma hipótese será permitida a utilização do concreto após o início da pega;

Não será permitido o uso do concreto remisturado.

30.9.7. ADENSAMENTO:

O adensamento manual, caso ocorra, deverá ser justificado na etapa de obra e deverá ser aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

O adensamento será de forma que o concreto ocupe todos os recantos da fôrma.

Serão adotadas devidas precauções para evitar vibração da armadura, de modo a não formar vazios ao seu redor nem

dificultar a aderência com o concreto.

Os vibradores de imersão não serão deslocados horizontalmente. A vibração será apenas a suficiente para que apareçam

bolhas de ar e uma fina película de água na superfície do concreto. A vibração será feita a uma profundidade não superior

a agulha do vibrador.

As camadas a serem vibradas terão, preferencialmente, espessura equivalente a 3/4 do comprimento da agulha.

As distâncias entre os pontos de aplicação do vibrador serão da ordem de 6 a 10 vezes o diâmetro da agulha

(aproximadamente 1,5 vezes o raio de ação).

Será aconselhável a vibração por períodos curtos em pontos próximos, ao invés de períodos longos num único ponto ou

em pontos distantes.

A vibração próxima às fôrmas (menos de 100 mm) será evitada no caso de utilização do vibrador de imersão.

Colocar-se-á a agulha na posição vertical, ou quando impossível, incliná-la até um ângulo máximo de 45º.

Introduzir-se-á a agulha na massa de concreto, retirando-a lentamente para evitar formação de buracos que se enchem de

pasta. O tempo de retirada da agulha pode estar compreendido entre 2 ou 3 segundos ou até 10 a 15 segundos, admitindo-

se contudo, maiores intervalos para concretos mais secos.

Na vibração por camadas, far-se-á com que a agulha atinja a camada subjacente para assegurar a ligação duas a duas.

Admitir-se-á a utilização, excepcionalmente, de outros tipos de vibradores (fôrmas, réguas, etc.), a critério da

FISCALIZAÇÃO.

87

30.9.8. JUNTAS DE CONCRETAGEM:

Durante a concretagem poderão ocorrer interrupções previstas ou imprevistas. Em qualquer hipótese, a junta então

formada será denominada de “junta fria”, desde que não seja possível retomar a operação antes do início da pega do

concreto já lançado. Deverá ser observado para que as juntas não coincidam com os planos de cisalhamento. As juntas

deverão ser localizadas onde forem menores os esforços de cisalhamento.

Quando não houver especificação em contrário, as juntas nas vigas serão, preferencialmente, em posição normal ao eixo

longitudinal da peça (juntas verticais). Tal posição será assegurada através de fôrma de madeira, devidamente fixada.

A concretagem das vigas atingirá o terço médio do vão, não sendo permitidas juntas próximas aos apoios.

As juntas verticais apresentam vantagens pela facilidade de compactação, pois é possível fazer-se fôrmas de sarrafos

verticais que permitam a passagem dos ferros de armação e não do concreto, evitando a formação da nata de cimento na

superfície, o que se verifica em juntas inclinadas.

Na ocorrência de juntas em lajes, a concretagem atingirá o terço médio do maior vão, localizando-se as juntas

paralelamente à armadura principal.

Em lajes nervuradas as juntas deverão situar-se paralelamente ao eixo longitudinal das nervuras.

As juntas permitirão uma perfeita aderência entre o concreto já endurecido e o que vai ser lançado. Para assegurar a

superfície das juntas deverá receber tratamento com escova de aço, jateamento de areia ou qualquer outro processo que

proporcione a formação de redentes, ranhuras ou saliências. Tal procedimento será efetuado após o início de pega e

quando a peça apresentar resistência compatível com o trabalho a ser executado.

Quando da retomada da concretagem, a superfície da junta concretada anteriormente será preparada efetuando a limpeza

dos materiais pulverulentos, nata de cimento, graxa ou quaisquer outros prejudiciais à aderência, obtida com o mesmo

tratamento citado anteriormente. Especial cuidado será dado ao adensamento junto a “interface” entre o concreto já

endurecido e o recém-lançado, a fim de se garantir a perfeita ligação das partes.

30.9.9. CURA DO CONCRETO:

Qualquer que seja o processo empregado para a cura do concreto, a aplicação deverá iniciar-se tão logo termine a pega.

O processo de cura iniciado imediatamente após o fim da pega, continuará por período mínimo de 7 dias.

O CONTRATANTE admite os seguintes tipos de cura:

Molhagem contínua das superfícies expostas do concreto;

Cobertura com tecidos de aniagem, mantidos saturados;

Cobertura por camadas de serragem ou areia, mantidas saturadas;

Lonas plásticas ou papéis betumados impermeáveis, mantidos sobre superfícies expostas, devendo, entretanto ser de cor

clara para evitar o aquecimento do concreto e a subsequente retratação térmica;

Películas de cura química.

88

30.9.10. INSPEÇÃO DO CONCRETO:

Após a retirada das fôrmas, o elemento concretado será exibido à FISCALIZAÇÃO para exame. Somente após este

controle, e a critério da FISCALIZAÇÃO, poderá a CONTRATADA proceder à reparação de eventuais lesões e a remoção

das rugosidades, estas no caso de concreto aparente, a fim de que as superfícies, internas e externas, venham a se

apresentar perfeitamente lisas.

As imperfeições serão corrigidas da seguinte forma:

Desbaste com ponteira, da parte imperfeita do concreto deixando-se uma superfície áspera e limpa;

Preenchimento do vazio com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, usando adesivo estrutural à base de

resina epoxy. No caso de incorreções grandes, substituir-se-á a argamassa por concreto no traço 1:2:2;

Quando houver umidade e/ou infiltração de água, o adesivo estrutural será substituído por impermeabilizante de

pega rápida, devendo tal produto ser submetido à apreciação do CONTRATANTE, antes de sua utilização.

Fica claro e estabelecido que os critérios de áspero, limpo, grande, úmido e infiltração ficam a critério da

FISCALIZAÇÃO.

Normativa:

A execução das estruturas de concreto simples e concreto armado, bem como o material aplicado e o seu manuseio,

deverão obedecer às Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, em suas edições mais recentes.

Citam-se as normas a seguir, como as principais, porém não únicas:

NBR-5682 - Contratação, execução e supervisão de demolições;

NBR-5732 - Cimento Portland comum;

NBR-5733 - Cimento Portland de alta resistência inicial;

NBR-5735 - Cimento Portland de alto-forno;

NBR-5736 -Cimento Portland pozolânico;

NBR-5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto;

NBR-5739 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos;

NBR-5741 - Extração e preparação de amostras de cimentos;

NBR 5750 - Amostragem de Concreto Fresco;

NBR-6118 - Projeto de estruturas de concreto – procedimento;

NBR-6120 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;

NBR-6122 - Projeto e execução de fundações;

NBR-6123 - Forças devidas ao vento em edificações;

NBR-6152 - Materiais metálicos - Determinação das propriedades mecânicas à tração;

NBR-6153 - Produto metálico - Ensaio de dobramento semi-guiado;

NBR-7211 - Agregado para concreto;

NBR-7212 - Execução de concreto dosado em central;

NBR-7215 - Cimento Portland - Determinação da resistência;

NBR-7216 - Amostragem de agregados;

89

NBR-7217 - Agregados - Determinação da composição granulométrica;

NBR-7218 - Agregados - Determinação do teor de argila em torrões e materiais friáveis (deverá ser feita

verificação por amostragem);

NBR-7219 - Agregados - Determinação de teor de materiais pulverulentos;

NBR-7220 - Agregado- Determinação de impurezas orgânicas húmicas em agregado miúdo;

NBR-7223 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone;

NBR-7480 - Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado;

NBR-7481 - Telas de aço soldadas para armadura de concreto;

NBR-7678 - Segurança na execução de obras e serviços de construção;

NBR-8681 - Ações e segurança nas estruturas;

NBR-8953 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência;

NBR-9606 - Concreto - Determinação da Consistência pelo Espalhamento do Tronco de Cone.

NBR-9775 - Agregado miúdo - Determinação do teor de umidade superficial por meio do frasco de Chapman -

Método de ensaio

NBR-9935 - Agregados - Terminologia

NBR-12654 - Controle tecnológico de materiais componentes do concreto

NBR-11768 - Aditivos para concreto de cimento Portland

NBR-12317 - Verificação do desempenho de aditivos para concreto

NBR-12655 - Concreto - Preparo, Controle e Recebimento

30.10. ESTRUTURAS:

30.10.1. ESTRUTURA DAS FUNDAÇÕES:

Serão de concreto armado ou protendido, de acordo com o cálculo estrutural, concretadas em formas horizontais ou

verticais ou por sistemas de centrifugação.

Em cada estaqueamento, é necessário tirar o diagrama de cravação de pelo menos 10% das estacas, sendo

obrigatoriamente incluídas aquelas mais próximas dos furos de sondagem.

Sempre que houver dúvida sobre uma estaca, a FISCALIZAÇÃO pode exigir comprovação de seu comportamento

satisfatório. Se esta comprovação não for julgada suficiente e, dependendo da natureza da dúvida, a FISCALIZAÇÃO

poderá solicitar sua substituição ou seu comportamento comprovado por prova de carga.

Sempre que uma estaca apresentar desvio angular em relação à posição projetada, deve ser feita verificação de

estabilidade, tolerando-se, sem medidas corretivas, um desvio 1:100; desvios maiores requerem detalhe especial, em se

tratando de grupo de estacas, a verificação tem de ser feita para o conjunto, levando-se em conta a contenção do solo e as

ligações estruturais. É da responsabilidade da CONTRATADA verificar se existem infraestruturas subterrâneas, Inclusive

junto às concessionária de abastecimento de água e energia, tais como: cabos, tubos, tubulação de esgoto. Informações

específicas referentes à execução de estruturas, fundações, terraplanagem e pavimentação, constam nos cadernos: 004-

GER00-BJ-ET-ET-0001-R00; 004-DEO01-BJ-ET-MD-0001-R01.

90

30.10.2. ESTRUTURAS EM CONCRETO ARMADO:

Deverá ser utilizado concreto com resistência a compressão para cada elemento estrutural conforme relação o cálculo

estrutura e as classes de agressividade em cada estrutura.

As recomendações para as Superestruturas em concreto são as constantes no item de concreto armado.

30.10.3. ESTRUTURAS METÁLICAS:

Os cálculos de projeto estrutural de montagem de aço e o processo de instalação de cabos deverão ser verificados por um

consultor estrutural com experiência comprovada e com as respectivas referências.

Caso a mudança no peso ou rigidez ou ainda outras circunstâncias exijam novos projetos de cobertura, arquibancadas ou

fundações, estes ficarão a cargo da empresa projetista e repassados posteriormente para a CONTRATADA.

Os sistemas de ancoragem incluindo barras de ancoragem, placas de ancoragem, proteção contra corrosão permanente e

provisões para fixação, devem ser fornecidos pelo responsável pela estrutura de aço e disponibilizadas em devido tempo

ao responsável pela estrutura de concreto para instalação. Para o posicionamento exato nas formas, um robusto gabarito

de quadro metálico deve ser fornecido pelo responsável pelo aço em cooperação com o engenheiro responsável pelo

concreto esclarecendo a fixação do gabarito. O gabarito deve ser fixado de forma a não poder se deslocar durante a

concretagem e compactação. Devem ser entregues as ancoragens fundidas juntas com protocolo de análise. O

responsável pelo aço deve assumir as ancoragens com base em sua própria análise, confirmado que seu posicionamento

está dentro da tolerância permitida.

Para os suportes, as placas de base serão examinadas com relação à tolerância exigida e temporariamente fixadas para

grautemento não retrátil final para preencher o espaço entre placa de base e o concreto.

As colunas de aço são pré-fabricadas e entregues no local. As colunas devem ser levantadas e ancoradas

temporariamente nos pontos de base. As fixações temporárias, bem como o impacto à estrutura devem ser avaliadas. A

análise constante é necessária para garantir a precisão.

Soldaduras no local devem ser evitadas. Caso necessário um modelo topograficamente verificado deve ser proporcionado

para assegurar a precisão da peça soldada.

Na sequência segmentos de cobertura pré-fabricados, que foram aprovados pela pré-montagem, devem ser içados e

instalados no topo das colunas/suportes pelos respectivos guindastes móveis com capacidade relevante.

Contraventamentos / estabilizações temporários adicionais tangenciais são obrigatórios. Uma estação de levantamentos

total permanente é necessária para garantir a precisão. Especialmente recalques diferenciais potenciais em partes

diferentes da estrutura de concreto devem ser monitorados, e se observados, eliminados por reajuste de posição da base

da coluna. Os suportes temporários devem levar em conta a expansão térmica da estrutura montada consecutiva.

As escoras inclinadas são instaladas e pré-tensionadas.

A estrutura de cabos será içada e pinada às chapas metálicas com olhal. Correias dentadas temporárias conectam os

cabos em distância regulares à corda superior da estrutura de aço.

Nos locais cabíveis (vide Diretrizes de Projeto), a proteção contra incêndio deve ser prevista como sistema de proteção

passiva contra o fogo (pintura), compatível com a proteção contra a corrosão e sistemas de pintura descritos. Os seguintes

requisitos devem ser cumpridos:

91

a) Preparação da Superfície

Jateamento abrasivo até SA 2,5 de acordo com a ISO 12-944 parte 4 ou SSPC-SP 6. Se ocorrer oxidação entre o

jateamento e a aplicação da camada primária, a superfície deve ser novamente submetida ao jateamento abrasivo até o

padrão visual especificado. É necessário um perfil de superfície de 50 micra.

b) Primeira Cobertura

Aplicação de uma primeira camada de secagem rápida, resistente mecanicamente, passível de cobrimento de longo prazo,

epoxi bicomponente de fosfato de zinco, de longo prazo primo. O primer deve ser compatível com o revestimento de

proteção passiva.

c) Revestimento de Proteção contra Fogo

Aplicação de uma camada espessa, baixo teor de solvente, pintura intumescente monocomponente, aprovada e

classificada de acordo com UL 263 para vigas, colunas e seções tubulares.

d) Camada final

Aplicação de secagem rápida, resistente aos raios UV, acabamento final poliacrílico bicomponente, com uma excelente

resistência e passível de cobrimento em longo prazo. O acabamento final deverá ser compatível com o revestimento de

proteção passiva.

e) Pinos e parafusos galvanizados por imersão a quente.

O sistema de proteção passiva deve ser aprovado para o uso sobre superfícies galvanizadas por imersão a quente. A

aplicação deve realizar após a montagem da estrutura metálica.

f) Preparação da Superfície

Lavagem por solvente das peças galvanizadas (pinos, parafusos etc.) de acordo com SSPC SP 1, seguido de lixamento

para conseguir uma superfície suavemente áspera.

30.11. PAVIMENTAÇÃO:

A execução do pavimento deverá obedecer às exigências dos órgãos competentes e/ou as mesmas características do

pavimento existente; assim como, deverá ser de acordo com o especificado em projeto ou a critério da FISCALIZAÇÃO.

Como característica básica, o pavimento deverá resistir aos esforços oriundos do tráfego e a melhorar as condições de

rolamento. Para efeito desta especificação consideram-se concluídos os serviços de Terraplanagem, de acordo com o

projeto e as especificações.

92

Considera-se também que os pavimentos e o terrapleno serão drenados conforme seus projetos específicos.

A geometria dos pavimentos, assim como, os elementos que compõem as camadas de base e sub-base, deverão ser

definidas em projeto estrutural e geométrico da via.

O pavimento, após concluído, deverá estar perfeitamente conformado ao greide e seção transversal. Não serão admitidas

irregularidades ou saliências a pretexto de compensar futuros abatimentos. As emendas do pavimento executado com o

pavimento existente deverão apresentar perfeito aspecto de continuidade. Se for o caso, deverão ser feitas tantas

reposições quantas forem necessárias, sem ônus adicionais para a CONTRATANTE, até que não hajam mais abatimentos

na pavimentação.

O projeto e execução do pavimento deverá respeitar o caimento para o perfeito fluxo de águas pluviais deforma a não

prejudicar o funcionamento do sistema de drenagem urbana.

De acordo com as características do projeto de cada arruamento e/ou passeio, a pavimentação poderá ser flexíveis

(revestido de camada asfáltica e com base de brita ou solo), semi-rígidos (revestido de camada asfáltica e com base

estabilizada quimicamente (cal, cimento) e rígidos (concreto em várias formas). Dentre as várias misturas asfálticas e de

concreto, as principais são:

30.11.1. PAVIMENTO FLEXÍVEIS E SEMI-RÍGIDOS:

O agregado é pré-envolvido com o material betuminoso, antes da compressão.

a) Pré-misturado a frio

Ligantes: emulsão asfáltica.

Agregados: vários tamanhos, frios.

b) Areia-asfalto a frio

Agregado miúdo + emulsão.

c) Pré-misturado a quente

Ligante: cimento asfáltico.

Agregados: vários tamanhos, aquecidos.

d) Areia-asfalto a quente

Espessura não deve ser > 5cm.

Agregados miúdos aquecidos + cimento asfáltico

e) Concreto asfáltico (CA ou CBUQ) e Misturas Asfálticas Especiais SMA, BBTM, CPA, Gap-graded

agregado mineral graduado, material de enchimento e cimento asfáltico, aquecidos.

93

30.11.2. PAVIMENTOS RÍGIDOS:

a) Pavimento de Concreto Simples

Dotados de barras de ligação e de transferência.

As placas de concreto devem ser retangulares, com exceção das placas de concordância, que devem ser dotadas

de armadura simples distribuída descontínua.

b) Solo-cimento

Adequado apenas para uso em bases ou sub-bases e caracteriza, conceda quando revestido com asfalto, um

pavimento semi-rígido.

Apresenta custo inicial baixo e boa durabilidade.

c) Placas de Concreto Simples com Barras de Transferência

Suas principais características são: durabilidade, qualidade de superfície, conforto de rolamento, custo inicial

competitivo, baixo custo de manutenção, baixo custo de operação, resistência aos agentes químicos, resistência a

abrasão, resistência mecânica, segurança e menor consumo de energia elétrica.

d) Pavimentos Armados Com Armação Descontínua

Juntas aparecerem em intervalos maiores, de 8 a 15 m, mas não são eliminadas.

e) Pavimentos Armados Com Armação Contínua

Continuamente armado, não existem juntas transversais de retração.

O custo é superior aos demais, mas o desempenho é maior e a vida útil mais longa.

f) Pavimento com Peças Pré-Moldadas

As peças pré-moldadas de concreto devem atender às exigências das normas brasileiras

Normativas:

DNER-ES 327/97 - Pavimentação - pavimento com peças pré-moldadas de concreto;

DNER-ES 385/99 - Pavimentação - concreto asfáltico com asfalto polímero;

DNER-ES 386/99 - Pavimentação - pré- misturado a quente com asfalto polímero – camada porosa de atrito;

DNER-ES 387/99 - Pavimentação - areia asfalto a quente com asfalto polímero;

DNER-ES 388/99 - Pavimentação - micro pré-misturado a quente com asfalto polímero;

DNER-ES 390/99 - Pavimentação - pré-misturado a frio com emulsão modificada por polímero;

DNER-ES 395/99 - Pavimentação - Pavimentação – pintura de ligação com asfalto polímero;

DNIT 031/2006- ES - Pavimentos Flexíveis – Concreto Asfáltico;

DNIT 032/2005- ES - Pavimentos Flexíveis – Areia Asfalto a quente;

DNIT 033/2005- ES - Pavimentos Flexíveis – Concreto Asfáltico Reciclado a quente na usina;

94

DNIT 047/2004- ES - Pavimento Rígido - Execução de pavimento rígido com equipamento de pequeno porte;

DNIT 048/2004- ES - Pavimento Rígido - Execução de pavimento rígido com equipamento de fôrma-trilho;

DNIT 049/2013- ES - Pavimento Rígido - Execução de pavimento rígido com equipamento de fôrma-deslizante;

DNIT 056/2013- ES - Pavimento Rígido - Sub-base de cimento de concreto Portland compactada com rolo;

DNIT 057/2004- ES - Pavimento Rígido - Execução de sub-base melhorada com cimento;

DNIT 058/2004- ES - Pavimento Rígido - Execução de sub-base de solo-cimento;

DNIT 059/2004- ES - Pavimento Rígido - Pavimento de concreto de cimento Portland, compactado com rolo;

DNIT 065/2004- ES - Pavimento Rígido - Sub-base de concreto de cimento Portland adensado por vibração;

DNIT 066/2004- ES - Pavimento Rígido - Construção com peças pré-moldada de concreto de cimento Portland;

DNIT 100/2009-ES - Obras complementares - Segurança no tráfego rodoviário – Sinalização horizontal;

DNIT 101/2009-ES - Obras complementares - Segurança no tráfego rodoviário – Sinalização vertical;

DNIT 104/2009-ES - Terraplenagem - Serviços preliminares;

DNIT 105/2009-ES - Terraplenagem - Caminhos de serviço;

DNIT 106/2009-ES - Terraplenagem – Cortes;

DNIT 107/2009-ES - Terraplenagem – Empréstimos;

DNIT 108/2009-ES - Terraplenagem – Aterros;

DNIT 137/2010-ES: Pavimentação – Regularização do subleito;

DNIT 138/2010-ES: Pavimentação – Reforço do subleito;

DNIT 139/2010-ES: Pavimentação – Sub-base estabilizada granulometricamente;

DNIT 140/2010-ES: Pavimentação – Sub-base de solo melhorado com cimento;

DNIT 142/2010-ES: Pavimentação – Base de solo melhorado com cimento;

DNIT 143/2010-ES: Pavimentação – Base de solo-cimento;

DNIT 144/2010-ES: Pavimentação asfáltica – Imprimação com ligante asfáltico convencional;

DNIT 145/2010-ES: Pavimentação – Pintura de ligação com ligante asfáltico convencional;

NBR-9781 - Peças de concreto para pavimentação - Especificação e métodos de ensaio.

30.12. PAISAGISMO E URBANISMO:

O paisagismo deverá ser executado de acordo com o projeto apresentado, utilizando as melhores técnicas sustentáveis e

quando possível sem o emprego de defensivos e/ou adubos químicos.

Caso seja necessária a utilização de produtos químicos, estes devem ser previamente apresentados para aprovação da

FISCALIZAÇÃO.

95

30.13. INSTALAÇÃO DE ESGOTO:

As instalações de esgotos sanitários serão executadas rigorosamente de acordo com os respectivos projetos e

especificações, bem como as prescrições das normas da ABNT pertinentes.

Todas as tubulações em áreas externas, quando não envelopadas, deverão ser assentadas na profundidade mínima de 80

cm. As tubulações de PVC, neste caso, deverão ser envolvidas por areia ou pó de pedra, e a compactação das valas deve

ser manual em camadas sucessivas até a altura de 30 cm acima dos tubos.

As declividades indicadas em projeto serão consideradas como mínimas, devendo ser precedida uma verificação geral dos

níveis até os pontos de descarga, antes da instalação dos coletores.

Normativas:

NBR 7362 - Tubo de PVC rígido com junta elástica, coletor de esgoto – Especificação;

NBR 7367 - Projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto sanitário;

NBR 8160 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução;

NBR 9648 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário;

NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto Sanitário.

NBR 9814 - Execução de rede coletora de esgoto sanitário – Procedimento;

NBR 15873 - Coordenação modular para edificações;

30.14. INSTALAÇÃO DE GÁS:

As instalações foram projetadas, levando-se em consideração tópicos que contribuem para se obter um desempenho em

grau de excelência tanto administrativos como operacional e aspectos com integração sustentável, com os recursos

naturais, bem como, para atender as normas técnicas de engenharia vigente.

O sistema de gás natural será alimentado pela concessionária local até um quadro onde está localizado um medidor geral

no nível 0 e deste para um barrilete onde será alimentado as cozinhas e boiler. Após o quadro do medidor e da válvula

reguladora de pressão, a tubulação percorre do nível 0 até pontos de consumo aparente, sobe ao pavimento térreo, através

do shaft, onde alimenta as dependências e cozinha.

30.15. INSTALAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS (DRENAGEM):

As tubulações de águas pluviais poderão ser executadas em PVC ou em concreto, de acordo com a indicação do projeto.

Não será permitida a ligação de águas pluviais à rede coletora de esgotos.

Havendo necessidade de desvios na prumada, o trecho de desvio deverá ter peça para inspeção.

Deverá ser observada a declividade mínima de 0,5% em trechos não verticais.

Nas tubulações aparentes, devem ser previstas inspeções sempre que houver conexões com outra tubulação, mudança de

declividade, mudança de direção e ainda a cada trecho de 20 m nos percursos retilíneos.

Nas tubulações enterradas, devem ser previstas caixas de areia sempre que houver conexões com outra tubulação,

mudança de declividade, mudança de direção e ainda a cada trecho de 20 m nos percursos retilíneos.

96

Caso haja necessidade de implantação de drenos, estes devem seguir o projeto executivo. Na ausência de especificações,

a melhor solução para execução do serviço deverá ser determinada pela FISCALIZAÇÃO.

Normativas:

DNIT 015/2006- ES - Drenagem - Drenos subterrâneos

DNIT 016/2006- ES - Drenagem - Drenos sub-superficiais

DNIT 017/2006- ES - Drenagem - Dreno sub-horizontal

DNIT 018/2006- ES - Drenagem - Sarjetas e valetas de drenagem

DNIT 019/2004- ES - Drenagem - Transposição de sarjetas e valetas

DNIT 020/2006- ES - Drenagem - Meios-fios e guias

DNIT 021/2004- ES - Drenagem - Entradas e descidas d’água

DNIT 022/2006- ES - Drenagem - Dissipadores de energia

DNIT 023/2006- ES - Drenagem - Bueiros tubulares de concreto

DNIT 024/2004- ES - Drenagem - Bueiros metálicos executados sem interrupção do tráfego

DNIT 025/2004- ES - Drenagem - Bueiros celulares de concreto

DNIT 026/2004- ES - Drenagem – Caixas coletoras

DNIT 027/2004- ES - Drenagem – Demolição de dispositivos de concreto

DNIT 028/2004- ES - Drenagem – Limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem

DNIT 029/2004- ES - Drenagem – Restauração de dispositivos de drenagem danificada

DNIT 030/2004- ES (*) - Drenagem – Dispositivos de drenagem pluvial urbana

NBR 8160 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução;

NBR 8890 - Tubo de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos

de ensaios

NBR 15645 - Execução de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas pluviais utilizando-se tubos e aduelas

de concreto

30.16. INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS:

As instalações hidráulicasdevem atender os requisitos estabelecidos no Projeto Básico e as normas vigentes.

Normativa:

NBR5580 - Tubos de aço-carbono para usos comuns na condução de fluidos - Especificação

NBR5590 - Tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou galvanizados - Especificação

NBR 5626 - Instalação predial de água fria

NBR5648 - Tubos e conexões de PVC-U com junta soldável para sistemas prediais de água fria - Requisitos

NBR5680 - Dimensões de tubos de PVC rígido

NBR5883 - Solda branda

NBR 5688 - Tubos e conexões de PVC-U para sistemas prediais de água pluvial, esgoto sanitário e ventilação

NBR6414 - Rosca para tubos onde a vedação e feita pela rosca - Designação, dimensões e tolerâncias

97

NBR6452 - Aparelhos sanitários de material cerâmico

NBR6943 - Conexões de ferro fundido maleável, com rosca NBR NM-ISO 7-1, para tubulações

NBR7198 - Projeto e execução de instalações prediais de água quente

NBR7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos

NBR7372 - Execução de tubulações de pressão - PVC rígido junta soldada, rosqueada, ou com anéis de borracha

NBR8193 - Hidrômetro taquimétrico para água fria até 15,0 metros cúbicos por hora de vazão nominal

NBR9256 - Montagem de tubos e conexões galvanizados para instalações prediais de água fria

NBR10072 - Instalações hidráulicas prediais - Registro de gaveta de liga de cobre - Requisitos

NBR10137 - Torneira de bóia para reservatórios prediais

NBR10281 - Torneira de pressão - Requisitos e métodos de ensaio

NBR10355 - Reservatórios de poliéster reforçado com fibra de vidro - Capacidades nominais - Diâmetros internos

NBR10925 - Cavalete de PVC DN 20 para ramais prediais

NBR11304 - Cavalete de polipropileno DN 20 para ramais prediais

NBR11535 - Misturadores para pia de cozinha tipo mesa

NBR11720 - Conexões para união de tubos de cobre por soldagem ou brasagem capilar - Requisitos

NBR11815 - Misturadores para pia de cozinha tipo parede

NBR12483 - Chuveiros elétricos

NBR13714 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio

NBR15206 - Instalações hidráulicas prediais - Chuveiros ou duchas - Requisitos e métodos de ensaio

30.17. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS:

O sistema elétrico do Complexo Esportivo de Deodoro pode ser dividido em média tensão e baixa tensão. Os cadernos a

seguir devem ser respeitados para execução dos serviços: 004-HIP00-BJ-EL-MD-0001-R00; 004-HIP01-BJ-EL-MD-0001-

R00; 004-HIP03-BJ-EL-MD-0001-R00; 004-HIP04-BJ-EL-MD-0001-R00; 004-HIP12-BJ-EL-MD-0001-R00; 004-HIP01-BJ-

EL-ET-0001-R00; 004-HIP03-BJ-EL-ET-0001-R00; 004-HIP04-BJ-EL-ET-0001-R00; 004-HIP12-BJ-EL-ET-0001-R00;

30.17.1. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM MÉDIA TENSÃO:

O sistema de distribuição em média tensão será feito por cabos elétricos de isolação de 15kV instalados em bancos de

dutos enterrados e envelopados em concreto para oferecer maior proteção aos cabos. Este banco de dutos será instalado

em toda extensão do Complexo Esportivo de Deodoro. O fornecimento de média tensão será a partir da cabine de

medição, alimentada em média tensão pela Concessionária, para as subestações internas.

98

30.17.2. SUBSTAÇÕES INDIVIDUAIS:

As subestações serão executadas de acordo com o projeto executivo. As subestações serão compostas por cubículos

compactos de 15kV e transformadores abaixadores com isolação epóxi, grau de proteção IP-21. Não está prevista a

utilização de disjuntores exclusivos para cada transformador, sendo a função de proteção efetuada por chave seccionadora

com fusíveis internos aos cubículos. A utilização de disjuntor será prevista apenas para proteção do ramal principal de

entrada e nas saídas e entradas dos cabos que compõe o anel de média tensão de cada subestação. A sala dos cubículos

será sempre separada da sala dos painéis de baixa tensão.

30.17.3. SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA EM MÉDIA TENSÃO:

Serão previstas salas de distribuição em baixa tensão em todas as arenas, estas salas são responsáveis pela distribuição

dos circuitos para alimentação da iluminação, tomadas, elevadores e bombas diversas. Estes quadros estão localizados de

forma estratégica para atender a maior quantidade de pontos na menor distancia possível. A distribuição de circuitos será

feita através de leitos, tubulações de aço carbono, eletrocalhas e barramentos blindados instalados no entreforro e, em

alguns locais, de forma aparente no teto.

Os equipamentos devem seguir as características técnicas especificadas e descritas no projeto básico com o objetivo de

complementar os desenhos e fornecer dados e orientações básicas destinadas a montagem, fornecimento instalações dos

Quadros Distribuição de Média e Baixa Tensão, como: cabos, conectores e terminais para cabo, tomadas placas

interruptores plugues e acessórios, barramentos blindados, quadros de baixa tensão, proteção contra arco, sensores de

detecção, sensor pontual, sensor de lapela, dimensionamento de barramento, identificação dos condutores e conectores,

acabamento, placa de identificação e disjuntores.

30.17.4. GERADORES:

Os geradores necessários para atender a iluminação do FoP, iluminação de reserva e circuitos de emergência da Arena 1

(permanente) estarão a cargo da CONTRATADA.

Os geradores necessários à Operação dos Jogos (overlay) do Centro Esportivo de Deodoro estarão a cargo da Rio 2016.

30.17.5. ILUMINAÇÃO E LUMINOTÉCNICA:

Os requisitos de Iluminação e Luminotécnica mínimos para execução dos serviços constam nos seguintes cadernos: 004-

HIP00-BJ-LU-ET-0001-R00; 004-HIP00-BJ-LU-MD-0001-R00.

99

30.18. ARGAMASSAS:

Para execução de argamassas são necessários alguns requisitos mínimos para garantia da qualidade do serviço. A seguir

são apresentados pré-requisitos e considerações para utilização de argamassas:

Proteger a execução de alvenarias da exposição direta ao vento e ao sol quando a temperatura ambiente for da

ordem 32ºC ou mais, na sombra, com umidade relativa inferior a 50%.

Assentar os blocos em até um minuto, posterior à colocação da argamassa.

Umedecer a alvenaria, mas sem saturá-la, antes do assentamento do bloco vazado de concreto.

Aumentar o conteúdo de cimento na argamassa e do graute para permitir um rápido ganho de resistência.

Aumentar a quantidade de cal na argamassa para permitir maior retenção da água.

Cobrir o agregado com lençol de plástico claro para retardar a evaporação da água.

Adicionar mais água aos preparados da argamassa e do graute.

Utilizar água fria ou gelada para adicionar à argamassa e graute.

Ocasionalmente, enxaguar os misturadores, ferramentas, armaduras de aço e quadros de argamassa com água

fria para ajudar a manter a temperatura no mínimo.

Armazenar a argamassa preparada em local frio e sombreada.

Não aplicar cargas uniformemente distribuídas antes de 12 horas e cargas concentradas antes de três dias.

30.18.1. COLOCAÇÃO E ADERÊNCIA:

Recomendações para colocação e aderência de argamassas:

Aplique as argamassas sobre a superfície limpa e livre de buracos ou saliências a porte.

Ao assentar os blocos vazados de concreto com juntas de base e de topo; as extremidades deverão ter

argamassa suficiente para preencher as juntas de topo. Remover o excesso de argamassa.

Assentar os blocos vazados de concreto cobrindo-os completamente com argamassa em suas faces externas

horizontais e verticais. No embasamento de paredes de sapatas e fundações, estrutura de suporte (bed web),

colunas e pilastras proceder da mesma forma.

Não empurrar ou bater de leve sobre as unidades de alvenaria depois que a argamassa já tenha sido colocada.

Em locais onde sejam necessários ajustes, remover a argamassa e recolocar.

Executar o trabalho utilizando ferramentas adequadas para que os cantos fiquem retos e sem arestas. Cuidar para

evitar a quebra de cantos ou extremidades dos blocos.

Onde necessário, terminar o trabalho de alvenaria de forma a combinar com as superfícies vizinhas.

100

30.19. ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO - VEDAÇÃO:

Em Blocos de concreto nas dimensões indicadas em projeto executadas e preparadas para receber os revestimentos

indicados em planta e nas especificações. As alvenarias de elevação para fechamento dos vãos serão confeccionadas em

blocos de concreto com as espessuras indicadas no projeto.

Os blocos terão que possuir dimensões uniformes, duros, faces planas, moldagem perfeita, arestas definidas, e serão

assentados com argamassa no caso de tijolos cerâmicos e com argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:0,5:8

ou argamassa de cimento e areia no traço 1:8.

As alvenarias deverão ser colocadas rigorosamente de acordo com o projeto fornecido, aprumadas e quando houver

encontro de duas, estas deverão ser amarradas pelo transpasse alternado dos tijolos.

As espessuras indicadas no projeto referem-se as paredes depois de revestidas. Admite-se, no máximo, uma variação de

2cm com relação a espessura projetada. Caso a espessura seja em osso esta deve ser indicada em projeto.

A argamassa será colocada igualmente entre as faces laterais dos blocos e sobre cada fiada, devendo os excessos de

argamassa das juntas ser retirados. As argamassas retiradas ou caídas das alvenarias em execução, não poderão

novamente ser empregadas.

A marcação da modulação da alvenaria será executada assentando-se os blocos de cantos. Em seguida será feita a

marcação da primeira fiada com blocos assentados sobre uma camada de argamassa previamente estendida, alinhados

pelo seu comprimento.

A construção dos cantos será executada com atenção especial verificando-se o nivelamento, perpendicularidade, prumo e

espessura das juntas uma vez que eles servirão como gabarito para a construção em si.

A seguir, será esticada uma linha que servirá como guia, garantindo-se o prumo e horizontalidade da fiada. O prumo de

cada bloco assentado será verificado. As juntas entre os blocos estarão completamente cheias com espessura de 10,0 cm.

As juntas verticais não poderão coincidir entre fiadas contínuas, de modo a garantir a amarração dos blocos.

As fiadas serão perfeitamente de nível, alinhadas e aprumadas. As juntas terão espessura máxima de 15,0 mm, e serão

alegradas ou rebaixadas, a ponta de colher, para melhor aderência do emboço.

Para a perfeita aderência das alvenarias a superfície de concreto a que se devem justapor, serão chapiscadas, todas as

partes destinadas a ficar em contato com aduelas, inclusive a face inferior - fundo - de vigas.

Para a fixação de esquadrias de madeira serão empregados tacos, de madeira de lei (Embutidos). Antes de colocados,

deverão ser submetidos a qualquer tratamento inseticida e hidrofugante aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

Normativa:

NR 18 – Condições e meio de trabalho na indústria da construção – 18.7 – Alvenarias, revestimentos e

acabamentos;

NBR 7173 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural;

NBR – 15961-1 - Alvenaria estrutural - Blocos de concreto - Parte 1: Projeto;

NBR – 15961-2 - Alvenaria estrutural - Blocos de concreto - Parte 2: Execução e controle de obras

101

30.20. CHAPISCO EM PAREDE COM ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA:

O chapisco comum - camada irregular e descontínua - será executado com argamassa empregando-se cimento e areia

grossa no traço 1:3. O procedimento executivo deverá ser:

Para a aplicação do chapisco, a base terá que estar limpa, livre de pó, graxas, óleos, eflorescências, materiais

soltos ou quaisquer outros produtos que venham prejudicar a aderência.

Caso a base apresente elevada absorção a mesma será molhada antes da aplicação.

A aplicação do chapisco será realizada, continuamente, sobre toda a área da base a ser revestida.

Normativa:

NR 18 – Condições e Meio de trabalho na indústria da construção – 18.7 – Alvenarias, revestimentos e

acabamentos.

NBR 7200 – Revestimentos de paredes e tetos com argamassas – Materiais, preparo e manutenção.

30.21. REBOCO COMUM:

O emboço deve estar limpo, sem poeira, antes de receber o reboco. As impurezas visíveis – como raízes, pontas de ferro

da armação da estrutura, etc. – serão removidas.

As eflorescências sobre o emboço são prejudiciais ao acabamento, desde que decorrentes de sais solúveis em água,

principalmente sulfatos, cloretos e nitratos, motivo pelo qual a remoção desses sais, por escovamento, é indispensável.

Reboco acamurçado: reboco com acabamento áspero, acamurçado, com desempenadeira de madeira e talochinha de

espuma de borracha.

Reboco liso a colher: reboco com acabamento alisado a desempenadeira ou talocha de aço, de modo a proporcionar

superfície inteiramente lisa e uniforme.

A espessura do reboco não deve ultrapassar 5 mm, de modo que, com os 15mm do emboço, o revestimento de argamassa

não ultrapassará 20 milímetros;

A masseira destinada ao preparo dos rebocos deve encontrar-se limpa, especialmente no caso de material colorido, e bem

vedada. A evasão de água acarretaria a perda de aglutinadores, corantes e hidrofugantes, com prejuízos para a

resistência, a aparência e outras propriedades dos rebocos.

O lançamento do reboco hidrófugo na masseira será objeto de cuidados especiais, no sentido de evitar-se a precipitação

do hidrofugante. Como esse componente de reboco apresenta dificuldade em misturar-se com a água, o amassamento

será enérgico, de forma que haja homogeneização perfeita no produto final. Na aplicação dos rebocos hidrófugos será

evitado o aparecimento de fissuras que venham a permitir que as águas pluviais atinjam os emboços.

Quando houver possibilidade de ocorrência de temperaturas elevadas, os rebocos externos executados em uma jornada de

trabalho terão as suas superfícies molhadas ao término dos trabalhos.

102

30.21.1. APLICAÇÃO EM ELEMENTOS DE ALVENARIA:

Molhar os vazios verticais de blocos e canaletas momentos antes do grauteamento;

A aplicação deve ser realizada pelo menos 24 horas após o assentamento da alvenaria.

30.21.2. APLICAÇÃO EM ELEMENTOS DE CONCRETO:

As fôrmas devem ser resistentes e estanques, sem empoçar água e deve ser umedecidas antes da aplicação.

O preenchimento dos blocos ou fôrmas deve ser de maneira a permitir o deslocamento do ar, evitando-se vazios.

No caso de alvenaria estrutural é necessária à existência de furos-de-visita ao pé de cada trecho a grautear, para garantir o

preenchimento total dos vazios de acordo com a norma técnica NBR 15.961:2011. Feche o furo-de-visita logo após a

verificação da saída do graute fácil através dele.

As argamassas deverão atender as normas especificadas no Memorial de acabamentos de arquitetura, tais como garantias

de qualidade, armazenamento e manuseio, pré-requisitos ambientais (altas temperaturas - clima quente), e execução.

Normativas

NR18– Condições e meio de trabalho na indústria da construção (18.7-Alvenarias, revestimentos e acabamentos).

NBR 7200 - Revestimento de parede e teto com argamassa – Materiais, preparo e manutenção.

30.22. PINTURAS:

Os serviços de pintura compreenderão o fornecimento de materiais, equipamentos e mão de obra.

Verificar se a temperatura da superfície ou do ar no local está acima de 4ºC para pintura alquídica; acima de 7ºC

para pintura látex em áreas internas, e 10ºC para pintura látex em áreas externas. Para vernizes e para

transparentes, a temperatura mínima necessária é 18ºC;

Providenciar ventilação contínua e adequada;

Executar a pintura somente quando a umidade da superfície a ser pintada estiver numa faixa aceitável para o tipo

de acabamento a ser aplicado. Nunca inicie a pintura antes da cura da argamassa, isto é, antes de 30dias da

execução de argamassa;

A superfície terá que estar firme, coesa, limpa, seca e isenta de gordura, graxa ou mofo;

Aplicar sobre o reboco o selador e aguardar a cura e secagem pelo tempo recomendado pelo fabricante;

A aplicação da tinta será com rolo de lã de carneiro;

Intervalo entre as demãos: 4 horas.

Normativa

NBR 11702 – Tintas para edificações não-industriais – Classificação.

103

30.23. IMPERMEABILIZAÇÕES:

Serão realizadas impermeabilizações nas áreas indicadas no projeto, assim como a metodologia apresentada. Caso seja

indicado um procedimento de impermeabilização não previsto em projeto, o mesmo deverá ser aprovado previamente pela

FISCALIZAÇÃO.

Normativas

NBR 15885 - Membrana de polímero acrílico com ou sem cimento, para impermeabilização;

NBR 15414 - Membrana de poliuretano com asfalto para impermeabilização;

NBR 9952 - Manta asfáltica para impermeabilização;

NBR 11905 - Sistema de impermeabilização composto por cimento impermeabilizante e polímeros.

30.24. REVESTIMENTOS DE PISOS:

30.24.1. PISO EM PORCELANATO:

Os materiais deverão ser adquiridos preferencialmente por um único fabricante que garanta a uniformidade de textura e cor

dentre os diversos lotes.

O assentamento em argamassa colante, e junta mínima de 2 mm de acordo com as normas vigentes.

Deverão garantir a aquisição de material sobressalente para futuros reparos e/ou substituições. A quantidade deverá ser

definida pela CONTRATANTE.

Deverá atender rigorosamente a descrição do projeto no que tange aos materiais, execução, qualidade e garantia.

30.24.2. PISO EMBORRACHADO:

Serão aceitos dois tipos de pisos: piso emborrachado monocromático e piso emborrachado de alta resistência.

Os serviços deverão ser executados seguindo as normas vigentes, especificações descritas no Memorial de Arquitetura no

que tange aos materiais, a garantia de qualidade, ao manuseio e armazenamento, pré-requisitos do projeto, materiais

complementares e instalação.

30.24.3. PISO GRANILITE:

As áreas de aplicação serão conforme o projeto.

A composição de acabamento leva grânulos de minerais na proporção 3x1, cimento, areia e água para chegar à

consistência ideal.

A execução, a preparação, o acabamento, o controle de qualidade, a aplicação da resina, a garantia e qualidade, deverão

seguir os pré-requisitos e condições do projeto.

104

30.24.4. PISO PODOTÁTIL:

São faixas em alto relevo fixadas no chão para fornecer auxílio na locomoção pessoal e de deficientes.

O piso podotátil deverá ser adquirido preferencialmente por um único fornecedor, a fim de garantir a uniformidade de

textura e cor dentre os diversos lotes.

Piso direcional - Placa cimentícia direcional, linha Cimento, cor azul, dimensões: 30x30cm. Áreas de aplicação:

conforme mapas de revestimentos e piso podotátil.

Piso alerta - Placa cimentícia de alerta, linha Cimento, cor amarelo, dimensões: 30x30cm. Áreas de aplicação:

conforme mapas de revestimentos e piso podotátil.

Sinalização para escadas - Faixa de borracha, textura grão de arroz, antiderrapante, colada nas bordas laterais

dos degraus, cor amarelo, dimensões: 20x3cm. Áreas de aplicação: conforme mapas de revestimentos e piso

podotátil.

Argamassa colante - A escolha dos materiais de assentamento deve basear-se em uma análise prévia da obra,

tendo em conta a sua localização (área interna ou externa), a característica e o estado do suporte, as

características do revestimento (absorção de água, formato, espessura, dentre outros) e as solicitações previstas

(agressões mecânicas e/ou ações térmicas).

Argamassa de rejuntamento - A junta mínima de assentamento recomendada pela Norma NBR 15463 é de 2

mm. A melhor solução para o rejuntamento é a utilização de argamassa de rejuntamento à base de resina epóxi.

30.24.5. PISO ELEVADO:

Placa 0,60m x 0,60m (medida nominal), composto por um sanduíche formado por duas placas de aço com enchimento em

argamassa especial à base de cimento.

Acabamentos - laminado melamínico.

O material deverá ser fornecido por empresa que garanta a uniformidade de textura e cor dentre os diversos lotes. A mão

de obra para instalação deverá ser especializada e de responsabilidade do Instalador-contratado

Áreas de aplicação: conforme Projeto de Arquitetura

30.24.6. PISO MICRO-CIMENTO:

Os serviços de execução dos pisos só deverão ser iniciados depois de concluídos e testados eventuais sistemas de

impermeabilização, as instalações elétricas, hidráulicas, de ar condicionado, dentre outras. Deverão também estar

concluídos os revestimentos de paredes (curados e secos), as caixilharias (inclusive com a instalação dos vidros) e

quaisquer outros elementos que possam ter interferência com a aplicação do material.

Comprove se as retrações próprias do cimento e possíveis fissuras estão estabilizadas.

105

31. TRANSPORTE:

A CONTRATADA será responsável pelos transportes decorrentes da execução do preparo do terreno; escavações; aterro;

equipamentos, bem como de quaisquer outras naturezas que se fizerem necessários à execução das obras.

O transporte de entulhos ou materiais escavados de má qualidade, não passíveis de reutilização ou reciclagem, deverá ser

feito diretamente para vazadouros autorizados pelo órgão competente, sendo vedada a descarga em logradouros públicos,

área devoluta, ou outras impróprias.

O transporte horizontal será de responsabilidade da CONTRATADA incluindo materiais, entulhos e outros serviços

necessários.

Deverá ser procedida, periodicamente, a remoção de todo o entulho e detritos, assim como materiais que venham se

acumular no Canteiro de Obra.

A obra deverá ser mantida limpa permanentemente, proporcionando bom aspecto e facilitando a visitação.

32. EQUIPAMENTOS:

Os equipamentos necessários à execução das obras e serviços deverão estar em bom estado de conservação e serão

manuseados por operadores devidamente capacitados e devidamente registrados para este fim. Sua utilização deverá ser

pertinente a cada serviço da obra.

Devem ser devidamente identificados conforme recomendações da FISCALIZAÇÃO ou recomendações vigentes.

32.1. RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS:

Betoneira com capacidade de 580l, carregador e motor elétrico WEG 7,5CV, 4 polos, 220/380V, sem caixa d’agua,

Menegotti ou similar, sem operador.

Retroescavadeira/carregadeira, com operador, material de operação e material de manutenção, com as seguintes

especificações mínimas: motor de 70HP, carregadeira com sistema de travamento de segurança, capacidade

coroada de 0,76m³, forca de desagregação de 3600Kgf, capacidade de carga de 2400Kg na elevação máxima,

profundidade de escavação de 100mm; escavadeira com capacidade coroada de 0,23m³, com 4 dentes, arco de

giro de 180º, forca de escavação, profundidade de escavação máxima de 4000mm, altura de carga mínima de

3000mm; cabine com para brisa dianteiro, retrovisores externos e interno e luzes de sinalização conforme normas

do CONTRAN E DE Segurança do Trabalho.

Caminhão Carroceria fixa, capacidade de 3,5t, equipado com plataforma elevatória pantográfica hidráulica, com

motorista operador e um ajudante, material de operação e material de manutenção, com as seguintes

especificações mínimas: motor diesel de 85CV, plataforma com elevação de ate 8,5m.

Bomba centrifuga submersível elétrica, para drenagem de agua limpa ou com impurezas e partículas abrasivas ou

de uso a seco, sem operador, com material de operação, energia elétrica e material de manutenção, com as

seguintes especificações mínimas: motor elétrico de 6CV a 3450RPM, mangueira de recalque, cabos de

alimentação e comandos elétricos.

106

Vibrador de Imersão com tubo de 48mmx480mm, sem operador, com material de operação, energia elétrica e

material de manutenção, com as seguintes especificações mínimas: motor elétrico trifásico de 2CV e mangote de

5m de comprimento.

Rompedor Pneumático, peso mínimo de 32kg, com material de manutenção, exclusive o operador, ponteiro e

mangueira, com as seguintes especificações mínimas: consumo de ar de 38,8l/s, frequência de impactos 1110

impactos/min.

Compressor de ar, portátil e rebocável, sem operador, com material de operação e material de manutenção, com

as seguintes especificações mínimas: motor diesel de 77CV, pressão de trabalho de 102PSI, descarga livre de

335PCM.

Caminhão basculante, com capacidade mínima de 7m³, com motorista, material de operação e material de

manutenção, com as seguintes especificações mínimas: motor diesel de 208CV.

Caminhão basculante, com capacidade de 8m³ a 10m³, com motorista, material de operação e material de

manutenção, com as seguintes especificações mínimas: motor diesel de 210CV.

Caminhão basculante, com capacidade de 10m³ a 12m³, com motorista, material de operação e material de

manutenção, com as seguintes especificações mínimas: motor diesel de 220CV.

Caminhão Carroceria fixa, capacidade de 7,5t, cesto duplo, com motorista operador, material de operação e

material de manutenção, com as seguintes especificações mínimas: motor diesel de 162CV, guindaste hidráulico

acoplado de 15,5tf/m de momento de carga útil, lança com cesto duplo com alcance de 16m de altura, sinalizador

visual rotativo amarelo ou âmbar.

Serra circular de 5CV, montada em bancada, sem operador e sem a lamina, com as seguintes especificações

mínimas: motor elétrico de 5CV, 220/380V, 60Hz, IP 54, Isolamento "B", regulagem de corte horizontal e vertical,

coifa de proteção regulável, chave liga/desliga.

Guindaste sobre rodas, capacidade de 10t, com operador e um auxiliar, material de operação e material de

manutenção com as seguintes especificações mínimas: motor diesel de 124CV, lança telescópica retraída com

7,0m e extendida com 11,0m, raio de giro de 5,60m, acionamento hidráulico.

Guindaste sobre rodas, capacidade de 70t, com operador e um auxiliar, material de operação e material de

manutenção com as seguintes especificações mínimas: motor diesel de 350CV, lança telescópica retraída

com11,0m e extendida com 42,0m, raio de giro de 24,0m, acionamento hidráulico.

Pórtico móvel metálico, com talha manual de 10t, vão de 5m, curso de 30m em trilhos, exclusive operador.

Guincho para transporte vertical de cargas, exclusive o operador, a torre e o respectivo estanho, com as seguintes

especificações mínimas: motor elétrico trifásico de 10HP, chave de reversão manual, moto-freio e dispositivo de

anti-queda livre.

Rompedor hidráulico adaptável a Retroescavadeira, com material de operação (inclusive ponteiro), material de

manutenção, com as seguintes especificações mínimas: peso operacional de 435kg, frequência de impactos de

400 a 1000 bpm e diâmetro do ponteiro de 84mm.

107

Rompedor hidráulico adaptável a Escavadeira Hidráulica, com material de operação (inclusive ponteiro), material

de manutenção, com as seguintes especificações mínimas: peso operacional de 1700kg, frequência de impactos

de 320 a 600 bpm e diâmetro do ponteiro de 130mm.

Escavadeira hidráulica, sobre esteiras, com operador, material de operação e material de manutenção, com as

seguintes especificações mínimas: motor de 130HP, peso de operação de 19,70t, caçamba com capacidade de

1,00m³, alcance máximo de 9,85m e profundidade máxima de escavação de 6,60m.

Plataforma pantográfica, elevação 8,5m, exceto operador.

33. SERVIÇOS COMPLEMENTARES:

33.1. REBAIXAMENTO DE LENÇOL FREÁTICO:

Caso necessário, deverá ser planejado e executado o rebaixamento de lençol freático antes do início das fundações.

As tarefas de gestão da água do solo deverão ser executadas com finalidade de preparar o terreno de acordo com os

requisitos da especificação geotécnica e gestão do local durante todo tempo de construção.

33.2. DEMOLIÇÕES

No caso de ser necessária a demolição deverão ser observadas as seguintes diretrizes e recomendações:

Objetos pesados ou volumosos devem ser removidos mediante o emprego de dispositivos mecânicos, ficando

proibido o lançamento em queda livre de qualquer material.

A remoção dos entulhos, por gravidade, deve ser feita em calhas fechadas de material resistente, com inclinação

máxima de 45º, fixadas à edificação em todos os pavimentos.

No ponto de descarga da calha, deve existir dispositivo de fechamento.

Os elementos da construção em demolição não devem ser abandonados em posição que torne possível o seu

desabamento.

As demolições serão executadas dentro da mais perfeita técnica, tomados os devidos cuidados para evitar danos a

terceiros, devendo os materiais remanescentes disso decorrentes, serem removidos e transportados pela CONTRATADA,

vide especificações no item transporte de material.

108

34. SISTEMAS:

34.1. AR CONDICIONADO E EXAUSTÃO MECÂNICA (CLIMATIZAÇÃO):

As soluções técnicas de climatização estudadas e adotadas na Arena Deodoro e no Centro Olímpico de Hóquei estão

descritas nos cadernos a seguir: 004-HIP00-BJ-AC-MD-0002-R00.

34.2. ATIVOS DE REDE E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO:

Os critérios para instalação de rede e Tecnologia da Informação na Arena Deodoro, Domínio Comum e Centro Olímpico de

Hóquei, estão descritos nos seguintes cadernos: 004-HIP00-BJ-AR-MD-0001-R00; 004-HIP01-BJ-AR-MD-0001-R00; 004-

HIP03-BJ-AR-MD-0001-R00; 004-HIP04-BJ-AR-MD-0001-R00; 004-HIP05-BJ-AR-MD-0001-R00; 004-HIP01-BJ-AR-ET-

0001-R00; 004-HIP03-BJ-AR-ET-0001-R00; 004-HIP04-BJ-AR-ET-0001-R00; 004-HIP05-BJ-AR-ET-0001-R00; 004-

HIP12-BJ-AR-ET-0001-R00.

34.3. ÁUDIO E VIDEO:

Para a execução dos serviços de Áudio e Vídeo é necessário respeitar os requisitos constantes no Projeto Básico.

34.4. AUTOMAÇÃO E MONITORAMENTO:

Para a execução dos serviços de Áudio e Vídeo é necessário respeitar os requisitos constantes no Projeto Básico.

34.5. DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIOS

As soluções, para detecção e alarme de incêndio, estudadas e adotadas se encontram nos cadernos de Especificação

Técnica e Memoriais Descritivos anexos ao Edital.

34.6. ATERRAMENTO E PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

As soluções para aterramento e proteção contra descargas atmosféricas estudadas e adotadas se encontram nos cadernos

Especificação Técnica e Memoriai Descritivo a seguir: 004-HIP00-BJ-SP-ET-0001-R00; 004-HIP00-BJ-SP-MD-0001-R00.

109

35. CONSULTORIA:

Para a elaboração do Termo de Referência das contratações de Obras da Área Sul, são necessários os seguintes

requerimentos:

35.1. CONSULTORIA DE ESPECIALISTAS FEDERADOS:

Necessidade de contratação de três consultores técnico-especialistas, indicado pela Federação Internacional de

Hipismo – FEI (Fédération Equestre Internationale) para o acompanhamento das seguintes obras:

Desenhista de percurso do Cross Country

Executor de Obstáculos do Cross Country

Especialista de Piso de Grama para o Cross Country

Apresentação de Cópia de contrato com consultor indicado pela Federação para assinatura do Contrato de obra.

Até 30 dias após a assinatura do contrato, o contratado deve apresentar cronograma de visitas técnicas de

consultor com planejamento das vistorias, conforme cronograma de obras, em formato a ser fornecido pela

CONTRATANTE. O documento deverá estar assinado pelo CONTRATANTE e consultor.

Elaboração de Relatório Padrão, a ser fornecido pela CONTRATANTE em momento oportuno, pelo consultor

especialista indicado pela FEI, ao fim de cada visita técnica, que ateste a conformidade do andamento da obra.

Caso o relatório padrão ateste a não conformidade do andamento da obra, tendo como base os requerimentos

olímpicos e as normas construtivas, será necessário refazer os serviços com novas visitas técnicas, sem ônus

para o CONTRATANTE.

O relatório Padrão de Visita Técnica deverá ser encaminhado para CONTRATANTE, ficando a cargo da

FISCALIZAÇÃO da obra autorizar a continuidade dos trabalhos.

Sugerimos que a liberação das medições de obra pelo fiscal esteja atrelada com o relatório emitido pelo

profissional indicado pela FEI.

110

36. OPERAÇÃO:

A CONTRATADA deverá operar e manter todos os sistemas e equipamentos, pelo período do término da obra de cada

unidade esportiva (Venue) e/ou apoio, durante todo o evento teste, pós-evento teste e, de acordo com a planilha

orçamentária e o cronograma, e necessidade de cada área e/ou modalidade, até o início da readequação para o modo

legado, incluindo limpeza, manutenção predial, dos jardins e áreas externas pertencentes ao Complexo Esportivo de

Deodoro. Deverá, ainda, manter uma Brigada de Incêndio por 24 horas diárias.

Deverão ser providos os serviços, materiais e equipamentos descritos abaixo:

Instalação - Barracão;

Seguro;

Treinamento de mão de obra: cursos mensais de Mecânica Focada Elétrica Focada, Hidráulica Focada,

Atendimento ao Público, Segurança, Combate a Incêndio, Operação de Áudio, Vídeo, Climatização e Central de

Controle de Operação;

Mobiliário: bebedouros, relógio de parede, relógio de ponto, aparelho de ar condicionado, lava a jato, ventiladores,

computador, impressoras, radio, mesa, cadeira, armário, arquivo;

Contas de consumo de concessionárias de Serviços: Energia, Água/Esgoto, Telefone/Rádio, Internet para 30

usuários, Gás;

Veículos;

Materiais Consumíveis de Escritório e Informática;

Material de Limpeza;

Material de Reposição: lâmpadas incandescentes, lâmpadas fluorescentes, lâmpadas MVM, lâmpadas dicroicas;

Equipamentos e recursos humanos para Brigada de Incêndio: colar cervical, aparelho de pressão, ambulância

(ventilação artificial), cilindro pequeno de oxigênio, cadeira de rodas, prancha, maca, supervisor, bombeiro e

brigadista

Equipe de Operação com encargos sociais:

Coordenador Geral e Secretária;

Gerente Administrativo e equipe: Secretária, Supervisor administrativo, Chefe de serviços gerais,

Auxiliar administrativo, contínuo, auxiliar departamento de pessoal;

Gerente de Operações e equipe: Supervisor de Operação, Chefe de operação, Operação CCO,

Operador de refrigeração, Operador de áudio e vídeo.

Gerente de Manutenção e equipe: Supervisor de manutenção, mecânico, eletricista, pedreiro,

bombeiro hidráulico, serralheiro, jardineiro, ajudante de instalação.

111

37. RELAÇÃO DE ANEXOS:

ANEXO 1 - Diretrizes Gerais de Planejamento, Controle e Aquisições

ANEXO 2 – Normas de Segurança em Canteiro de Obras - 1ª DE / Ministério da Defesa

ANEXO 3 - Caderno de Diretrizes Técnicas de Acessibilidade do Comitê Rio 2016

ANEXO 4 – Uniformes